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FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS 
ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
CAMILA NATALIA PRADO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA CLINICA E OS INSTRUMENTOS DE 
DIAGNOSTICO E DE INTERVENÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2017 
 
 
FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS 
CAMILA NATALIA PRADO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA CLINICA E OS INSTRUMENTOS DE 
DIAGNOSTICO E DE INTERVENÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada á Faculdade 
Campos Elíseos, como requisito parcial 
para a obtenção do título de Especialista 
em Psicopedagogia Clínica, sob supervisão 
da orientadora: Prof.Fatima Ramalho 
Lefone. 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2017
 
FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS 
CAMILA NATALIA PRADO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
PSICOPEDAGOGIA CLINICA E OS INSTRUMENTOS DE 
DIAGNOSTICO E DE INTERVENÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Monografia apresentada á Faculdade 
Campos Elíseos, como requisito parcial 
para a obtenção do título de Especialista 
em Psicopedagogia Clínica, sob 
supervisão da orientadora: Prof.Fatima 
Ramalho Lefone. 
 
 
Aprovado pelos membros da banca examinadora em 
___/___/___.com menção ____ (________________). 
 
Banca Examinadora 
_________________________________ 
 
_________________________________ 
 
 
São Paulo 
 2017 
 6 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Este trabalho busca levantar pontos importantes sobre o psicopedagogo e a sua 
atuação no campo clínico, foram levadas em consideração um breve relato sobre o 
que é o psicopedagogo em um âmbito histórico e geral, utilizando como apoio 
teorias de alguns autores conhecidos na área da educação. Utilizando-se dos pontos 
de identificação da psicopedagogia no processo de diagnóstico do individuo foram 
demonstrados, neste artigo, e intervenções que possibilitem um trabalho efetivo. 
Para isso, descreveu-se os primeiros passos para uma atuação profissional do 
psicopedagogo. 
 
 
 
 
Palavras-chave: Psicopedagogia Clínica, Educação Especial, Diagnósticos e 
Intervenções 
 
 7 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8 
1.1 OBJETIVOS .................................................................................................. 9 
1.1.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................... 9 
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 9 
1.2 JUSTIFICTIVA ............................................................................................... 9 
1.3 PROBLEMA .................................................................................................. 10 
2 CONSIDERAÇÕES INCIAIS SOBRE A PSICOPEDAGOGIA .......................... 11 
2.1 TRAJETÓRIA PERCORRIDA DA PSICOPEDAGOGIA ................................ 12 
2.2 LEGISLAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA ........................................................ 14 
3 PSICOPEDAGOGO .......................................................................................... 15 
3.1 FORMAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO ........................................................... 15 
3.2 ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL ................................. 17 
4 O DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÕES NA PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA ...... 18 
4.1 PROCEDIMENTOS INICIAIS ......................................................................... 18 
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 19 
 8 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Psicopedagogia é uma área de estudo que propõe estudar os problemas de 
diferentes campos das Ciências Humanas: tais com a Psicologia, a Psicanálise, a 
Filosofia, a Psicologia, a Pedagogia, a Neurologia, entre outros. Tem como objetivo 
conhecer e compreender os variados processos envolvidos no aprender humano. A 
Psicopedagogia se preocupa com questões sobre o desenvolvimento cognitivo, 
psicomotor e afetivo, que estão compreendidas na aprendizagem. Portanto, explica 
Santos (2010), é uma profissão que nasce de uma proposta de interdisciplinaridade. 
O papel do psicopedagogo realiza sua função através de uma proposta de 
interdisciplinaridade, como nos explica Santos (2010). A autora pontua que cabe ao 
psicopedagogo não somente propor: “atividades e treinamentos para indivíduos com 
problemas de aprendizagem e comportamento baseados em teorias 
comportamentais, como sugere a Psicologia Educacional, nem definir métodos, 
técnicas e estratégias de ensino como propõe a Pedagogia, mas cabe-nos ocupar 
um lugar que está na inter-relação da ensinagem e da aprendizagem" (p.1) Santos 
afirma que o papel da psicopedagogia é: identificar problemas no processo de 
aprendizagem do estudante, tanto quanto trabalhar para a superação das 
dificuldades apresentadas. Utilizando instrumentos, técnicas e metodologias 
específicas e articulando conhecimentos nas diferentes áreas, o psicopedagogo 
intervém mediando no processo de aprendizagem. 
Podendo ser aplicada em caráter preventivo e\ou terapêutico, esta área de 
conhecimento multidisciplinar, foca-se em compreender o movimento de construção 
cognitiva no processo de aprendizagem das crianças, adolescentes e de adultos. O 
psicopedagogo exerce função na modalidade institucional e clínica. Sendo que na 
clínica atua como terapeuta, utilizando ou não a uma equipe multidisciplinar, 
desenvolvendo intervenções para a superação de dificuldades de aprendizagem. 
Institucionalmente (centros educacionais, hospitalares, empresariais, etc.), o 
psicopedagogo desenvolvendo o papel de Assessor Psicopedagógico. 
Segundo Porto (2006 p.107) “A psicopedagogia é uma área de estudo nova, 
voltada para o atendimento de sujeitos que apresentam problemas de 
aprendizagem.” (...) O autor acentua também que “cabe à Psicopedagogia o objetivo 
de resgatar uma visão mais global do processo de aprendizagem e dos problemas 
 9 
 
