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Alterações fisiológicas do envelhecimento 1
Alterações fisiológicas do 
envelhecimento
O envelhecimento é caracterizado por alterações previsíveis, progressivas, associadas ao aumento da 
suscetibilidade para muitas doenças. Esse processo não é uniforme entre as pessoas.
Concorrem para a variação da longevidade:
fatores genéticos
estilo de vida escolhido
exposições ambientais
📢 Gerontologia = estudo dos fenômenos 
fisiológicos, psicológicos e sociais 
relacionados ao envelhecimento do ser 
humano
Composição corporal
Por volta dos 25 anos já podemos observar modificações na composição corporal.
Toda a celularidade diminui, reduzindo a função dos órgãos, continuamente.
Ocorre diminuição da água intracelular, tornando o organismo da pessoa idosa desidratado, 
fisiologicamente.
📢 Devemos ficar alertas ao prescrever fármacos hidrossolúveis, como a digoxina, pois elas 
estarão em maior concentração, podendo ocorrer efeitos indesejáveis.
A musculatura vai diminuindo, especialmente as fibras tipo II, de contração rápida, como as 
encontradas nas mãos. Com isso a força muscular vai diminuindo.
Em contrapartida, há aumento proporcional da gordura, especialmente em torno da cintura pélvica, 
provocando modificações da silhueta.
📢 Ficar alerta para as substâncias lipossolúveis, como as de ação central, pois terão seu 
tempo de ação aumentado.
Pele
A pele é um importante órgão pelas várias funções que exerce. Além de ser o invólucro que nos separa 
do meio externo, previne a perda de água, regula o equilíbrio hidreletrolítico, controla a temperatura 
corporal e recebe os estímulos sensoriais de tato, pressão, temperatura e dor
A pele se torna seca, por diminuição das glândulas sebáceas, e espessada, com as papilas dérmicas 
menos profundas, levando a menor junção entre a epiderme e a derme, facilitando a formação de bolhas 
e predispondo a lesões.
O número de melanócitos diminui de 8 a 20%, por década, após os 30 anos. Esse fato, associado:
ao alentecimento da reposição das células da epiderme
Alterações fisiológicas do envelhecimento 2
ao maior tempo de exposição aos raios UV
à redução das células de Langerhans (células mediadoras da resposta imunológica na pele)
contribui para o aumento da incidência do câncer de pele.
Na derme do indivíduo idoso, observa-se menor número de fibras elásticas e colágenas, levando a uma 
perda da resiliência e à formação de rugas.
Também há diminuição da vascularização, justificando a palidez e a diminuição da temperatura da pele, 
aumentando a frequência de dermatites.
Pálpebras
A flacidez das pálpebras superiores leva a uma limitação do campo visual lateral, podendo a pessoa não 
ver objetos ao seu lado, não ver um veículo se aproximar ao atravessar a rua, aumentando o risco de 
sofrer acidentes.
Apesar da diminuição da secreção lacrimal, a flacidez nas pálpebras inferiores desloca o orifício de 
entrada do canal lacrimal, provocando um lacrimejamento incomodativo, obrigando a pessoa a limpar os 
olhos, nem sempre com as mãos limpas, provocando infecções oculares.
A atrofia da fáscia palpebral pode levar à herniação da gordura orbitária para dentro do tecido palpebral, 
produzindo “bolsas” embaixo dos olhos.
Há tratamento cirúrgico simples para essas modificações. Nosso dever é estar atento e fazer a indicação 
para as correções.
Ocorre também atrofia da aponeurose do músculo elevador da pálpebra, podendo cobrir a pupila, como 
visto na ptose senil. Essa alteração provoca lentidão nos idosos ao olharem o retrovisor quando estão 
dirigindo, podendo causar acidentes.
Fâneros
A diminuição do número das glândulas sudoríparas somada à diminuição dos vasos sanguíneos da 
derme e da espessura do tecido celular subcutâneo dificultam a termorregulação.
As glândulas sebáceas mantêm seu número constante, mas seu tamanho aumenta enquanto a liberação 
de gordura e a produção de cera diminuem.
O embranquecimento dos cabelos ocorre pela perda progressiva de melanócitos nos bulbos capilares.
O número dos corpúsculos de Pacini e Meissner, responsáveis pela sensação de pressão e tato leve, 
diminuem predispondo a lesões e diminuindo a destreza para certos movimentos com as mãos.
O crescimento longitudinal das unhas diminui. Elas se tornam mais quebradiças e frágeis.
Musculatura
A massa muscular diminui quase 50% entre os 20 e 90 anos, e a força muscular, que é máxima por volta 
dos 30 anos, sofre perda de 15% por década a partir dos 50 anos.
📢 Essa redução ocorre tanto em número quanto no volume das fibras. Entretanto, a força 
muscular do diafragma sofre pouca alteração.
A força da musculatura da panturrilha diminui significativamente ao longo dos anos.
