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Princípios de interpretação da imagem radiográfica Exame radiográfico: identificação de estruturas anatômicas e alterações patólogicas Tons mais claros: estruturas radiopacas Tons mais escuras: estruturas radiolúcidas Projeção bidimensional cheio de estruturas tridimensionais Correlação clínico patológico Utilizar técnicas distintas para localização FATORES QUE INFLUENCIAM A IMAGEM RADIOGRÁFICA - Tipo de projeção: ex normal lateral e PAs Variação da posição do objeto em relação ao receptor de imagem e fonte de radiação Se aplico ângulo vertical excessivo: encurtada Ângulo horizontal excessivo: alongada Variação do tipo de objeto, mantendo a mesma relação com receptor de imagem e fonte de radiação - Kilovoltagem: acima de 70Kvp - Miliamperagem/tempo de exposição: As vezes tem um tempo excessivo aparecendo muito escura, baixo tempo de exceção e sai muito clara - Processamento radiográfico: mal processamento implica mais doses de radiação, tempo de trabalho alongado - Movimento e erros técnicos PRINCÍPIOS A região a ser interpretada deve aparecer totalmente na radiografia e na incidência que melhor a reproduza Forame mentual intacto PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA INTERPRETAÇÃO Observar imagens sob condições ideais: - Ambiente deve estar silencioso - Luminosidade: penumbra - Luz extra do negatoscópio deve ser mascarada das margens da radiografia > máscaras - Cuidados devem ser tomados para que a radiografia esteja corretamente orientada no negatoscópio - Uma lupa deve estar disponível - Movimento continuo dos olhos: detectar alterações sutis em lesões com margens difusas borradas, com baixo gradiente de contraste Interpretar somente radiografias de alta qualidade - Máximo detalhe - Grau médio de contraste e densidade - Mínima distorção Radiografias adicionais Estudo radiográfico das alterações do órgão dental ALTERAÇÕES COROA DO DENTE Lesão de cárie Área radiolúcida Revela o resultado de atividade bacteriana - Lesão de cárie em esmalte Proximal: em formato de triangulo. Desmineralização em área - Lesão oclusal: localização mais prevalente. Superfícies irregulares com fóssulas e fissuras. Não é visualizada radiograficamente até atingir a junção amelodentinária. - Lesão de cárie em dentina - Lesão de cárie atingindo a câmara pulpar - Lesão de cárie na região de Furca - Lesão de cárie radicular Nódulos pulpares Mineralização de formato arredondado, ovalado ou em forma de agulha, no interior da câmara pulpar e/ou canal radicular Desgastes (erosão, abrasão e atrição) Dente idoso (senil): obliteração parcial ou total da cavidade pulpar na coroa, na raiz ou em ambas, devido a deposição de dentina secundária Erosão: perda de substancia dental por processo químico sem envolvimento bacteriano. Somente casos severos apresentam imagem radiográfica - Ex: ingestão de bebidas ácidas, hábito de chupar limão, vômito crônico (bulimia) - Características clínicas: Lesões côncavas em forma de cunha, com maior frequência nas superfícies vestibulares. Dentina amarelada subjacente, podendo apresentar-se exposta e com sensibilidade Abrasão: perda da estrutura dentária por um desgaste proporcionado por agente mecânico - Ex: escovação traumática, subs abrasivas, grampos de próteses, hábitos parafuncionais (uso de cachimbo ou piteira, alfinetes e pregos) - Características radiográficas: imagem radiolúcida horizontal ou em forma de V na porção cervical do dente - Imagem radiolúcida circular na região interproximal, abaixo do ponto de contato Atrição: pode ser um processo fisiológico ou patológico em que ocorre desgaste, com consequente perda da estrutura dental nas superfícies incisal, oclusal e proximal (pelo contato frequente dos dentes) - Ex: processo normal de envelhecimento, contato oclusal durante a mastigação, bruxismo, má oclusão, oclusão traumática Reabsorção interna Processo patológico que ocorre dentro da câmara pulpar (ou canal radicular) e resulta no aumento deste espaço, em detrimento do tecido dentinário. A etiologia do recrutamento de odontoclastos pode estar relacionada à inflamação Fraturas (transversais e oblíquas) Pode estar associada a: - Trinca: fratura incompleta) - Fratura não complicada: fratura incompleta da coroa sem exposição pulpar - Fratura complicada: fratura incompleta da coroa com exposição pulpar - Fratura coronorradicular: transversal, vertical ou oblíqua - Fratura radicular ALTERAÇÕES RAIZ DO DENTE Lesão de cárie: radicular Acomete frequentemente pacientes idosos Associada à retração gengival Junção amelodentária Nódulos pulpares Reabsorções radiculares Fisiológica: associado com a esfoliação dos dentes decíduos Patológica: externa e interna - Lesões benignas de progressão lenta (externas) - Associadas a processos inflamatórios (externas) - Reimplante dental (externas) - Forças (oclusais/ortodônticas) excessivas (externas) - Tratamento radioterápico (externas) - Idiopática (internas) - Traumatismo (internas) Rizólise: reabsorção de raízes Reabsorção radicular externa: Reabsorção radicular interna: Fraturas radiculares Solução de continuidade na superfície radicular, podendo haver ou não afastamento das partes dos fragmentos - Ex: acidentes traumáticos, preparo radicular, reabsorções radiculares, lesões de cárie Método de Clark Hipercementose Deposição excessiva de cemento no terço apical da raiz - Ex: extrusão dental por perda do dente antagnosita, presença de lesões periapicais (inflamatórios), trauma oclusal, doença de Paget e hiperpituitarismo Espessamento das raízes e manutenção do espaço do ligamento periodontal Estudo radiográfico das alterações do periodonto e do periápice LIGAMENTO PERIODONTAL Tecido conjuntivo que une o cemento ao osso alveolar. Nas radiografias, é representado por uma linha radiolúcida, o espaço do ligamento periodontal - Não deve estar muito aumentando, caso esteja está acontecendo processo de edema OSSO ALVEOLAR Região da maxila e mandíbula que contém os alvéolos dentários O osso alveolar propriamente dito atenua os feixes de raios x de modo a exibir a imagem de uma linha radiopaca, a lâmina dura Entre dois dentes, observa-se a crista óssea alveolar Crista óssea alveolar A altura da crista óssea alveolar fica em um nível aproximado de 0,5 a 2mm abaixo da junção amelocementária Variam de acordo com anatomia e posicionamento do dente Observar se não há esfumaçamento, ela tem que se manter em continuidade na lâmina dura (mesma radiopacidade) AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DAS CONDIÇÕES PERIODONTAIS Quantidade de osso presente: avaliar a raiz (divide em terços), se tiver pelo menos 2 terços é bom - Cristas ósseas alveolares - Lesão de furca - Espessura do espaço do ligamento periodontal - Irritantes locais - Morfologia das raízes e relação raiz-coroa - Contatos interproximais - Posição do seio maxilar em relação a uma deformidade periodontal - Reabsorção GENGIVITE Inflamação causada por acúmulo de placa bacteriana em contato com a gengiva livre marginal. Não exibe alterações radiográficas Toda gengivite pode ser a “mãe” uma periodontite ALTERAÇÕES ÓSSEAS INICIAIS – PERIODONTITE Áreas de erosão na crista óssea alveolar Periodontite: perda da adesão do epitélio juncional, formação de bolsa periodontal e reabsorção do osso alveolar PERDA ÓSSEA HORIZONTAL Redução na altura óssea, mas a crista óssea alveolar permanece horizontal. A linha que une 2 junções amelocementárias vizinhas deve ser paralela ao nível ósseo DEFEITOS ÓSSEOS VERTICAIS (ANGULARES) As perdas ósseas verticais podem acometer de uma a várias paredesósseas, sendo melhor diagnosticadas pelos exames clínicos/cirúrgicos ABCESSO PERIODONTAL Perda óssea alveolar e bolsa periodontal, que viabiliza a drenagem de secreções. No momento em que há obstrução dessa bolsa, pode ocorrer agudização LESÃO ENDOPÉRIO Perda óssea alveolar abrange a região apical, causando alteração pulpar LIMITAÇÕES 1. Imagens radiográficas