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ORATÓRIA Profª Lucimara Cristina de Castro Currículo: Mestre e Doutoranda em Letras Apostila do Curso de ORATÓRIA Combatendo a inibição e o medo de falar em público MEDO Já ouviu falar em Glossofobia? Essa palavra nada mais é do que o termo utilizado para conceituar o medo de falar em público! Este grande vilão assombra muita gente quando o assunto é se apresentar em frente a uma plateia. Afinal, essa fobia traz à tona um sentimento de que, travar e perder a autoconfiança em uma apresentação, tudo se resumirá em julgamento, não aceitação e vergonha. Um estudo realizado com mais de 3 mil ingleses e publicado pelo jornal britânico Sunday Times, em 2015, revelou o medo de falar em público como o mais temido medo do ser humano (41%), muito maior que o medo de ter problemas financeiros (22%), ficar doente e, inclusive, de morrer (19%). Outra pesquisa da Universidade de Chapman, de 2014, também indicou o medo de falar em público como o mais presente entre os entrevistados, cerca de 25% (cinte e cinco por cento)! O medo é um mecanismo de defesa que existe para nos proteger de algo que poderá nos prejudicar ou nos fazer mal. É aprendido! Características do medo: * Batidas do coração aceleram e ficam descompassadas. * As pernas começam a tremer, as mãos, a suar, a face a empalidecer, ou enrubescer. Motivo do medo? O fantasma que mora dentro de você. www.rhemaeducacao.com.br 02 Quando nos sentimos inseguros é comum que outras pessoas usem nossas ideias como se fossem delas, tirando nossa credibilidade. Não permita que isso ocorra com você: expresse suas ideias claramente. Como vencer o medo de falar em público? Só existe uma maneira: Praticando! Para saber como superar o medo de falar em público, antes é preciso entender de onde vem esse medo, ou seja, qual a sua origem e o motivo pelo qual isso acontece! E a maior razão de sentirmos medo de falar em público é que uma parte do nosso cérebro, a mais primitiva, foi projetada para “fugir ou lutar”! O nosso cérebro mais instintivo, chamado reptiliano, foi programado desde nossos ancestrais para se proteger de ameaças... encarando os medos ou fugindo deles. Nesse momento de ameaça, o cérebro faz com que o seu corpo ative um hormônio chamado adrenalina, que faz aumentar o batimento cardíaco, justamente para você correr (na fuga) ou brigar (na luta). Dessa forma, no momento de falar em público, você está ali, parado, diante de uma plateia, o que faz toda a energia da adrenalina estancar causando rigidez muscular, suor, tremedeira, etc. ou seja, aquela baita sensação de desconforto! Reprograme seu cérebro! * Pense em coisas felizes antes de falar em público; * Não subestime o valor de suas ideias; * Seja um dos primeiros a falar; * Não censure você mesmo; * Entenda que críticas são inevitáveis e úteis; www.rhemaeducacao.com.br 03 www.rhemaeducacao.com.br 04 * Não deixe sua motivação ir embora. Praticando... Treine em frente ao espelho firmando um contrato consigo: Olá! Prazer! Meu nome é “fulano de tal”. A partir deste momento quero ser mais comunicativo, extrovertido! Capaz de cativar e convencer as outras pessoas. Como deve ser a comunicação no século XXI? Desde os primórdios, a comunicação é um instrumento de integração, instrução, socialização e desenvolvimento entre os sujeitos em quaisquer atividades realizadas. Com o passar dos tempos, em especial neste século, uma era marcada pela tecnologia da informação, a exigência das peculiaridades e capacitações do ser humano vem se tornando cada dia maior, sendo a forma como nos comunicamos a ferramenta mais importante no processo de expansão das organizações em todo o mundo. O Mundo mudou e a comunicação também! A partir da primeira metade dos anos 90, o contexto social mercadológico passou por mudanças consideráveis, em decorrência das mudanças sociais, políticas e econômicas. A globalização, essa transformação social maciça na realidade capitalista, acirrou a competitividade entre as corporações, e também entre as pessoas, à procura de estabilidade financeira e mercantil. Atrelado a esse processo, esteve sempre a comunicação, pois é por meio dela que as relações se estabelecem e que os sujeitos interagem entre si. A evolução da comunicação mudou o mundo VOCÊ ESTÁ PREPARADO(A)? A era digital mudou completamente os paradigmas da comunicação. O que antes era feito por telégrafo, telegrama, carta, telefone, rádio, televisão, jornais e revistas impressos, agora se faz pelos meios digitais, www.rhemaeducacao.com.br 05 principalmente pelas redes sociais Facebook, LinkedIn, Instagram, Twitter, WhatsApp e tantas outras que se tornaram o meio de comunicação oficial de uma grande parte da população mundial. Por meio delas, as pessoas interagem em “tempo real” e, rapidamente, podem saber o que está acontecendo no mundo. Se por um lado isso é muito bom, por outro, pode trazer sérios problemas àqueles que não estão preparados, ou se preparando, para essa nova forma de se comunicar. O bom comunicador é aquele que sabe utilizar-se de diferentes códigos linguísticos, adequando-os aos mais diversos contextos de uso. A língua é um instrumento de poder. Quem detém o seu domínio, detém o “poder”. Ao lançar o olhar sob a linguagem nos deparamos com um universo de conhecimento que não se desprende de seu caráter eminentemente social. A língua, por não ser neutra, mas marcada por ideologias, é um espaço onde se travam lutas, e deste modo disputas de poder entre os sujeitos. Assim, aquele que domina o uso da língua, detém prestígio social e melhores possibilidades de se sobressair nas relações sejam no mercado de trabalho ou fora dele. A comunicação globalizante Um dos aspectos mais salientes da comunicação no mundo pós-moderno é que ela acontece numa escala cada vez mais global. Revolução Informacional = Indivíduo conectado Não foi só dinamismo e agilidade de comunicação que as redes sociais trouxeram. Com elas veio a necessidade de transparência e coerência, pois a comunicação digital exige relacionamento e interação. A necessidade de estar preparado para essa comunicação tão dinâmica é indiscutível e também promissora, pois em um mundo onde a diversidade cada vez mais se faz presente, a