desses processos”. Dessa forma, é necessário conhecer e refletir sobre os meios 
que a psicopedagogia utiliza para detectar problemas de aprendizagem e suas 
respectivas intervenções. 
Este trabalho apresentará os diagnósticos e intervenções utilizadas na 
Psicopedagogia Clínica, apresentando os fundamentamos e conhecimentos em 
bibliografias que abordam teorias e práticas psicopedagogicas. A partir de uma 
abordagem qualitativa, como metodologia da pesquisa, buscou-se levantar 
bibliografias que abordam o tema e assim ter uma pesquisa bem fundamentada em 
autores da área. 
 
1.1 OBJETIVOS 
1.1.1 OBJETIVO GERAL 
Apresentar diagnósticos e intervenções utilizadas na psicopedagogia clínica. 
 
 1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Compreender o que é a Psicopedagogia Clínica; 
 Conhecer diagnósticos e intervenções utilizadas na psicopedagogia 
clínica; 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
Atualmente há um volume expressivo de pesquisas na área da educação 
especial, cursos de pós-graduação e entre outros, porém a educação especial e/ou 
“diferentes” nem sempre tiveram este olhar voltado para essa realidade. 
Relativamente, poucas vezes o que não era tido como normal pode participar da 
escola ou se acreditava que tal sujeito poderia aprender. 
No campo acadêmico, percebem-se vários estudos sobre a dimensão de 
como a criança, jovem e /ou adulto aprende e também do modo como às praticas 
educativas podem interferir no processo de ensino-aprendizagem. Diante disto, o 
presente trabalho acadêmico tem como tema a contextualização da Psicopedagogia 
Institucional. 
Em busca de respostas, as quais geram interesse em pesquisar sobre o 
tema, problemática do assunto busca responder ao questionamento: De que modo a 
Psicopedagogia Clínica pode contribui para o desenvolvimento de crianças, jovens e 
 10 
 
adultos? Pois, trata da importância mudança de praticas no ensino infantil e 
fundamental, no sentido de mostrarcomo psicopedagogo traz benefícios para o 
desenvolvimento da aprendizagem que o foco do estudo. Sendo assim, o principal 
objetivo deste trabalho, é contextualizar a Psicopedagogia Institucional. Tal objetivo 
partiu da hipótese de que todos podem aprender e ampliar sua capacidade de 
desenvolvimento na aprendizagem no processo educacional. Nesta perspectiva, 
pretende-se elucidar algumas situações sendo elas os objetivos específicos: 
Compreender o que é a Psicopedagogia Clínica; Conhecer os diagnósticos e 
intervenções utilizados por psicopedagogos. 
A partir de uma abordagem qualitativa, como metodologia da pesquisa, 
buscou-se levantar bibliografias que abordam o tema e assim ter uma pesquisa bem 
fundamentada em autores da área. O trabalho também traz o perfil do 
psicopedagogo e sua área de atuação atual. 
 
