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NEUROCIÊNCIA E O 
DESENVOLVIMENTO 
DA APRENDIZAGEM 
Professora : 
Me. Patrícia Rodrigues da Silva 
Objetivos de aprendizagem 
• Apresentar a Neurociência em sua vertente relacionada ao comportamento humano. 
• Conhecer os aspectos básicos da estrutura do sistema nervoso central que se relacionam com a aprendizagem. 
• Aprender as principais funções cognitivas e a sua relação com o cérebro. 
• Conjecturar sobre a integração entre prática pedagógica e neurologia da aprendizagem. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Aspectos introdutórios sobre neurociência 
• O cérebro e a aprendizagem 
• Funções cognitivas e aprendizado escolar: percepção e memória 
• Funções cognitivas e aprendizado escolar: funções executivas e expressivas 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), bem-vindo(a)! 
Em nosso material, estudaremos a Neurociência e os elementos que de alguma forma se vinculam e influenciam no 
desenvolvimento da aprendizagem. Para isso, a vertente da neurociência da qual nos valeremos é a neurociência cognitiva. 
Mesmo assim, você será convidado(a) a conhecer aspectos introdutórios da neurociência. Esta, por sua vez, tem sido objeto de 
estudo de áreas diversas, dada a sua contribuição, principalmente para os estudos do comportamento humano. Nesta linha de 
pensamento, a neurociência pode ser compreendida como um termo “guarda-chuva” por englobar todas as áreas da ciência: 
biologia, fisiologia, medicina, física e psicologia, e que detêm interesse sobre a estrutura, função, desenvolvimento, evolução e 
disfunções do sistema nervoso. 
Na área de Educação, pode trazer contribuições valiosas para pedagogos, professores e psicopedagogos em busca do 
entendimento do processo de aprendizagem e práticas pedagógicas adequadas para estimular o alunado. 
Assim, as neurociências serão apresentadas, tendo como tarefa explicar o comportamento no que tange ao funcionamento 
cerebral, de forma a elucidar como o cérebro organiza e articula os milhões de células nervosas individuais e como estas células 
são influenciadas pelo ambiente externo, gerando o comportamento. Falaremos, assim, de elementos que compõem o sistema 
nervoso, da comunicação entre esses elementos, compreenderemos os seus significados e como repercutem no comportamento. 
Ressalto, caro(a) aluno(a), que o conhecimento sobre esses assuntos lhe oferecerão respaldo para o entendimento do 
comportamento dos alunos e, principalmente, para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que estimulem adequadamente os 
alunos. São conceitos que nos permitirão perceber a importância do sistema nervoso do indivíduo no desenvolvimento de sua 
aprendizagem. 
Boa leitura! 
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Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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Página inicial 
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS SOBRE 
NEUROCIÊNCIA 
Quando abordamos a Neurociência em sua vertente voltada para a Educação, procuramos elementos que deem subsídios a nós, 
professores, para a compreensão da aprendizagem e o entendimento dos comportamentos manifestados pelos nossos alunos nos 
processos vivenciados por eles. Como podemos estimular (ou inibir) estes processos? Assim sendo, vamos, agora, conhecer 
aspectos gerais sobre neurociência, que serão fundamentais para o desenvolvimento do nosso estudo sobre Neurodidática. 
Do que trata a Neurociência? 
Uma das vertentes dos estudos em Neurociência se volta a suscitar o entendimento da aprendizagem, do funcionamento do 
cérebro nas mais variadas formas de construção do conhecimento, trazendo à tona elementos que favorecem ou dificultam a 
aprendizagem. Mas antes de explorar essa vertente, vamos compreender aspectos fundamentais das neurociências. 
Segundo Relvas (2016), a neurociência pode ser compreendida como um termo “guarda-chuva” por englobar todas as áreas da 
ciência: biologia, fisiologia, medicina, física e psicologia, e que detêm interesse sobre a estrutura, função, desenvolvimento, 
evolução e disfunções do sistema nervoso. 
Brandão (2004) nos mostra que a neurociência traz estudos e discussões acerca dos processos que permitem ações e 
comportamentos. O autor descreve que o cérebro funciona de maneira orquestrada, integrando componentes de um 
comportamento ou de uma função mental, assim, as neurociências investigam as ações independentes destes componentes e 
propiciam a compreensão sobre os comportamentos. 
Complementando, Kandel, Schwartz e Jessell (2003) nos trazem que a tarefa das neurociências está em explicar o comportamento 
no que tange ao funcionamento cerebral, de forma a elucidar como o cérebro organiza e articula os milhões de células nervosas 
individuais e como estas células são influenciadas pelo ambiente externo, gerando o comportamento. 
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O que somos, fazemos, pensamos e desejamos é resultado do funcionamento do sistema nervoso e sua 
interação com o corpo, juntamente com a história de vida de cada um, a cultura, a sociedade, e a genética 
fazem de nós o que somos, individualmente, como seres humanos, e como animais racionais (RELVAS, 2016, 
p. 1). 
Robert Lent (2010) afirma que precisamos falar em “Neurociências”, no plural, visto que há modos de classificá-las de acordo com 
os níveis de abordagem a que se propõe a investigação que se deseja realizar. O autor traz um modo esquemático de compreender 
as neurociências, conforme apresentado no quadro a seguir: 
Quadro 1 - Modo esquemático de compreender as neurociências. 
Fonte: adaptado de Lent (2010, p. 6). 
Vemos, assim, caro(a) aluno(a): as ciências que “formam” a neurociências atuam em busca de investigar o sistema nervoso para, 
assim, entender como ele se desenvolve e funciona, e por meio dessas investigações nos revelar como o nosso cérebro produz 
comportamentos, emoções, sensações, levando-nos à tomada de decisões. Dialogando com o campo da educação, as neurociências 
nos revelam como os indivíduos aprendem e/ou podem aprender. 
Ressalto, ainda, que em nossos estudos nos valeremos dos aspectos que compõem a neurociência cognitiva, visto que o nosso 
intuito é nos voltar a questões de aprendizagem, ensino, didática e o universo de sala de aula, em busca de um diferencial da 
prática pedagógica. 
Mesmo, assim, vale destacar a perspectiva de Lent (2010) de que os limites existentes entre essas disciplinas das neurociências 
não são nítidos, o que nos obriga, muitas vezes, a saltar de uma disciplina a outra, sempre que tentamos compreender o 
funcionamento do sistema nervoso. Muito interessante não é mesmo? 
Vemos, assim, que a neurociência é interdisciplinar e reúne áreas, linhas e diferentes disciplinas científicas. Estudá-la é sempre 
uma experiência muito rica, pois adentramos em um universo que poderá ser explorado de forma diferente, em busca de 
resultados diferentes. Para nós professores, a neurociência desvenda caminhos para a compreensão de fatores que levam ou 
impedem a criança a aprender, especialmente, quando adentramos no âmbito da neurociência cognitiva . 
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[...] a neurociência cognitiva está entrelaçada nos saberes. É necessário pensar que ela está para além de 
mapear o cérebro, a importância está em desvendar meandros de seu funcionamento, compreendendo 
fluxos e refluxos dos neurotransmissores, acompanhadasde dinâmicas complexas que transformam passos 
de resoluções de problemas, observando, diagnosticando, diferentes segmentos que implicam na aquisição 
de conhecimentos (LÉO, 2010, p. 9). 
Complementando, de acordo com Thompson (2005), os neurocientistas cognitivos estudam o comportamento e a atividade do 
cérebro e como ambos se relacionam. Neste campo de estudo, o método das imagens cerebrais tem sido muito utilizado por 
permitir visualizar as operações do cérebro, como as pessoas veem, percebem, prestam atenção, pensam, imaginam e aprendem. 
Desse modo, podemos inferir que, ao conhecer sobre “como se aprende”, podemos criar elementos e ferramentas sobre “qual a 
melhor maneira de ensinar”, em nosso cotidiano de sala de aula. 
O desenvolvimento atual das Neurociências é verdadeiramente fascinante e gera grandes esperanças de 
que, em breve, tenhamos novos tratamentos para uma grande gama de distúrbios do sistema nervoso, que 
debilitam e incapacitam milhões de pessoas todos os anos (BEAR; CONNORS, 2008, p. 21). 
Nesta perspectiva, é importante que o professor tenha em mente que as dificuldades de aprendizagem do aluno acarretarão em 
problemas de funções diversas, sendo necessário, assim, entender como o cérebro deste indivíduo recebe e processa as 
informações que lhe são transmitidas. 
Mesmo que não seja o nosso objeto de estudo, vale comentar, ainda, sobre as pesquisas que vêm sendo realizadas em campos 
como Educação Especial, distúrbios de aprendizagem e inclusão. Vemos, assim, nas neurociências, um novo caminho para que o 
professor possa ensinar, utilizando-se de recursos pedagógicos que estimulem o aluno e considerando as suas individualidades 
para aprender. 
BREVE HISTÓRIA DA NEUROCIÊNCIA COGNITIVA 
Do que trata o campo da neurociência cognitiva? De onde surgiu? Para onde está indo? Você encontrará 
uma breve história das pessoas e das ideias que levaram ao novo campo da neurociência cognitiva, aquele 
que tem suas raízes na neurologia, na neurociência e na ciência cognitiva. 
O termo neurociência cognitiva foi criado dentro de um táxi da cidade de Nova York, no final dos anos de 
1970, porque naquele momento uma nova missão se fazia realmente necessária. Os neurocientistas 
estavam descobrindo como o córtex cerebral era organizado e como ele funcionava em resposta a estímulos 
simples. 
Fonte: Gazzaniga, Ivry e Mangun (2006, p. 37). 
Conforme nos traz Relvas (2016), quando a neurociência dialoga com a Educação, ela promove ao professor caminhos para tornar- 
se mediador no processo de ensino-aprendizagem. Neste processo, torna-se fundamental que o professor promova em seu 
cotidiano os estímulos corretos e no momento certo, para que o aluno possa integrar, associar e entender, ou seja, aprender de 
forma significativa e prazerosa no processo escolar. 
O CÉREBRO E A APRENDIZAGEM 
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Neste momento, vamos conhecer aspectos básicos do sistema nervoso, em particular sobre o cérebro e a sua relação com a 
aprendizagem. Uma das formas de encará-lo, diz Lent (2010), é como um objeto desconhecido, capaz de produzir comportamentos 
e consciência, vistos como propriedades emergentes do sistema nervoso. Vamos, então, conhecer tais aspectos básicos e 
compreendê-los dentro do nosso âmbito educacional, ou seja, pensando a sua relação com a aprendizagem escolar. 
O sistema nervoso 
O sistema nervoso pode ser dividido em: sistema nervoso central (SNC), sistema nervoso periférico (SNP) e sistema nervoso 
autônomo (SNA). Podemos dizer que no SNC estão as partes situadas dentro do crânio e da coluna vertebral, encéfalo e medula 
espinhal. No SNP, estão raízes, plexos e nervos distribuídos por todo o organismo. O SNP coloca o SNC em contato com os órgãos 
efetores, principalmente músculos voluntários, e também trazem informações periféricas como sensibilidades e sentidos (LENT, 
2010; MAIA; THOMPSON, 2011). 
No sistema nervoso central (SNC),está a maior parte das células nervosas, seus prolongamentos e os contatos que estabelecem 
entre si. Já, no sistema nervoso periférico (SNP), ficam relativamente poucas células, mas um grande número de prolongamentos 
denominados "fibras nervosas", que estão agrupadas em filetes alongados denominados "nervos" (LENT, 2010). O sistema nervoso 
autônomo (SNA) é composto por estruturas centrais e periféricas relacionadas apenas ao controle involuntário das funções 
orgânicas (MAIA; THOMPSON, 2011). Para auxiliar na compreensão acerca do SNC, veja a seguinte representação: 
Figura 1 - Representação do Sistema Nervoso 
Fonte: adaptada de Maia e Thompson (2011). 
A medula espinhal é composta por 31 segmentos funcionais de onde emergem todos os nervos 
responsáveis pelo controle motor ou pela recepção das diversas sensações periféricas. É uma grande via de 
passagem, sem função independente, mas responsável por sediar importantes vias reflexas (é o que nos faz, 
por exemplo, levantar o pé quando se pisa em um espinho ou retirar a mão de um objeto quente) e 
autônomas. 
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Fonte: Maia e Thompson (2011, p. 20). 
Figura 2 - Sistemas nervoso central e periférico 
Fonte: adaptada de Maia e Thompson (2011). 
Faz-se importante ressaltar, caro(a) aluno(a), que o sistema nervoso, por meio de seu conjunto de órgãos, é altamente responsável 
pela vida mental e de relação do indivíduo, como também pelo funcionamento de outros órgãos do nosso corpo. Então, conhecer 
essas especificidades permite a nós professores compreendermos a origem de muitos comportamentos de nossos alunos, como 
também as dificuldades ou facilidades de aprendizagem. 
Figura 3 - Estrutura do cérebro humano. 
Fonte: extraído de http://www.megatimes.com.br/2015/05/cerebro-estrutura-encefalica-do-ser.html 
É claro que em tão pouco tempo não conseguimos — e nem é o objetivo aqui — esgotar as possiblidades de estudos e 
interpretações e muitos menos tratar de toda a complexidade em que se assenta o sistema nervoso e os estudos sobre o cérebro 
humano. O intuito está em trazer subsídios para criar as bases de entendimento do comportamento e aprendizagem. 
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O córtex cerebral é o que faz os seres humanos serem como são. Dentro do grande córtex humano situa-se 
uma parte expressiva do segredo da consciência humana, nossas capacidades sensoriais e sensibilidades 
extraordinárias do mundo externo, nossas habilidades motoras, aptidões para o raciocínio e a imaginação e, 
acima de tudo, nossas capacidades únicas de linguagem. 
Fonte: Thompson (2005, p. 19) 
Continuando as nossas conjecturas, Maia e Thompson (2011) salientam que as principais funções do sistema nervoso são: 
• Funções cognitivas, como: pensamento e emoção. 
• Motricidade e equilíbrio. 
• Sensibilidades, como: tato, dor, temperatura, pressão, vibração. 
• Sentidos, como: visão, audição, gustação e olfato. 
• Controle do meio interno, como: respiração, circulação, liberação hormonal. 
Os autores, ainda, destacam que o cérebro, enquanto a estrutura mais desenvolvida e complexa dentro do SNC, é o que tem 
atribuições mais complexas dentre as funções que foram citadas, incluindo: 
[...] projeção sensorial e cognição, planejamento e iniciação de movimentos voluntários, processos mentais 
complexos (pensamento, raciocínio), compreensão e expressão da linguagem, memória e aprendizagem, 
experiências emocionais e motivacionais (MAIA; THOMPSON, 2011, p. 21). 
Percebe, caro(a) aluno(a), a importância de o professor, o pedagogo, o psicopedagogo aprender e se apropriar do conhecimento a 
respeito do sistema nervoso central, em especial, sobre o cérebro?Ao tomarmos esses aspectos como pano de fundo do 
comportamento e aprendizagem de nossos alunos, apoderamo-nos de um conhecimento direcionador das práticas pedagógicas e 
em como elas se constroem no cotidiano escolar. 
Ao estudar e compreender sobre o funcionamento do cérebro, o professor, o pedagogo, o psicopedagogo, 
podem melhor utilizar os recursos disponíveis, assim como implementar novos recursos para que estimulem 
a aprendizagem e alcancem resultados satisfatórios com os seus alunos. 
Notamos, então, que inúmeros são os vínculos que se estabelecem entre tecidos, cognição, afetividade, sensibilidade e 
motricidade. Mas quem é o responsável pelo estabelecimento destes vínculos? O neurônio. Segundo Thompson (2005, p. 2), “o 
neurônio é a unidade funcional do cérebro”. A sua finalidade está em transmitir informações para outros neurônios, células 
musculares ou células glandulares. 
A principal diferença entre um neurônio e outras células está na membrana: ela se especializou para 
transmitir informações. Os corpos celulares dos neurônios possuem fibras que se estendem externamente. 
Uma destas fibras, o axônio, conduz informações do corpo celular do neurônio para outras células. As 
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terminações do axônio são muito especializadas e chamadas de sinapses: elas liberam transmissores 
químicos sobre as outras células (THOMPSON, 2005, p. 32). 
Segundo Lent (2010), a sinapse é a unidade processadora de sinais do sistema nervoso, sendo compreendida como uma estrutura 
microscópica de contanto entre um neurônio e outra célula. É através da sinapse que acontece e se dá a transmissão de mensagens 
entre as duas, podendo, ao serem transmitidas, serem modificadas no processo de passagem de uma célula à outra, caracterizando 
a grande flexibilidade funcional do sistema nervoso. 
O neurônio é capaz de produzir e conduzir impulsos elétricos, levando e tratando a informação de modo que se crie a denominada 
rede neural. Para Maia e Thompson (2011), o aprendizado ocorre quando a rede neural atinge uma solução generalizada para uma 
classe de problemas. Sobre as sinapses, os autores reforçam que essas são dotadas de plasticidade, um conceito visto como a 
capacidade de regeneração ou recuperação funcional das células nervosas, que atualmente se amplia também ao processo de 
aprendizagem. 
Figura 4 - Estrutura do neurônio 
Fonte: extraído de http://nah220kw.blogspot.com.br/2011/07/entenda-o-que-acontece-no-seu--cerebro.html 
Sobre o conceito de plasticidade cerebral aplicado à Educação, Léo (2010) nos diz que se relaciona à disposição de o sistema 
nervoso acordar diante do ambiente durante todo o desenvolvimento humano, restaurando e restituindo funções que foram 
desorganizadas por condições patológicas. A abordagem experimental é a mais comum da plasticidade cerebral, mas também pode 
ser vista na probabilidade concreta da existência e expressão funcional do sistema nervoso, na motricidade, percepção e 
linguagem, por exemplo (LÉO, 2010, p. 10). 
A atividade nervosa é fundamental para o animal viver em equilíbrio com o meio externo. Para melhor se 
adaptar ao meio ambiente, lança mão de três propriedades: irritabilidade, condutibilidade e contratilidade. 
Basta haver ação e reação para que se configure uma atividade nervosa. 
Fonte: Maia e Thompson (2011, p. 21). 
Compreendendo essas características do sistema nervoso, podemos inferir que novos comportamentos e aprendizagem 
dependem do cérebro e resultam dos processos que ocorrem no cérebro de cada pessoa. Por exemplo, ao ler este material, você 
está se apropriando de um conhecimento e, consequentemente, o seu cérebro está gerando uma aprendizagem. 
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Quando partimos para o âmbito da aprendizagem podemos dizer que as estratégias e práticas pedagógicas utilizadas pelos 
professores em sala de aula, assim como as práticas e vivências no cotidiano familiar e social, são estímulos e provocarão (ou não) 
uma reorganização no sistema nervoso da criança, do aluno, do educando, levando-o à aprendizagem, como também a mudanças 
comportamentais. 
FUNÇÕES COGNITIVAS E 
APRENDIZADO ESCOLAR: PERCEPÇÃO 
E MEMÓRIA 
Neste momento, caro(a) aluno(a), vamos nos aprofundar um pouco mais a respeito do aprendizado escolar. As nossas discussões se 
guiarão por meio das etapas cognitivas do processo de aprendizagem que são: a percepção, a memória, as funções executivas e as 
funções expressivas. 
