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CURSOS DE IDIOMAS
GflOBO
AUDIOVISUAL
INTERATIVO
PROGRAMADO
9
i O i I O B "
O O B O
TOPLEVEL
ITALIANO
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V o i . 0 9
U N I T À 2 2 - 2 3 - 2 4
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O O B O
CUBOS DE POMAS
O O B O
Top L e v e l
I t a l i a n o
GLDBO--DlGJTflU.
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P L A N O G E R A L D A O B R A
Cursos d * Idioma* Globo - Top Lavei - Italiano é
uma obra audio vis usi interativa programada, publi-
cada cm 9 edições quinzenais de 64 páginas cada
uma. Para perielio aproveitamento oo curso, obser-
ve a sequência das Unidades na alio das páginas.
A S F I T A S
As lições apresentadas em cada uma das edições
são reproduzidas em 9 tilas cassete que acompa-
nham cada publicação.
C O M O A C O M P A N H A R O C U R S O
• Ao inicio de cada lição, coloque a fita cassete cor-
respondente no gravador.
Adone a teda play no ponto indicado
por este simbolo.
Acione a tecla sfop no ponto indicado
por este símbolo.
A) Conversaz ione
1. Ouça na Irta o diálogo extraído do filme.
2. A seguir, ouça pequenas sequências do diálogo,
lendo o texto correspondente.
3. Ouça de novo o diálogo, lendo o texto inteiro.
A. Leia o texto do diálogo, consultando as respecti-
vas notas.
B) italiano per us i specia l i
Asco/Tale
1. Antes de ouvir a fita, cubra o texto do diálogo e leia
atentamente a indicação que precede o exercido.
2. Ouça o diálogo. Durante ou depois da audição,
faça o exercido.
3. Verifique a correcão das suas respostas no qua-
dro Respostas dos exercícios e ouça novamente o
diálogo.
Osservale
4. Leia atentamente a apresentação e a explicação
relativa a utilização das diversas estruturas e fun-
ções linguisticas.
Esercizi
5. Faça os exercícios, depois de observar com aten-
ção o exemplo.
G. Verifique a exatidão de suas respostas no quadro
Respostas dos exercícios.
7. Consulte o vocabulário.
C) Dal v ivo
1. Escute na fita as frases da conversação.
í Volle a ouvir as frases, lendo o texto no fascículo.
3. Leia atentamente as notas correspondentes.
4. Modi dl dire. Ouça as expressões idiomáticas e
teias as notas correspondentes.
D) Un po' di gramática
1. Faça por escrito os exercícios, depois deter ob-
servado atentamente o exemplo.
2. Leia as notas gramaticais correspondentes.
3. Confira as respostas dos exercícios pelo quadro
Respostas dos exercícios.
4. Leia atentamente a lista do vocabulário.
E ) Lettura
Leia o texto em Ballano e. se encontrar dificuldade
de compreensão, consulle a tradução para o portu-
guês.
N Ú M E R O S A T R A S A D O S
A Editora Globo mantém suas publicações em esto-
que atá seis meses após seu recolhimento. As publi-
cações atrasadas são vendidas pelo preço da última
edição lançada (corrigido, caso não haja alguma
edição em bancas). Vocã pode escolher enlre as op-
ções abaixo:
1. N A S B A N C A S
Através do jornaleiro ou distribuidor Chinaglia de sua
cidade.
2. P E S S O A L M E N T E
Dirija-se aos endereços abaixo:
Sâo Paulo: Pça. Alfredo Issa, 1 8 - Centro -
Fone: (011) 230-9299.
Rio de Janeiro: Rua Teodoro da Silva. 821 -Grajaú -
Fones: (021) 577-4225 e 577-2355.
3. P O R C A R T A
Giratamente á Editora Globo, setor de Números Atra-
sados: Caixa Postal 239, CEP 06453-990. Alphaville,
Barueri, SP.
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cidos das despesas de envio.
O Editorial Planeta De Agostini S.p.A,. Barcelona
(1987).
O Editora Globo S A (1995). Direitos mundiais para
a língua portuguesa, em território brasileiro.
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ISBN 65.250.1469-9
Impressão; 4\ ™™
Cá CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Colaboradora! Roberto Irineu Marinho (presidente) Editora Página Viva (edição), Carlos Tranjan (tradução). Omella
G É O B O
João Roberto Marinho (vice-presidente) Ac quadro (consultoria)
G É O B O Roberto Irineu Marinha. José Roberto Marinho, Luiz Marketing G É O B O
Eduardo Velho da Silva Vasconcelos (conselheiros) Heitor de Souza Paixão (diretor), Atílio Roberto Bonon
(gerente de produção). Elisabete Blanco (supervisora de produto).
DIRETOR1A EXECUTIVA Eliane Soares (assistente de marketing), Zita Stellzer R.
Ricardo A. Fischer (diretor geral), Fernando A. Costa. Arias (coordenadora de produção)
Flávio Barros Pinto. Carlos Alberto R. Loureiro. José Circulação
Francisco Oueirõz (direlares) Wandertei Américo Medeiros (diretor)
Marketing Direto e Serviços ao Cliente
DIVISÃO DE FASCÍCULOS E LIVROS Wilson Paschoal Jr. (diretor)
Diretor Assinatura
Flávio Barros Pinto Ubirajara Romero (diretor)
Editorial Comunicação
Sandra R. F. Espilotro (editora executiva) Mauro Costa Santos (diretor)
Aníbal dos Santos Monteiro (editor de arte), Edenir da Silva Serviço de Apolo Editorial
(assistente de redaçáo) Antonio Carlos Marques (gerente)
,s:-l!i"!:.
iWGLDBa--DlG.TflL !-.
FflGTJiraS DE Q L F U T E E * " l
Italiano per us i speciali
mia invenzione, in qual i sanzioni incorrerebbe?
Signor Bulzo Questa persona verrebbe convocata davanti a un tr ibunale
e obbligata a pagare una mul ta proporzionata al danno causato al leg i t t imo
proprietar io del brevetto. Se le può interessare, le d ico subito che lei potrà
esportare la sua produzione anche all 'estero, dopo aver ino l t rato regolare
domanda ai vari Paesi in cui la volesse vendere.
Signor Bozzi La ringrazio mol to . Farò subito tutte le pratiche necessarie
perché vorre i essere iscritto all 'albo degli inventor i al più presto! LMj
1. Pesante se diz ind is t in tamen-
te de quem t em ura peso m u i t o
super ior ao norma l , de algo que
exige m u i t o esforço e resistência
e também de algo que produz té-
d io e enfado; una borsa pesante
( " u m a b o l s a p e s a d a " ) ; u n a
pesaníe responsabilità ( " u m a
grande r e s p o n s a b i l i d a d e " ) ; un
libropesante ( "um l i v ro tedioso" ) .
2. Lembre-se de que nas orações
in t e r r oga t i v a s i nd i r e t a s p o d e m
ser usados ind is t intamente che e
quale/quali, quando estes prece-
d em imediatamente o substant i -
vo: rum so che/quali documenti
servano ("nào sei que documen-
tos servem") ; non ricordo quali
sono/siano i nomi dei candidati
("não l embro quais são os nomes
dos candidatos" ) .
3. Em ital iano, as interrogativas
indiretas, d i ferentemente do que
o c o r r e e m português, são
construídas c o m frequência no
s u b j u n t i v o : non so quali
documenti servano /servono ("não
sci que documentos servem").
4. Observe que, neste caso, an-
dare a não equivale a " i r a", mas a
"acabar, t e rminar por".
5. E m ital iano, quindi pode sig-
n i f i car indist intamente "por con-
seguinte, por isso" e, como neste
caso , "então , d e p o i s " : piove
troppo, quindi non esco ("chove
mui to , por isso não saio") ; prima
valuteremo la domanda, q u i n d i
le daremo una risposta ( "pr imei-
r o aval iaremos a solicitação, de-
pois a responderemos") .
lì. E m ital iano, o verbo supporre
e a f ins , ao contrário do p o r t u -
guês, regem o modo subjunt ivo .
7.Recare s igni f ica "levar, trazer"
e também "causar": m i hanno re-
cato questa notizia in ritardo
("me t rouxeram esta not i c ia c o m
a t raso " ) ; può recar danno ad
altre persone ("pode causar dano
a outras pessoas").
8. Aqui , dovere não t e m va lor de
obrigação e supõe eventualidade:
se qualcuno dovesse telefonare,
dica che non ci sono ("se alguém
telefonar, diga que não estou") .
Responda as seguintes perguntas, escolhendo a resposta correta.
1. Perché i l signor Bozzi si rivolge a un Uf f ic io Internazionale d i Brevett i e
Marche?
—per avere i l marchio esclusivo d i un prodot to al imentare.
—per avere informazioni sulle pratiche necessarie per brevettare una
sua invenzione
—per chiedere d i essere assunto in tale uff ic io
2. A ch i si devono inoltrare le domande d i brevetto?
—diret tamente alla Camera d i Commerc io
— al Min is tero del Lavoro
— al l 'Uf f ic io Brevett i e Marche, che a sua volta le inoltrerà al Min is tero
del Lavoro
3. Ê possibile ottenere i l brevetto d i quanto si è inventato se v i è già
qualcosa d i simile in commercio?
— sì, purché c i si metta d'accordo con l 'a l tro inventore
—sì, a meno che le due invenzioni non siano esattamente uguali
—no , in nessun caso
4. È punibi le co lui che copia un brevetto già depositato?
—sì, e con una multa proporzionata al danno causato
—sì, ma solo con un'ammonizione giudiziaria
—no , è sufficiente che porga le sue scuse al l 'a ltro inventore.
Quando se relacionam duas orações independentes, uma das quais resulta oposta ou con-
trária à outra, podem ocorrer os seguintes casos:
a) quando o sujeito das orações é distinto, usam-sewieníí-e, mentre invece, quando, quando
invece + verbo conjugado (usam-se os mesmos tempos e modos uuiizados em português).
fxemplos: sempre insoddisfatto e scontento, mentre potrebbe essere felice.
513
Osservate
'prauTos DE QUII Í ,LIÍI )L L !
Italiano per usi speciali
Pretende le mie scuse, quando dovrebbe essere lu i a scusarsi con me.
Lo aspettavamo oggi, mentre invece arriverà domani .
b) na linguagem algo culta e bterária, estas formas se substituem com frequência pelo
advérbio menos usado laddove.
Exemplo:
Ha agito t roppo impulsivamente laddove sarebbe stata opportuna una
maggior prudenza.
c) quando o sujeito das duas orações é o mesmo, usam-se invece di, in luogo di, piuttosto
che/di, anziché + infinitivo.
Exemplo:
Invece d i
In luogo d i
Piuttosto che/di
Anziché
trasportare a mano mater ia l i vo luminosi , c i si potreb-
be servire d i un carrel lo sollevatore.
d) dado que em italiano se usa indistintamente mentre, tanto nas orações temporais si-
multâneas {mentre = "enquanto") quanto nas adversativas {mentre - "ao passo que"), ambas
as orações se distinguem por meio de uma pausa (graficamente, uma vírgula).
Exemplos:
Luig i legge mentre io studio (=Luís lê enquanto eu estudo).
Luig i lavora, mentre io studio (=Luís trabalha, ao passo que eu estudo).
A Una as duas frases usando qualquer uma das formas indicadas nos pontos a) e b), con-
jugando o verbo entre parênteses.
1. Annunc iarono che c i sarebbe stata una perturbazione: ... (noi , avere)
una giornata stupenda.
2. Credevo che fosse un lavoro da niente: ... (volerci) delle ore.
3. T u t t i pensavano che i l concerto sarebbe stato una cosa eccezionale: ...
{esso, essere) una grossa delusione.
4. Persero del tempo prezioso nel prendere una decisione: ... (essere)
necessario intervenire tempestivamente.
5. Ero sicuro che mi avrebbero cambiato d i uf f ic io : . . . (rimanere) tut to tale
e quale.
6. Assunsero t u t t i i candidati indiscr iminatamente: ... (essere) oppor tuno
fare una rigorosa selezione.
B Complete as frases com mentre + verbo conjugado ou invece di/anziché + infinitivo,
segundo a necessidade.
1. ... ( tu , fare,a me) t u t t i questi regali i nu t i l i , potresti rest i tu i rmi i soldi che
m i devi.
2. M i a moglie ha prenotato un albergo in montagna, ... ( io, preferire)
prendere una casa in af f i t to.
3. ... (voi , lamentarsi) invano per la situazione in cu i v i trovate, sarebbe
meglio che v i deste da fare per cambiarla
514
Eserc iz i
,s:-l!i"!:.
i WGLDBa--DlG.Tf lL ! - .
FflGTJiraS DE QlflLIHE *"l
Italiano per us i speciali
4. Dovrest i in formart i meglio su quanto stai dicendo ... ( tu , parlare) a
vanvera.
5. I genitor i gli avevano suggerito d i iscriversi alla Facoltà dì Giur ispruden-
za ... (egli, preferire) iscriversi a Medic ina .
6. ... ( tu , dire) delle fesserie, perché non te ne stai zitto?
7. Carla lavora in propr io , . . . {Marco , lavorare) come dipendente in una
fabbrica.
8. ... ( tu ,mor i re ) d i fame per non ingrassare,faresti bene a fare un po' più d i
sport.
Vocabo la r io
alho (s.m.)
aggirarsi (u. pron.~)
attestato (s.m.)
brevettare (v.i.)
carrello sollevatore {s.m.
confluire (v.i.)
inoltrare (v.t.)
miglioramento {s.m.)
particolare (s.m.)
rilasciare (v.t.)
simile (ari?.)
tenere (v.t.)
album
girar em torno de
certificado, atestado
patentear
empilhadeira
confluir
apresentar, encaminhar
melhoria, melhoramento
detalhe
expedir
parecido, similar
guardar
Respostas dos exercícios
A s c o l t a t e
1. Per avere informazioni sulle pratiche necessarie per brevettare una
sua invenzione
2. All'Ufficio Brevetti e Marche, che a sua volta le inoltrerà al Ministero
del Lavoro
3 No. in nessun caso.
4 Si. e con una multa proporzionata al danno causato
Osservate
A
(Esta é apenas uma das possibilidades: há outras respostas igualmen-
te possiveis.)
1 Annunciarono che ci sarebbe stata una perturbazione, invece abbia-
mo avuto una giornata stupenda
2. Credevo che fosse un lavoro da niente, mentre invece Ci sono volute
delie ore.
3 Tutti pensavano che il concerto sarebbe stato una cosa eccezionale,
invece fu una grossa delusione.
4. Persero del tempo prezioso nel prendere una decisione, laddove sa-
rebbe stato necessario intervenire tempestivamente
5 Ero sicuro che mi avrebbero cambiato di ufficio, mentre invece tutto è
rimasto tale e quale
6. Assunsero tutti i candidati indiscriminatamente, laddove sarebbe
stato opportuno lare una rigorosa selezione
B
1. Invece di/anziché farmi lutt i questi regali inutili, protresli restituirmi i
soldi che mi devi.
2 Mia moglie ha prenotato un albergo m montagna, mentre io avrei pre-
ferito prendere una casa in affitto.
3. Invece di/anziché lamentarvi invano per la situazione in cui vi trovate,
sarebbe meglio che vi deste da fare per cambiarla
4 Dovresti intorniarti meglio su guanto stai dicendo invece di/anziché
parlare a vanvera.
5 I genitori gli avevano suggerito di iscriversi alla Facoltà di Giurispru-
denza, egli invece ha preferito iscriversi a Medicina.
6 Invece di/anziché dire delle fesserie, perchè non te ne stai zitlo?
7. Carla lavora in proprio, mentre Marco lavora come dipendente in una
fabbrica.
B Invece di/anziché morire di lame per non ingrassare, faresti bene a fa-
re un po' più di sport.
515
w:GLDBa--DiGJTfl L !-.
F , u [ : i ] : / - ; D Ì , I / . , I H , • • !
C/UNITÀ DAL VIVO
Ouça na fita as seguintes
frases, observando as
diferenças léxicas e
sintáticas entre os dois
registros linguísticos.
a - língua coloquial
familiar
b - língua comum
padrão
,rar
1. A o cumpr imentar alguém, u t i
lizam-se basicamente as seguintes
f o rmas : o u o n a i o r n o / b u o n a s e r a
( formai) , doo (íntimo) e saJue (for-
m a intermediária, usada quando
entre os inter locutores não existe
mu i ta famil iar idade e, ao mesmo
tempo, não se deseja manter exces-
siva distância).
2. Morale, neste caso, s i gn i f i ca
"estado de ânimo"; a fere f i morate
a terra, é u m mod ismo com o qual
se dá a entender que alguém está
mui to desanimado.
3. Com a palavra birra ("cerveja")
se constroem diversas expressões
coloquiais: a íutía b i r r a ("a toda
ve loc idade" ) ; avere m o l l a birra
("ter mu i t a energia e resistência");
1. a) Ciao ' bel lo! Faceio uri salto in ospedale da G ig i : m i hanno detto
che sta male e che ha i l morale a terra 2 . T u sai cosa ha combinato?
b) Ciao carissimo! Sto andando in ospedale a trovare G ig i : ho saputo
che non sta affatto bene e che per d i più è mo l to demoralizzato! Sai
cosa gl i sia successo?
2. a) Si, andava i n b ic i a tutta b i r ra 3 ed è andato a sbattere contro un
camion. Per poco non si rompe l'osso del co l lo ! È tut to un gesso!
b) Sì, andava in bic ic let ta a folle velocità e si è scontrato con un
autotreno. Ha rischiato d i ammazzarsi! Adesso è completamente
ingessato!
3. a) Non gliene va mai bene una 4 , poveraccio! È dura inchiodat i a let to:
per questo al lora è giù d i corda 5 !
b) È propr io sfortunato, poveretto! Certo non è un disagio da poco
essere costretto all'immobilità completa. Posso capire che sia mo l to
abbattuto !
4. a) Però non è da lui ' ' buttarsi giù così. Anche se poteva lasciarci le penne
non deve darsi per v into. D ig l i d i stare in gamba 7 , m i raccomando"!
b) Non è nel suo carattere scoraggiarsi a tal punto ! Anche se ha rischia-
t o la v i ta , adesso deve reagire. Fagli coraggio, anche da parte mia, t i
prego! M3
dare la birra a alguém ("superar,
bater alguém", especialmente em
competições esportivas).
4. Non andargliene mai bene
una, expressão co loquia l usada
com o sentido de 'não conseguir
fazer nada bom" .
5. Essere giù e essere giù di cor*
da se diz de pessoa que demons-
t r a estar mu i to desanimada.
6. Non essere da me, le... se diz do
que, não sendo próprio ou caracte-
rístico da pessoa indicada, desdiz
o seu modo de s e r non è da me
scialacquare i soldi ("não é do meu
feitio desperdiçar, esbarjar" ) .
7. A expressão in gamba! é usa-
da para pedir a alguém que se ani-
I me e se d isponi la a superar uma di -
f iculdade; equivale em português a
"ânimo!".
8. Mi raccomando, fornia com aqual
se exorta alguém com insistência para
fazer algo que está sendo sugerido:
mi raccomando, non correre troppo
in autostrada' ("sobretudo, não cor-
ra mufto na estrada").
516
F,u[ : i ] : / - ;D Í , I / . , I H , ••!
Modi di dire
1. Cacciarsi/mettersi nei pasticci. BiO
Significa meter-se em situações difíceis, embaraçosas e comprometedoras.
2. Togl iere q u a l c u n o dai pasticci.
Significa bvrar alguém de uma situação difícil, embaraçosa e comprometedora.
3. Essere un p a s t i c c i o n e .
Pasticcio, literalmente "pastel", pode ter o significado figurado do português "embrulha-
da, confusão". Essere un pasticcione se diz de quem trabalha mal e desordenadamente,
atrapalhando as coisas e as idéias; corresponde em português a "ser um atabalhoado".
Literalmente "ter as mãos na massa"; significa estar bem introduzido em uma situação
; empreendimento e, desse modo, estar em condições de tirar proveito.
517
' m u n a s ut auíii.rjiiDíL!
D/UNITÀ UN PO' DI GRAMMATICA
Eserc iz io
Uno
Complete com qualche, alcunio}, quatcunfoj, segundo a necessidade1.
Exemplos:
Se risuliasse affine a ... altro brevetto.
Se risultasse affine a qualche altro brevetto.
Se ... altro dovesse copiare la mia invenzione.
Se qualcun altro dovesse copiare la mia invenzione.
1. Se c'è ... che ha urgenza d i parlare con me, lo faccia subito, perché po i
devo scappare.
2. Parlerà apertamente senza ... t imore .
3. ... è riuscito a fuggire pr ima che arrivassero i nemic i , . . . invece è stato
fatto pr ig ioniero.
4. ... ha ... altra domanda da fare?
5. I o mi r i f iu to d i svolgere questa indagine: affidatela a ... a l t ro !
6. Ho letto ... dei suoi scr i t t i e l i ho trovat i davvero interessanti.
7. Abb iamo esposto le nostre teorie: ... è del nostro parere,. . . a l tro ha
sollevato delle obiezioni .
8. Non trovo i l portafogl i , eppure da ... parte dovrà pur essere!
9. Se quel quadro è andato cosi a ruba, deve pur avere ... valore!
10. A l funerale c'era solo ... parente stretto del morto .
1. L embre o uso dos ad je t i vos e p r o n o m e s i n d e f i n i d o s gualche,
alcun(o), quatcun(o), osqiLais podem confi indir-se fac i lmente com os
portugueses "alguém, algum".
a) qualche, adjetivo invariável, pode s ign i f i car
in spiaggia c'è solo qualche persona mais de urna, nào mui tas
— sarà andato da qualche parte uma indeterminada
— è un l ibr i ) d i qualche interesse c e r t o
b j alcuno (a, i, ej/alcun, adjet ivo e pronome, pode signif icar:
— alcuni vennero, a l t r i non poterono pronome p lura l
—alcune ragazze sono straniere adjet ivo p lura l
— non ho disonno di alcun consigl io somente em frases negativas
e no singular
c ) qualcuno (aj/qualcun, p ronome singular, pode s i gn i f i ca r
— ho visto qualcuno de i suoi f i lm mais de u m , nào mui tos
—qualcuno ha telefonato uma só pessoa
-qualcun a l t ro ha parlato ùnico caso de t runcamento
- qualcun a l tra ha par la la ùnico caso de elisão
Eserc iz io Complete as frases seguintes com uma construção temporal adequada.
r ) i w i Exemplo:
*-* * ™ Vorrei brevettare una macchina che progettai (cinque anni).
Vorrei brevettare una macchina che progettai cinque anni fa.
1. Non d iment icheremo mai che (tanti anni) lei seppe risolvere la crisi che
la nostra azienda stava attraversando.
2. (5 mesi) non riuscivamo più a fare una cenetta insieme! Sono veramente
commossa!
518
^Ì3irJBD - -DBJT« . , - .
FflGOJraS DE Q l t U H E H
Un po' di grammatica.
3. (10 minut i ) i l capostazione sembra intenzionato a dare i l via ma per ora
non ha ancora né fischiato né alzato la bandierina rossa.
4. (25 anni) lei lavora qui da no i con un ' efficienza degna d i lode e siamo
fel ici d i darle questo premio !
5. Che noia! Ha cominciato a parlare (un' ora) e va avanti come se niente
fosse!
6. (Quando siamo part i t i ) g l i sto dicendo d i non sporgere i l capo e d i
chiudere i l f inestrino, ma non m i dà retta.
7. (25 anni) quando venni assunto in questa d i t ta , ebbi l 'onore d i conoscere
suo padre e d i col laborare con lu i .
8. Saremmo dovut i arrivare (2 ore) e invece non si vede ancora la città
nemmeno in lontananza.
Eserciz io
T r e
Conjugue o verbo entre parênteses no indicativo ou subjuntivo, segundo a necessidade.
Exemplo:
Non credo che ... lesserei il mio caso.
Non credo che sia il mio caso.
1. —Non v i pare che v i . . . (voi,stare) abbuffando un po' t roppo mentre io sto
solo a guardarvi? —Temo che ... ( tu , avere) ragione!
2. Penso che ... (essere) meno rischioso attraversare la strada sulle strisce
pedonal i !
3. Sembra propr io che quelle tre sciocche ... (divertirsi) un sacco raccon-
tandosi i sol it i pettegolezzi!
4. Sarebbe oppor tuno che anche ... ( tu , mangiare) qualcosa, Car lo , invece
di ost inart i a stare a dieta!
519
'praUTOS DE QUÍll.fJIIEEL!
U n po' di grammatica
5. Sono sicura che si ... (fare) pr ima usando i l metrò piuttosto che l 'auto-
mobi le .
6. Vedo che nonostante non ... ( incontrarsi) da anni le tre amiche non ...
(perdere) la confidenza reciproca.
7. Non t i sembra che a questo pesce ... (mancare) un po' d i sale?
8. M i farebbe piacere che t u . . . (accettare) un passaggio sulla mia auto, ma,
visto l ' intasamento che c'è, conviene che tu ... (andare) a piedi .
Eserc iz io
Quattro
Dê a forma contrária do verbo em grifo, fazendo as modificações oportunas.
Exemplo;
[„.] in cui si negherà che la sua invenzione \...\.
(...) in cui si affermeràche la sua invenzione [...].
1. Da questa cifra dovrà detrarre le spese di spedizione.
2. L o umiliarono più d i quanto fosse necessario.
3. Senza rendercene conto c i allontanammo sempre più dalla frontiera.
4. Con questa moda che cont inua a cambiare, ora sono costretta ad allun-
gare t u t t i i vestit i .
5. Le spiace alzarsi da lì?
6. Questa matt ina ho pulito le scarpe.
7. Fai riscaldare la minestra perché così è immangiabi le !
8. È stato di f f ic i le accendere i l fuoco, ma alla fine c i siamo r iusc i t i !
520
'PfluTJUTDS DE aUíli.rjUDEL!
U n po' di grainmatica
Vocabo la r io
abbuffarsi (v. pron.) corner erti excesso
andare avanti (v.i.) seguir, prosseguir
capostazione (s.m.) chefe de estação
dar retta (v.i.) dar atenção
esporre {v.t.) expor
fischiare (v.i. e t.) apitar, assobiar
funerale (s.m.) enterro, funeral
in lontananza (ì.a.) ao longe
intasamento (s.m.) c ongestionamento
lode (s.f.) elogio
mosso (p.p. de muòvere, v.i.) movido
pettegolezzo {s.m.) intriga, mexerico
pezzo (s.m.) peça
portafoglio (s.m.) carteira
rif iutare (v.i.) rechaçar, refutar
scappare (v.i.) sair correndo, escapar
sciocco (adj.') bobo
sollevare (v.i.) levantar, sublevar
spòrgere (v.t. e t.) assomar
strisce pedonali {s.f.) faixa de pedestres
teca (s.f. ) relicário, caixinha
Respostas dos exercícios
Esercizio Uno
1. Se c'è qualcuno che ha urgenza di parlare con me, lo faccia subito,
perché poi devo scappare.
2 Parlerà apertamente senza alcun timore
3. Qualcuno è riuscito a fuggire prima che arrivassero i nemici, qualcu-
no invece è slato fatto prigioniero.
4. Qualcuno ria qualche altra domanda da fare?
5 lo mi rifiuto di svolgere questa indagine: affidatela a qualcun altro!
6 Ho letto alcuni dei suoi scrini e li ho trovati davvero interessanti
7. Abbiamo esposto le nostre teorie: qualcuno é del nostro parere.
qualcun altro ha sollevalo delle obiezioni.
8 Non trovo il portafogli, eppure da qualche parte dovrà pur esserel
9. Se quel quadro è andato cosìa ruba, deve pur avere qualche valore!
10. Al funerale c'era solo qualche parente stretto del morto.
Esercizio Due
1 Non dimenticheremo mai che lant i anni fa lei seppe risolvere la crisi
che la nostra azienda stava attraversando.
2 Da cinque mesi non riuscivamo più a lare unacenel la insieme! Sono
veramente commossa!
3. Sono dieci minuti che il capostazione sembra intenzionato a dare il
via. ma per ora non ha ancora né fischiato né aliato la bandierina rossa.
4 Da venticinque anni lei lavora qui da noi con un'efficienza degna di lo-
de e siamo felici di darle questo premio.
5. Che noia! Ha cominciato a parlare un'ora (a e va avanti come se niente
fosse!
6 Da quando siamo partiti gli sto dicendo di non sporgere il capo dal f i -
nestrino, ma non mi dà retta.
7. Venticinque anni fa. quando venni assunto in questa ditta, ebbi l'ono-
re di conoscere suo padre e di collaborare con lui.
8. Saremmo dovuti arrivare due ore fa e invece non si vede ancora la cit-
tà nemmeno in lontananza.
Esercizio Tre
1. - N o n vi pare che vi stiate abbuffando un po' troppo mentre iostosolo
a guardarvi? -Temo che tu abbia ragione!
2 Penso che sia meno rischioso attraversare la strada sulle strisce pe-
donali.
3 Sembra proprio che quelle tre sciocche si divertano un sacco raccon-
tandosi i soliti pellegolezzi!
4. Sarebbe opportuno che anche tu mangiassi qualcosa. Carlo, invece
di ostinarti a stare a dieta.
5. Sono sicura che si fa prima usando il metrù piuttosto che l 'automo-
bile.
6 Vedo che nonostante non si incontrino da anni, le tre amiche non han-
no perso la confidenza reciproca!
7. Non ti sembra che a questo pesce manchi un po' di sale?
8. Mi farebbe piacere che tu acceitassi un passaggio sulla mia auto, ma
visto l ' intasamento che c'è. conviene che tu vada a piedi.
Eserciz io Quattro
1. A questa cifra dovrà aggiungere le spese di spedizione
2. Lo gratificarono più di quanto fosse necessario
3 Senza rendercene conto ci avvicinammo sempre più alla frontiera.
4. Con questa moda che continua a cambiare, ora sono costretta ad ac-
corciare tutti i vestiti.
5. Le spia ce sedersi II?
6 Questa mattina ho sporcato le scarpe
7. Fai raffreddare la minestra perchè così è immangiabile!
8 è stalo difficile spegnere il fuoco, ma alla fine ci siamo riusciti!
