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AS RAÍZES DA REFORMA PROTESTANTE 1 AS RAÍZES DA REFORMA PROTESTANTE A influência da teologia luterana e do movimento conceituada como ―Reforma‖, é de grande relevância e abrangência na análise da mentalidade religiosa ocidental. A reforma protestante foi um movimento reformista cristão no inicio do século XVI por Martinho Lutero quando através da suas 95 teses em 31 de outubro de 1517 na poda igreja do castelo de Wittenberg,protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana propondo uma reforma no catolicismo romano os princípios fundamentais da reforma como cinco solas . Porém alguns historiadores discordam frontalmente deste fato. Assegurou Gottfried Fitzer, no livro Was Luther wirklichsagte: que nunca houve a propalada exposição pública das ―noventa e cinco teses‖ de Lutero. É uma coisa também confirmada por dois historiadores, Erwin Iserloh e KIemens Houselmann. Do relato de Johannes Schneider, um criado de Lutero, é que se extraiu de maneira errada e fantasiosa, a notícia da afixação das teses. Não encontramos, em seu manuscrito, nenhuma referência a este fato. Escreveu apenas:"No ano de 1517, Lutero apresentou em Wittenberg, sobre o EIba, segundo a antiga tradição da universidade, certas sentenças para discussão, porém modestamente e sem haver desejado insultar ou ofender alguém" . Foi tudo uma farsa que engana os protestantes até hoje. Sabe-se que esta lenda foi inventada mais tarde, após a morte de Lutero, pelo alemão Melanchthon, em 1546. Provou-se que ele, Melanchthon, em 1517, estava na cidade de Tünbigen, e não em Wittenberg. Em uma carta datada de [21] de Novembro de 1518 ao Eleitor Frederico, Lutero declara, "...Alguns mentirosos entre nós falsamente declaram que eu assumi a disputa sobre as Indulgências por conselho de sua Graça, quando o fato é que nem meus amigos mais próximos ficaram sabendo disto". Ele também declara que antes das 95 Teses se tornarem públicas, ele enviou duas cartas (ao Arcebispo de Magdeburgo / Mainz e o Bispo de Brandenburgo). Então, dos próprios relatos de Lutero, ele nunca menciona pregar as 95 Teses na porta de Wittenberg. William Pauck nota,"...Lutero, que teve a tendência de falar livremente de sua carreira e que, em seus últimos anos, amava relembrar velhas histórias, nunca mencionou o incidente. Além do mais, não há nenhuma outra fonte contemporânea que suporta a velha história" [Olin, John (ed.) Luther, Erasmus and the Reformation]. Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa iniciada na Alemanha estendendo se pela Suíça ,França ,Países Baixos ,Reino Unido , e algumas portas do Leste Europeu principalmente os países Bálticos e a Ungria. Para contextualizarmos as raízes da reforma protestante realizada por Lutero, cabe compreender a realidade que o povo se encontrava, e essa nada mais é que a hegemonia da Igreja católica, a qual controlava o setor religioso, cultural, político e principalmente econômico. Conforme o autor Vicentino (1997): Atuando em todos os níveis da vida social, a Igreja estabeleceu normas, orientou comportamentos e, sobretudo, imprimiu nos ideais do homem medieval os valores teológicos e cultural da época isto é, cultura religiosa. Enfatizando ainda que o envolto pelo idealismo religioso, o clero transmitia à população uma visão de mundo que lhe era conveniente e adequada forjando a mentalidade da época, reforçando o predomínio dos senhores feudais, justificando os privilégios estabelecidos e oferecidos ao povo, em troca, a promessa do paraíso celestial. O Sacro Império e a Igreja Católica disputavam o poder na região, produzindo alguns conflitos. Grande proprietária de terras, a Igreja alemã continuava vinculada ao mundo feudal, explorando os camponeses e impedindo o desenvolvimento do comércio e, conseqüentemente, da burguesia. Além disso, em razão da sua grande força nas questões temporais, a corrupção e a decadência moral da Igreja assumiam grandes proporções na Alemanha. A sociedade, de maneira geral, a via de forma muito negativa. Um setor do cristianismo medieval que recebe destaque, em relação à Reforma, é o comércio religioso. A venda de indulgencias (Segundo dicionário informal, indulgencia seria: ―A pessoa que queria o perdão de Deus, então ela tinha que comprar o perdão de Deus”), o poder político nas mãos dos senhores feudais e clero gera grande riqueza para a Igreja e submissão dos fiéis. O autor Angers (Vicentino, 1997, p.111) reflete sobre o pensamento medieval que os religiosos da época afirmavam: ―Deus quis que, entre os homens, uns fossem senhores e outros servos, de tal maneira os senhores estejam obrigados a venerar e amar a Deus, e que os servos estejam obrigados a amar e venerar seu senhor.‖ Vicente (1997, p. 151) continua seu esclarecimento expondo a ideia de interesses econômicos presentes no Sacro Império: No Sacro Império, o clero estava submisso aos soberanos, que nomeavam – investiam- os bispos ou exerciam dura pressão para impor candidatos de sua escolha, muitas vezes pessoas interessadas apenas nas vantagens materiais do cargo, não raramente corruptas e indignas do cargo clerical que ocupavam. Diante deste contexto, começam manifestações que vão contra a mentalidade imposta pela Igreja Católica Apostólica, na maioria das vezes repreendidas pela própria igreja. As raízes da Reforma Protestante podem ser buscadas na Idade Média, quando ocorreram uma série de tentativas de reformular a religião. As ideias propostas por esses movimentos se baseavam na contradição das normas ditadas pela igreja, como esclarecem Nogueira e Capellari (2010, p. 176) Desde a idade Média, já existiam movimentos religiosos que contestavam a autoridade do clero e da Igreja. Homens como o francês Pedro Valdo, o Teólogo inglês John Wycfiffe e o teólogo boêmio Jan hus deram origem a movimentos como os valdenses, lolardos e hussistas, respectivamente. Os Valdenses acreditavam que a Biblia- e não a Igreja – era a única fonte de verdade. Os lolardos e os hussistas criticavam a riqueza do alto clero e propunham o retorno aos ideais de pobreza do Cristo e da Igreja primitiva. Por isso, em outubro de 1517, o monge agostiniano (portanto, membro da Igreja Católica) e professor universitário Martinho Lutero (1483 – 1546) afixou na porta da catedral de Wittenberg 95 teses e que denunciava e protestava contra a venda de indulgências. O reformador alemão sempre pensou que o catolicismo era algo que podia ser consertado. E esse foi seu grande erro: jamais declarar publicamente que tal movimento procedeu da mente política do imperador Constantino, visando a se locupletar da fé cristã em seu proveito próprio e de Roma. E foi assim que conseguiu alastrar e perpetuar o imperialismo romano através de uma falsa religião. Na verdade, Lutero apenas fez uma divisão, e não uma reforma, pois continuou com as crenças católicas, que eram baseadas no paganismo, e não nas Escrituras Mas, considerando estas modificações, a liturgia de Lutero variava bem pouco da Missa Católica. Lutero meramente tentou salvar aquilo que representava o elemento ―cristão‖ da antiga liturgia católica. Por conseguinte, se alguém comparar a liturgia de adoração elaborada por Lutero com a liturgia de Gregório, verá que é praticamente a mesma! Basicamente, Lutero reinterpretou muitos dos rituais da Missa. Mas, ele preservou o cerimonial, julgando-o apropriado.Por exemplo, Lutero manteve o ato que marcava o ponto culminante da Missa Católica: Quando o sacerdote levanta o pão e o cálice e os consagra. Ele meramente reinterpreta o significado deste ato. A prática de consagrar o pão eo cálice, elevando-os, teve início no século XIII. É uma prática construída principalmente com base na superstição. Contudo continua sendo observada por muitos pastores em nossos dia. Segundo as próprias palavras de Lutero; ―Nunca foi nossa intenção eliminar completamente o culto litúrgico a Deus, mas purificar o que já está em uso dos vínculos que o corrompem...