Prévia do material em texto
1 Patologias que envolvem ossos, músculos e articulações. Células ósseas: Osteoblastos – originam-se de células tronco estromais residentes da superfície óssea responsáveis pela síntese de matriz óssea. Fazem a renovação óssea, depositam cálcio. E quando ficam mais velhas elas depositam cálcio nelas mesmo e passam a se chamar osteócito, ficando no centro do osso. Osteócito – elas detectam alteração óssea pressórica (força aplicada ao osso) e tensional (deformação estrutural em resposta a força). Osteoclasto – são células que retiram o cálcio e colocam na corrente sanguínea, atuam reabsorvendo a matriz óssea mineralizada. O osso não quebra com facilidade porque as fibras que compõe o osso são organizadas em áreas circulares e isso faz com que ele seja forte. A maioria das lesões neoplásicas acontecem o periósteo e todo câncer pode levar uma fratura. O principal sinal clinico com problema ósseo, articulação ou músculo será a claudicação. Qualquer problema ósseo pode levar a lesão neurológica. Osteoartrose – desgaste na articulação e osso. Frequente em pequenos animais, também chamado de artropatia degenerativa, doença degenerativa articular, osteoartrite e artrite degenerativa. Não é raro. É uma afecção crônica, nunca aguda, é degenerativa e progressiva que afeta as articulações sinoviais. O animal apresenta dor e limitação de amplitude de movimento (não consegue levantar a pata, por exemplo) e até deformidades em estágios mais avançados. Ela pode ser primária ou secundária que pode ter origem na cartilagem, osso subcondral ou até o liquido sinovial. O tratamento é com remédios. Junto dela sempre terá uma osteoartrite. @medvetge 2 Pode ser secundária ou genética, a secundária é quando envolve trauma, problemas de ligamentos e excesso de peso, quando genética é hereditário, como displasia coxofemoral e displasia de cotovelo. A fisiopatologia começa pelo stress (falta de nutrientes, piso, forçar ele a correr e pular) que leva a alterações do colágeno com degradação dos proteoglicanos levando a degeneração da cartilagem. Outras causas podem levar alteração dos condrócitos fazendo a liberação de proteinases e prostaglandinas levando a degeneração de cartilagem. Quando há o desgaste dessas proteínas, usamos remédios (condroton) para ajudar a combater a inflamação. Os animais apresentam dor e sensibilidade à mobilização, palpação e manobras, crepitação palpável e audível na maioria das vezes, espasmos e atrofia da musculatura articular, rigidez pós-repouso e pode ter manifestações sistêmicas, como leucocitose, por exemplo. Gonartrose – desgaste da articulação do joelho, a ruptura de ligamento cruzado pode levar a gonartrose. Distúrbios de crescimento: Fechamento precoce de cartilagem fisária – é o que permite que o osso cresça e em algum momento ela fecha antes da hora e o animal não cresce mais. Algumas alimentações e hormônios podem fazer com que isso aconteça, mas as principais causas são fraturas compressivas consequentes a trauma e anormalidades do desenvolvimento (condrodistrofia das raças predispostas). Como consequências pode ter doença degenerativa articular, fraturas salter Harrir e não união. Displasias: má formação, desorganização celular onde há alteração no tamanho, forma, organização e número de mitoses aumentado. Displasia de cotovelo – afeta animais de grande porte e durante a fase de crescimento, onde é a principal causa de claudicação em animais jovens. Muitas vezes parece uma condição poligênica, onde depende de mais de um gene para o fenótipo se manifestar. O animal apresenta claudicação, dor local na palpação, avermelhado, inchado, as vezes quente. Fazemos o diagnostico com raio-x ou TC. Os principais sinais clínicos começam dos 4 a 8 meses de idade, não é comum bilateral, mas acontece. A consequência é Osteoartrose do cotovelo. As alterações patológicas incluem derrame articular, condromalácia, fibrose