521
Fede r i c o Tozz i , escritor toscano (1883-1920), i n i -
c iou sua atividade literária com dois l ivros de poe-
sia (La zampogna verde, 1911, e La città della
Vergine, 1912), i n f luenc iados pe lo t raba lho de
Gabriele D'Annunzio. Abandonou sua terra natal
para estab elee e r-se em Roma, onde foi redator de
alguns jorna is e t ravou contato com os maiores re-
presentantes das novas correntes literárias do mo-
mento, sobretudo com Pirandello. Nesta época, pu-
b l i cou as duas obras que lhe valeram uma posição
relevante na narrat iva i tal iana do século XX: Con
gli occhi chiusi (1913) e Bestie (1917). Em 1920,
foram publicadas algumas novelas curtas e as duas
obras que lhe deram maior popularidade: Tre croci,
de cunho natural ista, e II podere. A obra Gli egoisti
(1923), de caráter autobiográfico, ass im como
Novale (1925) e suas memórias, intituladas Ricordi
di un impiegalo (1927), apareceram postumamen-
te. Nos anos recentes, a obra de Tozzi fo i revaloriza-
da, e a crítica passou a considerá-la como represen-
tat iva do natural ismo e psicologismo próprios da
narrat iva europèi a contemporânea e das experiên-
cias de Italo Svevo e Luig i Pirandello. Em 1979, foi
publ icada sua novela Adele. Tozzi demonstra o men-
cionado s incret ismo em sua obra mais aclamada,
Con gli occhi chiusi, comovente relato de uma fra-
cassada história de amor e do desmoronamento de
uma propriedade.
WGLDBQ-DJGJTÍIJ.:-.
Facrjuras DE Q l t U H E h
Lettura
Un altro anno; e s'era alla fine di marzo, il giorno di San
Giuseppe.
Da Poggio a' Meli s'udivano gli scampanìi, che si rimesco-
lavano alla rinfusa nel cielo come un suono che crescesse
sempre.quasi immobile,con una romba greve. E a Pietro era
venuta un'allegria insolita, un'allegria simile ad un benesse-
re troppo forte, che lo faceva più nervoso.
Vorrei parlare di questi indefinibili turbamenti del marzo,
a cui è unita quasi sempre una sottile voluttà, un desiderio di
qualche bellezza.
Questi soli ambigui, questi cinguettìi ancora nascosti e
che si dimenticano presto.queste nuvole biancheggianti che
sembrano venute prima del tempo! E le foglie secche, che
sono ancora sopra i grani germogliati, mescolando il pallore
della morte con il pallore della vita! Queste foglie di tutte le
specie, che si trovano ancora sopra l'erbe per rinnovarsi; le
piante potate, e i loro rami e i loro tralci, sparsi a terra, che
saranno portali via per sempre! E questi rami secchi tagliati
dai frutt i , che esitano ancora a fiorire su le rame nuove! La
terra un poco umida.che s'attacca alla punta delle vanghe,e
i contadini sono costretti a pulirle con i pollici; eie zolle che
rimangono agli zoccoli di legno! E quest'amore quasi matri-
moniale e sconosciuto a noi d i tutti gli esseri che s'aiutano; e
anche i loro odii ! E i l vischio che nasce sui rami dei testucchi,
(agliaio con un colpo di pennato! Ma farà subito il ributto. E
le gemme dei castagni!
Domenico andò nel campo, seguito dai suoi assalariati,
per combinare le faccende dell'indomani.
Pietro era grasso, ma pallido e con un'aria di gracilità:
entrava in quindici anni. Credeva che fosse ridicola e disa-
datta alla sua età la giubba con i l bavero alla mannaia, taglia-
ta per economia da una veste vecchia.
Entrò svelto in casa di Giacco; i l quale, come i l solito, gli
mise una mano su la spalla:
—Come cresce a fretta! Scommetto che mi ha portato da
fumare.
Pietro gli prese ibaffi e glieli tirò dì qua e di là; Giacco per
non sentir male era pronto a girare il collo.
I l ragazzo rise, guardando Masa, che disse:
—Più forte.
—No, no; ora hasta.
E lo allontanò da sé a poco a poco, ma risolutamente. Poi
chiese:
—Dunque, né meno una cicca?
Rebecca, spazzando la trattoria, metteva in serbo le cic-
che trovate, e lo incaricava di portargliele.
Masa intervenne un'altra volta:
—Non fuma mica il padroncino!
E ne rise insieme con lui come di una burla. Dopo avere
riso, storceva le labbra e se le mordeva. I l vecchio cavò dal
taschino una pipa sbocconcellala, con una cannuccia corta
quanto i l palmo della mano.
—Grazie a Dio, ci ho sempre quello che la sua mamma mi
dette la settimana passata. Guardi se non è vero!
Batté la pipa in proda alla tavola: schizzò fuori una specie
di polvere incenerita. Egli la radunò insieme, la mescolò e la
rimise dentro. Poi prese, dal focolare, un fuscello acceso. A
stento,gli usci di bocca un poco di fumo, azzurro chiaro. Ed
egli, guardandolo, disse:
—Oh. c'è poco trinciato, oggi!
Indi con i l pollice che aveva l'unghia mozzata da un taglie
lira ano mais, e já estávamos no final de março, dia de
São José.
De Poggio a'Meli, ouvia-se um repique de sinos que se
mesclava confusamente no céu como um som sempre cres-
cente, quase imóvel, com uma reverberação pesada. E
Pietro foi tomado por uma alegria insólita, uma alegria
que se assemelhava a um bem-estar demasiado forte, que
o punha mais nervoso.
Quisera falar destas indefiníveis perturbações de mar-
ço, às quais vai unida quase sempre uma sutil voluptuo-
sidade, um desejo de beleza.
Esses sóis ambíguos, esses trinados ainda ocultos e que
se esquecem logo, essas nuvens branquejantes que pare-
cem ter chegado antes do tempo. E as folhas secas, que
estão ainda sobre os grãos germinados, mesclando a pali-
dez da morte com a palidez da vida. Essas folhas de todas
as espécies, que se encontram ainda sobre o relvado para
renovar-se, as plantas podadas e seus ramos e seus ga-
lhos, espalhados pelo solo, que serão levados para sempre.
E esses ramos secos, quebrados, dos frutos, que ainda he-
sitam em florescer sobre os ramos novos. A terraum pou-
co ùmida, que se agarra na ponta das enxadas, e os cam-
poneses se vêem obrigados a limpá-las com os polegares; e
os torrões que aderem aos tamancos de madeira. E essi
amor quase matrimonial, e desconhecido entre nós, dt
todos os seres que se ajudam; e também seus ódios. E c
visco que nasce sobre os ramos dos vasos de barro, cortado
a golpes depodadeira. Mas logo brotará de novo. E os bo-
tões dos castanheiros.
Domenico foi ao campo, seguido por seus assalariados,
para combinar os trabalhos do dia seguinte.
Pietro era gordo, mas pálido, e tinha um aspecto frágil:
entrava nos 15 anos. Considerava ridícula e inadequada
à sua idade a jaqueta com gola de marinheiro, cortada
por economia de uma roupa velha.
Entrou veloz na casa de Giacco, o qual, como sempre,
lhe pós uma mão no ombro;
- Como cresce depressa! Suponho que tenha me trazido
tabaco.
Pietro agarrou-lhe os bigodes e pwxou-os daqui e dali;
Giacco, para evitar a dor, virava o pescoço.
0 menino riu, olhando Masa, que disse:
- Mais forte.
-Não, não; agora chega.
E o afastou de si pouco a pouco, mas resolutamente.
Depois perguntou:
-Então, nem uma ponta de cigarro?
Rebecca, limpando a sala, separava as pontas de cigar-
ro e o encarregava de levá-las.
Masa interveio novamente.
- 0 senhorzinho não fumai
E riu com ele, como de uma piada.
Depois derir, retorcia os lábios e os mordia. O velho tiroudo
bolsinho umeachimbo mordiscado, com um tubinho curto como
apalmadamão.
-GraçasaDeus,sempwguoráooqmsuamãe
passada Veja se não é verdade!
Bateu o cachimbo contra a borda da mesa, tirando de
dentro dele uma espécie de pó cinzento. Juntou tudo de
novo, misturou e voltou a enché-lo. Depois pegou, do
fogão, um tição em brasa. A duras penas, lhe saiu da boca
523
w:GLDBa--DiGJTfl L !-.
F,u [ : i ] : / - ;D Ì , I / . , I H , •• !
qioecto
Chiusi
fattosi da giovine, pigiò dentro il pezzetto di brace rimasta
nella pipa.
Pietro vide un'altra volta quel fumo, e, dentro di sé, come
una cosa reale, che gli dette un malessere, la mamma che
andava a un cassetto, in casa, e voleva prendere qualche
cosa. Ma tutti s'erano allontanati da lei! E mentr'eila si
ostinava, i l cassetto spariva nel muro. Allora gli parve d i
sentire sul volto le sue mani, come un grande bacio,come se
le mani lo baciassero.
Masa. meravigliata della sua espressione sbigottita, gli
chiese:
—A che pensa?
I l vecchio si avvicinò all'uscio, e disse:
—Bisogna che vada a governare le vacche. Dammi la
fune.
Ma Masa, preoccupata dì vedere il padroncino così, rispo-
se di malumore:
—Dove l'hai messa?
E Giacco:
—Cercamela.
•Non s:ii mai quello che fili. Poi li ci vuole la moglie
intorno per darti quello che ti manca.
—Quanto chiacchieri! Se tu avessi trovato la fune, senza
rispondermi niente? Non avresti fatto meglio?
—Io chiacchiero quanto mi pare; quanto te.
Poi chiese a Pietro,per distrarlo; credendo che soffrisse di
qualche rimbrotto:
—Ha visto Ghìsola oggi?
Rispose egli sbadatamente:
—Non è qui?
—È voluta andare alla messa a Siena.
umpouco defumaça, azul e clara. E ele, olhando-a, disse;
- Oh! Há pouco tabaco trinchado hoje!
Depois, com o polegar que tinha uma cicatriz de um cor-
te sofrido quando jovem, empurrou para dentro o pedaci-
nho de brasa que tinha ficado no cachimbo.
Pietro viu uma vez mais essa fumaça, e, dentro de si,
como uma coisa real que lhe produziu mal-estar, a mãe
que ia até uma gaveta, na casa, e que queria tirar algo.
Mas todos se tinham afastado dela. E enquanto ela se obs-
tinava, a gaveta desaparecia no muro. Então pareceu-lhe
sentir sobre o rosto suas mãos, como um grande beijo, como
se as mãos o beijassem.
Masa, estupefataporsua expressão consternada, pergun-
tou-lhe:
-Em que pensa?
0 velho se aproximou da poria e disse;
- Tenho de ir cuidar das vacas. Me dê a corda.
Mas Masa, preocupada em ver o pa trãozinho assim, res-
pondeu com mau humor:
- Onde você a colocou?
E Giacco disse;
- Procure-a.
- Você nunca sabe o que faz. E depois precisa que sua
esposa esteja por perto para lhe dar o que procura.
- Quanta conversa! Se você tivesse encontrado a corda
sem responder-me não teria sido melhor?
-Eu falo quanto quero. Igual a você.
Depois perguntou a Pietro, para distraí-lo, acreditando
que algo o mortificava:
- Viu a Ghìsola hoje?
Respondeu ele, distraidamente;
524
-GLDBQ--DJGJTFIL z-.
Frau ias DE QMVCflCE h
Lettura
Disse Giacco, con l'aria di chi ripiglia un baltibecco. Ma
Masa la difese:
—Ha fatio bene. Qui a Poggio a' Meli non si vede mai
nessuno.
E a Pietro soggiunse:
—Credevo che l'avesse incontrala!
I due vecchi divennero pensierosi, guardandosi con oc-
chiate che Pieiro non comprendeva. Masa esclamò so-
spirando:
—Sarà quel che Dio vuole!
—Di che cosa? -chiese Pietro. —Ditemelo.
Un'acre curiosità lo invase:
—Ma dov'è? Tornerà Ira poco?
Si sentì sbigottito: e sì vide subito dai suoi occhi azzurri,
sempre così buoni che tu l l i lo sapevano: le palpebre gli
sembrarono come acqua calda.
II cavallo attaccato al calesse, legato nel piazzale ad una
campanella di ferro, si ripiegava tutto da una parte, riposan-
dosi. Toppa finiva un seccarello terroso; tenendolo fermo
con le zampe, per roderlo meglio.
Pietro non era ancora calmo quando scorse Ghìsola.
Era divenula una giovinetta. I suoi occhi neri sembravano
due olive che si riconoscono subito nella rama, perché sono
le più belle: quasi magra, aveva le labbra sottili.
Egli si sentì esaltare: ella camminava adagio smuovendo
un poco la testa, i cui capellinerissimi. lisciali con l'olio,
erano pettinati in modo diverso da tutte le altre volte.
Cercò di smettere i l suo sorriso, abbassando il volto; ma
rallentò i l passo, come se fosse indecìsa a voler dissimulare
qualche segreto. Egli ne ebbe un dispiacere vivo, e le mosse
inconlro. come quando erano più ragazzi, per farle un di-
spetto oppure per raccontarle qualche cosa, con la voglia
d'offenderla.
Come s'era imbellita da che non l'aveva più veduta!
Notò, con gelosia, un nastro rosso tra i suoi capelli, le
scarpe lusire di sugna e un vestito bigio quasi nuovo; e fece
un sospiro.
Ma ella, così risentita che non gli parve né meno possibile,
gli gridò:
—Vada via. c'è suo padre. Non mi s'avvicini.
Egli, invece, continuò ad andarle incontro; ma ella fece
una gira volta, rasentando lo senza farsi toccare. Pietro non le
disse più niente, non la guardò né meno: era già offeso e
mortificato. Perché si comportava cosi? Sarebbe andato a
trovarla anche in casa, dov'ella entrò soffermandosi prima
con un piede su lo scalone! Si struggeva; era assillato da una
cosa che non comprendeva; aveva voglia d'imporlesi.
Ma, a poco a poco, si sentì rappacifichilo e lieto un'altra
volta; come se non le dovesse rimproverare nulla; mentre
un sentimento delizioso gli si affermava sempre di più.
Ghìsola riuscì presto di casa: s'era tolto il nastro, aveva
cambiato le scarpe, mettendosi un grembiule rosso sbiadilo.
Alzò gli occhi verso Pietro,seria e mula; ed entrò in capanna
dimenandosi tutta. Pose deniro una cesta il fieno già falciato
dal nonno; poi smise, per levarsi una sverza da un dito. Egli si
sentì uguale a quella mano. E il silenzio di lei, inspiegabile, lo
imbarazzò: e non sarebbe stato capace a parlarle per primo.
Perciò le dette una spinta, ma lieve: ed ella, fingendo d'esser
stata per cadere, lo guardò accigliata.
Egli disse:
—Quest'altra volta ti butto in terra da vero!
-Não está aqui?
- Quis ir à missa em Siena - disse Giacco, com ar de
quem retoma uma discussão.
Mas Masa a defendeu:
-Fez bem. Aqui, em Poggio a'Meli, nunca se vê uma alma.
E dirigindo-se a Pietro acrescentou:
-Achei que a tivesse encontrado.
Os dois velhos ficaram pensativos, trocando olhares que
Pietro não entendia. Masa, suspirando, exclamou.'
-Seja o que Deus quiser!
-A respeito do quê? -perguntou Pietro. -Diga-me.
Uma mordaz curiosidade o invadiu.
-Mas onde está? Voltará logo?
Sentiu-se consternado, e o demonstrou de imediato atra-
vés de seus olhos azuis, sempre tão sinceros que todos o
adivinhavam: as pálpebras lhe pareceram água quente.
0 cavalo, amanado à caleça, e esta a uma argola de
ferro da ampla praça, se inclinava de um lado, descan-
sando. Toppa terminava um pedaço depão duro terroso,
prendendo-o com as patas para roé-lo melhor.
Pietro ainda não tinha se acalmado quando viu Ghìsola.
Tinha se transformado em uma mulherzinha. Seus olhos
negros pareciam duas azeitonas que se distinguiam logo
no ramo, por serem as mais belas; quase delgada, tinha os
lábios finos.
Ele sentiu-se exaltado: ela caminhava devagar, moven-
do um pouco a cabeça; seu cabelo, muito negro e liso, esta-
va penteado de uma maneira diferente da habitual.
Tentou conter seu sorriso, baixando o rosto, mas freou
o passo, como se não se decidisse a querer dissimular al-
gum segredo. Ele sentiu um forte desgosto e foi ao encon-
tro dela, como quando eram menores, para contrariá-la
ou para contar-lhe algo, com a intenção de ofendê-la.
Como tinha ficado bonita desde a última vez que a vira!
Percebeu, com ciúmes, que levava uma fita vermelha
entre os cabelos, os sapatos brilhantes de gontura e um
vestido pardo quase novo, e suspirou.
Mas eia, tão ressentida como ele mal podia imaginar,
gritou-lhe:
- Vá embora! Seu pai está aí. Não se aproxime de mim.
Ele, ao contrário, continuou indo ao encontro dela, mas
ela mrou-se, aproximando-se sem deixar-se tocar. Pietro
não lhe disse mais nada, sequer a encarou: já estava ofen-
dido e humilhado. Por que se comportava assim? Iria
encontrá-la também, na casa dela, na qual ela entrou, de-
tendo-se antes com um pé sobre o degrau. Consumia-se;
assaltou-o algo que não compreendia: tinha desejos de se
impor a ela.
Mas pouco a pouco voltou a sentir-se tranquilo e feliz,
como se não tivesse que reprovar lhe nada, enquanto um
sentimento de deleite se afirmava cada vez mais.
Ghìsola saiu em seguida da casa: tinha tirado a fita,
trocado os sapatos e posto um avental vermelho desbota-
do. Levantou os olhos até Pietro, séria e calada, e entrou
no telheiro meneando-se toda. Colocou dentro de uma ces-
ta o feno que seu avô havia cortado, e depois parou para
tirar uma farpa do dedo. Ele sentiu-se igual àquela mão.
E o silêncio dela, inexplicável, lhe resultou embaraçoso e
não teria sido capaz de ser o primeiro a falar. Por isso
empurrou-a levemente e ela, fingindo ter estado a ponto
de cair, olhou-o mal humorada.
525
l i 1 Ei_aBQ "-DJEITBL L-
F W O J T G S DE Q w r « t h
.Con,
« occh i
chiusi
—Ci si provi!
Quand'ella voleva, la sua voce diveniva dura e aspra,
strillava come una gallina. Allora egli la guardò con dispetto,
sentendo che doveva obbedire.
Per solito, mentre parla, non si sente il suono della voce di
chi si ama: o. almeno, non si potrebbe descrivere.
Ella aggiunse:
—Vada via.
Egli provava lo stesso effetto di quando siamo sotto l'ac-
qua e non si possono tenere gli occhi aperti; ma rispose:
-Ghisola. tu mi dicesti un mese fa che mi volevi bene.
Non te ne ricordi'.' lo me ne ricordo, e ti voglio bene.
E rise, terminando con un balbettìo. Ghisola lo guardò
come se ci si divertisse: e. in fatti, le piacque quel ripiego
d'inventare una cosa per dirne una vera.
Ella rispose:
—Lo so, lo so.
Egli, invece di poter seguitare, notò come la lasca del suo
grembiule era graziosa. E di l i . d'un tratto, le tolse il piccolo
fazzoletto orlato, alla meglio, di stame celeste.
—Me lo renda.
Egli, temendo di aver fatto una sciocchezza, glielo rese.
—Ti sei bucata codesto dito?
Riuscendo a parlare, non gli parve poco.
—Che cosa le imporla? Tanto lei non lavora. Non fa mai
niente.
Gl i rispose con superbia burlesca e sfacciala; ma egli la
prese sul serio e disse:
—Ghisola, se vuoi, l i aiuto.
Ella finse di canzonarlo come se non fosse staio capace; e
lo allontanò dicendogli che non voleva aiutarla, ma toccarla.
Domenico sopraggiunse dal campo.
Pietro raccolse in fretta un olivastro, ch'era l i in terra: e
cominciò a frustare l'uscio della capanna come per uccidere
le formiche, che lo attraversavano in fila.
Ghìsola si chinò a prendere a manciate il fieno, con movi-
menti bruschi e rapidi; evoltasi dalla parte del mucchio.finì
d'empire la cesta. Poi l'alzò per mettersela in spalla, ma non
fu capace da sé: gli ossi dei bracci pareva che le volessero
sfondare i gomiti.
Allora Pietro l'aiutò prima che i l padre potesse vedere.
Ghisola. assecondando i l movimento di lui.guardava verso
Domenico con i suoi occhi acuti e neri.quasi che le palpebre
tagliassero come le costole di certi fi l i d'erba. Ma Pietro
arrossì e tremò perché ella, innanzi di muovere il passo, gli
prese una mano. Rimase sbalordito, con una tale dolcezza,
che divenne quasi incosciente; pensando: «Così dev'essere!».
Domenico, toccati i finimenti del cavallo se erano ancora
affibbiati bene,gli gridò:
-Scioglilo e voltalo tu. Ripiega la coperta e mettila sul
sedile.
La bestia non voleva voltare; e lo sterzo delle stanghe
restava a traverso. Anche lo sguardo di Toppa.sempre irato,
molestava e impacciava Pietro.
—Tiralo a te!
Non aveva più forza, non riesciva ad afferrare bene la
briglia; le dita gli entravano ne! morso bagnalo di bava
verdognola e cattiva. Nondimenio fece di tutto, anche per-
chésapeva che Ghìsola, tornata dalla stalla,doveva essere lì.
Tremava sempre di più. E le zampe del cavallo lo rasentaro-
no, poi lo pestarono.
Eie disse:
-A próxima vez te atiro no chão de verdade.
-Experimente!
Quando ela queria, sua voz tornava-se dura e áspera,
ralhava como uma galinha. Então ele a encarou com des-
peito, sentindo que devia obedecer.
Em geral, enquanto fala, nào se escuta o som da voz de
quem se ama, ou ao menos não se pode descrevê-la.
Ela acrescentou:
- Vá embora!
Ele sentia o mesmo efeito de estar debaixo d'àguaenào
poder manter os olhos abertos, mas respondeu:
- Ghisola, há um mês você disse que me queria bem.
Lembra? Eu lembro. E te quero bem.
E riu, terminando com um balbucio. Ghisola olhou-o
como quem se diverte e, com efeito, gostou daquele recur-
so de inventar algo para dizer uma verdade.
Ela respondeu:
- Eu sei, eu sei.
Ele, em lugar de prosseguir, notou que o bolsinho do
avental dela era gracioso. E deste, com um puxão, tirou
um pequeno lenço mal bordado de estamenha azul-daro.
- Devolva!
Ele, temendo ter cometido uma besteira, o devolveu.
-Machucou o dedo?
Conseguirfalar não lhe pareceu pouco.
- Que importa? Você não trabalha. Nunca faz nada.
Ela respondeu rum um orguOtO WOMbttttn I diteundo,
mas ele a levou a sério e disse:
- Ghisola, se quiser eu te ajudo.
Ela fingiu zombar, como se ele não fosse capaz de fazê-
lo, e o afastou de si dizendo que não queria ajudá-la, e
sim tocá-la.
Domenico chegou inesperadamente do campo.
Às pressas, Pietro pegou um ramo de oliveira do chão e
começou a golpear a porta do telheiro como para mataras
formigas que a atravessavam em fila.
Ghisola se agachou para colher punhados de feno, com
movimentos bruscos e rápidos, e voltaiulo-se até o monte
terminou de encher a cesta. Depois a levantou para colocá-
la no ombro, mas sozinha não coiiseguiu: os ossos dos
braços pareciam querer quebrar-lhe os cotovelos.
Então, Pietro a ajudou antes que seu pai pudesse vê-lo.
Ghisola, auxiliando o movimento dele, olhava Domenico
com olhos agudos e negros, como se as pálpebras cortas-
sem, como o fio de certas ervas. Mas Pietro enrubesceu e
tremeu porque ela, antes de começar a andar, pegou-lhe
uma mão. Ficou desconcertado, com uma doçura tal que
quase perdeu a consciência, pensando: "É assim que de-
veria ser".
Domenico, tocando os arrHOt d<> Cavala pan: pawipn-
var se permaneciam firmes, gritou-lhe:
- Desamarre-o e vire-o! Dobre a manta e coloque-a so-
bre o assento!
0 animal não queria dar a volta, e o comando das varas
ficava atravessado. O olhar de Toppa, irado, molestava e
impacientava Pietro.
-Puxe-o para si!
Já não tinha forças, não conseguia agarrar bem as ré-
deas e os dedos se metiam no freio banhado pela baba
esverdeada e desagradável. Não obstante, fez tudo o que
526
'UJFÌGLQBG'-DIDJTÌÌL •••
FflGDiraS DE QJUHE H
Lettura
Allora Domenico prese in mano la frusta, andò verso
Pietro e gliel'alzò sul naso.
—Lo so io che hai. Ma ti fo doventare buono a qualche
cosa io.
Ghisola si avvicinò al calesse e lo aiutò; dopo aver sdru-
sciato.allo spigolo del pozzo, uno zoccolo a cui s'era attacca-
lo il concio della stalla.
Domenico, sempre con la frusta in mano,andò a parlare a
Giacco che ascoltava con le braccia penzoloni e i pollici
ripiegati tra le dita, le cui vene sollevavano la pelle, come
lombrici lunghi e fermi sotto la moticcia.
Pietro non aveva i l coraggio di guardare in volto Ghìsola, i
cui occhi adesso lo seguivano sempre. Le gambe gli si piega-
vano, con una snervatezza nuova; che aumentava la sua
confusione simile a una malattia. Ghìsola lo aiutò ancora; e,
nel prendere la coperta rossa che era stata sul cavallo, le sue
dita lo toccarono; nel metterla sul sedile, le loro nocche
batterono insieme; ed ambedue sentirono male, ma avreb-
bero avuto voglia di ridere.
Domenico salì sul calesse, sbirciò Pietro e gridò ancora:
—Sbrigati! Che cos'hai nel labbro di sotto? Pulisciti.
Egli, impaurito, rispose:
—Niente.
Poi pensò che ci fosse i l segno delle parole dette a Ghìso-
pôde porque também sabia que Ghisola, que tinha regres-
sado ao estábulo, devia estar ali. Tremia cada vez mais. E
as patas do cavalo o roçaram e depois o pisaram.
Então Domênico pegou o chicote, foi até Pietro e colo-
cou-lhe o chicote sob o nariz.
-Já sei o que você tem. Mas eu vou dar um jeito em você.
Ghisola se aproximou da caleça e o ajudou depois de ter
raspado contra a borda do poço um tamanco ao qual se
havia grudado estrume do estábulo.
Domenico, sempre com o chicote na mão, foi falar com
Giacco, que escutava com os braços caídos e os polegares
dobrados entre os dedos, cujas veias levantavam a pele,
como lombrigas grandes e quietas sob o lodo.
Pietro não tinha coragem de olhar Ghisola no rosto; os
olhos dela o seguiam por todas as partes. As pernas se do¬
bravam com uma debilidade nova, que aumentava sua con-
fusão, como se fosse uma enfermidade. Ghisola voltou a
ajudá-lo e ao pegar a manta vermelha que cobria o cavalo,
seus dedos o tocaram; ao colocá-la sobre o assento, os nós
dos dedos de ambos se entrechocaram e os dois se machu-
caram, mas tiveram vontade de rir.
Domenico subiu na caleça, olhou de soslaio para Pietro
e voltou a gritar:
- Vamos, acorda! 0 que ê que você tem no lábio de bai-
xo? Limpe-se!
Ele, assustado, respondeu:
-Nada.
Depois pensou que por acaso estava ali a pista das pala-
vras ditas a Ghisola. Mas subitamente ficou chateado por
527
l i .GLQBfJ'-DJGJTfÌL,-.
PftTXUTGE DE D M M E h
f i occh i
Chiusi
la. Ma subilo dopo gli dispiacque di essere così sciocco;
mentre il cuore gli balzava come per escire fuori.
Gl i assalariati e Giacco salutarono, togliendosi il cappel-
lo. Pietro a pena ebbe tempo di far con l'angolo della bocca
un piccolo cenno a Ghìsola: ma ella era cosi attenta al
padrone che aggrottò in fretta la sopracciglia. Allora Pietro
guardò la testa del cavallo, che già tirava i l calesse fuori del
piazzale mettendosi a trotto a pena nella strada.
La luce del sole tramontato dietro la Montagnola, più
rossa che rosea, era sopra a Siena. Ma i cipressi sparsi da
per tutto, a fila o a cerchio in cima alle colline, gli dettero i l
rammarico di staccarsi da una cosa immensa.
Domenico, guidando, non parlava mai: rispondendo con
il capo a coloro che lo salutvano. Sorrideva in vece a qual-
che ragazza che conosceva; e. facendo prima rallentare i l
cavallo, la toccava con la punta della frusta nel mezzo del
grembiule. E Pietro, con gli occhi socchiusi, si voltava dalla
parte opposta, arrossendo; poi si distraeva guardando le
gambe del cavallo; egli pareva che il loro rumore variasse di
tempo a seconda delle arie che gli passavano per la mente.
Oppure cercava di non sentire quell'odore particolare, che
avevano gli abiti del padre.
sertão bobo, enquanto seu coração palpitava como se qui-
sesse pular para fora.
Os assalariados e Giacco fizeram um cumprimento, ti-
rando o chapéu. Pietro apenas teve tempo de fazer um ges-
to a Ghisola com a boca, mas eia estava tão atenta ao amo
que franziu ligeiramente as sobrancelhas. Então Pietro
olhou a cabeça do cavalo, que já arrastava a caleça para
fora da ampla praça e entrava trotando no caminho.
A luz do sol em seu ocaso, detrás da Montagnola, mais
vermelha que rosada, estava sobre Siena. Mas os cipres-
tes, dispersos por toda parle sobre as colinas, deram-lhe a
amarga sensação de separar-se de algo imenso.
Quando guiava, Domenico não falava: respondia coma
cabeça aos que o cumprimentavam. Sorria, no entanto,
para as garotas que conhecia efreiando o passo do cavalo
as tocava com a ponta do chicote no meio do avental. E
Pietro, com os olhos entrecerrados, se voltava do lado opos-
to, ruborizado; depois seentretinha olhando as patas do
cavalo e lhe parecia que a cada tanto o ruído que faziam
mudava, conforme as idéias que lhe cruzavam a mente.
Ou então tratava de não sentir esse odor particular que
tinham as roupas de seu pai.