‖. Tragicamente, Lutero não se deu conta de que o vinho novo não pode ser guardado em odres velhos. Em nenhum momento Lutero (e nenhum outro dos principais reformadores) demonstrou desejo de voltar às práticas da igreja do século I que estavam inseridas na cultura hebraica. Estes homens meramente se dedicaram a reformar a teologia da igreja católica, ou seja continuaram a propagar o paganismo, dentro da religião cristianismo, agora ―reformado‖. Outro grande prejuízo que as idéias reformadores de Lutero trouxeram às toda cristandade ―reformada‖, foi o seu forte antissemitismo, e sua aversão à Lei de Deus (Torá). Estas doutrinas errôneas forma tão prejudiciais, quanto à idolatria e apostasia católica que ele tanto criticou, pois mesmo eu agora o povo estivesse com as Escrituras em mãos, pensavam ter, agora liberdade para interpretar e obedecer como queriam. Dentre os cristãos, o protestantismo tem como um de seus principais princípios a interpretação privada ou juízo privado dos textos bíblicos fruto da Reforma Protestante, quando Lutero, em outubro de 1520, enviou seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa "Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus". Isso posteriormente acabou originando o direito fundamental de liberdade religiosa, bem como a própria idéia de democracia. Foi desta idéia que surgiram a maior parte das denominações divergente uma da outra, sendo que cada uma tem a sua própria interpretação, e arroga à si ser detentora da verdade: O princípio Sola Scriptura (só a Bíblia como regra de fé e prática), corretamente relembrado na reforma, não deve ser entendido simploriamente. Só a Escritura no sentido de ser somente ela como nossa base primordial de vida cristã. Mas, nunca Só a Escritura como se ela fosse um simples livro de receitas. Por exemplo, apesar dos reformadores destacarem o sacerdócio universal dos crentes e o princípio de qualquer pessoa poderia ter acesso a Bíblia e a sua compreensão clara, os reformadores e seus sucessores entenderam que um grupo seleto de estudiosos da palavra deveria pesquisá-la a fundo e facilitar seu entendimento para os leigos. É perigoso se entender que as compreensões e implicações da Palavra são facilmente dedutíveis e consensuais. Não tem sido assim em toda a história da igreja. O início das interpretações errôneas a respeitos das Escrituras e mais tarde, a grande confusão religiosa foi, de certa forma, a Reforma, pois apenas deu algo valiosíssimo nas mãos de pessoas que não foram instruídas para manuseá-la. Seria, em uma comparação: dar um bisturi para alguém operar uma pessoa, sem nunca ter estudado medicina. Desta forma, certo é transcorrer sobre dois principais movimentos e seus autores, cujas raízes originaram a Reforma Protestante do século XVII. Teólogo Boêmio John Huss: John Huss (1369 — 1415) padre Teólogo Tcheco, contrários ao pensamento clerical, sua doutrina encontrou solo fértil na Boêmia. Ela se baseava na justiça social e expressava a insatisfação de todos os cidadãos tchecos. Na época, a agitação envolveu todas as camadas sociais. A maior parte da população estava insatisfeita com a política financeira e de poder das autoridades eclesiásticas: negociantes e mestres artesãos disputavam as riquezas oriundas da mineração de prata, os camponeses queriam libertar-se da servidão feudal e os nobres tentavam assegurar os seus privilégios. Seguindo a ideia de Barbara Fischer: ―Jan Hus só reconhecia a autoridade da Bíblia nas questões da fé, repudiava os tribunais da Inquisição e os juízes terrenos. Um verdadeiro herege que suscitava a cólera e o ódio das autoridades eclesiásticas.‖ Estudioso das doutrinas de John Wycliff, de quem adotava algumas ideais, Huss passou a pregar em seus sermões que a bíblia era a grande autoridade dentro do cristianismo e o grande paradigma para a vida do cristão, contrapondo-se à autoridade da hierarquia eclesiástica. Defendia que a comunhão do pão e do vinho deveria ser oferecida a todos os fiéis. Além disso, Jan Huss pregava a ideia de uma Igreja pobre contra a opulência que apresentava a Igreja católica. Para eles, os esforços realizados pelo homem na Terra deveriam aproximá-lo do mundo perfeito de Deus. Huss, passou a enfocar a bíblia em detrimento ao poder da Igreja, visando justiça social e igualdade entre os fiéis. Sua ideologia prefigurou o ensaio a reforma protestante ocorrida no século XVII. Jan Huss antecipou várias críticas às doutrinas e à prática da Igreja Católica que ficariam célebres com Lutero e Calvino. Dentre elas, é interessante destacar sua oposição à venda de indulgências e à riqueza da Igreja, bem como à comunhão ser restrita ao corpo eclesiástico, não sendo oferecida aos demais crentes, principalmente os de origem popular. A insistência de Jan, mostra que tal medida tomada pela igreja era significativamente radical, eliminando as ideias opostas a imposição do mesmo. Tais atos, custaram-lhe a vida, conforme relata ainda a autora Fisher: “Em 1414, Hus foi convocado a se apresentar ao Concílio de Constança e a renegar a sua doutrina. O reformador negou-se a cumprir a exigência. No dia 6 de julho de 1415, Hus foi então morto na fogueira.” Teólogo Inglês John Wycliffe : John Wycliffe (1324-1383), teólogo e eclesiástico, ainda no século XIV, foi o precursor inglês da Reforma Protestante. Condenou a riqueza do clero e defendeu a abolição do dízimo: para ele, a Igreja deveria se manter com as doações voluntárias. Também defendia uma espécie de sacerdócio universal dos "eleitos", passando por cima da hierarquia católica, e repudiava a prática das indulgências, a adoração aos santos e às relíquias, e a peregrinação. Wycliffe também contestou alguns sacramentos, em especial a crisma e a eucaristia, por refutar o conceito de transubstanciação. Cabe salientar sua forte influência sobre o Reinado Inglês, conforme segue: Era pároco em Lutterworth, no condado de Yorkshire, na Inglaterra, e também era funcionário do rei inglês, tendo enorme influência sobre este, principalmente quando o assunto era a mediação com o clero. Wycliffe foi contemporâneo dos embates teológicos e filosóficos nominalistas, que influenciariam grandemente o pensamento moderno, inclusive o teológico/reformista. Há que se destacar ainda que Wycliffe, descontente com o poder católico, teve outras críticas importantes, as quais influenciaram Lutero na Reforma que ocorreria no século XVII. ―Uma das últimas ações de Wycliffe foi tentar traduzir a Bíblia para o inglês, tal como o faria Lutero, ao traduzir a Bíblia para o alemão no século XVI‖ Segue outros pontos criticados peças atitudes de Wycliffe: Outro ponto importante das críticas de Wycliffe foi a defesa da ―autoridade suprema‖ das Escrituras e da não interferência da opinião papal sobre elas e sobre a tradição cristã. Esse princípio atacava a autoridade do papa como sendo representante de Pedro, na Terra, e portador da ―chave da Igreja‖. Wycliffe chegou a qualificar alguns papas de anticristos por conta disso.Um de seus principais tratados foi o De veritate Sacrae Scripturae (Da veracidade nas Sagradas Escrituras), publicado em 1378. Para Wycliffe, ao contrário do papa, as escrituras eram infalíveis. Essa tese influenciou tanto o luteranismo quanto o calvinismo e suas ramificações. Assim como tantos outros, e centenas de populares que se opuseram ao poder dopapado, Wycliffe foi mais uma vítima das atrocidades efetuadas pela Igreja Católica. Em 1428, as teorias de Wycliffe foram consideradas heréticas e seus restos foram exumados, queimados e jogados no rio por ordem do papa. 1.1 O contexto cultural Como em toda análise histórica, não se pode deixar de considerar o ambiente cultural de sua eclosão. Um dos motivos do surgimento da Reforma Protestante foi o Renascimento, pois esse, como o nome já diz, foi um renascer em vários aspectos. O Renascimento teve o efeito de possibilitar a aceitação de conceitos e de visões de mundo diferentes daqueles impostos pela Igreja Católica, ao quebrar o quase monopólio intelectual que a Igreja exercia na Idade Média. (SALOMÃO, 2008,) Esse período foi uma mudança de mentalidade, conforme esclarece Cotrim (1999, p.150): O movimento intelectual e cultural que caracterizou a transição da mentalidade medieval para a mentalidade moderna ficou conhecimento como Renascimento‖. O objetivo do mesmo era trazer à tona a cultura antiga greco-romana que havia se desfalcado no período medieval por instruções da Igreja que imperava. ―Esse termo originou-se da vontade de muitos artistas e intelectuais dos séculos XV E XVI de recuperar ou retomar a cultura antiga, greco-romana, que esmorecera na Idade Média. (COTRIM, 1999, p.150). Entretanto, qual é a relação do renascimento com a Reforma protestante? A resposta é simples. No período medieval os ideais da igreja prevaleciam, as pessoas estavam dentro de um sistema controlado pelo cristianismo. No entanto, com a expansão dos humanistas, houve a contribuição para a Reforma, causando parte da decadência do significativo poder católico, abrindo portas para questionar, para não tornar as ideias medievais o centro de tudo, mas sim a busca pela inteligência humana em explicar o que antes era ocultado. Este movimento representou, portanto, uma profunda ruptura com um modo de vida mergulhado nas sombras do fanatismo religioso, para então despertar em uma esfera materialista e antropocêntrica. Agora o centro de tudo se deslocava do Divino para o Humano, daí a vertente renascentista conhecida como humanismo. Este, assim como o contexto econômico, também se passa por uma série de transformações. O renascimento, expresso anteriormente foi o contexto cultural vigente nesse período. Como a igreja foi ficando enfraquecida, a cultura não é mais voltada ao ser superior proposto pela Igreja, e sim ao homem e suas essências. Na vertente humanista da renascença, o Homem é a peça principal, agora ocupando o lugar antes impensável do próprio Criador. Este aspecto antropocentrista se prolonga por pelo menos um século em toda a Europa Ocidental.