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Construção do processo de aprendizagem 
Quais fatores cognitivos influenciam na aprendizagem da criança? Como acontece o processo de aprendizagem? O que impede o 
processamento de informações e a aprendizagem significativa? Estas são questões que podem nos inquietar continuamente, em 
nosso dia a dia de sala de aula. Por esse motivo, vamos compreender de que forma se constrói o processo de aprendizagem, 
amparado nas funções cognitivas do aprendente. 
Na concepção de Maia (2011), o aprendizado escolar se constitui em um processo que requer prontidões neurobiológicas, 
cognitivas, emocionais e pedagógicas, como também os estímulos apropriados. Dessa forma, a criança aprende não somente no 
ambiente escolar, mas imersa no meio social, que abarca a família e a escola. Este meio social também vai determinar a natureza e a 
qualidade do aprendizado. 
Denominamos funções cognitivas o conjunto de funções cerebrais básicas que permitem a recepção e o processamento de 
estímulos e as respostas aos mesmos. Ao mesmo tempo, representam o que muitas vezes chamamos de pensamento, que 
possibilita o raciocínio e a emoção, atributos que encontram a sua “máxima” expressão na espécie humana (MAIA, 2011). 
As funções cognitivas são a “[...] expressão do funcionamento do córtex cerebral em estreita relação com diversas estruturas 
encefálicas subcorticais e aferências sensoriais” (MAIA, 2011, p. 31). Pensando na construção do processo de aprendizagem, 
vamos refletir: o que acontece na mente de uma criança quando lhe propomos uma atividade? Para Maia (2011), a partir da 
proposta inicial, um grande processo se inicia, no qual a criança realiza 4 (quatro) grandes etapas cognitivas: 
1. Percepção: quando ela recebe a informação e lhe dá significado. 
2. Memória: quando a informação é registrada, pelo menos de forma temporária. 
3. Funções executivas: quando ela processa a informação, correlacionando-a com materiais já armazenados em sua memória. 
4. Funções expressiva: quando a criança dá sua resposta utilizando de alguma forma de comunicação. 
A seguir, vamos caracterizar cada uma dessa funções cognitivas. 
A percepção 
Segundo Lent (2010), a percepção se inicia quando uma forma qualquer de energia incide sobre as interfaces situadas entre o 
corpo e o ambiente. Os receptores sensoriais são denominados de sentidos: visão, olfato, audição, sensibilidade corporal e 
gustação. Neste processo, o nosso SNC recebe essas informações provenientes do meio externo, dando-lhe um significado. 
Diz-se, ainda, que existem receptores específicos — áreas especializadas — para analisar cada uma das modalidades perceptivas, 
que se setorizam em características específicas do todo a ser analisado. Por exemplo, áreas específicas para análise de cor, 
movimento e tridimensionalidade se encontram na área cortical-visual, assim como existem o processamento de sons musicais e 
sons pertencentes a linguagem humana, processados por áreas auditivas específicas (MAIA, 2011). 
O autor, ainda, destaca que, no caso da aprendizagem, as percepções são multimodais — áreas de integração ou terciárias —, algo 
especificamente verdadeiro para a leitura e a escrita, em que há constante correlação das formasgráficas identificadas com os 
sons correspondentes que representam. 
[...] a análise das formas gráficas “p”, “q”, “d”, “b”, todas são primariamente um semicírculo acoplado a uma 
haste, pode ser entendida como as letras “pê”, “quê”, “dê” e “bê”, uma vez que se analise a disposição espacial 
diferenciada desse semicírculo/haste e se correlacione tal representação gráfica com o som 
correspondente das letras representadas [...] como tais habilidades vão sendo desenvolvidas com a 
maturação pela idade do SNC e pela experiência e exposição repetida aos estímulos, podemos compreender 
como as dificuldades no reconhecimento de tais regras são próprias da aquisição de leitura e escrita, mas 
que podem representar disfunções em nível perceptivo-visual e fonológico, à medida que permanecem após 
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uma etapa esperada de desenvolvimento (MAIA, 2011, p. 34). 
A sensação e a percepção são o ponto de partida para a pesquisa moderna dos processos mentais. Os cinco 
órgãos dos sentidos são canais de captação dessas novas informações, mas eles apresentam algumas 
limitações. Por exemplo, nem todas as frequências sonoras são percebidas pelo nosso sistema auditivo, isto 
é, nem todos os sons que percebemos, são interpretados pelo nosso encéfalo. Além disso, nossas 
percepções diferem qualitativamente das propriedades físicas dos estímulos, visto que o sistema nervoso 
extrai somente determinadas partes da informação de cada estímulo, enquanto ignora outras, e assim 
interpreta esta informação no contexto das estruturas encefálicas e das experiências prévias. Para saber 
mais acesse: http://www.sbneurociencia.com.br/drrobertomuller/artigo1.htm 
Fonte: Sociedade Brasileira de Neurociência (2017). 
A memória 
O que é a memória? Compreendida em nossas discussões como a segunda etapa do processo de aprendizagem, a memória 
corresponde a capacidade do aprendente reter as informações que recebeu do ambiente externo e, também, de acessar 
informações previamente armazenadas. 
Brandão (2001) nos retrata que aprendizagem e memória estão imbricadas em um processo contínuo de estágios. O primeiro 
estágio corresponde a memória de curto prazo , memória de trabalho, uma memória sensorial ou imediata que ocorre em uma 
fração de segundo, como guardar um número de telefone, por exemplo. Essa memória tem duração pequena — alguns segundos, 
minutos ou horas — mas por meio da repetição mental do conteúdo da informação pode se converter em memória de longo prazo, , 
passa a integrar o sistema duradouro de armazenamento. 
A memória de trabalho, segundo Maia (2011), é uma modalidade mnêmica, temporalmente pequena, mas responsável pelo 
processamento das informações recebidas pelo meio, em tempo real, como também das informações resgatadas da memória 
permanente para a execução do raciocínio. Este “exercício” é facilmente percebido em crianças em fase de alfabetização, por 
exemplo. “Anatomicamente, a memória de trabalho corresponde a um espaço virtual onde múltiplas conexões e integrações são 
orquestradas sob a ‘batuta’ do lobo frontal, em especial o córtex pré-frontal” (MAIA, 2011, p. 35). 
Uma disfunção cognitiva que classicamente compromete a memória de trabalho é o TDAH, explicando as 
grandes dificuldades de organização, planejamento e retenção de informações em pessoas com este 
distúrbio. Há uma grande demanda de memória de trabalho em tarefa de raciocínio lógico-dedutivo, 
especialmente na Matemática. Na dislexia, por sua vez, a memória de trabalho especificamente fonológica 
está deficiente (MAIA, 2011, p. 35). 
A memória de longo prazo, segundo Brandão (2001), subdivide-se em secundária e terciária. Os eventos que estão armazenados 
na memória secundária, uma vez localizados pela busca, são trazidos a consciência. Quando em uma conversa, por exemplo, 
tentamos nos lembrar de um filme que assistimos e está relacionado ao assunto tratado, invocamos a memória secundária. 
A aprendizagem pode ser vista como um conjunto de comportamentos que viabilizam os processos 
neurobiológicos e neuropsicológicos da memória. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.sbneurociencia.com.br%2Fdrrobertomuller%2Fartigo1.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE3s6iRLnw8ea8eNwR4SWaghsCXUA
Fonte: Lent (2010, p. 650). 
Na memória secundária, a “leitura periódica” das informações que ali estão armazenadas permite que as informações sejam 
alteradas, como também novas informações relacionadas à aprendizagem inicial sejam acrescidas ao sistema. Continuando com o 
exemplo do filme citado anteriormente, ao trazermos para a discussão que estamos estabelecendo, acabamos por acrescentar 
novos aspectos, novas formas de enxergá-lo, ou seja, a memória foi modificada. 
Brandão (2001) e Maia (2011) chamam este processo de consolidação , aquilo que é armazenado na memória de longo prazo. E 
como isso acontece? O hipocampo tria e determina quais informações, dentre as milhares que são processadas pela memória de 
trabalho, serão permanentemente regidas em nosso córtex cerebral. 
O hipocampo faz parte do sistema límbico, que é região que regula emoções, estando associado 
principalmente à memória. 
O indivíduo não tem autonomia nessa tarefa ou influência consciente sobre o hipocampo para selecionar o que guardar na 
memória de longo prazo ou, então, esquecer. 
Contudo algumas características do elemento a ser memorizado apontadas por Maia (2011) merecem ser citadas: 
• O maior número de vezes que ele é apresentado ao indivíduo. 
• O maior número de modalidades cognitivas que a informação é apresentada (visuais, auditivas e táteis). 
• A associação do elemento com aprendizados anteriores. 
• A associação a estímulos afetivos, que podem ser prazerosos ou dolorosos. 
No processo de aprendizagem, essas características levam o hipocampo a reconhecer a informação como importante aumentando 
a chance de convertê-la em memória de longo prazo. 
A memória permanente é o acúmulo de informações desde os nossos primeiros momentos de vida [...] se 
não regularmente utilizadas, ou se ficam ‘soltas’ fora de um conjunto significativo de aprendizados, podem 
imergir na inconsciência e dar o ar de sua graça raramente. Tanto a memória quanto a atenção vão ficando 
maiores (em termos de duração, quantidade e complexidade), quanto mais amadurecido o sistema nervoso 
central e mais estimuladas forem (MAIA, 2011, p. 36). 
Na memória terciária, Brandão (2001) nos salienta, que são armazenadas informações relacionadas ao funcionamento da vida 
cotidiana, constituindo-se em traços de memórias correspondentes à fala, escrita, atividade motora e outras atividades que se 
mostram essenciais. 
A princípio, não existe uma necessidade educacional especial que afete primariamente a capacidade de 
memorizar (consolidar) de forma genérica da criança ou adolescente, salvo situações adquiridas que lesem 
a região hipocampal (tumores, traumatismo ou doenças degenerativas). Os transtornos de aprendizado são 
caracterizados por dificuldades mnemônicas específicas decorrentes de disfunção geneticamente 
determinadas em áreas cerebrais específicas. Dessa forma, os disléxicos têm dificuldades de memorização 
fnêmica/fonológica (embora sem alterações em outras áreas de processamento linguístico), os portadores 
de disgrafia na memória grafêmica e grafofonêmica e os com discalculia na memória para números (MAIA, 
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2011, p. 36). 
O CÉREBRO E AS FUNÇÕES COGNITIVAS – “LOBO” CEREBRAL 
O lobo frontal controla a motricidade, planeja os atos, modula a memória imediata, controla a atenção e 
organização psicomotora, o afeto, o raciocínio e a personalidade, e ainda é o responsável pela articulação da 
fala. O lobo parietal registra e interpreta as sensações, imagem docorpo, é responsável pelo 
reconhecimento tátil de objetos e formas, direcionalidade, leitura — em interface com o logo temporal — , 
elaboração grafomotora e processamento espacial. O lobo temporal percebe e interpreta o paladar e o 
olfato, os estímulos auditivos verbais e não verbais, os eventos relacionados à memória e às emoções mais 
primitivas — saciedade, impulso sexual, impulsos de proteção como fuga ou luta. O lobo occipital percebe e 
interpreta as sensações visuais. 
Fonte: Maia (2011). 
FUNÇÕES COGNITIVAS E 
APRENDIZADO ESCOLAR: FUNÇÕES 
EXECUTIVAS E EXPRESSIVAS 
Continuando as nossas discussões acerca das funções cognitivas e aprendizado escolar, falaremos agora das funções executivas e 
das funções expressivas. 
Funções executivas 
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Entendemos por funções executivas o conjunto de habilidades que permitem o desempenho de ações voluntárias orientadas para 
metas, que podem ser intelectuais ou emocionais. São aquelas habilidades que permitem ao aluno iniciar e desenvolver uma 
atividade com objetivo final determinado (COSTA; MAIA, 2011). 
São as funções executivas, caro(a) aluno(a), que nos levam a executar uma série de tarefas simples em nossa rotina, como também 
tarefas complexas que exijam soluções mais aprofundadas. Quando, em sala de aula, propomos atividades aos nossos alunos, 
estamos estimulando as suas funções executivas, pois estamos estimulando o seu cérebro e o funcionamento de diversas 
atividades mentais que otimizem o seu desempenho. 
Para Costa e Maia (2011, p. 55), “as funções executivas são, portanto, determinantes da capacidade de aprendizagem”. As autoras 
ainda reforçam que o bom desenvolvimento das funções executivas dependem não somente do amadurecimento cerebral, mas 
também da assimilação de maneira progressiva das estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas pelo professor. 
Segundo Morton (2013, p. 4), as funções executivas podem ser divididas em três grandes categorias de competências : autocontrole, 
memória de trabalho e flexibilidade cognitiva. O autocontrole corresponde a capacidade de o indivíduo resistir a uma tentação, a 
algo que gostaria de fazer, para poder fazer aquilo que é certo. Essa é uma capacidade que ajuda as crianças a prestar atenção, agir 
menos impulsivamente e manter a concentração numa tarefa, por exemplo. Ligada às funções executivas, a memória de trabalho 
busca manter as informações na mente para que elas possam ser manipuladas. Esta é uma habilidade necessária à realização de 
tarefas cognitivas, como a de estabelecer uma relação entre dois assuntos, fazer cálculos mentais e/ou estabelecer uma ordem de 
prioridade entre várias tarefas. A flexibilidade cognitiva se volta à capacidade de o indivíduo usar o pensamento criativo e realizar 
ajustes flexíveis que possibilitem a adaptação às mudanças. Uma habilidade que auxilia as crianças a utilizarem imaginação e 
criatividade para resolver problemas. 
O desenvolvimento do potencial máximo das funções executivas é um processo que exige tempo e isso se 
explica, em parte, pela lentidão do amadurecimento do córtex pré-frontal. As alterações nas funções 
executivas são aparentes quando as crianças se tornam capazes de manter em mente os objetivos 
importantes (por exemplo, terminar o dever de casa ao invés de assistir à televisão). Observam-se melhorias 
nas funções executivas também quando as crianças desenvolvem a capacidade de analisar seu ambiente 
para decidir qual o plano de ação apropriado (por exemplo, estudar hoje à noite é essencial para a obtenção 
de uma boa nota no exame do dia seguinte) (MORTON, 2013, p. 4). 
Percebe, caro(a) aluno(a,) como as funções executivas também refletem um processo de amadurecimento do indivíduo. Este 
amadurecimento também acontece por meio da aprendizagem. Outrossim, Costa e Maia (2011) nos revelam que é bem possível 
que crianças com inteligência normal e com problemas com a função executiva tenham baixo rendimento acadêmico, como no caso 
de crianças com TDAH. 
Uma das marcas do TDAH é as disfunções executivas. Muitos especialistas, inclusive, consideram ser esta a 
principal origem desse transtorno. 
Funções expressivas 
As funções expressivas são aquelas que se voltam a alguma forma de comunicação. Podemos dizer que a linguagem oral e a 
linguagem escrita são as principais e/ou mais utilizadas pelos indivíduos. 
No cérebro, todo o córtex e as estruturas subcorticais trabalham para permitir a linguagem. Neste processo, os sentimentos, 
desejos e palavras são transformados, sendo que as partes — aspectos verbais, mediados pelo hemisfério dominante — e o todo, 
que são os aspectos não verbais, mediados pelo hemisfério não dominante, são igualmente importantes para que haja coerência no 
ato comunicativo (MAIA, 2011). Mas qual a “rota” da linguagem na cabeça dos pequenos? Vamos entender como este 
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processamento acontece. 
Salienta Maia (2011) que quando tratamos da fala — linguagem oral — tudo começa com as emoções e pensamentos que o 
emissor deseja verbalizar. Esses sentimentos são carregados de significados que deverão ser traduzidos em palavras apropriadas. 
Somente, aqui, temos dois processos: o de conceitualização e lexicalização. A palavra, então, é “montada” a partir de seus 
constituintes fonológicos e “traduzida” em movimentos articulatórios e emissões de ar pelas estruturas fonoarticulatórias — fase 
chamada de articulação — com a finalidade de serem emitidas palavras em ordem, emotividade e propriedade sociocultural, ou 
seja, sintaxe, prosódia e pragmatismo, sucessivamente. 
No caso da leitura e escrita, após o reconhecimento da palavra escrita, os demais processos serão semelhantes ao processamento 
da percepção da linguagem falada, ou seja, o significado isolado e contextualizado das palavras, a análise sintática, a apreensão do 
pragmatismo e a prosódia (MAIA, 2011). 
O cérebro processa a linguagem oral e seu correlato escrito de forma modular, ou seja, apresenta redes 
específicas para o processamento de níveis hierarquizados, pertinentes a aspectos constitutivos dos sons 
(nível fonêmico), palavras (nível lexical — léxico fonêmico em relação à palavra falada e léxico ortográfico 
em relação à palavra escrita) e significados (nível semântico), bem como para o encadeamento das palavras 
de forma coerente e inteligível (sintaxe), acrescido de aspectos não verbais, como a intencionalidade do ato 
comunicativo (pragmatismo) e os contornos afetivos de que ela se reveste (prosódia) (MAIA, 2011, p. 37). 
Complementando o entendimento deste processo, Lent (2010, p. 683) nos aponta que: 
As modalidades da linguagem envolvem sistemas pareados de expressão e compreensão. Assim, quando a 
expressão é oral ou vocal (modalidade que chamamos de fala), a compreensão ocorre principalmente pelo 
sistema auditivo; quando a expressão é gestual, a compreensão é realizada pelo sistema visual. Da mesma 
forma, quando a expressão é escrita, é o sistema visual que possibilita a leitura. E quando a escrita é Braile, é 
o sistema somestésico que assume a tarefa. 
Observamos, assim, que o processo realizado pelo cérebro para que a função expressiva se cumpra, aconteça, é uma atividade 
complexa e intrínseca. Precisamos enquanto professores compreender este processo esquemático para que assim possamos 
estimular adequadamente os nossos alunos. Imagine todo esse processo ao trabalharmos a leitura e escrita, por exemplo? Sem 
sombra de dúvidas, muitas das dificuldades de aprendizagem podem ser mapeadas ao compreendermos as funções cognitivas. 
Vale ressaltar ainda, conforme Maia (2011), que dificuldades de atenção e execução podem atrapalhar esse processo, por exemplo, 
indivíduos com TDAH podem ler todo um texto, sem problemáticas de articulação e fluência, mas é comum ao final quando 
perguntadossobre o que entenderam, de nada lembrarem. 
São muitos outros desdobramentos que envolvem as funções cognitivas, caro(a) aluno(a). O nosso material não esgota as 
discussões sobre o assunto, assim, recomendo que você continue as suas pesquisas, explore o tema. Existem materiais fantásticos 
para pesquisa sobre o assunto ao explorarmos o campo da neurociência. Por exemplo, o uso de técnicas de imagem funcional para 
as áreas cerebrais a fim de compreender as regiões impactadas ao ouvir, ler, falar ou imaginar palavras, como outras tantas 
pesquisas. 
Não pare por aqui suas pesquisas sobre este assunto! Aprofunde os seus conhecimentos! 
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ATIVIDADES 
1. Vimos em nossos estudos que uma das vertentes dos estudos em Neurociência se volta a suscitar o entendimento da 
aprendizagem e do funcionamento do cérebro, nas mais variadas formas de construção do conhecimento, trazendo à tona 
elementos que favorecem ou dificultam a aprendizagem. Sobre a neurociência, assinale V para verdadeiro e F para falso nas 
sentenças a seguir e, depois, marque a alternativa correta. 