528
'praUTOS Di QUIli.rjIlLÍ L!
CONVERSAZIONE
L 'a lbero deg l i z o c co l i
Direção: Ermanno Olmi
Luig i Ornagh i : Salisti
Carmelo Silva: don Carlo
Francesca Bassur in i : suor Maria
EstamosiuicomarcaitalianadeBassaBergainasca, oopédos
Ultimas fraldas aos Alpes, na provincia de Bergamo. A ação
ocorreentreo outono de 189?eo verão de 1898. Numa casc ina,
tipica casa de campo das zonas setentrionais da Itália, vivem
quatro famílias de camponeses, na qualidade de colonos. Par-
le do gado e das ferramentas de lavoura pertencem ao proprie-
tário do lugar, oo miai os coloiuisaeveriitainbéiii dois terços da
colheita. Entre os trabaUuulores existe uma profunda comu-
nhão espiritual e cultural, que os leva a viver Juntos, com ex-
trema compeneti-ação e solidariedade, a vida de lodos os dias,
feita sobretudo de dijìcuUlades e privações, mas também de
algum outro momento de satisfação e alegria. Apesar da difi-
culdade de suas existências, a intensa fé em Deus, animada
pelas palavras do padre da paróquia, dom Carlo, ajuda os p>v-
tagonìstas a não se desesperarein nem por um instante e a
confiarem em um flàuto mais justo e mais feliz.
Um deles, Balisli, seguindo o conselho de dom Carlo, decide
que seu filho maior, Minek, continue na escola, para que se
libertedamiseriaddcoiuiiçãodecampoiíês. Doisjovens, Stefa/u>
eMaddaleiui, apaixonam-se e casam-se. Durante a iua-de-meL,
dirigem-se à "distante" cidade de Milão para visitar uma lia
dela, irmã Maria, superiora de um orfanato, que lhes confia
um menino de poucos meses. As vicissitudes se tingem, algu-
mas vezes, de fábula (como quando Batisti narra seus contos à
noite no estábulo) e outras, de triste melancolia, como sucede
qiiando.pamfazeraMiiiekumpexpienotamancoafi
lituir o que furou, Batisti corta abusivamente uma árvore do
patrão e, descoberto por este, é despedido. Os demais membros
da comunidade, impotentes ante feitos de tal natureza, con-
templam, condoídos, a marcha de Batisti, que, com a mulher e
três filhos, abaìuhma o lugar, dirigi/uio-se, com sua carroça e
seus poucos móveis, até a incerteza de um triste futuro.
529
A/UNITR
^KGITJBD--DBJT«.,-.
Fiu[:i]:/;;D Ì , I / . , I H , • • !
L'ALBKD
SCENA 1 1
Don Carlo
U n giorno una masnada 2 d i giovani e d i sen-
za testa ì è saltato in mente ' l ' idea de t i rar
sassi ai soldati francesi che passavano da
queste part i . I l suo capo allora, i l generale
Lautrec, per farla pagare a quel paese aveva
deciso d i bruc iare 4 e radere tut to al suolo 5 . E
allora tutta la gente disperata" era corsa 7 in
chiesa a pregare la Madonna, propr io come
fanno i bambini quando sono in per icolo: i
c iama la marna". E allora la Madonna, la
Madre Celeste, la Madre d i t u t t i , ha fatto i l
miracolo. La Madona co l Bambin pintùrada
sul m i i r 4 ha cominciato a piangere. Subet 1 0
hanno mandato un messo" per avvisare i l
generale Lautrec. Lu i in pr inc ip io non c i
credeva, perché era un uomo di chiesa. Pen-
sava a una gabola 1 2 per imbrog l iar lo 1 1 . È ve-
nuto qu i ,ma quando ha visto la Madonna sul
A sinistra: Batisti, con il figlio
Minek, due dei protagonisti della
vicenda ambientata in una
cascina lombarda. Sotto: Don
Carlo, durante la messa,
rievoca un fatto miracoloso
accaduto nella zona nel
secolo XVI
muro che piangeva si è ing inocchiato 1 4 e ha
deposto ai suoi piedi l 'e lmo e la sua spada in
segno d i devozione. Ormai da quel g iorno
sono passati più d i trecentocinquant 'anni ,
ma quell 'e lmo e quella spada sono ancora lì
a r icordarc i tu t t i i per ico l i del mondo che
possono sempre caderci adosso'\ E no i tut-
t i g l i anni c i r i t rov iamo" 1 qu i per r icordare
quel m i raco l o , che l m i r a c u l g rand ius 1 7 , e
non solo quello, ma un po ' t u t t i g l i a l t r i mira-
col i che succeden" 1 tut t i i g iorni , in ogni ango-
l o 1 9 della terra per la v i ta de l l 'uomo e d i tut-
to i l creato. Perché, cara la me gent ? 0 , sensa-'
i mi racul no i non saremmo qu i ! I miracul i è
la forsa che l 'uomo non ha, i è la forsa dell 'a-
more d i D io . E questo amore a no i c i è
necessario come l'aria che respir iamo,come
la terra che c i dà i suoi f ru t t i , e l 'acqua e la
luce che c i dà la vita. E l 'amore d i D io possia-
mo meritarcelo solamente con l'amore del
prossimo. Sia lodato Gesù Cristo. [£ ]
530
,s:-l!i"!:.
^•iPlGLDBrj- DlGJTflJ..-.
FBGDiraS DE QJtUHE *" l
Conversazione
SCENA 222 te
Batistì
A mesanot t i , quando non c'era in giro 2- 1
neanche un'anima viva, al lora quel l 'uomo è
venuto fuo r i 2 4 , è andato v ic ino alla tomba
della morta ingioie lata 2 5 e ha preso in man 2 h
i l p icone 2 7 e pian pianino ha-spostato 2 8 la
pietra d i marmo e si è seduto sulla costa 2 9
della tomba. E alora slamb, è saltato dentro.
Bambino
T i r a t i in là 3 0. Non continuare a spingere.
Batistì
La cassa l'era rigida come un canteran e con
la punta del picone ha cercato d i t irare v ia 1 1
i l coperchio^ 2. M a i l legno, scr icchiolava^,
scricchiolava, sembrava che non voleva aprir-
si. A l l o ra si è pogiato suìM due piedi e g l i ha
Minek, uno dei figli di Batistì, torna a casa con uno zoccolaio rotto.
Per fargliene uno nuovo, il padre userà il legno di un albero tagliato
abusivamente e per questo sarà licenziato e cacciato dalla cascina.
1. É a festa do povoado. Nela,
coni emora-se i m i fe i lo mi lagroso
ocorr ido por vo l t a de 1520, quan-
do o general francês Lautrec go-
vernava com mào-de-ferro os ter-
ritórios do Mi lanesado, que na-
quela época estavam sob domin io
francês. A igreja está c l i c ia <le gen-
I le. Tbdos escutam alentos e co-
mov i dos a evocação dos fe i los
pelas pa lavras apa ixonadas do
pároco, d o m Carlo.
O filme é ambientado na chama-
d a "Bassa Bergamasca", a parte
correspondente h planície da pro-
víncia dc Bérgamo, ao nor t e da
província de Milão.
Como conseqilência da ampla do-
minação f rancesa a que esteve
submet ida essa área, mui tas pala-
vras e sons da região lembram os
da língua francesa. No f i lme, mais
que pa l a v ras p r o p r i a m e n t e de
dialeto, se usa u m ital iano "diale-
t izado", ou pronunciado com so-
taque dialetal .
2. Masnada s igni f ica g r u p o de
pessoas armadas.
3. S a l t a r e i n mente, m o d i s m o
que s i gn i f i ca o c o r r e r a alguém
uma idéia normalmente conside-
rada i rrac ional .
4. Bruciare quer dizer "queimar".
5. Radere l i t e ra lmente s igni f ica
"raspar"; radere al suolo quer d i -
zer "cortar, abater, destruir com-
pletamente" .
6. Disperato signif ica em por tu-
guês "desesperado".
7. Corso, par t i c ip io passado do
verbo correre.
8. / c i a m a la mama, expressão
de dialeto correspondente a essi
c h i a m a n o ta mamma; o d ia leto
da região reduz sistemaUcamen-
te a gutura l "k" (chiamare') à pa-
latal "eh" {damare}, e s impl i f i ca
as consoantes dobradas: ;na ina =
m a m m a .
9. Pitiirada sul milr correspon-
de ao ital iano p i t t u r a l a sul muro
( "p intada na parede") ; observe a
pronúncia da u, parecida com a u
francesa.
10. Siibet equivale a subito ( "em
seguida") .
11. Messo signif ica "mensageiro".
12. Cabota corresponde em por-
tuguês a "engano, armadi lha" .
13. Imbrogliare pode ser t radu-
z ido por "enganar".
14. i n g i n o c c h i a r s i t em o signi f i -
cado "ajoelhar-se".
15. Cadere adosso (addosso) cor-
responde em português a ' ca i r em
c ima" .
16. fiitrouarsi s igni f ica "encon-
trar-se de novo" .
17. Com chcl miraculgrandius
(quel miracolo grandioso), d o m
Carlo confere u m t o m de dialeto
a seu ital iano.
18. Succ«ien,forrnaBpocopadae
assimilada de succedono.
19. Angolo, neste caso, s igni f ica
"canto" .
20. Cara ia m e gent correspon-
de ao i tal iano cara la mia gente.
21 . O dia leto em questão se ca-
racteriza, também, pela transfor-
mação do z em s: senza - senso;
forza = forsa; preziosi = presiosi.
22. Estamos no quarto da casa de
campo, onde v ivem juntas várias
famílias. É noite: à luz das velas,
as mulheres se o cupam de seus
afazeres, enquanto os velhos fu -
m a m o u rezam, e m voz ba ixa e
afastados, o rosário; aa crianças
estão sentadas sobre u m monte
de palha em u m canto e se diver-
t e m dando empurrões p a r a ter
mais lugar. Bat is t i conta u m a de
suas cos tumei ras histórias, que
aterror i za todos os presentes, es-
pecialmente os menores, mas que
acaba c o m u m f ina l imprev i s t o
que rompe o medo inic ia] e pro-
voca uma risada relaxante, O cos-
t u m e de r eun i r - s e à n o i t e nos
quartos antes de de i tar e contar
histórias era m u i t o c o m u m nas
casas de campo ital ianas, e p e r
sist iu até a década de 1930, desa-
parecendo aos poucos c o m o ad-
vento do rádio e dos me ios mo -
dernos de calefação.
Nesta cena, ouv imos apenas o f i -
na l do longo relato de Bat i s t i . Na
par te anter ior , narra-se c o m o o
protagonista da história assiste ao
e n t e r r o de u m a senho ra m u i t o
r ica: ao ver que f o i sepultada com
todas as suas jóias, ele decide per-
manecer no cemitério durante a
no i te para roubá-las.
23. Essere in giro s igni f ica "es-
tar por aí, estar alguém em algu-
m a parte".
24. Venire fuori s i gn i f i ca "sa i r
de onde se estava m e t i d o ou es-
cond ido " .
26. IngioieUalo s igni f ica "che io
de jóias".
26. Observe que Bat is t i também
fala c o m as mesmas par t i cu lar i -
; dades dialetais dos demais perso-
nagens: apòcope d a voga l final
(mano = m a n ) ; redução das con-
soan t e s d o b r a d a s e m s i m p l e s
(piccone - picone, allora •
o io ra ) .
27. Piccone s igni f ica "enxada".
28. SposUire equivale em po r tu -
guês a "deslocar".
29. Cos ia aqu i equ iva le a orlo
( "borda" ) .
30. T i r a l i in lã t em o signif ica-
do de "afaste-se, dê-me lugar " ;
lembre-se de que as crianças es-
tão escutando B a t i a l i sentadas
;. sobre u m monte de p a l h a
31 . T i r a r t i ra s igni f ica "remover,
arrancar" .
32. Coperchio significa, ' t a m p a ,
cober tura " .
33. Scricchiolare, "ranger".
34. Pogiare, f o r m a de d i a l e t o
para poggiare, s igni f ica "apoiar";
observe que em i t a l i ano se d iz
poggiare su ("apoiar em") .
35. Spacare equivale a spaccare
( " romper " ) .
36. E m penteados femin inos do
531
'praUTOS DE QUIIl«IE)EL!
LALBERO
DEGLI
ZOCCOLI
dato un colpo. Crac! E ha spacato-^ via tu t to .
La mor ta era là con la veletta 1 " sulla faccia e
le braccia incrociate. Per pr ima roba 1 7 gli ha
levato i l diadema che aveva sulla testa. E
dopo, per levarci 1 " la collana di perle che
aveva al col lo , ha messo una mano sotto i l
col lo e g l i ha t i rato su la erapa"'. G l i anelli d i
questa mano qui è r iuscito a togl ierl i via
subi to ,ma quel l i d i questa qu i , che erano più
grossi e più presiosi, e t ira e t i ra , ma non
riusciva 4 " mai a t i rar l i via. E al lora l 'ha t irato
fuor i i l coltel lo e... zac!... gli ha tagl iato 4 1 via
la mano con tu t t i gli anell i . Dopo di quell 'uo-
mo l i , non si è saputo più niente 4 ' . M a una
notte è andato a una gran festa in una vi l la, l i
v ic ino ai suo paese. E quando stava tornan-
do a casa, arr ivato a un croc iov ia 4 1 , i l cavallo
si è indrissato in p i 4 1 e non ha vo luto più
andare avanti . L'ha vist, duve 4 1 1 c'è la capella
della Madonna, na sc iura 4 6 , vestita d i nero.
"Ha bisogno di qualche cosa, sciura?". A l lo-
ra la sciura gli ha chiesto se poteva portar la a
casa. A l l o ra lu i l 'ha fatta salire v ic ino a lui sul
suo calesse 4 7 e ha cominciato a frustare* 1 i l
cavallo. M a i l cavallo invece 4 ' ' d i andare ver-
so i l paese, quando è arr ivato lì, è girato verso
i l viale del c imitero e l'ha portata propr io là
fuor i i l cancel del c a m p o s a n t i Lu i cont i -
nuava a frustare i l cavallo per farlo andare
avanti , ma i l cavallo non si muoveva. " I o
sono arr ivata" l i dice la sciura. "A iu ta t em i a
scendere, per piacere". Non sapeva neanche
lu i quanti ne aveva in sacoccìa5 0. Ma , fa...
cusè51? Scende dal calesse e gira dalla parte
della sciura per aiutarla a scendere e g l i i 2
La stalla, come la chiesa, è uno dei punii di ritrovo per le famiglie che
vivono nella cascina: la sera tulli guanti, grandi e piccini, vi si
riuniscono per ascoltare racconti di vicende vere o leggendarie.
532
^Mjl^GLQBQ'-DlGJTfli. •
'praUTOS Dk QUIIl«IDEL!
Conversazione
dice: " M i a dia la mano, sciura". A l l o ra la
sciura si alza in piedi e g l i dice: " La mia
mano... ce l 'hai t e ! " [ T U T T I U R L A N O D I S P A V E N -
TO 5 - ' E I B A M B I N I N A S C O N D O N O L A F A C C I A N E L
G R E M B O 5 4 D E L L A M A D R E |
Finarda^
Madonna Santa, Batist i : m'avete fatto r ivo l -
tar l 'anima 5*! #
SCENA 3 5 7 lm
Donna de! segno
V e r m i ! Sono vermi che per lo spavento che
hai preso sono usciti fuor i della massa, sono
andati a spasso5" per la pancia. Devi sapere
che tu t t i abbiamo i vermi . Finché l i lasciamo
stare, loro sono quiet i . M a se escono dal loro
posto, allora girano 5 ' 1 nella pancia e poi sal-
gono nella go la 6 0 e t i soffocano.
Finard
Al l o ra , cosa devo fare?
Donna del segno
Adesso te lo dico io cosa devi fare. Prendi
l 'aglio, lo inf i l i ' ' 1 nel f i lo cinque o sette volte.
Poi vai fuor i nel campo, cerchi quelle belle
foglie grandi che hanno la pelle, e po i le
pesti'' 2. Prendi due o tre vermi con un po' d i
terra, mischi e fai su un bel miscuglio''-'. Po'
dopo, pr ima d i andare a letto, l i met t i sulla
pancia. Domani matt ina sei già guarito. S .
In mancanza di un medico, il compilo di tentare cure e guarigioni è
affidato alla "donna del segno", che con intrugli particolari, abbinati
a gesti rituali, affronta i malanni dei contcli.v.
passado, la veletta era o véu que,
preso ao chapéu, cos tumava bai-
xar-se para cobr i r o rosto.
37. Roba neste caso equivale a
"coisa".
38. Levarei, f o r m a inco r r e ta de
levarle ( " t irar-lhe") .
39. Gli ha tirato su la crapa: gli
è le; crapa é palavra de d ia le to
para testa ("cabeça").
40. Riuscire s i gn i f i ca "conse-
guir, lograr".
41 . Tagliare quer dizer " cor tar ,
ta lhar" .
42. Non s i è saputo più niente,
construção correspondente à por-
tuguesa " n u n c a ma i s se soube
dele".
43. Crociovia (crocevia) s igni f i -
ca "encruzi lhada".
44. IndrissatQ in pi (drizzato in
piedi) designa a ação do cavalo
de empinar-se apoiado nas duas
patas traseiras.
45. L'ha visi duve c'è equivale a
l u i ha Bisio là dove c'è.
46. Na sciura, f o r m a d i a l e t a l
para i m a signora.
47. Calesse, carruagem ligeira de
duas rodas, gera lmente puxada
por u m só cavalo.
48. Frustare, verbo derivado de
frusta ( " ch icote " ) , corresponde
em português a "dar chicotadas,
açoitar".
49. Recorde-se que invece signi-
fica indist intamente "ao contrário"
e, como neste caso, "em vez de".
50. Sacoccia (saccoccia), palavra
regional que s igni f ica "bolso gran -
de"; c om a expressão non sapeva
neanche lui quanti ne aveva in
sacoccia, B a t i s t i quer dizer que
não sabia o que estava fazendo,
que estava morrendo de medo.
51 . Ma, fa... cusè? corresponde
a m a , a far che cosa?
52. Como é frequente na falapo-
pular-coloquial , Bat is t i diz incor-
retamente gli em vez de le.
i 63. Spavento equivale a "susto ,
ter ror " .
54. Grembo signif ica "regaço".
55. Finarda c a mulher de Finard,
u m dos camponeses da casa de
campo; nos dialetos do norte da
Itália, ex is te o cos tume de no-
mear a esposa com o sobrenome
do mar ido no feminino.
66. fliuoiíare l'anima, a s s i m
como rivoltare lo stomaco, são
mo<lismos que sigli i f icam "p rodu-
z i r repugnância, náusea, embru-
lhar o estômago".
57. F inard está de canta, doente.
Sua e sposa v a i em b u s c a d a
donna del segno, uma espécie de
maga que cura as enfermidades
prescrevendo estranhas bebera-
gens e "pers ignando" os doentes
com gestos r i tua i s . A fe i t i ce i ra ,
após t e r v i s i t ado F ina rd , op ina
que o enfermo t em lombrigas e lhe
rece i ta o conhec ido t r a t a m e n t o
do ali lo, c o m alguns surpreenden-
tes e p i torescos acréscimos. Na
manhã seguinte , F i n a r d aco rda
perfe i tamente curado.
58. Andare a spasso s igni f ica " i r
por a i , a passeio, sem meta f i xa
estabelecida".
59. Girare s i gn i f i c a em p o r t u -
guês "dar voltas".
60. Salgono nella gola correspon-
de em português a "sobem ã gar-
ganta".
61 . Infilare s igni f ica "enfiar".
62. Pestare quer d i zer " m a c h u -
car, pisar, esmagar".
63. Mischiare s i g n i f i c a "mes -
clar"; miscuglio, "mescla".
64. Stefano e Maddalena se ca-
533
'praUTOS DE QUIli.rjIlLÍL!
LALBERO
DEGLI
ZOCCOLI
SCENA 4 W
Don Carlo
E adesso vogl io fare anch' io g l i auguri agli
sposi e dire due paroline a loro e a t u t t i quel l i
che gh'è 6 5 in ciesa stamatina. Vog l io dire, p r i -
ma di tu t t o , che gh'è mia da fas nesuna mera-
viglia 6*, e non c'è da sparlare 6 7 se questi due
giovani hanno celebrato i l santo matr imonio
alla matt ina presto e non, com' è uso d i
sol i to, alla luce del sole 6". Non hanno nessun
brut to mot ivo e tanto meno niente da na-
scondere. La ragione è un'al tra: è che adesso
devono fare un viaggio piuttosto lungo e
pien d i pericoi . Perché devono giungere
fino a Mi lano , dove vanno a trovare una loro
reverendissima zia, suor Mar ia , superiora in
Santa Caterina della Ruota, [ R I V O L G E N D O S I
A I D U E SPOSI ] E vo i , m i raccomando, cercate
d i 6 9 essere prudent i a andare in g iro e d i stare
sempre sul ch i va là™, perché oggi la gente ha
delle idee balorde 7 1 per la testa. E raccoman-
datev i 7 2 al Signore e alla vostra Madonna
che la va tegna semper 7 3 una mano sulla
testa. E soprattutto cercate d i volervi sem-
pre bene, perché non c'è denaro al mondo
che può pagare l 'amore d i due persone. A l
Signore non bisogna cercare le ricchezze
del la t e r ra , ma i l bene de l Paradiso. E l
Paradiss, recurdevv™, incomincia dall 'amore
che saremo capaci d i volerc i no i , qu i sulla
terra. - 1
Maddalena e Stefano, dopo essersi uniti iti matrimonio (Tolo i n
basso>, partono per Milano ( i n a l l o j . dove andranno a trovare una
zia di Maddalena, superiora in un convento di suore.
SCENA 5 7 5 3 t
Swor Maria
Si chiama Giovanni Battista. Ha fatto i dodi-
c i mes i 7 6 l 'a l tro ier i ed è sano come un pe-
sce 7 7 [ R I V O L G E N D O S I A L B I M B O ] È vero, Giovan-
ni Battista? ... Sapete cosa gli manca per
essere davvero felice? Dei veri genitori... una
vera mamma e un vero papà. E l u i , anche
così piccino™, può essere già d'aiuto ai suoi
fami l iar i , perché ha una sua dote, una discre-
ta somministrazione d i roba e anche un po'
di danaro che la nostra Pia Casa passerà due
volte al l 'anno, a Santa Croce e San Carlo. E
534
,s:-l!i"!:.
i W G L D B a - - D i G . m ! - .
FflGDiraS DE QltUHE *" l
Conversazione
per una famigl ia d i povera gente qualche
vol ta questo può diventare un vero dono
del la Provvidenza.
[MADDALENA E STEFANO NON SANNO COSA DIRE|
Suor Maria
Ci si deve soccorrere a v icenda 7 9 a questo
mondo. Lu i potrà essere uti le a vo i e vo i
potrete essere tanto d 'aiuto a l u i . Ha impara-
to da poco a muovere i p r im i passettini. Pro-
vate ad aprire le braccia e vedrete che lu i v i
verrà incont ro 8 0 .
[ IL PICCOLO GIOVANNI BATTISTA, MUOVENDO IN¬
CERTO I SUOI PIEDINI. AVANZA VERSO MADDALE-
NA CHE ASPETTA CON LE MANI PROTESE| 9 3
Sam. É b em cedo e a i g re ja se
acha p r a t i c a m e n t e vaz ia ; além
dos parentes e testemunhas, só
estão presentes os trabalhadores
que v i v e m n a casa de c a m p o .
Após a bênção, d o m Carlo expl i -
ca aos presentes que o matrimó-
n io f o i celebrado tão cedo porque
os n o i v o s d e v e m e m p r e e n d e r
uma longa e per igosa v iagem a
Milão, onde vão v is i tar uma t i a da
noiva, irmã Mar ia , super i o ra do
o r f a n a t o San ta C a t e r i n a d e l i a
Ruota . D o m Car lo r e comenda -
lhes mu i ta prudência, porque che-
garam not ic ias de desordens na
c idade, dev ido ao a u m e n t o do
preço do pão. Os noivos chegam
a Milão durante o estado de s i t io
proc lamado pelo general F ioren-
zo Bava-Beccaris, que r ep r im iu a
insurreição disparando canhona-
ços con t ra a multidão (ma io de
1898).
65. Gh'è, f o r m a d ia le ta l incorre-
ra de t r i sono.
66. Che gh'è mia da fas nesuna
meraviglia corresponde ao i ta-
l i a n o che non c'è affatto da
stupirsi.
67. Sparlare s igni f ica " fa iar m a l
e mal ic iosamente de alguém".
68. D o m Carlo se refere ao cos-
tume de, quando a no iva está grá-
v ida, ce lebrar o casamento nas
pr imeiras luzes d a a l vo rada
69. Cercare di corresponde em
português a "procurar , tentar" .
70. Star*: sui chi va lá, mod i smo
que quer dizer "estar alerta, estar
à espreita".
71 . Balordo, neste caso, s igni f i -
ca "estranho, perigoso".
72. Raccomandarsi signif ica "re-
c o m e ndar-se , e n c o m e n d a r - s e ,
pedir a proteção".
A lato: Suor Maria propone agli
sposi l'adozione di uno degli
orfanelli ospiti del convénio. In
basso: / / bimbo è preso
affettuosamente in braccio da
Maddalena.
73. Che la va legna semper cor-
responde ao i ta l iano che vi tenga
sempre.
74. Recurdevv, f o r m a d i a l e t a l
para ricordatevi.
75. Os ingénuos M a d d a l e n a e
Stefano, que nunca se afastaram
do seu povoado, chegam a Milão
j u s t o nos dias da revo l ta popular,
assistindo surpreendidos e assus-
tados às manifestações da m u l t i -
dão e à v i o l e n t a repressão de
Bava-Beccaris. Chegam por f i m
ao orfanato, onde irmã Mar ia os
acolhe afetuosamente e lhes faz
preparar uma habitação para pas-
sarem a noite . No dia seguinte,
irmã Mar ia conf ia aos noivos uma
das crianças do orfanato.
76. Ha fatto i dodici mesi, for-
m a c o l o q u i a l equ i va l en te a ha
compiuto dodici mesi.
77. Essere sano come um pesce,
modismo que signif ica "gozar de
esplêndida saúde".
78. P i c c i n o , f o r m a afet iva para
P icco l ino .
79. Soccorrere quer d i zer " a ju -
dar"; soccorrersi a vicenda signi-
fica "ajudar-se reciprocamente" .
80. Andare, venire incontro sig-
ni f ica "ir, v i r até uma pessoa de-
t e rminada" .
535
^KGir jBD- -DBJT« . , - .
Fm[:in:;Ci Ì , I / . , I H , • • !
L"ALBERO
DEGLI
ZOCCOLI
A lato : Raccolte sul carro le
poche masserìzie, la famiglia di
Batistì deve allontanarsi per
sempre dalla cascina. In basso:
Nella casa di Maddalena e
Stefano, don Carlo sta leggendo
a tutti quanti ciò che è scritto sul
libretto di accompagnamento del
piccolo Giovanni Ballista.
SCENA 6*' ( E
Don Carlo
Questo qu i è i l l ibret to che accompagna i l
bambino. Sentì cusa'l d is 8 2 . " D e i figli espo-
s t i 8 3 adul t i , chiamati volgarmente da pane.
Oltre ai f igl i lat tant i esposti, i l Pio Luogo 8 4
distribuisce anche i det t i figli nominat i dapane e, oltre alla carità delle persone, coll 'a-
v e r c u r a d i 8 5 s imil i abbandonati bambini , vie-
ne accordato** quanto prescrive la tabel la 8 7 .
Nel l 'atto della consegna* 8 sarà dato i l presen-
te l ibret to ed un viatico 8 1 1 d i centesimi dodic i
per miglio 1* 0 ed in seguito i l corredo d i bian-
cheria e panni 9 1 ed inol tre i l prezzo di denari
corrispondente all'età del f igl io. 11 Pio Luogo
continuerà le somministrazioni indicate nel-
la tabella a misura de l l ' 9 3 età f ino agli anni
quindic i inclusivamente, o l t re i l quale tem-
po potrà bensì1" ognuno ritenere le persone,
ma non più a carico del Luogo Pio".
La Brena
Che belle fatezze 9 4 che ha!
La Finarda
Magar i sarà al s-cet95 d 'un signore.
Don Carlo
De adess% in avanti sarà solamente f igl io d i
un contadino. La pr ima roba è volergl i bene
e lu i sarà contento lo stesso. ffi
S T - ' -
V
1 u
81 . Estamos na casa dos Brena,
os pais de Madda lena Estào to -
dos ao r e d o r d a m e s a v e n d o
Giovanni Battista, o menino que
Maddalena e Stefano t rouxeram
de Milão, C o m o n e n h u m deles
sabe ler, chamam d o m Carlo para
que lhes leia as instruções do l i -
vro que acompanha o menino.
82. SCTiíi cusa'l dis, f o rma díale-
tal para scnlite cosa dice.
83. Esposto se dizia ant igamen-
te da criança abandonada
84. Com Pio Luogo se refere ao
asilo "Santa Caterina delia Ruota",
de onde procede o menino.
86. Aver cura di s i gn i f i c a em
português "cuidar" .
86. Accordare, "estabelecer".
87. Tabella signif ica "tábua".
88. Nell'atto della consegna cor-
r e s p o n d e em português a " n o
momento da entrega".
89. Viatico è a quantidade dest i -
nada aos gastos de v iagem.
90. Miglio s igni f ica "mi lha" .
91 . Corredo (di biancheria e
panni) é o conjunto dos vestidos,
da roupa int ima, das fraldas etc.
do recém-nascido, isto é, seu en-
xoval .
92. A misura di s i gn i f i c a ' e m
razão de".
93. Bensì, neste caso, quer dizer
"de todos os modos" .
94. Fatezze (faItezzey. "feições".
95. 5-cet, em d ia le to l ombardo ,
equivale a figlio.
96. De adess, f o r m a em d ia le to
para cia adesso.
536
^KGir jBD- -DBJT« . , - .
Fiu[:i]:/;;D Ì , I / . , I H ,
B/UNITÀ ITALIANO PER USI SPECIALI
Programma di inserimento in una di t ta di un sistema dat i .
Ouça na fita a conversa que o diretor de uma empresa mantém com um especialista em
informática, com o fim de dotar a empresa de um sistema de informatização.
