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● EF NEUROLÓGICO - 
 ➔ PONTO 27 - Testa os reflexos bicipital, tricipital, patelar e aquileu, além de executar 
 a técnica para avaliar a presença de Babinski e seus sucedâneos 
 - Reflexo - é uma resposta involuntária do organismo a um estímulo; 
 - Reflexos superficiais - nestes reflexos (cutâneos e mucosos), o estímulo 
 provocador do reflexo é superficial, e a resposta é a contração de um grupo 
 muscular. 
 - REFLEXO CUTÂNEO-PLANTAR - 
 - Resposta normal - flexão dos dedos 
 - Resposta abolida - quando há a interrupção do arco reflexo normal e até, 
 na fase inicial de lesão da via piramidal; 
 - Sinal de Babinski - é a inversão da resposta normal, isto é, a extensão do 
 hálux somado ou não, com a abertura em leque dos demais dedos - indica 
 que há uma lesão da via piramidal ou corticoespinhal 
 - Sucedâneos de Babinski - métodos alternativos para que haja a 
 extensão do hálux em lesões do trato piramidal 
 - Chaddok - estímulo ao longo da borda lateral do pé, em torno do maléolo 
 externo 
 - Gordon - compressão da musculatura da panturrilha (m. gastrocnêmio) 
 - Oppenheim - comprime a tíbia com o polegar e o indicador, desliza de 
 cima para baixo 
 - Shafer - compressão do tendão de Aquiles (tendão do músculo 
 grastocnêmio-aquiles) 
 - Reflexos proprioceptivos, profundos, musculares ou mióticos - na rotina, 
 investiga-se os reflexos aquileu, patelar, flexor dos dedos, supinador, 
 pronador, bicipital e tricipital; 
 - Estes reflexos profundos são obtidos batendo-se com um martelo apropriado 
 no tendão do músculo, sua distensão rápida leva à contração reflexa e ao 
 relaxamento simultâneo dos músculos antagonistas; 
 - Os reflexos miotáticos fásicos podem estar: normais, abolidos, diminuídos, 
 vivos ou exaltados; E suas alterações podem ser simétricas ou não; 
 - Registra-se o resultado através de sinais convencionais - 
 - Arreflexia ou reflexo abolido - 0 
 - Hiporreflexia ou reflexo diminuído - - 
 - Normorreflexia ou reflexo normal - + 
 - Reflexo vivo - ++ 
 - Hiper-reflexia ou reflexo exaltado - +++ 
 - Arreflexia ou hiporreflexia são encontrados comumente nas lesões que 
 interrompem o arco reflexo (poliomielite, polineuropatia periférica, miopatia), 
 e hiperreflexia nas lesões de via piramidal (AVC, neoplasia, doença 
 desmielinizante, traumatismos); Porém, pode-se obter uma resposta 
 aumentada ou diminuída mesmo na ausência de patologias. 
 - Assimetrias são um indicativo importante - pois, evidencia anormalidade 
 neurológica; 
 - Reflexos miotáticos fásicos ou clônicos - (cobrados na prova) 
 - Reflexo Aquileu - raíz nervosa: L5-S1 
 - Sede de estímulo: tendão de aquiles 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 - Resposta: Flexão plantar 
 - Nervo responsável - ciático 
 - Reflexo Patelar - raíz nervosa: L2-L4 
 - Sede de estímulo: tendão rotuliano - deve-se percutir bruscamente 
 logo abaixo da patela 
 - Resposta: Extensão da perna (e contração do quadríceps) 
 - Nervo responsável - ciático 
 - Reflexo Bicipital - raíz nervosa: C5-C6 
 - Sede de estímulo: tendão distal do bíceps - paciente sentado, braço 
 parcialmente flexionado na altura do cotovelo, percute o tendão e há a flexão 
 - Resposta: Flexão do antebraço (e contração do bíceps) 
 - Nervo responsável - musculocutâneo 
 - Reflexo Tricipital - raíz nervosa: C6-C7-C8 
 - Sede de estímulo: tendão distal do tríceps - percute logo acima do 
 cotovelo 
 - Resposta: Extensão do antebraço (e contração do tríceps) 
 - Nervo responsável - radial 
 ➔ PONTO 28 - Manobras para avaliar força muscular além de manobras deficitárias 
 - FORÇA MUSCULAR - para esse exame, o paciente irá realizar o movimento 
 ativo contra resistência; 
 - O resultado do exame pode ser anotado literalmente (graduação e sede), 
 percentualmente (anotando também graduação e sede) ou através de graus 
 de força (de acordo com o Porto). 