‖ Além do Antropocentrismo, o Renascimento também introduz princípios hedonistas – a busca do máximo prazer no momento presente, como tesouro maior do Homem – e individualistas – a exaltação do indivíduo e de sua suprema liberdade dentro do grupo social -, bem como o otimismo e o racionalismo. Esses esclarecimentos mostram como ocorreu a mudança da mentalidade na sociedade atual. Além deste, também ocorreu o renascimento cientifico, havendo avanços para as pesquisas e também, busca pela explicação do universo. Nas ciências, o Renascimento foi marcado pelo desenvolvimento do espirito critico, racionalista, disposto a examinar livremente os problemas. Formou-se assim um novo perfil de cientista, oposto ao obediente religioso que em tudo acreditava, baseado na fé. O cientista deveria submeter o mundo a métodos de analises racionais. Antes de estabelecer Crenças e de tirar conclusões, era preciso observar cuidadosamente, investigar, fazer experiências, medir. (COTRIM, 1999, p.156) Segundo Cotrim (1999) os principais cientistas do renascimento foram: -Leonardo da Vinci (1452-1519), o qual empreendeu diversas realizações cientificas, como exemplo o desenho do primeiro mapa do mundo focalizando a América, desenhou a anatomia do corpo humano, entre outros; -Nicolau Copérnico (1548-1600), defendia que o universo infinito e que seu centro não estava em parte alguma. Afirmava que Deus deu origem ao universo, e por suas ideais, morreu em uma fogueira por um tribunal da Inquisição; -Paracelso (1493-1541), estudos no campo da medicina; -Miguel SErvet (1511-1553) descobriu o funcionamento da circulação sanguínea, dissecando cadáveres, o que era proibido, levando a morte em uma fogueira pelo tribunal da inquisição; -Galileu Galilei (1564-1662) desenvolveu o telescópio e através de suas pesquisas, confirmou a validade da teoria de Copérnico. Com isso foi acusado por um tribunal da inquisição, e para se livrar de tal julgamento, viu-se obrigado a negar suas descobertas cientificas. É considerado o pai da física. Houve também o renascimento artístico, que segundo a Nova enciclopédia Barsa (2002) surgiu na Itália. Essa, de acordo com Nova enciclopédia Barsa (2002, p.292-293) se baseava na: Observação do mundo visível e em uma série de princípios matemáticos e racionais, como equilíbrio, harmonia e perspectiva. Pouco a pouco foram sendo substituídas as expressivas formas góticas por novas linhas em conformidade com os modelos da antiguidade clássica. Segundo (Cotrim 1999) os principais artistas foram: Na Itália: Leonardo da Vinci (1452-1519), Rafael Sanzio (1483-1520), Miguel Ãngelo Buonarroti (Michelangelo, 1475-1564), Ticiano ( 1477-1576); Na França: François Rabelais (1494-1553), Miguel de Montaigne (1533-1592); Na Inglaterra: Thomas Morus (1478-1535), William Shakespeare (1564-1616); Na Alemanha: ALbrecthDurer( 1471-1528), Hans Holbein (1497-1553); Portugal: Luís Vaz de Camões (1524-1580); Países Baixos; Desidério Erasmo (1466-1536), Van Eyck ; Espanha: Miguel de Cervantes (1547-1616); Através da arte e dos intelectuais da época, houve um grupo de pessoas que se beneficiavam através do patrocínio dado a eles. Esses eram os mecenas, que adquiriram significativo lucro neste período. Os estudiosos e artistas do Renascimento foram financiados por ricos banqueiros, comerciantes e nobres do norte e do centro da Itália. Eram os chamados mecenas, ou seja, pessoas financiavam e protegiam o trabalho de artistas e cientistas. Para os mecenas, o financiamento de atividades intelectuais e artísticas passou a representar uma forma de obter status social. As obras de arte embelezavam e davam prestígio ás cidades, o que as levava a competir para contratar os melhores artistas da época. Os principais mecenas da época foram: ―Lourenço de Medici (banqueiro italiano), Come de Medici (banqueiro e político italiano), Galeazzo Maria Sforza (duque de Milão) e Francisco I (rei da França).‖ 1.2 O contexto Econômico Cabe lembrar o contexto histórico no qual a reforma protestante aconteceu. Esse foi na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, durante a transição do feudalismo para o capitalismo. Esse caracterizou-se com o declínio dos feudos o surgimento das cidades estados. O protestantismo foi imposto a força na Europa por motivos meramente políticos, não religiosos. Os reformadores negociaram com os governos para terem apoio. Entre um dos fatores de grande relevância que assinalaram esse período de transformações podemos destacar o novo contexto econômico do período. No ambiente das cidades, os comerciantes burgueses eram malvistos pela Igreja. Sabe-se que o feudalismo era marcado por um modo de produção entre clero, nobres e servos. Os servos eram propriedades de um senhor, compunham a sociedade mais baixa e penalizada, trabalhavam em um feudo e não poderiam ser vendidos. Na sociedade feudal cada grupo social detinha uma função. O clero cumpria a função da salvação da alma de todos, a nobreza deveria proteger a todos e os servos deveriam trabalhar para sustentar a todos. Assim se justificavaa exploração do servo e a necessidade dele seguir os desígnios da Igreja. Com o surgimento da burguesia comercial, o servo é atraído a este, procurando um novo modo de vida e trabalho, fazendo com que o sistema feudal decaía. No plano social, ao lado dos problemas já levantados, importa verificar o crescimento de um novo grupo: a burguesia comercial, residente em cidades que tendiam para uma expansão cada vez maior, pois passaram a atrair os camponeses e os elementos ―marginais‖ da sociedade feudal. O contexto religioso também influencia o econômico, pois no período feudal a igreja era uma forte aliada da política e detentora dos lucros. Logo, com a reforma de Lutero, os indivíduos passam a questionar a religiosidade que estavam vivendo. Tantas desgraças afetaram profundamente as mentes dos homens europeus, traduzindo-se em novas necessidades espirituais (uma nova concepção do homem e do mundo) e religiosas (a igreja Católica não conseguia atingir tão facilmente os fiéis, necessitados de uma teologia mais dinâmica). Diante disso, o clero e a igreja iam perdendo seu poder, dando lugar a um novo contexto econômico. 2. O IDEALIZADOR DA REFORMA PROTESTANTE: LUTERO Muito é atribuído à pessoa de Lutero, quando se fala em Reforma Protestante, apesar de que, como foi explanado, houveram muitos outros teólogos que talvez de forma ainda mais audaciosa tiveram a mesma postura. Contudo foram silenciados, e alguns pagaram a insubordinação à Igreja Católica Apostólica Romana, com a própria vida. Diante de um sistema autoritário e de domínio do alto clero, e em meio a grandes mudanças que ocorriam na Europa no final da idade média, dentre elas o surgimento do Humanismo no por volta do séc. XIII e o Renascimento, montou-se o palco a atuação por parte de um monge alemão chamado Martinho Lutero. O Idealizador da Reforma. De acordo com (Veiga 1989, pag. 27): Desde o século XIV, algumas pessoas da própria Igreja vinham tentando combater a corrupção e retomar as preocupações com o mundo espiritual. O alto clero, no entanto, não dava muita atenção as críticas, ou então procurava reprimi-las. Muitos dessidentes foram classificados como hereges e punidos com a morte na fogueira. Assim sendo, as críticas passaram a se intensificar em meio ao descontentamento da sociedade obrigando a alto clero a rever a postura. (Veiga 1989, pag. 27) relata: Nesse contexto, as críticas contra a postura da Igreja Católica intensificavam-se. Por isso pode se dizer que a atitude polêmica adotada pelo monge alemão Martinho Lutero (1483-1546) diante da Igreja, em 1517, foi, na verdade, uma síntese de todas as mudanças que ocorriam na Europa naquele tempo. . Lutero foi destacado em uma revolta que já existia, pois a Reforma foi muito mais política e econômica do que religiosa, porém teve reflexos no campo teológico quase irreparáveis. 2.1 Vida monástica e acadêmica A Reforma protestante teve impressa a ideologia de Lutero. Assim como um pai vê sua genética estampada no rosto do filho, este movimento leva a essência de seu genitor. Martinho Lutero, o idealizador da Reforma Protestante, conseguiu passar aos seus simpatizantes e mais tarde militantes exatamente a sua forma de pensar, trazendo assim uma grande ramificação ao Cristianismo quase homogêneo até aqui, devido à imposição da igreja Católica. Muitos movimentos surgiram, mas foram abafados pelo poder de Roma, porém Lutero conseguiu se sobressair, isso pela influência que exercia como monge católico, o que nunca deixou de ser: Martinho ou Martim, em alemão Martin Luther, em latim Martinus Lutherus ,Teólogo e reformador alemão , nasceu em Eisleben, Turíngia, 1483. De família camponesa abastada, fez estudos em Magdeburg em 1497, Eisleben em 1498 depois Erfurt, onde se diplomou professor de filosofia (1505); Ingressou em seguida, na ordem dos agostinianos. Apesar do grande feito de Martinho Lutero em traduzir a Bíblia, surgindo assim muitas dissidências de grupos que analisaram as Escrituras e encontraram a verdade, suas doutrinas ―misturadas‖ com sua a origem pagã de Roma, trouxe tanto prejuízo quanto o catolicismo romano. Lutero imprimiu a Biblia, porém entregou com ela, as ―lentes de Roma‖, sendo que manteve a interpretação babilônica de uma Escritura judaica. Praticamente todas as seitas protestantes endossam os mesmos credos: os credos de Nicéia e Atanasiano — e esses professam algumas das mesmíssimas doutrinas que o catolicismo tem ensinado por séculos, como a Trindade, o descanso dominical, a imortalidade da alma e o inferno de fogo. Tais ensinos anti-bíblicos deram ao povo um quadro distorcido a respeito do Eterno e Seu propósito. Em vez de ajudar as pessoas na sua busca do Deus verdadeiro, as numerosas seitas e denominações que surgiram em resultado do livre espírito da Reforma protestante apenas as dirigiram a muitas diferentes direções. De fato, a diversidade e a confusão levaram muitos a questionar a própria existência do Eterno e suas Leis. Tão logo Lutero tomou o poder, se revelou um tremendo anti-semita, bem com sua pregação de ―Sola Fide‖ (somente pela fé) levou muitos a desprezarem a observância das Leis do Eterno como requisito para a salvação. Lutero nunca deixou de ser católico, pois tanto seu embasamento doutrinário, quanto sua liturgia, seguiram conforme sua formação religiosa.Lutero era completamente idólatra, devotado à Maria, e crente em todas as doutrinas tradicionais marianas. Veremos, por meio de fontes escritas pelo próprio Lutero, o que os fatos históricos nos revelam: Deus não recebeu sua divindade de Maria; todavia, não segue que seja conseqüentemente errado afirmar que Deus foi carregado por Maria, que Deus é filho de Maria, e que Maria é a Mãe de Deus. Ela é a Mãe verdadeira de Deus, a portadora de Deus. Maria amamentou o próprio Deus; ele foi embalado para dormir por ela, foi alimentado por ela, etc. Para o Deus e para o Homem, uma só pessoa, um só filho, um só Jesus, e não dois Cristos. Assim como o seu filho não são dois filhos… Mesmo que tenha duas naturezas.