Ascoltate
1. Sempre più equivale à expres-
são em português "cada vez mais,
cada dia mais" ; sono sempre più
stanco ("cada dia estou mais can-
sado") ; il problema si complica
sempre più ("o p rob l ema se com-
pl ica cada vez mais " ) .
2. A mio, ino... avviso, ass im
c o m o a mìo, tuo... parere/
giudizio, secondo me, te..., cor-
responde em português a "a meu,
teu... juízo", e demais formas equi-
valentes.
3. Far avere e qu i va l e a dare,
consegnare.
4. Su due piedi, m o d i s m o que
signif ica " imediatamente , repent i -
namente" .
5. En i i ta l iano, m u i t o c omumen-
te os verbos flouere e volere têm
somente caráter redundante com
va l o r de reforço; neste caso, o
português presc ind i r ia do verbo
volere: le sarei grato se volesse
mettersi in contatto con loro ("lhe
agradeceria se entrasse em con-
tato com eles").
6. Elenco quer dizer " l is ta, rese-
nha"; por extensão, se chama as-
Direttore La situazione che mi preoccupa è questa: la mia azienda ha
avuto ult imamente un rapido sviluppo per cu i ora si presentano prob lemi
amministrat iv i sempre più' compl icat i che necessitano, a mio avviso 2 ,di un
sistema di informatizzazione. Conto pertanto sul suo aiuto per risolvere i l
problema, sempre che ciò sia possibile.
Esperto Sono qui per questo. H o studiato i l dossier che lei m i ha fatto 1
avere. A d ir la verità, i l problema non si può certo risolvere su due piedi 4 ,
ma possiamo cominciare a valutarne i vari aspetti per arrivare a una
soluzione ott imale.
Direttore Prima di prendere in esame la questione, voglio informarla
che ho preavvisato i mie i co l laborator i r iguardo alla sua visita e anzi le sarei
grato se volesse^ mettersi in contatto con loro per u l ter ior i ch iar iment i , a
meno che lei non abbia a l t r i impegni per oggi.
Esperto A l contrar io , sarò ben felice d i farlo. Innanzi tu t to , sarebbe della
massima importanza definire un certo numero d i parametr i che permetta-
no di fissare g l i elementi cost i tut iv i del vostro sistema. Io ne ho già fatto un
elenco": eccolo!
Direttore Grazie! T r a l 'a l tro vorrei avere chiar iment i su eventuali vantag-
gi o inconvenienti che si presenterebbero nel caso volessi subappaltare
ogni attività informatica piuttosto che dotare l'azienda degli strumenti
necessari.
Esperto I o d ire i che tut to dipende dal volume degli affari che lei tratta. I n
ogni caso la soluzione del subappalto non mi sembra fra 7 le mig l io r i ,
comunque potremmo sempre prenderla in considerazione: non dobbiamo
scartare nul la pur d i riuscire.
Direttore M i scusi, ma vorrei sottoporle un altro problema: sarebbe più
vantaggioso un sistema informat ico centralizzato oppure una dotazione d i
singoli personal computer?
Esperto Questo aspetto è fondamentale e richiede però uno studio più
approfondito che affronteremo in seguito.
Direttore Sarò costretto ad assumere specialisti in informatica?
Esperto Tu t t o dipende dalla portata" dell 'azienda e dalla preparazione
dei suoi d ipendent i . I n ogni caso io consiglierei dei corsi d i preparazione e
una presa d i conoscenza dei metodi . Quando avrò parlato con i suoi
s im também a l ista telefónica; o
i ta l ianismo "elenco", introduzido
na l ingua portuguesa com o signi-
ficado de atores de uma compa-
nhia teatra l , é uma acepção que
não existe em ital iano.
7. Fra s igni f ica ind is t in tamente
" d e n t r o d e " e " u m ( a ) d e " o u
' i uu ( a ) dentre"; verrò fra due ore
( " irei dentro de duas horas" ) ; uno
fra di noi ( "uni de nós, u m dentre
nós").
8. Portata é a capacidade máxi-
m a mensurável c o m u m i n s t r u -
mento de medida; em sent ido f i -
gurado, s igni f ica "valor, importân-
cia, alcance": questo filo elettrico
ha una portata di 50 KW ("este
cabo elétrico t em capacidade de
50 KW"); i l vagone ha una portata
di dieci tonnellate ("o vagão t em
capacidade de dez toneladas" ) ; ia
portata delta riforma dipenderà
dai soldi di cui disporremo ("o
alcance da re fo rma dependerá do
d inheiro de que dispusermos" ) .
537
^KGITJBD--DBJT«.,-.
F I U [ : N : ^ ; D Ì , I / . , I H , • • !
Italiano per usi speciali
dipendent i , le saprò dire con più precisione qual i d i essi m i sembrano i più
adatt i .
Direttore Credo che per oggi si siano stabilite già parecchie cose fonda-
mental i . Prenderò in considerazione l'elenco che lei m i ha presentato e ci
r isentiremo nei prossimi g iorni . EIE
Responda as seguintes perguntas.
1. Perché i l d iret tore è preoccupato?
2. Che cosa ha fatto pr ima d i invitare in sede l'esperto in informatica?
3. Che cosa pensa l'esperto a proposito d i un eventuale subappalto d i ogni
attività informatica?
4. Che cosa rit iene oppor tuno a proposito della preparazione dei dipen-
denti?
5. Come lo congeda i l direttore?
Osservate Quando se expressa algo cuja realização depende da existência ou realização de uma con-dição prévia, ou de uma hipótese, podem dar-se as seguintes construções:
1. Com se + indicativo ou subjuntivo.
Exemplos:
a) Se piove non parto/partirò. 1
Se piovesse non part i re i . /
Se fosse piovuto non sarei part i to .
b) Se pioverà non partirò.
futuro
passado
futuro
538
,s:-l!i"!:.
Italiano per us i speciali
2.Com as formas impessoais do verbo: a + infinitivo, gerùndio, participio.
Exemplos:
A dir la verità, i l problema non si può certo risolvere su due piedi-
= se dicessi la verità.
Continuando così non risolveremo la situazione — - — se continuiamo così.
Studiato più attentamente, i l problema potrebbe essere risolto = se
fosse studiato più attentamente.
3. Com purché, sempre che ou com expressões do tipo a patto che, a condizione che,
seguidas, como em português, do modo subjuntivo.
Exemplos:
non abbia a l t r i impegni per oggi.
4. Com pur di + infinitivo, somente quando o sujeito das duas orações é o mesmo.
Exemplo:
(noi 1 non dobbiamo scartare nulla pur di |noi| riuscire.
A Transforme usando uma das formas indicadas no item 2.
1. Se dobbiamo essere sinceri , la soluzione che c i ha proposto non c i
convince affatto.
2. Se lo si osserva attentamente al microscopio, si vedrà la forma a baston-
c ino del bacil lo.
3. Se inizi mi l le cose nello stesso momento, non riuscirai a concludere
niente.
4. Se si dà retta a te, non si uscirebbe mai d i casa.
5. Se contìnua a leggere f ino a tarda notte e con poca luce, finirà per
rovinarsi la vista.
6. Se si sta a sentire lu i , sembra che sia i l solo a lavorare in questa d i t ta !
B Complete compurché + verbo conjugado ou p a r di + infinitivo, segundo a necessidade.
1. ... ( io, riuscire) a essere assunto in questa azienda, venderei l 'anima al
diavolo.
2. T i inviterò alla mia festa ... ( tu , promettere) d i non bere troppo e d i non
fare i l sol ito casino.
3. Farebbero carte false ... (essi, impossessarsi) dell'eredità del nonno.
4. Senza dubbio c i d iver t i remo mol to in gita,.. . ( i l tempo, essere) bello.
5. I medic i tentarono ogni mezzo a loro disposizione ... (essi, salvare, a lui)
la vita.
6. M i affiderei anche a un investigatore privato ... ( io, venire a capo) della
Potrebbe mettersi in contatto con loro
verità.
539
Eserc iz i
mi " .GLQBQ--DJGJTW.,- .
P H O U J I B E Df LUfllOM h
Italiano per usi speciali
Vocabo lar io
approfondito (adj.)
bisogno {s.m.)
chiarimento {s.m.)
consigliare {v.t.)
costretto {p.p. de costrìngere)
diàgnosi {s.f.)
elaboratore (per uso) personale {s.m.)
impegno {s.m.)
inadatto (adj.)
nei riguardi d i {La.)
prendere in esame ( v.per. )
privo (adj.)
richièdere {v.t.)
subappalto (s.m.)
vantaggio {s.m.)
detalhado, aprofundado
necessidade
esclarecimento
aconselhar
obrigado
diagnóstico
c omputador pess oal
compromisso
inidòneo
com respeito a
examinar
privado, desprovido
pedir
subempreitada
vantagem
Respostas dos exercícios
A s c o l t a t e
1 Perché avendo la sua azienda avuta ultimamente un rapido sviluppo
Si presentano problemi amministrativi che necessitano di un sistema
di informatizzazione.
Ha preavvisato i suoi collaboratori riguardo la visita dell'esperto
Pensa che non sia una della soluzioni migliori, ma che comunque po-
trebbe essere presa in considerazione
Ritiene opportuno che oltre ai corsi di preparazione ci sia una presa di
conoscenza dei metodi
Dicendogli che prenderà in considerazione l'elenco presentatogli
dall'esperto per poi risentirsi con lui nei prossimi giorni
Osservate
A
I A esser sinceri, la soluzione che ci ha proposto non ci convince affatto
2. Osservato attentamente al microscopio, si vedrà la forma a bastonci-
no del bacillo.
3 Iniziando mille cose nello slesso momento, non riuscirai a concludere
mente
4. A dar retta a le. non si uscirebbe mai di casa
5 Continuando a leggere fino a tarda notte e con poca luce, finirà per ro-
vinarsi la vista
6 A sentire lui. sembra che sia il solo a lavorare in Questa ditta 1
1. Pur di riuscire a essere assunto in Questa azienda venderei l'anima al
diavolo.
2. Ti inviterò alla mia festa purché tu prometta di non bere troppo e di
non lare il solito casino
3 Farebbero carte talse pur di impossessarsi dell'eredità del nonno
4 Senza dubbio ci divertiremo molto in gita, purché il tempo Sia Bello
5. I medici tentarono ogni mezzo a loro disposizione pur di salvargli la vita
13 Mi affiderei anche a un investigatore privato pur di venire a capo della
verità.
540
^KGITJBD--DBJT«.,-.
F I U [ : N : ^ ; D Ì , I / . , I H , • • !
C/UNITÀ DAL VIVO
Ouça na fita as seguintes
frases, observando as
diferenças léxicas e
sintáticas entre os dois
registros linguísticos.
a = língua coloquial
familiar
b - língua comum
padrão
1. a) Sono propr io sfigata! Nell 'ora d' ital iano i l prof c i ha dato ^
dentro 1 con una domanda d ie tro l 'altra apposta per farmi andare in
oca! Le ho cannate" tut te !
b) Sono propr io sfortunata! 11 professore d i i tal iano m i ha fatto una
serie d i domande che avevano veramente lo scopo d i confondermi !
Non ho risposto esattamente a nessuna domanda.
1. Darci dentro quer dizer " insis-
t i r m u i t o em algo, t rabalhar c om
insistência".
2. Cannare é palavra da l ingua-
gem juven i l que signi f ica "falhar,
equivocar-se": ho cannato l'esame
di latino {ho sbagliato completa-
mente l'esame di latino). O subs-
t a n t i v o cannata, d e r i v a d o de
cannare, c ons t i tu i e r ro grave.
2. a) M a non è i l prof che è una carogna 1 , sei tu che te ne freghi della
scuola: chissà perché, noi che studiamo, in oca 4 non c i andiamo mai?
b) Non penso propr io che si possa accusare l'insegnante, sei tu che non
affronti seriamente g l i s tudi : non t i sei mai chiesta come mai no i , che
studiamo regolarmente, non abbiamo problemi?
3. a) E già, i suoi cocchi ' sono solo i secchioni: tu t t i a modo, ma senza
sale in zucca"!
b) Certo , i suoi preferit i sono gli a lunni che studiano mol to : sempre
precisi e perfett i , ma con ben poca intell igenza!
4. a) M a se tu te ne sbatti e cont inui a bigiare T è inuti le che poi inco lp i g l i
a l t r i delle fregature che prendi ! Me t t i t i a sgobbare", che è megl io!
b) Guarda che se fai la menefreghista e cont inui a saltare le lezioni, non
puoi incolpare poi g l i a l t r i quando ott ieni r isultati negativi ! Cominc ia
a studiare seriamente, c red imi , è la cosa mig l iore ! #
3. Carogna ("carniça") t em tam-
bém o signif icado figurado de pes-
soa v i l , r u i m , pérfida.
4. Andare in oca/in bambola sig-
ni f ica conf i indir-se completamen-
te por causa de emoção ou nervo-
sismo, até o ponto de não se achar
em condições de reag i r luc ida -
mente diante de un ia determina-
da situação.
5. Cocco, pa lavra da fala f ami -
l iar que se aplica à pessoa predi-
leta, objeto de afeto e ternura; diz-
se especialmente das crianças: il
cocco di mamma ("o quer id inho
da mamãe").
6. Avere sale i n zucca corres -
ponde em português a "ser ajui-
zado, ter bom senso".
7. Bigiare, palavra da l inguagem
escolar equivalente em português
a "cabular aula".
8. Sgobbare, t e r m o c o l o q u i a l
d e r i v a d o de gobba ( " c o r cova " ) ,
que s i gn i f i c a t r a b a l h a r m u i t o e
c o m g rande es forço e sacrif í-
c io : sgobbone e sgobbata, d e r i -
vados do p r i m e i r o , c o r r e s p o n -
dem e m português a "cu-de-fer-
ro , cax ias " .
541
'praUTOS DE Q U Í I l « I E ) E L !
Modi di dire
1. Trovars i in un mare d i guai. f S
Literalmente, significa "encontrar-se em um mar de desgraças"; diz-se de quem se acha
cheio de dificuldades e problemas.
2. Tu t t e le mosche al cavallo magro.
Literalmente significa "todas as moscas ao cavalo magro"; indica que os contratempos
e as desgraças acontecem com quem se acha já cheio de outras dificuldades. Corres-
ponde em português a "desgraça pouca é bobagem".
3. Le disgrazie non vengono mai sole.
Refrão com o qual se afirma que as desgraças costumam chegar todas de uma vez.4. Non tut to i l male vien per nuocere.
Literalmente, quer dizer "nem todos os males vêm para causar dano"; corresponde em
português a "há males que vêm para bem". fi
/ Si TROVA ]
[ 'N UN MARE ì
^KGLTJBD--DBJT«.,-.
Fm[ : i ] : ; ; ;D Ì , I / . , I H , •• !
D/UNITÀ UN PO' DI GRAMMATICA
Eserciz io
Uno
L Quando se expressa u m a ação
fu tu ra ante r i o r a o u t r a também
futura , usa-se o fu tu ro composto:
quando avranno gettato le
fondamenta, inìzìeranno la
costruzione della casa ( "quando
t e rminarem os alicerces, começa-
rão a construção da casa").
G e r a l m e n t e , c o n t u d o , as duas
orações se percebem como s imu l -
tâneas; em ta l caso, usa-se indis-
t i n t amen t e o f u t u r o s imples ou
composto , ou então uti l iza-se o
futuro composto quando se dese-
j a sub l inhar a perfeição do ato:
quando lo vedrai, te ne renderai
conto ("quando o v ir , perceberá");
quando t'avrai visto, te ne
renderai conto ("quando o vires,
perceberas") .
E m qualquer caso, convém lem-
brar que o i ta l iano u t i l i za o fu tu-
r o composto com ma io r frequên-
cia que o português.
Conjugue o verbo entre parênteses no futuro simples ou no futuro composto, ou em am-
bos, segundo a necessidade1.
Exemplo:
Quando ... (io, parlare) con loro, le saprò dire qualcosa.
Quando avrò parlato con loro, le saprò dire qualcosa.
1. Quando ... (esso, f inire) lo spettacolo, andremo t u t t i a mangiarci una
pizza.
2. T e lo posso assicurare: quando ... (finire) la r iunione, resterà in uff icio.
3. Quando. . . (voi, tornare) a scuola, potrete raccontare ai vostri compagni
i l f i lm che avete visto.
4. Quando ... (egli,sapere) che le sue azioni sono scese a zero, gli verrà un
colpo.
5. Quando ... (essi, riuscire) a catturare K ing Kong , Io metteranno in una
gabbia d i sicurezza ben incatenato.
6. V i porteremo al luna park solo quando ... (voi , f inire) tu t t i i compi t i .
7. Quando ... ( lu i , venire a sapere) che sua moglie non l'ha aspettato per
andare al r icev imento, andrà su tutte le furie.
8. Quando non ... (esso, avere) più forze, cadrà dal grattacielo.
Eserc iz io
Due
2. Além dos casos já estudados
em unidades anter iores, referen-
tes ao uso das preposições da e
<íi, ex is tem outros, entre os quais
cabe destacar os seguintes:
a) a preposição di se usa:
- em expressões de causa, sem
artigo: tremare di freddo ("tre-
mer de f r io " ) ;
- em expressões de cu lpa : fu
accusato di tradimento ("acu-
saram-no de traição");
- em expressões de penal iza-
ção: gli hanno dato una mul-
ta di d i e c i m i l a tire ( "mul ta-
ram-no em dez m i l l i ras" ) ;
- em expressões de valoração e
quantidade: è un appartamento
di poco valore/di centottanta
Complete com di ou da, segundo a necessidade*.
Exemplos:
Sarò ben felice ... farlo.
Sarò ben felice di farlo.
Dipende ... i l volume ... gli affari.
Dipende dal volume degli affari.
1. Era così contento ... essere arr ivato p r imo che si mise a piangere ... gioia.
2. Siamo dolent i ... non poterc i trattenere o l t re , ma abbiamo un altro
impegno alle cinque.
3. Comprarono un appartamento ... duecento mi l i on i .
4. È uno scampolo ... due metr i per quattro .
5. Lo accusarono ... truffa nei r iguardi . . . lo Stato e g l i diedero una multa . . .
dieci m i l i on i .
6. Una siepe divide la mia proprietà ... quella ... i l mio v ic ino.
7. Si presentò un signore ... l'aspetto poco raccomandabile e chiese ... te.
8. Compera ... l 'uva bianca ... tavola e ... i l formaggio grana ... grattuggiare.
543
^KGLTJBD--DBJT«.,-.
F m [ : i n : ; D Ì , I / . , I H , • • !
Un po' di grajnmatica
metri quadrati ("é u m aparta-
mento de pouco valor/de cento
e oitenta metros quadrados");
- em expressões cansais: sono
contento di vederti ( " es tou
contente de te ver" ) .
b ) A preposição da se usa:
c m expressões de causa, c o m
a r t i g o : tremare dal freddo
( " tremer de f r i o " ) ;
em expressões do preço: è un
appartamento da duecento
cinquanta milioni ( "é u n i
a p a r t a m e n t o de duzen tos e
c inqi ienta milhões");
em expressões de separação:
il muro maestro divìde il mio
appartamento dal tuo ("a pa-
rede m e s t r a d i v i d e o m e u
apartamento do teu" ) ;
em expressões de finalidade; lo
spazzolino da denti ("a esco-
va de dentes"); u n abitodascra
( "um traje de noite" ) ; iria da
camicie ("pano para camisas");
cm determinações qualitativas.-
i m uomo dal cuore d'oro ( "um
homem com coração de ouro") .
Eserc iz io
T r e
Substitua as partes em grifo pelos respectivos pronomes-complemento.
Exemplo:
In ogni caso [la proposta} si potrebbe prendere in considerazione.
In ogni caso la si potrebbe prendere in considerazione.
1. A te ho r ipetuto mil le volte che a! cinema non ci voglio venire.'
2. Verso anche a lei un goccio di gin?
3. Si poteva prevedere che tu non avresti avuto voglia di venire alla fiera
campionaria!
4. Me t t o nell'aperitivo un poco di acqua di seltz?
5. I n questa mostra sono tant i gli stands nuov i .
6. Carlo non beve niente: i l dottore ha pro ib i to a lui di bere.
7. Potevi dire a me pr ima che non eri d'accordo!
8. La casa offre a voi.questo bicchierino.
Eserciz io
Quattro
Dê o substantivo relacionado com a palavra entre parênteses.
Exemplo:
Io consiglierei:... (prendere) d i . . . (conoscere) dei metodi.
Io consiglierei; p r e s a d i conoscenza dei metodi.
1. Ho fatto una ... (muoverei sbagliata e ha perso la part i ta a scacchi.
2. La... (correre) dei cavall i è stata davvero eccezionale: nessuno si aspetta-
va la ... (vincere) d i quel brocco!
3. I capi d i governo giunsero a una ... ( intendersi) dopo parecchie ore d i . . .
( trattare) .
544
'PHUiTOS Di Quil i ,L l i l )L L !
U n po' di R a m m a r i c a
4. È stata una terr ibi le ... (dimenticare) la tua: non hai alcuna ... (giustifica-
re) da addurre a tua ... (scusare)!
5. A l . . . (girare) d ' I ta l ia partecipano cic l ist i d i tut to i l mondo.
6. Questi l ib r i non si danno in ... (prestare): si possono vedere solo in sala d i
... (consultare).
7. Sono severamente punit i la... (vendere) e 1'... (acquistare) d i . . . (stupefare)!
8. Le hanno fatto un ... (tagliare) d i capell i e una (mettere) in ...(piegare)
a l l 'u l t ima moda.
Vocabo la r io
acqua di seltz {s.f.)
addurre (v.i.)
adibire {v.t.)
amante (s.m. e/)
andare su tutte le furie
brocco (s.m.)
colpo (s.m.)
compiti (s.m.)
corno (s.m.)
essere dolenti (v.per.)
sifão
aduzir
destinar, empregar
amante, aficionado
'.) ficar furioso
cavalo fraco, rocinante
chilique
deveres, tarefas
chifre
lamentar
fiera campionaria (s.f.)
gabbia (s.f.)
gin (angl. s.m.)
goccio {s.m.)
grattuggiare (v.t.)
luna park (s.f.)
sbagliare (v.i.)
scacchi (s.m,)
scampolo (s.m.)
siepe (s.f.)
trattenersi (v.vron.)
truffa (s.f.)
feira de mostruários
gaiola, jaula
gim
gota
ralar
parque de diversões
equivocar-se
xadrez
retalho
sebe
ficar
trapaça, embuste
Respostas dos exercícios
Esarc i i i o Uno
1. Quando sarà finito lo spettacolo, andremo tutt ia mangiarciuna pizza
2 Te lo posso assiemare: quando sarà finita/finita la riunione, resterà m
ufficio.
3 Guando tornerete a scuola, potrete raccontare ai vostri compagni il
lilrn che avete visto.
4 Quando saprà che le sue azioni sono scese a zero, gli verrà un colpo
5 Quando saranno riusciti/riusciranno a catturare King Kong, lo mette-
ranno in una gabbia di sicurezza ben incatenato.
6. V i porteremo al luna park solo quando avrete finito tutt i i compil i .
7 Quando verrà a sapere che sua moglie non l'ha aspettato per andare
al ricevimento, andrà su tutte le furie.8 Quando non avrà più forze, cadrà dal grattacielo.
Esercizio Due
1. Era così contento di essere arrivato primo che si mise a piangere dalia
gioia.
2 Siamo dolenti di non poterci trattenere oltre, ma abbiamo un altro im-
pegno alle cinque.
3 Comprarono un appartamento da duecento milioni.
4 Ê uno scampolo di due metri per quattro.
5. Lo accusarono di truffa nei riguardi dello Stato e gli diedero una multa
di dieci milioni.
6. Una siepe divide la mia proprietà da quella del mio vicino.
7. Si presentò un signore dall 'aspetto poco raccomandabi le e chiese
d i te.
8 Compera dell 'uva bianca da tavola e del formaggio grana da grat-
tuggiare.
Esercizio Tre
1. Te l'ho ripetuto mille volte!
2. Lo verso anche a lei?
3 Lo si poteva prevedere!
4. Gliela metto?
5 Ce ne sono tanti nuovi?
6. Carlo non beve niente: il dottore glielo ha proibito.
7. Potevi dirmelo primai
8. Ve lo offre la casa.
Esercizio Quattro
1. Ha tatto una mossa sbagliata e ha perso la partita a scacchi
2. La corsa dei cavalli è stata davvero eccezionale: nessuno si aspettava
ia vittoria di quel brocco!
3. I capi di governo giunsereo a un' intesa dopo parecchie o red i trat-
tative
4. È stata unalerr ibi ledimenticanzalatua: non hai alcuna giustificazio-
ne da addurre a tua scusante!
5. Al giro d'Italia partecipano ciclisti di tutto il mondo
6 Quesli libri non si danno in prestito: si possono vedere solo in sala di
consultazione.
7. Sono severamente puniti la vendila e l'acquisto di stupefacenti!
8. Le hanno fatto un tagl io di capel l i e una messa in piega a l l 'u I I ima
moda.
545
'murros DE rjuni,Liii)LL!
E /UNITÀ LETTURA
G u i d o Gozzano, poeta, jornal is ta e escritor turinés
(1883-1916), alternou o cult ivo da prosa com o da
poesia, na qual se destacou tanto pela qualidade de
seus versos como pela novidade e transcendência de
sua poética, destinada a exercer um poderoso inf lu-
xo nos escritores de seu tempo. La via del rifugio
(1907), seu pr imeiro l ivro de versos, lhe valeu de ime-
diato o apreço da crítica e do público; mas somente
em 1911 os poemas reunidos em Colloqui comprova-
ram o caráter inovador de sua concepção poética em
comparação com a de Gabriele D'Annunzio e a de
Giovanni Pascoli, ao oferecer uma poesia íntima e
indiferente ao exterior, desprovida de ambições filo-
sóficas, religiosas ou políticas, e escrita em versos
ténues e mesmo opacos, que parecem mais prosa
cantada, com toques de aparente descuido. Menor
destaque e transcendência têm seus l ivros de con-
tos, / tre talismani (1914) e L'aliare del passato
(1918), os quais, assim como La principessa si sposa
(1917) e L'ultima traccia (1919), foram publicados
postumamente. L'erede prescelto, publicado em uma
revista antes de ser incluído no l ivro L'altare del
passato, f o rma parte dos relatos dedicados aos tem-
pos da guerra.
546
WGLDBQ-DiGJTflL:-.
Famiras D E Q V U H E h
Lettura
Ti to Vinadio pensò, per la prima volta, che dalla guerra si
può anche non ritornare.
E nemmeno l'avrebbe pensato se non fossero stati gli zìi a
ricordarglielo: lo zio Gaudenzio e la zia Flaminia, unici suoi
consanguinei ed unici eredi. Si vedevano una volta all'anno,
ma quel giorno, nell'ora degli addii, fra gli scongiuri, le
benedizioni e le lacrime l'avevano consiglialo di consigliarsi
con il loro avvocato, nella settimana che gli restava libera
prima di andare al fronte,e di assestare bene ogni cosa, quali
che fossero le sue intenzioni. Non per loro!... Lo zio Gauden-
zio aveva interrotta la zia con uno scatto di sdegno sincero.
A parità d'ingordigia e di spudoratezza gli uomini sono
sempre meno ingordi e meno spudorati. T i to si era lasciato
abbracciare, inondare di lacrime, benedire, e non si era reso
conto della cosa incredibile se non in treno, già lontano da
Vareglio. Allora aveva sorriso, riso forte, inquietando i suoi
compagni di viaggio. Aveva lasciato Vil la Flaminia e gli zii e
Vareglio senza rancori —era incapace di rancori — ma ben
deciso di salvare fino all 'ultimo centesimo dalla rapacità di
quei coniugi dieci volte milionari, che già avevano dilapida-
to le sostanze dei suoi, angustiato sua madre e dimezzato
quanto restava all'orfano minorenne.
Tito non era ricco, ma con le poche centinaia di migliaia
di lire rimastegli era giunto fino ai trentanni in ozio beato,
non annoiandosi mai, perché era un ragazzo intelligente, un
poco artista, e non dissipando un soldo, perché aveva del
lavoro un sacro terrore. A chi lasciare dunque quel capitale?
Tito aveva creduto la cosa facilissima. Facilissimo trovarsi
un erede! Ma dopo tre giorni non aveva scelto ancora. 11 suo
patrimonio era tale da far felice un amico povero, ma non
sufficiente a rallegrare, modificare le condizioni di un amico
già ricco.
Gli amici d i T i to erano quasi tutt i ricchi, e tra i bisognosi
egli non sapeva decidersi. Meditava di frazionare la cifra;
ma allora la somma si riduceva ad una regalia e nulla più. e
T i to voleva che la sua morte (faceva gli scongiuri d'usol
fosse la felicità di qualcuno. Non trovava l'amico degno. Da
tre giorni pensava e non trovava. E mai avrebbe creduto
cosi difficile la scelta d'un erede.
I l caso, una formalità catastale, lo richiamò a Vareglio per
un giorno: e passeggiando sotto i portici bassi, ogivali della
piccola città ligure, udì in un crocchio di comari il nome di
Chiara Venanzi.
Chiara! Chiarella! La figlia della merciaia, la sua coeta-
nea, la sua amica d'infanzia ed adolescenza, non più rivista
da dieci anni, dacché, con la morte della madre, aveva
lasciato il paese e gii avevano tolto la casa che era stata sua.
Chiarella! Un nome che risuscitava il suo passato più dolce:
le gite in bicicletta, quando la bicicletta era ancora una
novità elegante, premio delle vacanze al ginnasiale vittorio-
so, e più tardi la passione in comune per la fotografia, e poi
per la lettura, per i l teatro; le recite di beneficenza nel
teatrino municipale: Parlila a scacchi... Trionfo d'amore...
II cantico dei camici...: Giacosa, Ferrari. Cavallotti: gli istitu-
tori amorevoli di tutti i filodrammatici pargoletti, i numi
vilipesi da tutti i canini provinciali. Ma Chiarella aveva
rivelato subilo una disposizione rara al recitare; e inoltre
leggeva; leggeva di continuo, nella sala attigua al negozio
materno. Leggeva gli autori modernissimi: da Bataille a Bern-
stein, da Butti a Gabriele d'Annunzio. Tito sorrise. Ricordò la
passione di Chìaretta per il poeta: una lettera pirotecnica
Tito Vinadio pensou, peia primeira vez, que da guerra
pode-se também não voltar.