 - Grau 0 - nenhum movimento 
 - Grau 1 - discreta contração muscular 
 - Grau 2 - movimento completo sem a força da gravidade 
 - Grau 3 - movimento contra a força da gravidade 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 - Grau 4 - movimento completo contra a força da gravidade e contra certa 
 resistência aplicada pelo examinador 
 - Grau 5 - força normal 
 - Movimentos realizados durante o exame - 
 - Flexão de cotovelo - C5 e C6 - m. bíceps 
 - Extensão de cotovelo - C6, C7 e C8 - m. tríceps 
 - Extensão de punho - C6, C7 e C8 - m. extensor radial longo e curto do 
 carpo 
 - Teste da preensão - C7, C8 e T1 
 - Abdução do dedo - C8 e T1 
 - Oposição do polegar - C8 e T1 
 - Flexão do quadril - L2, L3 e L4 - m. ileopsoas 
 - Extensão do joelho - L2, L3 e L4 - m. quadríceps 
 - Flexão do joelho - L4, L5, S1 e S2 - músculos posteriores da coxa 
 - Dorsiflexão do tornozelo - L4 e L5 - m. tibial posterior 
 - Flexão plantar do tornozelo - S1 - m. gastrocnêmio e sóleo 
 ➔ Fraqueza simétrica dos músculos proximais - miopatia ou distúrbio 
 muscular 
 ➔ Fraqueza simétrica dos músculos distais - polineuropatia ou 
 transtornos dos nervos periféricos 
 - PROVAS DEFICITÁRIAS - nos casos de discreta ou duvidosa deficiência 
 motora dos membros. E são elas: Prova dos braços estendidos, Prova de 
 Mingazzini e Prova de Barré ; 
 - MEMBROS SUPERIORES - 
 - Manobra dos braços estendidos - os braços do paciente devem estar em 
 extensão completa, para frente, com as mãos em supinação e os dedos em 
 abdução. O paciente deve fechar os olhos e manter-se na posição, por pelo 
 menos 30s 
 - Manobra de Raimiste - paciente em decúbito 
 dorsal, antebraços fletidos em ângulo reto sobre 
 os braços e mãos dispostas verticalmente, como 
 os antebraços. 
 - MEMBROS INFERIORES - 
 - Manobra de Mingazzini - paciente em decúbito dorsal, com os olhos 
 fechados e com as coxa fletidas formando 90° com o abdômen, as pernas 
 formando o mesmo ângulo com as coxas e os pés na vertical - deve manter 
 por 30s 
 - Manobra de Barré - paciente em decúbito ventral, pernas fletidas sobre as 
 coxas, em ângulo reto. 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 - Prova da queda do membro inferior em abdução - paciente em decúbito 
 dorsal, pernas fletidas sobre as coxas, mantendo apoio plantar bilateral sobre 
 o leito, os MMII formando ângulo de 90° com o tronco - 
 - TÔNUS - 
 - Pode ser considerado o estado de tensão constante a que estão 
 submetidos os músculos, tanto em repouso (tônus de postura) como em 
 movimento (tônus de ação). 
 - Inspeção - verifica-se a existência ou não de achatamento das massas 
 musculares de encontro ao plano do leito - só tem valor significativo na 
 acentuada diminuição do tônus 
 - Palpação das massas musculares - averigua-se o grau de consistência 
 muscular - está aumentada em lesões motoras centrais e diminuída, nas 
 periféricas 
 - Movimentos passivos - imprime-se movimentos de flexão e extensão dos 
 membros e observa-se: 
 - Passividade - vê-se se há resistência (tônus aumentado) ou se está 
 aquém do normal (tônus diminuído) 
 - Expansibilidade - observar se não há exagero no grau de 
 extensibilidade da fibra muscular 
 - Balanço passivo - é aplicado no antebraço e pernas, em que o 
 examinador segura o membro e balança, observando se o movimento está 
 normal, aumentado (hipertonia) ou diminuído (hipotonia). 