pluralidade das vozes só tende a enriquecer as relações, profissionais ou não. O QUE É PRECISO PARA COMUNICAR-SE BEM NA ATUALIDADE? www.rhemaeducacao.com.br 06 Estabeleça uma conexão com as pessoas! Procure observar-se sob a visão do outro. Ouça na Essência! Escolha as palavras com cuidado! Fique atento à sua expressão visual e corporal. Controle a voz e seja objetivo! Prepare-se para falar em público! Compartilhe e ouça os Feedbacks atentamente. Estratégias para ser eficiente em um processo de certificação A certificação é um instrumento que atesta que um indivíduo detém o conhecimento de um determinado tema. Ministrar palestras de sucesso é o sonho de muitos profissionais. Isso porque driblar o nervosismo e manter o público atento ao que falamos, nem sempre é tão fácil quanto parece. Muitas pessoas, embora competentes em sua função, acabam gaguejando e expondo ideias que parecem não ficar claras quando se veem diante de uma plateia. E isso é natural. Afinal, falar com o público, definitivamente, não é a mesma coisa que ter uma conversa com pessoas da sua equipe, ou mesmo com seu chefe. Muitas pessoas são superficiais em suas falas. Isso gera descredibilidade! AUSÊNCIA DE IDENTIDADE NÃO BASTA SABER O CONTEÚDO... É PRECISO SABER COMUNICAR! Algumas estratégias... www.rhemaeducacao.com.br 07 Parta sempre do interlocutor! Conhecer o seu público é algo de fundamental importância, antes de preparar uma palestra e, até mesmo, antes de escolher uma temática, pois, o interlocutor é a peça crucial do processo de comunicação. Saiba para quem você dirigirá a sua fala. Utilize-se de vários tipos de conhecimentos! Nem sempre, pautar-se apenas no conhecimento técnico ou científico em uma palestra é umaboa estratégia para garantir uma boa certificação. O ideal, é atrelar diversos tipos de conhecimentos. Alie teoria e prática! Em muitas palestras, a fala do comunicador tende a ser tão técnica e profunda que acaba se distanciando do público que o ouve. Assim, atrelar teoria e prática é de fundamental importância para que o público consiga estabelecer relação entre o conteúdo da palestra e o seu cotidiano. Dispare “gatilhos”! É importante pensar em algumas palavras-chave para enunciar no decorrer da palestra, pois, são elas que ficarão na mente do público. Escolha aquelas que são centrais na sua temática. Construa o seu próprio estilo! Muitas pessoas costumam imitar alguns palestrantes. Isso acaba gerando uma situação forçada e superficial. Utilize imagens de outros palestrantes apenas para espelhar-se e não como modelo de imitação. Construa seu próprio estilo. Conheça os aspectos e a importância da comunicação oral Linguagem, língua e fala são elementos cujas materializações vinculam-se a todo e qualquer processo comunicativo. Embora os concebemos como www.rhemaeducacao.com.br 08 aspectos utilizados para designar a mesma realidade, em se tratando do ponto de vista linguístico, não devem ser confundidos, talvez até como termos sinônimos. LINGUAGEM é a faculdade que todos os humanos têm de se comunicar por meio dos signos de uma língua. LÍNGUA é um conjunto de signos e de regras de combinação desses signos, que constituem a linguagem oral ou escrita de uma coletividade. FALA é a realização individual da língua. Cada indivíduo tem, portanto, um estilo, por meio da utilização individual da língua. FALA X ESCRITA Apesar de haver correlações entre fala e escrita, o ato de escrever é muito diferente do ato de falar. E a grande diferença reside essencialmente no fato de o interlocutor estar presente na hora da fala e ausente no momento em que escrevemos. Como localizar para quem escrevemos? Quem nos lerá? De que modo seremos interpretados e... será mesmo que nossa mensagem pôde ser decodificada? Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou compreensão pode ser imediatamente retomado e solucionado por meio de uma interrupção de quem nos ouça; além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros componentes da "fala" formam um ambiente propício: gestos, expressões faciais, tons de voz que completam, modificam, reforçam o que dizemos. Fala: O emissor utiliza o vocabulário para falar, mas ele também pode se respaldar em outros códigos linguísticos, como: entonação de voz, gestos, interação com o meio, reações diversas, especialmente com a face. Além disso, a tendência ao falar é de repetir as ideias, no intuito de reforçar seu ponto de vista para o ouvinte. Não há também a preocupação exacerbada em se colocar todos os acentos e vírgulas nos devidos lugares, mesmo porque a entonação é quem faz o papel de transmitir o significado almejado. Escrita: O emissor baseia-se no vocabulário que irá estabelecer a www.rhemaeducacao.com.br 09 comunicação entre ele e o destinatário. Além disso, e diferentemente da fala, a escrita exige uma preocupação maior, pois a informação transmitida não se apagará com o tempo, mas poderá fixar-se por tempo indeterminado pelo registro da escrita. MULHERES 6.000 a 8.000 – média de palavras por dia. 2.000 a 3.000 sons vocais. 8.000 a 10.000 gestos, expressões faciais, movimentos de cabeça, outros sinais de linguagem corporal. HOMENS 2.000 A 4.000 – média de palavras por dia. 1.000 a 2.000 sons vocais. 2.000 a 3.000 gestos, expressões faciais, movimentos de cabeça, outros sinais de linguagem corporal. Barreiras na comunicação oral *Egocentrismo; *Timidez; *Dificuldade de expressão; *Escolha inadequada: do receptor, do momento, local e meio; *Excesso de intermediários; *Preconceitos; *Status; www.rhemaeducacao.com.br 10 *Suposições; *Distrações; *Monólogos. Comunicação oral é fundamental! Como fazer a adequação da língua nos mais diferentes contextos de uso? A linguagem sofre variações de acordo com o assunto, ambiente, interlocutor e intencionalidade. Estes fatores se referem à adequação linguística. Durante muito tempo, buscou-se a uniformidade linguística e, assim, tudo o que não entrava nos padrões da gramática normativa era considerado erro. Atualmente, o foco está no conceito de adequado e inadequado, porque há a compreensão de que a linguagem, isto é, o processo de interação comunicativa, é heterogêneo, apresentando níveis de linguagem e níveis de fala. A adequação linguística