‖. Lutero tinha o propósito de reformar a Igreja Católica, não criar uma nova igreja. Esse propósito foi alcançado em muitos sentidos, pois a Igreja Católica, com o passar dos anos, se abriu para muitas das reformas reivindicadas por Lutero e outros. Além disso, em muitos aspectos os reformados nunca deixaram de ser ―católicos‖ — ou na aparência ou na própria essência. É uma lástima que mesmo os dissidentes da Reforma protestante, conhecidos hoje como ―evangélicos‖, não tem a menor ideia de que as doutrinas adotadas por suas denominações carecem, quase que totalmente de embasamento bíblico, e foram formuladas em concílios católicos, de influência mais evidente do gnosticismo grego e do paganismo mitraico. A vasta maioria dos evangélicos do Brasil não veria nada de evangélico em Lutero ao ler os livros que ele escreveu. Em contraste, a maioria dos católicos veria nele um ―católico.‖ 2.2 Educação Agostiniana O precursor da Reforma Protestante na Europa, fez parte da ordem agostiniana. Devido à incontestável influência desta ordem, bem como do próprio Agostinho na teologia de Lutero, cabe esclarecer sobre quem foi o chamado ―Santo Agostinho‖ e sua influencia da chamada ―Patrística‖ em todo o Cristianismo. Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres da Igreja , os primeiros teóricos —- daí "Patrística" —- e consiste na elaboração doutrinal das ―verdades de fé‖ do Cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos "pagãos" e contra as ―heresias‖. O termo "patrologia" ou ―patrística‖ quer expressar sobretudo o estudo histórico e literário (vida e obras) dos escritores antigos.Certo número de historiadores, a fim de incluir todos os autores da Igreja, sejam ortodoxos sejam heterodoxos, preferem falar de "História da literatura cristã" (Harnnack) ou "eclesiástica" (Berdenhewer), título adotado por numerosas obras contemporâneas, de origem e tendências diversas; Na origem, "patrística" era um adjetivo, subentendendo teologia. E foi nesta perspectiva que Lutero teve a sua formação religiosa, e assim influenciou todo o protestantismo, ou seja que as raízes da tão aclamada Reforma, tem total origem pagã, tanto quanto a igreja Católica Apostólica Romana, à quem muitos evangélicos passionais chamam de ―Grande meretriz‖, sem se dar conta de sua filiação e identidade total com a mesma. Dada a relevância dos escritos de Agostinho para o Império Romano, a Patrística divide-se em três períodos: antes de Agostinho, durante e pós Agostinho. Ele ―reconciliou‖ profundamente a filosofia de Platão, tal como fora influenciado pelo misticismo intelectual de Plotino, com a teologia cristã e publicou diversas obras, incluindo Da Cidade de Deus (c. 426 d.C.) e Confissões (c. 399 d.C.), que tratam do equilíbrio entre o bem e o mal no mundo e da bondade inerente a todos os seres criados por Deus. Essa ―reconciliação‖ se chama sincretismo religioso, pois mistura verdades bíblicas com conceitos politeístas, haja vista que Platão adorava Zeus e todo Panteão de divindades gregas, além de crer na doutrina da ―Transmigração das Almas‖ (Reencarnação). Embora Platão, que viveu no século IV a.C., não tenha sido o criador da visão dicotômica do ser humano, pois, suas raízes se encontram no politeísmo e doutrinas esotéricas da Índia e da Pérsia antiga,onde ele buscou suas inspirações. Foi ele quem estabeleceu uma formulação teórica consistente para a defesa do ―dualismo‖. Para entendermos seu pensamento é necessário compreendermos a distinção que ele faz entre as idéias e as coisas: As coisas pertencem ao mundo sensível, caracterizado como mutável, temporal, caduco, descambando facilmente para o ilusório. Já as idéias pertencem a um outro mundo, o da realidade divina, eterna e imutável. A verdadeira realidade encontra-se unicamente além das aparências sensíveis, no mundo das idéias. As coisas do mundo material não passam de cópias muito imperfeitas deste mundo real. Os dois mundos estão presentes no homem: na alma (mundo das idéias) e no corpo (mundo das coisas). O corpo, como coisa que é, participa imperfeitamente de uma idéia, enquanto que a alma pertence ao mundo eterno e divino das idéias. Segundo Platão, a morte é o grande amigo da alma, que é por ela libertada do corpo. Foi ele o grande inspirador de Santo Agostinho na formulação de suas teses teológicas que, ainda hoje, são acatadas e observadas pelo catolicismo romano e pela absoluta maioria do cristianismo dito protestante ou evangélico. 2.3 O declarado pensamento antissemita Lutero era tão contrário à Torá, e ao povo de Israel, que queria tirar no Canon bíblico o livro de Tiago, de Ester, e o Apocalipse. Ele diz: O livro de Ester, eu lanço no Elba. Eu sou como um inimigo para o livro de Ester, que eu gostaria que não existisse, pois Judaíza demais e tem em si uma grande dose de loucura pagã.‖ Ainda diz: ―É de muito pouco valor é o Livro de Baruque, quem quer que seja o digno Baruque‖. ―… A epístola de São Tiago é uma epístola cheia de palha, porque não contém nada evangélico. O pai da Reforma Protestante odiava o livro de Ester porque este fala do livramento do Deus de Israel à seu povo de um extermínio antissemita que na verdade era um dos idéias de Lutero. Ele ordenou o extermínio do povo judeu, ignorando o que a Palavra fala sobre que amaldiçoa o Seu povo: ―Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti.‖Gênesis 12:3. Isarel sempre foi e sempre será o povo de Deus, a menina dos Seus olhos, e quem amaldiçoa este povo, tem no mínimo um espírito contrário ao Espírito do Deus de Jacó. Umas de suas célebres frases: ―Todo o decálogo se nos deve apagar dos olhos e da alma, a nós tão perseguidos e molestados pelo diabo.‖ (De Wette, IV, 213, apud Franca, IRC: 187) O antissemitismo de Lutero, é mais do que declarado: Os judeus são demônios jovens condenados ao inferno. .Queime suas sinagogas. Proibam- nos todos os que mencionei acima. Force-os a trabalhar e tratem-nos com todo o tipo de gravidade, como fez Moisés no deserto e matou três mil … Se isso não adianta, temos de levá-los fora como cães raivosos, de modo que não podemos ser participantes de sua blasfêmia abominável e de todos os seus vícios, e tendo em vista que não pode merecer a ira de Deus e ser condenado com eles. Tenho feito o meu dever. Vamos todos nos assegurar de que cada um faz o dele. Eu estou desculpado. Os ensinamentos de Lutero não são os ensinamentos do Messias, nem da Torá. Mas como é que tantas pessoas seguiram e seguem o autor destes obscuros e sombrios ensinamentos? Existe apenas uma explicação: Eles não percebem o que Lutero – o Lutero real – na verdade, ensinou. Se o fizessem, veriam que muitas das idéias do pai da Reforma contrariam as Escrituras e bom senso. Se a Teologia de Lutero contraria as Escrituras ele foi, também de certa forma um ―falso profeta‖, pois misturou verdades bíblicas com a mentira. A simpatia dos nazistas por Lutero, nos declaram muito sobre sua influencia: [...] os escritos posteriores de Lutero, atacando os judeus, eram tão virulentos que os nazistas os citavam freqüentemente. De fato, Julius Streicher argumentou durante sua defesa no julgamento de Nuremberg que nunca havia dito nada sobre os judeus que Martim Lutero não tivesse dito 400 anos antes. O próprio Hitler considerou Lutero uma das três maiores figuras da Alemanha, juntamente com Frederico, "o Grande", e Richard Wagner. Além da sua soberba rejeição ao povo escolhido de Deus (Israel), Lutero rejeitou toda cultura bíblica (Hebraica), como tinha aprendido de seus pais católicos, e agora colocava as traduções da Bíblia nas mãos das pessoas, porém já com sua interpretação pré-formulada , com altas doses de antissemitismo e forte influência da Teologia da Substituição (teoria que diz ter a igreja tomado o lugar de Israel). Diversos historiadores (entre os quais se destacam William L. Shirer e Michael H. Hart ) sugerem que a influência de Lutero tenha auxiliado a aceitação do nazismo na Alemanha pelos protestantes no século XX. Shirer fez a seguinte observação em Ascensão e queda do Terceiro Reich: É difícil compreender a conduta da maioria dos protestantes