 - HIPOTONIA - consistência muscular diminuída, passividade 
 aumentada - “músculo fica mole” - É encontrada em lesões do cerebelo, 
 lesões do nervo periférico, síndrome cerebelar, miopatias… 
 - HIPERTONIA - consistência muscular aumentada 
 - Tipo elástica - com retorno do segmento à posição inicial de um 
 segmento do corpo no qual se interrompeu o movimento passivo de 
 extensão. Apresenta espasticidade ( sinal do canivete ) - presente em lesões 
 do trato corticoespinhal (PIRAMIDAL), sequelas do AVC. 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 - Tipo plástica - com resistência constante à movimentação 
 passiva - apresenta rigidez ( sinal da roda dentada ) - presente em lesões da 
 via extrapiramidale na doença de Parkinson 
 ➔ PONTO 29 - manobras para identificar sinais meníngeos 
 - Inicialmente deve-se explicar ao paciente que fará movimentos/ manobras 
 em seu corpo, e que não deve se preocupar. E caso haja irritação meníngea, 
 ele sentirá dor na realização da manobra. 
 - SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA - 
 - Rigidez de nuca - 
 - Paciente em decúbito dorsal, o examinador com a mão na região 
 occipital, executando uma flexão passiva da nuca; 
 - Movimento fácil e amplo - não há rigidez nucal 
 - Rigidez nucal - presente em meningites e hemorragias subaracnóidea - 
 há uma resistência ao movimento e contratura da musculatura cervical 
 posterior 
 - Manobra de Kernig - 
 - Posiciona o paciente em decúbito dorsal, promover a flexão sobre o 
 quadril, em ângulo de 90°, e em seguida promover a extensão da perna 
 sobre a coxa. 
 - Quando positivo, observa-se que o paciente irá interromper o movimento 
 ao sentir dor - paciente sente dor, resistência e incapacidade de estender o 
 joelho por completo. 
 - Sinal presente bilateralmente sugere irritação meníngea, caso seja 
 unilateral, pode indicar doença radicular. 
 - Manobra de Brudzinski - 
 - Posiciona o paciente em decúbito dorsal e com os membros estendidos, 
 repousa uma mão no tórax do paciente e, com a outra na região occipital, 
 executar uma flexão forçada da cabeça. 
 - Quando positivo - o paciente irá fletir os membros inferiores 
 involuntariamente além de expressão dolorosa na face. 
 - Kernig- Brudzinski - quando ocorre a flexão da perna que estaria em 
 repouso, na manobra de Kernig. 
 - Manobra de Laségue - sinal radicular 
 - Com o paciente em decúbito dorsal e os membros inferiores estendidos 
 sobre o leito, o examinador levanta um dos membros inferiores. E pode 
 sensibiliza com Bragard - empurra o pé do paciente ao levantar a perna. 
 - A prova é positiva quando o paciente reclama de dor na face posterior 
 do membro examinado, logo no início da prova (cerca de 30°) - irá referir dor 
 no trajeto do nervo ciático, a partir de determinado grau de elevação do 
 membro; 
 - Principal sinal semiológico na detecção de compressão radicular 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 ➔ PONTO 30 - Sensibilidade tátil e proprioceptiva 
 - O estudo semiológico da 
 sensibilidade diz respeito aos receptores, 
 às vias condutoras e aos centros 
 localizados no encéfalo. 
 - Sensibilidade subjetiva - compreende 
 as queixas sensoriais que o paciente 
 relata na anamnese - a dor, a 
 parestesia… 
 - Sensibilidade objetiva - é dita 
 objetiva, pois há o estímulo aplicado pelo 
 examinador. 
 - Sensibilidade especial - corresponde 
 aos sensórios - relacionada aos nervos 
 cranianos. 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 - SENSIBILIDADE SUPERFICIAL - 
 - Sensibilidade tátil - utiliza-se um pedaço de algodão ou pincel macio, os 
 quais são roçados de leve em várias partes do corpo do paciente. 
 - Sensibilidade dolorosa - utiliza-se um estilete rombo, capaz de provocar 
 dor sem ferir o paciente. 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 - Sensibilidade térmica - necessita-se de dois tubos de ensaio, um com 
 água gelada e outro quente, e toca-se em pontos diversos do corpo, 
 alternando os tubos. 
 - Diminuição da sensibilidade tátil - hipoestesia, sua abolição - anestesia, e 
 seu aumento - hiperestesia. 