1.3 PROBLEMA 
 
Quais formas de diagnósticos e intervenções utilizados por psicopedagogos? 
 
 
 11 
 
2 CONSIDERAÇÕES INCIAIS SOBRE A PSICOPEDAGOGIA 
 
 
2.1 Trajetória Percorrida da Psicopedagogia 
 
A Psicopedagogia surge a partir da necessidade de se investigar a origem 
dos problemas de aprendizagem com o foco na metodologia de ensino aplicada. 
Sendo assim, é uma área que recorre aos saberes da Psicologia, e através dessa 
união de ciência e de tantas outras como, a linguística, atingir um maior grupo de 
alunos com problemas de aprendizagem. 
O verbete Psicopedagogia é registrado no dicionário escolar da língua 
portuguesa Aurélio na pagina 721 como “aplicação da psicologia experimental à 
pedagogia”. Ou seja, a explicação simples porem desta forma simples diz 
diretamente o que é a psicopedagogia, utilizar os saberes teóricos de forma 
aplicada. 
Desde seu surgimento no século XIX na Europa, a psicopedagogia é um 
resultado de várias áreas (Educação, Filosofia e Medicina), mas seu proposito 
continua o mesmo, buscar soluções para os fracassos escolares. Tais fracassos 
foram durante muito tempo tratado com falta de entendimentos e os alunos 
encaminhados para diversos profissionais. 
Há alguns anos atrás, a falta de clareza a respeitos de problemas de 
aprendizagem fazia com que os alunos com dificuldades fossem 
encaminhados concomitantemente para profissionais das mais diversas 
áreas de atuação. (SCOZ, 92, p.2) 
 
As evoluções das áreas cientificam, fez com que os olhares se voltassem 
para a deficiência nas áreas educacionais e fossem mais bem estudados e a criação 
de subsídios para um melhor trabalho dos envolvidos (professores) e assim surge o 
profissional que irá trabalhar de forma global e consciente sobre o individuo que 
necessita de uma ação educacional para que assim possa adquirir um determinado 
conhecimento. 
Assim, os atendimentos antes dispersos entre varias pessoas poderiam 
centra-se num só profissional, facilitando o vinculo do aluno com o processo 
de aprendizagem e o resgate do prazer de aprende e desenvolver-se. 
(SCOZ, 92, p.2) 
 
 12 
 
Durante o seu desenvolvimento, a psicopedagogia vem se estruturando e 
possuindo mais embasamentos teóricos e leis o que faz com a área se torna mais 
consolidada. Este é uma função de mais importância da Psicopedagogia, pois 
estuda e trata o processo de aprendizagem e dificuldades, e deverá incorporar 
vários campos do conhecimento, aproximando-os e harmonizando-os. 
“Psicopedagogia deve estar presente no enfrentamento dos problemas e cruciais da 
educação brasileira, assumindo uma atuação consciente e comprometida” (SCOZ, 
1992). 
 