são bidimensionais, portanto, as paredes V e L são de difícil visualização 2. Radiografias subestimam a perda óssea (mais que 30% da massa óssea na região de crista deve ter sido perdida) e não mostram se há lesões ativas 3. Não se pode avaliar mobilidade dental 4. A referência de junção amelocemetária para o nível ósseo deve ser reconsiderada em casos de extrusão dental e atrição TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS 1. Técnica periapical do paralelismo: menos distorção e melhor relação entre coroa, raiz e osso alveolar 2. Técnica interproximal (Bite Wing): paralelismo entre coroa e receptor de imagem - Mais indicada para visualização de perda óssea inicial na crista alveolar 3. Técnica panorâmica: útil para se avaliar globalmente as condições periodontais, porém não proporciona detalhamento do nível ósseo CONDIÇÕES SISTÊMICAS QUE PODEM INFLUENCIAR DOENÇAS PERIODONTAIS Tabagismo Diabetes: redução da capilaridade (ida de células imunes ao local) AIDs Gestação: pelas alterações hormonais Radioterapia e leucemia: redução da vascularidade A INFLAMAÇÃO PERIAPICAL PERIODONTITE APICAL (LÍTICA) Aumento inicial do espaço periodontal Abcesso agudo não aparece na radiografia FASE AGUDA (INICIAL) Apesar da evidencia clínica de necrose pulpar, não há imagens porque não houve perda óssea significativa. PERICEMENTITE Se houver trauma oclusal ou movimentação ortodôntica recente, pode ocorrer uma pequena reação inflamatória no periápice, com desaparecimento da lâmina dura e discreto espessamento do espaço do ligamento periodontal FASE CRÔNICA Se a maior parte da lesão exibe reabsorção óssea (“lise”), com seu epicentro (local de maior atividade) associado ao periápice, utiliza-se o termo osteíte rarefaciente periapical ou rarefação óssea periapical Difusa = associada a sintomatologia Circunscrita = imagem radiográfica bem evidente OSTEÍTE RAREFACIENTE PERIAPICAL DIFUSA Radiograficamente: - Perda de lâmina dura no periápice - Aumento do espaço do ligamento periodontal periapical - Rarefação óssea periapical sem limites OSTEÍTE RAREFACIENTE PERIAPICAL CIRCUNSCRITA Radiograficamente - Perda de lâmina dura no periápice - Aumento do espaço do ligamento periodontal periapical - Rarefação óssea periapical com contorno bem definido, esférico ou ovalado - Alteração na coroa (fratura, cárie extensa) Lesão sugestiva de cisto periapical: Aspectos radiográficos: - Rompimento da lâmina dura - Lesão radiolúcida (maior que o granuloma), unilocular e circunscrita - Contorno: pode apresentar halo radiopaco fino e regular (osteogênese reacional) - Forma: circular ou ovalada OSTEÍTE ESCLEROSANTE PERIAPICAL A imagem é sugestiva de osteíte esclerose periapical quando a maior parte da lesão apresenta neoformação óssea Radiograficamente: aumento apical do espaço ligamento periodontal, zona de esclerose óssea na área apical OSTEOMIELITE – FASE AGUDA Origina-se geralmente de um abcesso periapical e resulta da disseminação generalizada da infecção na mandíbula ou maxila Aspectos clínicos: dor intensa, linfadenoparia regional, dentes abalados e sensíveis Aspectos radiográficos: Sem imagem significativa no início 7 a 10 dias após – áreas líticas difusas (microabscessos) Se a osteomielite aguda não for tratada = evolução do processo OSTEOMIELITE – FASE CRÔNICA Pode se desenvolver após uma fase aguda ou ter origem a partir de uma infecção odontogênica, sem passa pela fase aguda Aspectos clínicos: sinais e sintomas mais atenuados, pode apresentar fístulas Aspectos radiográficos: aspecto misto Áreas de tecido ósseo reabsorvidos (coleção purulenta) – radiolúcidas Áreas de tecido ósseo vital e áreas de tecido ósseo necrosado (sequestros ósseos) - Sequestros ósseos: fragmentos de osso necrótico que se separam do osso vital Radiopacas OSTEOMIELITE DE GARRÉ Osteomielite crônica com periostite proliferativa Aspectos radiográficos: Na radiografia periapical, uma lesão geralmente difusa Na radiografia oclusal, o aumento de volume do osso vestibular da mandíbula, em camadas concêntricas, com aspecto de “casca de cebola” Tomografias computadorizadas Consiste em um tubo de raios x que emite um feixe colimado em forma de leque, direcionado através do paciente a uma série de detectores. Estes medem a atenuação dos fótons As informações registradas são expressas em cortes axiais e também podem ser utilizadas para reformatações multiplanares e reconstruções tridimensionais Imagens são geradas por secção do corpo em “fatias” consecutivas e paralelas e não mais por sobreposição de volume As imagens geradas por tomografia computadorizada fornecem “cortes consecutivos” das estruturas, possibilitando avaliação e mensuração volumétrica das mesmas São geradas imagens axiais com espessura predeterminada pelo colimador (pós paciente) ESTAÇÃO DE TRABALHO/WORKSTATION Com auxilio de Software específico, ocorre a reconstrução matemática, que calcula o local de atenuação de cada ponto da imagem Este local é expresso em números tomográficos e convertido em tons de cinza, originando a imagem final CLASSIFICAÇÃO DOS APARELHOS Conforme o movimento de varredura, ou seja, o movimento do tubo de raios x e a quantidade de detectores 5° geração (por volume) Mesa/paciente move-se de forma contínua Tubo de raios x em rotação contínua de 360° para coleta dos dados Examina-se volume de tecido ao invés de cortes individuais Permite uma maior qualidade na reconstrução das imagens Menor possibilidade de artefatos Tempo menor de aquisição dos dados Aparelhos para múltiplos cortes (1998) Sistema multislice capaz de obter mais de 1 corte simultaneamente Vantagens: tempo reduzido de exame, cortes mais finos Aparelhos multislice Múltiplos conjuntos (fileiras) de detectores Menor tempo de aquisição (menos de 0,5s) Cortes < 1mm Registram o organismo em funcionamento Atualmente até 320 secções e dual source FORMAÇÃO DA IMAGEM Os valores de atenuação para cada conjunto de projeção adquirido sã registrados n computado e a imagem tomográfica computadorizada é reconstruída As variáveis envolvidas na formação da imagem campo de visão (FOV field of view) tamanho de matriz, espessura do corte e “ são controladas É possível obter cortes contíguos, intervalados ou superpostos Os intervalados são selecionados para exames longos Os superpostos, quando é requerido elevado grau de detalhe FOV – Field of View: Região do corpo (estrutura) selecionada para a aquisição dos cortes O software divide cada corte em pequenas unidades de imagem, os pixels. O corte ficará dividido em uma matriz matemática de (n x n) pixels, que poderá ser variável O corte também possui espessura. Então, cada pixel terá este volume. Nas imagens passíveis de analise tridimensional, a maior unidade da matriz chama-se voxel Após obtidos os múltiplos valores de atenuação, o computador começa então um complexo processo de cálculo, para que seja dado um valor correspondente a cada pixel do corte Tecidos moles absorvem pouca radiação e geram imagens hipodensas, enquanto tecidos duros absorvem mais radiação e geram imagens hiperdensas A imagem formada será representada por diversos tons de cinza, em uma escala denominada de escala Hounsfield Ao se iniciar o exame,são determinadas a espessura e as posições de corte em uma imagem lateral (scanograma ou scout) Então, são adquiridos os cortes originais (os axiais) RECONSTRUÇÕES MULTIPLANARES Adquiridos os cortes e armazenados os dados, é possível obter as reconstruções em diferentes planos. Este procedimento é realizado sem a necessidade da presença do paciente RECONTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS Por meio dos dados adquiridos, é possível gerar imagens tridimensionais, sem que haja para tal necessidade de novos dados O software específico acessa os dados dos cortes obtidos e reconstrói a imagem tridimensional, que pode ser rotacionada, de acordo com o objetivo de visualização APLICAÇÕES CLÍNICAS Diagnóstico de patologias em tecidos duros e