E nem sequer teria pensado nisso se os tios não o tives-
sem lembrado: o tio Gaudenzio e a tia Flaminia, seus
únicos parentes de sangue e seus únicos herdeiros. Viam-
se uma vez por ano, mas aquele dia, à hora do adeus, en-
tre os esconjuras, as bênçãos e as lágrimas, o tinham acon-
selhado que se aconselhasse com o advogado deles na se-
mana que lhe restava livre antes de partir para o front, e
que deixasse bem arranjadas as coisas, fossem quais fos-
sem suas intenções. Não por eles!... o tio Gaudenzio tinha
interrompido a tia com um gesto de sincera indignação.
A igualdade de cobiça e descoro, sempre os homens são
menos cobiçosos e descarados. Tito se tinha deixado abra-
çar, inundar de lágrimas, abençoar, e só se deu conta de
como tudo aquilo era inacreditável quando já estava no
trem, longe de Vareglio. Então tinha sorrido, rido forte,
perturbando seus companheiros de viagem. Tinha deixa-
do Viola Flaminia, e os tios e Vareglio sem rancores - era
incapaz de rancores -, mas totalmente decidido a salvar
até o último cêntimo da capacidade daqueles cônjuges dez
vezes milionários, que já tinham dilapidado os bens dos
seus, angustiado sua mãe e dimidiado o que sobrara ao
jovem órfão.Tito não era rico, mas com as poucas centenas de mi-
lhares de liras que lhe sobravam tinha chegado aos trinta
anos em um bendito ócio, sem entediar-se nunca porque
era um rapaz inteligente, um pouco artista, e sem esban-
jar um centavo, porque tinha verdadeiro horror ao traba-
lho. A quem deixar, então, aquele capital? Tito linha cichado
que a questão era muito simples. Era muito fácil encon-
trar um herdeiro. Mas três dias depois, ainda não tinha
feito sua escolha. Seu patrimônio era suficiente para fa-
zer feliz um amigo pobre, mas não o bastante para ale-
grar e modificar as condições de um amigo rico.
Quase todos os amigos de Tito eram ricos, e entre os
necessitados ele não sabia decidir-se. Pensava em dividir
a cifra, mas então a soma se reduziria a uma gorjeta e
nada mais, e Tito queria que sua morte (fazia os
esconjuros de praxe) fosse a felicidade de alguém. Não
encontrava o amigo merecedor. Há três dias pensava e
não encontrava. E nunca pensara que fosse tão difícil a
escolha de um herdeiro.
0 acaso, uma formalidade cadastral, solicitou sua pre-
sença em Vareglio por um dia; e passeando pelos pórticos
baixos, em forma de ogiva, da pequena cidade da Liguria,
ouviu em uma roda de comadres o nome de Chiara
Venanzi.
Chiara! Chiaretto! A filha da merceeira, sua contempo-
rânea, sua amiga de infância e adolescência, a qual não
via há dez anos, desde que, com a morte da mãe dela, ti-
nha abandonado o povoado e lhe tinham tirado a casa
onde nascera. Chiarella!
Um ìuyme que ressuscitava seu passado mais doce; os pas-
seios de bicicleta, quando a bicicleta ainda era uma novidade
elegante, prémio das ferias por ter ido bem na escola, e mais
tarde a paixão comum peta fotografìa, e depois pela leitura,
pelo teatro; as récitas beneficentes no teatmzinho municipal
Partida de xadrez,,. Triunfo do amor... O cântico dos cânticos...,
Giocosa, Ferrari, Cavallotti, os amáveis pixrmotores de todos
os amantes do teatro juvenil, os numes vilipendiados de
547
^ K G i r J B D - - D B J T « . , - .
F I U [ : N : / : ; D Ì ; . I ; ; . , I H Ì
i E r e d e
o m s c e l i G
il I " L*> t I N I !
invocarne un autografo e la risposta insperatissima con una
fotografia autografata da quel maestro d'ogni cortesia. La
fotografia era slata degnamente inquadrala in una meravi-
gliosa cornice in pirografia...: erano i tempi della pirografia!
T i to e Chiara s'indugiavano a lungo, discutevano delle loro
letture e del loro avvenire, nella vasta sala un po' triste.dove
il profumo dei fiori non dissipava l'acre odore di matasse di
lana e di chincaglieria che giungeva dal negozio attiguo. Non
avevano pensato all'amore mai: mai si erano fissati con gli
occhi meno che fraterni: li univa soltanto il piacere di essere
insieme e di sentirsi più intelligenti di lutt i gli altri coetanei.
Ma negli occhi di Chiara ardeva ormai una passione sola
decisa: il teatro. Quando, l'anno dopo, fu invitata a una
recita di beneficenza a Genova ed ehhe una parola di lode
da Novelli* che assisteva.essa vide in quella parola l'ordine
del destino e il consenso dei Numi. E si era decisa per la
ribalta, con disperazione dei suoi e commento infinito del
paese. Ma appunto in quell'epoca la madre di Tito era
morta e la bufera si era scatenata sul giovinetto inesperto,
che aveva lascialo Vareglio per sempre. Da quel giorno
dieci anni erano passali! T i to aveva avuto notizie di Chiara
raramente; qualche lettera nei primi tempi, poi qualche
cartolina, sempre più scarsa, poi il silenzio. L'aveva rivista
qualche volta, per caso, senza poterle parlare; due. tre volte
sulla scena, in parti così secondarie, così meschine, che il
giovane non aveva osato salire sul palcoscenico per non
umiliarla; un'altra volta per la strada, a Napoli, di sfuggita,
cosi abbattuta e disfatta, che l'aveva riconosciuta soltanto
ripensandola dopo. La vita divide gli amici forse più dei
nemici e sulle strade opposte scende il silenzio e l'oblìo.
Chiara. Chiaretta! Ma come mai a Vareglio.di ritorno alla
casa che non amava'.' Forse la madre stava male? Tito s'av-
viò verso il negozio ben noto, pregustando come se fosse un
profumo delicato, l'acre odore delle lane e della chincaglie-
ria'che resuscitava il suo passato più chiaro. Ma il negozio
todos os rebentos provincianos. Mas Chiaretta tinha de-
monstrado desde cedo uma rara disposição para inter-
pretar, e além disso lia, lia continuamente, na sala contí-
gua à lojinha da mãe. Lia autores moderníssimos: desde
BataiUe a Bernstein, de Butti a Gabriele d'Annunzio. Tito
sorriu. Recordou a paixão de Chiaretta pelo poeta: uma
carta infamada invocando um autógrafo e a resposta ines-
perada com uma fotografia autografada desse mestre de
todas as cortesias. A fotografia tinha sido dignamente en-
quadrada em uma maravilhosa moldura em pirogravura...
Eram os tempos da pirogravura! Tito e Chiara se entreti-
nham um bom tempo, discutiam sobre suas leituras e so-
bre o futuro na ampla sala um pouco triste onde o perfu-
me das flores não dissipava o amargo odor de novelos de
lã e quinquilharias que chegava da loja vizinha. Nunca
tinham pensado no amor; jamais se haviam olhado com
olhos não fraternais; só os unia o prazer de estarem jun-
tos e de sentirem-se mais inteligen tes que todos os demais
contemporâneos. Mas nos olhos de Chiara havia já uma
única e decidida paixão: o teatro. Quando, no ano seguinte,
foi convidada a uma récita beneficente em Génova e rece-
beu um etagio de Novelli*, que estava presente, damunessa
palavra a ordem do destino e o consentimento dos Numes.
E tinha se decidido pela ribalta, para desespero de sua
família e infindável comentário do povoado. Mas justo
naquela época a mãe de Tilo tinhafalecido e a tormenta se
desencadeara sobre o jovenzinho inexperiente, que aban-
donara Vareglio para sempre. Desde aquele dia tinham se
passado dez anos. Tito tivera poucas notícias de Chiara:
algumas cartas nosprimeiros tempos, depois algunspos-
tais, cada vez mais espaçados, depois o silêncio. Voltara a
vê-la, algumas vezes, por casualidade, sem poder falar-
Ihe; duas ou três vezes em cena, em papéis tão secundá-
rios, tão mesquinhos, que o jovem não se atrevera a subir
ao palco para não humilhá-la; outra vez, na rua, em Ná-
poles, de relance, tão abatida e extenuada que somente a
reconhecera ao relembrá-la mais tarde. A vida separa os
amigos talvez mais do que os inimigos, e pelas ruas opos-
tas descem o silêncio e o esquecimento.
Chiam! Chiaretta! Mas por que em Vareglio, de volta ao
lar que não amava! Talvez a mãe estivesse mal?
• Ermete Novel l i , il più lamoso ul tore di teatro indiano dell'inìzio de l
Novecento.
* Ermete Novelli, o mais famoso ator italiano do comeco do secalo XX.
548
WGLDBQ-DiGJTflL:-.
Famiras D E Q V U H E h
Lettura
non esisteva più. C'era, al posto, l'ufficio postale. T i to s'af-
facciò verso la signorina, una pingue signorina assonnala.
«...Lei non sa? La signora Venanzi è morta tre anni fa. un po'
di crepacuore per la storditezza della figlia. No. no,la signo-
rina non è in paese, è a Santa Cecilia, la chiesetta della
collina, lei sa. È in pensione dal prete, sono un poco parenti.
È là da due mesi, in cattivo stato. Dicono che sia tisica. Ma
non credo. È a spasso. Oh! Certo con questa guerra anche i
teatranti se la vedono brutta. Quella poi non era delle prime".
Tito prese la via della collina, tra la mollezza grigia degli
ulivi, soffermandosi a quando a quando, gli occhi fissi a
mezza costa, dove spiccava il cubo candido della chiesetta.
Conosceva il prete, un buon marinaio che aveva preferito la
veste talare, e la madre di lui . un'ott ima cuoca; il luogo non
poteva essere più pittoresco e più ristoratore. Tito giunse al
sagrato alberato di cipressi centenari, f i t t i , fusi insieme come
una cortina di bronzo cupo.Girò intorno alla chiesa, verso la
parrocchia, cercando la nuca bruna e ricciuta della sua amica
d'infanzia. Una figura biondissima gli venne incontro per la
via opposta. -Tito Vinadio!— Fu lei ad abbracciarlo, a
baciarlo sulle due gote, con immutata fraternità,
—Ma non sai che mi batte il cuore?..,
—Dopo dieci anni!
—Non esageriamo: otto. Poi t'ho rivisto ai funebri della
tua povera mamma. Poi tre anni fa a Milano: e non m'hai
vista; poi un anno fa a Napoli: e hai fatto finta di non
vedermi. Non guardarmi i capelli. Sono un orrore. Non l i
tingo più da qualche mese. E tra rossi e neri ne vedrai anche
qualcuno bianco. Ma di ' , sei tu che hai tre giorni di più o
sono io?
—Sono io, io il più venerabile, cara Chiaretta!
Erano seduti sui balaustri greggi del sagratele mani nelle
mani, guardandosi con gli occhi puri di un fratelio e di una
sorella che si vogliono molto bene.
—A te la trentina sta bene. Gl i uomini non invecchiano
mai. Noi donne, invece! Ma non vedevo che sei in uniforme.
Richiamato?
—Volontario.
—No! Volontario! Ma sei matto? Cosi, per il piacere di
farsi ammaz... scusa, sai, e facciamo le corna. —Sollevò le
mani al cielo nello scongiuro, sorridendo, ma col volto palli-
do e contratto da un'inquietudine affettuosa che T i to non
aveva mai vista sul volto di nessuno, all'annunzio di quella
notizia.
—Ah! no. no! Perché non avevi vicina una madre, una
sorella, una persona che ti volesse bene e freddasse i tuoi
entusiasmi a qualunque costo. Io l'avrei fatto certo. Sì, sì!
Sono una piccola paurosa che sente la Patria ma detesta la
guerra!
—Parliamo d'arte, allora.
—Per carità! —e Chiaretta s'abbuiò penosamente, portan-
do le mani alle tempie—l'arte! La detesto quanto la guerra.
L'arte che si sognava a diciott' anni, ricordi? Che mestierac-
cio infame! Quante cose ho patito in dieci anni! Ci vuole
altra tempra: tempra di santa o di cocolle. Iononhonèl'una
né l'altra.
- E allora?
—E allora ho rinunciato alle scene per sempre. Ho già
esordito trionfalmente in cinematografia, e a guerra finita
ritornerò alla film. Affatica meno e rende di più.
—Come lo dici !
Tilo foi ale a loja que tão bem conhecia, pregustando como
se fosse um perfume delicado o acne cheiro de lãs e quin-
quilharias que ressuscitava seu passado mais luminoso.
Mas a loja já não existia. Em seu lugar estava o correio.
Tito apmximou-se de uma senhorita, uma corpulenta se-
nhorita sonolenta. "... Você não sabe? A senhora Venanzi
morreu faz três anos, um pouco de dor pelo estouvamento
da filila. Não, não, a senhorita não está no povoado, está
em Santa Cecília, a igreja da colina! A conhece? Está como
hóspede do padre, têm algum parentesco. Faz dois meses
que está lá, doente. Dizem que é tísica. Mas não creio. Está
desempregada. Com esta guerra até os alores se encontram
em dificuldades! E além disso ela não era das melhores!... "
Tilo tomou o caminho da colina, entre a brandura cin-
zenta das oliveiras, detendo-se de vez em quando, os olhos
cravados na encosta, onde se destacava a cândida
edificação cúbica da igrejinha. Conhecia o padre, um bom
marinheiro que tinha preferido a batina, e a mãe dele,
uma excelente cozinheira; o lugar não poderia ser mais
pitoresco e mais reconfortante. Tito chegou ao átrio
arborizado, de ciprestes centenários, tão próximos uns
dos outros como uma cortina de bronze escuro. Rodeou a
igreja, até a paróquia, buscando a cabeça castanha e en-
caracolada de sua amiga de infância. Uma figura
loiríssima lhe foi ao encontro peto caminho oposto. - Tito
Vinadio! -Foi ela quem o abraçou e o beijou em am bas as
faces, com espontânea fraternidade.
-Mas não sabes que me palpita o coração?
-Depois de dez anos!
-Não exageremos: oito. Depois voltei a ver-te nos fune-
rais de tua pobre mãe. Depois, faz três anos em Milão, e
não me viste; e um ano atrás em Nápoles, e fingiste não
me ver. Não olhe para o meu cabelo. É um horr or! Não o
tinjo há alguns meses. E entre ruivos e negros verás tam-
bém alguns brancos. Mas diga-me, é você que tem três
dias mais ou sou eu?
-Sou eu, eu o mais venerável, querida Chiaretta.
Estavam sentados sobre os toscos balaustres do átrio,
as mãos nas mãos, olhando-se com os olhos puros de um
irmão e uma irmã que se querem muito.
-Os trinta aìios te assentam bem. Os homens não enve-
lhecem nunca. Nós, as mulheres, em compensação... Mas
não tinha reparado que estás com uniforme. Convocado?
- Voluntário.
-Não! Voluntário! Mas está louco? Assim, pelo piuzer
desefazermat...peidão. Eh?, e façamos figa-. Levantou
as mãos ao céu no esconjuro, sorrindo, mas com o rosto
pálido e contraído por uma inquietude afetuosa que Tito
nunca tinha visto em rosto algum ante o anúncio de tal
notícia.
- Ah! Não, não! Porque não tem perto uma mãe, uma
irmã, uma pessoa que te queira e refreie teus impulsos a
qualquer custo. Eu o teria feito, certamente. Sim, sim!
Sou uma pequena medrosa que sente a pátria mas que
detesta a guerra.
- Falemos de arte, então.
-Por caridade! - E Chiaretta se entristeceu, levando as
mãos às têmporas. -A arte.'Detesto-a tanto quanto a guer-
ra. A arte com que se sonhava aos dezoito anos, lembra?
Que trabalho infame! Quantas coisas sofri em dez anos!
É preciso ter outro caráter, caráter de santa ou decoquete.
549
^ K E i r J B D - - D B J T « . , - .
l ' E r e d e
p r e s c e l t o
—Senza entusiasmi, certo. Entusiasmi non ce ne possono
essere più.
—Ma ci sono altre cose belle nella vita. L'amore...
—Altra cosa come l'arte e che comincia essa pure con Va
maiuscola. Buona a vent'anni. non dopo dieci anni di espe-
rienze dolorose.
—Non avrai amato abbastanza.
—Anche troppo. Ed ogni volta è stato un disastro.
—Puoi trovare l'uomo che non ti disilluda.
—E allora, forse, non l'amerei...
Chiara guardò Tito che la fissava perplesso e gli accarez-
zò la gota con la tenerezza d'un tempo.
—Povero, povero Tito ! Sono pur sempre la scontenta
incontentabile. Ma per te c'è almeno la guerra, oggi. Per me
non c'è nulla. Sì, ci sarebbe la calma serena, contemplativa
che godo qui.da qualche tempo,ma bisognerebbe avere uno
spirito di rinunzia che non si ha ancora a trent'anni. Oh!
certo la vita potrebbe essere buona qui, buona anche sen-
z'arte e senza ideali. Guarda che scenario!
Tacquero alcuni secondi, scorrendo con lo sguardo sul
cobalto diverso del mare e del cielo, sul verde cupo dei
cipressi, chiaro dei mandorli, bigio degli ulivi. Da una fine-
stra aperta giungeva un tinnire di posate e si vedeva una
donna che s'aggirava, mettendo tavola. A l profumo delle
zagare e degli eucalipti s'alternava l'odore tentante di una
zuppa genovese molto aromatica,
—Claudia! Claudia, un coperto di più!
La madre del prete, incuriosita apparve quasi subito, an-
sando, le mani riposte sul ventre enorme che la precedeva
tondeggiante sotto il grembiule di bucato.
-^ tgnora t laud ia , mi riconosce'.' nii riconosce".'
—Tilo! I l signor Ti to !
E volle abbracciarlo anche lei. subito commossa, subito
con gli occhi lustri. Anche quella figura buffa era per Tito
un caro ricordo che gli rammentava sua madre e le sue
memorie più dolci. La signora Claudia era stata a servizio in
casa loro, molti anni prima, quando non era ancora «la
madre del prete; ed entrando nella sala da pranzo parroc-
chiale, T i to vide per prima cosa, in una specie di trionfo di
velluti e di frangie. tra i ritratti dì pochi eletti, un gran ritratto
di sua madre.
—Me t'aveva regalato lei. una sera, che si sentiva poco
bene, due giorni prima che lei nascesse, signor Ti to ! Era
triste e aveva paura di morire.
Tito fissò il ritratto, a lungo, in silenzio.
—Trent'anni fa!
—Trent'anni fa.
Apparve i l Reverendo, reduce dall'officio quotidiano, e
accolse Tito non come un amico in visita,ma come un
fratello che ritorna. Don Riccardo era uno spirito gaio,
pieno di schietta esuberanza,indulgente per tutti e per tutto,
una coscienza sana di sacerdote, non privo di qualche valo-
re, ma balbuziente, balbuziente fino all'inverosimile. Per
questo la curia l'aveva confinato in quell'angolo senz'avveni-
re. Tito fece colazione alla tavola linda, con dinanzi le
finestre azzurre di mare e di cielo, e intorno la schietta
effusione dell'amico e dell'amica d'infanzia, serviti con pre-
mura dalla buona vecchia loquace, E correva tra quei com-
mensali diversi —la massaia scherzosa, il sacerdote.il solda-
to, l'attrice delusa—una cordialità affettuosa fatta di ricordi
comuni e di una gentile fraternità di sentire. E Tito pensava.
E eu não tenho nem um nem outro.
-Eentào?
- Então renunciei aos palcos para sempre. Já estreei
com sucesso no cinema, e quando acabar a guerra volta-
rei aos filmes. Cansa menos e rende mais.
- Parece entusiasmada!
- Sem expectativas, é verdade. Expectativas já não se
podem ter.
-Mas há outras coisas belas na vida, O amor...
- Igual à arte, e que começa lambem com a maiúsculo.
Bom aos vinte anos, não depois de dez anos de experiên-
cias dolorosas.
-Não amou bastante.
-Diria que muito. E cada vez foi um fracasso.
- Você pode encontrar um homem que não te desiluda.
-Então talvez não o amasse...
Chiara olhou Tito que a olhava perplexo e lhe acariciou
a face com a ternura de antanho.
-Pobre, pobre Tito! Sigo sendo a descontente inconten-
tável de sempre. Mas ao menos você tem a guerra. Para
mim não há nada. Sim, haveria uma calma serena,
contemplativa, da que gozo aqui há um tempo, mas teria
de ter um espírito de renúncia que não se tem aos trinta
anos. Sim, a vida poderia ser boa aqui, boa inclusive sem
arte e sem ideais! Veja que paisagem!
Calaram-se durante alguns segundos, percorrendo com
o olhar o cobalto diferente do mar e do céu, sobre O verde
escuro dos ciprestes, claro das amendoeiras, pardo das
oliveiras. De uma janela aberta chegava um tinir de ta-
lheres esevia uma mulher Que se ocupava vpndo amesa,
Tj perjume 'dasjlores dé laranjeira e dos eucaliptos se al-
ternava com o odor tentador de uma sopa genovesa muito
perfumada.
- Claudia. Claudia, mais um par de talheres!
A mãe do padre, intrigada, apareceu quase de imedia-
to, arquejando, as mãos sobre a barriga enorme que a
precedia airedondada sob o avental de lavar.
-Senhora Claudia, me reconhece?, me reconhece?
-Tito! O senhor Tito!
E também ela quis abraçá-lo, repentinamente comovi-
da, repentinamente com os olhos brilhantes. Aquela figu-
ra bufa era para Tito outra das caras evocações que lhe
recordavam sua mãe e seus momentos mais doces. A se-
nhora Claudia tinha trabalhado em sua casa, muitos anos
atrás, quando ainda não era "a mãe do padre", e entran-
do na sala de jantar da paróquia a primeira coisa que
Tito viu foi, em uma espécie de troféu de veludo e franjas,
entre os retratos dos poucos escolhidos, um grande retra-
to de sua mãe.
- Ela me deu de presente numa noite em que não se
sentia muito bem, dois dias antes de você nascer, senhor
Tito. Estava triste e tinha medo de morrer.
Tito olhou o retrato longamente, em silêncio.
-Faz trinta anos!
-Faz trinta anos!
Apareceu o reverendo, voltando do ofício cotidiano, e
acolheu Tito não como um amigo de visita mas como um
irmão que regressa. Dom Riccardo era um homem feliz,
cheio de uma franca exuberância, indulgente com todos e
em tudo, uma consciência sadia de sacerdote, não caren-
te de alguma coragem, mas titubeante, titubeante até o
550
,s:-l!i"!:.
FBGOJraS DE Q V U H E H
Lettura
per contrasto, alla gelida indifferenza di pochi giorni prima,
alla mensa degli zii, gli unici parenti che gli rimanessero
ancora.
—Ah! come si sta bene qui!
Allacciò, lento d'allacciare, la vita smisurata della signora
Claudia che deponeva in tavola un piatto di sua invenzione,
prese la mano di Chiara e di don Riccardo, le mantenne
nelle sue, con una tenerezza non provata mai.
—Come si sta bene qui! M i ricorderò di questo giorno, nel
fango e nel freddo delle trincee, per consolarmi.
E tacque con lo sguardo fisso a sua madre, che gii sorride-
va dalla parete con occhi calmi.
Chiara volle scendere al paese.accompagnarlo alla stazio-
ne. Mancava più di un'ora alla partenza.
—Sai che cosa si fa? Si va a visitare il teatro che non rivedo
più da allora. Voglio vedere se c'è ancora la tua caricatura,
quella che avevo disegnata io col carboncino; e t'eri offesa.
—Andiamo, andiamo subiio. Ma sai chi ha la chiave? I l
becchino. Che cosa buffa! Bisogna passare da lui .
Scesero alla casetta attigua al cimitero, così lieti e scher-
zosi, che soltanto varcando la soglia funebre cessarono di
ridere e di parlare. Passarono in fretta nella casa dei morti
bella e luminosa come un giardino sul declivio che guardava
il mare. E l'anima di T i to non provò che una dolcezza
riposata nel dire addio alla tomba dei suoi.
Uscirono ricominciando a parlare subito, ritrovando alla
soglia la loro gaiezza. Nessun spettacolo triste può contrista-
re in certe giornate di sole.
—Ah! cornee bella lavi la! Pare impossibile che un giorno
si debba finire qui!
E fecero le malte risa dietro i l becchino storpio, scemo,
sordo, che non capiva di che cosa lo richiedessero e conti-
nuava a ripetere la differenza di costo tra una lapide in
marmo ed una in granito.
—Ma no; la chiave; la chiave del teatro! del teatro!
Capì finalmente, ricomparve poco dopo con un'enorme
chiave settecentesca, di ferro battuto.
inverossimil. Por isso a cúria o confinara naquele rincão
sem futuro. Tito almoçou na mesa asseada, com as jane-
las à frente, azuis de mar e de céu, tendo em torno de si a
sincera efusão do amigo e da amiga de infância, servidos
com presteza pela boa anciã loquaz. E corria entre aque-
les diferentes comensais - a dona de casa brincalhona, o
sacerdote, o soldado, a atriz desiludida - uma cordiali-
dade afetuosa feita de recordações comuns e de uma gen-
til fraternidade de sentimentos. E Tilo pensava, em con-
traste, na gélida indiferença de poucos dias antes, namesa
dos tios, os únicos parentes que lhe restavam.
-Ah! Como me sinto bem aqui!
Abraçou, tratou de abraçar a cintura desmesurada da
senhora Claudia, que depositava na mesa um prato de
sua invenção, pegou as mãos de Chiara e de dom Riccardo,
as colocou nas suas com uma ternura jamais provada.
-Como me sinto bem aqui! Lembrarei deste dia no lodo
e no frio das trincheiras, para consolar-me.
E se calou, com o olhar fixo em sua mãe, que lhe sorria
desde a parede com olhos serenos.
Chiara quis descer ao povoado, acompanhá-lo à esta-
ção. Faltava mais de uma hora para a partida.
- Sabe o que a gente pode fazer? Visitar o teatro, que
não vi mais desde então. Quero ver se ainda está lá tua
caricatura, aquela que eu desenhei com um carvão e você
ficou ofendida.
- Vamos, vamos já. Mas sabe quem tem a chave? 0 co-
veiro. Que piada! Teremos de passar na casa dele.
Desceram à casinha vizinha ao cemitério, tão felizes e
alegres que só quando atravessaram o umbral fúnebre dei-
xaram de rir e de falar. Passaram depressa pela casa dos
mortos, bela e luminosa como um jardim sobre a ladeira
que olhava o mar. E a alma de Tito somente sentiu uma
doçura tranqUUa ao dizer adeus à tumba de seus mortos.
Ao sair, retomaram de imediato a conversa, reencon-
trando no umbral sua alegria. Nenhum espetáculo triste
pode entristecer em certos dias de sol
-Ah! Que bela é a vida! Parece impossível que um dia
devamos terminar aqui!
E riram-se loucamente atrás do coveiro aleijado, idio-
ta, surdo, que não entendia o que lhe pediam e seguia
repetindo a diferença de preço entre uma lápide de már-
more e uma de granito.
-Não, não!A chave, a chave do teatro! Do teatro!
Finalmente entendeu e pouco depois reapareceu com
uma enorme chave do século XVIII, de ferro forjado.
-Mas talvez os senhores não saibam. 0 edifício ainda
existe, mas o interior é ocupado pela prefeitura como ar-
551
^ ^ G i r J E D - - D C Í T f l Í . ,
' PHUJT O S DE Q U I I l « I E ) E L !
—Ma i signori forse non sanno. L'edifizio c'è ancora, ma
t'intento è stato adibito dal municipio ad uso di magazzino e
di legnaia. Ci sono gli attrezzi per gli incendi e la fognatura.
La legna e il carbone per la cremazione...
—Oh! poveri noi! —E Tito e Chiara si guardarono ridendo
con una desolazione grottesca. Giunsero alle scene profana-
te. Il teatro non esisteva più: dal pavimento al soffitto tutto
era ingombro di masserizie, di fascine, di attrezzi. Ma nelle
camere adiacenti ritrovarono qualche ricordo del passato.
Un programma «Zampe di mosca» inchiodato ad un arma-
dio, e sotto, a lapis, visibilissimi ancora sul legno chiaro i
nomi degli attori «dopo una serata memorabile»: serata
dimenticata e attori dispersi! Contro la parete bianca di
ealce, disegnata a carboncino la figura di Chiara, tracciata
sul contorno dell'ombra proiettata dalla candela. E la figura
rassomigliava ancora un poco, malinconicamente dèmodée,
la vita di vespa, le chiome a sbuffo di dieci anni prima,
I due tacquero, sospirando, tenendosi per mano e usciro-
no dal teatro più tristi assai che dal cimitero. A trent'anni si
ricordano i venti con lo strazio della giovinezza che non si
rassegna a morire. E forse in nessun'età della vita è tanto
triste volgersi indietro.
—Le quattro. Ê tardi. Bisogna affrettarsi.
Giunsero alla stazione quasi di corsa, senza più parlare, in
tempo appena perché Tito balzasse sul treno, tra ti vociare
degli impiegati e dei viaggiatori, E Chiara sali sul predellino
a baciare lui che si protendeva; l'addio fu tenerissimo, ma
senza lacrime e senza clamori. E poiché gli occhi di lei si
facevano un poco lustri. Tito prese a scherzare.,
—Ah, Chiaretta. mi dimenticavo di dirt i una cosa. Che
m'accorgo di volerti bene e che se ritorno l i sposo,
—Sciocco!
—E se non ritorno...
Chiarina balzò sul predellino, ma non in tempo per tap-
pargli la bocca.
—Se non ritorno ti lascio mia erede universale.
Chiara dovette balzare indietro, senza riuscire a dargli un
buffetto sulle guancie, ma continuò a minacciarlo con la
mano, mentre l'altro accennava di si col capo e la mano sul
petto, ripetutamente, a confermare che non diceva per gio-
co. E il treno s'allontanava, s'allontanava.
Chiara uscì dalla stazione con le due prime lacrime negli
occhi, senza pensare nemmeno per un attimo, lontanamen-
te, che Tito avesse parlato sul serio.
mazém e depósito de lenha. Estão lá as ferramentas para
os incêndios e o esgoto. A madeira e o carvão para as cre-
mações...