articular e formação de osteófitos. As causas de displasia podem ser por 4 anormalidades: @medvetge 3 Osteocondrite dissecante (OCD – mais comum) – é como se houvesse uma inflamação no cotovelo e uma parte da cartilagem se soltasse e fica pendurada entre o úmero e olecrano e isso se chama FLAP. Na cirurgia cortamos a cartilagem. Não união do proc. Ancôneo (NUPA) – Podem ficar livres dentro da articulação, ou instáveis levando a artropatia degenerativa secundária. Fragmentação do processo coronóide medial da ulna (FPCM) Incongruência articular (IA) Displasia coxo femoral – é a má formação das articulações coxofemorais, é uma alteração de desenvolvimento e afeta o colo femoral, cabeça e acetábulo. É hereditário, recessiva, intermitente, poligênica e degenerativa. Alguns fatores podem piorar, como fatores ambientais, nutricionais e biomecânicos. Os cachorros como pastor, golden, labrador são os mais predispostos e mais comum. O necessário é aguardar até 1 ano de idade para avaliação radiológica e reexaminar após 2 anos de idade ou anualmente. Pode ser uni ou bilateral. O animal apresenta diminuição da atividade, dor nas articulações comprometidas, dificuldades para levantar, correr, caminhar, saltar e subir escadas e atrofia muscular. O animal anda rebolando e ao correr podem aparecer um coelho correndo. Toda displasia pode levar a uma subluxação ou luxação da cabeça do fêmur. Sedamos o animal para fazer a radiografia por conta da dor que será causada para a posição da radiografia. Fechamos o diagnostico com os sinais clínicos e raio- x. Classificamos em graus o desnível da cabeça do fêmur com o acetábulo: Grau A: (HD -) articulações normais, cabeça femoral e acetábulo são congruentes. O espaço articular é estreito e regular, o ângulo de Norberg com 105 e o animal ainda é apto à reprodução. Grau B: (HD +/-) articulações próximas da normalidade, articulações ligeiramente congruentes, ângulo de Norberg próximo a 105, centro da cabeça femoral fica medial à borda do acetábulo. Animal é apto à reprodução. Grau C: (HD +) displasia coxofemoral leve, com a cabeça femoral e acetábulo incongruentes. Pode ter irregularidades osteoartrósicas na margem acetabular ou na cabeça do colo femoral. O ângulo é próximo de 100 e o animal ainda é apto à reprodução. @medvetge 4 Grau D: (HD ++) displasia coxofemoral moderada, a incongruência entre a cabeça do fêmur e o acetábulo é evidente, com sinais de luxação. O ângulo de Norbeg é quase 95. Presença de achatamento da borda do acetábulo ou sinais de osteoartrósicos. O animal não é apto a reprodução. Grau E: (HD +++) displasia coxofemoral grave, há evidentes alterações displasicas da articulação coxofemoral, com sinais de luxação ou distinta subluxação. Há um evidente achatamento da borda acetabular cranial, deformação da cabeça femoral ou outros sinais de osteoartrose. O ângulo é menor que 90 e o animal não é apto à reprodução. Doença de Legg-Perthes: Pode ser chamada de necrose isquêmica avascular da cabeça femoral. É asséptica por não ter infecção, ela é auto limitante do quadril em desenvolvimento. Tem suprimento sanguíneo inadequado na epífise femoral e diminuição da cabeça e colo do fêmur. Pode ser causada por trauma, fatores nutricionais, infecção, distúrbios endócrinos, vasculares, interferência hormonal, pressão intracapsular, fatores hereditários e infarto da cabeça do fêmur. Tem o comprometimento da epífise do fêmur e o comprometimento de toda ou parte dos vasos sanguíneos epifisários, podendo causar isquemia completa ou parcial na epífise esponjosa da medula. Tem o fechamento precoce do disco de crescimento epifisário. Essa condição começa a partir dos 4 meses de idade em cães de raças pequenas e a partir de 7 meses em cães de tamanho normal. Em exames físicos e achados radiográficos conseguimos ver a diminuição da cabeça e colo femoral,achatamento da cabeça femoral e redução da