moles (cistos e tumores) Avaliação de traumatismos Avaliação de anomalias adquiridas e congênitas Análise dos seios da face Prototipagem DOSE DE RADIAÇÃO Depende de: características do aparelho, parâmetros de escaneamento, objetivos do exame Exame de maxila e mandíbula: 336 vezes a dose para uma radiografia panorâmica TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM Utiliza uma fonte de raios x rotacional em forma de cone ou pirâmide e um sensor recíproco (detector), para adquirir várias imagens de projeções únicas ou bases, em norma lateral Gera um conjunto volumétrico de dados (um bloco tridimensional) e por meio de algoritmos sofisticados, há a reconstrução de imagens nos 3 planos ortogonais FORMAÇÃO DE DADOS Ray sun: obtenção de um corte com espessura aumentada Renderização volumétrica - Renderização de volume direto: apresenta a superfície, com transparência e profundidade - Renderização de volume indireto: projeção de intensidade máxima (valores mais elevados de voxel) TCFC Quanto menor o FOV (campo de visão): - Menor dose de radiação ao paciente - É indicado menor FOV FOV depende do tamanho e formato do detector (cilíndrico ou esférico) Quando indicar? Indicada quando a radiografia convencional é insuficiente para fornecer toda informação necessária ao diagnóstico TAMANHO DE VOXEL = RESOLUÇÃO ESPACIAL Voxel de aquisição menores aumentam a detecção de alterações em estágios iniciais - Lesão periapical - Reabsorção óssea - Fratura radicular APLICAÇÕES CLÍNICAS Avaliação de dentes impactados e ectópicos, avaliação de dentes impactados, carninomas TCFC: PONTOS FORTES Tamanho e custo dos aparelhos (e dos exames), aquisição rápida, resolução submilimétrica, dose de radiação relativamente mais baixa, anáise interativa TCFC: LIMITAÇÕES Ruídos, artefatos, contraste ruim para tecidos moles TC CONE BEAM: DOSE EFETIVA AO PACIENTE Anomalias dentais As anomalias constituem alterações/desvios da normalidade que podem ocorrer devido a fatores locais, sistêmicos ou hereditários NÚMERO Ausência de dentes: Hipodontia / Agenesia: falta de 1 a 6 dentes Oligodontia / Agenesia: falta de vários dentes (mais do que 6) Anodontia: ausência de todos os dentes Agenesia: Etiologia: trauma, infecção, radiação ionizante, distúrbios endócrinos, genética Dentes supranumerários Qualquer dente que exceda o número normal na dentadura decídua ou permanente Classificação: Forma: eumorfo (dois) ou dismorfo (não tem característica similar a outros dentes) Localização: mesiodens, distomolar, paramolar - Mesiodens: dentes localizados na linha média - Distomolar: quarto molar ou acessório - Paramolar: supranumerário por vestibular ou lingual TAMANHO: Discrepância de conteúdo para continente - Continente: base óssea apical - Conteúdo: dentes Microdontia: Termo usado para descrever com tamanho menor que o normal É variável entre raças e sexos Microdontia localizada é comum Incisivos laterais superiores são mais afetados Coroas coronóides Macrodontia: Termo usado para descrever com tamanho maior que o normal Localizada mais fácil de diagnosticar POSIÇÃO: Classificação ortodôntica: giroversão, mesioinclinação, distoinclinação, vestíbuloversão, línguoversão, transposição, migração Transposição: troca de posição entre dois dentes contíguos, ectopia do folículo dental (ex: incisivo central no lugar do incisivo lateral) - Migração: movimento maior (ex: canino no lugar de molar) DE FORMA: Pode ser: geminação, fusão, concrescência, Dens in Dente, dente evaginatus, dilaceração, taurodontismo, raiz supranumerária, pérolas de esmalte Geminação: Tentativa de divisão do germe dental, resultando na formação de duas coroas com um único canal radicular Tentativa de bifurcação da coroa Fusão: União de dois germes dentais pelo esmalte e/ou dentina, canais radiculares individuais Aspectos clínicos: número reduzido de dentes, coroas largas únicas ou bífidas, mais comum em dentes anteriores e na dentição decídua Concrescência: União de dois dentes que ocorre após a formação completa da raiz, por meio do cemento Mais difícil de identificar Dens in Dente: É uma variação de desenvolvimento que, muito provavelmente, ocorre por invaginação de tecido embriológico (órgão do esmalte) na superfície da coroa (cíngulo) em direção à polpa (papila dental) de um dente (antes de sua mineralização) Aspectos radiográficos: presença de cavidade formando um tubo de esmalte, próximo à câmara pulpar Tipo I: Invaginação limitada à coroa Tipo II: Invaginação abaixo da junção cemento- esmalte Tipo III: Estende-se por toda raiz Dente evaginado: cúspide em garra É uma projeção anômala na região de cíngulo dos incisivos ou evaginação de esmalte e dentina na face oclusal dos dentes posteriores Dilaceração: Angulação ou curvatura acentuada da raiz ou coroa Taurodontia: Aumento do corpo e câmara pulpar de um dente multirradicular, com deslocamento apical do assoalho da câmara pulpar Raiz supranumerária: Dentes com uma ou mais raízes além do normal A existência destas anomalias só é comprovada pelo exame radiográfico Radix Entomolaris: mais uma raiz na distal Radix Paramolaris: mais uma raiz na vestibular, difícil de identificar no raio x Pérolas de esmalte: Ilhotas de esmalte, esféricas ou ovais, geralmente presentes na junção amelodentária ou na região de furca, mais comum em dentes posteriores Mesial e distal: diagnóstico mais fácil DE ERUPÇÃO: Dentes inclusos: dentes retidos, sem um obstáculo aparente a sua erupção Supraerupção: na ausência do dente antagonista, um elemento dental se posiciona além do plano oclusal - extrusão Infraerupção: o elemento dental se posiciona aquém do plano oclusal - infraoclusão Dentição pré decídua: condição bastante raras, estruturas cornificadas, sem raízes, que ocorrem na gengiva e podem ser removidas facilmente Natais ou neonatais Precisam ser esfoliados porque core o risco da criança deglutir, são mal formados. 95% das vezes é o próprio dente decíduo ESTRUTURAIS Hipoplasia do esmalte: esmalte com desenvolvimento incompleto ou defeituoso na matriz orgânica do esmalte Hereditária, adquirida, congênita Amelogênese imperfeita: Hipoplásica: esmalte menos espesso, dentes menores e diastemas nos arcos Hipocalcificada: apesar da espessura normal, o esmalte mostra-se hipomineralizado e com densidade menor do que a da dentina. Clinicamente, o esmalte encontra-se poroso e, portanto, sofre abrasão frequente Hipomaturada: esmalte com espessura normal, mas densidade similar à da dentina. Esmalte se solta facilmente Fluorose causa alteração na matriz do esmalte, não tem maturação adequada Incisivos de Hutchinson: alteração de desenvolvimento do treponemapálido (bactéria da sífilis) causa Dentinogênese imperfeita: formação incompleta ou defeituosa da dentina, coloração de amarela a castanho escuro Displasia da dentina: formação de dentina atípica com morfologia pulpar anormal e esmalte normal. Tem relação com anomalia na câmara pulpar Tipo I: displasia dentinária radicular Odontodisplasia regional: dente com forma alterada e defeito de mineralização – esmalte e dentina Tem somente um molde do dente, “dentes fantasmas” Desenvolvimento de germe dental, predominantemente da dentina Aspectos radiográficos: baixa densidade, esmalte e dentina finos e indistinguíveis, câmaras pulpares amplas, raízes malformadas, curtas e com ápices abertos, nódulos pulpares Aplicabilidade das imagens por ressonância magnética na odontologia Corpo humano tem pequenos imãs/dipolos que ficam vibrando em direções que se anulam. Entram em um campo magnético e se alinham em sua direção. Aplicando radiofrequência, alteram a vibração. Tirando, voltam ao normal e emitem um sinal que é captado por um computador e transformado em imagem Ressonância magnética não usa radiação ionizante, trabalha com o que temos no organismo Importante para visualização de tecidos moles Qual seria nossa substancia química ou átomo envolvido na ressonância magnética? ÁGUA Dipolo = Hidrogênio Indicado