2.2 Legislação da Psicopedagogia 
 
A Psicopedagogia no Brasil está regulamentada oficialmente desde a década 
de 70 em diversas instituições escolares, o MEC (Ministério de Educação) órgão 
publico do governo federal é o responsável por instituir e administrar os cursos de 
pós-graduação e especialização. A carga horária mínima de 360 horas, seguindo 
orientação da ABPp estabelecidas nas Diretrizes Básicas de Formação dos 
Psicopedagogos no Brasil. 
Os profissionais que procuram esses cursos são constituídos por professores 
que buscam apropriar-se do estudo do processo de ensino-aprendizagem, 
objetivando atuar nos seguintes campos: clínico e/ou institucional (seja escola, 
hospital ou empresa/organização) além de pesquisadores na área. Conforme ao 
critério estabelecido no Projeto de Lei que regulamenta o exercício da atividade em 
Psicopedagogia atualmente tramitando no Congresso Nacional prevê em seu texto 
original: 
 "Art. 2º Poderão exercer a atividade de Psicopedagogia no País: I - os 
portadores de diploma em curso de graduação em Psicopedagogia 
expedido por escolas ou instituições devidamente autorizadas ou 
credenciadas nos termos da legislação pertinente; II - os portadores de 
diploma em Psicologia, Pedagogia, Fonoaudiologia, ou Licenciatura que 
tenham concluído curso de especialização em Psicopedagogia, com 
duração mínima de 600 horas e carga horária de 80% na especialidade". 
(Projeto de Lei nº 3.124, de 1997). 
 
A Psicopedagogia tem como objeto de estudo a aprendizagem, e a 
compreensão e intervenção nos problemas de aprendizagem. Tem caráter 
 13 
 
interdisciplinar, pois conta com a contribuição de outras áreas do conhecimento, 
dentre eles: psicologia, fonoaudiologia, medicina em suas especificidades. O decreto 
nº 54.769, de 17 de janeiro de 2014 da cidade de São Paulo, regulamenta a 
implantação de assistência psicopedagogia na rede de ensino da cidade, com o 
objetivo de diagnosticar, intervir e prevenir problemas de aprendizagem tendo como 
enfoque o educando e as instituições de educação infantil e ensino fundamental. 
Parágrafo Único - A Psicopedagogia no contexto escolar visa intervir no 
processo de aprendizagem, sendo seu objeto de atuação o educando em 
seu processo de construção do conhecimento. 
Art. 2º A assistência psicopedagógica tem por objetivo diagnosticar, intervir 
e prevenir problemas de aprendizagem tendo como enfoque os educandos 
e as unidades educacionais de educação infantil e de ensino fundamental 
da Rede Municipal de Ensino. (Decreto nº 54.769, de 17 de janeiro de 2014, 
São Paulo/SP). 
 
Normalizar a atividade da Psicopedagogia é o que se objetiva, tendo como 
principal proposito oficializar o que já está legitimado socialmente e em decorrência 
disto a normatização da formação e do exercício profissional, além de estender este 
atendimento à população de baixa renda visando à melhoria da educação e 
prevenção da saúde. 
 
 
3. PSICOPEDAGOGO 
 
3.1 Formação do psicopedagogo 
 
A construção da área da psicopedagogia deu-se a partir dos anos 50 e 60, 
diante da necessidade de se realizar um estudo mais global e consistente dos 
problemas educacionais de aprendizagem. 
Historicamente vimos que os problemas de aprendizagem durante muito 
tempo foi associado à defasagem e os problemas e aprendizagem seriam 
provocados por alterações no organismo. Dirigia-se a médicos para tratamentos e 
atribuía-se o "não aprender” a doenças, como fobias e psicoses, tais tratados na 
área da psicologia. 
Na medida em que foram se estudando as dificuldades apresentadas, que se 
originou a Psicopedagogia, uma área que atua tanto no campo da psicologia como 
 14 
 
na pedagogia. Conforme coloca Scoz (1992), “eis o importante papel da 
psicopedagogia, que definimos como a área que estuda e lida com o processo e 
aprendizagem e suas dificuldades e que, numa ação profissional, deve englobar 
vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os”. 
Os primeiros cursos de Psicopedagogia surgem da década de 70, em cursos 
de pós-graduação, presentes, psicólogos, pedagogos e educadores, buscando 
entender e auxiliar as dificuldades escolares. 
A Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), é o órgão representativo 
dos psicopedagogos, entende que o curso de Psicopedagogia deve formar 
profissionais para garantir a aprendizagem como direito de todos. A formação do 
psicopedagogo pode ocorrer em níveis de graduaçãoe de pós-graduação latu sensu 
(especialização) e stricto sensu (mestrado profissional) 
A formação do psicopedagogo ocorre em níveis de graduação e de pós-
graduação lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado profissional). 
 