nos primeiros anos do nazismo, salvo se estivermos prevenidos de dois fatos: sua história e a influência de Martinho Lutero (para evitar qualquer confusão, devo explicar aqui que o autor é protestante). O grande fundador do protestantismo não foi só anti-semita apaixonado como feroz defensor da obediência absoluta à autoridade política. Desejava a Alemanha livre de judeus (…) – conselho que foi literalmente seguido quatro séculos mais tarde por Hitler, Göring e Himmler. Sobre a fé luterana, a Confissão de Augsburgo diz que ―nada existe que seja discordante das Escrituras, ou da Religião Católica, ou mesmo da ―Igreja‖ Romana, conforme essa falsa igreja é conhecida à base de escritores‖. De fato, a fé luterana, conforme delineada na Confissão de Augsburgo, incluía doutrinas antibíblicas como a Trindade, o descanso dominical a alma imortal e o tormento eterno, bem como práticas tais como o batismo de bebês e feriados e festas religiosas. Tendo considerado as três principais correntes da Reforma — Luterana, Calvinista e Anglicana — temos de parar para avaliar o que a Reforma realizou. Inegavelmente, ela mudou o rumo da história no mundo ocidental. ―O efeito da Reforma foi aferventar no povo uma sede de liberdade e de cidadaniamais elevada e mais pura. Onde quer que a causa protestante se expandisse, ela tornava as massas mais cônscias de seus direitos‖, escreveu John F. Hurst em seu livro Short Historyof the Reformation (Breve História da Reforma). Muitos estudiosos crêem que a civilização ocidental como hoje a conhecemos teria sido impossível sem a Reforma. 3. AS PRINCIPAIS QUESTÕES DOUTRINÁRIAS DA REFORMA PROTESTANTE Pode-se dizer que a Reforma protestante, foi um movimento mais político do que religioso, ainda que política religião quase nunca se separam, pois ambas tem o mesmo objetivo e finalidade: o domínio e o poder. Grande parte dos protestantes não sabem, mas, a revolta de Lutero, por causa de um homem (Tetzel), foi sinistramente estendida a toda Igreja, por incitação de príncipes interessados em apoderar-se do patrimônio da Igreja. Foram estes que patrocinaram os atos e as sandices de Lutero contra o Papa, a Igreja Católica, para poderem casar-se várias vezes e ampliarem seus domínios. Lutero os bem atendeu. Mesmo assim, aparentemente a Reforma surgiu de uma discordância teológica de Lutero em relação às indulgências e à autoridade papal, e todos os sentidos, ainda que, percebe-se que Lutero, assim que se viu na liderança de um grande movimento que lhe atribuía autoridade, teve a mesma atitude do clero romano. Uma de suas frases: "A Razão deveria ser destruída em todos os cristãos. Ela é o maior inimigo da Fé. Quem quiser ser um cristão deve arrancar os olhos de sua Razão". Ou seja, que Lutero, da mesma forma que sua mãe espiritual, a Igreja Romana, não fazia questão da racionalidade a respeito de seus ensinos e de seu comportamento arbitrário. A igreja luterana matou e perseguiu os batistas na Alemanha e em todos os países que ela se tornou a igreja oficial do país. No ano de 1525 Lutero ordenou a morte de mais de cem mil anabatistas no sul da Alemanha. Seu ódio aos batistas estava fundamentado no fato que estes, por obedecerem a Bíblia, nunca o aceitou como um servo de Deus. Vale salientar algo que os protestantes desconhecem: o Papa São Damaso definiu e canonizou quais e quantos eram os livros sagrados do VT e do NT, no ano 382 dC; O católico Gutemberg imprimiu a Bíblia entre 1450 e 1456, ela já continha os sete livros que Lutero rejeitou. Lutero só nasceria posteriormente, no ano de 1483, para em 1534 lançar sua bíblia com sete livros do VT removidos de suas posições, e mais tarde a mentira de que a Igreja os colocou no Concílio de Trento (1546). Para desmascará-lo, provando que a Bíblia fiel contém os livros removidos por Lutero, basta folhear a bíblia de Gutemberg, (na Biblioteca Nacional tem uma), impressa quase um século antes do Concílio de Trento. Na verdade Lutero removeu estes livros porque estes batiam de frente contra a sua nova doutrina, que é contra a caridade e a esmola. Dubiamente, o próprio Lutero traduziu para o alemão todos os livros que removeu e os colocou no final de sua bíblia. Todos os outros ―reformadores‖ protestantes também possuíam essas bíblias da forma que Lutero arranjou. Só séculos mais tarde os protestantes viriam a arrancar de vez os sete livros que Lutero pôs no final do livro. Isso muito protestante desconhece. Lutero desde sua ascensão como reformador mostrou todo autoritarismo que havia denunciado e condenado por parte do papado. Já no início, as posições de Lutero, levou-o a ser co-responsável pelo extermínio de milhares de pessoas: Vendo Lutero, que outro protestante, Thomas Münzer crescia, pôs-se ao lado das autoridades e descarregou como uma bomba, o seu escrito enfurecido... Um documento cheio de inclemência e de ódio, só compreensível como uma arma de combate contra o diabo, que Lutero via em Münzer e nos seus... Sufocaram a revolução dos camponeses com crueldade que mesmo naqueles rudes tempos causou horror. O furor, as torturas, as violências e as batalhas, pareciam que não teriam mais fim; pelo menos 30.000 camponeses perderam a vida. A Reforma protestante, teve um desfecho sangrento, bem como tantas outras guerras que foram travadas ― em nome de Deus‖. No dia 6 de maio de 1527, quando saquearam Roma, cerca de quarenta mil homens espalharam o terror, a violência e a morte. Eram seis mil espanhóis, quatorze mil italianos e vinte mil alemães. Quase todos luteranos, esses últimos, indivíduos perversos, gananciosos, desprovidos de qualquer escrúpulo. Mataram, roubaram, estupraram, esfolaram, torturaram, esmagaram crianças contra as paredes e praticaram toda sorte de atrocidade aos gritos de:―VIVA LUTERO, O NOSSO PAPA!!!‖ Conforme disse Maurice Andrieux, esse ataque a Roma "superou em atrocidade todas as tragédias da História", até mesmo a destruição de Jerusalém e a tomada de Constantinopla. Os cadáveres ficaram por toda a cidade e o rio Tibre coberto de corpos apodrecendo. Citamos aqui, as palavras do ―reformador‖, dirigidas aos príncipes da Alemanha:―Esmagai! Degolai! Trespassai de todo modo! Matar um revoltoso é abater um cão danado.‖ Um conselho adotado quando os lansquenetes luteranos se desembestaram pelas ruas de Roma.Confessava o ―reformador‖: ―Eu, Martinho Lutero, exterminei os camponeses revoltados, ordenei-lhes os suplícios, que o seu sangue recaia sobre mim, mas o faço subir até Deus, pois foi ele quem me mandou falar e agir como agi e falei‖. Centenas de rebeldes, segundo Goethe, foram torturados, empalados, esquartejados e queimados vivos. A Alemanha, disse o autor de Hermann e Dorotéia, parecia um açougue onde a carne humana tinha preço vil. 3.1 A liturgia protestante Antes de ser analisada a liturgia protestante, é necessário aclarar o fato de que, assim como toda a cultura romana impôs muita coisa, ou a maior parte de costumes e doutrinas totalmente fora do contexto das Escrituras, e o termo liturgia é uma deles.A liturgia protestante tem suas raízes principais na Missa Católica. Segundo o historiador Will Durant, a Missa Católica foi ―baseada nos místicos rituais de purificação dos gregos‖. Durant destaca que a Missa estava profundamente mergulhada tanto no pensamento mágico pagão como no drama grego. A mente grega, moribunda, teve uma sobrevida na teologia e liturgia da igreja; o idioma grego, após reinar por séculos sobre a filosofia, chegou a ser o veículo da literatura e do ritual cristão; o misticismo grego foi passado adiante pelo impressionante misticismo da Missa. Lutero quis mudar alguma coisa da liturgia católica, no sentido de que a ideia centra não deveria mais ser a Eucaristia, e sim o sermão, ou seja, uma nova ideia estava sendo proclamada, e sua mensagem precisava ser ouvida. O ponto culminante da Missa Católica, sempre foi a Eucaristia, também conhecida como ―Comunhão‖, ―Ceia do Senhor‖ ou ―Santa Ceia‖. Tudo é direcionado para o momento mágico em que o sacerdote parte o pão e o distribui para as pessoas. Desde Gregório o Grande (540-604) a igreja católica ensinava que Jesus Cristo é novamente sacrificado através da Eucaristia. Lutero tirou a centralização deste ritual, porém não o exterminou. A intenção de Lutero, era trazer de volta o sofisma dos primeiros séculos do Cristianismo, ou seja, usar todas as técnicas de retórica para convencer seus fiéis de que estava com a verdade. Então, em 1523, Lutero enunciou sua própria revisão da Missa Católica, revisão essa que é o fundamento de toda adoração protestante. O núcleo dela é: em vez da Eucaristia, Lutero colocou a pregação no centro da reunião. A ideia de Lutero da pregação como ponto culminante do culto de adoração permanece até nossos dias. Todavia tal crença não tem nenhuma procedência bíblica. Como disse um historiador, ―O púlpito é o trono do pastor protestante‖. É por esta razão que os ministros protestantes ordenados são comumente chamados de ―pregadores‖.