com mais frequência para quais casos? DTM em estágio precoce, quando já ocorre aplanamento da cabeça da mandíbula o paciente já se acostumou A ressonância magnética é a propriedade física exibida por núcleos de determinados átomos que, ao serem submetidos a um forte campo magnético e excitados por ondas de radiofrequência, emitem radiossinal que pode ser capturado por uma antena e transformado em imagem Em essência, um mapa da distribuição de hidrogênio Átomos de H fortemente ligados, como no osso cortical produzem sinais fracos O exame por ressonância magnética proporciona uma visualização expressiva dos tecidos moles, com grande aplicação no estudo das patologias do sistema nervoso central A resolução de contraste de tecidos moles nas imagens por ressonância magnética é superior em relação à tomografia computadorizada AQUISIÇÃO DA IMAGEM Spin Up: paralelo ao campo magnético Spin Down: antiparalelo ao campo magnético Ao submeter estes magnetos à força de um campo magnético externo de alto valor, a maioria se alinha na direção deste campo magnético de modo paralelo (com menor energia: spin up). Um grupo menor se alinha de modo antiparalelo (de maior energia: spin down) Quando o sinal de radiofrequência é interrompido, os prótons tendem a retornar à posição inicial (alinhados ao campo magnético externo), e, então, alinham a energia absorvida (relaxamento), na forma de sinais captados, manipulados e convertidos em imagem INTERPRETAÇÃO Osso cortical: hipossinal Músculo pterigoideo lateral: isossinal ou hipersinal Meato acústico: ausência de sinal Osso medular: hipersinal Posso ponderar imagens: alterar os tempos de relaxamento CONTRA INDICAÇÕES SEGURANÇA Objetos metálicos podem ser lançados pelo ar como verdadeiros projéteis. Grampos de papel e prendedores de cabelo adquirem na velocidade de até 65Km-h ao serem puxados por um magneto de 1,5T APLICAÇÕES CLÍNICAS Fossa articular: vermelho Eminencia articular: amarelo Cabeça da mandíbula: azul SISTEMATICA PARA ESTUDO DA ATM Anomalias dos maxilares As anomalias constituem alterações/ desvios da normalidade que podem ocorrer devido a fatores locais, sistêmicos ou hereditários. ADQUIRIDAS Anquilose da ATM: anquilose óssea (verdadeira), anquilose fibrosa, geralmente unilateral, na infância pode causar assimetria facial (por causa das cartilagens da cabeça da mandíbula, importantes centros de crescimento, o outro lado da anquilose cresce normalmente), associada a traumas e infecções Secção de base óssea apical: decorrente de infecções, traumatismos, neoplasias e outras lesões ósseas, bem como tratamento com radiações ionizantes e bisfosfonatos - Hemimandibulectomia: - Hemimaxilectomia: Hipoplasia de cabeça da mandíbula: Pode resultar de alterações congênitas ou adquiridas, como traumatismos e infecções Geralmente unilaterais A cabeça da mandíbula é um centro de crescimento. Se o fator causal ocorrer na infância, poderá estar associada a assimetria facial CONGÊNITAS Fissura lábio palatina: multifatorial com componente genético (deficiência pré natal de ácido fólico, agentes teratogênicos como tabagismo, estresse, defeito de suprimento vascular) Fissura labial: mais frequente em homens Fissura palatina: mais frequente em mulheres Uni ou bilateral Associação com anomalias dentárias: agenesia, microdontia e hipoplasia de esmalte Cabeça da mandíbula bífida: condição rara, uni ou bilateral, obstrução de suprimento sanguíneo HEREDITÁRIAS Toro palatino e mandibular Toro palatino: 20% da população, 2X mais em mulheres, região mediana do palato. Hiposinal na ressonância (pq tem pouca água) e hiperdenso na tomografia (densidade) Toro mandibular: 8% da população, predileção pelo sexo feminino, região de pré-molares, uni ou bilateralmente, associado ao estresse mastigatório Hiperplasia da cabeça da mandíbula: Hiperatividade da cartilagem ou restos cartilaginosos persistentes Geralmente unilaterais, mais frequentes em mulheres Geralmente diagnosticada antes dos 20 anos Assimetria facial, mordida aberta posterior e mordida cruzada posterior contralateral Displasia ectodérmica: caracterizado pela presença de alterações em duas ou mais estruturas de origem ectodérmica (folheto ectodérmico), incluindo pele, cabelos, unhas, dentes e glândulas sudoríparas, 90% homens Disostose/Displasia Cleiodocraniana Crânio, clavículas e dentição Estatura mais baixa, hipertelorismo ocular, aplasia ou tamanho reduzido das clavículas Retenção prolongada de dentes decíduos Vários dentes supranumerários Micrognatia da maxila Cistos odontogênicos Relacionado aos dentes, na maxila e mandíbula. Acima do canal mandibular Imagens radiolúcidas e circunscritas, geralmente com halo radiopaco, (osteogênese reacional, hipermeniralização a fim de conter a lesão) fica acima do canal radicular Cavidade patológica revestida por tecido epitelial e cápsula de tecido conjuntivo fibroso, com substância líquida ou semi sólida no seu interior Encontrado em ossos ou nos tecidos moles, nas várias partes do corpo humano Característica clínica: abaulamento, crepitação, afastamento de raízes e aproximação de coroas CARACTERÍSTICAS GERAIS Crescimento lento e assintomático Abaulamento das corticais ósseas Integridade da mucosa: sem associação com traumatismo Aspecto radiolúcido Formato redondo ou ovalado: circunscrito Margens bem definidas e halo de osteogênese reacional EFEITO NAS ESTRUTURAS ADJACENTES Deslocamento e reabsorção de raízes Expansão da mandíbula e maxila Deslocamento do canal mandibular Invasão do seio maxilar: se houver invasão, o seio maxilar fica radiopaco CLASSIFICAÇÃO ORIGEM DOS CISTOS ODONTOGÊNICOS Bainha epitelial de Hertwing forma a raíz Quando termina, há um remanescente de epitélio, que algum dia por trauma/infecção/processo inflamatório, pode desencadear um cisto Lâmina dental: remanescente que pode gerar um cisto paardental, que pode acometer a coroa dos dentes CLASSIFICAÇÃO DOS CISTOS ODONTOGÊNICOS Um agente que causa uma infecção, se é patente, o cisto é inflamatório. Ex: necrose pulpar nãodiagnosticada, desdobramento foi evolução para cisto Embora desencadeados por processo inflamatório/traumatismo, não tenho a certeza disso, não da pra diagnosticar na clínica. CISTO RADICULAR (APICAL/PERIAPICAL) Etiologia: restos epiteliais de Malassez Mais comum Idade: 3° ou 5° décadas Sexo masculino: pela tendência de cudiarem menos da sua saúde Dente não vital: com necrose pulpar Achado radiográfico ou aumento de volume Área radiolúcida, de formato ovóide ou arredondando, limites bem definidos e muitas vezes corticalizado Tamanho variável: 1,5 – 3cm CISTO RESIDUAL Ex: casos em que faz exodontia e não cureta, cisto continua ali crescendo Área radiolúcida circundada por halo radiopaco, associada a região edêntula CISTO PARADENTAL Histórico de pericoronarites sucessivas 1° e 4° décadas (média de idade: 26 anos) Sexo masculino (56%) Terceiros molares inferiores parcialmente irrompidos Abaixo de capuz gengival, restos de comida e placa bacteriana que perpetua uma infeçcão CISTO DENTÍGERO Associado a coroa de um dente em desenvolvimento ou não irrompido (terceiros molares inferiores, caninos superiores, pré molares inferiores) Origem: a partir do epitélio reduzido do órgão do esmalte Frequência: 2° tipo mais comum (20%) Idade: adolescentes e adultos até a 3° década Sexo masculino Central: quando acomete a coroa de modo simétrico Lateral: quando crescimento é mais evidente de um dos lados da superfície radicular Circunferencial: na volta do dente todo Cisto é maior do que 2,5mm - Capuz é menor que 2,5mm CISTO FOLICULAR INFLAMATÓRIO Não deixar dente decíduo com cárie e necrose pulpar até ser esfolheado, pq as toxinas produzidas a partir de uma necrose pulpar podem acometer o germe do dente permanente que é imediatamente continuo e causar hipoplasia de esmalte, e pode desencadear proliferação do epitélio pericoronoario do germe em desenvolvimento causando aparecimento de um cisto CISTO DE ERUPÇÃO Acumulo