Alterações fisiológicas do envelhecimento 3
📢 Foi observada uma associação entre níveis baixos de vitamina D e fraqueza muscular.
A suplementação de vitamina D traz benefícios na força muscular quando os níveis dessa vitamina estão 
abaixo de 20 ng/ml (50 nmol/l).
📢 A atividade física, independentemente da idade, aumenta a força e a velocidade muscular, 
além de prevenir perda óssea, quedas, hospitalizações e melhorar a função articular.
Os exercícios praticados com regularidade diminuem os fatores de risco para doenças 
cardíacas, diabetes e alguns tipos de câncer. Promovem o bem-estar, melhoram o ritmo do 
sono e alcançam benefícios para além do físico, como maior integração social, ajudando na 
esfera psicológica.
Sistema cardiovascular
O coração é um órgão autorregenerativo. Ao longo da vida essa população de miócitos é reposta 18 
vezes, independente de doenças cardíacas.
No coração idoso ocorre perda progressiva dos miócitos, devido a um declínio progressivo da habilidade 
de duplicação das células-tronco cardíacas. Entretanto, observa-se aumento de seu volume celular.
📢 A diminuição da capacidade contrátil causa aumento do coração que esconde a atrofia das 
células contráteis.
Em uma aparente contradição, as câmeras cardíacas dilatadas e o coração senil, embora atrófico em 
número celular, morfologicamente, é hipertrófico.
Há redução progressiva do número de células do nó sinusal.
Há, também, perda de fibras na bifurcação do feixe de His (grupo de fibras que conduz os impulsos 
elétricos a partir do nó atrioventricular até as câmaras inferiores do coração). Daí a maior chance de 
arritmias cardíacas.
📢 Contração prolongada/ Diminuição da 
resposta beta-adrenérgica
Aumento da rigidez miocárdica e 
vascular
Controle do sistema nervoso autônomo
Diminuição dos barorreflexos arteriais
Aumento do fluxo simpático
Diminuição do fluxo vagal
Diminuição do VO2
Alterações fisiológicas do envelhecimento 4
Estrutura cardíaca
Ocorre hipertrofia do ventrículo esquerdo, provocando aumento da pressão arterial dependente da idade.
O volume diastólico final diminui somente nas mulheres e, portanto, não está correlacionado com a 
idade.
Também se observa aumento no número e na espessura das fibras colágenas presentes no miocárdio.
Estrutura arterial
O aumento da rigidez da parede arterial é um fenômeno universal e contribui para muitas alterações do 
sistema cardiovascular.
A diferença se dá na camada média, diferentemente do que ocorre na aterosclerose, em que o 
comprometimento está na camada íntima.
Com o aumento da rigidez das paredes, as artérias aumentam de diâmetro e de espessura. Após os 60 
anos a elasticidade está bem diminuída, aumentando a impedância do fluxo sanguíneo durante a sístole.
📢 O aumento da velocidade da onda de pulso aórtico e a diminuição da pressão diastólica são 
outras consequências da rigidez aórtica.
Sistema nervoso
Alterações estruturais
A diferença do tamanho do cérebro entre indivíduos adultos e idosos tem pequeno significado funcional. 
O volume do cérebro diminui em torno de 7 cm³ por ano após os 65 anos de idade, com maior perda nos 
lobos frontal e temporal e perda maior da substância branca do que da substância cinzenta. Já os sulcos 
corticais dilatam-se e aprofundam-se. Também alargam-se os ventrículos e há aumento do espaço 
liquórico.O fluxo cerebral diminui heterogeneamente de 5 a 20% com deterioração dos mecanismos que mantêm 
o fluxo sanguíneo cerebral com a flutuação da pressão arterial.
A perda neuronal é mais evidente nos neurônios maiores no cerebelo e no córtex cerebral.
Com o envelhecimento também se observa diminuição das sinapses. Essas modificações estão mais 
ligadas à apoptose do que a processos inflamatórios ou isquêmicos.
📢 Em resposta ao dano neuronal, as células gliais aumentam. Esse acúmulo de células gliais, 
denominado gliose, representa uma resposta compensatória protegendo a função neuronal e a 
plasticidade.
Em algumas pessoas, o número de dendritos diminui, perdendo assim as sinapses, alterando a 
neurotransmissão, piorando a comunicação do sistema nervoso. Entretanto, em decorrência da 
plasticidade cerebral pode ocorrer aumento da densidade dos dendritos, assim como seu prolongamento, 
como uma reação de manutenção da função cerebral.
Alterações fisiológicas do envelhecimento 5
📢 Nos quadros demenciais a perda dendrítica é acentuada e progressiva, diminuindo a 
plasticidade e a dinâmica dos processos cerebrais. Enovelados neurofibrilares e placas senis 
são encontrados no envelhecimento normal, porém em menor extensão que na doença de 
Alzheimer.
