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● EF NEUROLÓGICO - ➔ PONTO 27 - Testa os reflexos bicipital, tricipital, patelar e aquileu, além de executar a técnica para avaliar a presença de Babinski e seus sucedâneos - Reflexo - é uma resposta involuntária do organismo a um estímulo; - Reflexos superficiais - nestes reflexos (cutâneos e mucosos), o estímulo provocador do reflexo é superficial, e a resposta é a contração de um grupo muscular. - REFLEXO CUTÂNEO-PLANTAR - - Resposta normal - flexão dos dedos - Resposta abolida - quando há a interrupção do arco reflexo normal e até, na fase inicial de lesão da via piramidal; - Sinal de Babinski - é a inversão da resposta normal, isto é, a extensão do hálux somado ou não, com a abertura em leque dos demais dedos - indica que há uma lesão da via piramidal ou corticoespinhal - Sucedâneos de Babinski - métodos alternativos para que haja a extensão do hálux em lesões do trato piramidal - Chaddok - estímulo ao longo da borda lateral do pé, em torno do maléolo externo - Gordon - compressão da musculatura da panturrilha (m. gastrocnêmio) - Oppenheim - comprime a tíbia com o polegar e o indicador, desliza de cima para baixo - Shafer - compressão do tendão de Aquiles (tendão do músculo grastocnêmio-aquiles) - Reflexos proprioceptivos, profundos, musculares ou mióticos - na rotina, investiga-se os reflexos aquileu, patelar, flexor dos dedos, supinador, pronador, bicipital e tricipital; - Estes reflexos profundos são obtidos batendo-se com um martelo apropriado no tendão do músculo, sua distensão rápida leva à contração reflexa e ao relaxamento simultâneo dos músculos antagonistas; - Os reflexos miotáticos fásicos podem estar: normais, abolidos, diminuídos, vivos ou exaltados; E suas alterações podem ser simétricas ou não; - Registra-se o resultado através de sinais convencionais - - Arreflexia ou reflexo abolido - 0 - Hiporreflexia ou reflexo diminuído - - - Normorreflexia ou reflexo normal - + - Reflexo vivo - ++ - Hiper-reflexia ou reflexo exaltado - +++ - Arreflexia ou hiporreflexia são encontrados comumente nas lesões que interrompem o arco reflexo (poliomielite, polineuropatia periférica, miopatia), e hiperreflexia nas lesões de via piramidal (AVC, neoplasia, doença desmielinizante, traumatismos); Porém, pode-se obter uma resposta aumentada ou diminuída mesmo na ausência de patologias. - Assimetrias são um indicativo importante - pois, evidencia anormalidade neurológica; - Reflexos miotáticos fásicos ou clônicos - (cobrados na prova) - Reflexo Aquileu - raíz nervosa: L5-S1 - Sede de estímulo: tendão de aquiles - Gabriela Palauro - ATM26 - Resposta: Flexão plantar - Nervo responsável - ciático - Reflexo Patelar - raíz nervosa: L2-L4 - Sede de estímulo: tendão rotuliano - deve-se percutir bruscamente logo abaixo da patela - Resposta: Extensão da perna (e contração do quadríceps) - Nervo responsável - ciático - Reflexo Bicipital - raíz nervosa: C5-C6 - Sede de estímulo: tendão distal do bíceps - paciente sentado, braço parcialmente flexionado na altura do cotovelo, percute o tendão e há a flexão - Resposta: Flexão do antebraço (e contração do bíceps) - Nervo responsável - musculocutâneo - Reflexo Tricipital - raíz nervosa: C6-C7-C8 - Sede de estímulo: tendão distal do tríceps - percute logo acima do cotovelo - Resposta: Extensão do antebraço (e contração do tríceps) - Nervo responsável - radial ➔ PONTO 28 - Manobras para avaliar força muscular além de manobras deficitárias - FORÇA MUSCULAR - para esse exame, o paciente irá realizar o movimento ativo contra resistência; - O resultado do exame pode ser anotado literalmente (graduação e sede), percentualmente (anotando também graduação e sede) ou através de graus de força (de acordo com o Porto). - Grau 0 - nenhum movimento - Grau 1 - discreta contração muscular - Grau 2 - movimento completo sem a força da gravidade - Grau 3 - movimento contra a força da gravidade - Gabriela Palauro - ATM26 - Grau 4 - movimento completo contra a força da gravidade e contra certa resistência aplicada pelo examinador - Grau 5 - força normal - Movimentos realizados durante o exame - - Flexão de cotovelo - C5 e C6 - m. bíceps - Extensão de cotovelo - C6, C7 e C8 - m. tríceps - Extensão de punho - C6, C7 e C8 - m. extensor radial longo e curto do carpo - Teste da preensão - C7, C8 e T1 - Abdução do dedo - C8 e T1 - Oposição do polegar - C8 e T1 - Flexão do quadril - L2, L3 e L4 - m. ileopsoas - Extensão do joelho - L2, L3 e L4 - m. quadríceps - Flexão do joelho - L4, L5, S1 e S2 - músculos posteriores da coxa - Dorsiflexão do tornozelo - L4 e L5 - m. tibial posterior - Flexão plantar do tornozelo - S1 - m. gastrocnêmio e sóleo ➔ Fraqueza simétrica dos músculos proximais - miopatia ou distúrbio muscular ➔ Fraqueza simétrica dos músculos distais - polineuropatia ou transtornos dos nervos periféricos - PROVAS DEFICITÁRIAS - nos casos de discreta ou duvidosa deficiência motora dos membros. E são elas: Prova dos braços estendidos, Prova de Mingazzini e Prova de Barré ; - MEMBROS SUPERIORES - - Manobra dos braços estendidos - os braços do paciente devem estar em extensão completa, para frente, com as mãos em supinação e os dedos em abdução. O paciente deve fechar os olhos e manter-se na posição, por pelo menos 30s - Manobra de Raimiste - paciente em decúbito dorsal, antebraços fletidos em ângulo reto sobre os braços e mãos dispostas verticalmente, como os antebraços. - MEMBROS INFERIORES - - Manobra de Mingazzini - paciente em decúbito dorsal, com os olhos fechados e com as coxa fletidas formando 90° com o abdômen, as pernas formando o mesmo ângulo com as coxas e os pés na vertical - deve manter por 30s - Manobra de Barré - paciente em decúbito ventral, pernas fletidas sobre as coxas, em ângulo reto. - Gabriela Palauro - ATM26 - Prova da queda do membro inferior em abdução - paciente em decúbito dorsal, pernas fletidas sobre as coxas, mantendo apoio plantar bilateral sobre o leito, os MMII formando ângulo de 90° com o tronco - - TÔNUS - - Pode ser considerado o estado de tensão constante a que estão submetidos os músculos, tanto em repouso (tônus de postura) como em movimento (tônus de ação). - Inspeção - verifica-se a existência ou não de achatamento das massas musculares de encontro ao plano do leito - só tem valor significativo na acentuada diminuição do tônus - Palpação das massas musculares - averigua-se o grau de consistência muscular - está aumentada em lesões motoras centrais e diminuída, nas periféricas - Movimentos passivos - imprime-se movimentos de flexão e extensão dos membros e observa-se: - Passividade - vê-se se há resistência (tônus aumentado) ou se está aquém do normal (tônus diminuído) - Expansibilidade - observar se não há exagero no grau de extensibilidade da fibra muscular - Balanço passivo - é aplicado no antebraço e pernas, em que o examinador segura o membro e balança, observando se o movimento está normal, aumentado (hipertonia) ou diminuído (hipotonia). - HIPOTONIA - consistência muscular diminuída, passividade aumentada - “músculo fica mole” - É encontrada em lesões do cerebelo, lesões do nervo periférico, síndrome cerebelar, miopatias… - HIPERTONIA - consistência muscular aumentada - Tipo elástica - com retorno do segmento à posição inicial de um segmento do corpo no qual se interrompeu o movimento passivo de extensão. Apresenta espasticidade ( sinal do canivete ) - presente em lesões do trato corticoespinhal (PIRAMIDAL), sequelas do AVC. - Gabriela Palauro - ATM26 - Tipo plástica - com resistência constante à movimentação passiva - apresenta rigidez ( sinal da roda dentada ) - presente em lesões da via extrapiramidale na doença de Parkinson ➔ PONTO 29 - manobras para identificar sinais meníngeos - Inicialmente deve-se explicar ao paciente que fará movimentos/ manobras em seu corpo, e que não deve se preocupar. E caso haja irritação meníngea, ele sentirá dor na realização da manobra. - SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA - - Rigidez de nuca - - Paciente em decúbito dorsal, o examinador com a mão na região occipital, executando uma flexão passiva da nuca; - Movimento fácil e amplo - não há rigidez nucal - Rigidez nucal - presente em meningites e hemorragias subaracnóidea - há uma resistência ao movimento e contratura da musculatura cervical posterior - Manobra de Kernig - - Posiciona o paciente em decúbito dorsal, promover a flexão sobre o quadril, em ângulo de 90°, e em seguida promover a extensão da perna sobre a coxa. - Quando positivo, observa-se que o paciente irá interromper o movimento ao sentir dor - paciente sente dor, resistência e incapacidade de estender o joelho por completo. - Sinal presente bilateralmente sugere irritação meníngea, caso seja unilateral, pode indicar doença radicular. - Manobra de Brudzinski - - Posiciona o paciente em decúbito dorsal e com os membros estendidos, repousa uma mão no tórax do paciente e, com a outra na região occipital, executar uma flexão forçada da cabeça. - Quando positivo - o paciente irá fletir os membros