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CURSO EM ENGENHARIA MECÂNICA –PUC-MG. USINAGEM 1 Prof. Dr. Gilmar Cordeiro da Silva 2 Na seleção do processo de fabricação, deve-se considerar os seguintes fatores: Tipo do material e suas propriedades Propriedades finais desejadas Tamanho, forma e complexidade do componente Tolerâncias e acabamento superficial requeridos Processo subseqüente envolvido Projeto e custo de ferramental; efeito do material na vida da ferramenta ou matriz Sucata gerada e seu valor Disponibilidade do equipamento e experiências operacionais Lead time necessário para iniciar produção Número de partes requeridas e taxa de produção desejada Custo total do processamento 3 O que é USINAGEM? Resposta n. 1: “UM PROCESSO DE FABRICAÇÃO” “Fabricar é transformar matérias primas em produtos acabados, por vários processos, seguindo planos bem organizados”. O que é FABRICAÇÃO? 4 O que é USINAGEM? Resposta n. 2: “Processo de fabricação com remoção de cavaco”. 5 Resposta n. 3 (Ferraresi) “Operação que ao conferir a peça a forma, ou as dimensões ou o acabamento, ou ainda uma combinação qualquer desses três itens, produzem cavaco”. “Porção de material da peça, retirada pela ferramenta, caracterizando-se por apresentar forma geométrica irregular”. O que é USINAGEM? O que é cavaco? 6 Resposta n. 4: “Um processo complexo e simples, ao mesmo tempo, onde se produzem peças removendo-se excesso de material, na forma de cavaco”. O que é USINAGEM? COMPLEXO devido às dificuldades de se determinar as imprevisíveis condições ideais de corte. SIMPLES porque uma vez determinadas as condições ideais de corte, o cavaco se forma corretamente, proporcionando um espetáculo muito interessante, sem exigir qualquer tipo de ação especial do operador. 7 Definição: Segundo a DIN 8580, aplica-se a todos os processos de fabricação onde ocorre a remoção de material sob a forma de cavaco. Usinagem: Operação que confere à peça forma, dimensões ou acabamento, ou ainda uma combinação qualquer desses três, atravéz da remoção de material sob a forma de cavaco. Cavaco: Porção de material da peça retirada pela ferramenta, caracterizando-se por apresentar forma irregular. O Estudo da usinagem é baseado na mecânica (Atrito, Deformação), na Termodinâmica (Calor) e nas propriedades dos materiais. DEFINIÇÃO DE USINAGEM 8 DEFINIÇÃO DE USINAGEM 9 1. material e geometria adequada da ferramenta de corte; 2. velocidade de corte e avanço adequados para um profundidade de corte pré-determinada; 3. fluido de corte adequado. As condições ideais de corte consistem de: Tudo isto para ser usado em uma máquina ferramenta pré-escolhida, para usinar um determinado material. Estas condições ideais de corte são aquelas capazes de produzir peças dentro de especificações de forma, tamanho e acabamento ao menor custo possível. 10 SHAW: “É praticamente impossível PREVER a performance no corte dos metais. Entretanto, isto não quer dizer que estudos detalhados dos processos de usinagem não tem valor. Cada ponto fundamental que é detalhadamente estudado e propriamente interpretado, contribui para o ENTENDIMENTO do processo, e entendimento é o passo mais próximo da capacidade de prever”. 11 12 ✓ 80% dos furos são realizados por usinagem ✓ 100% dos processos de melhoria da qualidade superficial são feitos por Usinagem ✓ O comércio de máquinas-ferramentas representa uma das grandes fatias da riqueza mundial ✓ 70% das engrenagem para transmissão de potência ✓ 90% dos componentes da industria aeroespacial ✓ 100% dos pinos médico-odontológico ✓ 70% das lentes de contatos extra-ocultares ✓ 100% das lentes de contatos intraoculares ✓ Lentes para CD player ou suas matrizes IMPORTÂNCIA DA USINAGEM 13 IMPORTÂNCIA DA USINAGEM •Processo de fabricação mais popular entre todos os outros. •Cerca de 10% de toda a produção de metais é transformada em cavacos. •Só nos EUA isto é igual a 15 milhões de tonelada/ano. •O custo de usinagem no Reino