-Oh, pobres de nós! - E Tito e Chiara se olharam rindo
com uma desolação grotesca. Chegaram ao cenário profa-
nado. 0 teatro já não existia; do chão ao teto havia mon-
tes de trastes, de lenha, de ferramentas. Mas nos quartos
adjacentes acharam algumas recordações do passado. Um
programa "Patas de mosca" pregado num armário, e abai-
xo, a lápis, perfeitamente visível ainda sobre a madeira
clara, os nomes dos atares "após uma noite memorável":
noite esquecida e atares desaparecidos! Contra a parede
bianca de cal, desenhada a carvão, a figura de Chiara,
traçada sobre o contorno da sombra projetada pela vela. E
afigura representava, melancolicamente démodée, a cin-
tura de vespa, o cabelo armado de dez anos atrás.
Ambos se calaram, suspirando, dando-se as mãos, e
saíram do teatro muito mais tristes do que do cemitério.
Aos trinta anos relembram-se os vinte com os tormentos
da juventude que não se resigna a morrer. E talvez em
nenhuma idade da vida é tão triste voltar-se atrás.
- Quatro horas. Já é tarde. Devemos nos apressar.
Chegaram à estação quase correndo, sem falar, a tempo
apenas de Tito saltar sobre o trem, entre o vozerio dos
empregados e dos viajantes. E Chiara subiu ao estribo
para beijá-lo, e ele se esticava; o adeus foi terníssimo mas
sem lágrimas e sem clamores. E como os olhos dela se
umedeceram, Tito começou a brincar.
- Ah, Chiaretta, esquecia de dizer-le uma coisa. Que
percebo que te quero e que se voltar me caso contigo!
-Bobo!
- E se não voltar...
Chiarina saltou sobre o estribo mas não a tempo de ta-
par-lhe a boca.
-Se não regressar, te nomeio minha herdeira universal.
Chiara tene de dar um salto atrás, sem poder dar-lhe
um lapinha nas faces, mas seguiu ameaçando-o com a
mão, enquanto o outro dizia que sim com a cabeça e a
mão sobre o peito, repetidamente, confirmando dessa
maneira que não falava por brincadeira. E o trem se dis-
tanciava, se distanciava.
Chiara saiu da estação com as duas primeiras lágri-
mas nos olhos, sem pensar sequer por um instante, nem
de longe, que Tito tinha falado séiio.
552
BLUW-BlEfíPils.
Prumins Df I . h M f h
A/UNITÀ CONVERSAZIONE
Mar i sa la c ivet ta
Direção: Mauro Bolognini
Mar ia A l las io: Marisa
Renalo Salvator i : Angelo
Francisco Rabat: chele de eslaçâo
Ettore M a n n i : Luigi
Marisa, órfã de um ferroviàrio esozirilm no mundo, vende sorve-
tes e bebidos na estação de Civitaveccilia, na províruria de Roma,
onde sempre viveu. É uma moça muita bela e vivaz, que attui
muitosjovens, esprcialnienle Luccicotto, filho ilo proprietàrio ilo
bar da estação, e Luigi, o subchefe do terminal. Quando chega o
novo chefe da estiiçáa de Civitavecchia, jovem e almenle, mas
MMMN muito seno e severo, as coisas se complicam pam Marisa,
O chefe, com efeito, considera que Marisa deve encontrar um
emprego seguro e apresenta uma solicitação ao Ministério dos
Transportes para conseguir que freqilcilc uma escota para
leiegmfistas. Marisa, nocnlanto, não quer abandonar a estação
onde viveu Ioda a sua vida e faz lodo o possível panificar, serviíi-
do-se da fasci nação que eteree sobre os homens. Após tentarem
vàOqiieoiwvochefeseeiurrnoredela, Marisa consegtiecotiveiicer
Luigi a, sem que o outro saiba, entregar a da a resposta positiva
do Ministério à sdicitaçàb apresentada, para que possa rasgada.
Enquanto isso, Marisa conhece o marinheiro Angelo, que com fre-
quência desetiibarca em Civilavecdúa. Apesar de senlir-se atmí-
ikiporde.Marisaseãeixacortejarporotãtos, chegando a com-
prometer-se com Luccicotto pouco antes que este viaje para Roma
afim de prestar o serviço militar. Pouco antes ila partida de An-
gelo, Marisa fica twiva de Luigi, mas Angelo, que veio vê-la em
Chnlave(^ia,ossurpreejiaebdja>ido-se. O marinheiro, que ha-
via decidido pedir Marisa em casamento, incomodado e
enciumado, molha a moça com uma das mangueiras usadas pe-
los ferroviários para lavar os rogòes, evolta decepcionado a bor-
do. Cottfusa, Marisa ileizaLuigie vai a Roma para ver Luccicotto.
Dumntea volta, no treni, o chefe da estação, que por fim se havia
apaixonado por ela, deixniulo sua noiva, pro/õe a Marisa que se
case com ele, mas esta rechaça a proposta, já que está gostando lie.
Angelo. Ao chegara Civitavecchia, Marisa surpreende Angelo, que
está cumprimentando na estação unta bailarina lie um teatro ile
variedades, com qtiem tinha se consolado depois do desengano
com Marisa- Enciumada efuriosa, Marisa motim Angelo com a
mangueira, para que este conipreeiula que tia tambétn está apai-
xonada por ele. Apesar de todas as hesilações da jovem, A iigelo
consegueconveiuvr Marisa afazer as matas e acompanhá-lo até a
cidade ilde, onde será celebrado o casamento.
553
Gi.QBQ"-DíDJTfU_.--
PHTJDJTQE DE
UCTVETM-
Marisa conosce Angelo, un
marinaio imbarcalo su un
traghetto che fa la spola tra
Civitavecchia e la Sicilia. Tra i
due nasce subilo un 'infensa
simpatia.
SCENA 1'Marisa
Ciao!
Luigi
Ciao, Marisa.
Marisa
Eh! T u sei l 'unica persona che sa. Non l 'ho
detto a nessuno che i l capostazione 2 m i vuo-
le spedire via 3 . Soltanto a te, Lu ig i !
Luigi
Eh già! I o sono per te come un ... padre
confessore, eh?
Marisa
Eh, eh lo sai perché? Perché sei huono. Tu.. .
sei l 'unico che mi capisce come sono fatta
dentro 1 , anche meglio d i me stessa... che sono
una stupida.
Luigi
T i capisco, Marisa, ma la lettera del Ministe-
ro non si tocca.
Marisa
E perché? Beh, e che c'è d i male 5?
Luigi
Perché non è onesto. M a te lo sei mai chie-
sto, Marisa, che cosa vuol dire avere la co-
scienza pulita?
Marisa
Uffa*', ma queste sono cose che riguardano
voi uomin i .
Luigi
No, Marisa, non posso. E poi che devi legger-
la a fare 7 la lettera del Ministero?
Marisa
A h ! Che discorsi"! Se quel l i del Min is tero m i
prendono a quella scuola, la strappo 9 .
Luigi
La strappi?
Marisa
Certo ! Così l u i deve riscrivere, quel l i r iscri-
vono un'altra volta e intanto magari passa
una settimana. E in una settimana sai quante
cose possono succedere. Oggi, per esempio,
i l capostazione si è degnato di fare una pas-
seggiata 1" sulla spiaggia con me.
Luigi
Come?
Marisa
A h , ma per me i capostazioni sono come dei
padri .
Luigi
Sei p r o p r i o " una ragazzina, Marisa. Una ra-
gazzina bugiarda'- e catt iva | L U I G I A P R E U N
C A S S E T T O D E L L A S C R I V A N I A D E L C A P O S T A Z I O N E
E M O S T R A A M A R I S A U N A L E T T E R A | . Per questo
t i vogl io bene...
Marisa
E allora?
Luigi
No.
Marisa
A h ! Così m i fai?! Così m i tratti? Bada c h e "
pure tu Marisa te la g iochi , eh!... Lu ig i , te la
r icord i quella volta a Pasquetta 1 4, che erava-
mo rimasti soli... con quella vespa i s che t'ave-
va pizzicato" 1 sul naso, te lo r icordi? T u poi
m i volevi baciare.
554
^ K G i r J B D - - D B J T « . , - .
Fm[:in;;D Ì , I / . , I H ,
Marisa, che non vuole lasciare l'ambiente in cui è vissuta, sfrutta
l'amore che Luigi nutre per lei per farsi consegnare, e quindi
distruggere, una lettera del Ministero che la convoca a scuola.
1. Marisa aprovei ta a ausência do
chefe da estação para pedir a Luig i
que lhe entregue a resposta do M i -
nistério dos Transportes à so l ic i -
tação feita para que pudesse fre-
quentar os cursos de telegrafista.
Para convence r Lu i g i , p r i m e i r o
trata dc enciumá-lo, fazendo crer
que o chefe da estação a corteja,
e depois o provoca com a promes-
sa de u m beijo.
2. Capostazione s igni f ica "chefe
de estação".
3. Spedire l i t e ra lmente quer d i -
zer "enviar, remeter " ; spedire via
é f o r m a c o l o q u i a l que s i gn i f i ca
" d e spacha r alguém, t irã-lo de
c ima" .
4. Observe a construção com voz
passiva de come sono fatia den-
tro, equivalente c m português a
"como sou inter iormente" .
5. Cile c'è di male?: expressão
que corresponde cm português a
"o que t em de errado?".
6. C o m a f o r m a e x c l a m a t i v a
uffa! se i nd i ca fas t io , abor r ec i -
mento ; equivale em português a
"ufa! " .
7. Che devi leggerla a fare é for-
m a coloquial equivalente a perche
poi deci leggerla? ("e pa ra que
tens de lê-la?").
8. Com che discorsi Marisa refu-
ta a argumentação sustentada por
Luigi ; corresponde em português
a "que conversa!, que papo!".
9. Strappare s i gn i f i c a "rasgar,
fazer em pedaços".
10. F a r e una passeggiata é ex-
pressão que corresponde em por-
tuguês a "dar u m passeio".
11. Proprio neste caso signif ica
"realmente, c om efeito".
12. Bugiardo é "ment i roso, em-
buste i ro " .
13. Bada che c o r r e s p o n d e em
português a "o lha que..., t e m cui -
dado que..." e expressões afins.
14. Pasquelta é t e rmo coloquial-
fami l ia r c om que se denomina a
segunda-feira de Páscoa, dia em
que t radic ionalmente os que não
t i r a r a m fo lga durante o fer iado
real izam uma pequena excursão
ao campo.
15. Vespa è "vespa".
16. Pizzicare quer dizer "picar".
17. Luna Pati; quer dizer "parque
de diversões".
18. Lembre da construção non. . .
che, e q u i v a l e n t e à p o r t u g u e s a
"não... mais que, se não".
19. É no i te alta. Marisa e Angelo,
a p o n t o de se apa ixonarem u m
pelo outro , estão no porto. Mar isa
está contando a Angelo como era
sua v ida de criança.
20. Lampara, embarcação usada
para a pesca n o t u m a , dotada de
n m grande faro l cti ja luz atra i os
peixes.
21 . Cristoforo Colombo ê u m co-
nhecido transatlântico pertencen-
te ã f rota ital iana.
22. Observe a construção da fra-
se con tante di quelle luci, equi-
valente em português a "cheio de
luzes".
23. Sputare signif ica "cuspir" .
24. Venir voglia equivale em por-
tuguês a "dar vontade".
Conversazione
Luigi
Certo che me lo ricordo.
Marisa
E io sono scappata via. E t i r i cord i quella
volta che siamo andati al luna park 1 7 e che
po i tu hai vo luto andare nella casa dei miste-
r i . Anche quella vo l ta tu m i volevi baciare.
E h ! E io m'ero nascosta dietro una mummia .
T u , dopo, quasi quasi piangevi...
Luigi
Certo, Marisa, ce le ho scritte tutte sul cuore
le cose che ho fatto con te.
Marisa
Beh, adesso te lo darei un bacio.
Luigi
| D À FINALMENTE LA LETTERA A M A R I S A E RICHIU-
DE CON R A B B I A IL C A S S E T T O ] Tieni. . . A l lora?
Marisa
Sono vacante! Quel l i non aspettano che me 1 8 .
M i prendono, vado a scuola!
Luigi
E i l bacio?
Marisa
C i vediamo più tard i , eh, Luig i .
Luigi
T r a noi due c'è sempre una vespa o una
mummia , eh, Marisa? ~m.
SCENA 2 1 9 f S
Marisa
Come si è fatto tardi . M i sembra già quasi
notte.
Angelo
Eh, eh...
Marisa
Oh, non t i sarai mica messo i n testa che m i
sono innamorata d i te, eh?
Angelo
No, eh, eh...
Marisa
Com'è bella quest'ora! T r a poco escono le
lampare 2 0 per andare a pesca tutta la notte e
po i entra in porto i l "Cr isto foro Co lombo" 2 1 ,
con tante d i quelle l u c i ' 2 ! Pensa, quand'ero
piccola le contavo ogni sera e venivo quassù
per vedere gl i omin i p icc in i e po i gli sputa-
v o " sulla testa.
555
^Mjl^ELQBQ'-DlGJTHL.
' P F D D J T D S Dt rjuj iLiunuL L!
LA CIVETM-
Angelo
Non sei mica tanto cambiata.
Marisa
Stavo qui f ino a che veniva notte perché mi
piaceva avere paura. E po i scappavo via.
Andavo co i ragazzini a giocare alla guerra.
Angelo
Non ho mai conosciuto una ragazza così.
Marisa
Così come?
Angelo
Che mi fa quasi... venir vogl ia 2 4 d i piangere!
Marisa
E h m , che scemo 2 5 che sei!
Angelo
Sei sempre stata sola?
Marisa
M a i ! l o ero fissa, in stazione. Chi m i sgrida-
va 2 6 , ch i m i baciava, e quando volevo star
sola m i dovevo andare a chiudere nei gabi-
n e t t i 2 7
Angelo
Facevi 'na 2 S bella v i ta!
Marisa
Sì. Facevo cert i v iaggi 2 9 ! U n giorno un mac-
chinista m i prendeva e m i portava fino a
F iumic ino 3 0 . U n altro giorno m i prendeva
un contro l lore 3 1 e via fino a L ivorno , a Mi la -
no. E dove m i portavano mi portavano. Sta-
vo bene dappertutto. M a io parlo tanto d i
me... E tu chi sei?
Angelo
Uno.
IMARISA R I D E E SOSP IRA ! !3!
SCENA 3 3 2
Fumetto
T u quant 'anni c i hai 3 3?
Luigi
Ventisei .
Fumetto
Ammazza 3 4 ! C i hai più de 3 5 v en tann i . Sei
vecchio. E uno quando arriva a una certa
età... M i nonno dice che... cominc iano a pia' i
d o l o r i 3 6 , er mal de schiena 3 7 , dei pia ' sempre
la magnesia pe' 'ndà de corpo 1 8 . . .
Marisa, che è andata a Roma a trovare Luccicotto, viene
riaccompagnata in stazione dal ragazzo, innamorato di lei, e da altri
commilitoni, a loro volta attraili dalia bellezzadella ragazza.
25. Scemo s i gn i f i c a "estúpido,
bobo".
26. Sgr idare quer dizer "admoes-
tar, repreender severamente".
27. Gabinetti são " lavabos, ba-
nheiros públicos".
28. "na é f o rma do dialeto roma-
no correspondente a una.
29. Observe a construção facevo
certi viaggi.', equivalente em por-
tuguês a "fazia cada viagem!".
30. F iumic ino é localidade próxi-
ma a Roma, onde atualmente f ica
o aeroporto da cidade.
31 . Controllore c o r r e sponde a
" f iscal" .
32. Lu ig i está no parque de diver-
sões c o m Fume t t o , u m men ino
que cos tuma seguir Mar isa quan-
do vende bebidas e sorvetes aos
passageiros dos trens parados n a
estação. Quando Luig i acha que
Marisa não vai aparecer, esta sur-
ge e, ante a declaração de amor
de Lu ig i , acei ta que ele a namore
fazendo-o acredi tar que t em in -
tenções sérias a respeito dele.
33. Vale lembrar que na fala co-
loquial é frequente antepor u m ci
supérfluo ao verbo avere quando
este t em valor de "ter" .
34. Ammazzai, l i t e r a l m e n t e
"mata!" , é f o rma exc lamat iva com
a q u a l se e x p r e s s a s u r p r e s a ,
estupor, marav i l ha
35. No dialeto romano, a prepo-
sição dì, assim c o m o o p ronome
ti, c os tumam ser convert idos em
dee te, respect ivamente.
36. No dia leto romano, a expres-
são c o m i n c i a n o a pia'i dolori
quer dizer c o m i n c i a n o a v e n i r t i
i dolori.
37. E r mal de schiena; c o m o no
caso anterior, também o art igo il
se t rans forma geralmente em er,
schiena é "costas".
38. Dei pia'sempre la magnesia
pe' 'ndà de corpo corresponde ao
i ta l iano devi pigliare setnpre la
magnesia per andare di corpo
( " lem de tomar sempre a magné-
556
^ K G I D B D - - D B J T « . , - .
Conversazione
Luigi
And iamo , va'!
Fumetto
T u ce l ' ha i 3 9 i n ipot i 4 0 ?
Luigi
No.
Fumetto
A l l o ra quando se'41 vecchio te portano all'o-
spizio. Po' quanno morì 4 3, te fanno i l traspor-
to funebre a spese de l 4 1 Comune 4 4 . Poi te
mettono dentro a buca 4 5 e nemmeno te ne
accorgi.
Luigi
A Fumé, vattene a d o r m i ' 4 5 , va'!
Marisa
Lu ig i , L u i ' , oh Dìo, credevo propr io de non
trovart i più!
Fumetto
Finché c'è v i ta c'è speranza, eh, Luì? Bona-
notte.
Marisa
M i guardi... Beh, ma che te ne vai adesso?
Dopo tutta la corsa 4 7 che m i hai fatto fare
per venir t i a parlare. Aho ! , ma dico a te
sa'! 4 t l M a che è colpa mia se oggi sei dovuto
andare sui lavori? Te potevi fermare cinque
m inu t i , no? Sono stata una stupida! Facevo
meglio a f idanzarmi con Luccicotto,stasera.
sia para conseguir evacuar" ) .
39. Tu ce l'hai é construção dia-
k t a ) romana correspondente a tu
li hai.
40. R e c o r d e q u e e m i t a l i a n o
nipote s igni f ica ind i s t in tamente
"sobr inho" e "neto" .
41 . Se' c o n s t i t u i f o r m a apoco -
pada de sei .
42. Po ' quanno inori é expressão
romana com s igni f icado equiva-
lente a poi quando muori ("de-
pois, quando morres " ) .
43. Spesa t e m o s i gn i f i cado de
"gasto"; a spese di corresponde
em português a "à cus t a de, a
expensas de".
44. Comune, "pre fe i tura" .
45. Dentro a buca corresponde
a dentro alia buca; buca é "cova",
ou seja, "sepultura" .
46. D o n n i ' é f o r m a apocopada
de d o r m i r e .
47. Corsa quer dizer "corr ida" .
48. Ano.', ina dico a te sa '.' cor-
responde em português a ' o lhe ,
que estou falando com voce!"; sa '
é f o r m a apocopada de sa i .
49. Scherzare c o r r e s p o n d e a
"b r inca r " .
50. Angelo está no barco no qual
é mar inhe i ro , que há pouco atra-
c o u em Civitavecchia, a cerca de
70 qu i l ómet ros da c i d a d e de
Roma. Angelo se dispõe a descer
à terra para ver Marisa. Enquanto
se prepara , confessa a u m dos
mar inhe i ros sua intenção dc ca-
sar-se com ela.
51 . Cant i ccJ i ia re s igni f ica "can-
taro lar " .
52. Scordare é "esquecer".
53. FUareé f o rmaco l oqu i a l pa ra
" t e r relações amorosas"; corres-
ponde em português a "sair j u n -
tos, namorar" .
64. Prendere una scuffia é mo-
d i smo que s igni f ica "apaixonar-se
loucamente por alguém",
55. 0 m a r i n h e i r o está cantaro -
lando a lgumas estrofes de uma
famos íss ima canção p o p u l a r
Luigi
Basta!
Marisa
M a , che piangi , Luigi?
Luigi
Basta! Pr ima scherzavo 4 9 anch' io, ma ora...
Marisa
Ora...
Luigi
T i amo. Mentre tu cont inui a scherzare, come
con t u t t i .
Marisa
A h , io cont inuo a scherzare?! E chi te l 'ha
detto che scherzo?
Luigi
E allora devi decidert i .
Marisa
I o , per me, avrei già deciso... 3 3
SCENA 4 5 0
Angelo
E io m i sposo.
Marinaio
| C A N T I C C H I A N D O 5 1 ] C i son tre cose al mondo
che non si scordano 5 2 : la gioventù, la mam-
ma e i l p r imo amore.
Angelo
I o m i sposo. Quella è un angelo, ... è. Ha i
voglia d i girare con questo vascello fanta-
sma! Dove la trov i una come quella? Se la
vedi t i sembra di volare.
Marinaio
Quanto tempo è che f i late 5 3?
Angelo
Ho aspettato un mese che passasse questa
settimana.
Marinaio
Oh !
Angelo
L'ho conosciuta l 'altra domenica pr ima di
imbarcarmi . S'è presa una scuff ia 5 1 per me!
A o h ! Non ha mai baciato nessuno. E h , me
ne sono accorto perché non respirava dal na-
so. È un angelo, è.
557
^KGirJBD--DBJT«.,-.
F m [ : i n ; ; D Ì , I / . , I H ,
Marinaio
A h ! [ C A N T I C C H I A N D O ] La gioventù la passa,la
mamma muore, quello che non si scorda è i l
p r imo amore 5 5... Ah...
Angelo
E io m i sposo! [ L A N C I A U N C U S C I N O A D D O S S O
ALMARINAlOl
Marinaio
Oh, ma chi che te p i ia 5 6 ! fflS
SCENA 5-" m
Capostazione
Marisa, ciao.
Marisa
Che cosa vuole ora? M i lasci in pace!
Capostazione
Marisa...
Marisa
T u t t i , lasciatemi in pace.
Capostazione
M a che cosa ha fatto?
Marisa
M i sono stufata 5 8 , ecco. Non ne posso più!
Capostazione
M a d i che cosa?
Marisa
D i vo i uomin i . Lucc icot to , Luigi... t u t t i ugua-
l i questi disgraziati. E che cosa crede lei?
Il capostazione, innamoratosi a sua volta di Marisa, lascia per lei la
fidanzata intenzionato a sposare la giovane.
Che siano sinceri? Che mi vogliano bene?
No... Se io c i fossi stata 5 9 , sai da quanto tem-
po m'avrebbero p iantata 6 0 .
Capostazione
Sei una ragazzina.
Marisa
Si, 'na ragazzina.
Capostazione
Quanto t 'ho guardata t u t t i questi g iorn i , an-
che quando non te ne accorgevi.
Marisa
Lo so.
Capostazione
T i r i cord i la pr ima volta che c i siamo visti?
Marisa
M a come no?
Capostazione
Ho avuto paura di te. Per questo ho pensato
d i mandart i via dalla stazione. Per un mo-
mento t i ho per f ino 6 1 odiata. Er i insopporta-
bile con t u t t i quegli uomin i intorno e quelle
tue smancerie 6 2 .
Marisa
E ma io che c i potevo fare?
558
' m u r r o s DE rjufiLOfCEL!
Conversazione
Capostazione
Niente. E neanch'io, niente. Cosi m i sono
innamorato d i te. Quante volte sono stato
per 6 3 baciart i , che tu volessi o no. I n camera
mia o quel g iorno sulla spiaggia 6 4. T i r icordi?
Marisa
Ma perché mi d ic i ora tut to questo?
Capostazione
T u non mi sposeresti 6 ' , Marisa?
Marisa
Ma...
Capostazione
No, non subito, magari in seguito 6 6 . T i ricor-
Marisa, che ha molti spasimami, è indecisa sulla scelta: sente però di
essere sempre più attratta da Angelo, il marinaio conosciuto da pache
sei lima ne.
di quel g iorno che è venuta per la pr ima
volta a t rovarmi Luisa e siamo saliti sulla
carrozzella 6 7?
Marisa
Beh?
Capostazione
È in quel momento che ho pensato: "Questa
stupidel la . impicciona 6 * e civetta 6 1 1 me laspo-
so i o " .
Marisa
E h . . . IRIDE]
Capostazione
Lo sai. Marisa, oggi ho chiuso 7 " con la mia
fidanzata. Abbiamo l it igato 7 1 subito dopo che
tu c i hai lasciati. Per tu t to i l pomeriggio sono
stato in stazione ad aspettarti.
Marisa
M i spiace 7 2 !
Capostazione
Non importa. Sei venuta, [ C E R C A D I B A C I A R L A j
Marisa
No, no, non posso, non posso.
Capostazione
M a perché?
Marisa
Perché sono innamorata d i un a l tro .
milanesa chamada "Pana Roma-
na" , nome proven ien te de urna
das mais características por tas
das antigas muralhas da cidade de
Milão.
56. Ma chi che te piia é f o r m a
d i a l e t a l r o m a n a de ma chi ti
piglia ("o que há com você!" ) .
67. Marisa vai a Roma encontrar
Lucc i co t t o , que está fazendo o
serviço mi l i tar . No t rem, de vo l ta
a Civitavecchia, o chefe da esta-
ção, que já t inha viajado com ela
na ida. entra em sua cabine e lhe
diz que de i xou sua no iva Luisa
porque está apaixonado por ela,
Marisa. Esta, no entanto, recusa
a proposta porque está apaixona-
da por Angelo.
58. Stufarsi signif ica "cansar-sc,
fartar-se".
59. Neste caso, starci é expres-
são coloquial que signif ica "con-
sentir, aceitar uma proposta, ade-
r i r a ela".
60. Aqui piantare quer dizer "dei-
xar, abandonar alguém".
61 . Perfino s i gn i f i c a "até, até
mesmo" .
62. Smanceria quer dizer "a f ela-
ção, denguice".
63. Recorde-se que slare per sig-
n i f i ca em português "estar para,
estar a ponto de".
64. Spiaggia, "pra ia" .
65. Observe aqu i a construção
sposare qualcuno, corresponden-
te em português a "casar-se c o m
alguém*.
66. In seguilo signif ica "mais tar-
de, n u m segundo momento " .
67. Carrozzella é c a r r u a g e m
para passageiros puxada por tun
só cavalo.
68. Impiccione se diz de pessoa
in t romet ida .
69. Civetta, l i t e ra lmente " c o ru -
j a " , é refer ido normalmente a uma
mulher com o s igni f icado f igura-
do de "coquete".
70. Neste caso, chiudere ("fe-
cha r " ) s i gn i f i ca " r o m p e r " , e se
refere especif icamente a u m a re -
lação amorosa
71 . Li í i f faretemosignif icadode
"brigar, lutar" .
72. A/ispíoccnestecontextosig-
ni f ica "s in to mu i t o " .
559
'.Gj-QBO'-DJCJTfìJ. i^.
n m r r r c DE QinuDHi H
W CíVETrA-
SCENA 6 "
Fumetto
Marisa, Marisa, dove vai?
Marisa
Questo mi porta v ia 7 4 !
Fumetto
V ia dove?
Marisa
A casa sua.
Angelo
Presto, Marisa! Pedala 7 ' che i l " T i r r e n o " se
ne va.
Fumetto
Che t i sposi per davvero?
Marisa
M i sa d i sì, Fumé.
Fumetto
Con la corona d'aranci in testa?
Marisa
Sì.
Fumetto
E co l prete 7 6 che v i benedice?
Marisa
Sì, Fumetto ! !
Fumetto
Marisa, e quando torni?
Marisa
Fumetto, Fumetto, fammi un favore. Diglie-
lo tu agli a l t r i in stazione che me ne sono
andata.
Angelo
V i en i . Marisa.
Marisa
Salutameli tu t t i . Pure tu nonno 7 7 e i l sor Emi-
l i o . D i ' a Luig i che m i perdoni e pure i l
capostazione. Dà un bacio a Lucc i co t t o ,
quando torna. Add io !
Fumetto
Marisa, ma non to rn i più?
Marisa
No! ! i
73. Mar i sa e Ange lo estào cor-
rendo para pegar o T i r r e n o * , o
barco atracado em Civ i tavecchia
que os levará ao povoado dele,
onde se casarão. Fumet to os vê
e pe rgunta a Mar i sa onde vão.
Mar isa lhe diz que va i se casar e
que não voltará mais à estação
onde sempre v iveu. A moça pede
a F u m e t t o que saúde t odos os
amigos , espec ia lmente Lu i g i , o
chefe d a estação, e L u c c i c o t t o
- os rapazes c o m os qua is f ler-
t o u , antes de se apa ixonar por
Ange lo .
74. Questo mi porta iria equiva-
le a ""este me leva com ele",
75. Pedalare ( "pedalar*) const i -
t u i f o r m a co loqu ia l para affret-
tarsi ("apressar-se").
76. Prete, "padre".
77. Pure tu nonno é f o rma dia-
I c t a l r o m a n a para anche il tuo
nonno.
Marisa e Angelo,
dopo tante
incomprensioni,
scoprono di amarsi
veramente. La
ragazza lascerà per
sempre la sua
stazione per seguire
il marinaio al suo
paese, dove si
sposeranno.
560
* s : - ! j= ! \ GLOBO--DIGJTAL :•.
F m [ : i n ; ; D Ì , I / . , I H ,
ITALIANO PER USI SPECIALI
I n c e r ca d i l a v o r o
Ascoltate
Ouça na fita a conversa entre Ugo Rossi, um jovem em busca de trabalho, e o chefe de
pessoal de uma empresa.
Segretaria Passi pure, i l Capo del Personale la sta aspettando. 3 g
Capo del Personale Si accomodi , prego.
Ugo Rossi Grazie. Non appena ho letto i l vostro annuncio sul giornale, ho
pensato che questa potesse essere l'occasione che aspettavo da tempo e
che soprattutto mi interessava di più1. Spero che questa sia la volta buona 3 ,
perché vorre i sistemarmi def init ivamente: sono stanco di continuare a
cambiare 1 posto nella speranza di trovare un lavoro soddisfacente.
Capo del Personale G l ie lo auguro d i cuore. Questo sarebbe per lei i l suo
pr imo impiego fisso, se non vado errato; comunque non si preoccupi : per
no i ciò non è pregiudizievole. Nella nostra d i t ta , dopo un breve periodo d i
prova e d i t i roc in io , lei riceverà un inquadramento relativo alle mansioni
che le verranno affidate, salvo che, naturalmente, lei non risult i idoneo a
questo lavoro.