Há também mudanças dos nervos periféricos e da musculatura. As células do corno anterior da medula 
diminuem e ocorre redução da mielina nos nervos sensoriais. A consequência dessas mudanças inclui 
perda da sensação vibratória, do tato e da dor, assim como disfunção autonômica afetando a reatividade 
pupilar, a regulação da temperatura corporal e o controle vascular cardíaco e periférico.
Alterações bioquímicas
A acetilcolina (relacionada com regulação da memória, aprendizado e sono) diminui devido à diminuição 
dos neurônios colinérgicos e muscarínicos, reduzindo sua síntese e liberação.
Também a dopamina e seus receptores no estriato e na substância nigra podem estar diminuídos.
Os idosos são mais propensos a sofrer efeitos anticolinérgicos, visto que, com a idade, a quantidade de 
acetilcolina no corpo diminui. Consequentemente, os medicamentos anticolinérgicos bloqueiam uma 
porcentagem alta de acetilcolina, já que o corpo ao envelhecer é menos capaz de usar a pouca 
acetilcolina presente. Além disso, as células em muitas partes do corpo (como o trato digestivo) têm 
menos lugares onde a acetilcolina pode atacar. Como resultado, os médicos normalmente tentam evitar 
usar medicamentos com efeitos anticolinérgicos em idosos, se possível.
Considerando a elevada distribuição dos receptores muscarínicos por todo o organismo humano, os 
fármacos com efeitos anticolinérgicos podem desencadear efeitos adversos centrais — declínio 
cognitivo, delirium, confusão mental — e periféricos  — boca seca, olho seco, retenção urinária, 
obstipação ou taquicardia. Além disso, a literatura refere que o uso de fármacos anticolinérgicos está 
associado a resultados clínicos negativos, como declínio funcional, quedas, hospitalização e mortalidade.
Alterações metabólicas e circulatórias
No cérebro há:
diminuição tanto da água extracelular quanto da intracelular;
lentidão da síntese proteica;
aumento na oxidação das proteínas e sua glicosilação, com aumento do acúmulo intraneural 
(emaranhados neurofibrilares);
diminuição da síntese lipídica pela variação dos substratos lipídicos;
Alterações fisiológicas do envelhecimento 6
alteração na membrana lipídica e na condução nervosa;
alterações circulatórias relacionadas à aterosclerose;
diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e da utilização da glicose.
📢 O fluxo sanguíneo e o consumo de oxigênio são iguais no adulto jovem e no idoso, na 
ausência de doenças. Entretanto, na presença de aterosclerose o fluxo sanguíneo é reduzido e 
o cérebro, para se proteger, extrai mais oxigênio do sangue.
📢 Isquemia, hipóxia e hipoglicemia ativam os receptores glutamato induzindo toxicidade com 
consequente morte neuronal.
Com o envelhecimento, a barreira hematoencefálica torna-se permeável a muitas substâncias, podendo 
ser uma das causas de demência.
—> Neurotransmissores e moduladores no sistema nervoso
AMINAS
Acetilcolina
Catecolaminas
Norepinefrina
Epinefrina
Dopamina
Serotonina
AMINOÁCIDOS
Glutamato
Aspartato
Glicina
GABA
Taurina
Histamina
PEPTÍDEOS
Eucefalina
Colecistocinina
Substância P
VIP
Somatostatina
TRH
OUTROS: Óxido nítrico; Monóxido de carbono; Zinco; Sinapsinas; Moléculas de adesão celular; 
Neurotropinas e Outros.
—> Componentes alterados no sistema nervoso central
Água total
Espaço extra e intracelular
Lipídios
Aminoácidos
Carboidratos
Circulação
DNA, RNA e proteínas
Metabolismo energético
Oxigênio
Reentrada de glicose
Barreira hematoencefálica
Alterações cognitivas e comportamentais
As memórias processual (habilidade e destrezas) e semântica (conhecimento do mundo e da língua) são 
bem conservadas com o avanço da idade.
A habilidade de reconhecer objetos e faces, assim como a percepção visual, permanecem estáveis ao 
longo da vida.
Alterações fisiológicas do envelhecimento 7
📢 As memórias episódica (episódios ou eventos espaço-temporalmente datados) e laborativa e a 
função executiva são as mais afetadas no envelhecimento.
A velocidade de processamento e a função executiva diminuem com a idade, especialmente após os 70 
anos.
As capacidades de atenção e concentração diminuem a habilidade para desempenhar múltiplas tarefas 
ao mesmo tempo.
A capacidade de solucionar problemas e aprender informações novas diminui após os 30 anos.
A fluência verbal fica comprometida após os 70 anos.
📢 Apesar de todas as alterações descritas, o sistema nervoso se mantém íntegro graças à sua 
plasticidade e à sua capacidade de compensar e reparar os danos ocorridos, sendo possível 
manter-se funcionalmente estável no meio social, no trabalho e em casa.