opacidade óssea na epífise femoral e colapso da cabeça femoral. Osteoartroses fatores secundários: Luxação de patela: A luxação de patela em cães é um deslocamento do sulco troclear (Tróclea é nome que se dá a um sulco do fêmur - osso da coxa, localizado na parte da frente do joelho e onde se movimenta a patela ao dobrar ou esticar o joelho). Esse deslocamento pode ser medial ou lateral e ainda ter diferentes origens como: congênita, de desenvolvimento ou traumática. Em grande parte dos casos, a luxação de patela em cães afeta as raças de menor porte, mesmo que também estejam presentes em raças maiores, principalmente quando a sua origem é genética. Já nos gatos, a maior parte das ocorrências está relacionada ao excesso de peso ou quando se trata de um animal muito ativo. No caso dos cães, as raças mais afetadas são: • Poodle • Yorkshire • Shih Tzu • Dachshund • Pequinês • Lhasa Apso • Lulu da Pomerânia • Chihuahua • Bichon Frisé • Pug @medvetge 5 Já em cães de grande porte, o peso é fator determinante para o desenvolvimento da doença. Ainda mais, a enfermidade é mais frequente no Cocker Spaniel, Labrador Retriever, Bulldog Inglês e no Golden Retriever. Consequências da luxação patelar: Luxação patelar medial: a luxação medial é uma das mais comuns de claudicação em raças pequenas, mesmo que acometa algumas grandes. Normalmente, grande parte são decorrentes de traumatismo. Além disso, em alguns casos a luxação coxofemoral traumática pode também ser acompanhada pela luxação patelar medial. Em fraturas tibiais em cães jovens, a patela pode se tornar luxada. Também são comuns as luxações mediais de origem congênita, principalmente em animais que apresentam anormalidades musculoesqueléticas. Algumas das principais consequências da luxação de patela medial são: • Torção lateral da porção distal do fêmur • Deslocamento medial do grupo muscular do quadríceps • Arqueamento lateral do terço distal do fêmur • Displasia da epífise femoral • Instabilidade rotacional da articulação do joelho • Deformidade tibial Luxação patelar lateral: Graus da luxação patelar: A luxação de patela em cães possui graus variados. E identificá-los é essencial para o diagnóstico correto e indicação correta de tratamento. Mesmo que os graus não correspondam aos sinais clínicos, eles são úteis no monitoramento da progressão de um paciente jovem ou no planejamento do tipo de cirurgia que será empregado. Nesse sentido, a luxação de patela em cães possui quatro níveis diferentes de gravidade e atinge cada paciente de uma forma diferente: Grau 1: A patela sai do lugar com ajuda do médico veterinário e quando ele a solta ela volta ao seu lugar imediatamente. Grau 2: Neste caso a patela sai sozinha do lugar e retorna para seu lugar correto sem necessidade de ajuda. Grau 3: A patela sai do lugar sozinha e só volta com ajuda do médico veterinário ou até mesmo do próprio animal, que costuma esticar a pata para colocar ela novamente no lugar. Grau 4: Nesta fase, a patela do animal trava fora do sulco patelar e nem o cão nem o veterinário conseguem colocá-la em sua posição original. Inegavelmente, o procedimento cirúrgico é a única alternativa para corrigir a situação. Ruptura de ligamento cruzado: A insuficiência ligamentar do ligamento cruzado cranial pode afetar qualquer cachorro de qualquer peso e porte, sendo neles a causa degenerativa e nos gatos e humanos a causa traumática. Nos humanos chamamos de ruptura do ligamento anterior, nos animais chamamos de ruptura do ligamento cruzado cranial ou insuficiência ligamentar do ligamento cranial. Predisposição: Cães de todas as idades, sexo, raça, jovens, ativos, obesos, com luxação ou não de patela, osteoartrite e fator genético (desvio angular) são fatores predisponentes. A castração precoce também pode ser um fator, pois com isso podemos ter a ruptura do ligamento, diminuindo a fibra elastina e retarda o fechamento da linha