Ugo Rossi Fino ad ora ho alternato lavori saltuari a impieghi part t ime 4 ,
ma l i ho lasciati perché non mi soddisfacevano e quindi non mi sentivo
completamente realizzato. Del resto suppongo che lei abbia letto i l m io
" cu r r i cu lum vitae".
Capo del Personale Sì, l 'ho visto e l 'ho analizzato. A quanto pare\ lei
conosce bene l'inglese, ha un'istruzione universitaria, e, data la sua giovane
età, ha davanti a sé tut to il tempo per fare una bri l lante carriera. Sarebbe
disponibi le per eventuali trasferimenti all'estero?
Ugo Rossi Magari fosse vero! Ado ro viaggiare, conoscere gente nuova e
culture diverse. In questo senso non ho problemi perché non sono sposato e
non vorre i , almeno per ora, prendere inconsiderazione legami sentimental i
dura tur i . Pr ima d i fo rmarmi una famiglia, in fa t t i , desidero mettere alla
prova le mie capacità e riuscire ad af fermarmi nel campo del lavoro.
Capo del Personale La capisco perfettamente: quando si è giovani, ogni
cosa diventa entusiasmante e si vorrebbero fare un mucchio ' ' d i esperienze.
Sappia comunque che gli inìzi sono sempre piuttosto dur i e che, a volte, si
può essere presi dal lo sconforto, c i si può sentire delusi, soprattutto se si è
costrett i a viaggiare in continuazione, senza una d imora fissa.
Ugo Rossi H o r i f l e t tuto a lungo 7 su questo aspetto, ma sono pronto a
provare e ad affrontare le inevi tabi l i difficoltà. Ce la metterò tu t ta 8 e spero'
d i r iuscire!
L. Nas orações s u p e r l a t i v a s e
comparativas que náo levam espl i -
c i to o segundo t e rmo da compa-
ração, piàAneno vão precedidos
da preposição di; questo è il lavoio
che mi interessa di più ("este é o
trabalho qoe me interessa mais" ) ;
u n tempo il traffico era di meno
("antes hav ia menos trànsito");
questo lavoro mi interessa più
dell'altro ("este trabalho me inte-
ressa mais que o out ro " ) .
2. Essere la volta buona signif i-
ca que por fini se apresenta a oca-
sião esperada para poder real izar
561
' F H U J T D S Dt O J f l t í l f l D E L !
ItàJiano per usi speciali
Capo del Personale La vedo pieno d i entusiasmo e d i iniziative; terremo
conto d i tut to ciò e la r ichiameremo nei prossimi g iorni per comunicarle le
nostre decisioni. se
Complete livremente as partes que faltam do seguinte resumo do diálogo anterior.
Ugo Rossi sul giornale e ha pensato che ... che aspettava da tempo e
quella che ....
Il Capo del Personale g l i dice che, dopo riceveràun inquadramento
relativo....
Ugo Rossi conosce universitaria, e , a v r à davanti a sé ....
I l Capo del Personale lo ... per....
o u resolver algo.
3. Va le l e m b r a r que o v e r b o
continuare + a + in f in i t i vo corres-
ponde em português a ' c o n t i n u -
ar, seguir" + gerúndio. Por exem-
p l o : C o n t i n u o a lavorare in
questa ditta ( "Con t inuo t raba-
lhando nesta empresa").
4. Part time ê u m ang l i c i smo
m u i t o generalizado, com o qual se
ind ica o cont ra to de t rabalho de
horário reduzido com relação ao
norma l previsto no contrato cc-
let ivo ; pode-se dizer também a
mezza giornata.
6. A quanto pare corresponde
em português a "segundo parece,
parece que" e afins.
6. Mucchio equivale em p o r t u -
guês a "montão", tanto em senti-
do estr i to como figurado: ce un
mucchio di srtooia ("há u m mon-
tão de areia") ; c'è un mucchio di
gente ("há u m montão de gente").
7. A lungo è uma locução adver-
b ia l equivalente em português a
molto, lungamente.
8. Mettercerla íutía, m o d i s m o
que signif ica empenhar-se a fun-
do na realização de algo: lo stu-
dente ce la mette tulta per prendere
buoni voti ("o estudante faz todo o
possível para t i ra r boas notas").
Osservate 0 quadro a seguir resume o uso dos principais modos e tempos verbais em orações subor-dinadas e da correspondente concordância temporal.
PRESENTE PASSADO
1. vedo che è lu i vidi/vedevo che era l u i
che fosse lu i
Í non credo 1 (non credevo ì
< spero > che sia l u i \ speravo >
[ m i spiace J [ m i spiacque J
ATUAL
2. te lo dirò quando verrai
t i d ico d i venire
mi dice che vada da lu i
non credo che venga
[ t i dissi che| te lo avrei detto quando
saresti venuto
t i dissi d i venire
m i disse che andassi da l u i
non credevo che venisse
FUTURO
non iniz ieremo i lavori finché
non avremo [avuto] i l
permesso
[disse che] non avremmo iniziato i
lavor i finché nop avessimo avuto i l
permesso*
* ANTEFUTURO
562
^KGITJBD--DBJT«.,-.
Italiano per us i speciali
4 .
{
se avrò
se avessi J
—quel v i l l ino
soldi Í comprerò ì
[ c o m p r e r e i ]
se avessi avuto i soldi avrei
comprato quel v i l l ino
CONDICIONAL
5. vedo che sei stato qua vidi che eri stato qua
non credo che tu sia stato qua non credevo che tu fossi stato qua
ANTEPRESENTE
ANTEPASSADO
6. quando saranno finiti i lavor i
c i trasferiremo
|gli dissi che| quando fossero stati
finiti i lavor i , c i saremmo trasferit i
ANTEFUTURO
* Note que na subordinada temporal se usa o subjuntivo em vez do futuro do pretérito para
evitar a repetição do mesmo tempo.
Eserciz io A Conjugue o verbo entre parênteses no tempo e modo correspondentes.
1. Quando ... (noi , ricevere) l 'ordinazione, le sapremo dire se abbiamo a
disposizione quanto da lei richiesto.
2. V i ord in iamo ... (voi , rispettare) i l regolamento!
3. Se ...(essi, avere) la possibilità d i venire, sicuramente non mancheranno
alla cer imonia.
4. Non appena ... ( lu i . laurearsi), chiederà una borsa d i studio per seguire
un corso d i perfezionamento all 'estero.
5. M i comunicano ... ( io, presentarsi) immediatamente in questura per
richiedere i l permesso d i soggiorno.
6. Non ce ne andiamo da questa casa finché non. . . (noi , ricevere) comuni-
cazione ufficiale d i sfratto.
7. Siamo sicuri che i ladr i ... (entrare) dal la finestra perché la porta
d'ingresso non è stata forzata.
8. Nessuno pensa ... {voi, essere) i responsabili del l ' incidente.
9. Siamo mo l to d isp iac iut i . . . (noi , non potere) soddisfare le sue richieste.
10. Se m i . . . (essi,dare) un antic ipo sullo st ipendio,eviterei d i dover andare
in banca a prelevare ancora soldi.
B Transfira para o passado as orações do exercício anterior, mantendo a concordância
requerida.
563
' P H U J T D S DE QUIll.tJrlLEL!
Italiano per usi speciali
Vocabo la r io
affidare (v.i.)
attitùdine (s.f.)
delusione (s.f.)
duraturo (adj.)
in attesa di (l.a.)
tegame (s.m.)
mansione (s.f.)
sconforto (s.m.)
sistemarsi (v.pron.)
t i rocinio (s.m.)
trasferimento (s.m.)
confiar
atitude
desilusão, decepção
duradouro
à espera de
união, vínculo
encargo, obrigação
desânimo
estabelecer-se
aprendizagem
transferência
Respostas dos exercícios
Asco l tate
Ugo Rossi ha letto un annuncio sul giornale e ha pensalo che quella era
l'occasione che aspettava da tempo e quella che soprattutto lo interes-
sava di più-
li Capo del Personale gli dice cne. dopo un breve periodo di prova e di tiro-
cinio, riceverà un inquadramento relativo alle mansioni che gli verranno
affidate, salvo che naturalmente, non risulti idoneo al lavoro Che gli si offre.
Ugo Rossi conosce bene l'inglese, ha una istruzione università ria. e. data
la sua giovane età, avrà davanti a sé tutto il tempo per tare una brillante
carriera
Il Capo dal Personale lo richiamerà nei giorni successivi pei comunicargli
le decisioni prese.
Osservate
A
1 Quando riceveremo l'ordinazione, le sapremo dire se abbiamo a
disposizione quanto da lei richiesto.
2 Vi ordiniamo di rispettare il regolamento!
3. Se avranno la possibilità di venire, sicuramente non mancheranno
alla cerimonia.
4 Non appena si sarà laureato, chiederà una borsa tìisiudio per segui-
re un corso di perfezionamento all'estero.
5. Vogliono che io mi presenti immediatamente in questura per richie-
dere il permesso di soggiorno.
6 Non ce ne andiamo da questa casa finché non riceveremo/avremo
ricevuto una comunicazione ufficiale di sfratto
7. Siamo sicuri che i ladri sono entrati dalla finestra perché la porta
d'ingresso non è stata forzata
B Nessuno pensa che voi siate i responsabili dell 'incidente
9 Siamo molto dispiaciuti di non polere soddisfare le sue richieste.
10 Se mi dessero un anticipo sullo stipendio, eviterei di dover andare in
banca a prelevare ancora soldi
B
1. [Le dicemmo che] quando avessimo ricevuto l'ordinazione, le
avremmo saputo dire se avevamo a disposizione quanto da lei ri-
chiesto.
2. Vi ordinammo d 1 rispettare il regolamento!
3. Se avessero avuto la possibilità divenire, sicuramente non sarebbe-
ro mancati alfa cerimonia.
4. Non appena si l u laureato, chiese una borsa di studio
5 Vollero che mi presentassi immediatamente in questura per richie-
dere il permesso di soggiorno.
6 Non ce ne saremmo andati da questa casa finché non avessimo r i -
cevuto una comunicazione ufficiale di sfratto.
7. Eravamo sicuri che Madri erano entrati dalla finestra perché la porta
d'ingresso non era stata forzata
8 Nessuno pensava che voi fosté i responsabili dell'incidente.
9 Fummo molto dispiaciuti di non aver potuto soddisfare le sue ri-
chieste
10 Se mi avessero dato un anticipo sullo stipendio, avrei evitato di do-
ver andare in banca a prelevare ancora soldi.
564
W G U J H J ' - D J H T f l L É
PftXUl JÍ DE GurVOtt h
C/UNITÀ DAL VIVO
Ouça na fita as seguintes
frases, observando as
diferenças léxicas e
sinta t i cas entre os dois
registros linguisticos.
a • língua coloquial
familiar
b = língua comum
padrão
l. a) Cr ibb io ! Per un pelo m i sono lasciato fregare dai p u l o t t i 1 ! *
Acc ident i a loro ! È la terza volta che mi beccano!
b) Caspita! Per un r i tardo d i qualche m inuto sono stato sorpreso dai
po l i z iot t i . Malediz ione! M i hanno colto in fallo già tre volte!
2. a) Cosa vuol dire met ter t i una multa quando sanno benissimo che non si
trova un posto neanche a spararsi 2?!
b) Che senso ha appioppare una multa d i d iv ieto d i sosta quando non
sarebbe comunque possibile trovare un parcheggio regolare?
3. a) M a cosa te la prendi '? Chefaccia d i to l l a 4 che sei! Come se tu non
facessi sempre i tuo i comod i !
b) Non capisco perché t i i r r i t i tanto! Hai una bella faccia tosta, però! I n
fondo tu fai sempre quello che t i pare, senza preoccuparti t roppo degli
a l t r i .
4. a) Che razza dì discorsi 5 ! Con te tanto vale non parlare, non capisci un
tubo. Va ' a quel paese11, va'!
b) I tuo i sono discorsi senza senso! È inuti le parlare con te, non capisci
niente! Lasciamo perdere...! #
1. Pillotto, termo dialetal com o
qual se indica familiarmente o
policial; pula é 'polícia -.
2. Non riuscire a fare qualcosa
neanche a spararsi quer dizer
nâo conseguir fazer algo de ne-
nhuma maneira.
3. Prendersela, mod i smo que
significa "levar algo mal, enfadar-
se, preocupar-se": seta prende per
un nonnulla ("se aborrece por
nada"}; se Ia prende troppo per il
lavoro ("preocupa-se demais com
o trabalho').
4. f a c c i a di' lolla, assim como
/ a c c i a di bromo, faccia tosta.
co r r e sponde em português a
"cara dura, rannie -pau"
5. E m f rases e x c l a m a t i v a s ,
razia ("raça') significa tipo ou
qualidade de pessoa ou coisa, es-
pecialmente com valor deprecia-
tivo: che razza di imbecille sei!
Non vedi cosa stai combinando?
("Que idiota i s ! Nâo vês o que es-
tás fazendo?").
I 6. Va' a quel paese: mandar al-
guém a quel paese, a fartifriggere.
'•• a farsi fodere, e outras, é locução
leiemente vulgar que correspondi'
em português a "mandar alguém
plantar balatas" e afins.
565
'prauTOS DE OJfll.rjffflEL!
Modi di dire
Literalmente significa "tornar-se de fogo"; quer dizer niborizar-se violentamente por
timidez ou raiva.
2. Soffiare sul fuoco.
Literalmente, "soprar o fogo"; tem o sentido figurado de fomentar discórdias ou pai-
xões já bastante acesas; corresponde em português a "pôr lenha na fogueira".
3. Trovars i tra due fuochi .
Literalmente, "encontrar-se entre dois fogos"; diz-se de quem se acha entre dois adver-
sários, dificuldades ou ameaças de igual perigo.
_ 4. Scherzare col fuoco.
Significa brincar com o perigo ou afrontá-lo com muita tranquilidade; corresponde em
português a ""brincar com fogo". f£ j
566
/ e D I V E L T A T O
I Dì FUOCO /
^KGlfJBD--DBJT«.,-.
F I U [ : N : Ì : ; D O . J H Ì • • !
D/UNITÀ UN PO' DI GRAMMATICA
Eserciz io
Uno
Complete cada oração com a preposição adequada.
Exemplo:
Questo sarebbe ... lei il suo primo impiego...
Questo sarebbe per lei il suo primo impiego...
1. T e Io dico ... ant ic ipo: ... quelle sciarpe ... cachemire non fanno sconti ...
sorta!
2. ... i l compleanno.. . mio mar i to ho pensato ... regalargli un paio... scarponi
... andare.. . montagna.
3. Sarebbe ora che tu t i decidessi... sostituire questo cappel l ino che risale ...
i tempi ... l'arca ... Noè!
4. ... questa giacca ... cammel lo starebbe bene un col lo ... visone.
5. ... i l piano ... sopra ho visto uno zaino ... tessuto impermeabi le che
potrebbe essere adatto ... tuo f igl io quando va ... campeggio.
6. ... quando abito ... questa zona, passo ogni g iorno ... qua a vedo sempre
esposti... vetrina ... i capi deliziosi.
7. ... i l reparto uomo potremo acquistare i calz ini . . . tennis... cui fanno tanta
pubblicità ... televisione.
8. ... i p r im i freddi dovrò procurarmi un buon foulard ... lana ... mettere ... i l
cappotto.
Eserc iz io
Due
Responda afirmativamente e depois negativamente as seguintes perguntas, substituindo
os complementos pelos respectivos pronomes.
Exemplo:
M i accomodo? (lei)
Sì accomodi/Non si accomodi.
1. Le pulisco le candele dell 'auto? (lei)
2. Le lavo i vetr i signora? (tu)
3. Vern ic iamo anche le porte e le finestre? (voi)
4. G l i d ico d i venire domani alle tre? (lei)
5. T i ingrandisco queste belle fotografie? (tu)
6. G l i dic iamo che cosa è successo alla sua famiglia? (noi)
7. Mand iamo un telegramma agli sposi per far loro g l i auguri? (voi)
8. T i metto la pila nuova nel rasoio? (tu)
567
Eserc iz io
T r e
1. Quando se prec isa dizer que
un ia ação começa imediatamen-
te depois de outra , podem usar-
se as seguintes construções:
a) appena/non appena • verbo
conjugado, tanto se o sujeito
é o mesmo c o m o se è d i feren-
te: appana/non appena (io)
verrò, (io) ti dirà tutto
( " q u a n d o c h e g a r t e d i r e i
t i l d o " ) ; appena/non appena
(egli) verrà, (io) gli darò il
benvenuto { "quando chegar,
lhe darei boas-vindas");
b) dopo/subito dopo + in f in i t i vo
composto quando o sujeito é o
m e s m o : dopo/subito dopo
(egli) averpreso la camomilla,
(egli) si calmò un poco.
Compiete com (non) appena + verbo conjugado oxi dopo/subito dopo + infinitivo compos-
to, ou com ambos, segundo a necessidade1.
Exemplo:
... (io, leggerei i l vostro annuncio sul giornale, ho pensato che questa potesse essere
l'occasione che aspettavo,
[Non\appena ho letto/Dopo aver letto il vostro annuncio sul giornale, ho pensato che questa
potesse essere l'occasione che aspettavo,
1. ... {egli, f inire) i l discorso, verrà servito un piccolo rinfresco.
2. ... (egli, terminare) i l p r imo capito lo , certamente prenderà una tazza d i
cioccolata con noi .
3. ... (noi , proporre , a lei) d i uscire con no i , m i sono pent i to d i averglielo
detto .
4. ... (esse,essere effettuato) le r i forme che ho p r opos t e l e condiz ioni d i voi
t u t t i mig l ioreranno assai.
5. M i ha assicurato che ... (egli, f inire) d i fare quella traduzione, verrà a
salutart i .
6. ... ( io,lavare) pentole e tegami,avrò pur i l d i r i t t o d i andarmene un poco a
spasso anch'io!
7. ... (voi, abbandonare) le vostre assurde posizioni, riaprirò le trattat ive
con voi .
8. ... (egli,sapere) che era stato ammesso al concorses i mise d' impegno per
prepararsi e v incerlo.
Eserciz io
Quattro
Use a forma contrária do adjetivo grifado em cada oração, como no exemplo.
Exemplo:
Dopo un lungo periodo di prova.
Dopo un breve periodo di prova.
1. Dei due, io preferisco decisamente i l vaso trasparente.
568
Un pc ' di grammatica
'prauTOS Dt OJfll.rjflDEL!
Un po' di grammatica
2. Non compero questa anfora perché stona co l m io arredamento: è trop-
po moderna.
3. M i hanno servito una porzione abbondante d i maccheroni .
4. Non riesco propr io a dormire con un cuscino così soffice!
5. Le bistecche che m i ha dato ier i erano mo l to dure.
6. La besciamella che ho fatto è risultata^ un po' liquida.
7. Abb iamo iscritto i l bambino a una scuola pubblica.
8. È alto d i statura per la sua età!
Vocabo la r io piano (s.m.) andar
pulire (v.t.) limpar
andare a spasso (v.per.) dar um passeio rasoio (s.m.) barbeador
calzino (s.m.) meia masculina reparto (s.m.) seção, departamento
campeggio (s.m.) acampamento Scarponi (s.m.) sapato de montanha
candela (s.f.) vela sciarpa (s.f) cachecol
cappotto (s.m.) casacão sposi (s.m.) noivos
cuscino (s.m.) almofada tegame (s.m.) frigideira
fare le mani (v.per.) fazer as unhas tessuto (s.m.) tecido, pano
foulard (gal.s.m.) lenço para o pescoço trattativa (s.f.) negociação
giacca (s.f.) paletó vaso (s.m.) vaso
migliorare (v.i.( melhorar verniciare (v.í.) pintar
pentirsi (y.pron.) arrepender-se vetrina (s.f) vitrina
péntola (s.f.) panela zaino (s.m.) mochila
Respostas dos exercícios
Esercizio Uno Esercizio Tra
1. Te lo dico in anticipo: su quelle sciarpe di cachemire non fanno sconti 1. [Non] Appena avrà finito il discorso, verrà servito un piccolo rinfresco.
di sorta! 2 [Non] Appena avrà terminato/Dopo/Subito dopo aver terminato/il
2. Per il compleanno di mio marito ho pensato di regalargli un paio di primo capitolo: certamente prenderà una tazza di cioccolata con noi.
scarponi per andare in montagna. 3. Dopo/Subitodopo averle proposto di uscire con noi. mi sono pentito
3. Sarebbe ora che tu ti decidessi a sostituire questo cappellino cne r i - di avergli e io detto
sale ai tempi dell'arca di Noe! 4. [Non] Appena verranno effettuate le ri formeche ho proposto, la con-
4. Su questa giacca di cammello starebbe bene un collo di visone. dizioni di voi tutt i miglioreranno assai.
5. Al piano di sopra ho visto uno zaino di tessuto impermeabile che po- 6. Mi ha assicurato che (non] appena avrà finito/dopo/subito dopo aver
trebbe essere adatto a tuo tiglio quando va in campeggio. finito/di fare quella traduzione, verrà a salutarti.
6 Da quando abito in questa zona, passo ogni giorno di qua a vedo e. Dopo aver lavalo pentole e legami, avrò pur il diritto di andarmene un
sempre esposti in vetrina dei capi deliziosi. poco a spasso anch'io!
7. Ne! reparto uomo potremo acquistare i calzini da tennis di cui fanno 7. [Non] Appena abbandonerete le vostre assurde posizioni, riaprirò le
tanta pubblicità in televisione. trattative con voi
e Ai primi freddi dovrò procurarmi un buon foulard di lana da mettere 8. [Non] Appena seppe/Dopo/Subito dopo aver saputo/che era slato
sotto il cappotto. ammesso al concorso, si mise d' impegno per prepararsi s vincado.
Esercizio Quattro
Eserciz io Due l Dei due. io preferisco decisamente il vaso opaco.
1. Me le pulisca/Non me le pulisca! 2. Non compero questa anfora perché stona col mio arredamento: è
2. Lava meli I/Non lavarmeli! troppo antica.
3. Verniciatele!/Non verniciatela! 3, Mi hanno servito una porzione scarsa di maccheroni.
4. Glielo dica!/Non glielo dica! 4 Non riesco proprio a dormire con un cuscino così duro!
5. Ingrandiscimelel/Non me le ingrandire! e. Le bistecche che mi ha dato ieri erano molto tenere.
6. Diciamoglielol/Nondiciamoglielol e. La besciamella che ho fatto è risultata un po' densa.
7. Mandateglielo!/Non glielo mandate! 7. Abbiamo iscritto il bambino a una scuola privata.
8. Met time lai/Non mettermela! 8 Ê basso di statura per la sua età!
569
EtrjBQ-.Drtj/ra,-
E/UNITÀ
LETTURA
D
Í 1
Sc ip i o S l a t ape r , poeta e escritor tr iest ino (1888¬
1915), a tuou at ivamente no chamado mov imento
" intervencionista" i tal iano, que defendia a par t i c i -
pação da I ta l ia na Pr imeira Guerra Mundia l contra
a Austr ia, e acabou po r se alistar como voluntário
nas f i leiras do exército, morrendo durante o conf l i -
to. Slataper ader iu ao mov imento cul tura l idealista
representado pelos redatores da revista florentina
La Voce, próximo do pensamento de Benedetto
Croce e Giovanni Genti le. A fora seus ensaios de
cu l tura política e crítica literária e sua correspon-
dência, todos de publicação póstuma (Ibsen, 1917;
Scritti Letterari e critici, 1920; Scritti politici, 1925;
Lettere, 1931), Slataper deve sua fama corno poeta
a seu único l ivro , Il mio Carso, publ icado em 1912
nas edições de La Voce. De caráter autobiográfico e
escr i to com elevado sentido de responsabil idade
mora l e artística, narra as próprias experiências e o
processo de amadurecimento intelectual e mora l em
fragmentos líricos de poderosa e essencial intensi-
dade, que osci lam entre o t o m espontâneo e conf i-
dencial do diário e o registro árido, conciso e obje-
t ivo da crónica.
WGLDBQ-DiGJTflJ.:-.
FoGOJrrjS DE DlfluIHE H
Lettura
Vorrei dirvi : Sono nato in carso, in una casupola col tetto
di paglia annerita dalle piove e dal fumo. C'era un cane
spelacchiato e rauco, due oche infanghile sotto il ventre,
una zappa, una vanga, e dal mucchio di concio quasi senza
strame scolavano, dopo la piova, canaletti di succo brunastro.
Vorrei dirv i : Sono nato in Croazia, nella grande foresta di
roveri. D'inverno tutto era bianco di neve, la porta non si
poteva aprire che a pertugio, e la notte sentivo urlare i lupi.
Mamma m'infagottava con cenci le mani gonfie e rosse, e io
mi buttavo sul focolaio frignando per il freddo.
Vorrei dirv i : Sono nato nella pianura morava e correvo
come una lepre per i lunghi solchi, levando le cornacchie
crocidanti. Mi buttavo a pancia a terra,sradicavo una barba-
bietola e la rosicavo terrosa. Poi son venuto qui, ho tentato
di addomesticarmi,ho imparato l'italiano, ho sceltogli amici
fra i giovani più colt i ; —ma presto devo tornare in patria
perché qui sto molto male.
Vorrei ingannarvi, ma non mi credereste. Voi siete scaltrì
e sagaci. Voi capireste subito che sono un povero italiano
che cerca d'imbarbarire le sue solitarie preoccupazioni. È
meglio ch'io confessi d'esservi fratello, anche se talvolta io vi
guardi trasognato e lontano e mi senta timido davanti alla
vostra coltura e ai vostri ragionamenti. Io ho, forse, paura di
voi. Le vostre obiezioni mi chiudono a poco a poco in
gabbia, mentre v'ascolto disinteressato e contento, e non
m'accorgo che voi state gustando la vostra intelligente bra-
vura. E allora divento rosso e zitto, nell'angolo del tavolino;
e penso alla consolazione dei grandi alberi aperti al vento.
Penso avidamente al sole sui col l i , e alla prosperosa libertà;
ai veri amici miei che m'amano e mi riconoscono in una
stretta di mano, in una risala calma e piena. Essi sono sani e
buoni.
Penso alle mie lontane origini sconosciute, ai miei avi
aranti l'interminabile campo con lo spaccaterra tirato da
quattro cavalloni pezzati, o curvi nel grembialone di cuoio
davanti alle caldaie del vetro fuso, al mio avolo intrapren-
dente che cala a Trieste all'epoca del portofranco; alla
grande casa verdognola dove sono nato, dove vive, indurita
dal dolore, la nostra nonna.
Era bello vederla seduta nella larga terrazza spaziarne su
enormi spalti le montagne e il mare, lei secca e resistente
accanto all'altra mia nonna, la veciota venesiana1, rubicon-
da e spensierata, che aveva quasi ottantanni e le si vedeva
ancora i l forte palpito azzurrino del polso sollevarsi e cadere
nella pelle morbida come una foglia. Questa mi parlava
dell'assedio di Venezia, del sacco di patate in mezzo la
cantina, della bomba che fracassò un pezzo di casa. E aveva
un fazzoletiino bianco sui pochi capelli f ini , ed era allegra.
Quando veniva a mangiare da noi, babbo le diceva sempre:
—Beati i oci che i la vedi.-.
Ma allora essa non m'interessava. Io filavo in campagna a
giocare con gli alberi.
Il nostro giardino eru pieno d'alberi. C'era un ippocastano
rosso con due rami a forca che per salire bisognava metterci
dentro il piede, e poi non potendolo più levare ci lasciavo la
scarpa. Dall'ultime vette vedevo i coppi rossi della nostra
casa, pieni di sole e di passeri. C'era una specie di abete,
vecchissimo, su cui s'arrampicava una glicinia grossa come
1. Espressione in dialetto t r i es t ino : "vecchiet ta veneziana".
2. Frase in d ia let to t r iest ino: "Ueat i al i occh i che la vedono...
Quisera dizer-lhes: nasci no Carso, em uma casinha
com o teto de pallia enegrecido pela chuva e pela fumaça.
Havia um cão depenado e rouco, dois gansos com o ventre
sujo de barro, umapá, uma enxada, e do montão de ester-
co quase sem forragem escorriam, depois da chuva,
filelezinhos de um suco escuro.
Quisera dizer-lhes: nasci na Croácia, no grande bosque
de carvalhos. No inverno tudo estava branco de neve, só se
podia abrir uma fenda da porta, e pelas noites se ouvia
uivar os lobos. Mamãe me envolvia com trapos as mãos
inchadas e vermelhas, e eu ficava junto ao fogão, chora-
mingando de frio.
Quisera dizer-lhes: nasci na planície morávia e corria
como uma lebre pelos grandes sulcos, espantando as gra-
lhas grasnantes. Me atirava de bruços ao solo, arrancava
uma beterraba terrosa e a roía. Depois cheguei aqui, tra-
tei de domesticar-me, aprendi o italiano, elegi os amigos
entre os jovens mais cultos, mas togo devo voltar à minhp,
pátria, porque aqui estou muito mal.
Quisera enganá-los, masvocês não acreditariam em mim.
Vocês são astutos e sagazes. Ccrmpreenderiam de imediato
que sou um pobre italiano que tenta tornar bárbaras suas
solitárias preocupações. É melhor que confesse ser seu ir-
mão, ainda que às vezes os olhe alucinado e distante, e me
sinta timido diante de sua cultura e de seus raciocínios.
Tenho, talvez, medo de vocês. As objeções que vocês fazem
me encenam pouco a pouco numa gaiola, ewpianto os escu-
to desinteressado e contente, e não me dou conta de que es-
tão saboreando sua inteligente bravura. Então me ruborizo
e calo, no canto da mesinha, e penso no consolo dás grandes
árvores abertas ao vento. Penso avidamente no sol sobre as
colinas e. na próspera liberdade; nos verdadeiros amigos que
me amam e me reconhecem num aperto de mãos, numa gar-
galhada calma e plena. Eles são sadios e bons.
Penso em minhas distantes origens desconhecidas, em
meus antepassados arando o interminável campo com o
arado puxado por quatro cavalões malhados, ou inclina-
dos no avental de couro diante das caldeiras do vidro fun-
dido, em meu avô empreendedor que desce para Trieste na
época do porto lime; na grande casa esverdeada onde nas-
ci, onde vive, temperada pela dor, nossa avó.