de sangue/líquido entre a coroa e o epitélio reduzido do órgão do esmalte de um dente em erupção Criança com menos de 10 anos, incisivos superiores e molares Assintomáticos Tamanho: 1 a 1,5cm Coloração normal ou azulada Consistência mole e flutuante Radiograficamente, não há imagem sugestiva - Um dente em formação com o decíduo caído antes do tempo QUERATOCISTO ODONTOGÊNICO 10% dos cistos Faixa etária: 2° - 3° décadas Sexo principalmente masculino Região: posterior da mandíbula (corpo e ramo) Elevada taxa de recidiva (remoção incompleta, cistos satélites) 65% Não tem atipia, quando corta a lâmina e tem vários cistos (lesões maiores e menores) - Quando vai fazer remoção cirúrgica, as vezes não consegue retirar as lesões menores (cisto satélite), deixa e tem a recidiva Crescimento assintomático infiltrativo (nos espaços medulares) Áreas radiolúcidas definidas e corticlaizadas uni ou multioculares Pode estar associado a um dente não irrompido Pode causar reabsorção dental Característica da síndrome de Gorlin-Goltz Síndrome do nevo basocleular – Síndorme de Gorlin-Goltz: Faixa etária: 5-30 anos Carcinomas basocelulares (pele) Costela bífida Alterações neurológicas e oftalmológicas Múltiplos queratocistos odontogênicos Nervos palmares/plantares CISTO PERIODONTAL LATERAL Origina-se de remanescentes epiteliais odontogênicos no periodonto, sem a necessidade de um estímulo inflamatório Localiza-se lateralmente ou entre as raízes de dentes com vitalidade Localização: (50-75% na mandíbula) incisivo lateral ao segundo pré molar Assintomáticos Média de idade: 50 anos Sexo masculino: discreta predileção Área radiolúcida bem definida com margem esclerótica associada à porção lateral da raiz de um dente vital Variação botrióide Radioluscência multiocular (coroas unidas e raízes afastadas), circunscrita, lateralmente a raiz multiocular CISTO GENGIVAL DO ADULTO Etiologia: remanescentes da lâmina dental no tecido gengival Localização: caninos e pré molares inferiores, por vestibular Faixa etária: 5° a 6° décadas Radiograficamente, pode ser possível observar erosão óssea superficial Manifestação extraóssea do cisto periodontal lateral - Características clínicas parecidas, porém não há imagem radiográfica CISTO GENGIVAL DO RECÉM NASCIDO Não se trata de um cisto mesmo, algumas vezes é um acúmulo de queratina que tem CISTO ODONTOGÊNICO GLANDULAR Etiologia: epitélio odontogênico, incluindo células que produzem muco Localização preferencial: região anterior da mandíbula Extremamente rara Sexo feminino Radiograficamente, pode se apresentar uni u multiocular CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE Cavidade cística que contém células fantasmas e pode apresentar dentina displásica Localização preferencial: região anterior, geralmente associado a um canino (maxila e mandíbula, mais na maxila) Imagem radiolúcida com pontos de mineralização - Pontos de mineralização representam uma dentina displásica Adultos jovens (2° geração) Pode se apresentar uni ou multiocular com radiopacidade irregulares internamente e associado a dente incluso CISTO ODONTOGÊNICO ORTOQUERATINIZADO Cavidade que apresenta epitélio alinhado ortoqueratinizado com células basais não hipercromáticas (não tem coloração intensa, não tem atipia) Segmento posterior da mandíbula Adultos jovens Sexo masculino Lesão radiolúcida e unilocular, podendo, em alguns casos, ser multiocular Cistos não odontogênicos e pseudocistos CISTO DUCTO NASOPALATINO CISTO DO CANAL INCISIVO CISTO PALATINO MEDIANO CISTO MAXILAR MEDIANO Etiologia: remanescentes do ducto nasopalatino (conecta as cavidades nasal e oral na área do canal incisivo) Aproximadamente 10% dos cistos dos maxilares Faixa etária: 40-60 anos Sexo masculino Desenvolve-se a partir de restos epiteliais presentes no canal nasopalatino Aumento de volume no palato e na cavidade nasal (região anterior) Assintomático Pode ocorrer somente em tecido mole: cisto da papila incisiva (cor azulada) Aumento de volume na região anterior e mediana do palato, bem como abaixo ou lateral ao freio labial Drenagem mucoide ou purulenta (gosto salgado na boca) Radiograficamente: lesão radiolúcida bem definida oval ou circular, na linha média da maxila, entre os incisivos centrais Maior que 6mm (forame incisivo) Pode apresentar cordiforme: projeção da espinha nasal na imagem O crescimento pode levar a divergência de raízes e reabsorção radicular (rara) CISTO NASOLABIAL Etiologia: remanescentes epiteliais retidos ao longo da linha de fusão dos processos nasal lateral, mediano e maxilar ou epitélio do ducto nasolacrimal Aprisionamento de epitélio da linha da asa do nariz com face Raro e assintomático Tumefação do lábio superior e elevação da asa do nariz Adultos (4° a 5° décadas) e sexo feminino Tumefação de consitencia flutuante, ao fundo do vestíbulo entre assoalho da cavidade nasal e sulco labial Dificuldade para respirar pelo nariz Dificuldade para encaixar a prótese superior Tamanho variável Formato: esférico ou forma de rim (visualizado por contraste) Redução da densidade radiográfica no processo alveolar, acima dos ápices dos incisivos superiores Reabsorção da margem inferior da abertura anterior do nariz CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO Etiologia: anomalia congênita, remanescentes epiteliais do ducto tireoglosso Crescimento lento e indolor na linha média do pescoço, ao nível ou abaixo do osso hióide Tipos de cisto do ducto tireoglosso: infrahióide (65% posição paramediana), suprahióide (20% linha média), justahióide, intralingual, variante supraesternal,intralaríngeo (muito raro) Primeiras duas décadas de vida CISTO DO ARCO BRANQUIAL Podemos ter aprisionamento de epitélio, alteração mais lateralizada CISTO LINFOEPITELIAL DA GLÂNDULA PARÓTIDA Etiologia: crescimento lento e indolor na região da glândula parótida, tem sido associado a infecções por HIV Faixa etária: 5° década Mais prevalente em mulheres CISTO DERMÓIDE Forma cística de teratoma (alteração do desenvolvimento) Anexos epidérmicos e cutâneos preenchidos por queratina e material sebáceos, que podem incluir osso, dentes, músculos ou pelos Crescimento lento e indolor 10% ou menos em cabeça e pescoço Primeiras duas décadas de vida Pseudocisto pq tem algo faltando (epitélio ou cápsula fibrosa) CISTO ÓSSEO TRAUMÁTICO Não causa abaulamento, falta epitélio Característica de fina extração: derramamento infiltra entre as raízes, ficam ondulações entre as raízes Lesão intraóssea com uma delgada cobertura de tecido conjuntivo sem revestimento epitelial Cavidade vazia Trauma? Hemorragias intramedulares Localização: região posterior – corpo (pré molares e molares) acontece mais na mandíbula Média de idade: 17 anos Sexo masculino Área radiolúcida com bordas definidas e contorno festonado entre as raízes CISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO Falta epitélio, tem expansão de corticais Dilatações de vasos sanguíneos: o aumento de volume que causa expansão pode estar associado a sangramento pela gengiva Lesão intraósseo com comportamento de neoplasia benigna agressiva Idade: antes dos 30 anos Sexo feminino Aumento de volume de crescimento rápido, por vestibular, que algumas vezes está associado a dor Localização: região de molares (mais frequente na mandíbula do que na maxila) Radiograficamente: imagem radiolúcida uni ou multiocular (mais frequente), associada a marcante expansão e adelgaçamento de corticais Presença de spetos delgados e incompletos no interior da lesão Não reabsorve raízes CISTO DE RETENÇÃO DO SEIO MAXILAR Lesão sazonal que ocorre com maior frequência na primavera e no outono Ex: sinusite acúmulo de muco sob a mucosa sinusal Tem epitélio, falta a cápsula fibrosa Sexo masculino Aumento de volume por crescimento assintomático Localização: qualquer seio paranasal (frequentemente no seio maxilar) Radiograficamente: imagem radiopaca bem delimitada não corticalizadas, que pode desaparecer espontaneamente e ressurgir