e consequentemente o ângulo platô tibial aumenta. Nos gatos geralmente a causa é traumática e nos cães a causa é degenerativa, onde o ligamento com o tempo sofre traumas repetitivos e muda o colágeno, ficando mais fibroso, @medvetge 6 principalmente naqueles com luxação de patela e desvio angular (cães de porte pequeno geralmente). A ruptura leva a instabilidade do joelho, independente se ela é parcial (frouxidão do ligamento) ou total. Em 80-85% dos casos de ruptura o animal apresenta lesão do menisco medial (meniscopatia – polo caudal do menisco medial). Sinais clínicos: No início os animais apresentam claudicação leve (pisar em chapa quente e desvio medial da tíbia) e um leve giro medial da tíbia proximal. Caso não tenha intervenção terapêutica ou cirúrgica, a instabilidade aumenta e a claudicação se agrava, podendo ocorrer a falência total do membro. Fraturas: Processos inflamatórios ósseos: Osteomielite: A osteomielite é uma inflamação do osso e da medula óssea que ocorre por resultado de uma infecção bacteriana ou fúngica. Etiologia: A osteomielite ocorre como resultado da contaminação do osso por uma bactéria ou fungo, seja através de uma ferida, mordida, fratura exposta ou contaminação cirúrgica. Essa infecção óssea também pode ocorrer pelo deslocamento dos microorganismos de uma região para o osso acometido através do sangue do animal. Predisposição racial: Cães e gatos de qualquer idade de raça podem ser acometidos por uma infecção óssea, portanto, não há predisposição racial para essa condição. • Normalmente a infecção se dá por porta de entrada; • Diagnostico: radiografia simples; • Sinais clínicos: dor, edema, rudor. Panosteíte: A panosteíte é uma doença sem causa determinada, autolimitante, que afeta os ossos longos especificamente de cães e está relacionada a um aumento da atividade das células dos ossos. Ela ocorre primariamente em cães jovens (frequentemente 5 a 12 meses) de porte grande e gigante; com frequência quatro vezes maior em machos do que em fêmeas. A doença pode durar por vários meses e com acometimento em sucessão de vários ossos, com a resolução das lesões em alguns, enquanto se desenvolve em outros, até em média dois anos de idade. Raças predispostas: Todas de porte grande e gigante, apesar de Pastor Alemão, Basset Hound, Shar-pei, Schnauzer Gigante, Cão de montanha dos Pirineus e Mastiff serem as raças de maior risco. @medvetge 7 Sinais clínicos: Claudicação (mancar) de aparecimento agudo de qualquer um dos quatro membros, de apresentação interminente, e que frequentemente evolui para claudicação alternada em mais de um membro. • Aumento da radiopacidade intramedular • Espessamento ósseo endosteal • Lesões mais nítidas próximo aos canais de nutrição Neoplasias: Geralmente de comportamento malignos, podendo ser primárias (osteócitos ou osteoblastos), de camadas mais superficiais invadindo os ossos ou estruturas adjacentes (ossos, vasos sanguíneos). Diagnóstico: Biópsias: incisional: fechadas ou abertas, excisional (amputação); Radiografia Simples ou Tomografia Computadorizada. Patologias musculares: Sistema muscular: O sistema muscular tem como funções: manutenção da postura, locomoção, função respiratória, metabolismo da glicose e temperatura corporal. Alguns nutrientes são críticos para a manutenção, são o selênio, vitamina E e proteínas. A unidade morfofuncional do musculo são as miofibrílas. As células do músculo estriado esquelético, onde os núcleos ficam na periferia e são eosinofílicas. Além disso, possui três tipos de fibras musculares: rápida, rápida oxidativa e lenta. A função motora está diretamente ligada ao sistema nervoso periférico (taxa de contraçãoe metabolismo oxidativo, anaeróbico ou misto). O metabolismo é diretamente determinado pelo neurônio motor, que é o responsável pela inervação. As lesões histológicas podem ser: idiopáticas, miopáticas, neuropáticas e podem ser doenças