Unido (U.K.) é estimado em US$ 50 bi/ano. 14 Convencional Com Remoção de Cavaco Usinagem Não Convencional Abrasivos Processos de Fabricação Fundição Soldagem Sem Remoção de Cavaco Conformação Prototipagem Rápida Torneamento Fresamento Furação Alargamento Mandrilamento Brochamento Roscamento Serramento Outros Eletroerosão Eletroquímica Jato Abrasivo Jato de Água Jato de Água Abrasivo Ultra-som Fluxo Abrasivo Laser Plasma Feixe de Elétrons Outros Retificação Brunimento Lapidação Lixamento Outros Laminação Extrusão Conformação Forjamento Trefilação Outros Modelagem por Deposição de Fundido Estereolitografia Sinterização a Laser seletivo Laminação de Objetos Impressão Tridimensional Eletrodo Revestido Resistência Arco Submerso Laser MIG/MAG TIG Molde de Areia Cera Perdida Fundição Sob Pressão Outros 15 Os processos de usinagem são classificados da seguinte forma: ✓ Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida ✓ Usinagem com Ferramentas de Geometria Não Definida ✓ Usinagem por Processos Não Convencionais CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 16 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 17 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 18 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 19 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 20 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 21 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 22 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 23 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 24 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 25 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 26 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 27 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 28 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM 29 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE USINAGEM TORNEAMENTO A NBR 6175:1971 classifica torneamento como o processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma ou mais ferramentas monocortantes. Para tanto, a peça gira em torno do eixo principal de rotação da máquina e a ferramenta se desloca simultaneamente segundo uma trajetória coplanar com o referido eixo 30 TORNEAMENTO O torneamento, como todos os demais trabalhos executados com máquinas- ferramentas, acontece mediante a retirada progressiva do cavaco da peça a ser trabalhada. O cavaco é cortado por uma ferramenta de um só gume cortante, que deve ter uma dureza superior à do material a ser cortado. Tem formatos e tamanhos diferentes, conforme o trabalho e o material utilizado. A Máquina-ferramenta que utiliza ferramentas para realizar o corte é comumente conhecida como máquina operatriz. 31 TIPOS DE TORNOS A classificação de um torno pode ser feita em função do grau de automatização, controle ou comando da máquina. Este último é o mais aplicado, dividindo os tornos em convencionais( universal, revólver, vertical, copiador, automático), e em comando numérico. 32 TORNO UNIVERSAL 33 COMPONENTES BÁSICOS TORNO CONVENCIONAL 34 TORNEAMENTO VOCABULÁRIO TÉCNICO: CARRO SUPERIOR: espera EIXO PRINCIPAL: árvore CARRO PRINCIPAL: carro longitudinal CARRO TRANSVERSAL: espera transversal • COMPONENTES IMPORTANTES DA MÁQUINA Barramento, Cabeçote fixo , Carro , Cabeçote móvel • CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS: 1- Distância entre pontas 2- Altura da ponta: - ao fundo da cava - ao barramento - ao carro 3- Diâmetro do furo do eixo principal 35 ACESSÓRIOS PRINCIPAIS PLACA UNIVERSAL DE TRÊS CASTANHAS 36 ACESSÓRIOS PRINCIPAIS PLACA DE 04 CASTANHAS INDEPENDENTES • Centragem de peças não cilíndricas e retangulares • Mancais bi-partidos • Usinagem de eixos excêntricos 37 ACESSÓRIOS PRINCIPAIS 38 ACESSÓRIOS PRINCIPAIS LUNETAS FIXA E MOVEL, CONTRA PONTA • EIXOS LONGOS E FINOS • USINAGEM DE ROSCA FUSOS LONGOS • USINAGEM DE CANAIS EM EIXOS LONGOS 39 TORNO REVÓLVER • Surgiu da necessidade de reduzir o custo de produção emsérie. • Principal característica – dispositivo (torre giratória) que emprega 4 a 12 ferramentas convenientemente dispostas e preparadas para realizar as operações de torneamento, furação, alargamento e rosqueamento em forma ordenada e sucessiva • A finalidade é permitir que sejam usinadas várias peças iguais, de modo igual, utilizando uma série de ferramentas que serão aplicadas sem a remoção da peça e sem alteração de colocação de ferramenta. 