―O púlpito é o trono do pastor protestante‖. Apesar dessas modificações, a liturgia de Lutero variava bem pouco da Missa Católica. Basicamente, Lutero reinterpretou muitos dos rituais da Missa, mas preservou o cerimonial, julgando-o apropriado. Ele manteve, por exemplo, o ato que marcava o ponto culminante da Missa Católica: quando o sacerdote levanta o pão e o cálice e os consagra. Podemos entender, que a Missa de Lutero manteve os mesmos problemas da Missa Católica: os paroquianos continuaram sendo espectadores passivos (com a exceção de poderem cantar), e toda liturgia era dirigida por um clérigo ordenado (o pastor tomando o lugar do sacerdote). Embora falasse muito sobre ―sacerdócio de todos os crentes‖, Lutero nunca abandonou a prática de ordenação do clero. Sob a influência de Lutero, o pastor protestante simplesmente substituiu o sacerdote católico. 3.2 Os pontos em comum com a igreja católica apostólica romana Os pontos em comum da igreja luterana e a Igreja Católica Apostólica Romana, são muitos, mas principalmente a essência, ou seja, um sistema de domínio e controle, que tem como objetivo afastar os homens de uma comunhão direta com Deus, colocando-se como mediadores entre Deus e os homens. Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador.Que quer que toda a humanidade seja liberta, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Yeshua, o Messias, um ser humano. (1 Timóteo 2:3-5) Esta libertação da humanidade é uma libertação de todo o tipo de opressão, sendo que a religião é um dos piores tipos de opressão, pois tira o direito do ser humano se relacionar diretamente com o Criador, através da obediência aos seus preceitos. É necessário, antes de tudo, entender que tanto os sistemas políticos, econômicos e religiosos de mundo tem um só nascedouro ideológico, bem como um só objetivo: escravizar seres humanos e projetar semi-deuses, ou seja, o alvo é contrariar o que o Eterno estabeleceu como normativa de uma sociedade justa (Torá)e subjugar os mais fracos em um sistema piramidal. A religião vive de imposição e controle do poder. Religião e Poder sempre formaram uma espécie de binômio em quase todas as Sociedades. Nos tempos Bíblicos a palavra "religião" não existia, tanto é que não é citada nenhuma vez em nenhum da Torá, pois não existe esta palavra no idioma hebraico, mas apesar disso, a prática religiosa existia sim, no modo que cada um tinha em servir a um deus pagão movido por crendices e superstições. Quem aboliu a língua hebraica, a liturgia judaica, a interpretação dos textos, certos mandamentos e estatutos como a guarda do shabat (sábado) e a celebração das festas bíblicas foi o catolicismo de Roma, não os crentes messiânicos da época de Atos dos apóstolos. Até o século segundo, a chamada Congregação de Yeshua, congregava judeus e gentios em suas sinagogas. Em todos os sentidos, Lutero criou apenas mais um sistema religiosos. Não levou o povo à verdade, à ―Teshuvá‖ (retorno aos caminhos do Eterno) pois continuou a pregar as doutrinas católicas, manteve os sacramentos, e em momento algum admitiu que as Escrituras tem uma origem hebraica (judaica), e que à eles foram confiadas às Palavras de Deus.‖ Mostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os seus juízos a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; e quanto aos seus juízos, não os conhecem. Louvai ao Senhor.(Salmos 147:19,20) 3.3 A Bíblia Impressa e seus Efeitos Resultantes É inegável o fato de que a Reforma protestante tirou o monopólio católico de interpretação da Bíblia, e isto foi algo extremamente positivo, pois a opressão religiosa que a maioria do povo vinha sofrendo era algo assombroso. As atrocidades praticada pela Igreja Católica em nome da religião durante a idade Média, não tinham mais limites. Poucas instituições no mundo ao longo da história são responsáveis por tantos crimes e acobertamentos de crimes como a Santa Igreja Católica. O farto cardápio inclui desde mortes na fogueira a pedofilia. Para o imaginário popular, a Igreja é imaculada e se situa num patamar de santidade, portanto, imune aos pecados temporais. Isso se deve em parte à imagem que a instituição forjou ao longo dos tempos, algumas vezes cobrando preço de sangue e traumas irrecuperáveis. Com a invenção das famigeradas cruzadas, os cavaleiros da fé saquearam, torturaram e mataram milhares de seres humanos. Eliminaram os homens do mau para impor a Santa Verdade. Em 1099, por exemplo, ao entrar em Jerusalém para expulsar os muçulmanos, os líderes da cruzada, massacraram 70 mil pessoas. O rei Luiz, da França, tido como um santo católico tinha uma prática mais sutil: levava os blasfemadores a pelourinhos e os matava com ferros em brasas, que transpassavam suas línguas. Segundo ele, esses não voltariam a blasfemar. Em 1231, a Igreja fundou a sua máquina de extermínio: a Santa Inquisição. Por ela passaram quase 1 milhão de pessoas, essencialmente hereges, judeus, muçulmanos e ―bruxos‖. Precursor de Hitler, o religioso Diego Rodrigues Lucero queimou vivos 107 judeus convertidos ao cristianismo. Isso sem falar na cobrança de indulgências, loteamento do céu e aplicação de preços monetários para que os fiéis chegassem ao Paraíso. Tudo em nome de Deus. Todo este cenário, estava realmente além do tolerável, além dos motivos políticos que desencadearam a Reforma protestante. A idéia de Lutero era o livre-exame. A Igreja era considerada incompetente para salvar o homem; por isso sua interpretação das Sagradas Escrituras não era válida: Lutero queria que todos os homens tivessem acesso à Bíblia (por isso a traduziu do latim para o alemão, uma coisa tão revolucionária e pioneira que a bíblia se tornou um padrão para a língua alemã). Todo homem poderia interpretar a Bíblia segundo sua própria consciência, emancipando-se no plano da ideologia religiosa. Apesar do grande feito de Martinho Lutero em traduzir a Bíblia, surgindo assim muitas dissidências de grupos que analisaram as Escrituras e encontraram a verdade, suas doutrinas ―misturadas‖ com sua a origem pagã de Roma, trouxe tanto prejuízo quanto o catolicismo romano. Além de que, mesmo tendo a Bíblia impressa, os beneficiados com esse feito, apenas passaram a ler um livro, como já foi mencionado, ―com as lentes‖ de Roma, sem voltar ao sentido original, à mentalidade hebraica das Escrituras, tornando esse fato em uma confusão de conceitos ainda maior. Praticamente todas as seitas protestantes endossam os mesmos credos: os credos de Nicéia e Atanasiano — e esses professam algumas das mesmíssimas doutrinas que o catolicismo tem ensinado por séculos, como a Trindade, o descanso dominical, a casa do Eterno ser um lugar a imortalidade da alma e o inferno de fogo. Tais ensinos anti-bíblicos deram ao povo um quadro distorcido a respeito do Eterno e Seu propósito. Em vez de ajudar as pessoas na sua busca do Deus verdadeiro, o Deus de Israel, as numerosas seitas e denominações que surgiram em resultado do livre espírito da Reforma protestante apenas as dirigiram a muitas diferentes direções, e nesta multipluraridade de conceitos, nenhum levou o povo de volta para Jerusalém, de onde procede a palavra de Adonai. E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sion sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor‖ (Is 2,3; Miq 4,2). Estes e muitos outros versículos nos mostram que devemos nos voltar à cidade eterna e aos povo judeu, que desde a antiguidade conserva o caminho santo. Quando Yeshua diz, em Mateus 11:29, sobre o seu jugo e sobre encontrarmos descanso para nossas almas, ele se referia ao que está escrito em Jeremias 6.16:―Assim diz o Senhor:Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas...‖ Ou seja, cumprir a Torá, voltar ao Caminho estabelecido pelo Eterno é o que trará descanso para nossas almas! Jesus (Yeshua) veio restaurar este caminho, pois ele é a própria Torá. Porém a teologia de Lutero levou seus dissidentes para muito longe disso. Vejamos alguns de seus graves desvios da palavra de Deus: Se és um pregador da graça, então pregue uma graça verdadeira, e não uma falsa; se a graça existe, então deves cometer um pecado real, não fictício. Deus não salva falsos pecadores. Seja um pecador e peque fortemente, mas creia e se alegre em Cristo mais fortemente ainda...Se estamos aqui (neste mundo) devemos pecar...Pecado algum nos separará do Cordeiro, mesmo praticando fornicação e assassinatos milhares de vezes ao dia. Ninguém odiava mais os Mandamentos de Deus do que ele, e o protestante Bretano, registrou esta frase daquele que seria o fundador do protestantismo: "Todos os mandamentos devem ser abolidos. São mandamentos de Satanás" De fato, a diversidade e a confusão levaram muitos a questionar a própria existência do Eterno e suas Leis. Tão logo Lutero tomou o poder, se revelou um tremendo anti-semita, bem com sua pregação de ―SolaFide‖ (somente pela fé) levou muitos a desprezarem a observância das Leis do Eterno como requisito para a salvação. 