( ) A neurociência pode ser compreendida como um termo “guarda-chuva” por englobar todas as áreas da ciência. 
( ) A neurociência no traz os estudos e discussões acerca dos processos que permitem ações, comportamentos. 
( ) A tarefa das neurociências está em explicar o comportamento no que tange ao funcionamento cerebral, focando unicamente na 
função celular. 
( ) Há modos diferentes de classificar as neurociências de acordo com os níveis de abordagem a que se propõe a investigação que 
se deseja realizar. 
( ) Na neurociência cognitiva, estão concentrados os estudos que se valem das questões de aprendizagem, ensino, didática e o 
universo de sala de aula. 
a) V, V, F, V, F. 
b) F, F, V, V, V. 
c) V, V, V, V, V. 
d) F, V, V, F, V. 
e) V, V, F, V, V. 
2. Sabemos que o sistema nervoso pode ser dividido em: sistema nervoso central (SNC), sistema nervoso periférico (SNP) e 
sistema nervoso autônomo (SNA). Analise as afirmações, a seguir, acerca do sistema nervoso e, depois, assinale a alternativa 
correta. 
I - No sistema nervoso central (SNC), estão os músculos voluntários e as informações periféricas, como sensibilidades e sentidos. 
II - No SNC, estão as partes situadas dentro do crânio e da coluna vertebral, encéfalo e medula espinhal. 
III - O sistema nervoso periférico (SNP) coloca o SNC em contato com os órgãos efetores. 
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IV - No sistema nervoso central (SNC), está a maior parte das células nervosas, seus prolongamentos e os contatos que 
estabelecem entre si. 
V - O sistema nervoso autônomo (SNA) é composto por estruturas centrais e periféricas relacionadas apenas ao controle 
involuntário das funções orgânicas. 
Está correto SOMENTE o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I, II e III. 
d) I, III, IV e V. 
e) II, III IV e V. 
3. As funções cognitivas são as funções cerebrais básicas que permitem a recepção e o processamento de estímulos e as respostas 
aos mesmos. Analise as afirmações a seguir: "[...] o significado dado a informação quando ela é recebida pelo cérebro"; "[...] registro 
da informação, mesmo que de forma temporária". Os trechos apresentados correspondem, respectivamente, a quais funções 
cognitivas? Assinale a alternativa correta. 
a) Linguagem e expressão. 
b) Executivas e expressivas. 
c) Percepção e memória. 
d) Armazenamento e inteligência. 
e) Leitura e aprendizagem. 
4. Considerando o que foi estudado sobre as funções executivas e expressivas, relacione as sentenças apresentadas à função 
cognitiva a que pertence, sendo (1) para função executiva e (2) para função cognitiva. Depois, assinale a alternativa que apresenta 
a sequência correta. 
( ) Conjunto de habilidades que permitem o desempenho de ações voluntárias orientadas para metas. 
( ) Permitem ao aluno iniciar e desenvolver uma atividade com objetivo final determinado. 
( ) São funções que se voltam a alguma forma de comunicação. 
( ) Uma de suas funções é o autocontrole, que corresponde a capacidade de o indivíduo resistir a uma tentação, a algo que gostaria 
de fazer, para poder fazer aquilo que é certo. 
( ) Envolvem sistemas pareados de expressão e compreensão, podendo se materializar em formas de linguagem como a oral e a 
escrita. 
a) 2,2,1,1,2. 
b) 1,1,1,1,2. 
c) 1,2,2,2,1. 
d) 1,1, 2,1,2. 
e) 1,2,1,1,2. 
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RESUMO 
Neste encontro, pudemos conhecer aspectos voltados à neurociência e ao desenvolvimento da aprendizagem. Tivemos a 
oportunidade de estudar elementos da neurociência, em sua vertente relacionada ao comportamento humano. 
Também pudemos conhecer os aspectos básicos da estrutura do sistema nervoso central que se relacionam com a aprendizagem, 
tais como as funções cognitivas, que podem ser subdivididas em pensamento e emoção, motricidade e equilíbrio, sensibilidades, 
sentidos e controle do meio interno, como respiração, circulação, liberação hormonal. 
Fizemos discussões que trouxeram à tona estes elementos, sempre, voltando-nos à aprendizagem do indivíduo. Assim, 
aprendemos sobre as principais funções cognitivas e a sua relação com o cérebro, conjecturando sobre a integração entre prática 
pedagógica e neurologia da aprendizagem. 
Assim, voltamo-nos a tratar sobre a importância de o professor, o pedagogo e o psicopedagogo aprenderem e se apropriarem do 
conhecimento a respeito do sistema nervoso central, em especial sobre o cérebro. 
Pudemos ainda constatar que o aprendizado escolar se constitui em um processo que requer prontidões neurobiológicas, 
cognitivas, emocionais e pedagógicas, como também os estímulos apropriados. E que as funções cognitivas permitem a recepção e 
o processamento de estímulos e as respostas, possibilitando o raciocínio e a emoção. 
Falando em funções cognitivas, pudemos estudá-las como um grande processo que se realiza em quatro etapas: percepção, 
memória, funções executivas e funções expressivas. 
Espero que este material tenha lhe ajudado, caro(a) aluno(a), a tecer reflexões sobre os elementos da neurociência que se voltam 
ao processo de aprendizagem e, principalmente, a refletir sobre práticas pedagógicas que podem ser desenvolvidas e aplicadas ao 
cotidiano escolar, propiciando o desenvolvimento adequado de nossos alunos. 
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Material Complementar 
Na Web 
KANDEL - EM BUSCA DA MEMÓRIA 
Mostra-nos com profundidade as realizações ao longo da vida e as 
reflexões de um homem, que acabou por ser muito maior do que a soma 
de todas as suas partes, por isso considerado um dos pesquisadores da 
memória mais importante do século XXI. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
BEAR, Mark F.; CONNORS, Barry W. Neurociências : Desvendando o Sistema Nervoso. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
BRANDÃO, M. L. As bases biológicas do comportamento : introdução à neurociência. São Paulo: Editora Pedagógica e 
Universitária, 2004. 
BRANDÃO, M. L. Psicofisiologia : as bases fisiológicas do comportamento. São Paulo: Atheneu, 2001. 
COSTA, C. R. C. M; MAIA, H. Funções executivas. In.: MAIA, H. (org.). Neurociências e desenvolvimento cognitivo . Rio de Janeiro: 
Wak Editora, 2011. Volume 2. 
GAZZANIGA, Michael S.; IVRY, Richard, MANGUN, George R. ; tradução de Angelica Rosat Consiglio. Neurociência cognitiva : a 
biologia da mente. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.p. 20-37. 
KANDEL, Eric R.; SCHWARTZ, James H.; JESSELL,Thomas M. Princípios da neurociência . 4.ed. Barueri - SP: Manole, 2003.p. 5-17 
LENT, Roberto. Fundamentos da Neurociência. In LENT, Roberto. Cem bilhões de neurônios : conceitos fundamentais de 
neurociência São Paulo: Atheneu, 2010. 
LÉO, M. F. G. Neurociência e Educação. Monografia . Universidade Candido Mendes. Niterói: Projeto A vez do Mestre, 2010. 
MAIA, H.; THOMPSON, R. Cérebro e aprendizagem. In.: MAIA, H. (org.). Neurociências e desenvolvimento cognitivo . Rio de 
Janeiro: Wak Editora, 2011. Volume 2. 
MAIA, H. Funções cognitivas e aprendizado escolar. In.: MAIA, H. (org.). Neurociências e desenvolvimento cognitivo . Rio de 
Janeiro: Wak Editora, 2011. Volume 2. 
THOMPSON, R. O cérebro : uma introdução à Neurociência. São Paulo: Santos Editora, 2005. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
MORTON, J. B. Funções Executivas . Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância. CEECD/SKC-ECD. 2013. 
Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/funcoes-executivas/tema-completo . Acesso em 24/03/2017. 
RELVAS, M. P. Estudos da Neurociência aplicada à aprendizagem . 2016. Disponível em: http://www.martarelvas.com.br/rj/rio-de- 
janeiro/tijuca/marta-relvas-palestrante/neurociencia-na-aprendizagem . Acesso em 24/03/2017. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.enciclopedia-crianca.com%2Ffuncoes-executivas%2Ftema-completo&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEBZ78xJfBPk3BCnh_VoiD0FwwVtw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.martarelvas.com.br%2Frj%2Frio-de-janeiro%2Ftijuca%2Fmarta-relvas-palestrante%2Fneurociencia-na-aprendizagem&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNF5xlmwQHivwEWVBcb0i7hMUZCKuw
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APROFUNDANDO 
Abordaremos, aqui, as funções executivas e o universo de sala de aula. Em material publicado na Enciclopédia sobre o 
Desenvolvimento na Primeira Infância, Clancy Blair, PhD em NYU Steinhard, EUA, trata sobre as funções executiva na sala de aula. 
Este é um rico material que merece ser visitado e explorado, pois pode auxiliar muito o professor que trabalha com a Educação 
Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental, principalmente. Também podem se valer deste material pedagogos, 
psicopedagogos e demais profissionais e pesquisadores da Educação e processos de aprendizagem. 
Segundo Blair (2013), em um nível mais refinado, as funções executivas, tal como têm sido estudadas nas publicações sobre o 
desenvolvimento cognitivo, têm sido vinculadas às habilidades específicas de processamento de informações inter-relacionadas 
que permitem a resolução de informações conflitantes, como: 
As funções executivas despertam um interesse cada vez maior para os pesquisadores do desenvolvimento infantil como um 
indicador geral da saúde e do bem-estar da criança e, específico, de autorregulação. 
O grau de capacidade que as crianças mais jovens demonstram para poder resolver adequadamente informações conflitantes e 
inibir respostas automáticas quando necessário é visto como um indicador da capacidade de reflexão e da habilidade para 
direcionar o comportamento, utilizando um raciocínio voltado para o futuro. Essas habilidades devem, por sua vez, levar a um 
comportamento bem regulado e aumentar a adaptação a uma variedade de contextos (BLAIR, 2013). 
A autora ainda destaca que existem várias questões relevantes para o estudo das funções executivas em crianças. A evidência 
indica que as funções executivas são importantes para a prontidão no trabalho escolar e que elas representam um aspecto central 
de autorregulação na criança, existem questões fundamentais relacionadas à identificação das influências relevantes no 
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desenvolvimento das funções executivas e em sua maleabilidade. 
Quanto aos resultados, estudos recentes proporcionam perspectivas valiosas sobre o desenvolvimento das funções executivas na 
primeira infância. Várias medidas de avaliação apropriadas para uso longitudinal com crianças a partir dos 30 meses de idade 
foram desenvolvidas e estão sendo validadas. Entre elas, encontram-se uma versão da tarefa Dimensional Change Card Sort (DCCS), 
apropriada para uso longitudinal, e uma avaliação conhecida como Shape School . De forma semelhante, desenvolveu-se uma 
bateria de tarefas inovadoras com diferentes tarefas designadas para medir a memória de trabalho, o controle inibitório e a 
flexibilidade de atenção (BLAIR, 2013). 
Vários estudos, utilizando diversos tipos de medidas, demonstraram associações de nível moderado a alto entre a capacidade de 
função executiva e o desempenho escolar nos primeiros graus do Ensino Fundamental. Mais importante ainda, essas associações 
foram observadas no controle de inteligência geral ou na verificação de indicadores do desempenho nos primeiros anos de vida, ou 
em ambos os casos. 
Na verdade, as avaliações das funções executivas atenuaram substancialmente ou levaram inteiramente em conta a variação dos 
resultados associados às avaliações da inteligência geral e da habilidade escolar nos primeiros anos de vida (BLAIR, 2013). 
A demonstração das relações entre as experiências nos primeiros anos de vida e as funções executivas bem como entre as funções 
executivas e os resultados socioemocionais e escolares deu origem a estudos de intervenção, analisando as funções executivas 
como um alvo potencial dos esforços para promover a competência socioemocional e escolar em crianças com um risco elevado de 
insucesso escolar. As constatações desses estudos são, geralmente, positivas, sugerindo ou indicando que as mudanças 
relacionadas ao programa em funções executivas servem até certo ponto de mediadores para os efeitos do programa em 
resultados escolares e comportamentais (BLAIR, 2013). 
Em geral, as publicações específicas sobre o construto indicam que as funções executivas podem ser medidas de forma confiável e 
válida na primeira infância e que as avaliações da habilidade das funções executivas estão significativamente relacionadas a 
múltiplos aspectos do desenvolvimento infantil, incluindo os resultados socioemocionais e escolares (BLAIR, 2013). 
Dessa forma, os estudos realizados tendem a confirmar que o desenvolvimento das funções executivas é um indicador central das 
capacidades de prontidão para o trabalho escolar. Além disso, os estudos sugerem que os déficits das funçõesexecutivas iniciais 
podem ser indicadores sensíveis de risco de dificuldades de aprendizado e, talvez, do risco de desenvolvimento precoce de 
psicopatologia (BLAIR, 2013). 
Pense e se aprofunde sobre o assunto, caro(a) aluno(a). Pude trazer, neste momento, apenas alguns recortes a respeito das funções 
executivas. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
Referências 
BLAIR, C. As Funções Executivas na Sala de Aula. 2013. Disponível em: http://www.enciclopedia- 
crianca.com/sites/default/files/textes-experts/pt-pt/2474/as-funcoes-executivas-na-sala-de-aula.pdf . Acesso em: 31 maio 2017. 
Avançar 
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EDITORIAL 
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C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; SILVA, 
Patrícia Rodrigues da; 
Neurodidática . 
Patrícia Rodrigues da Silva; 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
40 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Neurodidática. 2. Neurociência. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 370 
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REFLEXÕES TEÓRICAS 
SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO 
DA CRIANÇA 
Professora: 
Me. Patrícia Rodrigues da Silva 
Objetivos de aprendizagem 
• Estudar o processo de desenvolvimento da criança. 
• Compreender a influência do ambiente no processo de desenvolvimento e aprendizagem. 
• Conhecer as concepções principais de Vygotsky e Piaget voltadas ao desenvolvimento e à aprendizagem. 
• Conhecer as concepções principais de Piaget voltadas ao desenvolvimento e à aprendizagem. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Conceitos básicos sobre aprendizagem e desenvolvimento humano 
• O ambiente e as habilidades sociais 
• A abordagem histórico-cultural de Lev Vygotsky 
• Piaget, o desenvolvimento humano e a aprendizagem 
Introdução 
Olá, aluno(a), seja bem-vindo(a)! 
Neste momento do nosso estudo, vamos conhecer algumas reflexões teóricas a respeito do desenvolvimento da criança. 
Trabalharemos conteúdos, pautando-nos em referenciais de autores que se voltam a esclarecer como acontecem os processos de 
desenvolvimento e aprendizagem de nossos pequenos. 
Começaremos refletindo sobre os conceitos básicos em torno do ato de educar. O intuito neste início de conteúdo é que possamos 
fazer uma reflexão sobre os desdobramentos da educação e formação da criança para além dos muros escolares. Assim sendo, são 
elementos vivos deste processo pais, familiares, professores e todos os outros indivíduos que convivem e, consequentemente, 
influenciam na formação da criança. 
Trabalharemos de forma que a criança seja percebida como protagonista do processo de ensino aprendizagem, considerando para 
isso as suas individualidades, fases de desenvolvimento e contexto em que vive. 
Também falaremos sobre o processo de maturação da criança e do desenvolvimento de habilidades sociais na infância, 
entendendo que a criança transita por um território de contínua transformação, e que só aumenta na medida em que ela ingressa 
em novos grupos sociais, com novos desafios de socialização e relações. 
Como a nossa linha de estudos está amparada na vertente da neurociência cognitiva, ao falarmos das teorias de desenvolvimento 
e aprendizagem, minha opção foi em tratarmos de aspectos-chave das abordagens Lev Vygotsky e Jean Piaget, por entender que a 
ênfase de suas teorias está no cognitivismo e no conhecimento construído. 
Esclareço, caro(a) aluno(a), que existem outras correntes teóricas sobre aprendizagem e desenvolvimento humano que aqui não 
serão tratadas, mas que você poderá pesquisar para enriquecer ainda mais o seu rol de conhecimento. 
Não devemos deixar que a nossa busca pelo conhecimento se esgote nessas páginas de nosso material. 
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Boa leitura, boas reflexões! 
Avançar 
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE 
APRENDIZAGEM E 
DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: “Veja!” e, ao falar, aponta. O aluno olha na 
direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente… E ficando 
mais rico interiormente ele pode sentir mais alegria – que é a razão pela qual vivemos. 
Já li muitos livros sobre Psicologia da Educação, Sociologia da Educação, Filosofia da Educação […]. Mas, por 
mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à Educação do Olhar. Ou à 
importância do olhar na Educação, em qualquer um deles. 
A primeira tarefa da Educação é ensinar a ver… É através dos olhos que as crianças tomam contato com a 
beleza e o fascínio do mundo […]. Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente. 
A Educação se divide em duas partes: Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades. Sem a 
Educação das Sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido. Os conhecimentos nos dão meios 
para viver. A sabedoria nos dá razões para viver. 
Quero ensinar às crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, 
para os gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal. 
Para as crianças tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o voo dos urubus, os 
pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não veem. 
Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos — mas esqueci. E 
nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore […] ou para o curioso das 
simetrias das folhas. Parece que naquele tempo as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os 
alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam. 
As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os 
olhos. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem… O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser 
aprendido. Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentrohttps://sites.google.com/fabrico.com.br/nd2/p�gina-inicial/unidade-2
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da gente. São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. 
No entanto, elas sabem o essencial da vida. Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se 
torna como criança, jamais será sábio (ALVES, 2015, p. 1). 
E assim começamos as nossas discussões acerca da aprendizagem e do desenvolvimento humano. O poeta e professor Rubem 
Alves nos traz em suas palavras a grande riqueza que existe no papel de educar um ser humano. Por meio de uma reflexão e 
avaliação profunda de seu texto, vemo-nos imersos em um processo no qual somos os responsáveis em mudar a vida de um ser 
humano. 
É isso que acontece quando falamos da aprendizagem, quando falamos do ensinar. Ensinamos enquanto pais, tios, tias, irmãos, 
irmãs, professores, avós, enquanto seres humanos que convivem em sociedade. Mas quando tratamos dos seres incríveis que são 
as crianças, a nossa responsabilidade aumenta ainda mais, pois nos vemos envoltos por um processo de descobertas, como disse 
Rubem Alves “[...] mostrar a vida a quem ainda não viu”. 
E assim, caro(a) aluno(a), iniciaremos a tratativa sobre algumas concepções da aprendizagem e desenvolvimento humano. 
Vamos lá! 
Aprendizagem e desenvolvimento humano 
Para estudar os processos de aprendizagem e desenvolvimento humano dentro de nosso material, vamos nos amparar nas 
contribuições da vertente de Análise de Comportamento. Compreenderemos alguns dos aspectos mais importantes deste cenário 
de descobertas no qual se encontra a criança nos primeiros anos de vida. 
Podemos tratar a aprendizagem como um novo comportamento manifestado no indivíduo, que foi estimulado por uma 
experiência, treino, orientação etc., que o levará à construção de novos significados, de novas estruturas cognitivas, à resolução de 
problemas e tantos outros comportamentos. 