Marcha, postura e equilíbrio
Com o avanço da idade a marcha se altera. Na maioria das vezes a mulher, tanto adulta jovem quanto 
idosa, tem um desempenho pior quando comparada ao homem. É comum uma certa hesitação no andar, 
menor balanço dos braços e passos menores. Ao mudar de direção no caminho, faz a volta com o corpo 
em bloco.
A postura típica, mais rígida, como se estivesse em alerta para se defender de alguma queda, 
caracteriza-se pela base alargada, retificação da coluna cervical, um certo grau de cifose torácica, flexão 
do quadril e dos joelhos. Esse conjunto de fatores indica piora da estabilidade, podendo até nos fazer 
pensar em parkinsonismo.
As alterações da marcha podem ajudar no diagnóstico clínico.
A assimetria dos passos faz pensar em artrite ou hemiplegia;
a falta de movimentos dos ombros em parkinsonismo;
aumento da base em comprometimento do cerebelo;
uma flexão mais acentuada do tronco pode revelar dificuldade de visão ou de propriocepção ou 
algum dano no sistema vestibular.
O grande problema nos distúrbios da marcha é a queda, com todas as complicações posteriores.
A prática regular de exercícios físicos é uma forma de driblar essas modificações impostas pela natureza.
Sono
📢 Nosso marca-passo circadiano localiza-se no hipotálamo acima do quiasma.
O ciclo sono-vigília se modifica com o envelhecimento. Há a tendência de dormir mais cedo e acordar 
mais cedo.
As queixas de insônia, sonolência diurna, despertares durante a noite e sono pouco reparador são 
frequentes. Isso ocorre porque existem dois tipos de sono: REM (rapid eye movement), quando 
Alterações fisiológicas do envelhecimento 8
acontecem os sonhos, e o não REM, que se subdivide em quatro estágios.
No idoso, o sono REM praticamente não se altera.
Já no sono não REM ocorre aumento dos estágios 1 e 2 (facilidade no despertar) e diminuição dos 
estágios 3 e 4 que são exatamente os dois períodos de sono mais profundo.
Os períodos de apneia ocorrem no sono REM.
São mais frequentes nos idosos, particularmente, no homem idoso e obeso.
Durante uma noite, um homem de 24 anos faz, em média, cinco períodos de apneia, enquantoaos 
74 anos chega a 50 vezes. Isso leva a um sono entrecortado, pois a pessoa acorda para 
restabelecer a respiração.
📢 Com a noite mal dormida, ocorre sonolência durante o dia, mau humor, diminuição da 
memória, cefaleia e até depressão. Nesse período podem ser observadas arritmias cardíacas 
e hipertensão pulmonar.
Outra consequência da alteração da respiração durante o sono é a ocorrência do ronco. Os estudos 
estatísticos mostram que 60% dos homens e 45% das mulheres roncam frequentemente após os 60 
anos. Outro distúrbio do sono observado é a síndrome das pernas inquietas. É um desconforto sentido a 
cada 30s durante uma grande parte da noite.
📢 A hipófise secreta melatonina, um hormônio derivado do neurotransmissor serotonina. Sua 
secreção é regulada pelo ritmo circadiano e ajuda na sincronia interna das funções orgânicas. 
Nos idosos ela está baixa.
Memória
As partes do cérebro responsáveis pela memória envolvem o hipocampo, o tálamo, os córtex temporal, 
frontal e pré-frontal e o cerebelo.
📢 Tem-se atribuído ao glutamato acúmulo de radicais livres nos neurônios com consequente 
degeneração neuronal.
O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o principal neurotransmissor inibitório no cérebro. O 
equilíbrio entre o glutamato, excitatório, e o GABA, inibitório, é essencial para o funcionamento 
normal do SNC.
A memória pode ser dividida, de acordo com o tempo que ela é guardada, em memória a curto prazo, 
longo prazo, memória prospectiva e memória remota.
As memórias reflexa medular (condicionada, não consciente), sensorial (responsável pelo 
processamento sensorial) e implícita (responsável pelas habilidades motoras) pouco se alteram com o 
envelhecimento. Já a episódica começa a diminuir por volta dos 30 anos e declina, progressivamente, 
enquanto a semântica responsável pela recordação de nomes, palavras e memória espacial pode ser 
mantida por toda a vida.
Alterações fisiológicas do envelhecimento 9
Sistema respiratório
Alterações morfológicas no tórax e nos pulmões com o envelhecimento
Com o envelhecimento há grandes modificações tanto na arquitetura quanto na função pulmonar, 
contribuindo para o aumento da frequência de pneumonia, aumento da probabilidade de hipóxia e 
diminuição do consumo máximo de oxigênio pela pessoa idosa.
Os pulmões se tornam mais volumosos, os ductos e bronquíolos se alargam e os alvéolos se tornam 
flácidos, com perda do tecido septal. A consequência é o aumento de ar nos ductos alveolares e 
diminuição do ar alveolar com piora da ventilação e perfusão.