neuromusculares, que são desordens de neurônios motores inferiores, nervos periféricos, junções neuromusculares e músculos. Indicadores de disfunção neuromuscular: Os achados são variáveis, se iniciando por uma alteração no tamanho muscular (inchaço, hipertrofia e atrofia), fraqueza muscular e marcha anormal. Como avaliação sensorial, podemos identificar o tamanho, coloração (levar em consideração a idade, tipo do músculo, espécie do animal e a perfusão sanguínea), textura e elevação de proteínas séricas (CK e AST). Os exames microscópicos são os mais fidedignos, avaliando cortes longitudinais e transversais. Classificação das doenças musculares: As doenças musculares são causadas por vários fatores: degenerativos, inflamatórios, congênitos/hereditários, endócrinos, eletrolíticos, neuropáticos, desordens da junção neuromuscular e neoplasias. As lesões musculares podem ocorrer de maneira: • Direta: feridas penetrantes, injeções, fraturas e esmagamentos; • Indireta (hematógena): patógenos sanguíneos, toxinas, anticorpos, imunocomplexos e células inflamatórias. • Fisiológica: tensão muscular excessiva (ruptura), dano induzido por exercício, perda de inervação e suprimento sanguíneo, anormalidades endócrinas e eletrolíticas; • Genética: defeitos no metabolismo, defeitos de desenvolvimento e defeito estruturais da miofibrila. • Nutricionais: deficiência de vitamina E e selênio, plantas toxicas e toxinas. @medvetge 8 Distúrbios de crescimento: Os distúrbios de crescimento são frequentes na medicina veterinária, podendo ser de et iologia primária ou secundária. A atrofia é um dos distúrbios, podendo ocorrer por: denervação ou compressão (doença do neurônio motor equino, hemiplegia laringea equina), atrofia por desuso, senil, por caquexia (atrofia induzida por câncer – síindrome paraneoplásica) e atrofia secundária a doença endócrina (hipercortisolismo, hipotiroidismo e síndrome de Cushing em equinos idosos). Outros distúrbios de crescimento são: hipertrofia (aumento do tamanho das miofibrilas), que ocorre de forma fisiológica (induzida por exercício físico) e compensatória (patológica e secundária a diminuição das fibras musculares e/ou interferência no metabolismo celular normal), e hiperplasia mus cular (musculatura dupla). Doenças degenerativas musculares: As doenças musculares degenerativas resultam em necrose segmentar ou global das miofibras, e as fibras musculares tem grande número de anastomoses arteriovenosas. As desordens resultam de: oclusão de artérias principais, danos vasculares intramusculares, pressão externa sobre o músculo (necrose de miofibrilas), tumefação de músculo em compartimento não expansível (síndrome compartimental e lesão de vasos sanguíneos que irrigam as miofibrilas. • Necrose segmentar ou global da miofibra; • Céls inflamatórias não são as causas do dano à miofibra! Isquemia: a duração da isquemia corresponde ao tempo que o tecido pode tolerá-la. Para haver isquemia qualquer parte do organismo: isquemia miocárdica, isquemia pulmonar, isquemia renal, isquemia hepática, isquemia muscular, etc. Tipos de isquemia: @medvetge 9 1. Relativa: quando ocorre diminuição do aporte sanguíneo. 2. Absoluta: quando ocorre supressão do aporte sanguíneo. Na isquemia relativa prolongada, os órgãos, ficam com volume menor (atrofia), e podem evoluir para necrose. Já na absoluta, a necrose tecidual pode ser extensa, resultando em infarto. Hipóxia e anóxia: Hipóxia: redução do fornecimento de oxigênio às células. Anóxia: interrupção do fornecimento de oxigênio às células. Pressão intramuscular elevada pode ocorrer em animal recumbente, com peso suficiente após um período prolongado de decúbito. • Devido à doença, anestesia geral. Necrose de miofibra por decúbito pode ocorrer por: 1. Diminuição do fluxo sg / compressão das principais aa; 2. Lesão de reperfusão = influxo de Ca nas céls mm - quando animal se move ou é movido e a