O professor José Carlos Libâneo (2013, p. 81) nos traz que “qualquer atividade humana praticada no ambiente em que vivemos 
pode levar a uma aprendizagem”. Assim sendo, aprendemos desde o momento em que nascemos e ao longo de toda a nossa vida. 
Como o nosso foco aqui é a criança, vamos pensar um pouco mais em seu processo de descobertas e, consequentemente, 
aprendizagem. 
A atenção e o contato físico com o bebê nos primeiros momentos de vida, seguido das demonstrações e 
interações realizadas durante a infância, tais como o conversar, cantar e sorrir. O modo como os pais e 
conviventes com a criança se comportam nas mais diversas situações, são modelos de comportamento que 
repercutem diretamente no desenvolvimento da competência social dos indivíduos. 
Fonte: Bee (1997). 
Uma criança pequena aprende de várias formas, ela aprende ao distinguir barulhos, aprende manipulando brinquedos, aprende 
ouvindo as pessoas a sua volta, aprende com adultos, aprende com outras crianças. Um fator determinante, neste processo, é que 
tenhamos em mente enquanto formadores dessa criança, que somos estimuladores do processo de aprendizagem. E quando falo 
“somos”, chamo a atenção para a conscientização que precisa existir para os pais, familiares e todos os outros que convivem com a 
criança em seu meio familiar e social. 
Para pensar o contexto da aprendizagem dentro e fora da escola, vamos nos atentar as duas formas apresentadas por Libâneo 
(2013): 
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• Aprendizagem causal : é espontânea, surge naturalmente da interação entre as pessoas e com o ambiente em que vivem, em que 
estão inseridas. Aqui, podemos pensar nos impactos da convivência social, da observação de objetos, acontecimentos e 
comportamentos, do contato com meios de comunicação, leituras, conversas, pois todos esses elementos contribuem para a 
aquisição de conhecimento e formação de atitudes e convicções. 
• Aprendizagem organizada : se orienta por uma finalidade específica, como aprender determinados conhecimentos, habilidades, 
normas etc. Essa aprendizagem pode ocorrer em vários lugares, mas é na escola que ela acontece em maior proporção, por ser 
neste espaço que se organizam as condições específicas para transmissão de conhecimentos e habilidades, uma tarefa específica 
do ensino. 
Sobre os níveis de aprendizagem, o professor Libâneo (2013) nos aponta que esquematicamente existem dois níveis de 
aprendizagem humana: o reflexo e o cognitivo. O nível reflexo está relacionado às sensações do indivíduo pelas quais são 
desenvolvidos processos de observação e percepção das coisas e noções motoras físicas no ambiente. São aprendizagens 
responsáveis pela formação de hábitos sensorimotores e que predominam na fase inicial de desenvolvimento da criança. São 
exemplos: agarrar objetos, distinguir cores, formas e sons, andar, dentre outros. Vale enfatizar que muitos desses hábitos 
acontecem de forma automática e inconsciente, caracterizando-se como um nível de aprendizagem contínua que ocorre ao longo 
de toda a vida. 
O nível cognitivo é descrito por Libâneo (2013, p. 84), como aquele relacionado à “aprendizagem de determinados conhecimentos 
e operações mentais, caracterizada pela apreensão consciente, compreensão e generalização das propriedades e relações 
essenciais da realidade”. Acrescenta-se, ainda, que nesse nível de aprendizagem os indivíduos aprendem tanto com o contato 
direto com as coisas no ambiente como também com as palavras que designam as coisas e os fenômenos do ambiente. Aqui, 
destaca-se a linguagem, como instrumento que gera condição para a aprendizagem. 
Vemos, assim, que a Educação é um processo de busca de saber que acontece ao longo de toda a vida do indivíduo. 
Se a Educação é um processo contínuo de busca de um saber ampliado e aprofundado, de um viver inteiro, é preciso que os 
indivíduos estejam inteiros nesta busca. Ao lado da razão, a imaginação, os sentimentos, os sentidos são instrumentos de atuação 
na realidade e criação de saberes e valores. O bom ensino será, então, estimulador do desenvolvimento desses 
instrumentos/capacidades (RIOS, 2006, p. 61). 
Vemos, assim, que a Educação está imbricada em um processo no qual professores e alunos atuam juntos em um processo de 
transformação e descobertas. Em uma perspectiva das teorias do desenvolvimento, Valle e Garnica (2009) nos apontam que a 
questão da socialização e da importância de interações e relações sociais é enfatizada enquanto fator promotor de saúde mental e 
de desenvolvimento. 
Estudo do comportamento controlado por estímulos Textuais 
Conhecer como estímulos textuais influenciam o comportamento subsequente do leitor é de grande 
interesse de maneira geral, uma vez que uma das práticas bem-estabelecidas em nossa cultura é a utilização 
de texto como forma de interferir e modificar o comportamento do leitor. São exemplos dessas práticas a 
utilização: (a) de histórias infantis com a finalidade de estabelecer em crianças comportamentos ético e 
moral importantes para a cultura; (b) de códigos que regem condutas e regulam relações, como o Estatuto 
da Criança e do Adolescente ou o Código Nacional de Trânsito; (c) de livros didáticos no ensino 
sistematizado; ou mesmo de (d) panfletos informativos em campanhas de saúde, por exemplo. 
Fonte: Almeida, Battaglini e Verdu (2009). 
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O AMBIENTE E AS HABILIDADES 
SOCIAIS 
Sabemos que o processo de desenvolvimento da criança é um processo contínuo que se intensifica na medida em que ela se insere 
nos grupos sociais. Agora, falaremos um pouco mais sobre o processo de maturação da criança e do desenvolvimento de 
habilidades sociais na infância. 
Influências do ambiente no processo de maturação e o 
desenvolvimento dehabilidades sociais 
Para Hartup e Rubin (1986), o desenvolvimento infantil depende de relacionamentos do tipo vertical e do tipo horizontal. Os 
relacionamentos do tipo vertical envolverão o apego com pessoas de maior poder, enquanto os do tipo horizontal, experiências 
com indivíduos da mesma idade e igual “poder social”. Dentro dessa perspectiva dos autores, vemos que relacionamentos do tipo 
vertical asseguram a sobrevivência, segurança e proteção, e os relacionamentos do tipo horizontal criam oportunidade de 
cooperação, competição e intimidade. 
Em um ambiente educacional como a sala de aula, nessa perspectiva do desenvolvimento infantil, observamos os dois tipos de 
relacionamentos: com o professor (vertical) e com os colegas de sala (horizontal). É neste ínterim que o professor se torna 
elemento fundamental do desenvolvimento da criança, utilizando práticas e recursos didático-pedagógicos direcionados ao 
processo de aprendizagem. Paralelamente, os pais e outras pessoas que convivem diretamente com a criança fora da escola, 
também, atuam diretamente neste processo. 
Pensando no processo de desenvolvimento da criança fora “dos muros da escola”, de que forma professores, 
pedagogos e gestores escolares podem contribuir e auxiliar os pais sobre a influência do ambiente no 
processo de desenvolvimento da criança? 
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Como vimos os processos de interação e socialização são fundamentais. Os autores Valle e Garnica (2009) nos dizem que o 
processo de socialização pode ser o definidor das etapas formativas do indivíduo. 
Podemos, então, considerar que o sucesso das etapas formativas do indivíduo depende, primordialmente, 
do processo de socialização. Esse processo ocorre inicialmente no contato com os pais, em que a criança 
aprende habilidades motoras, linguísticas e afetivas, necessárias para a orientação em seu ambiente físico e 
social (VALLE, GARNICA, 2009, p. 50). 
Ou seja, observamos que a criança transita por um território de contínua transformação, e que só aumenta na medida em que ela 
ingressa em novos grupos sociais, com novos desafios de socialização e relações. Mesmo, assim, vale destacar, caro(a) aluno(a), que 
este processo é necessário e imprescindível ao desenvolvimento humano. 
[...] as relações sociais com os companheiros da escola passam a ser imprescindíveis ao desenvolvimento 
humano, ao comportamento e à saúde da criança, com possibilidades de interação completamente novas e, 
com isso, a desejável ampliação das habilidades sociais (VALLE; GARNICA, 2009, p. 50). 
Complemento dizendo que as relações familiares também influenciam neste processo. Assim, podemos dizer que os indivíduos se 
desenvolvem e consequentemente aprendem influenciados fortemente por dois fatores: intrapessoais e situacionais. 
Os intrapessoais são aqueles fatores internos e individuais, por exemplo: idade mental, maturidade emocional, fatores genéticos, 
histórias de vida, inteligência, personalidade, temperamento etc. Já os fatores situacionais são aqueles do contexto social e 
familiar. No contexto escolar, por exemplo, a interação com os pares e o professor, promove a socialização. 
Esses aspectos são muito importantes, caro(a) aluno, pois possibilitam a capacidade da criança, do indivíduo de estabelecer 
vínculos, de pertencimento, e a construir a sua identidade. Assim, os reflexos no processo de aprendizagem e desenvolvimento são 
claros. 
Os problemas de comportamento seriam considerados como excessos ou déficits comportamentais que 
dificultariam o acesso da criança a novas contingências relevantes de aprendizagem, promotoras do 
desenvolvimento. 
Fonte: Valle e Garnica (2009, p. 50). 
Quando pensamos em instrumentos de avaliação de habilidades sociais em crianças, Valle e Garnica (2009) salientam que a 
maioria desses instrumentos precisam ser planejados para aplicação junto a pais e professores, visto que esses são os informantes 
mais qualificados para este processo. Mesmo sendo ainda raros os instrumentos de autoavaliação nesta etapa do 
desenvolvimento, esses podem ser utilizados como uma oportunidade de compreender a percepção que a criança tem de si, 
amadurecendo por exemplo, a importância que deve ser dada a qualidade das relações estabelecidas com os demais. 
Um exemplo de cenário de avaliação e estímulo das habilidades sociais pode acontecer tanto dentro como fora da escola. 
Familiares podem observar a criança enquanto ela brinca e interage com outras crianças ou até mesmo com os seus próprios 
brinquedos. O tratamento dados a bonecas e bonecos, por exemplo, o diálogo estabelecido, os comportamentos manifestados. A 
atenção neste momento é fundamental para que sejam realizadas intervenções pontuais e orientadas que contribuam para o 
processo de formação desse indivíduo. 
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Na escola, professores se voltam a desenvolver práticas pedagógicas que além de permitir a avaliação das habilidades sociais já 
existentes nos alunos, podem estimulá-las. Os jogos e as brincadeiras, por exemplo, são uma forma de trabalhar as habilidades 
sociais. Um exemplo de atividade pode ser a de percepção do outro. O professor propõe que os pequenos se olhem e por meio 
deste contato visual tenham a consciência de si e do outro e para isso pode ir propondo desafios, como: qual a cor do cabelo, qual a 
cor dos olhos, o que há de similar comigo? O que há de diferente? etc. Podem ser exploradas ainda a emoção: o coleguinha está 
triste ou feliz? Como você está? Triste ou feliz? etc. 
Ainda, brincadeiras como “Cirandinha e Cabo de Guerra” estimulam o trabalho em equipe e o instinto de cooperação, habilidades 
sociais muito requeridas ao ser humano adulto. Desde que as atividades sejam previamente planejadas e estruturadas, caro(a) 
aluno(a), o professor pode utilizar a sua criatividade e implementar uma série de atividades que se voltem a estimular as 
habilidades sociais. 
Brincar proporciona o desenvolvimento da identidade e da autonomia, a socialização, o contato com regras 
sociais, possibilidades de escolhas, resolução de situações problemas e o desenvolvimento da imaginação 
através das brincadeiras de faz-de-conta, do jogo simbólico, representativo ou imaginário. Por isso, o 
brincar de faz-de-conta na Educação Infantil é importante, pois por consequência dessas brincadeiras 
originam-se todas as outras formas de brincar (BARBOZA; VOLPINI, 2015, p. 2). 
Complementando essa percepção, podemos dizer que as brincadeiras são métodos vivenciais que, de maneira estruturada, 
proporcionam a análise e intervenção sobre o desempenho social da criança, podendo o mediador desse processo — professor, 
familiares etc. — direcionar e orientar o indivíduo em seu desenvolvimento e aprendizagem. 
Reforçam Valle e Garnica (2009) que as brincadeiras são metodologias vivenciais que viabilizam, em um contexto terapêutico e 
educativo, que a criança desempenhe comportamento sociais relevantes para a intervenção do facilitador, por meio de 
procedimentos cognitivos comportamentais de instrução, modelagem, feedback , reforçamento, por exemplo. 
Vemos, assim, que se trata de um contexto de interação, de intervenção no qual o conceito de convivência emerge na medida em 
que a convivência em grupo se estrutura no cotidiano da criança. Em casa ou na escola. O ambiente torna-se força propulsora de 
seu desenvolvimento e influencia diretamente na forma como a sua identidade e personalidade vai sendo construída. 
Quando falamos em desenvolvimento afetivo, social e físico de crianças de pouca idade, vale destacar que 
estes gerarão impacto direto no desenvolvimento dessas crianças e influenciarão na pessoa adulta que 
essas se tornarão. Assim sendo, é importante investir nos pequenos para assim otimizar o seu futuro. 
Pesquisas em neurologia, por exemplo, mostram-nos que sendoa primeira infância um período intenso para 
o desenvolvimento cerebral, é importante que as experiências realizadas com as crianças nessa fase tenham 
especial atenção, pois influenciarão em seu desenvolvimento, cognitivo, físico, emocional e social 
Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/importancia-do-de-senvolvimento-infantil . Acesso 
em: 01/04/2017. 
Fonte: adaptado de Enciclopédia da Criança. 
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A ABORDAGEM HISTÓRICO- 
CULTURAL DE LEV VYGOTSKY 
Neste momento, vamos tratar de alguns pontos essenciais do processo de desenvolvimento na perspectiva de Lev Vygotsky. 
Teoria Histórico Cultural - Vygotsky 
Lev Vygotsky desenvolveu por meio de seu trabalho e de seus colaboradores a abordagem histórico cultural. Essa abordagem 
entende que o desenvolvimento psíquico do ser humano se constitui por meio de suas relações sociais. Assim sendo, enfatiza-se, 
nessa linha teórica, o papel dominante que detém a experiência social na aprendizagem e desenvolvimento de comportamentos 
nos indivíduos. 
Para Vygotsky (1998), o desenvolvimento se caracteriza e ocorre por intermédio de transformações qualitativas complexas e 
determinadas por condições sociais nas quais a atividade humana acontece. Assim, o indivíduo não é um elemento passivo à ação 
do ambiente, mas interage sobre ele, transforma-o e dá origem a condições únicas, de caráter essencialmente histórico e cultural. 
A função psicológica, então, aparece em dois níveis ao longo do processo de desenvolvimento da criança: primeiro como categoria 
interpsicológica, entre pessoas; depois, como categoria intrapsicológica, dentro da criança. 
É um processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores etc. a partir de seu 
contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um processo que se diferencia dos fatores 
inatos (a capacidade de digestão, por exemplo, que já nasce com o indivíduo) e dos processos de maturação 
do organismo, independentes da informação do ambiente. Em Vygotsky, justamente por sua ênfase nos 
processos sócio-históricos, a ideia de aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no 
processo. O termo que ele utiliza em russo ( obuchenie ) significa algo como “processo de ensino 
aprendizagem”, incluindo sempre aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre essas pessoas 
(OLIVEIRA, 2010, p. 57). 
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Assim sendo, na perspectiva vygotskyana o ambiente é que atua sobre o indivíduo e influencia em seu processo de aprendizagem, 
ou seja, quando a criança está em contato e interação com o adulto, compartilha com ele os modos de fazer, pensar e expressar, 
atribuindo-lhes significados construídos no decorrer da história e transmitido de geração em geração. Algo muito comum no 
desenvolvimento de comportamentos no ambiente familiar, por exemplo. 
Nesse contexto, Vygotsky destaca a importância da linguagem, por possibilitar a interação do indivíduo com o ambiente e, assim, o 
desenvolvimento de seus processos mentais superiores. Ou seja, ele desenvolve a sua capacidade, realizando “movimentos” de 
reflexão entre passado, presente e futuro (VYGOTSKY, 1998), e com isso também se desenvolve e evolui socialmente. 
Podemos dizer então, caro(a) aluno(a), que a perspectiva histórico-cultural demonstra um enfoque para as relações 
interindividuais no desenvolvimento e aprendizagem do indivíduo. Neste ínterim, Vygotsky (1998) salienta a necessidade de 
distinguir dois níveis de desenvolvimento: o nível real e o nível potencial. 
1. Nível de desenvolvimento real : aquele já plenamente atingido pela criança, identificado ao verificarmos o seu desempenho em 
tarefas realizadas sem a ajuda de outra pessoa, independentemente da imitação. Quando a criança aprende a andar ou ir ao 
banheiro sozinha, por exemplo. 
2. Nível de desenvolvimento potencial : aquilo que a criança é capaz de fazer com o auxílio de outra pessoa mais desenvolvida, que 
possa orientá-la por meio de exemplos e demonstrações. Quando estimulamos uma criança a se levantar e andar, demonstrando a 
ela como se faz, por exemplo. 
Vygotsky (1998) ainda nos traz a zona de desenvolvimento proximal , caracterizada como a distância entre os níveis de 
desenvolvimento real e potencial. Assim, é importante que nós professores estejamos atentos e utilizemos instrumentos e práticas 
adequados para contribuir com o desenvolvimento da criança. Por exemplo, duas crianças com o mesmo nível de desenvolvimento 
real podem ter níveis de desenvolvimento potencial bem diferentes, sendo necessário, assim, estímulos diferentes ao seu 
desenvolvimento. Os jogos e brincadeiras são atividades muito ricas e que auxiliam neste processo. 
Conhecimento e aprendizagem caminham juntos e em uma inter-relação contínua, de forma que um 
impulsiona o outro. 
Tanto em casa como na escola, os jogos e as brincadeiras podem provocar conhecimentos novos e desenvolver habilidades 
essenciais à criança e ao seu processo de desenvolvimento. 
O brinquedo cria na criança uma zona de desenvolvimento proximal, que é por ele definida como a distância 
entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de 
problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a 
orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes (VYGOTSKY, 1998, p. 112). 
Quando uma criança brinca, ela começa a aprender. É neste momento que se iniciam os processos de imaginação ativa, de 
percepção de si e do outro e, consequentemente, da apropriação das funções sociais e normas de comportamento, principalmente 
pela possiblidade de interação entre os pares em uma situação imaginária, mas de perspectiva concreta. Tanto no ambiente 
familiar quanto na escola, observar a criança, enquanto ela brinca, nos traz muitas respostas quanto ao seu nível de 
desenvolvimento e processo de aprendizagem. 
Sob o enfoque histórico-cultural de Vygotsky, grande ênfase é dada as relações interindividuais justamente por ter como ideia 
central de que o desenvolvimento e a aprendizagem acontecem por influência do meio em que a criança se insere. Nessa 
abordagem, Rego (2002) nos traz que o sujeito (em nossas discussões, a criança) é um ser ativo em sua relação com o mundo, 
sendo influenciado e influenciando-o continuamente. 
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PIAGET, O DESENVOLVIMENTO 
HUMANO E A APRENDIZAGEM 
Neste momento, caro(a) aluno(a), vamos conhecer alguns dos aspectos sobre o desenvolvimento humano, agora nos pautando nos 
estudos de Jean Piaget e as suas preocupações sobre como se constrói a estrutura cognitiva do indivíduo. 