 - Tais alterações estão na dependência da lesão das vias das várias 
 modalidades sensoriais. O resultado do exame, se for normal, deve ser 
 registrado literalmente discriminando cada tipo de sensibilidade. Se houver 
 alterações, o registro deve ser feito por esquemas que mostrem a 
 distribuição sensorial corporal ou através da descrição, do grau e localização 
 de cada sensibilidade e de suas alterações. 
 . 
 - SENSIBILIDADE PROFUNDA - 
 - Sensibilidade vibratória - é pesquisada com um diapasão de 128 
 vibrações/ seg - colocado em saliências ósseas. 
 - Sensibilidade à pressão - é verificada mediante a compressão digital ou 
 manual em qualquer parte do corpo, especialmente em massas musculares. 
 - Sensibilidade cinético-postural ou artrocinética - é explorada 
 deslocando-se suavemente qualquer segmento do corpo em várias direções 
 (flexão, extensão). Em dado momento, fixa-se o segmento em uma 
 determinada posição, que deverá ser reconhecida pelo paciente. Para 
 facilitar o exame, elegem-se algumas partes do corpo, como hálux, polegar, 
 pé, mão… 
 - Sensibilidade dolorosa profunda - é avaliada mediante a compressão 
 moderada de massas musculares e tendões, o que, normalmente, não 
 desperta dor. Se o paciente relatar dor, é sinal de que há neurites e miosites. 
 De modo contrário, os pacientes com tabes dorsalis, não sentem dor quando 
 se faz compressão, mesmo que forte, em órgãos habitualmente muito 
 dolorosos, como o testículo. 
 ➔ PONTO 31 - Equilíbrio 
 - EQUILÍBRIO ESTÁTICO - 
 - Solicita-se ao paciente para que fique na posição vertical, com os pés 
 juntos, olhando para frente. Nessa postura, ele deve permanecer por alguns 
 segundos. Em seguida, ordena-se que feche os olhos e, isto, denomina-se 
 Prova de Romberg . 
 - Às vezes, pode ser necessário a prova de Romberg SENSIBILIZADA - 
 coloca-se um pé à frente do outro ou manter-se apoiado num pé só. 
 - No indivíduo normal, nada se observa, ou apenas ligeiras oscilações do 
 corpo são notadas - Prova de Romberg negativa 
 - Porém, na vigência de determinadas alterações neurológicas, ao fechar as 
 pálpebras, o paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e 
 forte tendência à queda - Prova de Romberg positiva 
 - A tendência de queda pode ser: 
 ➔ Para qualquer lado e imediatamente após interromper a visão - 
 indicando lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva consciente. 
 ➔ Sempre para o mesmo lado e após transcorrer um período de latência 
 - lesão do aparelho vestibular. 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 - A prova de Romberg é positiva nas labirintopatias, na tabes dorsalis, na 
 degeneração combinada subaguda e na polineuropatia periférica. Em 
 algumas ocasiões, sobretudo nas lesões cerebelares, o paciente não 
 consegue manter-se em pé (astasia) ou o faz com dificuldade (distasia), 
 alargando a sua base de sustentação, através do afastamento dos pés para 
 compensar a falta de equilíbrio. Tais manifestações não se modificam quando 
 se interrompe o controle visual (prova de Romberg negativa). 
 - EQUILÍBRIO DINÂMICO - ou marcha 
 - Pede-se ao paciente para caminhar pela sala, e com olhos fechados, há a 
 sensibilização. 
 - Cada pessoa tem um próprio modo de andar, extremamente variável, 
 individualizado. Mas ao observar a maneira pela qual o paciente se locomove 
 é possível, em algumas afecções neurológicas, suspeitar ou fazer o 
 diagnóstico. 
 - A qualquer distúrbio na marcha, dá-se o nome de disbasia , que pode ser 
 uni ou bilateral. 
 ● Principais marchas : 
 - Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica - paciente mantém o membro 
 superior fletido em 90° no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve 
 pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, o joelho não 
 flexiona. Por isso, a perna tem de se arrastar pelo chão, descrevendo um 
 semicírculo quando o paciente troca de passo. Lembra o movimento de uma 
 foice em ação. Aparece em pacientes que apresentam hemiplegia, cuja 
 causa mais comum é o AVC. 
 - Marcha anserina ou do pato - o paciente ao caminhar acentua a lordose 
 lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, 
 alternando, lembrando o andar de um pato. É encontrada em doenças 
 musculares e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. 
