Guerra da vacina

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“A Revolta da Vacina”
A saúde surgiu como prioridade de governo no Brasil no começo do século XX. A cidade do Rio de Janeiro, além de capital era a maior cidade do Brasil, com uma população em torno de 800 mil habitantes. O crescimento urbano carioca aconteceu de maneira descontrolada no final do século XIX, sobre tudo depois que a escravidão foi abolida e a economia cafeeira entrou em decadência naquele estado.
	A concentração de pessoas nos centros urbanos e o fluxo de viajantes que passavam pela cidade permitiam que uma série de doenças ganhasse espaço nela. Tais doenças como a dengue, a febre amarela e peste bubônica, entre outras, espalhavam pela cidade, causando a morte de milhares de pessoas. Os navios estrangeiros evitavam os portos brasileiros com medo de que a tripulação pudesse contrair enfermidades fatais, a cidade ficou conhecida como tumulo dos estrangeiros. Por isso que o urbanizar e sanear a cidade foi prioridade para o presidente Rodrigues Alves, com a ajuda de Médicos e especialistas debatiam medidas sobre como resolver os problemas sanitários do Rio de Janeiro, e as ideias de reformar a cidade ganharam forças. Nesse contesto de reforma o presidente Rodrigues Alves nomeou Pereira Passos um engenheiro como prefeito onde foi responsável pela reforma da cidade, foi conduzida de maneira brusca e autoritária sendo demolidas centenas de casebres e cortiços para abrir uma grande avenida. Com a remodelação da cidade sacrificou a camada mais pobre da cidade que tiveram suas casas destruídas sem direitos a indenização, sendo assim a população foi obrigada a procurar moradias em morros e subúrbios, por consequência os alugueis subiram deixando o povo indignado.
	Com a reforma e modernização do Rio de Janeiro o médico Oswaldo Cruz foi nomeado a Diretor da Saúde Pública tendo carta branca para melhorar as condições de higiene da cidade. Sua primeira missão foi combater a febre amarela transmitida pelo mosquito (Aedes aegypt). Criou os batalhões mata-mosquitos, combatendo focos de larvas limpeza em calhas e caixas d`água, assim diminui as mortes pela a febre amarela, em seguida voltou para erradicação da peste bubônica (transmitida pela pica da pulga do rato), as equipes sanitárias incentivavam a população a caçar ratos e entrega-los em troca de dinheiro. Por fim no combate contra varíola a saída encontrada oi a realização de uma campanha de vacinação obrigatória para todos os brasileiros com mais de 06 meses de idade. A lei da vacinação obrigatória foi aprovada pelo congresso nacional no dia 31 de Outubro de 1904. Gerando uma insatisfação popular com a obrigatoriedade da vacina foi criada a liga contra a vacinação obrigatória. Por falta de informação e boatos espalhados, a população temia os efeitos da vacina encandeou um protesto em 10 de novembro de 1904, iniciou no Largo de São Francisco e logo se espalhou por outras regiões da cidade