inferiores involuntariamente além de expressão dolorosa na face. - Kernig- Brudzinski - quando ocorre a flexão da perna que estaria em repouso, na manobra de Kernig. - Manobra de Laségue - sinal radicular - Com o paciente em decúbito dorsal e os membros inferiores estendidos sobre o leito, o examinador levanta um dos membros inferiores. E pode sensibiliza com Bragard - empurra o pé do paciente ao levantar a perna. - A prova é positiva quando o paciente reclama de dor na face posterior do membro examinado, logo no início da prova (cerca de 30°) - irá referir dor no trajeto do nervo ciático, a partir de determinado grau de elevação do membro; - Principal sinal semiológico na detecção de compressão radicular - Gabriela Palauro - ATM26 ➔ PONTO 30 - Sensibilidade tátil e proprioceptiva - O estudo semiológico da sensibilidade diz respeito aos receptores, às vias condutoras e aos centros localizados no encéfalo. - Sensibilidade subjetiva - compreende as queixas sensoriais que o paciente relata na anamnese - a dor, a parestesia… - Sensibilidade objetiva - é dita objetiva, pois há o estímulo aplicado pelo examinador. - Sensibilidade especial - corresponde aos sensórios - relacionada aos nervos cranianos. - Gabriela Palauro - ATM26 - SENSIBILIDADE SUPERFICIAL - - Sensibilidade tátil - utiliza-se um pedaço de algodão ou pincel macio, os quais são roçados de leve em várias partes do corpo do paciente. - Sensibilidade dolorosa - utiliza-se um estilete rombo, capaz de provocar dor sem ferir o paciente. - Gabriela Palauro - ATM26 - Sensibilidade térmica - necessita-se de dois tubos de ensaio, um com água gelada e outro quente, e toca-se em pontos diversos do corpo, alternando os tubos. - Diminuição da sensibilidade tátil - hipoestesia, sua abolição - anestesia, e seu aumento - hiperestesia. - Tais alterações estão na dependência da lesão das vias das várias modalidades sensoriais. O resultado do exame, se for normal, deve ser registrado literalmente discriminando cada tipo de sensibilidade. Se houver alterações, o registro deve ser feito por esquemas que mostrem a distribuição sensorial corporal ou através da descrição, do grau e localização de cada sensibilidade e de suas alterações. . - SENSIBILIDADE PROFUNDA - - Sensibilidade vibratória - é pesquisada com um diapasão de 128 vibrações/ seg - colocado em saliências ósseas. - Sensibilidade à pressão - é verificada mediante a compressão digital ou manual em qualquer parte do corpo, especialmente em massas musculares. - Sensibilidade cinético-postural ou artrocinética - é explorada deslocando-se suavemente qualquer segmento do corpo em várias direções (flexão, extensão). Em dado momento, fixa-se o segmento em uma determinada posição, que deverá ser reconhecida pelo paciente. Para facilitar o exame, elegem-se algumas partes do corpo, como hálux, polegar, pé, mão… - Sensibilidade dolorosa profunda - é avaliada mediante a compressão moderada de massas musculares e tendões, o que, normalmente, não desperta dor. Se o paciente relatar dor, é sinal de que há neurites e miosites. De modo contrário, os pacientes com tabes dorsalis, não sentem dor quando se faz compressão, mesmo que forte, em órgãos habitualmente muito dolorosos, como o testículo. ➔ PONTO 31 - Equilíbrio - EQUILÍBRIO ESTÁTICO - - Solicita-se ao paciente para que fique na posição vertical, com os pés juntos, olhando para frente. Nessa postura, ele deve permanecer por alguns segundos. Em seguida, ordena-se que feche os olhos e, isto, denomina-se Prova de Romberg . - Às vezes, pode ser necessário a prova de Romberg SENSIBILIZADA - coloca-se um pé à frente do outro ou manter-se apoiado num pé só. - No indivíduo normal, nada se observa, ou apenas ligeiras oscilações do corpo são notadas - Prova de Romberg negativa - Porém, na vigência de determinadas alterações neurológicas, ao fechar as pálpebras, o paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à queda - Prova de Romberg positiva - A tendência de queda pode ser: ➔ Para qualquer lado e imediatamente após interromper a visão - indicando lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva consciente. ➔ Sempre para o mesmo lado e após transcorrer um período de latência - lesão do aparelho vestibular. - Gabriela Palauro - ATM26 - A prova de Romberg é positiva nas labirintopatias, na tabes dorsalis, na degeneração combinada subaguda e na polineuropatia periférica. Em algumas ocasiões, sobretudo nas lesões cerebelares, o paciente não consegue manter-se em pé (astasia) ou o faz com dificuldade (distasia), alargando a sua base de sustentação, através do afastamento dos pés para compensar a falta de equilíbrio. Tais manifestações não se modificam quando se interrompe o controle visual (prova de Romberg negativa). - EQUILÍBRIO DINÂMICO - ou marcha - Pede-se ao paciente para caminhar pela sala, e com olhos fechados, há a sensibilização. - Cada pessoa tem um próprio modo de andar, extremamente variável, individualizado. Mas ao observar a maneira pela qual o paciente se locomove é possível, em algumas afecções neurológicas, suspeitar ou fazer o diagnóstico. - A qualquer distúrbio na marcha, dá-se o nome de disbasia , que pode ser uni ou bilateral. ● Principais marchas : - Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica - paciente mantém o membro superior fletido em 90° no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, o joelho não flexiona. Por isso, a perna tem de se arrastar pelo chão, descrevendo um semicírculo quando o paciente troca de passo. Lembra o movimento de uma foice em ação. Aparece em pacientes que apresentam hemiplegia, cuja causa mais comum é o AVC. - Marcha anserina ou do pato - o paciente ao caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, alternando, lembrando o andar de um pato. É encontrada em doenças musculares e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. - Marcha parkisoniana - o paciente anda em bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para frente, e os passos são miúdos e rápidos, dando a impressão que o paciente “corre atrás do seu centro de gravidade” e vai cair para frente. Ocorre nos portadores da doença de Parkinson.- Marcha cerebelar ou marcha do ébrio - ao caminhar, o doente ziguezagueia como um bêbado. Esse tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões no cerebelo. - Marcha tabética - para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão, os membros inferiores são levantados de maneira abrupta e explosiva e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo pesado. Com os olhos fechados, a marcha apresenta acentuada piora ou torna-se impossível. Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula. Aparece na tabes dorsalis (neurolues), na mioelose funicular (mielopatia por deficiência de vit. B12, ácido fólico ou vit. B6), mielopatia vacuolar (ligada ao vírus HIV), mielopatia por deficiência de cobre após cirurgias bariátricas, nas compressões da medula (mielopatia cervical) - Gabriela Palauro - ATM26 - Marcha de pequenos passos - é caracterizada pelo fato do paciente dar passos muito curtos e, ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse dançando “marchinha”. Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia cortical da senilidade. - Marcha vestibular - o paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda, é como se fosse empurrado para o lado ao tentar se mover em linha reta. Se o paciente for colocado em um ambiente amplo e lhe for solicitado ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados, ele descreverá uma figura semelhante a uma estrela, daí ser denominada também marcha em estrela. - Marcha escarvante - quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, o que lembra o “passo de ganso” dos soldados prussianos. - Marcha claudicante - ao caminhar, o paciente manca para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. - Marcha em tesoura ou espástica - os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento das pernas lembra uma tesoura em funcionamento. Esse tipo de marcha é bastante frequente nas manifestações espásticas da paralisia cerebral. ➔ PONTO 32 - Coordenação - COORDENAÇÃO - traduz o bom funcionamento de 2 setores do sistema nervoso: o cerebelo (centro coordenador) e a sensibilidade proprioceptiva (informa o centro coordenador as modificações de posição de vários segmentos do corpo). - A perda de coordenação é denominada ataxia , a qual pode ser: cerebelar, sensorial ou mista. - Em lesões da sensibilidade proprioceptiva, ao cerrar as pálpebras, ocorre acentuação da ataxia - tal fato não ocorre nas lesões cerebelares. - Caso se encontre alterações na coordenação, deve-se anotar a sede e grau de ataxia. - Provas de coordenação - recebem o nome de diadococinesia; - Capacidade de executar os movimentos - eudiadococinesia - Dificuldade em executar - disdiadococinesia - Incapacidade de executar - adiadococinesia 1. Prova Índex- nariz - paciente em pé ou sentado, com o membro superior estendido lateralmente, é solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete-se a prova algumas vezes, primeiro de olhos abertos, depois fechados. 