é a habilidade que os falantes possuem de adaptar a linguagem de acordo com a necessidade do momento. NÍVEIS DE LINGUAGEM INTERLOCUTOR Os interlocutores (emissor e receptor) são parceiros na comunicação, por isso, esse é um dos fatores determinantes para a adequação linguística. O objetivo de toda comunicação é a busca pelo sentido, ou seja, precisa haver entendimento entre os interlocutores, caso contrário, não é possível dizer que houve comunicação. Por isso, considerar o interlocutor é fundamental. Por exemplo, um professor não pode usar a mesma linguagem com um aluno na faculdade e na alfabetização, logo, escolher a linguagem pensando em quem será o seu parceiro é um fator de adequação linguística. www.rhemaeducacao.com.br 11 AMBIENTE A linguagem também é definida a partir do ambiente, por isso, é importante prestar atenção para não cometer inadequações. É impossível usar o mesmo tipo de linguagem entre amigos e em um ambiente corporativo (de trabalho); em um velório e em um campo de futebol; ou, ainda, na igreja e em uma festa. ASSUNTO Assim como a escolha da linguagem, está a escolha do assunto. É preciso adequar a linguagem ao que será dito, logo, não se convida para um chá de bebê da mesma maneira que se convida para uma missa de 7º dia. Da mesma forma que não haverá igualdade entre um comentário de um falecimento e de um time de futebol que foi rebaixado. É preciso ter bom senso no momento da escolha da linguagem, que deve ser usada de acordo com o assunto. RELAÇÃO FALANTE-OUVINTE A presença ou ausência de intimidade entre os interlocutores é outro fator utilizado para a adequação linguística. Portanto, ao pedir uma informação a um estranho, é adequado que se utilize uma linguagem mais formal, enquanto para parabenizar a um amigo, a informalidade é o ideal. INTENCIONALIDADE (EFEITO PRETENDIDO) Nenhum texto (oral ou escrito) é despretensioso, ou seja, sem pretensão, sem objetivo, todos são carregados de intenções. E para cada intenção existe uma forma de linguagem que será compatível, por isso, as declarações de amor são feitas diferentes de uma solicitação de emprego. Há maneiras distintas para criticar, elogiar ou ironizar. É importante fazer essas considerações. Saiba como adquirir estratégias (sorrir e olhar) para convencer e influenciar www.rhemaeducacao.com.br 12 VOCÊ OLHA NOS OLHOS? Como já mencionamos anteriormente, falar em público é um dos maiores medos do ser humano, afinal, é o momento em que ficamos totalmente expostos ao julgamento alheio. Como não é possível simplesmente sair correndo, as fugas acabam se manifestando em ações como cruzar os braços, enfiar as mãos no bolso, falar muito rápido e, outras situações muito comuns, olhar para o chão, para o fundo da sala ou até mesmo para o teto, ao invés de estabelecer o contato visual com a plateia. O nosso olhar comunica uma infinidade de informações! Durante a apresentação, é por meio do contato visual que criamos a empatia com o público. Podemos transmitir segurança, firmeza, atitude e quando olhamos nos olhos enquanto falamos somos vistos como mais confiáveis e sérios. Quando você olha nos olhos, enxerga os detalhes das reações que você está provocando nas pessoas que estão ouvindo você. Quando o orador difunde, espalha a visão sobre o público, faz a conexão mais importante da comunicação entre ele e os ouvintes, pois o público vê com simpatia quandoé olhado de vez em quando. Por outro lado, quando o palestrante não lhe dirige o olhar, passa a impressão de timidez, de desinteresse e de medo. O comunicador deve olhar nos olhos de sua plateia e transmitir emoção pelos olhos e pelo seu sorriso! Algumas dicas simples poderão ajudar nesta missão: 1. Na hora da apresentação é importante evitar o olhar vazio, aquele que parece não enxergar ninguém, ou o para-brisa, que muda de um lado para outro rapidamente. 2. Jamais fixe no chão, no teto ou por cima das cabeças. www.rhemaeducacao.com.br 13 3. Se você perceber uma presença hostil, faça contato visual com os participantes mais receptivos. 4. Só cuidado para não ficar sempre olhando para as mesmas pessoas, já que a nossa tendência é buscar refúgio em quem parece mais simpático. 5. Não exagere na intensidade, pois encarar fixamente pode parecer intimidador e deixar a pessoa inibida. Aquele olhar quase inquiridor pode ser visto como ameaça. 6. Olhe para todos os presentes, sorria e faça com que eles se sintam vistos. Isso vale desde para quem está sentado bem na frente, até a turma do fundão. 7. Lembre-se de nunca abandonar os participantes ficando de costas ou olhando somente para a apresentação. Algumas estratégias... Ao se dirigir à tribuna ou subir ao palco, dê uma olhada de dois segundos em silêncio, espalhando a visão sobre todo o auditório, olhando nos olhos das pessoas. Este olhar tem que ter um leve sorriso, aquele de quem está de bem com a vida. Em seguida, faça uma saudação ao auditório como se estivesse o cumprimentando amistosamente. Enquanto caminha lentamente, corra os olhos durante a fala por toda a plateia. Caso aconteça de alguém fazer uma pergunta durante sua apresentação, dirija o olhar para a pessoa. Em seguida, quando for responder, espalhe a visão para todos do auditório, pois essa resposta pode ser de interesse de todos ou da maioria. www.rhemaeducacao.com.br 14 É preciso “ler” as emoções e reações que você gera, para que possa caminhar pelo auditório atendendo as necessidades individuais e conseguindo obter resultado no todo. Conheça a impostação vocal: técnicas para melhorar a dicção A voz determina a própria personalidade de quem fala: se estamos alegres, tristes, apressados, seguros, etc. A primeira identificação destes comportamentos é transmitida pela voz. Por que será que a voz reflete com tanta nitidez o que se passa no interior das pessoas? A impostação vocal é uma maneira de aproveitar melhor a ressonância corporal para projetar os sons. Quando um orador tem esse domínio, ele consegue ser ouvido por toda a plateia mesmo sem o uso de microfone. Dicção É a pronúncia dos sons das palavras. A deficiência na dicção é quase sempre provocada por negligência. É costume quase generalizado omitir os R e os S no final das palavras. Um exercício útil para melhorar