Era bonito vê-la sentada no amplo terraço que se abria
às enormes escarpas das montanhas e do mar, ela magra
e resistente junto à minha outra avó, a velhazinha vene-
ziana, corada e despreocupada, que tinha quase 80 anos
e de quem se via o forte pulsar azulado do pulso subir e
descer na pele delicada como uma folha. Esta me falava
do cerco de Veneza, do saco de batatas no meio do sótão,
da bomba que deslwçou uma parte da casa. E Unha um
lencinho branco sobre os escassos cabelos finos, e era ale-
gre. Quando vinha comer em nossa casa, papai sempre
lhe dizia: -Benditos os olhos que a vêem!
Mas então ela não me interessava. Eu corria ao campo
pam brincar com as árvores.
Nosso jardim estava cheio de árvores. Havia uma cas-
tanheira-da-índia com dois gallios bifurcados e, para su-
bir nela, tinha de pôr o pé nestes, e depois, não podendo
tirá-lo, ali me ficava o sapato. Desde os últimos galhos
via as telhas vermelhas de nossa casa, cheias de sol e de
pássaros. Havia uma espécie de abeto, velhíssimo, sobre
o qual trepava uma glicínia grossa como uma jibóia, ru-
571
GLQBQ'-DlDJTflL ,••
FflGOJraS DE DlRuIHE H
un serpente boa, rugosa, scannellata, torta, che serviva ma-
gnificamente per le salite precipitose quando si giocava a
'sconderse'. l o mi nascondevo spesso su quel vecchio cipres-
so ricco di cantucci folti e di cespuglio in prima vera, mentre
spiavo di lassù il passo cauto dello stanatore, mi divertivo a
ciucciare la ciocca di glicine che mi batteva fresca sugli
occhi come un grappolo d'uva, 11 fiore del glicine ha un
sapore dolciastro-amarognolo, strano, di foglie di pesco e un
poco come d'etere.
C'erano anche molti alberi fruttiferi, àmoli.ranglò, ficaie,
specialmente. Appena i fiori perdevano i petali e i piccioli
ingrossavano, io ero lassù a gustarli, non ancora acerbi.
Acerbi son buoni! I l guscio del nocciolo è ancora tenero,
come latte rappreso, e dentro c'è un po' d'acqua limpidissi-
ma e ciucciosa. Poi,dopo qualche giorno.quando la mamma
è uscita d i nuovo per andare d^lla zia, essa diventa una
gomma gelatinosa dolce a sorbirsi con la punta della lingua.
Ma la carne com'è buona,così aspra. Prima i l dente ha paura
di toccarla, e la strizza guardingo, mentre la lingua ricca-
mente la inumidisce e assapora la linfa delle piccole puntu-
re. Poi la si addenta. La gengive bruciano, ì denti si stringono
l'uno addosso dell'altro, si fanno scabri e ruvidi come pietre,
e tutta la bocca diventa una ricca acqua.
Ma quando viene l'estate per arrivare i pochi frutti rimasti
bisogna essere ghiri. Andare dove gli uccelli non hanno
paura, perché non sono abituati a trovarvi anche lassù. Alla
biforcazione delle due frasche più alte mi tenevo agganciato
con un piede e bilanciandomi con la destra distesa procede-
vo a modo di bruco con la sinistra sulla fraschetta svettante,
trattenendo il respiro: finché arrivavo al punto dove essa si
piegava e a poco a poco s'avvicinava fino alla mia bocca.
Qualche volta dovevo lasciarla riscattar via perché la nonna
sgridava: —Fioi.ve 'mazarè su quei alberi! 4 —Allora stavo,
zitto, rosso, e scivolavo giù fluendo.
3. A'sconderse = a nascondersi.
4. Frase in d ia le t to tr iest ino: «Radazzi, vi a m m a n e r e t e su queal i alberi !>>
572
gosa, estriada, torcida, que servia magnificamente para
as subidas afobadas quando jogávamos esconde-esconde.
Eu me escondia muito naquele velho cipreste, cheio de
cantinhos densos e frondosos, e na primavera, enquanto
espiava desde o alto o passo cauteloso do pegador, me di-
vertia chupando o cacho de glicínias que me batia fresco
nos olhos como um cacho de uvas. A flor da glicínia tem
um sabor agridoce, estranho, de folhas de pêssego e um
pouco como de éter.
Havia também muitas árvores frutíferas, àmoli, ranglò,
figueiras, especialmente. Assim que as flores perdiam as
pétalas e os pecíolos engrossavam, eu eslava ali para
saboreá-los, não ainda azedos. Azedos são bons! 0 invólu-
cro do caroço ainda é tenro, como leite coalhado, e dentro
há um pouco de água límpida e suculenta. Depois, após
alguns dias, quando a mãe volta a sair para ir visitar a
tia, a água se transforma em uma goma gelatinosa doce
que se pode sorver com a ponta da língua. Mas a polpa,
como é boa assim áspera! A princípio, o dente tem medo
de tocá-la, e a espreme prudente, enquanto a língua abun-
dantemente a umedece e degusta a linfa dos pequenos
furinhos. Depois a morde. As gengivas ardem, os dentes
se apertam uns contra os outros, pòem-se ásperos e rugo-
sos como pedras, e toda a boca produz farta água.
Mas quando chega o verão, para alcançar os poucos fru-
tos que sobram, épreciso ser um arganaz. Ir onde os pássa-
ros não têm medo, porque não estão habituados a achar-
nos tão alio. Na bifurcação dos dois galhos mais altos man-
tinha-me enganchado com um pé, e balançando-me com a
direita estendida agia como uma lagarta com a esquerda
sobm o galhinho podado, contendo a respiração até que che-
gava o ponto em que esta se dobrava e se aproximava pouco
a pouco da minha boca. Algumas vezes tinha de deixá-la
incólume porque a avó gritava: -Meninos, vocês se mata-
rão em cima destas árvores! -, Então ficava calado, verme-
lho, e deslizava suavemente até embaixo.
Havia também outra árvore, apoiada contra o muro do
WGLDBQ-DiGJTflJ.:-.
FflGOJraS DE DlRuIHE H
Lettura
E c'era anche, accosto al muro della strada, un tasso
baccata che scortecciavo facilmente a larghi brani per ve-
derlo più pulito e più rossiccio. Aveva, al terzo piano, due
rami come un letto, e lì dormivo qualche dopopranzo; oppu-
re contemplavo tonificante la mularia stradatola che faceva
a ruffa di sotto per agguantare le bacche rosse che buttavo
giù da signore. (Io non le mangiavo, mi schifavano). Poi
imbaldanzita cominciava a fiondar sassi, e io allora, saltato
giù come un demonio, correvo al portone, ne strappavo la
verghetta di ferro che serviva da chiavistello, e giù a rotta di
collo per le strade, fino quasi al centro della città, con una
maglietta e calzoncini a righe ite bianche e blu,lunghi riccio-
li biondi, urlando: -daghe! daghe! 5—E alla sera m'addor-
meniavo disteso sul letto mentre ancora mamma mi levava
le calze piène di terriccio e ghiaiola. Cara e buona mamma
mia.
*
Nella mia città facevano dimostrazione per l'università
italiana a Trieste. Camminavano a braccetto, a otto a otto;
gridavano: viva l'università italiana a Trieste,e strisciavano i
piedi per dar noia alle guardie. Allora mi misi anch'io nelle
prime file della colonna, e strisciai anch'io i piedi. S'andava
così giù per l'Acquedotto.
A untratto la prima fila si fermò e dette indietro. Dal caffè
Chiozza marciavano contro noi in doppia.larga fila i gendar-
mi, baionetta inastata. Marciavano come in piazza d'armi, a
gambe rigide, con lunga cadenza, impassibili. Ognuno di noi
senti che nessun ostacolo poteva fermarli. Dovevano andare
avanti finché l'Imperatore non avesse detto: hall ! Dietro
quei gendarmi c'era tutto l'impero austrungarico. C'era la
forza che aveva tenuto nel suo pugno i l mondo. C'era la
volontà d'un'enorme monarchia dalla Polonia alla Grecia,
dalla Russia all'Italia. C'era Carlo Quinto e Bismarck. Ognu-
no di noi sentì questo, e tutti scapparono via interrorit i ,
pallidi, spingendo, urtando, perdendo bastoni e cappelli.
Io rimasi a guardarli con meraviglia. Marciavano dritt i
avanti, senza sorridere, senza dire. La gente che scappava
era per loro lo stesso che la compatta colonna che marciava
per l'università italiana. Io rimasi fermo a guardarli, e fui
arrestato.
Un gendarme mi prese per i l polso sinistro e andammo.
Era una cosa molto strana. Egli continuava a camminare del
suo passo; io cercavo d'imitarglielo. Gl i occhi della gente
che passava mi percorrevan tutto come gocce fredde nella
schiena, dandomi un brivido, tanto che il gendarme pensò:
Der Kerl hat Fureht. Ma forse non pensò niente, e continua-
va a camminare del suo passo. Ricordo benissimo che un
giovanotto passando estrasse la destra inguantata per arric-
ciarsi i l mostacchio destro, poi tirò fuori la sinistra per arric-
ciarsi il mostacchio sinistro. Io avevo voltato la testa per
vederlo, sì che, i l gendarme procedendo, mi sentii tirare
avanti. Una donna, con un bel boa, torse gli occhi, ma vidi
che rideva. Perché mi lascio condurre da questo imbecille?
Ha le spalline grosse, giailonere. Perché non lasciarmi
condurre da luì? Si va dove non so, ma non è necessario ch'io
sappia. M i conduce lui , svolta, scantona, e i miei piedi si
pongono sempre paralleli ai suoi. La baionetta scintilla mol-
5. Daghe', daghe! = dai! dai!
caminho, um tetro cheio de frutos, cujos grandes galhos
desbastava para vê-lo mais limpo e mais avermelhado.
Tinha no terceiro piso dos galhos como uma espécie de
leito, e ali dormia às vezes após o almoço, ou então con-
templava como de um trono a caravana de ciclistas que,
embaixo, disputavam para pegar as bagas vermelhas que
eu, como um senhor, atirava. (Eu não as comia, me re-
pugnavam.) Depois, avalentados, começavam a me atirar
pedras, e então eu, descendo de um salto qual o demónio,
corria ao portão, pegava a barra de ferro que servia de
tranca e correndo sempararpelas ruas, quase até o centro
da cidade, com uma camiseta e calções de listras brancas
e azuis, longos caracóis ruivos, grilava: -Dá-lhe, dá-lhe!
-. E à noite adormecia deitado na cama enquanto minha
mãe me tirava as meias cheias de terra e pedrinhas. Mi-
nha querida e boa mãe!
*
Em minha cidade se faziam demonstrações a favor da
universidade italiana de Trieste. Caminhavam de braços
dados, em fileiras de oito, gritando: Viva a universidade
italiana de Trieste!, e arrastavam os pés para aborrecer os
guardas. Também eu me meti nas primeiras filas da colu-
na, e arrastei os pés. Assim marchávamos pelo Aqueduto.
De repente a primeira fila se deteve e retrocedeu. Do
café Chiozza marchavam contra nós, numa grande e du-
pla fila, os gendarmes, baionetas caladas. Marchavam
como na praça de armas, com as pernas tesas, com uma
longa cadência, impassíveis. Todos compreendemos que
nenhum obstáculo os deteria. Deviam seguir adiante até
que o imperador desse a ordem: halt! Detrás daqueles
gendarmes eslava todo o império austro-húngaro. Estava
a força que tinha tido o mundo na mão. Estava a vontade
de uma enorme monarquia que ia da Polónia à Grécia, da
Rússia à Itália. Estavam Carlos V e Bismarck. Todos sen-
timos isso e todos fugiram aterrorizados, pálidos, empur-
rando, gritando, perdendo bastões e chapéus.
Eu fiquei olhando-os com estupor. Marchavam reto adi-
ante, sem sorrir, sem falar. As pessoas que fugiam eram
para eles o mesmo que a compacta coluna que marchava
pela universidade italiana. Eu fiquei quieto, olhando-os,
e fui preso.
Um gendarme me pegou pelo pulso esquerdo e fomos. Era
umacoisamuito estranha. Ele seguia andando em seu pas-
so; eu tratava de imitá-lo. Os olhos das pessoas que passa-
vam me percorriam inteiro, como gotas fiias nas cosias, es-
tremecendo-me, tanto que o gendarme pensou: Der Kerl hat
FurchL Mas talvez não lenha pensado muta, e continuasse
apenas caminharulo em seu passo. Lembro muito bem que
um jovenzinho, ao passar, tirou a luva dá mão direita para
alisar o bigode direito, depois tirou a esquerda para alisar o
bigode esquerdo. Eu tinha virado a cabeça para oUtá-lo, e
como o geruiarme seguiu em frente, me senti arrastado. Uma
mulher, com uma bela estola, virou os olhos, mas vi que se
ria. Por que me deixo conduzir por este imbecil?
Tem umas dragonas grandes, amarelas e negras. Por que
não me deixar conduzir por ele? Não sei aonde varnos, mas
não é necessário que o saiba. Ele me conduz, gira, dá vol-
tas, e meus pés vão sempre paralelos aos seus. A baioneta
respìaruìece de brilho. Teu fuzil está carregado?
573
'munas DE rjuin.rjffflLL!
11
lo lucida. È carico i l tuo schioppo?
Perché non mi risponde? E un garzone di beccaio, invece
di far due passi di più, salta olire la panca di passeggio, e i l
grembiule macchialo di sangue vecchio si gonfia e sbalte
svolazzando. Appena siamo passati ci guarda e urla: —Dé-
gne al giandarmo! 6— Scappa.
Io vedo bene pulsare l'arteria nel collo di questo imbecil-
le. E le mie mani sono molto lunghe, e sono come ossa ai
polpastrelli. E non c'è gente. Alboino... Ma io sono più che
Alboino, lo sono più che Bismarck. Io stringo insensibilmen-
te ii pollice dentro le altre dita e faccio della mano una più
sottile prolungazione del polso. Lentamente scivolo fra le
sue dita rallentate per i l freddo. Intanto parlo: —Triste vita
la loro! Che! capisco bene che lei fa il suo dovere. Quante
ore di servizio hanno?: otto? consecutive? e lassù in carso,
con tutti i tempi, di notte. —Nella gola mi cantano alcune
parole fresche che la mia bella veciota venesiana me l'inse-
gnò: Né per torto né per rason.no state far meter in preson1.
—Guardo negli occhi il gendarme, strappo, via. Viva la
libertà! Io sono italiano.
Neanche mi rincorse. E io, dopo duecento metri dì corsa
furiosa, rimasi male a vederlo impalato, lontano. Poi riprese
la sua marcia cadenzata, toc, tac, in direzione opposta.
Toc.tac: pare che s'avvicini, che sia qua dietro a me. con
la sua mano sulla mia spalla. Filai in un portone: nel casotto
del portinaio c'è un cranio calvo, assiepato da una corona di
capelli f ini , di bimbo, curvo su una scarpetta da signora.
Esco; mi pianto la berretta più salda in testa, mi ravvolgo
nella mia mantella e cammino picchiando con forza i l lastri-
co come se tra esso e i miei scarponi sia qualche cosa che
bisogna vincere.
Poi corsi al mare.
Nel mare mi lavai i l viso e le mani. Bevvi l'acqua salsa del
nostro Adriatico. Lontano,nel tramonto,le alpi italiane eran
rosse e oro come dolomiti. Sui trabaccoli romagnoli calava-
no le allegre bandiere tricolori, e i l focolaietto di bordo
fumava per la polenta. Mare nostro. Respirai libero e felice
come dopo un'intensa preghiera.
Ma m'accorsi, dopo, che la gente mi guardava. I miei
scarponi bulletta t i erano polverosi e i miei atti curiosi. Non
avevo il viso di quella gente perfetta che camminava su e giù
per le rive senza andare in nessun posto. Era gente che
guardava ed era guardata. I giovanotti avevano larghi sopra-
bit i a campana.con di dietro un taglio lungo, come le giubbe
dei servitori, e bastoni grossi e lievi che volevano sembrare
rami appena scorzati. Le signorine erano accompagnatedal
babbo o dalla mamma,e avevano stivalini lustri come i dorsi
delle blatte. Erano stivalini assai più puliti e limpidi che i
loro occhi. Anch'esse mi guarda vano, con contegno; ma s'io
le guardavo, voltavan gli occhi. Non sanno sostenere uno
sguardo d'uomo.
•
Carso, che sei duro e buono! Non hai riposo, e stai nudo al
ghiaccio e all'agosto, mio carso, rotto e affannoso verso una
linea di montagne per correre a una meta: ma le montagne si
6. Dóghe at giandarmo! - dagl i ai gendarme!
7. NÉ per to r to né per rason.no state far meter in preson • néa to r ton ia
ragione, non lasciarti mettere in pr ig ione.
Por que nào me responde? E um aprendiz de açouguei-
ro, em vez de dar dois passos a mais, salta por cima do
banco do passeio, e o avental manchado de sangue velho
se incha e bate ao vento. Apenas havíamos passado, nos
olha e grita: - Cacete no gendarme! - Foge.
Eu vejo perfeitamente o pulsar da artéria do pescoço
deste imbecil. E minhas mãos são muito compridas e
ossudas até nas pontas dos dedos. E não há gente.
Alboino... Mas eu sou mais que Alboino. Eu sou mais
que Bismarck. Eu aperto insensivelmente o polegar den-
tro dos outros dedos e faço da mão um mais fino prolon-
gamento do pulso. Lentamente a deslizo por entre seus
dedos intumescidos pelo frio. E enquanto issofalo: -Tris-
te vida a de vocês! Sim, entendo que você cumpre seu
dever! Quantas horas de serviço fazem? Oito? Consecu-
tivas? E aã no Corso, faça o tempo que fizer, denoite...- .
Na garganta me cantam algumas palavras frescas que
minha querida velhazinha veneziana me ensinou: -Nem
por equívoco, nem com razão, deves deixar-te meter na
prisão -. Olho o gendarme nos olhos, arranco. Viva a li-
berdade! Sou italiano!
Nem sequer me persegue. E eu, depois de duzentos metros
de corrida desenfreada, fiquei desapontado ao vê-lo longe,
imóvel. Depois retomou sua marcha, cadenciada, toc, toc,
na direção oposta.
Toe, tac: parece que se aproxima, que está atrás de mim,
com sua mão em meu ombro. Me enfio por um portão: na
casinha do porteiro há uma cabeça calva, rodeadaporuma
coroa de cabelos finos, de criança, inclinada sobre uns
sapatinhos de senhora. Saio, coloco firmemente o boné,
me envolvo em minha capa e caminho pisando com força
a calçada, como se en tre esta e meus sapatões houvesse
algo a vencer. Depois corri para o mar.
No mar lavei a cara e as mãos. Bebi a água salgada de
nosso Adriático. Longe, no ocaso, os Alpes italianos eram
vermelhos e ouro como dolomitas. Sobre os barquinhosda
Romagna arriavam as alegres bandeiras tricolores, e no
fogãozinho de bordo fumegava a polenta. Nosso mar. Res-
pirei livre e feliz como depois de uma intensa oração.
Mas depois percebi que as pessoas me olhavam Meus
sapatões de pregos estavam empoeirados e minha conduta in-
trigava Não tinha o rosto daquela genteperfeiia que caminhava
pela oiia sem ir a parte alguma- Era gente que olhava e era
olhada. Os jovenzinhos tinham grandes abrigos acampana-
dos com uma ampla abertura atrás, como as casacas dos
empregados, ebastões grossoseleves q^queriamparecer galhos
apenas desbastados. As mocinhas iam acompanhadas do pai
ou da mãe, e tinham bolas lustrosas como o dorso das bara-
tas. Eram botas muito mais limpas e límpidas que seus
olhos. Também elas me olhavam, com recato, mas se eu as
olhava, desviavam o olhar. Não sabem suportar um olhar
de homem.
*
Carso, como és forte e bom! Nào tens repouso, e estás nu
ao gelo e ao agosto; meu Carso, roto e agitado em direção
a uma linha de montanhas para correr a uma meta; mas
as montanhas se fragmentam, o vale se fecha, a torrente
desaparece no solo.
Toda a água se abisma em tuas gretas e o líquen seco se
574
'munas n rjuiii,rjfffl[L!
Let tu ra
framumano, la valle si rinchiude, il torrente sparisce nel
suolo.
Tutta l'acqua s'inabissa nelle tue spaccature; e il lichene
secco ingrigia sulla roccia bianca, gli occhi vacillano nell'in-
ferno d'agosto. Non c'è tregua.
I l mio carso è duro e buono. Ogni suo filo d'erba ha
spaccato la roccia per spumare, ogni suo fiore ha bevuto
l'arsura per aprirsi. Per questo il suo latte è sano e i l suo
miele odoroso.
Egli è senza polpa. Ma ogni autunno un'altra foglia bruna
si dìsvegeta nei suoi incassi, e la sua poca terra rossastra sa
ancora di pietra e di ferro. Egli è nuovo ed eterno. E ogni
tanto s'apre in lui una quieta dolina, ed egli riposa infantil-
mente fra i peschi rossi e le pannocchie canneggianti.
Disteso sul tuo grembo io sento lontanar nel profondo
l'acqua raccolta dai tuoi abissi, una sola acqua, e fresca, che
porta la tua giovane salute al mare e alla città.
L'acqua delle tue grotte io amo che s'incanala benefica
por le strade dritte. Amo queste donne carsoline che strin-
gendo fra i denti, contro la bora, la cocca del fazzolettone,
scendono a gruppi in città, con in testa i l grande vaso niche-
lato pieno di latte caldo. E la striscia bianca dell'alba, e il
bruciar doloroso dell'aurora fra la caligine della città.
Qui è ordine e lavoro. In Puntofranco alle sei di mattina
l'infreddito pilota di turno, gli occhi opachi dalla veglia,
saluta i l custode delle chiavi che apre il magazzino attrezzi. I
grandi bovi bruni e neri trainano lentamente vagoni vuoti
vicino ai piroscafi arrivati iersera; e quando i vagoni sono al
loro posto, alle sei e dieci i facchini si sparpagliano per gli
hangars. Hanno in tasca la pipa e un pezzo di pane. I l capo
d'una ganga monta su un terrazzo di carico, intorno a lui
s'accalcano più di duecento uomini con i libretti di lavoro
levati in alto, e gridano d'essere ingaggiati. I l capo ganga
acinzenta sobre a rocha branca, os olhos titubeiam no in-
ferno de agosto. Nào há trégua,
MmCaisoéforteebomCaaaumáese^
njdiapambrotar,codaurna&s
Portsso,seuteùeésaoeseumd,o?VT^
Ele está sempolpa Mas a cada outono uma novafoUta escura
cai em suas mvidades e sua escassa terra avermelhada sabe
ainda a pedra e aferro. Ele é novo e eterno. A cada tanto se abre
nele uma quieta fenda e ele repousa infamUmente entrepesse-
gueiros vermelhos e espigas de muno de cores mutantes.
Deitado sobre teu regaço sinto distanciar-se nas
profundezas a água recolhida por teus abismos, uma só
água, fresca, que leva tua jovem saúde ao mar e à cidade.
Amo a água de tuas grutas, que se canaliza benefica pelas
ruas retas. Amo estas mulheres do Carso que apertam entre
os dentes, contra o vento boreal, apontaãosmlenço, descendo
emgruposàciaoaecomagrarute
morno, sobre a cabeço, E a franja branca do alvorecer, e o ardor
aolon^àaoMrora entre anévoaãaciaade.
Aqviéordemetmbalho.EmPuntofm
enregelado piloto do lurno, os olhos opacos pela vigília^
mentaoguarda-chavesqueooreod Os
grandes bois marrons e negros arrastam lentamente vagões va-
zios até os barcos a vapor ch egados na noite arderim, e quando os
vagões estão emseu lugar às seis e dez os mrregorfores se espa-
lham pelos armazéns. Levam o catà
depão. 0 chefe de um grupo sobe em um terraço de carga,aseu
redor se aglomeram mais de duzentos homens com as car-
teiras de trabalho erguidas e gritam pedindo trabalho. O
chefe do grupo arranca, escolhendo rapidamente, as cartei-
ras necessárias, e depois vai embora seguido pelos contra-
tados. Os demais se calam e se dispersam. Poucos minutos
antes das seis e meia, o mecânico de blusão azul sobepela esca-
575
^KGirJBD--DBJT«.,-.
F I U [ : N : Ì : ; D O . J H Ì • • !
strappa, scegliendo rapidamente, quanti libretti gli occorro-
no, poi va via seguito dagli ingaggiati. Gl i altri stanno zitt i , e
si ri sparpagli ano. Pochi minuti prima delle sei e mezzo i l
meccanico con la blusa turchina sale sulla scaletta della gru,
e apre la pressione dell'acqua; e infine, ul t imi , arrivano ì
carri, Í lunghi scaloni sobbalzanti e fracassanti. I l sole stra-
boccaaranciato sul rettifilo grigio dei magazzini. I l sole è
chiaro nel mare e nella città. Sulle rive Trieste si sveglia
piena di moto e colori.
E levan l'ancora i grossi piroscafi nostri verso Salonicco e
Bombay. E domani le locomotive rintroneranno il ponte di
ferro sulla Moldava e si cacceranno con l'Elba dentro la
Germania.
E anche noi obbediremo alla nostra legge. Viaggeremo
incerti e nostalgici, spinti da desiderosi ricordi che non
troveremo nostri in nessun posto. Di dove venimmo? Lonta-
na è la patria e il nido disfatto. Ma commossi d'amore
torneremo alla patria nostra Trieste, e di qui cominceremo.
Noi vogliamo bene a Trieste per l'anima in tormento che
ci ha data. Essa ci strappa dai nostri piccoli dolori, e ci fa
suoi, e ci fa fratelli di tutte le patrie combattute. Essa ci ha
tirato su per la lotta e i l dovere. E se da queste piante
d'Africa e Asia che le sue merci seminano fra imagazzini.se
dalla sua Borsa dove il telegrafo di Turchia e Portorico batte
calmo la nuova base di ricchezza, se dal suo sforzo di vita,
dalla sua anima crucciata e rotta s'afferma nel mondo una
nuova volontà, Trieste è benedetta d'averci fatto vivere sen-
za pace né gloria. Noi t i vogliamo bene e ti benediciamo,
perché siamo contenti di magari morire nel tuo fuoco.
Noi andremo nel mondo soffrendo con te. Perché noi
amiamo la vita nuova che ci aspetta. Essa è forte e dolorosa.
Dobbiamo patire e tacere. Dobbiamo essere nella solitudine
in città straniera, quando s'invidia il carrettiere bestemmian-
te nella lingua compresa da tutti attorno, e andando sconso-
lati di sera fra visi sconosciuti che non si sognano della
nostra esistenza,s'alza lo sguardo oltre le case impenetrabili,
tremando di pianto e di gloria. Noi dobbiamo spasimare
sotto la nostra piccola possibilità umana, incapaci di chetare
il singhiozzo d'una sorella e di rimettere in via i l compagno
che s'è buttato in disparte e chiede: —Perché?
Ah , fratelli come sarebbe bello poter esser sicuri e super-
bi, e godere della propria intelligenza, saccheggiare i grandi
campi rigogliosi con la giovane forza, e sapere e comandare
e possedere! Ma noi. tesi di orgoglio, con i l cuore che ci
scotta di vergogna, vi tendiamo la mano, e vi preghiamo
d'esser giusti con noi come noi cerchiamo di esser giusti con
voi. Perché noi vi amiamo, fratelli, e speriamo che ci amere-
te. Noi vogliamo amare e lavorare.
dadagriuT,eo±nreavressàa
carros, as longas escadas aos solavancos, ruidosas. O sol trans¬
borda auiranjado sobre o perfil cinzento dos armazéns. O sole
darò no mar e na cidade. Sobre as margens, Trieste desperta
cheia de movimento e cores.
ElemnUjmáncomosnossosgrandesbarc^
Satanica e Bombaim E amanhã as locomotivas retumbarão
sobre a ponte de ferro da Moldávia, e adentrarão pelo Elba na
Alemanha,
Etambemnósobeaeceremosànossalei. Viajaremosinsegu-
ms e nostálgicos, impulsionados poransiadas lembranças que
não serão nossas em nenhuma parle De onde viemos? Longe
está a pátria, e o ninho, desfeito. Mas comovidos peto amor
wltarvmosà nossa pátria, Trieste, e dali começaremos.
Nós amamos Trieste pela alma atormeruáàdqw ruis deu. Ela
nosarnmcadasnossaspequena^
na com todas as pátrias owiôa/Mis. £toj^cr^paraaiii/<ieo
dever. E se aestox plantas da Afrìm eoa Asia que suas mercadori¬
as semeiam entre os armazéns, sede sua Bolsa, mídeo telégra-
fo da Turquia e de Porto Rico anuncia tranquilo a nova base
de riqueza, se do seu esforço de vida, da sua alma aflita e
partida se afirma no mundo uma nova vontade, Trieste é
bendita por nos ter feito viver sem paz nem glória. Nós te
queremos e te bendizemos porque estamos contentes de tal-
vez morrer em teu fogo.
Nós iremos pelo mundo sofrendo contigo. Porque ama-
mos a vida nova que nos espera. Ela é forte e dolorosa.
Devemos sofrer e calar. Devemos estar na solidão na cida-
de estrangeira quando se inveja o carreteiro que blasfema
na linguagem compreendida por todos que estão à sua
volta, e andando desconsolados de noite entre rostos des-
conhecidos que nem sequer se dão conta de nossa existên-
cia elevamos o olhar mais além das casas impenetráveis,
tremendo de pranto e de glória. Devemos padecer sob nos-
sa pequena possibilidade humana, incapazes de aplacar
os soluços de uma irmã e de reconduzir o companheiro
que se afoita e pergunta: -Paraquê?
Ah, irmãos! Que bonito seria podermos nos sentir seguros e
orgulhosos, gozarmos de nossa inteligência, saquearmos os
grandes campos viçosos com a jorrem força, e saber, e co-
mandar e possuir! Mas nós, tensos de orgulho, com o
coração que nos queima de vergonha, vos estendemos a mão
e pedimos que sejam justos conosco como nós tentamos ser
justos com vocês, porque vos amamos, irmãos, e esperamos
que nos amem. Queremos amar e trabalhar.
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