📢 Alterações pulmonares com o envelhecimento.
↑ dos espaços aerados
↓ da superfície de troca gasosa
Perda do tecido de suporte das vias respiratórias periféricas, diminuindo a elasticidade 
alveolar, antigamente denominado “enfisema senil”
↑ do tecido fibroso
Modificações do surfactante pulmonar
Sinais precoces do envelhecimento pulmonar:
↓ da capacidade máxima respiratória
↓ progressiva da pressão parcial de O2
Perda da elasticidade pulmonar
Enfraquecimento da musculatura respiratória
↓ da elasticidade da parede torácica
↑ da rigidez da estrutura interna pulmonar
↓ do volume pulmonar expirado
Fadiga fácil
Concorrem para o declínio da capacidade respiratória os maus hábitos de vida, a poluição do local de 
moradia e trabalho e as doenças concomitantes.
Respiração
A inspiração e a expiração se dão da mesma forma no adulto.
Há falha no controle central (medula e ponte) e nos quimiorreceptores carotídeos e aórticos com 
diminuição da sensibilidade a PCO2, PO2 e ao pH, limitando a adaptação da pessoa idosa ao exercício 
físico.
A maioria dos músculos sofre um certo grau de sarcopenia, daí a capacidade de a função pulmonar 
piorar em algumas pessoas pela diminuição da força e da resistência da musculatura respiratória, 
tornando a tosse menos vigorosa.
Alterações fisiológicas do envelhecimento 10
A função mucociliar é lenta, prejudicando a limpeza de partículas inaladas e facilitando a instalação de 
infecções.
Todas as modificações do sistema respiratório são lentas, mas progressivas.
O tórax se torna enrijecido devido à calcificação das cartilagens costais e os pulmões distendidos pela 
diminuição da capacidade de as fibras elásticas retornarem após a distensão na inspiração.
Com isso o volume pulmonar e a capacidade ventilatória diminuem.
Surfactante
Sua produção está diminuída nos idosos. Na deficiência do surfactante os alvéolos poderão colabar na 
expiração, fazendo atelectasias (colapso do tecido pulmonar com perda de volume).
Ainda na deficiência de surfactante, há o aumento da permeabilidade alveolar, podendo levar ao edema 
pulmonar.
Apesar de sua perda progressiva, a maioria dos idosos é capaz de levar uma vida normal ativa.
Sistema hematopoético
Parece que o processo de envelhecimento é mais lento nas células hematopoéticas, quando 
comparadas com as outras células.
No nascimento quase toda a medula óssea apresenta atividade hematopoética, mas desde a infância ela 
começa a ser progressivamente substituída por tecido adiposo. No adulto sua atividade concentra-se na 
pélvis e no esterno. Por volta dos 70 anos a celularidade da medula óssea no osso ilíaco é 30% menor 
que no adulto jovem. Apesar dessa modificação a contagem celular no sangue periférico é mantida.
Multiplicação celular
O potencial proliferativo da maioria das células-tronco hematopoéticas é limitado e diminui com o 
envelhecimento.
A perda de telômero em tecidos normais começa no adulto jovem e progride gradualmente com o 
envelhecimento.
Eritropoese
A vida das hemácias, em torno de 120 dias, exige contínua renovação dessa população celular pela 
medula óssea, mesmo nos muito idosos.
Embora o envelhecimento não seja causa de anemia observa-se mudança do perfil hematológico, 
sugerindo uma exaustão das células-tronco hematológicas pluripotenciais, tornando os idosos mais 
suscetíveis a esta doença.
Também ocorre aumento da produção de radicais livres, os quais alteram as funções celulares e a 
integridade de suas membranas. Com isso, as hemácias deformadas são retiradas de circulação e a 
medula óssea acelera a produção em uma tentativa de reparar o dano. Entretanto, a aceleração desse 
processo pode alterar a composição das membranas das hemácias, não conseguindo o equilíbrio da 
renovação dessas células, podendo surgir anemia e agregação das hemácias.
📢 Os principais moduladores hormonais da eritropoese são a eritropoetina (EPO), a testosterona 
e a interleucina (IL)-3.
Alterações fisiológicas do envelhecimento 11
📢 O feedback entre hemoglobina e EPO está mantido, mas a secreção de EPO em resposta à 
anemia por deficiência de ferro está diminuída.
Embora o número de plaquetas não se altere com o envelhecimento, o fibrinogênio, os fatores V, VII, VIII 
e IX, o cininogênio de alto peso molecular e a pré-calicreína aumentam, assim como os fragmentos da 
degradação da fibrina (dímero D), fazendo com que se considere o envelhecimento um estado pró-
coagulante, importante fator de risco para trombose venosa profunda.