a dicção é fazer leitura em voz alta. É costume quase generalizado omitir o “r” e o “s” finais, como, por exemplo: “levá”, no lugar de levar, “trazê” no lugar de trazer, “fizemos” no lugar de fizermos, da mesma forma que se omitem comumente os “is” intermediários: “janero” em lugar de janeiro. Ênfase É a energia da fala, a vitalidade das palavras faladas. A colocação correta da sílaba tônica é o primeiro passo na ênfase, porque a força e a vida das palavras estão na sua tônica. Assim como a palavra tem a sua sílaba tônica, em uma frase existem palavras que exigem maior ênfase ao serem enunciadas. Entonação É a música da linguagem. Cada palavra tem a sua entonação certa, sugerida pelo seu significado. A variedade melódica da entonação tem por finalidade facilitar a compreensão. É preciso também exercitar e vigiar a intensidade da voz. Não poderemos falar aos berros para um pequeno auditório, nem aos sussurros para uma multidão. Outra dúvida que surge com frequência é quanto à velocidade correta a ser empregada na fala: 1 – Rápida 2 – Muito rápida 3 – Lenta 4 – Muito lenta Cada orador e cada assunto terão sua velocidade própria, dependerão da capacidade de respiração, da emoção, da clareza da pronúncia e do dizer transmitido. Pronúncia É a articulação que dá claridade e nitidez à palavra. A boa articulação faz ressaltar todas as qualidades da voz. Elementos fundamentais: vogais + consoantes + sílabas. EXERCÍCIO DE IMPOSTAÇÃO DE VOZ • 1. Emita uma sequência de números de um a dez, começando de forma grave e terminando de forma aguda. • 2. Fale a sequência dos dias da semana prolongando a última vogal. Ex.: segunda, terça, quarta... www.rhemaeducacao.com.br 15 www.rhemaeducacao.com.br 16 O USO DO MICROFONE Microfone de mesa (sentado)) – postura correta: coluna ereta, colocar apenas as mãos com os punhos sobre a mesa, sem apoiar os braços ou cotovelos. Distanciar o microfone um palmo da boca, quando se virar para os lados não retirar a boca da direção do microfone. Microfone de pedestal (em pé) – manter a coluna ereta, os pés firmes (20cm um do outro); distanciar o microfone (entre 10 cm e 15cm da boca); cuidado ao virar para os lados, mantendo a boca sempre na direção do microfone; atenção para evitar a microfonia. Microfone de lapela (em pé ou sentado) – a posição correta segue a mesma da anterior; cuidando para não bater ou esbarrar no microfone de lapela, causando barulho, exaltando-se ou se emocionando ao falar; evitar a respiração ofegante, tossir ou qualquer outro som diferente. Pronúncia das sílabas Na pressa para expressar uma ideia, é comum falar rápido e sobrepor as sílabas. Isso ocasiona um ruído na comunicação e deixa a oratória ruim, transmitindo a ideia de insegurança no conteúdo. Para treinar, pronuncie as seguintes sílabas por cinco vezes cada sequência: • MUA – MUÉ – MUE – MUI – MUÓ – MUO – MUU; • AS – ES – ÊS – IS – OS – ÔS – US (tente sempre reduzir o chiado); • PRA – TRA – CA – CHA – NHA – LHA – GUA – QUA. Quanto mais você faz os exercícios, mais vai notar os resultados na forma como consegue articular bem o seu discurso. Saiba como realizar um Aquecimento e um Desaqueci- mento vocal www.rhemaeducacao.com.br 17 Respirar antes de falar e controlar a respiração para não ficar ofegante são dois pontos muito importantes para um comunicador. 1. Deite-se com os pés afastados, coloque uma das mãos sobre o peito e a outra abaixo das costelas. Inspire e expire de maneira profunda, se concentrando para que a mão que está nas costelas seja elevada mais do que a que está em cima. A elevação indica a movimentação perfeita do diafragma. 2. Mantenha-se de pé, com pernas e ombros alinhados. Inspire profunda- mente, inflando ao máximo a região diafragmática. Expire emitindo o som da letra “F” de forma lenta e contínua, até acabar o ar. Repita o exercício por cerca de dez vezes. 3. Continue de pé e, na mesma posição alinhada, inspire o máximo de ar que puder. Agora, solte o ar lentamente ao som da letra “S”. Dessa vez, faça três pausas, sentindo o diafragma dar pequenas travadas. Cuidados com a voz... • Evite álcool para não ressecar os órgãos • Fuja de comidas ou bebidas muito quentes ou estupidamente geladas • Cigarro é inadmissível • Acidez dos alimentos pode prejudicar a parte bucal • Não grite jamais • Mantenha sua boca sempre hidratada • Não use pastilhas ou analgésicos. 1. Alongamento Antes de usar a voz, faça um alongamento. 2. Relaxamento Movimente os braços e as pernas livres e suavemente para ativar melhor a circulação sanguínea e aquecer a musculação. www.rhemaeducacao.com.br 18 3. Respiração Trabalhe sua respiração e aproveite para entrar em estado de concentração máxima. 4. Aquecimento muscular de pescoço É fundamental trabalhar com os músculos do pescoço para preparar melhor a voz. 6. Acionamento bucal Faça movimentos com a boca (caretas mesmo) para acionar a musculatura da boca; abrindo e fechando, esticando para os lados, etc. 7. Emissão de sons Emita sons explorando do grave ao agudo. Alguns exercícios • Girar a língua dentro da boca, no vestíbulo(entre os lábios e os dentes). • Mastigar de forma selvagem. • Produção de sons nasais /m/ e /n/ associados a movimentos de língua e mastigação. • Estalar a língua no céu da boca. • Vibração de lábios. • Vibração de língua. • Vocalizações com sequência de vogais: i, ê, é, a, ó, ô, u. • Jogos musicais explorando a respiração. Objetivos do desaquecimento vocal Deve-se esfriar a voz, especialmente após grandes períodos falando. O desaquecimento é simplesmente o oposto do aquecimento, trazendo a www.rhemaeducacao.com.br 19 voz de volta ao estado relaxado, dentro de uma média confortável e de um nível dinâmico. Alguns exercícios • Técnica do bocejo; • Rotação de cabeça com vogais A, O e U; • Sons nasais e/ou vibrantes associados a glissandos descendentes; Alguns exercícios • Relaxamento cervical; • Massagens digitais na laringe com movimentos circulares em volta da cartilagem tireoide; • Movimentos verticais na frente do pescoço (músculo cricotireoideo) e apertos na região da nuca e nos trapézios. CUIDE DA SUA VOZ! SEU MAIOR INSTRUMENTO! Como falar com desembaraço e sem constrangimentos A maioria dos comunicadores se vale de assuntos que conhece