O processo de desenvolvimento e aprendizagem na perspectiva de 
Jean Piaget 
O desenvolvimento humano é rico e diversificado, não existindo, neste processo, momentos de ruptura radical. Mesmo sendo essa 
uma concepção válida, Piaget organizou o desenvolvimento humano em fases, cada qual com as suas características. A 
preocupação de Piaget estava no estudo do desenvolvimento cognitivo, ou seja, em como os indivíduos conhecem o mundo 
exterior e com ele se relacionam. 
Como um indivíduo passa de um estado de menor conhecimento para um estado de maior conhecimento? 
Segundo Piletti (2004), o desenvolvimento humano, na perspectiva de Piaget, dá-se em um processo de equilibração constante, 
por meio da construção de variáveis que visam à adaptação do indivíduo ao mundo exterior, pela assimilação e acomodação. Este 
processo acontece em 4 (quatro) períodos de desenvolvimento mental, que serão apresentadosno quadro a seguir. 
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Quadro 1 - Fases do desenvolvimento humano na concepção de Piaget 
Fonte: Piletti (2004, p. 210). 
Conhecidas as fases de desenvolvimento, vamos entender a aprendizagem na concepção de Piaget. Podemos dizer que a teoria da 
equilibração se constitui na espinha dorsal do pensamento de Piaget. Segundo Fontana e Cruz (1997), na concepção de Piaget, o 
processo de desenvolvimento humano está ligado e depende de fatores como maturação, experiência adquirida do indivíduo em 
contato com o meio e o processo de autorregulação, então nomeado de equilibração. 
A equilibração, na perspectiva de Piaget, traduz-se na adaptação do indivíduo em relação ao meio. Esse equilíbrio aconteceria na 
medida em que ocorre um processo de assimilação do objeto pelo sujeito, levando-o à adaptação. A assimilação corresponde a um 
processo cognitivo, 
[...] uma integração às estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos 
modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem 
serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação (PIAGET, 1996, p. 13). 
Para compreendermos melhor, caro(a) aluno(a), vamos a um exemplo. Suponha que uma criança está aprendendo a reconhecer 
animais, e até o momento o único animal que ela conhece é o cachorro — está organizado esquematicamente em sua mente. 
Vamos apresentar a esta criança um outro animal, um elefante — tem estrutura semelhante — e, essa criança buscando as 
similaridades pelos esquemas acumulados até o momento, ao ser questionada a criança nos diz: “ É um cachorro ” . 
Quando intervimos no processo e lhe dizemos que se trata de um elefante e não de um cachorro, o estímulo dado por nós adultos 
fará com que a criança acomode o estímulo em uma nova estrutura e crie um novo esquema, criando o novo conceito de elefante. 
A criança entra então na operação cognitiva de acomodação, que segundo Piaget (1996, p. 18) corresponde a “[...] toda 
modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) aos quais se aplicam”. 
Para Piaget (1996), a teoria da equilibração trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, vista, então, como 
um mecanismo de autorregulação necessário para assegurar uma interação eficiente da criança com o meio em que vive. Piaget 
ainda nos traz que dois postulados guiam a teoria da equilibração: 
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Todo esquema de assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar elementos que lhe são exteriores e 
compatíveis com a sua natureza. Todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos que 
assimila, isto é, a se modificar em função de suas particularidades, mas, sem com isso, perder sua 
continuidade (portanto, seu fechamento enquanto ciclo de processos interdependentes), nem seus poderes 
anteriores de assimilação (PIAGET, 1975, p. 14). 
Complementando as nossas concepções, Piletti (2004) salienta que pela assimilação a criança incorpora o mundo exterior, as 
pessoas, as coisas, as estruturas. E, pela acomodação, a criança reajusta as suas estruturas ou cria novas, de acordo com as 
exigências do mundo exterior. A criança se adapta à nova situação. 
O construtivismo sustenta que a criança para adquirir conhecimento passa por estágios, um processo de 
construção pessoal no qual o professor tem o papel de mediador. Piaget considerou quatro fatores em sua 
teoria construtivista: biológico, de experiências, de interações sociais e de equilibração das ações. 
Disponível em: http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/artigos/o-cons-trutivismo-e-jean-piaget . 
Acesso em 01/04/2017. 
Fonte: adaptado de BARBOSA, P. M. R. O construtivismo e Jean Piaget . 2015. 
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ATIVIDADES 
1. Podemos tratar a aprendizagem como um novo comportamento manifestado no indivíduo, que foi estimulado por uma 
experiência, treino, orientação etc., que o levará à construção de novos significados, de novas estruturas cognitivas, à resolução de 
problemas e tantos outros comportamentos. Assim sendo, que tipo de atividade leva o indivíduo a aprender? Assinale a alternativa 
correta. 
a) As atividades lúdicas, somente. 
b) Unicamente as cantigas de roda quando utilizadas pelo professor. 
c) Qualquer atividade humana praticada no ambiente. 
d) Os treinos para execução de atividade são a única forma de aprender. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
2. Ao tratar sobre o ambiente e as habilidades sociais, vimos que o processo de desenvolvimento da criança é um processo 
contínuo que se intensifica na medida em que ela se insere nos grupos sociais. Desta forma, considerando as influências do 
ambiente no processo de maturação e desenvolvimento da criança, analise as afirmações a seguir: 
I - O desenvolvimento infantil depende de relacionamentos do tipo vertical e do tipo horizontal. 
II - Os relacionamentos do tipo vertical envolverão o apego com pessoas de maior poder. 
III - Os relacionamentos do tipo horizontal criam oportunidade de cooperação, competição e intimidade. 
IV - Em um ambiente de sala de aula, o relacionamento vertical é observado na relação com o professor, por sua figura de 
autoridade. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, somente. 
b) II, somente. 
c) II e III, somente. 
d) III e IV, somente. 
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e) I, II, III e IV. 
3. A Teoria Histórico-Cultural tem como seu principal representante L. S.Vygotsky. Esse teórico enfatiza que o desenvolvimento 
psíquico do ser humano se constitui por meio de suas relações sociais. Em relação à perspectiva teórica apresentada e suas 
contribuições para o processo de aprendizagem, leia as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I - O desenvolvimento se caracteriza e ocorre por intermédio de transformações qualitativas complexas e determinadas por 
condições sociais nas quais a atividade humana acontece. 
II - O indivíduo é concebido como um elemento passivo à ação do ambiente. 
III - Para Vygotsky quando a criança está em contato e interação com o adulto, compartilha com ele os modos de fazer, pensar e 
expressar, atribuindo-lhes significados. 
IV - Vygotsky destaca a importância da linguagem, por possibilitar a interação do indivíduo com o ambiente e, assim, o 
desenvolvimento de seus processos mentais superiores. 
a) Somente, as afirmativas I e II estão corretas. 
b) Somente, as afirmativas II e III estão corretas. 
c) Somente, as afirmativas I, II e III estão corretas. 
d) Somente, as afirmativas I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
4. A teoria de Piaget apresenta como principal pressuposto filosófico que a aprendizagem se dá por construção, e o 
desenvolvimento humano se organiza em fases, cada qual com as suas características. Sobre a teoria descrita, leia as afirmações e 
assinale a alternativa correta. 
I - O desenvolvimento humano, na perspectiva de Piaget, dá-se em um processo de equilibração constante. 
II - A equilibração, tratada por Piaget, ocorre por meio da construção de variáveis que visam a adaptação do indivíduo ao mundo 
exterior, pela assimilação e acomodação. 
III - Pela assimilação, a criança incorpora o mundo exterior, as pessoas, as coisas,as estruturas. 
IV - Pela acomodação, a criança reajusta as suas estruturas ou cria novas, de acordo com as exigências do mundo exterior. 
a) Somente, as afirmativas I e II estão corretas. 
b) Somente, as afirmativas II e III estão corretas. 
c) Somente, as afirmativas I, II e III estão corretas. 
d) Somente, as afirmativas I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste estudo realizado por meio de nossas 4 (quatro) aulas, tivemos a oportunidade conhecer algumas das concepções teóricas 
sobre o desenvolvimento da criança. Podemos dizer que tivemos como elemento direcionador o processo de socialização da 
criança e em como as etapas vivenciadas neste processo repercutem diretamente sobre o seu desenvolvimento. 
Conhecemos características de abordagens teóricas a respeito dos processos de desenvolvimento e aprendizagem, o que 
possibilitou compreender a influência do ambiente nestes processos, levando a criança a construir novos significados, novas 
estruturas cognitivas e, assim, chegar à resolução de problemas e à manifestação de tantos outros comportamentos. 
Trabalhamos também, mesmo que brevemente, com as brincadeiras e como elas podem estimular o trabalho em equipe e o 
instinto de cooperação, habilidades sociais muito requeridas ao ser humano adulto. 
Tratamos ainda sobre aspectos-chave das concepções de Vygotsky e Piaget voltadas ao desenvolvimento e à aprendizagem. As 
teorias destes autores foram enfatizadas por entendermos que a sua ênfase está no cognitivismo e no conhecimento construído, e 
assim se alinharam à proposta de estudo deste material. 
Por meio das reflexões propostas e discussões realizadas, espero que você, caro(a) aluno(a), tenha podido conjecturar sobre o 
processo de construção do indivíduo a partir das concepções teóricas sobre desenvolvimento e aprendizagem. 
A organização deste material é um grande desafio, pois temos diversas outras concepções teóricas que dele poderiam fazer parte. 
Organizar estes recortes de forma que pudessem contribuir com a sua formação foi uma tarefa árdua, mas, mesmo assim, espero 
que tenha contribuído para o seu processo de formação. 
Como disse em um outro momento de nossa conversa, o conhecimento não se esgota nessas páginas. Continue a explorar novas 
perspectivas e novos conhecimentos sobre o assunto. 
Grande abraço! 
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Material Complementar 
Leitura 
Título: Desenvolvimento e Aprendizagem em Piaget e Vigotski 
Autor: Isilda Campaner Palangana 
Editora: Summus (2015) 
Sinopse : esta obra clássica, agora em edição revista, analisa os processos 
de aprendizagem e desenvolvimento humano à luz das teorias de Jean 
Piaget e Lev Semenovich Vigotski. Para tanto, Isilda Campaner Palangana 
examina os fundamentos metodológicos e as raízes epistemológicas dos 
postulados desses dois grandes mestres da psicologia da educação. 
Contribui, assim, para que se compreendam as convergências e 
divergências conceituais entre eles, sobretudo no que diz respeito ao 
papel da interação social na promoção da aprendizagem e do 
desenvolvimento das capacidades e funções psicológicas 
caracteristicamente humanas. 
Na Web 
Teorias de Aprendizagem ( Jean Piaget e Vygotsky ) 
Aprenda com a professora da disciplina Psicologia da Educação da 
UniCarioca, Ana Araujo, sobre dois autores relevantes para a Pedagogia: 
Jean Piaget com a epistemologia genética e Vygotsky com a perspectiva 
histórico-cultural. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=e2iejPfoZFY 
A importância do DESENVOLVIMENTO INFANTIL na aprendizagem 
escolar 
Muitas crianças que apresentam dificuldades escolares já mostravam 
sinais importantes desde quando eram pequenas, veja com o Dr. Clay 
Brites, neuropediatra, quais são estes sinais. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UsQGlzQrt-I 
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REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, C. G. M.; BATTAGLINI, M. P.; VERDU, A. C. M. A. Comportamento verbalmente controlado: algumas questões de 
investigação do controle por estímulos textuais e pela palavra ditada. In.: VALLE, T. G. M. Aprendizagem e desenvolvimento 
humano : avaliações e intervenções. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 
BARBOZA, L.; VOLPINI, M. N. O faz de conta: simbólico, representativo ou imaginário. Cadernos de Educação : Ensino e 
Sociedade, Bebedouro-SP, 2 (1): 1-12, 2015. 
BEE, H. O ciclo vital . Porto Alegre: Artmed, 1997. 
FONTANA, R.; CRUZ, M. N. Psicologia e trabalho pedagógico . São Paulo: Atual, 1997. 
HARTUP, W.; RUBIN, Z. Relationships and development . USA: Lawrence Earl Baum, 1986. 
LIBÂNEO, J. C. Didática . São Paulo: Cortez, 2013. 
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico . São Paulo: editora Scipione, 2010. 
PIAGET, Jean. Biologia e Conhecimento . 2ª Ed. Vozes : Petrópolis, 1996. 
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas . Rio de Janeiro : Zahar, 1975. 
PILETTI, Nelson. Psicologia educacional . 17. ed. São Paulo: Ática, 2004. 
REGO, T. C. 2002. Vygotsky : uma perspectiva Histórico-Cultural da Educação. Rio de Janeiro, Vozes, 2002. 
RIOS, Terezinha Azerêdo. Compreender e ensinar . 6. ed. São Paulo: Cortez, 2006. 
VALLE, T. G. M.; GARNICA, K. R. H. Avaliação e treinamento de habilidades sociais de crianças em idade pré-escolar. In.: In.: VALLE, 
T. G. M. Aprendizagem e desenvolvimento humano : avaliações e intervenções. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 
VIGOTSKI, L. S. O desenvolvimento psicológico na infância . São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
ALVES, R. A arte de educar . (2015). Disponível em: https://psicologiaacessivel.net/2015/07/15/a-arte-de-educar-um-lindo-texto- 
de-rubem-alves/ 
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APROFUNDANDO 
Abordaremos a respeito das diferentes abordagens teóricas dos processos de desenvolvimento e aprendizagem. 
Existem diferentes enfoques teóricos sobre a aprendizagem e o desenvolvimento do indivíduo. É importante ressaltar que cada 
enfoque possui uma conjunto de especificidade e se ampara em correntes teóricas que se sustentam nas concepções e ideias de 
autores que as constituíram. 
Moreira (1999) nos traz um esquema para compreendermos a aprendizageme o ensino sob 3 (três) ênfases: comportamentalismo, 
cognitivismo e humanismo. Para conhecer cada uma delas, selecione os ícones a seguir: 
a) O comportamentalismo tem a sua ênfase em comportamentos observáveis. A ideia-chave está em que o comportamento é 
controlado por suas consequências. Alguns conceitos básicos deste enfoque teórico: estímulo-resposta, condicionamento, reforço, 
objetivo comportamental. 
b) O cognitivismo, que enfatiza a cognição, traz como ideia-chave: o construtivismo e a percepção de que o conhecimento é 
construído. São alguns de seus conceitos básicos: esquema, signo, modelos mentais, construto pessoal e subsunçores. 
c) O humanismo enfatiza a pessoa e traz como ideia-chave: a integração de pensamentos, sentimentos e ações. Alguns dos 
conceitos trabalhamos nesta corrente teórica são: aprender a aprender, ensino centrado no aluno, crescimento pessoal e 
liberdade para aprender. 
A seguir, você poderá ver essas características apresentadas, como também os principais autores de cada corrente teórica em um 
quadro proposto por Moreira (1999). 
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Figura 1 - Enfoques teóricos da aprendizagem e ensino. 
Fonte: Moreira (1999, p. 18). 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
MOREIRA, M. A. Teorias de aprendizagem . São Paulo: EPU, 1999. 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; SILVA, 
Patrícia Rodrigues da; 
Neurodidática . 
Patrícia Rodrigues da Silva; 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
35 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Neurodidática. 2. Neurociência. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 370 
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Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
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NEUROCIÊNCIA, 
EDUCAÇÃO E 
COMPORTAMENTO 
Professora : 
Me. Patrícia Rodrigues da Silva 
Objetivos de aprendizagem 
• Compreender a relação proposta entre neurociência, educação e didática. 
• Conhecer aspectos do comportamento social e as suas influências no desenvolvimento da criança. 
• Conjecturar sobre os processos e manifestações do comportamento, com ênfase para: a atenção, a percepção, a memória e a 
aprendizagem. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Neurociência, educação e didática 
• Aspectos do comportamento social 
• Processos e manifestações do comportamento 
Introdução 
Olá, caro(a) aluno(a), bem-vindo(a)! 
Vamos discutir neste momento do nosso estudo a relação percebida e possibilitada entre a neurociência, a educação e a didática. 
Notaremos que a neurociência, por meio de seus estudos sobre o funcionamento do cérebro, pode oferecer ricas informações que, 
ao serem utilizadas por professores, pedagogos e demais profissionais da Educação, podem levar ao desenvolvimento e 
aprimoramento de estratégias de ensino-aprendizagem que estejam alinhadas às reais necessidades de nossos alunos. 
Veremos que a neurodidática é ainda uma linha de estudos nova, mas o seu surgimento está alinhado com o propósito maior de 
focar a aprendizagem do aluno, constituindo-se em uma possibilidade de pedagogos, psicopedagogos e professores se utilizarem 
das bases neurocientíficas para o planejamento e desenvolvimento de suas aulas. 
Considerando o processo de desenvolvimento da criança, estudaremos os aspectos do comportamento social. Este momento de 
nosso encontro possibilitará a reflexão acerca dos cenários nos quais as crianças estão e são inseridas e, em como muitas 
características manifestadas por elas servem de sinal para a percepção de comportamentos que podem acompanhá-la ao longo de 
toda a sua vida. 
Em uma abordagem diagnóstica, os estudos sobre o comportamento social, podem auxiliar o pedagogo, o professor, o 
psicopedagogo na detecção de síndromes e transtornos de comportamento, como o TDAH, por exemplo. Embora não seja o foco 
do nosso estudo, falaremos, mesmo que brevemente, sobre como a neurociência pode auxiliar o professor a trabalhar 
adequadamente com as crianças com TDAH, ajudando-as em seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. 
Falaremos ainda sobre alguns processos e manifestações de comportamento e a sua relação com a aprendizagem. Trataremos 
assim sobre a atenção e a percepção e sobre a memória e o processo de aprendizagem. Veremos que o cérebro, enquanto sistema 
aberto para o processo de aprendizagem, precisa ser estudado, compreendido e explorado. E que essa é uma grande possibilidade 
de estudo e desenvolvimento do conhecimento para nós professores. 
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Boa leitura! 
Avançar 
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NEUROCIÊNCIA, EDUCAÇÃO E 
DIDÁTICA 
Neste momento, caro(a) aluno(a), vamos tratar da transposição percebida entre a neurociência, a educação e a didática em si. 
Enquanto pesquisadora da área da neurociência, posso assegurar que as suas características principais podem ser interpretadas 
nas mais diversas frentes, oferecendo subsídios para o entendimento de diferentes vertentes e áreas de estudos nos dias de hoje. 
Como viemos tratando em nossas discussões, percebemos que a neurociência vem sendo objeto de estudo no campo da Educação. 
Cada vez mais, pedagogos, coordenadores, professores e demais profissionais, que atuam em escolas e em universidades, 
desenvolvem pesquisas e se aprofundam neste campo, em busca de características e especificidades que deem respaldo para o 
melhor desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem. 
Nosso intuito a partir de agora é compreender as características da neurociência e a sua interdisciplinaridade com a Educação e a 
Didática. Vamos lá! 
A relação neurociência-educação 
Léo (2010, p. 9) nos diz que “a neurociência dá um gancho para a pesquisa educacional e sua aplicação em sala de aula, para tanto é 
mister desvendar trilhas e unir o fio condutor na prática da educação”. Podemos assegurar que por meio do conhecimento da 
neurociência, temos a possibilidade de identificar as reais necessidades dos alunos, fazendo com que a aprendizagem se torne mais 
significativa. 