compressão é aliviada; 3. Pressão intramuscular aumentada: síndrome do compartimento. Gesso e ataduras apertadas - pressão externa sobre mm: isquemia. Duração da isquemia determina a gravidade da necrose e sucesso da regeneração. Toxinas de plantas: - Presentes nas plantas dos pastos ou feno / plantas ou produtos de alimentação processada; - Ex: plantas Cassia (fedegoso), Karwinskia (coyotillo), Eupatorium (white snakeroot), Thermopsis spp., gossipol (semente de algodão). S.C.: fraqueza (decúbito), moderada a significativo, aumento nas séricas de enzimas musculares. - Achados macro e microscópicos: necrose - Diagnóstico: identificação das plantas causais na alimentação, pasto. - Detecção de compostos tóxicos no conteúdo gástrico ou fígado. Toxinas Botulismo: O botulismo é uma doença não contagiosa, resultante da ação de potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A doença nos cães ocorre devido à ingestão de alimentos putrefatos ou carcaças decompostas que contenham a toxina botulínica do tipo C. - Toxina botulínica: considerada uma das mais mortais - Profunda e generalizada paralisia flácida. - Cães mais sensíveis à toxina do tipo C; ruminantes (C e D); cavalos (B e C). @medvetge 10 Toxinas carrapatos: - Tipos: Carrapatos duros (Ixodes, Amblyomma, Rhipicephalus, Anocentor, Boophilus); - Secreções salivares: liberar toxinas que bloqueiem a liberação de Ach nos terminais dos axônios,, além da babesia e erlichia; - Recuperação após a remoção do carrapato pode ser rápida período de 24 a 48 h) Déficit nutricional: - Miofibras são sensíveis às def. nutricionais = resultam na perda dos mecanismos de defesa antioxidantes; - Mais comum em gados, cavalos, ovelhas e cabras; - Deficiência de Se e vitamina E causam da degeneração da miofibra. Esforço: - Eventos iônicos e físicos, associados à contração da miofibra podem predispor à necrose; - Mionecrose induzida por exercício: pode ser massiva ou ocorrer por esforço excessivo; - Conhecida como “miopatia de captura”. - Dano na miofibra induzida por exercício ocorre em animais com condições pré-existentes. - Causas: def. Se, distrofia mm, depleção significativa de eletrólito, doença de acúmulo de glicogênio. Anomalias dos músculos: Miopatia por esforço (Azotúria): Repouso → esforço excessivo → Acidose → necrose fibras (T.2) → Mioglobinúria → I.R.A (necrose tubular renal aguda). Trauma: - Traumatismo externo ao mm: esmagamento, lacerações, cirurgias, estiramento, exercício excessivo, queimaduras, ferimentos armas de fogo ou flechas, injeções. - Resultam em ruptura completa ou parcial de um grande mm / Diafragma é o mm que mais se rompe, em cães e gatos. Congênita: distrofia muscular: - Miofibra caracterizada histologicamente pela contínua necrose e regeneração da miofibra (necrose polifásica); - Comum em animais e humanos; - Defeitos genéticos, no gene X da distrofina, responsável pela ‘distrofia muscular de Duchenne” (comum em goldens). Endócrinas: Imunomediada: Congênitas: Filhotes nadadores: - Filhotes de cães afetados não podem aduzir os membros para baixo de seus corpos. - Característica: andar “nadador” e por causa do peso corporal, um progressivo achatamento dorsoventral do esterno e da parede torácica. @medvetge 11 Inflamatórias (Infecciosas, Imunomediadas e Iatrogênicas): Miosites latrogênicas: • Reações vacinais • Aplicação de antibióticos • Uso de material contaminado Miosites infecciosas: - Agentes etiológicos em bovinos - Gangrena Gasosa / Edema Maligno • Clostidium septicum • C. perfringens• C. novyi • C. chauvoei Carbúnculo sintomático • Clostridium chauvoei Actinomicose • Actinomyces pyogenes Miosites parasitarias: Sarcocistose (bovinos) • Sarcocytis spp (hosp.. cão) Triquinelose (Equinos) • Trichinella spirallis (hosp.: carnívoros) Alterações neoplásicas: Musculatura lisa: • Leiomioma • Leiomiossarcoma Musculatura esquelética: • Rabdomioma • Rhabdomiossarcoma @medvetge