 - Marcha parkisoniana - o paciente anda em bloco, enrijecido, sem o 
 movimento automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para 
 frente, e os passos são miúdos e rápidos, dando a impressão que o paciente 
 “corre atrás do seu centro de gravidade” e vai cair para frente. Ocorre nos 
 portadores da doença de Parkinson.- Marcha cerebelar ou marcha do ébrio - ao caminhar, o doente 
 ziguezagueia como um bêbado. Esse tipo de marcha traduz incoordenação 
 de movimentos em decorrência de lesões no cerebelo. 
 - Marcha tabética - para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no 
 chão, os membros inferiores são levantados de maneira abrupta e explosiva 
 e, ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo 
 pesado. Com os olhos fechados, a marcha apresenta acentuada piora ou 
 torna-se impossível. Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão 
 do cordão posterior da medula. Aparece na tabes dorsalis (neurolues), na 
 mioelose funicular (mielopatia por deficiência de vit. B12, ácido fólico ou vit. 
 B6), mielopatia vacuolar (ligada ao vírus HIV), mielopatia por deficiência de 
 cobre após cirurgias bariátricas, nas compressões da medula (mielopatia 
 cervical) 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 - Marcha de pequenos passos - é caracterizada pelo fato do paciente dar 
 passos muito curtos e, ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse 
 dançando “marchinha”. Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia 
 cortical da senilidade. 
 - Marcha vestibular - o paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta 
 lateropulsão quando anda, é como se fosse empurrado para o lado ao tentar 
 se mover em linha reta. Se o paciente for colocado em um ambiente amplo e 
 lhe for solicitado ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados, ele 
 descreverá uma figura semelhante a uma estrela, daí ser denominada 
 também marcha em estrela. 
 - Marcha escarvante - quando o doente tem paralisia do movimento de flexão 
 dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. 
 Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, o que lembra o 
 “passo de ganso” dos soldados prussianos. 
 - Marcha claudicante - ao caminhar, o paciente manca para um dos lados. 
 Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. 
 - Marcha em tesoura ou espástica - os dois membros inferiores enrijecidos e 
 espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se 
 cruzam na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento 
 das pernas lembra uma tesoura em funcionamento. Esse tipo de marcha é 
 bastante frequente nas manifestações espásticas da paralisia cerebral. 
 ➔ PONTO 32 - Coordenação 
 - COORDENAÇÃO - traduz o bom funcionamento de 2 setores do sistema 
 nervoso: o cerebelo (centro coordenador) e a sensibilidade proprioceptiva 
 (informa o centro coordenador as modificações de posição de vários 
 segmentos do corpo). 
 - A perda de coordenação é denominada ataxia , a qual pode ser: cerebelar, 
 sensorial ou mista. 
 - Em lesões da sensibilidade proprioceptiva, ao cerrar as pálpebras, ocorre 
 acentuação da ataxia - tal fato não ocorre nas lesões cerebelares. 
 - Caso se encontre alterações na coordenação, deve-se anotar a sede e grau 
 de ataxia. 
 - Provas de coordenação - recebem o nome de diadococinesia; 
 - Capacidade de executar os movimentos - eudiadococinesia 
 - Dificuldade em executar - disdiadococinesia 
 - Incapacidade de executar - adiadococinesia 
 1. Prova Índex- nariz - paciente em pé ou sentado, com o membro superior estendido 
 lateralmente, é solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete-se a 
 prova algumas vezes, primeiro de olhos abertos, depois fechados. 
 2. Prova de movimentos alternados ou prova das marionetes - determina-se ao 
 paciente que realize movimentos rápidos e alternados, tais como: abrir e fechar a 
 mão, movimento de supinação e pronação, extensão e flexão dos pés. A velocidade 
 e coordenação dos movimentos declinam com a idade avançada. 
 3. Prova calcanhar-joelho - na posição de decúbito dorsal, o paciente é solicitado a 
 tocar o joelho oposto com o calcanhar do membro examinado. A prova deve ser 
 realizada várias vezes, de início com os olhos abertos, depois, fechados. Nos casos 
 de discutível alteração, “sensibiliza-se” a prova mediante o deslizamento do 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 calcanhar pela crista tibial, após tocar o joelho. Diz-se que há dismetria quando o 
 paciente não consegue alcançar com precisão o alvo. 