📢 Alterações hematológicas com o envelhecimento:
↓ hemoglobina
↓ hematócrito
↓ do número de hemácias
↓ da resposta eritropoética à administração de eritropoetina
Demora no início da eritropoese após vultoso sangramento
Sistema urinário
Há perda do tecido renal, especialmente após os 50 anos. Em seu lugar observam-se tecido gorduroso e 
fibrose. Essa modificação inicia-se no córtex, comprometendo a concentração urinária, alcançando os 
glomérulos, piorando também a filtração renal.
📢 A função renal começa a diminuir de maneira progressiva, chegando a sua metade aos 85 
anos. Paralelamente ocorre diminuição do fluxo plasmático de 600 ml/min para 300 ml/min. 
Para compensar, os rins mantêm uma vasodilatação com o aumento das prostaglandinas 
contribuindo para o aumento da lesão renal com o uso de anti-inflamatórios não esteroides.
A avaliação renal é feita mediante simples exames de urina e sangue.
O rim pode ser afetado diretamente como acontece nas lesões do néfronou indiretamente como no caso 
de doenças cardiovasculares.
Da mesma forma a lesão renal pode levar a alterações a distância como distúrbios hidreletrolíticos e 
hipertensão arterial.
Ainda, pela sua função excretora, o declínio da função renal pode levar a intoxicação medicamentosa, 
particularmente perigosa no idoso.
Para manter o funcionamento do rim adequadamente, a pessoa idosa deverá ingerir 2,5 a 3L de líquidos 
ao dia (esse valor varia de acordo com o peso, na verdade). É difícil para essas pessoas seguirem tal 
orientação, pois muitas vezes evitam, de propósito, beber líquidos por medo de sofrerem 
constrangimentos devido à incontinência. Existem outros fatores que colaboram para a dificuldade em 
manterem-se hidratados como a diminuição do reflexo da sede, a solidão, a imobilidade e outros.
Há diminuição da capacidade renal de concentração e conservação do sódio, estando os idosos mais 
propensos à hiponatremia e à hipopotassemia quando em uso de diurético ou na vigência de dietas 
restritivas.
Alterações fisiológicas do envelhecimento 12
Outras alterações funcionais do sistema renal são redução da acidificação da urina e piora da excreção 
de cargas ácidas. Esse é mais um fator contribuinte para a nefrotoxicidade relacionada a medicamentos 
e a contrastes intravenosos, diminuição da hidroxilação da vitamina D e da regulação do sistema renina 
angiotensina.
📢 Fatores que alteram o ritmo urinário na pessoa idosa:
↓ na capacidade de concentração renal
↓ na habilidade de conservação do sódio
Alterações nos receptores do ADH (hormônio antidiurético)
↓ na produção e excreção do ADH
Modificações na produção e função do ANP (peptídeo natriurético atrial — regulação da 
homeostase cardiovascular através da ativação de isoformas específicas da família de 
enzimas guanilato-ciclases particulada ou de membrana)
Sistema endócrino
Tireoide
📢 Os hormônios tireoidianos estimulam o consumo de oxigênio em quase todos os tecidos, 
aumentando a taxa do metabolismo celular e contribuindo para a manutenção da temperatura 
corporal.
Seu efeito calorigênico diminui com o aumento da idade, aumentando a suscetibilidade de hipotermia nos 
idosos. A resposta ao calor também está comprometida devido à menor sudorese.
O aumento do colesterol sérico, assim como das lipoproteínas de baixa densidade, observado no 
envelhecimento, pode ser devido ao declínio da função tireoidiana.
Paratireoide
As glândulas paratireoidianas, responsáveis pela secreção dos hormônios paratireoidiano (PTH) e 
calcitonina, parecem não alterar suas funções de forma marcante.
📢 Os níveis do cálcio sérico são mantidos ao longo da vida, porém o mecanismo da regulação 
muda com o avanço da idade.
Sabe-se que a manutenção dos níveis plasmáticos do cálcio, na infância e na fase adulta, é mantida 
mediante ingesta de cálcio sem perda óssea. Na idade avançada a calcemia é mantida pela reabsorção 
do cálcio ósseo mais do que pela absorção intestinal do cálcio ofertado pela dieta ou pela reabsorção do 
mineral pelo rim. Uma possível explicação para essa mudança pode ser uma diminuição na capacidade 
do PTH de estimular a produção da forma ativa da vitamina D, a qual estimula a absorção de cálcio 
intestinal.
Pâncreas
Alterações fisiológicas do envelhecimento 13
É esperado um leve aumento da glicemia de jejum relacionado à idade (1mg/dl/década). Para os idosos 
ativos pode não haver essa diferença.
Entretanto, após ingesta de alimentos a glicemia alcança níveis mais elevados e o tempo de retorno ao 
normal é mais longo quando comparado com adultos jovens.