3.4 As principais correntes teológicas pós-Reforma O mundo nunca mais foi o mesmo após este grande movimento que bem conhecemos como a Reforma. Mas, na realidade, como já foi exposto, não foi um movimento perfeito em vários aspectos, até mesmo quanto aos seus objetivos principais. Especialmente na Inglaterra havia uma preocupação por parte dos crentes de que a Reforma não houvesse se estendido o suficiente. Os Reis da Inglaterra tinham controle sobre a Igreja e podiam tolerar que houvesse uma reforma dentro dela, mas não queriam permitir a reforma de coisas vindas do Catolicismo, e que já estavam estabelecidas. O receio deles era que se a Igreja se reformasse totalmente, na Inglaterra e na Escócia, eles perderiam o poder. Após a Reforma e com o livre acesso às Escrituras, surgiram dia após dia, pensadores e as mais diversas linhas de teólogos protestantes, dentre os quais se destacam João Calvino (,1509- 1564) Jacó Armínio (1560 - 1609), John Knox (1514- 1572). Principal pensamento de João Calvino: Um dos pontos principais e relevantes na Teologia de Calvino é a respeito da doutrina da salvação. A teologia reformada fundamenta-se no tema central da soberania de Deus. Toda a realidade está sob domínio supremo de Deus. Essa Sua Soberania significa governo, significa que Deus governa sua criação com absoluto poder e autoridade. Ele determina o que vai acontecer, e acontece. Deus não fica alarmado, frustrado ou derrotado pelas circunstâncias, pelo pecado ou pela rebeldia de suas criaturas. Para combater esta linha de pensamento surgiu a teologia chamada de arminianismo. A posição de Jacob Armínio (1560-1609) e seus seguidores – freqüentemente conhecidos como remonstrantes – quanto à graça, o livre-arbítrio, à predestinação e à perseverança dos crentes. Armínio era um teólogo calvinista holandês que, em todos aqueles pontos nos quais a tradição reformada diferia da católica ou da luterana, continuou sendo calvinista. É importante recordar isso, visto que freqüentemente se diz que o arminianismo é o contrário do calvinisrno, quando na realidade tanto Arrnínio como seus seguidores eram calvinistas em todos os pontos, exceto nos que debatiam. Além disso, é necessário notar que o debate envolvia também o interesse de um dos grupos em sublinhar o calvinismo estrito a fim de salvaguardar a independência recentemente conquistada do país, enquanto que o outro buscava posições que tornassem mais fácil para o país comercializar com outros que não fossem estritamente calvinistas. Em parte, por essa razão, os calvinistas estritos fundamentavam seus argumentos sobre as Escrituras, e o princípio da justificação só pela graça, construindo sobre isso um sistema rigidamente lógico e racional, enquanto seus opositores desenvolveram argumentos igualmente coerentes fundamentados sobre os princípios geralmente aceitos da religião – razão pela qual em certo modo foram precursores do racionalismo. As teorias de Armínio foram adotadas por vários teólogos de tradição reformada que não estavam dispostos a levar seu calvinismo às consequências que Dordrecht as havia levado. O mais destacado entre eles foi João Wesley (1703-91). Entre os batistas ingleses, aqueles que aceitaram o arminianismo receberam o nome de ―batistas gerais‖, porque insistiam que Cristo morreu por todos, enquanto que aqueles que ensinavam a expiação limitada foram chamados ―batistas particulares‖. É neste cenário que um movimento de grande influência no meio evangélico até hoje conhecido como ―Puritanos" aparecem. Depois da Reforma, na Inglaterra e na Escócia seguiu-se um período de recessão e esfriamento. Para usar uma figura do Prof. Latoretti, durante a Reforma veio aquela grande onda espiritual que depois foi seguida por uma baixa no fervor do povo. Havia um grande grupo na Inglaterra e na Escócia que tinha um desejo profundo de ver uma reforma completa na vida da Igreja. O sentido original do termo ―puritano‖ apontava para a purificação da igreja, na medida que os puritanos queriam descartar os elementos arquitetônicos, litúrgicos e cerimoniais que consideravam conflitantes com a simplicidade bíblica. Por exemplo, eles objetavam contra o sinal da cruz no batismo e a genuflexão para receber a Santa Ceia. A Bíblia, interpretada no espírito dos teólogos reformados continentais, era considerada a única fonte legítima para a doutrina, liturgia, governo eclesiástico e espiritualidade pessoal. Incentivavam a leitura doméstica da Bíblia de Genebra (1560), uma edição comentada. Além da pregação expositiva regular aos domingos, havia a instrução dos membros em seus lares durante a semana. Deram grande ênfase à preparação de ministros pregadores (ex: Emmanuel College, em Cambridge). A ênfase prática da teologia puritana levou-a a dar grande atenção à ética pessoal e social em casos de consciência, discussões sobre vocação e o relacionamento entre a família, a igreja e a comunidade no propósito redentor de Deus. A reforma do culto e da prática religiosa popular, ouvindo e obedecendo a palavra de Deus, bem como a santificação do tempo convergiram no desenvolvimento do sabatarianismo, um dos legados mais duradouros da teologia puritana aplicada. Os puritanos eram estritos defensores da teologia reformada, que inicialmente tinham em comum com a Igreja da Inglaterra (os Trinta e Nove Artigos ensinavam a doutrina reformada da Ceia do Senhor e afirmavam a predestinação). Depois que muitos anglicanos adotaram uma posição mais arminiana (1620s), os puritanos defenderam vigorosamente o calvinismo devido à sua afirmação intransigente da graça imerecida de Deus. Alguns puritanos, como William Perkins, William Ames e John Owen, deram importante contribuição para o desenvolvimento da ortodoxia reformada. Os puritanos escreveram e produziram muito material teológico. Foram eles os responsáveis pela famosa Confissão de Fé de Westminster, que até hoje é a confissão de fé de igrejas presbiterianas e batistas reformadas. A firmeza com que defendiam suas convicções, o rigor teológico e exegético de suas obras, o modo de vida frugal, austero e simples que defendiam, valeu-lhes uma reputação de gente inflexível, sisuda, pudica, e obtusa, especialmente depois que caíram em desgraça política na Inglaterra e se desviaram para uma religião legalista e introspectiva após o período de Cromwell, desembocando no não conformismo.O movimento puritano foi um momento importante na história da Igreja. Apesar de ter passado, sua teologia permanece viva nos documentos históricos de denominações reformadas e na vasta literatura que os pastores puritanos deixaram. Charles Spurgeon e Martyn Lloyd-Jones são considerados, entre outros, como últimos remanescentes do que havia de melhor no puritanismo. Em nossos dias, todavia, um interesse crescente pela teologia puritana, sua piedade, devoção e espiritualidade tem crescido cada vez mais, não somente no Brasil, como especialmente no exterior. Uma editora inglesa – a Banner ofTruthTrust foi a responsável pela reimpressão de obras de puritanos famosos como John Owen, John Flavel, Jonathan Edwards. Muitas delas têm sido traduzidas e publicas no Brasil. Além disso, autores modernos têm se colocado dentro da tradição puritana, como J.I. Packer, R.C. Sproul, John MacArthur, entre outros. Apesar de toda esta contribuição, nem os reformadores, nem os movimentos dissidente fizeram uma volta ao primeiro século, onde a pureza das Escrituras prevalecia, e não o direcionamento humano. Todas as tentativas de se livrar do paganismo romano, dentro desta perspectiva não tiveram êxito, pois, a maioria nunca quis aprender com o o povo hebreu (consequênciada da Teologia da substituição), e nunca pode entender o real contexto em que a Bíblia foi escrita. Uma mentalidade ocidental, renegando as origens e a cultura das Escrituras e de seu Senhor (Yeshua) que sempre foi judeu e veio para a restauração da casa de Israel. Todos estes conceitos foram tirados das crenças politeístas que dominavam a mentalidade Greco-romana dos ―Pai da Igreja‖,e com isso, muitas festas pagãs forma adicionadas ao calendário cristão, com a intenção de conquistar os povos através do sincretismo religioso. Tanto a mistura de elementos e conceitos pagãos eram inclusos, como ao mesmo tempo, se promovia uma verdadeira ―campanha‖ para que as tradições hebraicas fossem esquecidas e substituídas. Enquanto muitos teólogos ocidentais nos apresentam um Jesus com características romanas, as Escrituras nos mostram, que o Messias, que morreu para a salvação da raça humana, era judeu. Há neste fato um grande contra senso, pois se quisermos entender os fatos sobre a vida de Yeshua (conhecido como Jesus). A figura central dos escritos do BritHadashá (Novo Testamento), é Yeshua o Messias. Ele era um judeu, filho de uma judia, nasceu em Beit-Lechem (Belém), viveu em Natzaret, ensinou na Galil (Galiléia), e enfim, morreu e ressuscitou em Yerushalayim (Jerusalém), tudo isso em Eretz-Ysarel, a terra dada por Deus ao povo hebreu. Além disso, Yeshua nunca deixou de ser judeu, muito menos de praticar tudo que era da tradição hebraica. Não foram os judeus que escolheram D-us, foi D-us que escolheu o povo hebreu e que por sua vontade o formou, a partir de Avraham, Isaac, Jacob, José e Moisés (Moshe) para ser na terra a semente da palavra de D-us, a semente de uma civilização superior à época em que conquistaram Canaã, época em que eram rodeados por povos politeístas, bárbaros e de costumes contrários aos valores divinos.Não foi também o povo judeu que escolheu a lei (Toráh), foi D-us que a deu como instrução, através de Moshe, não foi portanto o povo Judeu que inventou a Torá. Mas acima de tudo, não foram os judeus que inventaram o Messias para salvar o mundo, foi D-us que fez deste povo, o Seu povo escolhido para trazer a mensagem de salvação a toda a humanidade carente da verdade e da palavra de D-us, que então só estava confiada aos judeus. Portanto os cristãos devem ver Jesus como o Messias, um salvador, vindo dar a conhecer a toda a humanidade a Toráh, aos não judeus, sendo que quando vier o Messias esperado pelo povo judeu, pelos cristãos e até muçulmanos, aí sim o Messias (Mashaiah) se dará a conhecer a toda a humanidade, que O reconhecerá, e pois não serão os judeus a converterem-se ao cristianismo, ou a outra qualquer religião, mas sim a humanidade se converterá indubitavelmente a praticar A Torá. Porém século de teologia romana pagã e antissemita, resultaram em uma grande confusão religiosa. O pensamento ocidental, baseado na cultura grega, permite que cada um tenha seu próprio entendimento à respeito da Bíblia, porém, isto dá margem à ―verdades relativas‖, o que é totalmente contrário ao conceito das Escrituras. 