40 TORNO REVÓLVER • grau de automação médio - principalmente mecânica • grande dependência do operador • baixas velocidades e avanços • fabricação pequenos e médios lotes 41 TORNO VERTICAL • Disposição do eixo-arvore é vertical. • Utilizado na usinagem de peças de grandes diâmetros e pesos excessivos • A expulsão dos cavacos é mais difícil • Consomem maior potência por ter eixo apoiado em mancais altamente resistentes. • Caracteriza-se pelo corte lento gerando cavacos com grande seção transversal 42 TORNO PLATÔ O torno de placa ou platô é amplamente utilizado nas empresas que executam trabalhos de mecânica e caldeiraria pesada. É adotado para torneamento de peças de grande diâmetro,como polias, volantes, flanges etc 43 TORNO COPIADOR Permite obter peças com a forma de sólidos de revolução de qualquer perfil. Para tanto, é necessário que a ferramenta execute dois movimentos simultâneos- translação longitudinal e translação transversal em relação à peça que se trabalha. É empregado, geralmente, para a produção seriada de peças que tenham perfis cônicos, esféricos ou complexos. 44 TORNO COPIADOR Características • alto grau de automação mecânica / eletrônica • fabricação pequenos e médios lotes • grande dependência do operador • baixas velocidades e avanços • uso em produção 45 TORNO COPIADOR 46 TORNO SEMI-AUTOMÁTICO É aquele em que há a necessidade de o operador substituir uma peça acabada por outra em estado bruto no final de uma série de operações realizadas sucessivamente de forma automática. É apropriado especialmente para a usinagem de peças fundidas, forjadas ou estampadas 47 TORNO AUTOMÁTICO Realiza todas as operações desde a entrada da matéria-prima até a peça final sucessivamente, uma após a outra de forma automática. O campo de aplicação se dá na produção seriada de pequenas peças torneadas, quase sempre a partir de uma barra cilíndrica de metal. A diferença entre o torno revólver e o automático está no sistema de comando: no revólver os movimentos caracterizam as diferentes operações de corte dependem do acionamento do operador para executar cada uma delas; no automático a sucessão de operações se dá automaticamente. 48 TORNO AUTOMÁTICO Características ● alto grau de automação mecânica ● fabricação grandes lotes ● pouca dependência do operador ● médias velocidades e avanços ● uso em produção 49 TORNO AUTOMÁTICO 50 OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO: Faceamento; Sangramento; Torneamento longitudinal interno,externo Torneamento de rosca; Perfilamento, entre outros. 51 FACEAMENTO Neste caso o movimento de avanço da ferramenta se dá no sentido normal ao eixo de rotação da peça. Tem por finalidade obter uma superfície plana. 52 SANGRAMENTO Movimento transversal como no faceamento. Utilizado para separar o material de uma peça (corte de barras) e ou abertura de canais(Gorne Polias). 53 TORNEAMENTO LONGITUDINAL Operação de torneamento onde se obtém uma geometria cilíndrica, coaxial ao centro de rotação. Pode ser externo ou interno (geração de um tubo). 54 TORNEAMENTO CÔNICO Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea, inclinada em relação ao eixo principal de rotação da maquina. Pode ser externo ou interno. 55 TORNEAMENTO DE ROSCA Como o próprio nome indica, neste caso, velocidade de corte e avanço são tais a promover o filetamento da peça de trabalho com um passo desejado. Para isto, é preciso engrenar a árvore do cabeçote fixo com o fuso de avanço por meio de engrenagens. 