4.1. Formação na Pós-graduação lato sensu – Especialização 
 Esta formação pauta-se pelas exigências da Resolução CNE/CES nº 1, de 8 de 
junho de 2007 acrescidas das recomendações que emanam da especificidade da 
formação do psicopedagogo. As disciplinas que fundamentam a formação do 
psicopedagogo (introdutória, específicas, eletivas e de orientação) devem estar 
articuladas por meio da pesquisa e da atuação supervisionada, culminando com a 
apresentação da monografia, trabalho de conclusão de curso ou artigo científico. 
 4.2. Formação na Graduação: A formação na graduação baseia-se na 
Resolução CNE/CP 28/2001 acrescidas das recomendações que emanam da 
especificidade da formação do psicopedagogo. As disciplinas que fundamentam a 
formação do psicopedagogo (introdutória, específicas, eletivas e de orientação) 
devem estar articuladas por meio da pesquisa e da atuação supervisionada, 
culminando com a apresentação da monografia ou artigo científico. 
 4.3. Formação na Pós-graduação Stricto Sensu - Mestrado Profissional: 
A formação em nível de mestrado profissional deve respeitar a portaria normativa 
n° 7 de 22 de junho de 2009 - CAPES*. O curso deverá ter no máximo 4 semestres 
ou 2 anos e tem como objetivo a “capacitação para a prática profissional avançada e 
transformadora de procedimentos, visando atender demandas sociais, 
organizacionais ou profissionais e do mercado de trabalho”. 
 O Mestrado Profissional deverá preencher 5 quesitos: 
1) proposta; 
2) corpo docente; 
3) corpo discente e trabalhos de conclusão; 
4) produção intelectual e profissional destacada; 
5) inserção social, além da infraestrutura para o ensino, pesquisa. 
 15 
 
A formação culmina com a apresentação da dissertação. 
*dispõe sobre o mestrado profissional no âmbito da fundação e coordenação de 
aperfeiçoamento de nível superior - Capes 
4.4. Formação em EAD: 
A formação do psicopedagogo na modalidade EAD, não contempla as exigências 
específicas dessa modalidade de ensino. Segundo o Decreto nº 5.622/2005 que 
regulamenta o artigo 80 da LDB 9.394/96 em suas disposições gerais:
Art. 1º. 
Caracteriza-se a educação à distância como modalidade educacional na qual a 
mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com 
a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e 
professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. 
 §1º. A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e 
avaliação peculiares para as quais deve estar prevista a obrigatoriedade de 
momentos presenciais. 
A formação do psicopedagogo na modalidade EAD semipresencial é possível, 
desde que preservados os princípios desta formação. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE PSICOPEDAGOGIA. Diretrizes Básicas da Formação de Psicopedagogos no 
Brasil. São Paulo, 12 de dezembro de 2008). 
 
Entende-se primeiramente que o psicopedagogo deve se formar de forma a 
garantir a aprendizagem como direito de todos, com maior nível de qualidade, de 
seriedade e de comprometimento com suas ações. 
 
3.2 Atuação da Psicopedagogia Clínica 
 
A atuação do profissional da psicopedagogia clínica vem se configurando ao 
longo do tempo, pois ela visa além do atendimento clinico, mas também a instituição 
escolar como todo, estando sempre à frente à realidade educacional brasileira. 
“A escola cai ainda no extremo oposto quando, por falta de conhecimento 
adequado, ignora os problemas cuja resolução foge ao seu alcance. Escondendo-se 
atrás de uma mascara de bons sentimentos e idealismo, acaba por discriminar da 
mesma forma os alunos que tem problemas e não são tratados. Dessa maneira, 
bloqueia qualquer iniciativa para prevenir, suprimir ou reduzir o sofrimento de 
algumas crianças. Não compreende suas dificuldades, nem intervém de forma eficaz 
para eliminá-las.” SCOZ, 1992, p. 3). 
 