muito bem para preparar de maneira mais apropriada suas apresentações e torná-las ainda mais interessantes. Escolher o tema do que você quer palestrar é uma das tarefas mais difíceis. O maior problema é que achamos que não temos nada interessante para falar. E isso simplesmente não é verdade! Sempre existirão pessoas mais experientes do que nós em eventos, assim como também sempre existirão pessoas que estão começando e que são menos experientes. Por isso, mesmo que julgue seu tema como sendo básico, ele pode ser avançado e interessante o bastante para o seu público. Além disso, mesmo que seja um assunto que já foi debatido, você pode dar uma nova perspectiva sobre o assunto. Basta não falar o que já foi dito extensivamente por outras pessoas. E QUANDO NÃO SE PODE ESCOLHER O TEMA DA PALESTRA? www.rhemaeducacao.com.br 20 Só há uma saída: Preparar-se bem! Treine no espelho! Treinar a fala é algo fundamental para um comunicador. Caso esteja iniciando como palestrante, uma boa técnica é apresentar para si em frente ao espelho. Isso lhe fará ganhar confiança. Organize a fala em esquemas! A organização é algo de fundamental importância para uma palestra. Sendo assim, estruturar a comunicação por meio de slides ou tecer um esboço auxiliará para que você não se perca durante a fala. Grave vídeos! Gravar vídeos é uma ótima estratégia para melhorar a performance durante as comunicações. Os vídeos ajudam a corrigir aspectos que não estão coerentes e aprofundar o que pode ser aprimorado. Pratique a autoavaliação! Olhar para si e se auto avaliar precisa ser uma prática do orador para melhorar cada vez mais sua maneira de comunicar. Apresente para pessoas de sua intimidade! Outra estratégia bastante válida é partilhar a fala, antes de apresentar ao público oficial, às pessoas de sua intimidade. Isso lhe proporcionará maior segurança e permitirá corrigir erros que poderiam ocorrer no momento da apresentação oficial. Aceite os feedbacks! Saber ouvir o que os outros têm a dizer acerca da nossa maneira de comunicar é um ponto muito relevante. Às vezes, a fala pode estar boa sob o meu ponto de vista, porém, não aos olhos do meu público. Saiba ouvir as www.rhemaeducacao.com.br 21 críticas com maestria! A importância de uma boa preparação de um discurso O fato de uma pessoa falar muito ou ter desenvoltura para falar não garante necessariamente que ela tenha facilidade para falar em todas as circunstâncias profissionais e sociais. No mundo em que vivemos, a expressão oral tem sido cada vez mais valorizada e, muitas vezes, é o critério decisivo para o sucesso profissional de muitas pessoas. Contudo, em algumas situações, as práticas sociais de linguagem são regradas e a escola pode desempenhar um importante papel no sentido de criar vivências que permitam o conhecimento e a apropriação de falas mais padronizadas. É o caso dos gêneros orais públicos, como a discussão em grupo, a exposição oral, o seminário, a entrevista oral, o debate regrado e muitos outros. Assim, para a boa preparação de um discurso, escolher o gênero textual é o primeiro passo! Etapas do processo lógico: 1º. Pensar: “falei sem pensar...” 2º. Planejar: “eu não sabia bem o que falar...” 3º. Transmitir: “eu não me expressei bem...” Antes de elaborar uma fala é necessário saber: Por quê O quê A quem Falar/Ouvir? Como Quando Quanto Onde Lembre-se que se trata de um texto! Embora seja por meio da fala, o texto precisa apresentar uma organização de ideias. O vocabulário ideal é aquele que se adapta a qualquer auditório. Embora simples, traduz as ideias claramente, sem divagações. Lembremo-nos sempre, entretanto, que palavras simples não são palavras sem consistência. O conceito de simples restringe-se à clareza das ideias e à compreensão dos ouvintes. A linguagem utilizada na comunicação deve estar alinhada ao perfil dos participantes. Assim, jargão profissional e termos técnicos podem ser utilizados com seus pares, mas são inadequados para uma audiência heterogênea. Além disso, tenha atenção especial em relação às regras gramaticais, conjugação de verbos, concordância, coesão e coerência textual. Atrele à sua fala exemplos do dia a dia, pequenas histórias, lance perguntas. Uma mensagem poderosa e consistente ao término de sua apresentação, poderá ganhar a simpatia dos ouvintes, inclusive daqueles que estiveram reticentes ao longo de toda a explanação. É sugerido finalizar as palestras: 1 – Declamando um poema; 2 – Contanto uma passagem profissional; 3 – Contando uma história ilustrativa; 4 – Apresentando um vídeo ou imagem reflexiva. Seja empático, claro e objetivo. Ah! E não se esqueça de agradecer no final! Como realizar a gestão do tempo Distribuir bem o tempo em um momento de fala é algo fundamental! www.rhemaeducacao.com.br 22 Inicie a apresentação. Inicie dizendo algo como “Olá, tudo bem? Hoje vou falar um pouco sobre [assunto].”. Não se apresente já de início. Você já pode, também, abrir a fala, com um pouco de contexto, explicando porque o assunto a ser tratado é relevante. Fale um pouco sobre você. Faça uma apresentação bem rápida e sucinta. Não fale o seu currículo inteiro, pois poderá parecer que está sendo soberbo com suas conquistas. Do mesmo modo, não perca muito tempo apresentando sua empresa; os participantes não estão ali para ouvir seu spam comercial. Escopo! Neste instante é preciso prender a atenção dos participantes. Fale sobre os problemas que sua palestra tentará elucidar. Faça declarações que você irá detalhar posteriormente. Faça com que o suspense mantenha os participantes envolvidos com a palestra. Faça sua apresentação! Não há muito segredo a não ser praticar o que você pretende falar. Pense em pausas na fala, o modo como você pretende abordar o tema e como www.rhemaeducacao.com.br 23 pretende encaixar exemplos, comentários, etc. Faça um recap! Palestras técnicas podem ser muito densas. Por isso, coloque em suas conclusões finais os pontos que você quer que os participantes levem de sua palestra. Encerre a apresentação e abra para perguntas. Assim que os aplausos cessarem, abra para perguntas se o tempo permitir (e se fizer sentido). Lembre-se de responder sinceramente às perguntas e, caso você não saiba algo, não tenha vergonha