Notamos, assim, que a neurociência favorece a aprendizagem na medida em que o professor e o pedagogo compreendem o 
funcionamento do cérebro no que diz respeito à construção do conhecimento e, consequentemente,o entendimento da 
aprendizagem. Considerando o cotidiano escolar, temos a chance ainda de acompanhar a evolução e o comportamento do alunado, 
que se manifestam, por exemplo, nos problemas de ordem afetiva, emocional e cognitiva. 
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O termo neurodidática foi criado na década de 80 pelo professor de didática da matemática Gerhard Preiss, na Alemanha, mas foi 
nos anos 90 que um outro professor, doutor em pedagogia, Gerhard Friedrich, adaptou o conceito para tratar de questões amplas 
na área de Educação. 
Os estudos sobre neurodidática são vistos como uma possibilidade de a neurociência ajudar professores e pedagogos a 
desenvolverem melhores estratégias didáticas e, assim, melhorar a aprendizagem. Friedrich e Preiss (2003) salientam que a 
neurociência oferece base científica para o desenvolvimento de teorias didáticas modernas, ou seja, cria-se a possibilidade de 
“configuração” do aprendizado, considerando a melhor maneira que o cérebro é capaz de aprender. 
Maria de Fátima Léo (2010) salienta que a neurociência permite lucubrar sobre os fatores que impedem a criança de aprender, 
desvendando caminhos concernentes à aquisição de conhecimento. Assim, notamos nessa linha de estudos da Educação a 
possibilidade de explorar e detalhar a percepção, as emoções, a aprendizagem e a memória. Tais elementos se mostram 
significativos, dentro da perspectiva em que estamos trabalhando em nosso estudo, a neurociência cognitiva. A autora ainda 
ressalta: 
A psicopedagogia respaldada na neurociência pode trazer ao aluno uma melhor aprendizagem e, portanto, 
melhor qualidade de vida, visto que o olhar do professor abarca a criança como ser único, portadora de um 
currículo que nada mais é que toda a sua bagagem vivida em seus poucos anos de vida atulhados de traumas 
de ordem física ou emocional, aprendizados, sentimentos, sofrimentos, dores, exclusões, afeições etc. (LÉO, 
2010, p. 9). 
Que reflexão mais rica, não é mesmo?! Notamos a partir da concepção da autora que a neurociência oferece um gancho à 
Educação, propiciando aprimorar as práticas pedagógicas aplicadas no cotidiano de sala de aula, de modo que mesmo diante das 
dificuldades das mais diversas ordens vivenciadas a cada dia, possamos tratar o aluno em uma perspectiva de individualidade. 
Aí está o nosso viés com a didática, caro(a) aluno(a). Ao desenvolvermos e empregarmos práticas pedagógicas, tendo como base 
para a sua elaboração as características de funcionamento do cérebro e o processo cognitivo do aluno, podemos dizer que estamos 
tratando da neurodidática. Ou seja, o professor planeja, prepara, organiza e materializa a sua aula, tendo como cerne principal os 
elementos trazidos pela neurociência, buscando formas mais direcionadas para ensinar, com o fim de potencializar os resultados 
da aprendizagem, identificando o aluno como ser único e dotado de características únicas, próprias. 
A função do professor é potencializar os cérebros na sala de aula. Aliás, no olhar neurocientífico, os 
atrasados não existem, não existem pessoas que não aprendem. O que existe são cérebros com ritmos 
neuronais, desejos e experiências diferentes e que recebem os mesmos estímulos/ informações/conteúdos 
ao mesmo tempo e coletivamente na sala de aula. 
Disponível em: http://www.martarelvas.com.br/rj/rio-de-janeiro/tijuca/mar-ta-relvas- 
palestrante/neurociencia-na-aprendizagem . Acesso em 25/03/2017. 
Fonte: Relvas (2016, p. 1). 
Podemos dizer, por meio das reflexões de autores que pesquisam a neurociência na perspectiva da Educação, que ela se encontra 
entrelaçada nos saberes. Na concepção de Léo (2010), a função da neurociência é mais do que mapear o cérebro, envolve 
desvendar os meandros de seu funcionamento, possibilitando o acompanhamento das dinâmicas complexas que levam a 
observações e diagnósticos sobre diferentes segmentos que implicam na aquisição do conhecimento e desenvolvimento da 
aprendizagem. 
Complementando as nossas discussões, Rocha e Rocha (2000) destacam que atualmente o desenvolvimento de técnicas para o 
estudo da atividade cerebral em crianças, adolescentes e adultos, no momento em que desenvolvem atividades cognitivas, tem 
permitido investigações mais precisas acerca dos circuitos neuronais durante o seu funcionamento e, consequentemente, das 
capacidades intelectuais humanas, tais como: a linguagem, a criatividade e o raciocínio. 
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Sob essa perspectiva, caro(a) aluno(a), torna-se fundamental que o educador, seja ele na figura do professor, do pedagogo, se 
outro, põe-se a superar as dificuldades de aprendizagem do aluno por meio da descoberta e emprego de práticas pedagógicas que 
o leve a aprender, quebrando paradigmas e refutando os conceitos “do não aprender”. Parte-se para isso da premissa de que todo 
ser humano é um sujeito cerebral, tornando-se, assim, apto e capaz da edificação dos saberes. 
Mietto (2012, p.2) nos aponta que: "podemos compreender desta forma que o uso de estratégias adequadas em um processo de 
ensino dinâmico e prazeroso provocará, consequentemente, alterações na quantidade e qualidade destas conexões sinápticas, 
afetando assim o funcionamento cerebral de forma positiva e permanente com resultados extremamente satisfatórios". 
Estudos na área neurocientífica, centrados no manejo do aluno em sala de aula, vêm nos esclarecer que a aprendizagem ocorre 
quando dois ou mais sistemas funcionam de forma inter-relacionada. Assim, podemos entender, por exemplo, como é valioso aliar 
a música e os jogos em atividades escolares, pois há a possibilidade de se trabalhar simultaneamente mais de um sistema: o 
auditivo, o visual e, até mesmo, o sistema tátil (a música possibilitando dramatizações). 
Assim, Educação e neurociência revelam possibilidades empíricas e teóricas para estudos sobre o indivíduo, por meio do 
entendimento sobre o funcionamento de sua mente, de seu cérebro e a compreensão de seu processo de aprendizagem. No Brasil, 
apontam Batista, Santiago Jr e Santos (2015) que as discussões a respeito das relações entre neurociência e educação ainda 
ensaiam seus primeiros passos. Algo bem diferentes em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo. Mais um grande 
motivo para explorarmos ainda mais esta intersecção, caro(a) aluno(a)! 
A neuroeducação representa a possibilidade de repensar o papel do educador e também do sistema 
educacional. 
Voltemo-nos para o estudo do tempo, desenvolvendo pesquisas de ordem empírica e teórica, e, com isso, enriquecermos o acervo 
sobre o assunto. Afinal, estamos tratando aqui da possibilidade de colaborar para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que 
respeitem e estejam alinhadas à forma como o cérebro do aluno funciona. 
Pesquisa realizada em uma escola pública da rede municipal da cidade de Manaus, localizada na Zona 
Centro-Oeste, que atende exclusivamente à modalidade de ensino da Educação Infantil. O sujeito da 
pesquisa foi constituído por 06 (seis) professoras de turmas de educação infantil, e observação semanal das 
atividades pedagógicas por 06 meses de 14 (catorze) crianças de uma turma do segundo período. 
Professores conhecimentos em neurociência obtinham melhores resultados e utilizavam algumas 
estratégias cognitivas em suas práticas, tais como: contação de histórias,conhecimentos prévios da criança, 
feedback, atenção e prática. Alguns brinquedos eram utilizados por uma das professoras em sala de aula no 
decorrer de sua prática pedagógica: dominó de cores, blocos lógicos, quebra-cabeça, alfabeto móvel, 
desenho e leitura de história. 
Fonte: Batista, Santiago Jr e Santos (2015). 
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ASPECTOS DO COMPORTAMENTO 
SOCIAL 
Na sala de aula, professor nota que o aluno apresenta problemas na aprendizagem. O aluno se mostra desinteressado no conteúdo, nas 
atividades propostas. O professor observa que o aluno se isola dos demais colegas no intervalo e em atividades que promovem a interação. 
O aluno começa a faltar. O professor se atenta e começa a sua investigação. Os problemas podem ser decorrentes não de fatores físicos, mas 
sim afetivos e emocionais. É necessário identificar os fatores desencadeadores para que a tratativa seja adequada. 
A situação apresentada nos revela elementos do comportamento individual, em suas perspectivas social e emocional. Mas o que 
seria o comportamento social? 
Vamos compreender as suas características. 
Características do comportamento social 
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Sabemos que a vida em sociedade é algo inerente ao ser humano. Quando nos propomos a estudar e compreender o 
comportamento, não podemos deixar de lado o ambiente social em que ele ocorre e, principalmente, os comportamentos 
resultantes da interação entre os indivíduos, ou seja, a interação social. 
Braghirolli et al . (2014) explicitam que a interação social se caracteriza por ser um processo decorrente da relação entre dois ou 
mais indivíduos, de modo que a ação de um deles é, ao mesmo tempo, a resposta ao estímulo de outro ou outrem. Percebemos, 
assim, que neste processo ação de um é, simultaneamente, um resultado e uma causa das ações do outro. 
A interação social modifica o comportamento do indivíduo. E, em sala de aula isso não é diferente, pois 
alunos e professores estão em contato social e influenciando-se mutuamente e continuamente. 
Disponível em: http://www.buscaescolar.com/sociologia/interacao-social/ . Acesso em 31/03/2017. 
Fonte: adaptado de BUSCA Escolar (2017). 
Quando falamos no comportamento social, estamos tratando, caro(a) aluno(a), dos denominados comportamentos interpessoais, 
que podem ser manifestados das mais diversas formas. Braghirolli et al. (2014) destacam algumas formas de manifestação: 
movimentos físicos como um abraço, um soco, uma expressão facial; ou palavras proferidas pela fala ou pela escrita. 
“O comportamento humano se dá em um ambiente social, é decorrência dele, ao mesmo tempo que o 
determina” (BRAGHIROLLI et al (2014, p. 68). Assim, salientam os autores que o comportamento 
interpessoal não se dá unicamente quando os indivíduos estão juntos. Por exemplo, quando a criança, em 
sua casa se apronta para o primeiro dia de aula e para reencontrar a professora e os coleguinhas, oferece 
um comportamento interpessoal, pois se comporta como referência a outras pessoas — professora e 
coleguinhas — na expectativa da interação . 
Quando esta mesma criança se irrita e joga sua bolsa no chão, porque por algum motivo a mãe lhe informa que ela não irá a escola, 
ou então, ela se mostra com raiva dando um pontapé na porta do quarto, quando chega da escola, ela expressa a sua frustração 
porque a expectativa, o encontro com a professora e coleguinhas, não aconteceu como ela desejava. A criança está respondendo a 
estímulos de uma interação que não ocorreu ou, então, não aconteceu como ela esperava, caracterizando um comportamento 
interpessoal. 
Sentimento de tristeza em função de perdas ou manifestações de raiva decorrentes de frustração são na 
maioria das vezes reações afetivas normais e passageiras e não requerem tratamento. Porém, dependendo 
da intensidade, da persistência e da presença de outros sintomas concomitantes, a tristeza e a irritabilidade 
podem ser indícios de quadros afetivos em crianças e adolescentes. A própria exclusão social da criança 
reflete na sua emoção na sala de aula, seja através da expressão, seja no comportamento. 
Fonte: Comin (2010, p. 4). 
Na sala de aula, um dos fatores de preocupação para professores e pedagogos que se caracterizam como comportamento social 
são os problemas afetivos e de conduta. 
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Alterações do humor com um forte componente de irritação, amargura, desgosto ou agressividade 
constituem quadros de mudanças repentinas do estado de ânimo que podem estar presentes nos 
transtornos afetivos. Provavelmente, por estarem em desenvolvimento, as crianças não têm capacidade 
para compreender o que acontece internamente e, com frequência, apresentam comportamento agressivo. 
As súbitas mudanças de comportamento na criança e no adolescente, não justificadas por fatores de 
estresses, são de extrema importância para o diagnóstico dos problemas afetivos e dos transtornos de 
conduta. Crianças, antes adequadas e adaptadas socialmente, passam a apresentar condutas irritáveis, 
destrutivas e agressivas, com a violação de regras sociais anteriormente aceitas (COMIN, 2010, p. 3). 
Assim, o professor precisa se atentar aos comportamentos manifestados pelo aluno e, mais importante, “tratar” esse 
comportamento adequadamente, envolvendo pedagogos, psicopedagogo, pais e responsáveis neste processo. Esse envolvimento 
é fundamental, pois é normal no curso de seu desenvolvimento as crianças esbarrarem em dificuldades e exibir comportamentos 
considerados desajustados, como mentir e “matar” aula, isolar-se em sala de aula, não conseguir se expressar (comunicar). Mas 
como saber se estes comportamentos indicam patologias ou podem ser considerados normais? 
Comin (2010) nos aponta que é necessário verificar se os comportamentos manifestados pela criança são esporádicos e de forma 
isolada ou se constituem síndromes, quando representa um desvio do padrão de comportamento esperado de crianças da mesma 
idade e sexo em determinada cultura, isso permitirá diferenciar normalidade de psicopatologia. 
Do ponto de vista legal, comportamentos que transgridem a lei constituem delinquência. Do ponto de vista 
psicopedagógico e psiquiátrico, são atos antissociais mais abrangentes e referem-se a comportamentos 
condenados pela sociedade. Analisar a influência que os problemas afetivos, sociais e de comportamento 
tem sobre o desenvolvimento e o processo de ensino-aprendizagem do aluno, tendo em vista que esses 
fatores interferem para que a aprendizagem seja significativa e de qualidade (COMIN, 2010, p. 2). 
Percebemos, aqui, caro(a) aluno(a), que os aspectos do comportamento social repercutem diretamente sobre a aprendizagem do 
aluno. Em um viés da neurociência, inferimos que o entendimento sobre o funcionamento do cérebro oferecerá subsídios ao 
educador para identificar e analisar as individualidades e, assim, atuar de forma pontual sobre o desencadeador do 
comportamento e na dificuldade da aprendizagem da criança. 
Essa análise, realizada pelo educador, precisa ser muito apurada e realizada dentro do contexto específico de cada indivíduo, 
observando o seu “redor”, os fatores familiares e demais contextos em que ele está inserido. Comin (2010) nos aponta que três 
vertentes devem ser observadas neste processo: afetiva, psicomotora e de ordem cognitiva. 
De que forma o psicopedagogo pode auxiliar o professor no processo de identificação dos problemas de 
comportamento social e na implantação de práticas pedagógicas que se voltem a solucioná-los? 
A socialização , abordada como um processo por meio do qual o indivíduo adquire padrões de comportamento,que no geral são 
habituais e aceitáveis em seus grupos sociais (BRAGHIROLLI, 2014), permitirá que a criança aprenda a ser um membro do 
contexto em que está inserido, seja a escola, a família, os grupos sociais etc. Este é um processo que ocorre durante toda a vida do 
ser humano, mas é na infância que ele se inicia, repercutindo sobre os comportamentos do indivíduo e, em nosso viés de estudo, 
em sua aprendizagem. 
Braghirolli (2014, p. 69) diz que “a família se constitui no maior agente socializante, isto é, as experiências da criança na família, 
particularmente com a mãe, são da maior importância para determinar seu comportamento em relação aos outros”. Ou seja, pais e 
familiares representam os primeiros agentes socializantes dos pequenos, seguidos da escola, professores e grupos sociais. 
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Exemplo de Jogos de socialização 
Socializar Jogos de 2-3 anos 
1. Nome: O Carrinho 
Tipo: Jogo Social. Cooperação, noções espaciais, coordenação psicomotora, os conceitos de velocidade. 
Idade: 2 a 4 anos. 
Materiais: um grande anel de plástico ou de vime para cada 2 crianças. 
Desenvolvimento: cada criança escolhe um parceiro e joga com o anel como um carrinho com várias 
combinações, uma criança no interior e outro exterior, tanto dentro ou fora e se movendo mais lento ou 
mais rápido. 
2. Nome: Para mim, para você 
Tipo: Jogo Social. Coordenação psicomotora, conceitos espaciais, a socialização de aprendizagem e partilha 
de propriedade. 
Idade: 2 a 3 anos. 
Materiais: uma bola grande e leve. 
Desenvolvimento: os participantes sentam no chão com as pernas abertas, chegando a entrar em contato 
com pés uns aos outros, criando assim um espaço fechado. Eles disparam a bola de um para o outro lado. 
Fonte: http://passosdopedagogo.blogspot.com.br/2012/03/jogos-de-socializacao.html 
Destaco, assim, caro(a) aluno(a), a importância de nos atentarmos aos fatores que levam a criança a dificuldades de se socializar, 
desencadeando problemas de condutas e comportamentos atípicos, como o isolamento e a agressividade, por exemplo. Fazer a 
identificação dos fatores desencadeadores, envolvendo para isso família, escola e o contexto social, colabora para o diagnóstico 
assertivo e, assim, tratamento orientado adequadamente, evitando-se prejuízos maiores ao desenvolvimento e aprendizagem da 
criança. 
Quando nos voltamos aos pequenos, considerando as crianças do seu nascimento até os 6, 7 anos de vida, nos comprometemos 
com um processo de desenvolvimento acelerado que envolve: o corpo físico, movimentos corporais, coordenação motora e a 
socialização. O desenvolvimento sociocognitivo da criança é um processo que deve ser estimulado pelo meio que a cerca, daí a 
importância de explorar o lúdico, as brincadeiras, os jogos. 
A criança nos primeiros anos de vida, aprende com o “seu redor”, e isso repercutirá durante toda a sua vida. Como vimos em outro 
momento de nosso estudo, a partir das abordagens de Piaget e Vygotsky, é necessário considerar perspectivas das teorias que nos 
auxiliem no desenvolvimento de práticas pedagógicas que se comprometam com este processo de desenvolvimento dos pequenos. 
Em um ambiente da educação infantil, por exemplo, é necessário que as crianças “convivam”, inclusive com crianças de idades 
diferentes (4-6 anos), que a criança brinque e se expresse, que ela seja estimulada pelo seu redor, formando assim a sua linguagem 
imaginativa, manifestada muitas vezes pela fantasia, ao mesmo tempo em que possibilita a integração social. 
No ambiente familiar, é necessário que esse estímulo continue a acontecer. Que os familiares se envolvam com o processo de 
desenvolvimento, dando atenção, estimulando a criança por meio de atividades criativas, lúdicas, artísticas. A convivência com pais 
e familiares insere a criança em um processo de absorção. Ela irá imitar, imaginar, admirar, manifestar sentimentos e, 
consequentemente, aprender. 
Vemos, assim, que a postura adequada dos adultos com os quais a criança convive nesta fase inicial da sua vida, seja na escola, em 
casa , seja no grupo social, constitui-se em um pilar que sustentará o seu desenvolvimento cognitivo e social. É necessária atenção 
aos comportamentos manifestados, aos desvios de comportamento e, quando necessário, agir sobre eles adequadamente. 
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E este é um grande desafio, principalmente para nós educadores, porque, além de termos este compromisso firmado com o 
desenvolvimento de nossos pequenos, precisamos nos prontificar também a orientar pais e familiares no que diz respeito ao seu 
compromisso e impacto na formação da criança, enquanto indivíduo e membro de um contexto social. 