É nesse espaço que a psicopedagogia institucional irá atuar, fazendo parceria 
com a escola e professores, dando apoio para a implantação de novas metodologias 
de ensino, e encontrar caminhos para possibilitar a aprendizagem efetiva, 
descobrindo alternativas e possíveis ações educativas. 
 16 
 
4. O DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÕES NA PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA 
 
4.1 Procedimentos Iniciais 
 
O diagnóstico na psicopedagogia clínica pode-se se dar em dois momentos, 
individual ou em grupo, visto que é preciso deixar claro que tal se dar após uma 
investigação inicial, como também dispor de um tempo acordado entre as partes 
antes da realização de quaisquer diagnósticos, pois tal so se dará após a relização 
de alguns momentos. 
“No diagnóstico individual, as constantes que estimo mais importantes são: 
a) Objetivo- para determinar se existem ou não dificuldades de aprendizagem e 
as causas que as provocam, n caso de existirem; 
b) Número de entrevistas – a ser determinado sobre a vase dos resultados que 
vão sendo obtidos durante o diagnostico; 
c) Duração das entrevistas; 
d) Sequencia do processo: 1. Entrevistas com o cliente, 2. Entrevista de 
anamnese com os pais ou adultos responsáveis no caso de crianças, adolescentes 
ou adultos com muitas dificuldades, 3. Entrevista devolutiva ao paciente e sua 
família.”(VISCA, Jorge. 2010, p.62). 
 
Esses passos são importantes, pois dará ao psicopedagogo se o 
cliente/paciente fara os encontros individualmente ou em grupo. Em seguinte a 
esses procedimentos o profissional deverá pensar em como se dará esses 
encontros, quantas vezes na semana, qual o temo necessários, para determinar as 
causas que afetam a aprendizagem do individuo. No caso se os atendimentos se 
deem em grupo, o psicopedagogo deverá se atentar em como o individuo se 
comporta diante do grupo. 
Para que aconteça o diagnóstico e as intervenções efetivas, é primordial que 
o profissional deixe claro para a família do atendido os fatores necessários que a 
mesma deve realizar para o sucesso dos procedimentos, realizando um contrato 
(verbal ou não) das ações que se espera da família. 
Visca, 2010 coloca que “para os contratos de diagnóstico, deve-se 
estabelecer o “não-processo” ou as constantes dentro das quais o profissional vai 
operar. Isso oferece um marco de segurança indispensável para ambas as partes”. 
 
 
 17 
 
4.2 O diagnóstico 
 
Jorge Visca (2010), trás que o diagnóstico psicopedagógico pode ser 
estudados a partir de três níveis de abordagem: o metacientífico, o cientifico e o 
técnico. Cada um corresponde a uma área de conhecimento, Filosofia, Descritiva e 
Empírico. Porem, embora diferentes eles são complementares, pois enquanto um 
estuda o individuo em sua forma filosófica o outro realiza uma ação exploratória. 
“A complementariedade, o grau de inclusão e as especificidades desses três 
níveis são comparáveis à teoria das linguagens: como a linguagem diz-se algo, mas 
esta linguagem mostra algo e, sobre o que mostra, pode-se dizer algo que, por sua 
vez, mostrará e assim sucessivamente”.(VISCA, 2010) 
O psicopedagogo deve seguir os níveis, voltando sempre o pensamento para 
o diagnostico, mas também deve se orientar pelo seu discernimento, criatividade e 
espontaneidade, assim enxergará de forma empírica causas da defasagem do 
individuo. 
São três elementos que configuram a matriz diagnóstica trazida por Visca 
(2010), são elas: a) diagnostico propriamente dito; b) o prognostico; c) as indicações. 
Cada um contém elementos que norteiam o trabalho. Resulta a seguinte orientação; 
D
ia
g
n
ó
s
ti
c
o
 
p
ro
p
ri
a
m
e
n
te
 d
it
o
 Descrição e localização contextual; 
Sintomas 
Descrição e explicação do momento histórico atual; 
Descrição e explicação histórica; 
Desvios e assíncronas. 
P
ro
g
n
o
sti
c
o
 Sem agentes corretores; 
Com agentes corretores ideais; 
Com agentes corretores possíveis 
In
d
ic
a
ç
õ
e
s
 Gerais; 
Específicas. 
VISCA, Jorge/ Clínica Psicopedagogia: Epistemologia Convergente. 2010. 
 