3.5 A teologia da Substituição A Teologia da Substituição, foi o fruto mais amargo que a Patrística produziu ao mundo ocidental, e Lutero, como um bom seguidor da doutrina de Santo Agostinho, difundiu estes conceitos como ninguém. O principal objetivo desta teologia, é tirar o lugar de Israel, como povo escolhido, bem como dizer que o Tanach (Antigo testamento), foi anulado e não deve ser observado. Até mesmo o termo ―Velho Testamento‖, ou ―Antigo Testamento‖, foi colocado por eles de maneira pejorativa, com a mensagem de que não tem mais valor para os crentes de hoje. O uso desse termo ―Velho Testamento‖ é contrário até mesmo ao ensinamento do próprio Jesus, que disse que não veio revogar a Lei, ou Torá, mas cumpri-la. Por que então dizer que é um testamento velho? Por que chamar de velho algo que até mesmo o ―fundador‖ do Cristianismo disse que não veio revogá-lo? Além disso, essa nomenclatura também carrega implicitamente uma outra ideologia, que é a Teologia da Substituição, que diz que o povo judeu, Israel, foi substituído pelo Israel ―espiritual‖, que seria a ―Igreja de Cristo‖, além da substituição da Lei de Moisés pela ―Lei de Cristo‖, dando a entender que Yeshua aboliu a Torá. Essa teoria, juntamente com a teoria do deicídio (teoria que acusa os judeus de terem matado ―Deus‖, ou Jesus), serviu de base e justificativa para milhares de assassinatos de judeus ao longo desses dois mil anos. Além de Yeshua (Jesus), nenhum dos escritores do chamado ―Novo Testamento‖, renegou o Tanach (Antigo Testamento), principalmente Shaul (Paulo), que nunca deixou de ser rabino (mestre da Torá). Não há dúvidas de que Shaul (este é o nome original do apóstolo Paulo) era um exímio cumpridor da Torah e dos profetas, e mantinha sua cultura hebraica intacta das influencias gentílicas, não razão em acusá-lo de traidor do judaísmo, como temos aprendido que, aquele que tem uma tradução tendenciosa da BritHadasha (Novo Testamento) em português ou do latim e grego, ou que ver rav. Shaul desta forma pejorativa. Devemos atentar para os detalhes, que foram expostos na Bíblia de que: 1º Shaul fala em sua língua e todos fazem silencio. 2º Shaul fala de sua linhagem judaica farisaica. 3º Shaul afirma ter um formação na escola de um grande renomado Rabino (Gamaliel). Acenando com a mão para pedir silêncio, Paulo começou a falar em hebraico, dizendo: ―Homens, irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós. . . . Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas educado nesta cidade, aos pés de Gamaliel, instruído segundo o rigor da Lei ancestral, zeloso por Elohim, assim como todos vós sois neste dia. (Atos 22:1-3) Estes são pontos fundamentais para afirmar que o apóstolo Shaul era um judeu autentico e servo de Yeshua.É bem verdade que Deus escolheu Paulo para ser o emissário das ―boas novas‖ aos gentios, e esta escolha soberana do Eterno, não foi confortável para ele, pois como um brilhante discípulo de gamaliel, esperava-se que o rabino Shaul, se destacasse entre o seu povo, Israel, como mais um grande ensinador. Ser ensinado por Gamaliel era um privilégio de poucos em Isarel, e somente isso demonstrava a linha de ensinos de Paulo, baseada na Torá. Gamaliel era um bem-conhecido fariseu. Era neto de Hilel, o Velho, que fundara uma das duas grandes escolas de pensamento dentro do judaísmo farisaico.[1] O método de ensino de Hilel era considerado mais tolerante do que o do seu rival, Shamai. Depois da destruição do templode Jerusalém em 70 EC, BetHilel (Casa de Hilel) era preferida a BetShamai (Casa de Shamai). A Casa de Hilel tornou-se a expressão oficial do judaísmo, visto que todas as outras seitas desapareceram com a destruição do templo de Jerusalém. As decisões de BetHilel servem muitas vezes de base para a lei judaica na Míshina, que se tornou o fundamento do Talmude, e a influência de Gamaliel, pelo visto, era um grande fator na sua predominância. Gamaliel era tão estimado, que foi o primeiro a ser chamado de raban, título superior ao de rabino. Enfim, são inúmeras as referência e repetições feitas pelos autores do BritHadashá (Novo Testamento) de trechos do Tanach, Antigo Testamento. Além disso, durante os primeiros 50 anos da era cristã, os apóstolos tinham em mãos somente o Tanach, que foi traduzido por ―Escritura‖, para basear seus ensinamentos, como vemos no livro de Atos: E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim. (Atos 17: 10-11) Também quando Paulo fala à Timóteo sobre ―toda Escritura é divinamente inspirada‖, estava se referindo ao Antigo Testamento, pois nessa época o Novo, ainda não tinha sido escrito. Sendo assim, porque foi colocado durante séculos que o Antigo Testamento não estaria mais em vigor? Pelo simples fato que de na Torá está toda Lei de Deus. A Torá é o espelho que nos mostra o pecado. A teologia da substituição não só tirou o a Torá (espelho), como passou a dizer que a Nova Aliança é o tempo da graça, e que não há mais Lei. Porém nisto há uma grande contradição bíblica, como vemos no comentário de Ellen White: Jesus, nosso Substituto, consentiu em sofrer pelo homem a penalidade da lei transgredida. Ele revestiu Sua divindade com a humanidade, tornando-Se assim o Filho do homem, o Salvador e Redentor. O próprio fato da morte do amado Filho de Deus para remir o homem revela a imutabilidade da lei divina. Quão facilmente, do ponto de vista do transgressor, Deus poderia ter abolido Sua lei provendo assim um meio pelo qual o homem pudesse ser salvo e Cristo permanecesse no Céu! A doutrina que ensina a liberdade, pela graça, para transgredir a lei é uma ilusão fatal. Todo transgressor da lei de Deus é um pecador, e ninguém pode ser santificado enquanto vive em pecado conhecido. A Bíblia é a norma para provar as alegações de todos os que professam santificação. Jesus orou que Seus discípulos fossem santificados pela verdade, e Ele diz: "A Tua palavra é a verdade" (João 17:17); ao passo que o salmista declara: "A Tua lei é a verdade." Sal. 119:142. Todos aqueles a quem Deus está guiando manifestarão elevada consideração pelas Escrituras nas quais é ouvida Sua voz. Todos estes versículos se referem à veracidade e à importância da Lei de Deus para a nossa salvação. CONCLUSÃO Esta pesquisa veio comprovar, que assim como aumenta a confusão religiosa, há um crescimento do pensamento sectarista, presente em cada denominação religiosa, fazendo com que cada uma arrogue à si, ser detentora da verdade bíblica. Porém, o que a maioria não percebe é que a verdade da Palavra é absoluta, e que não há ―muitas verdades‖, e sim uma só. Quando nos voltamos às raízes hebraicas das Escrituras, vemos que a Igreja romana, conseguiu paganizar a mentalidade dos denominados cristãos no ocidente, em suas diferentes correntes teológicas, levando os fiéis para longe da real compreensão da essência da mensagem divina para a salvação, e para o crescimento espiritual. Até mesmo o nome de nosso Messias foi mudado, bem como quase todas as ordenanças bíblicas sofreram alterações através de tendenciosas traduções. Se todos voltássemos ao primeiro século, para entender a forma de como Jesus e os discípulos viveram, não teremos uma real compreensão do sentido de sermos Igreja do Senhor. Toda competição de ―impérios religiosos‖ que usurpam o poder, levando membros sub serventes à obediência cativa, sem questionamento, pois o povo dominado pela mentalidade romana, sempre foi reprimido e ameaçado por questionar. Comprova-se, através desta pesquisa, que há uma grande diferença entre uma renovação e uma reforma. Quando somos renovados, o sincretismo religioso perde a ação na nossa fé, e obtemos crescimento espiritual para sermos verdadeiros discípulos do nosso Messias.E não sendo como cegos guiando cegos, sem o aval das Escrituras. BIBLIOGRAFIA ______A Arte do Renascimento - História - Resumo - Escola Educação. Disponível em>escolaeducacao.com.br<. acesso em 30/07/16. ______A ORIEM DA IGREJA LUTERANA http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/OrigemEErrosBiblicosDasIgrejasPr otestantesReformadas-GStefano.htm. Acesso em 30/06/16. SWAN, James R. A Reforma Protestante de Martinho Lutero - HistoriaLivre.com AS 95 TESES FORAM PREGADAS OU ENVIADAS? Escrito por James R. Swan Massachusetts: FordhamUniversity Press, 1969, p. 52 Disponível em: http://www.e-cristianismo.com.br/historia-do-cristianismo/lutero/as-95-teses-foram- pregadas-ou-enviadas.html. acesso em 30/06/16. ______Autor desconhecido. Artigo: A Reforma protestante e a contra-reforma. 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