PROCESSOS E MANIFESTAÇÕES DO 
COMPORTAMENTO 
Neste momento de nossas discussões, caro(a) aluno(a), já podemos inferir que os comportamentos manifestados por nossos 
alunos repercutem diretamente em sua aprendizagem. 
Vale destacar ainda que, embora a sala de aula seja um ambiente heterogêneo em que o professor desenvolve ações e práticas 
coletivas, o comportamento se caracteriza como um fenômeno unitário e muito particular. Por esse motivo, precisamos estar 
atentos às manifestações de comportamento do cotidiano escolar. 
Vamos tratar sobre algumas delas! 
Atenção e Percepção na aprendizagem 
A atenção é elemento essencial para o processo de aprendizagem. Brandão (2001) nos afirma que toda atividade mental humana 
organizada detém algum grau de direção e seletividade, e que, dentre os muitos estímulos que nos atingem, respondemos somente 
aos que são particularmente importantes, com base em nossos interesses, intenções ou tarefas imediatas. 
Imagine este processo básico em sala de aula. Teremos a atenção de nossos alunos na medida em que as práticas pedagógicas 
propostas despertarem o seu interesse. Eles precisam se sentir motivados a aprender, e este despertar está ligado ao que acontece 
no cérebro de nossas crianças. Este processo acontecerá na medida em que o aluno conseguir se conectar à atividade, 
percebendo-a como importante e alinhada àquilo que ele quer, aquilo que percebe como importante. 
Quando observamos as crianças brincando, especialmente os pequenos (2 a 4 anos), notamos que os seus interesses pelos 
brinquedos mudam constantemente. É muito comum, por exemplo, ao ver o coleguinha pegar um brinquedo, a criança deixar o 
brinquedo que está em sua mão e desejar o do outro. Por que isso acontece? Podemos inferir sobre uma série de processos que 
desencadeiam este comportamento, mas o impulso inicial aconteceu porque aquela situação “chamou a sua atenção”. 
O desenvolvimento da atenção é dividido em dois momentos conhecidos como: atenção involuntária e 
voluntária. 
A atenção involuntária é uma característica marcante nos primeiros anos de idade e guia-nos por toda a 
vida. É reconhecida facilmente quando se está realizando alguma atividade e ouve-se um barulho forte de 
uma batida de carro, automaticamente, a pessoa se dispersa, voltando-se para tal barulho; ou ainda, ao 
ouvir um forte estrondo de trovão. Assim, qualquer coisa que desperte a atenção não consciente, e sim por 
reflexos ou instinto é considerado uma atenção involuntária. 
A atenção voluntária ocorre por interesse do sujeito em determinado assunto, sendo dividida em: atenção 
seletiva, atenção alternada, atenção dividida. A atenção alternada refere-se à capacidade de substituir um 
estímulo por outro, uma pessoa está concentrada lendo um texto e atende ao telefone, nesse momento, 
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muda seu foco atencional, substituindo o estímulo da leitura para ter atenção à conversa telefônica. 
Disponível em: http://www.caminhosdoaprender.com.br/a_atencao_e_a_aprendizagem.html. Acesso em 
04/04/2017. 
Fonte: CAMINHOS do Aprender (2011). 
Conforme tratado por Brandão (2001), o indivíduo dentre os mais diversos comportamentos possíveis, escolhe aquele que o 
capacita a atingir um objetivo imediato ou realizar um ato necessário, ou seja, dentre todos os programas de ação que temos 
armazenados em nosso cérebro, escolhemos aquele que se mostra essencial ou necessário para realizar as tarefas ou atividades 
mentais imediatas. 
O cérebro exerce um controle seletivo sobre todas as informações que chegam pelos canais sensoriais do 
organismo. Não se trata apenas de um processo passivo de armazenamento de todos os estímulos 
ambientais que recebemos, mas o SNC possui mecanismos que nos permitem dirigir nossa atenção para os 
estímulos que são relevantes para nós. Atenção é o nome dado ao caráter direcional e a seletividade dos 
processos mentais organizados. Esta atenção seletiva é um processo complexo, com vários componentes, 
como o alerta, a concentração, a seleção, a perscrutação e a exploração. Este processo envolve atividades 
cooperativas na formação reticular, sistema límbico e estruturas corticais e subcorticais associadas a função 
sensorial e motora. Através deste processo mantemo-nos vigilantes sobre o curso e o desenvolvimento de 
nossas ações de acordo com os planejamentos preestabelecidos (BRANDÃO, 2001, p. 172). 
Complementando esta perspectiva, Lent (2010) nos aponta que há diferentes tipos de atenção: a atenção explícita ou aberta , que 
tende a ser automática; e a atenção implícita ou oculta , que tende a ser estimulada por objetos e/ou elementos que estão ao redor 
do indivíduo, ou seja, uma operação voluntária. As características de cada uma delas serão explicitadas a seguir. 
a. Atenção explícita : os movimentos de atenção coincidem com a fixação visual, de modo que os movimentos do foco atencional 
são atrelados aos movimentos oculares. Por exemplo, quando o aluno faz uma leitura ele presta atenção às palavras que está 
lendo, isto é, aquelas que se posicionam em seu eixo visual. 
b. Atenção implícita : o foco da atenção não coincide com o olhar. Continuando o exemplo anterior, a criança pode estar com o 
olhar fixo no livro, mas, na verdade, está prestando atenção com o que acontece ao seu redor. 
Quando falamos da percepção , Lent (2010) nos traz que trata da capacidade do indivíduo associar as informações sensoriais à 
memória e cognição, formando conceitos e interpretações sobre ele mesmo e sobre o mundo. Assim, os primeiros estágios da 
percepção estão atrelados a um processamento analítico que é realizado pelos sistemas sensoriais, com o fim de extrair de cada 
objeto a suas características principais, que nada mais são que submodalidades sensoriais, como cor, movimento, localização 
espacial, timbre, temperatura etc. 
Lent (2010) salienta ainda que, neste processo, as vias paralelas no SNC atuam de forma gradativa, reconstruindo o objeto como 
um todo, para que assim ele possa ser memorizado ou reconhecido, fazendo com que o indivíduo oriente o seu comportamento em 
relação a ele. 
Observamos, assim, caro(a) aluno(a), que tanto a atenção quanto a percepção influenciam diretamente na aprendizagem do aluno, 
visto que incidem diretamente sobre o seu comportamento. Pensando em processo pedagógico e modelos didáticos, o professor 
precisa se apossar e materializar práticas e instrumentos pelos quais o aluno seja levado, conduzido a aprender. Vale ressaltar, 
ainda, a importância de discutir esses aspectos quando falamos do processo de desenvolvimento e formação dos pequenos, pois 
chamar atenção da criança e despertar, nela, sensações que colaborem para a memória e cognição representam um desafio que 
precisa ser transposto pelos professores. 
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Aspectos para a observação da criança de 6 anos de idade na avaliação de sua prontidão para o 
aprendizado 
• Participação – No ritmo do dia a dia. Nas atividades propostas. Demora a mudar de atividade? 
• Conquistas – Os passos que a criança deu nos desafios propostos, nas atividades do dia a dia. Aquisição da 
autonomia. 
• Alimentação – Quantidade. Restrições. Preferências. Mastigação. Digestão. 
• Hábitos – Higiene. Controle do esfíncter. Autonomia. 
• Atividades – Desenho. Pintura. Modelagem. Trabalhos manuais. Afazeres na sala. Arrumar e ajudar. 
Coordenação fina. Como participa em cada atividade? 
• Brincar dentro da sala – Preferências. Criatividade. Como brinca? Como se relaciona? Participação. 
• Brincar fora no pátio/parque - Preferências. Coordenação motora/corporal. Agilidade. Amadurecimento 
sensorial. 
• Ouvir histórias – Fica tranquila? Consegue ouvir as histórias? Concentração. Entra nas imagens das 
histórias? Reconta? Memoriza? 
• Linguagem – Sua expressão. Vocabulário. Pronúncia. Construção de frases. Voz nasal, oral? Retraída ou 
extrovertida? Recitar versos. Canta com facilidade ou dificuldade? 
• Lado social – Poucos ou muitos amigos? Fixa-se numa criança? Relaciona-se com todos? Relacionamento 
com os professores e adultos. Retraída ou extrovertida? Humor. 
• Música – Canta? Memoriza as canções? Está atenta? Voz mais aguda ou grave? Gosta de cantar? Segura 
uma nota mais tempo no final de uma música? Começa a tornar-se consciente no domínio do ritmo? 
• Sexualidade – Acordada ou não? 
• Sono – Dificuldade para adormecer. Como vai dormir? Possui algum ritual para dormir? Choro. Pesadelo. 
Chega cansada ou bem desperta na escola? Enurese noturna. 
• Dentição – Quantos dentes nasceram? A segunda dentição. 
• Lateralidade – A tendência. Está definida a lateralidade? 
• Motricidade grossa – Jogar bola. Pular corda. Andar. Correr. Nadar. Varrer a sala. Guardar os brinquedos. 
Subir em árvores. Pisa na ponta do pé? O equilíbrio. Agilidade. 
• Motricidade fina – Como pega os lápis? Como segura os talheres? Como costura? Faz trabalhos manuais? 
Tem agilidade nas mãos e pés? 
• Geografia corpórea - A movimentação do corpo pelos ambientes. Tropeça? Sobe e desce com facilidade? 
Locomove-se sabendo a direção? Balança sozinha? Nadar. Andar de bicicleta. Pular corda. 
• Postura – Como se senta? Consegue pegar algo no alto? Como se posta à mesa para comer? Como pega 
algo do chão, se inclina ou se agacha? 
• Saúde – Doenças infantis. Gripes. Alergias. Visão. Audição. Alguma dificuldade, limitação? 
• Constituição familiar – Pais separados ou não? Participação dos pais na vida familiar. Pontualidade e 
frequência da criança na escola. Relacionamento dos pais com a escola. 
Fonte: AMARANTE (2010, p. 3-4). 
Memória no processo de aprendizagem 
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Podemos dizer, caro(a) aluno(a), que memória e aprendizagem são elementos imbricados que se constituem por meio de um 
conjunto de processos do comportamento do indivíduo. Assim, a memória está associada à aprendizagem, e vice-versa, não 
podendo ser concebidos como dicotômicas, mas, sim, integradas. 
Bauer e Pathman (2008) nos dizem que a memória forma a base do sentimento de identidade de um indivíduo, orienta os seus 
pensamentos e decisões, influencia suas reações emocionais, permitindo ou não aprender. Ou seja, a memória é fundamental para 
o processo cognitivo e para a cognição. 
Relvas (2010, p. 63) nos traz que no cérebro — um sistema aberto de possiblidades — as aprendizagens perpassam de 3 (três) 
formas: intraneurossensorial, interneurossensorial, integrativa. 
a. Intraneurossensorial : aprendizagem específica interligada ao sistema sensorial. Se existir alguma estrutura comprometida, 
outras podem não apresentar disfunções, apesar de o cérebro funcionar em sua integridade. 
b. Interneurossensorial : (maior interesse dos educadores)é nela que se realizam muitas atividades integradas com o fim de 
desenvolver potencialidades, trabalhando de forma concomitante com outros sistemas, como: visuais, táteis e auditivos que são 
capazes de despertar a atenção do aluno. 
c. Integrativa : uma proposta de mediação dos sistemas visuais, táteis e auditivos. Realizar um planejamento com esses pré- 
requisitos representa uma forma de atuação saudável em que saúde e educação têm a possibilidade de caminhar juntas. 
Sob essa perspectiva sobre a aprendizagem, Relvas (2010) salienta que a partir do momento em que o professor detiver o 
conhecimento sobre a modalidade de aprendizagem de seu aluno, ele pode transformar-se em um facilitador, um mediador do 
processo de ensino e aprendizagem. 
Dessa forma, o aluno não é sobrecarregado com tarefas enfadonhas, e o seu cérebro preservado de possíveis sobrecargas que 
colaborem para a desintegração total da aprendizagem. Considerando estes pontos apresentados, caro(a) aluno(a), vamos tratar 
sobre a memória. 
Brandão (2001) nos aponta que existem três fatores básicos no estabelecimento da aprendizagem e a memória, que são a 
aquisição, o armazenamento ou retenção e a evocação das informações. Estes fatores se constituem por meio de processos que, 
em conjunto, conferem ao indivíduo requisitos que permitem a sua adaptação ao meio em que vive. Assim, a memória diz respeito 
à retenção de conhecimento aprendido pelo indivíduo. 
A rapidez de ativação dos processos neurais envolvidos na aquisição de informações, bem como a eficiência 
dos mecanismos subjacentes aos processos de armazenamento e recuperação das mesmas, pode ser a 
representação no cérebro do que denominamos inteligência [...] os mecanismos cerebrais da memória e 
aprendizagem estão também associados aos processos neurais responsáveis pela atenção, percepção, 
motivação, pensamento e outros processos neuropsicológicos, de forma que perturbações em qualquer um 
deles tendem a afetar, indiretamente, a aprendizagem e a memória (BRANDÃO, 2001, p. 109). 
Quando pensamos no processo de desenvolvimento de nossos pequenos a partir desta perspectiva para a aprendizagem e 
memória, notamos, caro(a) aluno(a), que qualquer dispositivo — prática pedagógica — que ative erroneamente ou, então, deixe de 
ativar os processos neurais envolvidos na aquisição de informações, compromete os processos de busca e retenção, impactando 
diretamente na aprendizagem dessa criança. 
O conhecimento a respeito do cérebro humano facilita o trabalho pedagógico e o de práticas de 
desenvolvimento da aprendizagem. 
Ratifico, caro(a) aluno(a), que as nossas discussões sobre a neurociência, a educação e a didática não se esgotam nessas linhas. 
Continue explorando sobre o assunto e enriquecendo a sua aprendizagem, pois, como dissemos em um outro momento, a relação 
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neurociência e educação pode ser explorada nas mais diversas vertentes de pesquisa. Fica aí um novo desafio, por que não o 
superar? 
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ATIVIDADES 
1. Foi estudado que percebemos que a neurociência vem sendo objeto de estudo no campo da Educação. Cada vez mais, 
pedagogos, coordenadores, professores e demais profissionais, que atuam em escolas e universidades, desenvolvem pesquisas e 
se aprofundam neste campo. Qual o intuito destes profissionais ao estudar os princípios da neurociência? Assinale a alternativa 
correta. 
I - Os pesquisadores buscam características e especificidades que deem respaldo para o melhor desenvolvimento dos processos de 
ensino e aprendizagem. 
II - Os pesquisadores buscam identificar as reais necessidades dos alunos, fazendo com que a aprendizagem se torne mais 
significativa. 
III - Os pesquisadores criam a possibilidade de acompanhar a evolução e comportamento do alunado, focando unicamente nos 
problemas de ordem afetiva. 
IV - Os pesquisadores buscam identificar os fatores que impedem a criança de aprender, desvendando caminhos concernentes à 
aquisição de conhecimento. 
a) Somente, as afirmativas I e II estão corretas. 
b) Somente, as afirmativas II e III estão corretas. 
c) Somente, as afirmativas I, II e III estão corretas. 
d) Somente, as afirmativas I, II e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
2. Sabemos que o estudo e conhecimento do comportamento social do indivíduo oferece subsídios para o entendimento acerca do 
seu processo de desenvolvimento. Considerando o que foi estudado sobre o assunto marque V (verdadeiro) e F (falso) nas 
sentenças a seguir e assinale a alternativa correta. 
( ) O aspecto mais importante da interação social é que ela modifica o comportamento dos indivíduos envolvidos, como resultado 
do contato e da comunicação que se estabelecem entre eles. 
( ) O comportamento interpessoal é um desdobramento do comportamento social e se dá unicamente quando os indivíduos estão 
juntos. 
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( ) Na sala de aula, um dos fatores de preocupação para professores e pedagogos, que se caracteriza como comportamento social, 
refere-se aos problemas afetivos e de conduta. 
( ) É normal no curso de seu desenvolvimento as crianças esbarrarem em dificuldades e exibir comportamentos considerados 
desajustados, como mentir e “matar” aula, isolar-se em sala de aula, não conseguir se expressar. 
( ) O entendimento sobre o funcionamento do cérebro oferecerá subsídios ao educador para identificar e analisar as 
individualidades dos alunos. 
( ) Por meio do entendimento do funcionamento do cérebro, o educador pode descartar o comportamento social como o 
desencadeador da dificuldade da aprendizagem da criança. 
a) V, F, V, V, V, F. 
b) V, F, F, V, V, F. 
c) V, F, V, V, F, F. 
d) F, F, V, V, F, V. 
e) F, V, V, V, F, V. 
3. Nas manifestações de comportamento, aprendemos que o cérebro exerce um controle seletivo sobre todas as informações que 
chegam pelos canais sensoriais do organismo. Considerando essas manifestações, analise as afirmações a seguir e assinale a 
alternativa correta. 
I - O SNC possui mecanismos que nos permitem dirigir nossa atenção para os estímulos que são relevantes para nós. 
II - Atenção é o nome dado ao caráter direcional e a seletividade dos processos mentais organizados. 
III - A percepção diz respeito à capacidade do indivíduo associar as informações sensoriais à memória e cognição, formando 
conceitos e interpretações sobre ele mesmo e sobre o mundo. 
IV - A memória forma a base do sentimento de identidade de um indivíduo, orienta os seus pensamentos e decisões e influencia 
suas reações emocionais, permitindo ou não aprender. 
a) Somente, as afirmativas I e II estão corretas. 
b) Somente, as afirmativas II e III estão corretas. 
c) Somente, as afirmativas I, II e III estão corretas. 
d) Somente, as afirmativas I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste nosso encontro tivemos a possiblidade de estudar e compreender a relação proposta entre neurociência, educação e 
didática. Por meio das discussões realizadas, você, aluno(a), teve a possiblidade de compreender um pouco mais sobre este 
universo que compõe a neurociência e a sua relação com a Educação. 
Tenho certeza que muitas sinapses aconteceram durante os seus momentos de estudos e, quepor meio delas, você já pôde 
aprimorar e desenvolver estratégias de ensino para incentivar e promover a aprendizagem de seus alunos. E este é o maior foco 
desta relação — neurociência, educação, didática — oferecer aos professores, pedagogos e psicopedagogos a base para o 
desenvolvimento de ferramentas que realmente ajudem o nosso aluno a aprender, considerando as suas particularidades. 
Daí, vimos a necessidades de compreender momentos do desenvolvimento sociocognitivo, por meio dos estudos sobre 
comportamentos sociais, por exemplo. Estudados a importância de os educadores conhecerem a relevância dos estímulos 
externos no desenvolvimento da aprendizagem, salientando que o comportamento social caracteriza muito o processo de 
desenvolvimento da criança. 
Pudemos, ainda, conjecturar sobre os processos e manifestações do comportamento, com ênfase para: a atenção, a percepção, a 
memória e a aprendizagem. Vimos que estes elementos estão diretamente ligados ao processo de aprendizagem, e cabe a nós 
educadores estarmos atentos a “desvios” ou dificuldades apresentadas pelas crianças em seu processo de desenvolvimento. 
Fecho esta discussão com uma reflexão acerca dos pontos de estudo que foram propostos ao longo deste estudo: a neurociência se 
constitui em uma base de conhecimento acerca do funcionamento do cérebro humano, enquanto educadores, devemos conhecer 
os principais elementos desta base, conhecê-la, explorá-la e realizar descobertas que podem se materializar por meio de práticas 
pedagógicas que fomentem a aprendizagem de nossas crianças. 