 18 
 
Seguindo dessa forma, começando com a consulta inicial, entrevista com os 
pais e fornecendo os resultados, encerra-se a matriz do diagnóstico e inicia-se o 
prognostico e as indicações. E após esse processo começam as intervenções (ou 
não) no processo de aprendizagem do individuo. 
 
4.3 As intervenções 
 
O processo do diagnóstico nada mais é que a verificação se o individuo 
possui algum tipo de dificuldade na aprendizagem, pois após essa investigação o 
psicopedagogo abre um leque de possibilidades de intervenções e da inicio ao 
processo de aprendizagem. Pois o foco do diagnóstico é o obstáculo que o individuo 
encontra em seu processo de aprender. 
Posteriormente ao diagnostico global, pois no processo diagnostico o 
psicopedagogo investigou a família, a escola e outros grupos que o individuo é 
participante, busca organizar um trabalho em conjunto com as diversas áreas da 
psicopedagogia e traçar um plano de trabalho. O psicopedagogo pode utilizar uma 
equipe multidisciplinar (psicólogos, fonoaudiólogos) para que conjunto pense e 
trabalhem voltados no individuo e em sua dificuldade. 
A intervenção adotada interfere no processo de aprender do individuo, com o 
objetivo de compreendê-lo, de explicitá-lo ou corrigi-lo. Introduzir novos elementos 
para o sujeito pensar, poderá levar à quebra de um padrão anterior de 
relacionamento com o mundo das pessoas e das ideais. 
As intervenções psicopedagógicos podem utilizar vários mecanismos, ou até 
mesmo uma fala, uma interpretação que o psicopedagogo realiza na escola em 
crianças com dificuldades de aprendizagem, com a finalidade de desvelar um padrão 
de relacionamento, uma relação com o mundo e, portanto, com o conhecimento. 
São duas dimensões que as intervenções podem ocorrem, são elas de forma 
institucional escolar ou clínica, e também podem atual de forma terapêutica e 
preventiva, com relação aos alunos e toda a comunidade escolar. 
A atuação psicopedagogia como nos aponta Souza (2000), envolve diversas 
atividades realizadas dentro e fora da escola. A autora destaca o papel de mediação 
do ensino de conteúdos que a escola tem ao interpor entre a criança e o mundo 
social e desta forma fazer com que esta criança aprenda. É a interferência que um 
profissional realiza sobre o processo de desenvolvimento e/ou aprendizagem do 
 19 
 