📢 Alguns fatores responsáveis pela intolerância à glicose com o envelhecimento:
Alteração nos receptores de insulina
↓ do número das unidades transportadoras de glicose
↑ proporcional da secreção da pro-insulina em relação à insulina
↓ da musculatura e aumento do tecido adiposo
↓ da atividade física
↑ da gliconeogênese hepática
↑ dos níveis do glucagon
Sistema digestório
Boca
A boca está para o corpo assim como o fundo de olho está para a circulação.
Cáries
As cáries dentárias continuam sendo um dos principais problemas dos idosos, inclusive na raiz pela 
retração das gengivas, raramente encontradas nos adultos jovens.
As cáries radiculares e coronais foram preditores significativamente mais importantes de perda 
dentária do que a condição periodontal.
Há perda do osso alveolar que, associado à gengivite, constitui outra causa da perda dentária em 
adultos.
Está claro que as cáries ou a periodontite não são importantes para a perda dentária. Os fatores 
socioculturais e econômicos, o acesso à assistência e a disponibilidade da mesma é que constituem 
a verdadeira barreira para mantermos uma dentição saudável.
Mucosa oral
A mucosa oral se torna fina, lisa e seca. Perde a elasticidade e parece edemaciada.
A língua também é lisa devido à perda das papilas, podendo trazer alterações no paladar e sensação 
de queimação. Isso pode ocorrer também devido à deficiência de ferro e das vitaminas B.
É comum o aparecimento de varicosidades, principalmente na língua, não estando associada a 
outras doenças.
A capacidade de cicatrização da mucosa oral se mantém inalterada.
Glândulas salivares
Mais de 50% dos pacientes queixam-se de boca seca, comprometendo a mastigação e a deglutição. 
Entretanto, essas queixas podem ser atribuídas mais aos efeitos colaterais de medicamentos do que 
pelo próprio envelhecimento.
Alterações fisiológicas do envelhecimento 14
A xerostomia, em geral associada a muitas medicações que o idoso precisa tomar, pode nem ser 
mencionada pelo paciente ou não ser valorizada pelo examinador. Porém alguns pacientes se 
queixam frequentemente desse desconforto. O uso de estimuladores das glândulas salivares ou de 
substitutos de saliva alivia esse sintoma.
Na presença de estomatodinia (ardência na boca), pensar em baixa de vitamina do complexo B ou 
candidíase oral subclínica.
A queilite angular, inflamação com ulceração nas comissuras, pode ser por má oclusão da 
mandíbula, como nos pacientes edentados ou por deficiência de vitaminas e/ou xerostomia. Pode ser 
porta de entrada para fungos e bactérias levando a infecções mais sérias como celulite de face.
Um simples exame oral digital poderá identificar infecções, lesões e até câncer.
Orofaringe
Observam-se adelgaçamento da camada epitelial da mucosa, retração gengival e exposição das raízes 
dentárias predispondo a cáries.
Devido à alteração da musculatura esofágica há um aumento da resistência da passagem dos alimentos 
pelo esfíncter esofágico superior.
Esôfago
Com o avanço da idade observam-se hipertrofia da musculatura esquelética do terço superior do 
esôfago, diminuição das células ganglionares mioentéricas, que coordenam a peristalse, e aumento da 
espessura da musculatura lisa.
Em 35% das pessoas entre 50 e 75 anos de idade pode ocorrer a incompetência esfincteriana distal do 
esôfago, permitindo o refluxo do conteúdo ácido do estômago e levando a esofagite. Em consequência, 
alguns pacientes podem apresentar dor torácica, por vezes exigindo diferenciação com problemas 
cardíacos.
Estômago
Com a idade há diminuição das células parietais e aumento dos leucócitos intersticiais. Com isso diminui 
a secreção do ácido clorídrico e de pepsina, dificultando a digestão de alimentos, principalmente, os ricos 
em proteína.
Mais de 50% dos indivíduos idosos estão infectados pelo H. pylori, com a prevalência aumentando com a 
idade.
Corroborando a lesão celular, a prostaglandina, um lipídio que estimula a secreção de bicarbonato 
protegendo as células da mucosa, está diminuída. Além disso, observa-se dificuldade do esvaziamento 
gástrico pela diminuição de sua motilidade normal, a gastroparesia.
Em decorrência de todas essas modificações fisiológicas, o estômago fica mais exposto a lesões, com a 
gastrite e a úlcera péptica sendo responsáveis por metade dos sangramentos digestivos altos ocorridos 
nos pacientes acima de 60 anos.
Intestino delgado
Com o avanço da idade, as vilosidadesque cobrem toda a mucosa intestinal, em camada única de 
epitélio colunar, diminuem de altura.
A absorção de várias substâncias está diminuída (ex.: cálcio, ferro), mas a homeostase é mantida.
Malformações vasculares são comuns no trato digestivo alto, provocando sangramentos.