56 PERFILAMENTO Operação onde uma ferramenta com perfil semelhante àquele desejado avança perpendicularmente ao eixo de rotação da peça. 57 FERRAMENTAS DE CORTE PARA TORNEAMENTO • A maioria dos processos de torneamento fazem uso de ferramentas simples • Todas as ferramentas de torneamento tem basicamente forma semelhante • São composta de uma parte cortante e de uma haste de fixação • Podem ser integrais , ou com insertos • Os insertos podem ser fixados à haste mecanicamente ou por brasagem. 58 TIPOS DE FERRAMENTA Existe muitas ferramentas que são utilizadas no torno para fazer as usinagens. Para cada tipo de torneamento desejado existe uma ferramenta conveniente. 59 MOVIMENTOS E GRANDEZAS NO PROCESSO Os movimentos entre ferramenta e peça durante a usinagem são aqueles que permitem a ocorrência de corte. Tais movimentos são considerados durante o projeto e a fabricação das máquinas ferramentas que os realizarão. Os movimentos podem ser classificados com ativos ou passivos 60 MOVIMENTOS E GRANDEZAS NO PROCESSO • Movimento de corte (rotação da peça): movimento entre a ferramenta e a peça, que, sem o movimento de avanço gera apenas uma remoção de cavaco durante uma única rotação da ferramenta. • Movimento de avanço ( translação longitudinal da ferramenta): movimento entre a peça e a ferramenta, que, junto com o movimento de corte, gera uma remoção repetida ou contínua do cavaco durante várias rotações da ferramenta. 61 MOVIMENTOS E GRANDEZAS NO PROCESSO • Movimento de profundidade ( translação transversal da ferramenta no qual a espessura da camada de material a ser retirada é determinada de antemão. • Movimento efetivo de corte é movimento combinado ferramenta/peça: resultado dos movimentos de corte e de avanço (contínuo) realizados simultaneamente. 62 MOVIMENTOS E GRANDEZAS NO PROCESSO Operação de torneamento longitudinal externo, no qual se podem visualizar os movimentos de corte(seta azul), de avanço(seta preta) e de profundidade (seta branca) 63 PARÂMETROS DE CORTE • Velocidade de corte (vc) [m/min]. Velocidade linear relativa entre a ponta da ferramenta e a peça em rotação. 64 VELOCIDADE DE CORTE (VC)- METROS POR MINUTO 65 VELOCIDADE DE CORTE (VC)- METROS POR MINUTO Visando facilitar o trabalho, costuma-se utilizar tabelas relacionando velocidade de corte e diâmetro de material, para a determinação da rotação ideal. 66 VELOCIDADE DE CORTE (VC)- METROS POR MINUTO Determinar a N (rpm) necessária para usinar um cilindro de aço 1035, com uma ferramenta de aço rápido, onde o valor de Ø100, “maior”, é para desbaste, enquanto o de Ø95, “menor”, é para acabamento. O sobremetal para acabamento é de 0,5mm Desbaste Vc = ? Acabamento Vc= ? 67 PARÂMETROS DE CORTE • Avanço (f) [mm/rotação] Distância percorrida pela ferramenta por revolução da peça. Permite remoção contínua de material. 68 PARÂMETROS DE CORTE • Profundidade de corte (ap) [mm] espessura ou profundidade de penetração da ferramenta medida perpendicularmente ao plano de trabalho. 69 PARÂMETROS DE CORTE • Taxa de remoção de material volume de material removido por unidade de tempo. Este parâmetro é frequentemente utilizado para determinar a eficiência de uma operação de usinagem 70 SECÇÃO DO CAVACO 71 COMPOSIÇÃO DAS FORÇAS DE CORTE Durante a formação de cavacos, forças geradas pelo corte atuam tanto na ferramenta quanto na peça. Tais forças devem ser equilibradas, em direção e sentido, pela peça e pelos dispositivos de fixação da máquina. 72 COMPOSIÇÃO DAS FORÇAS DE CORTE No processo de usinagem para obter boas superfícies é preciso que o circuito seja o mais rígido possível. A necessidade de movimentos relativos ferramenta-peça (velocidade de corte, avanço e penetração) preconiza necessidade de máquinas- ferramenta de guiamento robustas quegarantam a trajetória desejada e dispositivos de regulagem de folga dos deslocamentos durante a usinagem, entre outros. 