Tumores odontogênicos TUMORES BENIGNOS Neoformação/proliferação celular desordenada Crescimento relativamente lento, delimitado ou infiltrativo Células assemelham-se ao tecido de origem Ausência de metástase Risco de vida, apenas se comprometer órgãos vitais 1.Tumores odontogênicos epiteliais benignos: Ameloblastomas 10% de todos os tumores odontogênicos Sólido ou multicístico (maioria dos casos 85%) Unicístico (cerca de 14%) Periférico (1%) Multicístico: - Sexo: masculino - Faixa etária; 20-50 anos - Lesão radiolúcida multiocular, preferencialmente na mandíbula (região posterior), pode estar associada a dente incluso - Bolhas de sabão (loculações maiores), favos de mel (loculações menores) - Deslocamento e reabsorção dentária - Perfuração de cortical Unicístico: Pacientes mais jovens (2ª década) Lesões assintomáticas (crescimento relativamente lento) Localização: 90% na região posterior de mandíbula e 80% envolvem terceiro molar incluso Lesão radiolúcida unilocular bem definida Confirmação do diagnóstico após analise histopatológica Tumor odontogênico escamoso Lesão rara Crescimento gengival indolor Sem predileção por sexo Final da 3ª década de vida Mobilidade dentária Localização: mandíbula mais acometida (na maxila, mais agressivo) Lesão radiolúcida triangular, lateralmente ás raízes de dentes erupcionados Pode ou não ter margens bem definidas Tumor odontogênico epitelial calcificante 1% dos tumores odontogênicos Sexo masculino Faixa etária: 30-50 anos Localização: mandíbula (região posterior) Lesão radiolúcida uni ou multilocular, pode conter focos de mineralização Circunscrita Margens festonadas Pode estar associado a dente incluso (52%) Tumor odontogênico adenomatóide Epitélio tem formações similares a ductos de glândulas, por isso adenomatóide 3% de todos os tumores odontogênicos 2º década de vida Sexo feminino Localização: região anterior da maxila (40% associado a um canino incluso) Variantes folicular (dente incluso), extrafolicular e periférica (região gengival, mucosa alveolar) Lesão circunscrita, unilouclar e contendo mineralizações em “flocos de neve” (2/3 dos casos) 2. Tumores odontogênicos benignos mistos (epitelias e mesenquimais) Fibroma ameloblástico Verdadeiro tumor misto – os tecidos epitelial e mesenquimal são neoplásicos Adolescentes e adultos jovens Crescimento lento Localização: região posterior da mandíbula (pré molares) pode estar associado a dente incluso Expansão óssea unilocular ou multilocular Bordas bem definidas e deslocamento dentário sem reabsorção Tumor odontogênico primordial Não era parecido com nenhum outro tumor Histologicamente, caracteriza-se por tecido conjuntivo frouxo com áreas similares à da papila dental, circundados por uma camada de células parecida com o epitélio interno do órgão do esmalte, que ainda não sofreu os processos indutivos. Por isso é primordial Faixa etária: 3-19 anos Localização: imagem radiolúcida bem definida na mandíbula (pode estar associada a um terceiro molar incluso) Expansão óssea com reabsorção e deslocamento de dentes adjacentes Odontoma Origem: epitélio e ectomesênquima odontogênico Frequência: tumor odontogênico mais comum (mais de 50% dos tumores) 2ª década de vida Composto: múltiplos dentículos - Mais comum que os complexos - Características clínicas: região anterior de maxila - Características radiográficas: coleção de estruturas semelhantes a dente, forma e tamanho variado, bem delimitado, pode estar associado a um dente não irrompido, raramente confundido com outra lesão Complexo: massa conglomerada de esmalte e dentina, diferente da morfologia de um dente - Características clínicas: sexo feminino, região de primeiro e segundo molares inferiores - Características radiográficas: densidade variável com halo radiolúcido, tamanho variável, limites bem definidos, associado a um dente incluso evita sua erupção Tumor dentinogênico de células fantasmas Tumor benigno, mas infiltrativo que contém células fantasmas e material dentinóide Sexo masculino Faixa etária: 40-60 anos Crescimento lento Localização variante central: região posterior da maxila e mandíbula (mais predominante) Unilocular (78%) ou multilocular Aspecto misto (78%), com bordas bem definidas 3. Tumores odontogênicos esenquimais benignos Fibroma odontogênico Não se observa elementos epiteliais, somente elementos mesequimais do desenvolvimento odontogênese Características clínicas: - Faixa etária: 11-39 anos - Maxila e mandíbula (região de pré molares e molares) - Sexo feminino Características radiográficas: - Expansão óssea e reabsorção radicular - Uni ou Multilocular - Radiolúcido, podendo conter focos radiopacos - Bordas bem delimitadas Mixoma Características clínicas: - 3-6% dos tumores odontogênicos - Infiltrativo (recorrência: 25%): cresce por infiltração - Adultos jovens: 25-30 anos - Há leve predileção pelo sexo feminino - Localizam-se com mais frequência na mandíbula, região de molares Característica radiográfica: - Lesão radiolúcida multilocular - Margens irregulares - Finas trabéculas ósseas arranjadas em ângulos retos, tipo “raquete de tênis” ou “favo de mel” - Lesões grandes: imagens que lembra bolhas de sabãoCementoblastoma: 2ª década de vida Sexo masculino Localização: mandíbula (pré molares e 1° molar 90%) Proliferação de cemento: acontece também na hipercementose É uma substituição da raiz por tecido similar ao cemento que é neoplásico, formação de modo circular com halo radiolúcido ao redor Características: crescimento lento, expansão localizada, o dente é vital Aspectos radiográficos: - Densidade: área radiopaca intimamente associada a raiz ou raízes de um dente - Reabsorção radicular e fusão do tumor ao dente - Forma circular ou irregular e tamanho variável - Limites: definidos, com halo radiolúcido Fibroma cemento-ossificante Células com potencial para formar tecido fibroso, cemento e osso, ou uma combinação destes Pode estar presente em casos de hiperparatireoidismo Lesões uniloculares, inicialmente radiolúcidas (as mais antigas têm conteúdo radiopaco) Tipo mais comum Sexo feminino, 2 e 4º décadas Região posterior da mandíbula, mas também pode ocorrer na região de canino superiores Crescimento lento, que pode resultar em assimetria facial Lesão radiolúcida a mista; halo radiolúcido (cápsula fibrosa); borda bem delimitada (esclerótica) Envolve raízes dentárias, pode causar reabsorção e mobilidade TUMORES MALIGNOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS Crescimento rápido e ilimitado Invasivos Maior grau de anaplasia (desvio da normalidade) Metástases regionais para os linfonodos Metástases a distância 1.Carcinomas odontogênicos: carcinoma ameloblástico, carcinoma intraósseo primário, carcinoma odontogênico esclreosante, carcinoma odontogênico de células claras, carcinoma odontogênico de células fantasmas Carcinoma intraósseo primário Tumor maligno de origem epitelial Podem se manter sem sinais clínicos até que atinjam tamanhos razoáveis Dor, fratura patológica e linfadenopatia Idade: 4ª e 8ª décadas Sexo masculino Localização da metástase: linfonodos cervicais Aspectos radiográficos: - Localização: mandíbula (destruição dos rebordos alveolares) - Margens mal definidas - Aparência de “roído de traça” 2.Carcinossarcoma odontogênico 3. Sarcomas odontogênicos Tumores não odontogênicos TUMORES BENIGNOS Neoformação desordenada Crescimento relativamente lento, delimitado ou infiltrativo Células se assemelham ao tecido de origem Ausência de metástase Risco de vida, apenas se comprometer órgãos vitais Hemangioma central Raro (considerado hamartoma) Composto por vasos sanguíneos que proliferam Sexo feminino, 10-20 anos Região posterior da mandíbula e canal mandibular Crescimento lento, que pode resultar em edema, mobilidade dentária, sangramento ao redor dos dentes e sensação de pulsação Lesão radiolúcida multilocular, pode causar expansão de corticiais e reabsorção radicular Pode apresentar flebólitos (focos radiopacos): mineralizações