de dizer isso. Muitas perguntas assumem um contexto que você não tem a menor ideia. É melhor ser sincero e dizer que não sabe como algo funcionará neste contexto do que falar uma besteira e ficar marcado por isso para sempre. Agradeça! Ao encerrar sua apresentação, é hora de agradecer pelo tempo. Uma dica é terminar com um slide escrito “Obrigado”. Aprenda a falar por meio de improviso FOI PEGO(A) DE IMPROVISO PARA FALAR? Tenha em mãos papele caneta! Anotar as ideias principais em um papel é muito importante para que você tenha uma ordem lógica e não se perca no meio da fala. Porém, no momento, não será usado este papel, no entanto você anotará algumas palavras que podem ser ligadas para formar um discurso em improviso. Anote as coisas mais importantes. Toda temática tem os pontos mais importantes que não podem deixar de ser mencionados sem formar uma lacuna na fala. Sendo assim, pesquise e www.rhemaeducacao.com.br 24 anote todos eles, usando o seu celular para procurar, rapidamente, um pouco mais sobre o tema. Se estiver sem tempo, escreva pelo menos as palavras-chave. Monte uma frase para abrir e fechar a sua fala. Utilizar uma frase coerente e de impacto para abrir ou fechar sua fala, além de causar boa impressão, permitirá que “brechas” sejam abertas para introduzir a temática da qual tratará. Esteja sempre atualizado! Uma das melhores formas de estarmos sempre bem preparados, especialmente para as perguntas do público, é nos mantendo atualizados. Não deixe de fazer cursos sobre o assunto e seguir canais no YouTube, blogs e sites em geral que ofereçam atualizações valiosas sobre a temática mais trabalhada em suas falas. Prepare-se para o inesperado! Em uma fala de improviso, nem sempre as coisas sairão exatamente da forma que planejamos. A quantidade de perguntas da plateia pode ser maior que o imaginado, por exemplo, além de tantas outras coisas que estão fora do nosso controle. Portanto, esteja preparado para essas eventualidades. Ancore-se em algum ponto do assunto! Direcione a temática para um ponto em que você tenha mais conhecimento, que saiba usar as palavras e explicar de uma forma mais fácil. Você também pode dar o seu ponto de vista e debater os fatos que o levaram a isso. Coaching e oratória Coaching é uma forma de desenvolvimento na qual alguém denominado coach, ajuda um aprendiz ou cliente a adquirir um objetivo pessoal ou www.rhemaeducacao.com.br 25 profissional específico por meio de treinamento e orientação. COMUNICAÇÃO ASSERTIVA Existem várias definições de assertividade, mas todas elas vêm da premissa que devemos fazer valer as nossas vontades, sem com isso desrespeitar o próximo. Ou seja, a assertividade é a habilidade de se comunicar de forma honesta sem agredir ou soar ofensivo, mesmo quando sua posição é contrária à da pessoa com quem está a comunicar. A assertividade não é um traço de personalidade, mas uma competência que pode ser aprendida. O treino para a assertividade implica o desenvolvimento de duas competências fundamentais: entender que existem duas perspectivas numa conversa e a flexibilidade para dar espaço a elas. É importante saber que todos temos direitos de afirmação pessoal. São eles: DIREITOS DE AFIRMAÇÃO PESSOAL 1. Autopromover a dignidade pessoal; 2. Expressar sentimentos; 3. Dizer “não” sem se sentir culpado; 4. Não ter medo de cometer erros se decidido a corrigi-los; 5. Pedir informação antes de responder; 6. Criticar sem se sentir culpado; 7. Ser respeitado; 8. Não funcionar sempre no máximo; 9. Fazer pedidos; 10. Ter tempo de refletir antes de decidir; 11. Mudar de opinião. Para termos uma comunicação assertiva é importante o autoconhecimento. Isto porque é por meio das nossas crenças que definimos os nossos e os direitos dos outros. Por conseguinte, isso determina como nos comportamos em cada situação e o resultado de cada www.rhemaeducacao.com.br 26 interação. Portanto, a comunicação assertiva demonstra o nível de inteligência social do indivíduo. Assim, para um coach, praticar a comunicação assertiva, implica: Praticar uma comunicação voltada para resultados. Desenvolver a percepção. Acompanhar o processo comunicativo. Reforçar as palavras com a ação. Criar um clima de receptividade e confiança. Ter habilidade para ouvir. Algumas dicas... • Discordando das outras pessoas: Expresse o seu desacordo claramente; Expresse suas dúvidas de modo construtivo; Faça uma distinção entre a sua opinião e os fatos; Esteja disposto a mudar de opinião em face das suas informações; Apresente razões para o seu desacordo; Analise/aceite a opinião de terceiros. Recusando pedidos: Dê uma resposta curta; Evite justificativas longas e desconexas; Apresente motivos, mas não invente desculpas; www.rhemaeducacao.com.br 27 Peça mais informações antes de decidir se aceita ou recusa um pedido; Seja gentil, demonstre cordialidade e atenção; sua recusa refere-se ao pedido, não é uma rejeição à pessoa. Elogios e críticas: Teça comentários sobre ações específicas; Apresente motivos para seus comentários (positivos e negativos). Dê atenção ao feedback; Ao tecer críticas, ataque os problemas e não as pessoas. SEJA PRUDENTE! COLOQUE-SE SEMPRE NO LUGAR DO OUTRO Como o professor pode realizar uma boa reunião pedagógica Dentro de uma empresa é preciso que o setor estratégico consiga traçar quais são os objetivos que seus colaboradores terão que atingir. Nas instituições de ensino também funciona nesse mesmo processo, pois os gestores devem encontrar maneiras para desenvolver um bom modelo de gestão, proporcionando um ano letivo mais adequado à realidade da escola e da comunidade local. A reunião pedagógica tem como objetivo promover a formação contínua do corpo docente da escola. Cabe ao coordenador pedagógico pautar as reuniões de modo a conduzir o grupo a reflexões, discussões, além de suscitar questões que promovam ações que contribuam diretamente para a ampliação de conhecimentos e qualidade da educação. ORGANIZAÇÃO 1. Defina uma pauta para as reuniões pedagógicas Parte do planejamento é a definição de pauta da reunião pedagógica, uma www.rhemaeducacao.com.br 28 www.rhemaeducacao.com.br 29 vez que ela é fundamental para atender, de forma organizada, as necessidades da escola. Dessa forma, ao definir o que será discutido, é importante mapear o que seus professores, coordenadores e a comunidade escolar, de modo geral, está demandando. 