2. Prova de movimentos alternados ou prova das marionetes - determina-se ao paciente que realize movimentos rápidos e alternados, tais como: abrir e fechar a mão, movimento de supinação e pronação, extensão e flexão dos pés. A velocidade e coordenação dos movimentos declinam com a idade avançada. 3. Prova calcanhar-joelho - na posição de decúbito dorsal, o paciente é solicitado a tocar o joelho oposto com o calcanhar do membro examinado. A prova deve ser realizada várias vezes, de início com os olhos abertos, depois, fechados. Nos casos de discutível alteração, “sensibiliza-se” a prova mediante o deslizamento do - Gabriela Palauro - ATM26 calcanhar pela crista tibial, após tocar o joelho. Diz-se que há dismetria quando o paciente não consegue alcançar com precisão o alvo. 4. Manobra do rechaço (Stewart-Holmes) - paciente sentado, consiste em solicitar que mantenha seu braço abduzido, e o antebraço em flexão e supinação, com o punho cerrado. O examinador traciona o braço do paciente, tentando trazê-lo para a posição de extensão e subitamente remove toda a resistência aplicada. Em circunstâncias normais, uma contração vigorosa dos extensores evita que o punho atinja o ombro ou a face do paciente. De fato, ocorre uma pequena extensão do antebraço, na direção contrária da força que estava sendo exercida pelo agonista. - Isto é, flexão do antebraço contra resistência oposta pelo examinador, que bruscamente a retira. No caso de uma lesão cerebelar, o antebraço não pode frear seu movimento - paciente não interrompe o movimento, indo se chocar com a sua face/ombro. ➔ PONTO 33 - Distúrbios de linguagem - DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM - a fala depende de mecanismos bastante complexos que compreendem o órgão fonador, os músculos da fonação e a elaboração cerebral ➔ Disfonia - alteração do timbre da voz, que se torna rouca ou bitonal, e depende da disfunção das cordas vocais por lesão do nervo acessório (XI par) , pode ocorrer também por lesões estruturais das cordas vocais. ➔ Disartria - alteração da articulação da palavra falada ou fala, decorrente de algumas neuropatias centrais e/ou periféricas - paralisia pseudobulbar (fala mista de anasalada e explosiva), parkinsonismo (fala arrastada, lenta), síndrome cerebelar (fala explosiva)… - Disartria por problemas periféricos - faz-se menção da lesão nos pares cranianos VII, IX, X e XII - que gera uma voz fanhosa. ➔ Dislalia - perturbação da articulação da palavra falada, sem que as causas estejam localizadas no SN. - Fisiológica - crianças até 4 anos e consiste na troca de sílabas ou letras. - Retardo psicomotor - em geral, até os 10 anos de idade. - Secundária a lesões no palato, nos dentes, na língua, nos lábios ou na mandíbula - interesse da fonoaudiologia ➔ Disritmolalia - perturbação do ritmo da fala, destacando-se: - Taquilalia - alteração do ritmo da fala, tornando-a imprecisa (aceleração) - Gagueira - interrupção do ritmo da fala - devido a fatores fisiológicos, genéticos e psíquicos. ➔ Afasia - melhor seria a denominação disfasia ; - Motora ou verbal - área de Broca - também conhecida por afasia de Broca. Em que há uma dificuldade de intensidade variável para se expressar, seja por fala ou escrita. Habitualmente, se associa a hemiparesia ou hemiplegia - Gabriela Palauro - ATM26 direita. - nesta, o paciente entende mas há a dificuldade para falar/ se expressar - Receptiva ou sensorial - área de Wernicke - também conhecida por afasia de Wernicke. Leve a extrema dificuldade para a compreensão da fala e da escrita. Paciente pode apresentar: parafasia (vocábulos ou frases erroneamente colocados), perseveração (repetição do mesmo vocábulo) ou jargonofasia (uso de palavras novas e incompreensíveis) - nesta, o paciente não compreende, mas a fala está “preservada”. - Global - afasia de Broca + afasia de Wernicke. Consiste na forma mais importante de afasia, em virtude da sua gravidade. A compreensão e a expressão da linguagem ficam amplamente reduzidas. Hemiparesia ou hemiplegia direita estão presentes. - De condução - tipo de afasia que a maior dificuldade é a repetição de palavras. Paciente consegue ler e falar razoavelmente, mas não consegue repetir frases que são ditas. - Amnésica - há a incapacidade para designar ou nomear os vocábulos ou nome de objetos, ainda que conserve a finalidade. EX: paciente sabe para que serve um pente, masnão lembra seu nome nem consegue expressar; - Gabriela Palauro - ATM26