 4. Manobra do rechaço (Stewart-Holmes) - paciente sentado, consiste em solicitar que 
 mantenha seu braço abduzido, e o antebraço em flexão e supinação, com o punho 
 cerrado. O examinador traciona o braço do paciente, tentando trazê-lo para a 
 posição de extensão e subitamente remove toda a resistência aplicada. Em 
 circunstâncias normais, uma contração vigorosa dos extensores evita que o punho 
 atinja o ombro ou a face do paciente. De fato, ocorre uma pequena extensão do 
 antebraço, na direção contrária da força que estava sendo exercida pelo agonista. 
 - Isto é, flexão do antebraço contra resistência oposta pelo examinador, que 
 bruscamente a retira. No caso de uma lesão cerebelar, o antebraço não pode 
 frear seu movimento - paciente não interrompe o movimento, indo se chocar 
 com a sua face/ombro. 
 ➔ PONTO 33 - Distúrbios de linguagem 
 - DISTÚRBIOS DE LINGUAGEM - a fala depende de mecanismos bastante 
 complexos que compreendem o órgão fonador, os músculos da fonação e a 
 elaboração cerebral 
 ➔ Disfonia - alteração do timbre da voz, que se torna rouca ou bitonal, e 
 depende da disfunção das cordas vocais por lesão do nervo 
 acessório (XI par) , pode ocorrer também por lesões estruturais das 
 cordas vocais. 
 ➔ Disartria - alteração da articulação da palavra falada ou fala, 
 decorrente de algumas neuropatias centrais e/ou periféricas - 
 paralisia pseudobulbar (fala mista de anasalada e explosiva), 
 parkinsonismo (fala arrastada, lenta), síndrome cerebelar (fala 
 explosiva)… 
 - Disartria por problemas periféricos - faz-se menção da lesão 
 nos pares cranianos VII, IX, X e XII - que gera uma voz 
 fanhosa. 
 ➔ Dislalia - perturbação da articulação da palavra falada, sem que as 
 causas estejam localizadas no SN. 
 - Fisiológica - crianças até 4 anos e consiste na troca de sílabas 
 ou letras. 
 - Retardo psicomotor - em geral, até os 10 anos de idade. 
 - Secundária a lesões no palato, nos dentes, na língua, nos 
 lábios ou na mandíbula - interesse da fonoaudiologia 
 ➔ Disritmolalia - perturbação do ritmo da fala, destacando-se: 
 - Taquilalia - alteração do ritmo da fala, tornando-a imprecisa 
 (aceleração) 
 - Gagueira - interrupção do ritmo da fala - devido a fatores 
 fisiológicos, genéticos e psíquicos. 
 ➔ Afasia - melhor seria a denominação disfasia ; 
 - Motora ou verbal - área de Broca - também conhecida por 
 afasia de Broca. Em que há uma dificuldade de intensidade 
 variável para se expressar, seja por fala ou escrita. 
 Habitualmente, se associa a hemiparesia ou hemiplegia 
 - Gabriela Palauro - ATM26 
 direita. - nesta, o paciente entende mas há a dificuldade para 
 falar/ se expressar 
 - Receptiva ou sensorial - área de Wernicke - também 
 conhecida por afasia de Wernicke. Leve a extrema dificuldade 
 para a compreensão da fala e da escrita. Paciente pode 
 apresentar: parafasia (vocábulos ou frases erroneamente 
 colocados), perseveração (repetição do mesmo vocábulo) ou 
 jargonofasia (uso de palavras novas e incompreensíveis) - 
 nesta, o paciente não compreende, mas a fala está 
 “preservada”. 
 - Global - afasia de Broca + afasia de Wernicke. Consiste na 
 forma mais importante de afasia, em virtude da sua gravidade. 
 A compreensão e a expressão da linguagem ficam 
 amplamente reduzidas. Hemiparesia ou hemiplegia direita 
 estão presentes. 
 - De condução - tipo de afasia que a maior dificuldade é a 
 repetição de palavras. Paciente consegue ler e falar 
 razoavelmente, mas não consegue repetir frases que são 
 ditas. 
 - Amnésica - há a incapacidade para designar ou nomear os 
 vocábulos ou nome de objetos, ainda que conserve a 
 finalidade. EX: paciente sabe para que serve um pente, masnão lembra seu nome nem consegue expressar; 
 - Gabriela Palauro - ATM26

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