sujeito, o qual pode estar apresentando problemas de aprendizagem. (SOUZA, 
2000, p. 115). 
Souza (2000) “Intervenção psicopedagógico: como e o que planejar?”, 
destaca algumas modalidades de intervenção: 
a) Recuperação dos conteúdos escolares que estão deficitários (examinar 
novamente os conteúdos escolares e os hábitos de aprendizagem); 
b) Orientação de estudos – (organização, disciplina, etc.); 
c) Brincadeiras, jogos de regras, dramatizações - (objetivo de promover afeto, 
personalidade); 
d) Encaminhamento pela escola ao profissional que irá atender clinicamente; 
e) Busca de instrumentos que possam auxiliar o processo de aprendizagem e 
desenvolvimento, no que se refere à inteligência e afetividade. 
BOSSA (1994) destaca outros recursos para a intervenção, referindo-se a 
Provas de Inteligência (Wisc); Testes Projetivos; Avaliação perceptomotora (Teste 
Bender); Teste de Apercepção Infantil (CAT.); Teste de Apercepção Temática(TAT.); 
também, refere-se a Provas de nível de pensamento (Piaget); Avaliação do nível 
pedagógico (nível de escolaridade); Desenho da família; Desenho da figura 
Humana; H.T.P - Casa, Arvore e Pessoa (House, Tree, Person); Testes 
psicomotores: Lateralidade; Estruturas rítmicas. 
As alternativas para uso do psicopedagogo são muitas e estão sendo 
colocadas no mercado, como vimos anteriormente, a área da psicopedagogia é 
recente e vem se estruturando ao longo do tempo. Além de fornecer material, 
também há editoras e instituições que promovem cursos para orientar a utilização 
dos mesmos, e isso beneficia a avaliação e intervenção psicopedagógico. 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL, MINISTÉRIO DA AÇÃO SOCIAL. Coordenadoria Nacional Para Integração 
da Pessoa Portadora de Deficiência. Declaração de Salamanca e linha de ação 
sobre necessidades educativas especiais. Brasília: MAS/ CORDE, 1994 
 
BIANCHETTI, Lucídio. FREIRE, Ida. (Orgs). Um olhar sobre a diferença: 
Interação, trabalho e cidadania. Campinas, SP: Papirus, 2012. 
 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio Júnior: dicionário escolar da 
língua portuguesa/coordenação de Marina Baird Ferreira e Margarida dos Anjos; 
ilustrações Axel Sande – 2ª ed. – Curitiba: Positivo, 2011. 
 
HONORA, Márcia, FRIZANO, Mary Lopes Esteves. Livro ilustrado de Língua 
Brasileira de Sinais: Desvendando a Comunicação Usada pelas Pessoas Com 
Surdez. São Paulo – SP Ciranda Cultural, 2009. 
 
 
SANTOS, Marinalva Batista Dos. Quem É O Psicopedagogo Institucional Numa 
Instituição De Nível Superior?. Disponível Em: http://www.psicopedagogia.com/ 
Acesso em: 10 de Janeiro 2017. 
 
SCOZ, Beatriz Judith Lima; BARONE, Leda Maria Codeço; CAMPOS, Maria Célia 
Malta; MENDES, Monica Hoehne, (Orgs). Psicopedagogia – contextualização, 
formação e atuação profissional. Porto Alegre, Ater Medica, 1992. 
 
SOUZA, M. T. C.C. Intervenção psicopedagógica: como e o que planejar? In: 
SISTO, F.F. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Vozes, 2000, 
p.113-125. 
 
PORTO, Olívia. Psicopedagogia Institucional: Teoria, Prática E 
Assessoramento Psicopedagógico. Editora Wak,2006. 
 
 22 
 
VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagogia: Epistemologia Convergente. – Jorge 
Visca. Segunda edição. Tradução: Laura Monte Serrat Barbosa. São José dos 
Campos, Pulso Editorial, 2010. 160p. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DA ABPP, In: Revista Psicopedagogia. São Paulo. v.12, Nº25, 
p.36-37, ABPp,1993. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA. Diretrizes Básicas da 
Formação de Psicopedagogos no Brasil. São Paulo, 12 de dezembro de 2008 
 
ABPP Associação Brasileira de Psicopedagogia. Disponível em 
www.abpp.com.br/documentos_referencias_legislacao.html. Acesso em 17 janeiro 
de 2017. 
 
SÃO PAULO (estado). Decreto nº 54.769, de 17 de janeiro de 2014. Regulamenta a 
lei nº 15719 de 24 de abril de 2013. Que dispõe sobre a implantação de assistência 
psicopedagogica em toda a rede municipal de ensino com o objetivo de diagnosticar 
intervir e prevenir problemas de aprendizagem tendo como enfoque o educando e as 
instituições de educação infantil e ensino fundamental. 
 
http://www.abpp.com.br/documentos_referencias_legislacao.html

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