73 COMPOSIÇÃO DAS FORÇAS DE CORTE Fc = Força de corte – depende do material e dos ângulos da ferramenta. Fa = Força de avanço. Fp = Força causada pela penetração. Fr = Força resultante de Fp + Fa F = Força total para cortar – é a resultante de Fc + Fr. Ela influi na fixação da peça e da ferramenta. 74 COMPOSIÇÃO DAS FORÇAS DE CORTE A força de corte Fc é básica para cálculos de potência e é calculada em função da seção do cavaco e do material a ser usinado. Os valores de Ks de cada material são determinados e tabelados. Fc = S . Ks Fc = força de corte [N] S = área da secção do cavaco [mm²] Ks = força específica de corte do material [N/mm²] 75 COMPOSIÇÃO DAS FORÇAS DE CORTE Área de corte (S) Constitui a área calculada da seção do cavaco que será retirada, definida como o produto da profundidade de corte (Ap) com o avanço (f) Onde: Ap = mm f = mm/rot. Então: S = P x A 76 COMPOSIÇÃO DAS FORÇAS DE CORTE Pressão específica de corte (Ks) É, por definição, a força de corte para a unidade de área da seção de corte (S). Também é uma variável medida em laboratório, obtida mediante várias experiências. A pressão específica de corte depende dos seguintes fatores: material empregado (resistência); seção de corte; geometria da ferramenta; afiação da ferramenta; velocidade de corte; fluido de corte e rigidez da ferramenta. 77 . O CONHECIMENTO DA FORÇA DE USINAGEM F É NECESSÁRIO PARA: ▪ Para o projeto de uma máquina ferramenta (dimensionamento das estruturas, acionamentos, fixações, etc.); ▪ Para a determinação das condições de corte em condições de trabalho; ▪ Para a avaliação da precisão de uma máquina ferramenta, em certas condições de trabalho (deformação da ferramenta, máquina e peça); ▪ Para a explicação de mecanismos de desgaste. 78 . FORÇA DE USINAGEM A força de usinagem F se decompõe em: - Força de corte Fc; - Força de avanço Ff ; - Força passiva Fp, 79 As componentes da força de usinagem (Fc, Ff e Fp) diminuem com o aumento da velocidade de corte vc devido à diminuição da resistência do material com o aumento da temperatura. As componentes da força de usinagem aumentam com o aumento da profundidade de corte ap de uma forma proporcional (só vale para ap maior que o raio de quina). O CONHECIMENTO DA FORÇA DE USINAGEM F É NECESSÁRIO PARA: 80 81 82 83 TEMPO DE USINAGEM Tempo de Usinagem: É o tempo durante o qual a ferramenta remove cavaco. Sua expressão vem da velocidade de Avanço: 84 TEMPO DE USINAGEM - EXERCÍCIOS 85 TEMPO DE USINAGEM - EXERCÍCIOS 86 TEMPO DE USINAGEM - EXERCÍCIOS 3) A Força de Corte em uma ferramenta é de 250 Kgf e a velocidade de Corte é Vc= 25 m/min. a) Calcular a potencia de Corte b) Se o rendimento é de 70%, qual a potencia do motor? 87 POTÊNCIA DE USINAGEM - EXERCÍCIOS Um eixo de aço extraduro deve ser usinado em um torno convencional com ferramenta de metal duro. Sabendo- se que: • Avanço de desbaste é de 1,13mm/rotação • Avanço acabamento é de 0,65mm/rotação • Profundidade de corte no passe no desbaste é de 3,0mm • Profundidade de corte no passe de acabamento é de 0,65mm • O rendimento da máquina é de 72%. Ks = Ks1 Calcule: a) A potência de corte em ambas as operações b) Determine a potência necessária da máquina em CV. 88 TABELA DE ACABAMENTO SUPERFICIAL TEÓRICO Normalmente, o uso de raios de ponta maior melhora o acabamento superficial. A tabela abaixo mostra os valores de avanço máximo (teórico) em função de um valor Ra especificado, para diferentes tamanhos de raio de ponta. 89 TABELA DE ACABAMENTO SUPERFICIAL TEÓRICO A escolha do tamanho do raio de ponta depende do perfil/especificações do componente e do tipo de operação que deve ser executada. O tamanho do raio de ponta influencia a seleção dos dados de corte e o acabamento superficial gerado. Raios de ponta pequenos = Aplicações em geral, baixos esforços de corte (menor risco de vibração). Raios de ponta grandes = Maior resistência, recomendados para dados de corte mais severos, bom acabamento superficial. A profundidade de corte deve ser sempre maior que o tamanho do raio de ponta. 90