que acontecem no interior de vasos dilatados Osteoma Neoplasia verdadeira: exclusiva dos ossos craniofaciais Efeitos: - Alteração da oclusão (osteoma no côndilo) - Sinusites, dor de cabeça e manifestações oftalmológicas (osteomas nos seios paranasais) - Expansão dos maxilares (de grande tamanhos) Crescimento lento e constante (diferente de tórus e exostoses: variações da normalidade) Assintomático Osso medular ou compacto - Osso medular: endosteais - Osso compacto: periosteais Abaulamento consistentes à palpação Adultos jovens, mas diagnosticados após a 4ª décadas Osso compacto: - Radiopacidade intensa, circunscrita e ovalada - Trabeculado ósseo normal mantido ao centro e na periferia, radiopacidade intensa Osso medular: - Difíceis de se diferenciar de esclerose óssea - Áreas circulares trabeculadas com radiopacidade similar a do osso normal Síndrome de Gardner: osteomas múltiplos (crescimento rápido e grandes dimensões), pólipos intestinais (podem se transformar em adneocarcinomas), odontomas, impactação dentária e dentes supranumerários, cistos epidermóides múltiplos Fibroma ossificante Neoplasia benigna óssea bem delimitada e assintomática Localização: mandíbula na região de pré molares e molares 3 e 4ª décadas de vida Sexo feminino Mucosa de revestimento normal Assimetria facial com o crescimento Imagem bem circunscrita, circular ou oval Fase radiolúcida unilocular lítica inicial, delimitada ou não por halo radiopaco Maturação: deposição de material mineralizado, puntiforme a massas radiopacas - Similar a displasia cementária periapical Inversão da borda inferior da mandíbula, deslocamento e reabsorção dentária Fibroma ossificante juvenil Raro, localmente agressivo Trabecular ou psamomatoide Faixa etária: antes dos 15 anos Elevada tendência a recorrência Clinicamente: aumento de volume (comprometimento de vias aéreas e seio maxilar), dor e parestesia Localização: maxila Lesão radiolúcida: mista, delimitada Pode causar adelgaçamento e erosão de corticais Osteocondroma Raro na região craniofacial Crescimento ocorre na porção cartilaginosa e essa com a fusão epifisária - Epífise: local de crescimento ósseo, extremidade do osso, onde tem a cartilagem Final da adolescência Sexo masculino Localização: processo coronóide e região anteromedial condilar, articulação temporomandibular Aumento significativo da região condilar e alongamento da face, assimetria mandibular Deslocamento de disco Área exofítica e pediculada com radiopacidade variável Formato de cogumelo Não se consegue distinguir limite entre osso medular da lesão e osso adjacente Condroma Cartilagem hialina madura Endocondromas (cavidade medular): mais comuns dos tumores cartilaginosos Condromas subperiósteos ou justacorticais Raro nos ossos craniofaciais Mais frequente nos côndilos Ausência de sintomatologia e crescimento lento Lesão mista: área radiolúcida bem delimitada com radiopacidades Diagnóstico diferencial: condrossarcoma (margem festonada) Osteoblastoma Coluna vertebral e no sacro 2ª década de vida Sexo masculino Sintomatologia dolorosa crônica, que não cessa com AINES Lesão radiolúcida bem delimitada, circular ou oval, com margem esclerótica (radiopaca) Com o evolver, ocorre deposição de material mineralizado, do centro para a periferia Osteoma osteóide Características histológicas idênticas as do osteoblastoma Ossos longos (fêmur e tíbia) Dor aguda crescente, mais intensa no período noturno, que cessa com AINES (por exemplo salicilatos) A dor pode ser confundida com artrite Adolescente e adultos jovens do sexo masculino TUMORES MALIGNOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS Crescimento rápido e ilimitado Invasivos Maior grau de anaplasia (desvio da normalidade) Metástases regionais Metástases a distância Osteossarcoma Tumor maligno primário mais comum Intramedular ou periférico: parosteal (mais interno) e periosteal (mais externo) Osteoblástico, condroblástico (mais comum nos ossos gnáticos) e fibroblásticos 3 e 4ª décadas de vida Sexo masculino Sintomatologia dolorosa e aumento de volume Parestesia, mobilidade dentária e obliteração do seio maxilar e da cavidade nasal “Dentes flutuantes” Características radiográficas: - Cresce invadindo estruturas com menos resistência (aumento do espaço do ligamento periodontal), reabsorção radicular em “cunha” - Aspecto totalmente lítico ou predominantemente radiopaco, mas usualmente há uma combinação desses padrões - Proliferação osteofítica na superfície da lesão (aspectos de “raios de sol”) - Bordas irregulares: “roídos de traça” - Prognóstico ruim - Recorrência maior na maxila: muitas estruturas que podem ser infiltradas poreste tumor (ex: cavidade nasal), não tem precisão na hora de remover Sacorma de Ewing Mais comum em ossos longos (fêmur) Pacientes mais jovens, 2ª década Sexo masculino Localização: região posterior de mandíbula Aumento de volume, dor, mobilidade dentária, parestesia, exoftalmia, ptose, epistaxe, trismo, sinusite e linfadenopatia cervical Área radiolúcida com limites indefinidos Pode estimular neoformação óssea subperiosteal Estruturas adjacentes podem ser destruídas: canal mandibular e borda inferior da mandíbula Caracteristicamente não causa reabsorção dentária Linfoma de Burkitt Lesão que ocorre em crianças, sexo masculino Crescimento rápido: pode dobrar de tamanho em 24h Região posterior dos ossos maxilares Inicialmente, múltiplas áreas radiolúcidas mal definidas que coalescem (sem produção de tecido ósseo) Expansão e rompimento de corticais Deslocamento dos folículos dos germes dentários Condrossarcoma Metade da frequência do osteossarcoma Intramedular e justacortical Sexo masculino Costelas, pelve e ombros Região de cabeça e pescoço Maxila mais acometida Crescimento com expansão de cortical e dor Limites impreciso, podendo apresentar margens festonadas e material mineralizado Aumento simétrico do espaço do ligamento periodontal e reabsorção radicular em “cunha” Carcinoma mucoepidermóide Neoplasia maligna mais comum das glândulas salivares (maior concentração no palato) Faixa etária: 2 a 7ª décadas de vida Sexo feminino Localização (glândulas salivares maiores): glândula parótida, glândulas salivares menores (palato) Tumefação assintomática de cor azul ou vermelha Características radiográficas: - Área radiolúcida uni ou multilocular - Margens bem definidas, mas alguns irregulares (“roído de traça”) - Localização: mandíbula (molares e ramo ascendente) Lesões fibro-ósseas Lesões em que o osso normal é substituído por tecido fibroso com quantidade variável de tecido mineralizado neoformado (osso, cemento ou ambos) Osso é substituído por um osso displásico: composto por fibras, trabéculas ósseas e células gigante multinucleares DISPLASIA FIBROSA Lesão fibro-óssea benigna Anomalia displásica da formação óssea a partir do tecido mesenquimal: inabilidade do tecido ósseo formador que resulta em tecido fibroso com tecido ósseo desorganizado Mutação no gene GNSA 1 não neoplásica Autolimitante: tende a cessar ao final da maturação esquelética Crianças e adultos jovens: 1 e 2ª décadas de vida Crescimento lento e assintomático Podem ser diagnosticadas lesões extensas e desfigurantes (assimetria facial), firmes a palpação, mas com mucosa de revestimento e pele normais Displasia fibrosa monostótica Diagnóstico: 2 a 3ª décadas de vida Ossos gnáticos são os mais afetados Localização mais frequente na face: maxila na região de canino, mandíbula envolvendo mais frequentemente o corpo Expansão de corticais e deslocamento de dentes, obliteração dos seios maxilares e da cavidade nasal Inicalmente, as lesões são radiolúcidas e mal delimitadas, com a maturação, há deposição de trabéculas ósseas imaturas: “vidro fosco e despolido” ou “casca de laranja” Displasia fibrosa polistótica Idades mais precoces do que a displasia monostótica Ossos craniofaciais No fêmur: curvatura acentuada e diminuição do tamanho do osso Pigmentações na pele: coloração marrom