2. Planeje sua reunião pedagógica Planejamento da reunião: mapeamento da pauta em tópicos. Uma reunião pedagógica conduzida com êxito precisa ter uma pauta relevante e que proporcione aos participantes discussões que venham a beneficiar o planejamento letivo, pois precisa ser organizada a fim de que haja produtividade. 3. Não seja prolixo! Algumas reuniões tendem a se tornar maçante pela repetição de falas devido aos problemas. Não seja redundante. 4. Seja empático! É preciso colocar-se no lugar do outro e saber ouvir! 5. Motive sua equipe Palavras de afirmação são ótimas estratégias para motivar uma equipe e desenvolver um trabalho colaborativo! Storytelling As histórias existem desde os primórdios. Os primeiros registros são observados em pinturas rupestres em cavernas até hoje. E não é à toa. Contar histórias é um meio de tornar a sua apresentação muito mais envolvente e memorável. Pense bem: você provavelmente terá dificuldades em lembrar de algo que aconteceu em uma ocasião há 10 ou 15 anos. Porém, se recorda perfeitamente de uma história contada pelos seus pais ou avós quando era www.rhemaeducacao.com.br 30 apenas uma criança, não é mesmo? O cérebro humano absorve as histórias de uma maneira diferente. Ao inserir um personagem, cria-se o sentimento de empatia, como se as experiências tivessem sido vividas pelo próprio ouvinte. Por isso, o corpo libera dopamina, substância relacionada ao prazer. E, ao fim, tudo que você quer proporcionar à sua audiência são emoções agradáveis. O storytelling, que é a narrativa de uma história, é uma técnica eficiente e muito utilizada em estratégias e conteúdo de marketing. A narração de uma história gera muita identificação da audiência com o conteúdo, além de ter grande capacidade de cativar o ouvinte. As pessoas automaticamente se veem na pele do protagonista da história narrada, e isso porque geralmente são personagens de casos comuns do dia a dia, que deram certo e obtiveram êxito. Ahistória real prende o auditório, exatamente porque é verídica, aconteceu com alguém de carne e osso, em uma condição semelhante à da maioria do público, e portanto, há envolvimento e curiosidade para saber o desfecho. Você pode contar suas próprias experiências, de terceiros ou até mesmo inventá-las. Não importa. O indispensável é criar um vínculo com a audiência, utilizando o storytelling para trazer proximidade com o que está sendo falado. 6. Faça uma síntese das reflexões e dos conteúdos É importante fazer um fechamento com os principais pontos da reunião, para que não fiquem brechas nem dúvidas. A coordenação pedagógica pode preparar textos ou vídeos que motivem ainda mais sua equipe para buscar as metas definidas na reunião. Todo e qualquer material pedagógico com fim de auxiliar os professores, coordenação e direção será bem-vindo, como vídeos de palestras de educadores para estimular a criatividade e inovação da equipe colaborativa www.rhemaeducacao.com.br 31 da instituição de ensino. Administrando conflitos na comunicação A gestão de conflitos na comunicação é algo fundamental para alcançar a harmonia entre os sujeitos, solucionando divergências que surgem decorrentes da reunião de pessoas com diferentes opiniões e personalidades. Como gerenciar conflitos na comunicação? A gestão deve começar muito antes de um conflito realmente acontecer, ou seja, é preciso agir com antecedência. Esperar que uma situação de confronto estoure não é a melhor saída, então, invista na melhoria da comunicação dentro do estabelecimento ou grupo social. Além de criar um clima de transparência e credibilidade, a comunicação também evita que rumores e conversas paralelas surjam, mantendo a equipe mais alinhada. Uma boa solução é implementar canais que facilitem o diálogo, como aplicativos e redes sociais corporativas, caso se trate de ambiente de trabalho. Identifique o problema Primeiro, identifique onde está o problema ou conflito. Avalie a postura de cada um, a forma como está trabalhando, o modo como trata as outras pessoas e a ocorrência de erros funcionais no dia-a-dia. Tome cuidado: o conflito pode ser bem localizado, mas pode também extrapolar os limites de sua empresa quando o funcionário tiver contato com clientes ou fornecedores externos. Converse com os interlocutores daquela pessoa que você identificou como parte do problema. Pegue o máximo de informações e exemplos válidos para embasá-lo. Ademais, tente se colocar no lugar de cada envolvido para facilitar a interpretação dos fatos. www.rhemaeducacao.com.br 32 Ouça todas as partes Após a identificação do problema e o reconhecimento dos envolvidos no conflito, faça uma reunião com as partes. Ouça atentamente cada lado, procurando não interromper durante a explanação. Se necessário, envolva outras pessoas que estejam próximas dos implicados. Seja neutro Em todo conflito há uma série de pontos de vista — e eles devem ser considerados na discussão. Não é difícil que um profissional acredite que o líder tende mais para um lado do que para o outro, por isso é necessário manter a imparcialidade. Reúna-se com os envolvidos no conflito interpessoal e deixe que cada um explique a situação e o que motivou o atrito. Nesse caso, o papel do gestor é o de facilitador, garantindo que ambas as partes tenham voz e consigam passar pelo problema o mais breve possível. Isso é benéfico aos profissionais e à empresa. Utilize a primeira pessoa do plural Liderar a resolução de conflitos não é uma tarefa fácil, especialmente se o esforço for despendido individualmente. É importante mostrar que todos os envolvidos devem estar comprometidos com a resolução, isto é, agir de forma colaborativa. Uma dica muito simples para isso é usar a palavra “nós” na conversa, mostrando sempre que a solução depende de um trabalho conjunto. Tenha sempre em mente que o objetivo não é encontrar culpados ou definir quem é inocente, mas extinguir o mal-entendido. Dê o feedback É importante gerar feedbacks para os envolvidos no conflito, preferencialmente de maneira individual. Será possível apontar erros e acertos