Alterações fisiológicas do envelhecimento 15
Intestino grosso
As alterações encontradas no intestino grosso são praticamente exclusivas do envelhecimento. As 
anatômicas incluem: atrofia da mucosa, anomalias estruturais das glândulas da mucosa, hipertrofia da 
camada muscular da mucosa e atrofia da camada muscular externa.
📢 Das alterações funcionais, a constipação intestinal é uma das queixas mais comuns. Ocorre 
por alimentação pobre em fibras, baixa hidratação oral, falta da prática de exercícios físicos 
regulares, coordenação das contrações alterada e o aumento da sensibilidade aos opioides.
A diminuição do tônus e da força do esfíncter anal, associada a menor complacência retal, aumenta a 
chance de incontinência fecal nas pessoas idosas.
A presença de divertículos é muito prevalente.
Pâncreas
O pâncreas diminui de tamanho, endurece pelo aumento da fibrose e torna-se mais amarelado pelo 
depósito de lipofucsina.
A lipase e a tripsina têm a sua produção bastante diminuída, porém, nessa queda dramática não há 
expressão clínica.
Fígado
Durante toda a vida os hepatócitos se dividem somente duas a três vezes e sua capacidade de 
regeneração com o envelhecimento é ainda controversa.
Entre os 24 e 90 anos o fígado diminui de volume em aproximadamente 37% e também diminui seu fluxo 
sanguíneo em 35%.
O sistema reticuloendotelial liso dos hepatócitos diminui e está correlacionado com a redução da 
capacidade de metabolizar substâncias contribuindo para aumentar a suscetibilidade do idoso à 
intoxicação por medicamentos.
A síntese do colesterol diminui e há redução da bile total. Como a função da bile é garantir uma boa 
digestão e absorção dos lipídios, essa diminuição da produção biliar hepática pode agravar a deficiência 
de vitaminas lipossolúveis, já comprometida nas pessoas idosas que, por diferentes motivos, se 
alimentam mal, fazendo dieta pobre em vitaminas lipossolúveis.
📢 O conteúdo do citocromo P-450 diminui com a idade, podendo ser a justificativa para o 
alentecimento da metabolização de algumas substâncias.
RESUMINDO
Idoso tem:
maior risco de ter câncer de pele e dermatite
maior risco de desidratação e desequilíbrio eletrolítico
Alterações fisiológicas do envelhecimento 16
menos sensibilidade (visual, auditiva, olfatória, palativa e tátil — também vibratória e de dor)
maior risco de sarcopenia e desnutrição
maior risco de doenças cardiovasculares (HAS, arritmia, DAC e aumento do VE)
menos neurônios colinérgicos e muscarínicos (regulação da memória, aprendizado e sono)
menos dopamina e receptores na substância negra (Alzheimer)
lentidão da síntese proteica; maior oxidação das proteínas e sua glicosilação; diminuição da síntese 
lipídica; alteração na membrana lipídica e na condução nervosa; diminuição do fluxo sanguíneo 
cerebral e da utilização da glicose
o fluxo sanguíneo e o consumo de O2 são iguais no jovem e no idoso (ausência de doenças), 
mas na aterosclerose o fluxo é menor e o cérebro extrai mais O2 do sangue
isquemia, hipóxia e hipoglicemia ativam os receptores glutamato induzindo toxicidade com 
consequente morte neuronal
com o envelhecimento, a barreira hematoencefálica torna-se permeável a muitas substâncias, 
podendo ser uma das causas de demência
menor capacidade respiratória
maior produção de radicais livres (altera membranas e funções celulares)
menor resposta (produção de eritropetina) à anemia
maior coagulação
perda de tecido renal (mais gordura e mais fibrose)
pior filtração
maior risco de intoxicação medicamentosa
menor concentração
menor conservação do sódio
menor produção e excreção do ADH e alterações nos receptores do ADH
modificações na produção e função do ANP (peptídeo natriurético atrial — regulação da 
homeostase cardiovascular)
pior função metabólica (maior risco de hipotermia) — pode ter a ver com menor quantidade de 
citocromo P450
pior mecanismo da regulação do cálcio sérico (osteoporose)
aumento da glicemia e jejum e pior retorno da pós-prandial (diabetes)
hipertrofia da musculatura esofágica (refluxo)
menor secreção do ácido clorídrico e de pepsina e gastroparesia (pior digestão)
menor altura das vilosidades intestinais e menor produção de lipase e tripsina (sem expressão 
clínica)
constipação (ocorre por alimentação pobre em fibras, baixa hidratação oral, falta da prática de 
exercícios físicos regulares, coordenação das contrações alterada e o aumento da sensibilidade aos 
opioides)
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menor tônus e força do esfíncter anal associados a menor complacência retal (incontinência fecal)
menor produção de bile (deficiência de vit lipossolúvel)
REFERÊNCIA:
FREITAS, Elizabete Viana de. Tratado de geriatria e gerontologia. 4. ed. Cap. 14, p. 383-411. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

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