claro a preta Síndrome de McCune-Albright mais frequente no sexo feminino: displasia poliostótica, pigemntações cutâneas e alterações endócrinas (adenomas hipofisários, hipertireoidismo e hiperplasia da glândula suprarrenal), puberdade precoce DISPLASIAS ÓSSEAS Restritas aos ossos gnáticos Reacional: agentes agressores de baixa intensidade Assintomáticas Substituição do osso normal por tecido conjuntivo com grau variado de mineralização, que aumenta progressivamente, nódulos cementóides Redução da vascularização, predispondo a isquemia tecidual (osteomielites e sequestros ósseos) Displasia óssea periapical Sexo feminino Raça negra Periápice dos incisivos inferiores Maturação: inicialmente, há maior quantidade de tecido conjuntivo, então, ocorre depósito de tecido mineralizado e culmina em mineralização abundante Lesões inicialmente radiolúcidas, circunscritas e com tamanho reduzido Vitalidade pulpar: geralmente positivas Aumento de focos radiopacos até o preenchimento total, com halo radiolúcido periférico Fase I: osteolítica Fase II: mista Fase III: radiopaca (fase mais madura) Displasia óssea focal Sexo feminino, raça negra Única localidade: áreas dentadas ou edêntulas Maturação Região posterior da mandíbula: molares inferiores Lesões iniclamente radiolúcidas, bem delimitadas, com área radiopaca central Vitalidade pulpar Displasia óssea florida Sexo feminino (49 anos de idade), raça negra Mandíbula envolvida em 100% dos casos, em 67% concomitante com envolvimento da maxila Áreas dentadas ou edêntulas Maturação Vitalidade pulpar Pode haver infecção secundária das lesões (próteses mal adaptadas) Cementoma gigantiforme familiar Características histológicas idênticas aquelas da displasia óssea florida Condição hereditária História familiar Sexos feminino e masculino Raça branca Lesões multifocais e bilaterais, expansivas, densas LESÕES PSEUDOTUMORAIS Lesão central de células gigantes Não neoplásica 7% dos abaulamentos ósseos nos masxilares Periférica (mais comum) e central (endóstea ou intraóssea) Aumento de volume assintomático Crianças e adultos jovens (1 e 2ª décadas) Sexo feminino – alterações hormonais Dor, parestesia ou sangramento espontâneo (comportamento agressivo) Região posterior da mandíbula, bem delimitadas, mas sem halo radiopaco Imagem radiolúcida multilocular, mais frequente na região posterior da mandíbula (lesões maiores) Imagem radiolúcida unilocular, mais frequente na região anterior da mandíbula Lesões agressivas ultrapassam a linha média Reabsorção radicular e deslocamento dentário Tumor marrom do hiperparatireoidismo Hiperparatireoidismo: alteração endócrina com aumento de PTH circulante - Primário: adenoma - Secundário: resposta a hipocalcemia - Familiar: extremamente raro - Reabsorção óssea generalizada - Primário: sexo feminino, 30-60 anos de idade, cálculo renal, úlceras pépticas, comprometimento cognitivo, dor nos ossos e articulações - Mobilidade dentária gradual, migração e perda dos dentes - Elevação plasmática de PTH e fosfatase alcalina - Manifestações radiográficas do hiperparatireoidismo: 1 em cada 5 pacientes tem alterações visíveis Erosões ósseas subperiosteais nas falanges das mãos Osteopenia generalizada Áreas localizadas de perda óssea (casos avançados) em múltiplos ossos Perda da lâmina dura Tumor marrom do hiperparatireoidismo: Sexo feminino, 3 a 4ª década Lesões líticas (radiolúcidas), únicas ou múltiplas, podem causar adelgaçamento de corticais Aumento de volume progressivo A reversão do quadro determina depósito ósseo e formação de osso esclerótico mais radiopaco Querubismo Desordem hereditária Diagnóstico: 7 anos de idade, sexo masculino Alterações progridem até a puberdade, estabilizam e regridem Quase exclusiva dos ossos gnáticos Expansão óssea normalmente simétrica Mandíbula e/ou maxila - Ângulo da mandíbula (mais frequente), a cabeça da mandíbula raramente é afetada - Na maxila, inicia-se na tuberosidade e podem resultar em estreitamento do palato em forma de V Cavidade nasal e seios amxilares podem ser obliterados Língua deslocada Imagem radiolúcida com efeito de “bolhas de sabão”, expansão de corticais Dentes deslocados e submersos Dentes decíduos esfoliados e permanentes não erupcionadosou ausentes Graduação: - Grau 1: ambos os ramos mandibulares - Grau 2: ambos os ramos mandibulares e tuberosidades maxilares - Grau 3: envolvimento maciço de maxila e mandíbula - Grau 4: envolvimento maciço de maxila e mandíbula, bem como das órbitas Osteíte deformante doença de Paget Desordem esquelética (poliostótica), com etiologia relacionada a processo infecciosos (virais) e predisposição genética 65 anos de idade, sexo masculino Evolução lenta e assintomática O crescimento ósseo excessivo pode causar obliteração de forames e, por conseguinte, surdez, cegueira e complicações neuromusculares (crânio) Fase inicial: intensa atividade osteoclástica com reabsorção óssea e formação de cavidades irregulares Maturação: atividade osteoblástica vigorosa Osso aumentado e deformado Localização mais frequente: pelve, fêmur, crânio e vértebras Aumento do nível sérico de fosfatase alcalina e da excreção urinária de hidroxiprolina Fase inicial: áreas radiolúcidas mal adaptadas Maturação: tecido ósseo imaturo – as imagens radiolúcidas são permeadas por focos radiopacos (“flocos de algodão”) Fase madura: radioapcidade intensa dispersa, ocultando o trabeculado normal e aumento de volume Maxila duas vezes mais afetada que mandíbula Separação de dentes e desadaptação de próteses dentárias Crescimento ósseo na região de zigoma e osso frontal (achatamento de perfil) Arqueamento de pernas, curvatura da coluna e aumento do crânio Proservar: transformar em osteossarcoma ALTERAÇÕES MAXILOMANDIBULARES Osteorradionecrose Complicação da radioterapia para neoplasias malignas de cabeça e pescoço Etiopatogenia: arterite por irradiação, que pode conduzir ao estabelecimento de ambiente tecidual hipocelular, hipovascular e hipóxico Sexo masculino predominante Pode ocorrer em períodos de até 5-15 anos após a radioterapia Localização: mandíbula, mais próximo a tábua óssea vestibular Pode ser precipitada por uma exodontia Tomografia computadorizada: imagens osteolíticas e sequestro ósseo Cintilogia óssea: hipercaptação de radiofármaco Imagem por ressonância magnética ponderada em T2: hipersinal Osteonecrose induzida por medicamentos Complicação geralmente observada pelo uso de bisfosfonatos Etiopatogenia: os bisfosfonatos são inibidores de reabsorção óssea osteoclástica e tem sido utilizado para o tratamento de osteoporose e metástases ósseas Sexo feminino predominante Pode ocorrer em pessoas com histórico de osteoporose Sob uso de medicamentos como alendronato, zoledronato/ácido zoledrônico Localização: mandíbula Pode ser precipitada por uma exodontia Tomografia computadorizada: imagens osteolíticas, sequestros ósseos e proliferação óssea periosteal Cintilografia óssea: hipercaptação de radiofármaco Imagem por ressonância magnética ponderada em T2: hipersinal Comparação: Hipoplasia de seios da face: Hipoplasia de seio maxilar é uma rara alteração anatômica de desenvolvimento dos seios paranasais Diagnóstico por tomografia computadorizada Aumento da órbita ipsilateral e deslocamento lateral da fossa nasal Adenoma pleomórfico 75% de todos os tumores de glândulas salivares 80% na glândula parótida e 10% nas glândulas salivares menores 5ª década de vida Sexo feminino Sialolitíase Deposição de sais minerais ao redor de acúmulo de restos orgânicos no lúmen do ducto (estes “restos” podem ser constituídos de muco condensado, bactérias, células epiteliais do ducto e/ou corpos estranhos) Obstrução mineralizada no ducto salivar 80-90%: glândula submandibular e ducto de Wharton 5-20%: glândula parótida Tumefação intermitente e dor durante a alimentação A depender do grau de mineralização, podem aparecer radiopacos. 20-40% podem aparecer como tampões mucosos A maioria dos cálculos é menor do que 10mm