pessoais, objetivando desenvolver o profissional para que ele www.rhemaeducacao.com.br 33 entregue melhores resultados no futuro. Você poderá apontar pontos negativos, como a falta de empatia pelo colega de trabalho ou a pouca disponibilidade para ouvir, bem como pontos positivos, a exemplo da paciência na resolução e da disposição para chegar a um denominador comum. O mais importante é que o feedback conte com características como equilíbrio, planejamento e objetividade. Isso possibilitará tornar a experiência dos profissionais mais agradável. Negocie uma solução ganha-ganha! A solução de um conflito deve beneficiar os dois lados, afinal, só assim, é possível eliminar ressentimentos e mitigar as chances de que o mesmo problema ocorra no futuro. Para tanto, é preciso buscar uma alternativa inovadora e com recursos criativos. Não pense que essa é uma tarefa fácil, pois a negociação envolve diversas variáveis. As pessoas pensam de forma diferente, têm expectativas e objetivos diferentes. Por isso, é importante identificar interesses similares, uma plataforma comum para se trabalhar. Lembre-se sempre: a comunicação é fundamental para a manutenção de um bom clima! Como preparar uma palestra e apresentar-se em público com êxito Uma palestra deve sempre: • Aprofundar um tema; • Propiciar o debate; • Socializar o conhecimento; • Despertar o interesse; • Estimular a participação; • Tornar o estudo aprazível; • Mediar a aprendizagem do público. www.rhemaeducacao.com.br 34 Após a escolha da temática e o direcionamento dos aspectos principais que irá abordar, é importante pensar na organização do texto. Por onde começar? Pesquisar na literatura textos que tratem do tema. Ler é fundamental para alcançar o conhecimento teórico necessário para a construção de uma palestra. Pensando no design dos slides Após algumas pesquisas é importante que você comece a organizar e estruturar os tópicos que sua palestra irá abordar. Na hora de construir os slides, alguns pontos deverão ser levados em consideração: A quantidade de slides deve ser proporcional à quantidade de tempo disponível. Editar a fonte no tamanho que todos da sala consigam ver. Harmonizar a cor da letra com a cor do fundo; Exemplificar sempre que possível; Harmonizam www.rhemaeducacao.com.br 35 Evitar o uso de fotos como plano de fundo; Comedir-se nos efeitos especiais; Apoiar-se 80% na fala e 20% no material áudio visual; Reconhecer os slides de apresentação como recurso; Seja objetivo e expresse as ideias de forma clara; Conceitue os termos chave que compõem a ideia; Compor as frases com seis a oito palavras; Empregar o vocabulário adequado; Dimensionar o tamanho da fonte em função da distância do observador. Fonte: Arial, Verdana ou Tahoma. Revisar os Slides (Erros ortográficos, Concordância das Frases, Imagens, etc). Resumir as tabelas com muitos dados numéricos; Cuidar da estética e da funcionalidade dos elementos gráficos; Referencie tudo que for citado na apresentação. Cuidar para salvar a apresentação corretamente em uma mídia de gravação. PALESTRANDO... www.rhemaeducacao.com.br 36 Para que sua palestra ocorra com êxito é importante que você tenha: • Domínio do tema e de cada tópico (visão geral e do detalhe); • Fala fluente e espontânea (sem leitura do texto ou exposição decorada); • Exposição do assunto dentro de uma sequência lógica. O que evitar? Ficar com as mãos nos bolsos; Braços cruzados; Rosto Inclinado; Olhar fixamente para uma pessoa; Gestos rápidos e mãos trêmulas; Dar as costas à plateia; Gírias e situações cômicas. Dicas de postura Sorrir; Tentar transparecer a calma; Rosto erguido; Olhar para toda a plateia; Colocar-se de pé; Falar de modo que todos possam ouvir; Gesticular; Deslocar-se lentamente dentro do espaço da apresentação; Usar o vestuário correto; Esboçarsemblante que revele confiança e simpatia; Algumas dicas! Compre um controle remoto para fazer sua apresentação; Não faça apresentações sem estar conectado a uma fonte de energia; Desabilite seu wi-fi, Coloque seu telefone em modo avião; Cuide com a imagem verbal e não verbal; Gerencie os danos! www.rhemaeducacao.com.br 37 FINALIZANDO... Palestrar e colocar-se em evidência não é uma tarefa tão simples. Se você quer palestrar, lembre-se que pessoas irão criticar você. Fazer uma palestra exige muito mais dedicação do que você pensa que é necessário, mas no fim, vale muito a pena. Parabéns por dar esse importantíssimo passo em sua carreira e na disseminação de conhecimento! REFERÊNCIAS ALVES, Léo da Silva. A arte da Oratória. Brasília: Brasília Jurídica, 2004. CARVALHO, Durval Moraes. Oratória e comunicação humana. Comércio e Importacão de Livros, 1967. DA SILVA, Merlia Helen Faustino; SILVA, Vladimir Alexandro Pereira. O corpo em movimento: um estudo do gesto aplicado à técnica vocal. 2014. DE BONA, Magda Vergínia. Oficina de oratória: fale em público agora. Editora Autografia, 2020. DE CASTRO, RACHEL COELHO. Oratória–a arte da relação interpessoal. 2002. Tese de Doutorado. UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES, 2002. DE SOUSA, Américo. A Persuasão Estratégias da comunicação influente. 2000. FERREIRA, Gabriella Negreiros et al. O aperfeiçoamento da comunicação organizacional através da oratória. 2012. MOTA, Andréa Coelho Gagliardi. Aquecimento e desaquecimento vocal. www.rhemaeducacao.com.br 38 São Paulo: CEFAC, 1998. MOREIRA, Rodrigo. Técnicas de oratória para falar melhor em público. Comunicação, linguagem e análise do discurso, p. 11. PASSADORI, REINALDO. As 7 dimensões da comunicação verbal. Editora Gente Liv e Edit Ltd, 2009. PIGNATARI, Décio. Informação. Linguagem. Comunicação. Ateliê Editorial, 2003. REIS, Lucileia Barbosa; SILVA, Flavia Manente da; FRARE, Laercio Mantovani. Minicurso de Oratória: técnicas para falar com o público. 2017. TULLIO, Claudia Maris; DE BARROS, Giselle Jansen Xavier; VALIGURA, Tatiane. Oratória: vencendo o medo de falar em público. Secretariado em revista ano-2016, p. 81, 2016. Siga nossa Redes Sociais www.rhemaeducacao.com.br https://www.facebook.com/rhemaeducacao https://www.instagram.com/rhemaeducacao/ https://www.linkedin.com/company/grupo-rhema-educa%C3%A7%C3%A3o/?viewAsMember=true https://www.youtube.com/c/GrupoRhemaEducacao