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Material Complementar 
Na Web 
Educação Infantil de qualidade na primeira infância (Anna Lucia 
Campos) Fundação Lemann 
Anna Lucia Campos, presidente da Asociación Educativa para el 
Desarrollo Humano e Diretora Geral da ONG Cerebrum, falou sobre a 
importância dos estímulos do nascimento até os 8 anos de idade na 
educação das crianças. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch? 
v=0EMFNPHwRbU&t=15s 
NOTA 10 Primeira Infância - Episódio 01 
A série Nota 10 — Primeira Infância, composta por cinco programas, foi 
desenvolvida em parceria pela FMCSV e o canal Futura, e traz de forma 
leve e dinâmica conhecimentos científicos sobre a importância do 
cuidado com as crianças de zero a três anos de idade. O primeiro episódio 
trata do desenvolvimento infantil e mostra como as experiências e os 
estímulos que o bebê vivencia desde a fase intrauterina influenciam a 
formação de seu cérebro, afetando diretamente à saúde física e 
emocional, o comportamento, a motricidade e a capacidade de 
aprendizagem. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6GLB1uK- 
TZ4&list=PLvfZHqGPp_MsNM54Hztjj0TCYOsO7KSBV 
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https://www.youtube.com/watch?v=6GLB1uK-TZ4&list=PLvfZHqGPp_MsNM54Hztjj0TCYOsO7KSBV
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REFERÊNCIAS 
BRAGHIROLLI, E. M. et al. Psicologia Geral . Petrópolis: Vozes, 2014. 
BRANDÃO, M. L. Psicofisiologia : as bases fisiológicas do comportamento. São Paulo: Atheneu, 2001. 
LENT, Roberto. Fundamentos da Neurociência. In LENT, Roberto. Cem bilhões de neurônios : conceitos fundamentais de 
neurociência São Paulo: Atheneu, 2010. 
LÉO, M. F. G. Neurociência e Educação. Monografia . Universidade Candido Mendes. Niterói: Projeto A vez do Mestre, 2010. 
RELVAS, M. P. Neurociência e educação: potencialidades dos gêneros humanos na sala de aula. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2010. 
ROCHA, A. F.; ROCHA, M. T. O cérebro : um breve relato de sua função. Jundiaí: Eina, 2000. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
AMARANTE, M. C. Desenvolvimento da criança de 6/7 anos de idade-Prontidão escolar. Fórum Sul Mineiro, 2010. Disponível em: 
http://www.ded.ufla.br/forumsulmineiro/imagens/artigo_maria_chantal.2010-07-07_14-37-48.pdf 
BAUER, P. J.; PATHMAN, T. Memória e desenvolvimento inicial do cérebro. Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira 
Infância . Dez, 2008. Disponível em: http://www.enciclopedia-crianca.com/sites/default/files/textes-experts/pt-pt/2432/memoria- 
e-desenvolvimento-inicial-do-cerebro.pdf . Acesso em 04/04/2017. 
BATISTA, E. C.; SANTIAGO Jr., C. O.; SANTOS, I. B. Neurociência e Educação Infantil . Campina Grande, Vol. 1 Ed. 4, ISSN 2316- 
1086, Realize editora, 2015. Disponível em: 
http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/TRABALHO_EV050_MD1_SA12_ID828_23102015192910.pdf . Acesso em 
03/04/2017. 
COMIN, M. T. S. Problemas afetivos e de condutas em sala de aula. REI – Rev. de Educação do IDEAU . V. 5, n. 10, jan-jun, 2010. 
Disponível em: http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/206_1.pdf . Acesso em 04/04/2017. 
FRIEDRICH, G. PREISS, G. Neurodidáctica. Revista Mente y Cerebro . Espanha: n.4, p. 39-45, 2003. Disponível em: 
https://escuelaconcerebro.files.wordpress.com/2013/02/friedrich-y-preiss_neurodidc3a1ctica.pdf . Acesso em 30/03/2017. 
MIETTO, V. L . S. A importância da neurociência na educação. Neuropsicopedagogia em sala de aula. 2012. Disponível em: 
http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2012/04/importancia-da-neurociencia-na-educacao.html . Acesso em 
03/04/2017. 
RELVAS, M. P. Estudos da Neurociência aplicada à aprendizagem . 2016. Disponível em: http://www.martarelvas.com.br/rj/rio-de- 
janeiro/tijuca/marta-relvas-palestrante/neurociencia-na-aprendizagem . Acesso em 24/03/2017. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.enciclopedia-crianca.com%2Fsites%2Fdefault%2Ffiles%2Ftextes-experts%2Fpt-pt%2F2432%2Fmemoria-e-desenvolvi-&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGnkZIUJht2ut3NMENhq_0XpOmwpg
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.enciclopedia-crianca.com%2Fsites%2Fdefault%2Ffiles%2Ftextes-experts%2Fpt-pt%2F2432%2Fmemoria-e-desenvolvi-&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGnkZIUJht2ut3NMENhq_0XpOmwpg
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Feditorarealize.com.br%2Frevistas%2Ffiped%2Ftrabalhos%2FTRABALHO_EV050_MD1_SA12_ID828_23102015192910.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGScexYtu2AQwsh5P4jLXNU-og3ZQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ideau.com.br%2Fgetulio%2Frestrito%2Fupload%2Frevistasartigos%2F206_1.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE95GgbZS9rjshO00ZQSv_x73p3ng
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APROFUNDANDO 
Vamos falar um pouco do TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. O Transtorno do Déficit de Atenção e 
Hiperatividade (TDAH) se caracteriza por um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e 
frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. 
Os sintomas que caracterizam o TDAH são: desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do 
Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. É um transtorno reconhecido oficialmente por 
vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, pessoas com TDAH são 
protegidas pela lei no que diz respeito a receberem tratamento diferenciado na escola (ABDA, 2017). 
A Associação Brasileira de Déficit de atenção nos afirma que o TDAH ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes 
do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os 
sintomas de inquietude sejam mais brandos. 
Em um estudo conduzido por médicos e cientistas de 23 centros de pesquisa ao redor do mundo revela que existe um atraso no 
desenvolvimento do cérebro dos pacientes com TDAH. 
“ Esses achados são importantes para médicos e pais, pois demonstram claramente que o TDAH não é “uma doença inventada ”, não é 
meramente um “rótulo” para crianças difíceis e não se deve a falhas na educação pelos pais", afirma o Dr. Paulo Mattos, 
representante brasileiro do único centro de pesquisa da América Latina do estudo, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino no Rio de 
Janeiro. 
No estudo realizado, mais de 3 mil pessoas (pacientes com TDAH e indivíduos saudáveis) entre 4 e 63 anos, foram submetidos a 
exames de neuroimagem estrutural por Ressonância Magnética. Os exames permitiram avaliar cada região cerebral por meio de 
um mesmo protocolo padronizado de análise nos diferentes centros em que o estudo aconteceu. Os pesquisadores puderam, 
então, comparar cada uma das estruturas cerebrais dos indivíduos que tinha ou não o transtorno (ABDA, 2017). 
Os resultados do estudo revelaram que as estruturas como amígdala cerebral, acúmbens e hipocampo, que são responsáveis pela 
regulação das emoções, motivação e o chamado sistema de recompensa (que modifica nosso comportamento através de 
recompensas) são menores nos pacientes com TDAH. 
Levando-se em conta a idade dos pacientes, foi possível observar que as alterações manifestadas são mais leves em pacientes 
adultos, sugerindo a existência de uma compensação ao menos parcial com o passar dos anos (ABDA, 2017). 
Ratifica a ABDA que os resultados obtidos por meio da pesquisa formam uma base mais sólida e dão sustentação para a afirmação 
de que o TDAH é um transtorno relacionado ao atraso na maturação de regiões cerebrais reguladoras das emoções, pois essas 
estruturas estão menos desenvolvidas, principalmente nas crianças. Outro ponto importante descrito no estudo é o de que as 
alterações observadas não se devem ao uso de medicamentos para tratamento do TDAH ou à presença de outros problemas que 
podem surgir associados ao transtorno, como ansiedade e depressão. 
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As imagens apresentadas a seguir nos ajudam a reconhecer as áreas do cérebro que se associam ao TDAH, considerando o estudo 
realizado. 
Figura 1 - Principais estruturas do cérebro e suas funções. 
Fonte: Barbosa, Medeiros e Augusto (2006, p. 1.353). 
Sobre o TDAH, Brandão (2001) salienta que ele é caracterizado por um conjunto de sintomas que compreendem: concentração 
deficiente, impulsividade e hiperatividade. Sintomas esses que são mesclados, acontecendo em curtos períodos de duração. 
O diagnóstico é feito considerando distúrbios comportamentais como: incapacidade de ficar quieto, distração fácil por estímulos 
irrelevantes, impaciência, desatenção a perguntas em tarefas, verborragia, impulsividade, desobediência. No caso da 
desobediência, é manifestada pela incapacidade de concentrar-se em uma atividade especifica e não por contestação. 
Muito importante, caro(a) aluno(a): “para o diagnóstico desta condição é necessário que estes sinais estejam presentes por pelo 
menos seis meses e tenham aparecido pela primeira vez antes dos sete anos de idade” (BRANDÃO, 2001, p. 179). Outro ponto que 
vale ressaltar é o fato de que, em seu processo de desenvolvimento, o cérebro da criança passa por diversos estágios de 
desenvolvimento, e não é raro que ocorra algum atraso em uma das fases, sendo que o desenvolvimento é recuperado no estágio 
seguinte. 
O que pode ocorrer é que durante este “descompasso” na maturação do cérebro, o TDAH se manifeste, temporariamente, 
desparecendo em idades mais próximas da puberdade. 
Enquanto neuroeducadores, precisamos ficar atentos aos comportamentos dos alunos, tendo o extremo cuidado na realização do 
diagnóstico do TDAH. É necessário que nos aprofundemos acerca do tema e conheçamos as pesquisas que vem sendo realizadas, 
pois, infelizmente, é muito comum nos dias de hoje diagnósticos errôneos acerca do TDAH. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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ABDA, Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Maior estudo já realizado no mundo revela novas alterações cerebrais no 
Transtorno do Déficit de Atenção. ABDA: Fev, 2017. Disponível em: http://tdah.org.br/br/artigos/textos/item/1179-maior-estudo- 
j%C3%A1realizado-no-mundo-revela-novas-altera%C3%A7%C3%B5es-cerebrais-no-transtorno-do-d%C3%A9ficit-de- 
aten%C3%A7%C3%A3o.html Acesso em 05/04/2017. 
BARBOSA, L. F.; MEDEIROS, M. H.G.; AUGUSTO, O. Danos oxidativos e neurodegeneração: o quê aprendemos com animais 
transgênicos e nocautes?. Quím. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422006000600034 Acesso em 
06/04/2017. 
BRANDÃO, M. L. Psicofisiologia: as bases fisiológicas do comportamento. São Paulo: Atheneu, 2001. 
MIGUEL Jr., A. Sono/vigilia – Despertar: Sistema hipocretina/orexina. Jan, 2013. Disponível em: 
http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/sistema-neuronal-de-hipocretina/ Acesso em 06/04/2017. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Ftdah.org.br%2Fbr%2Fartigos%2Ftextos%2Fitem%2F1179-maior-estudo-j%25C3%25A1realizado-no-mundo-revela-novas-altera%25C3%25A7%25C3%25B5es-cerebrais-no-transtorno-do-d%25C3%25A9ficit-de-aten%25C3%25A7%25C3%25A3o.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNH_b3bPdH92FBZts4yqsaKQFdYsOQ
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.scielo.br%2Fscielo.php%3Fscript%3Dsci_arttext%26pid%3DS0100-40422006000600034&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFgvQK0_nc9xc5GarEqD1__ViDIcw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.medicinageriatrica.com.br%2Ftag%2Fsistema-neuronal-de-hipocretina%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE5RT_DyKIP11g7CNUpKtJlnsdxRA
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
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Neurodidática . 
Patrícia Rodrigues da Silva; 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
35 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Neurodidática. 2. Neurociência. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 370 
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REFLEXÕES SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO 
NEUROPSICOMOTOR 
E O 
COMPORTAMENTO 
EMOCIONAL 
Professora : 
Me. Patrícia Rodrigues da Silva 
Objetivos de aprendizagem 
• Compreender a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento da criança. 
• Conhecer aspectos do comportamento emocional e a sua relação com a inteligência. 
• Compreender a importância do cuidado com os diferentes estímulos externos à criança, em face da influência do seu 
desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Desenvolvimento neuropsicomotor 
• Comportamento emocional 
• Inteligência, emoção e educação 
Introdução 
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) ao escopo de discussões acerca do desenvolvimento neuropsicomotor e comportamento 
emocional. 
Neste estudo teremos a oportunidade de conhecer aspectos importantes relacionado ao desenvolvimento psicomotor e ao 
desenvolvimento de nossos alunos. Em um primeiro momento falaremos sobre psicomotricidade, como um campo de saber de 
extrema importância, especialmente para educadores que atuam na educação infantil. Veremos que os estímulos externos e a 
relação do indivíduo com o outros, com o mundo e com os objetivos na primeira e segunda infância, repercutem ao longo de toda a 
sua vida. 
Nessa perspectiva, resgataremos conceitos das teorias de desenvolvimento humano, especificamente de Piaget e Vygotsky, 
buscando relacioná-las e oferecer subsídios para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que fomentem o desenvolvimento 
psicomotor na educação dos pequenos. Veremos que por meio da atividade corporal, das brincadeiras e atividades psicomotoras 
propostas a criança aprende, desenvolve sentidos e capacidades. 
O movimento corporal será destacado como elemento central para o desenvolvimento psicomotor, devendo ser uma característica 
explorada principalmente nos primeiros anos de vida do indivíduo. Veremos, ainda, que é nesse período que se inicia as relações 
interpessoais, o desenvolvimento do pensar, de imaginar e de criar, o que influenciará também na capacidade da criança se 
expressar, pela linguagem escrita ou oral. 
Traremos, assim, nuances acerca do comportamento emocional, que, embora apresentado sequencialmente, está imbricado no 
processo de desenvolvimento humano. Como as nossas discussões se amparam nos princípios da neurociência, falaremos sobre o 
sistema límbico e em como ele controla as emoções e funções de aprendizado e da memória. 
Fecharemos as discussões desse nosso estudo tratando sobre a relação inteligência, emoções e educação. Teceremos comentários 
sobre o conceito de inteligência, conhecendo as perspectivas dos conceitos de inteligência emocional e inteligências múltiplas e 
em como essas se relacionam com a educação. 
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Você verá que nós, educadores, temos uma série de desafios com o desenvolvimento da criança. E que os princípios 
neurocientíficos oferecem informações importantes para o entendimento do desenvolvimento e aprendizagem dos pequenos e as 
suas manifestações de comportamento. 
Boa leitura! 
Avançar 
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DESENVOLVIMENTO 
NEUROPSICOMOTOR 
Enquanto educadores, uma inferência que podemos fazer, principalmente quando conhecemos os principais aspectos e 
contribuições da neurociência, é o fato de que o ser humano aprende e se desenvolve a todo tempo e durante toda a sua vida. 
Entretanto, a partir do seu nascimento e nos primeiros anos de vida, acontece de forma intensificada o desenvolvimento do 
cérebro e a consolidação de elementos que acompanharão este indivíduo por toda a sua vida. 
Desta forma, caro(a) aluno(a), faz-se importante compreendermos o quando o estímulo externo influencia no processo de 
desenvolvimento dos sistemas de desenvolvimento motor, cognitivo e emocional da criança, principalmente em seus primeiros 
anos de vida. 
Veremos, neste momento do nosso estudo, aspectos e elementos que nos auxiliem e contribuam para a constituição e 
materialização de práticas pedagógicas que possam ir ao encontro das reais necessidades de nossos pequenos, especialmente na 
primeira e na segunda infância, podendo assim, contribuir adequadamente para o seu desenvolvimento e aprendizagem. 
Vamos lá! 
Refletindo sobre a psicomotricidade 
Sabe-se que o desenvolvimento neuropsicomotor se apresenta como um processo de transformações e mudança no 
comportamento motor do indivíduo que está ligado as suas fases de desenvolvimento e a sua idade. 
Este é um processo muito importante, pois, quando o ser humano nasce, o SNC não está completamente desenvolvido, então, ele 
— — depende diretamente das pessoas que o cercam. Assim, é a partir dos estímulos sensoriais e motores que o 
desenvolvimento do indivíduo ocorre, mantendo-o em constante evolução e repercutindo sobre a sua aprendizagem. 
Sob essa perspectiva, vamos tratar sobre a Psicomotricidade, que, segundo Thompson (2011), faz uma associação bem estreita 
entre o desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade. A psicomotricidade se define como um campo do saber 
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que tem como objeto de investigação o corpo visto como fonte inesgotável de possíveis relações do indivíduo com o outro, com o 
mundo, com os objetos. 
Nesse contexto, salienta Thompson (2011) que o corpo é visto como a dimensão fundamental do ser humano, atestando-lhe a sua 
existência e ratificando o motivo pelo qual se defende a importância de promover experiências em aprendizagem motora para as 
crianças menores, por essas serem essenciais e altamente benéficas para a expansão do desenvolvimento cognitivo dos pequenos. 
As atividades de movimento dão à criança pequena não só situações de descoberta e prazer, mas também o 
potencial para a sua utilização como uma modalidade de aprendizagem. Como as ações são repetidas e 
variadas, começam a se inter-relacionar e também a se tornarem esquematizadas e internalizadas [...] a 
motricidade não é um fenômeno secundário para o processo de cognição, mas simuma ferramenta 
fundamental para sua expressão, pois os movimentos irão se transformar em comportamentos que serão 
enraizados no cérebro (THOMPSON, 2011. P. 77). 
Observamos, assim, caro(a) aluno(a), que as atividades promovidas junto à criança e para a criança permitirão a vivência com 
experiências que estão intrinsecamente ligadas ao seu desenvolvimento, promovendo ainda ajustes de comportamentos que 
posteriormente resultarão em conceitos automatizados. “As experiências de movimento aumentam a função cognitiva, pois, o 
movimento é a chave do desenvolvimento da percepção que começa por meio de uma grande variedade de experiências sensório- 
motoras” (THOMPSON, 2011, p. 78). 
Amparando-nos nas bases neurocientíficas, notamos que nos primeiros anos de vida a plasticidade cerebral do indivíduo é muito 
grande. Até os 6 anos de idade, o cérebro está mais propenso à estímulo do ambiente, e a capacidade adaptativa do SNC está mais 
aguçada. Por esse motivo, a importância do intenso trabalho “ao redor” dos pequenos no início de sua vida, o cérebro tem uma 
capacidade de ajuste e adaptação muito maior. 
Plasticidade cerebral aplicado à educação: apreciação a disposição do sistema nervoso em acordar-se 
frente as extensões ambientais durante todo o desenvolvimento humano, restaurando e restituindo 
funções desorganizadas por condições patológicas. Sobressair os vínculos dos fenômenos plásticos 
cerebrais com o desenvolvimento do sistema nervoso em sua captação sócio-histórico-educativa, 
percebendo a capacidade de resposta compensatória frente não apenas a lesões patológicas, mas também 
às influências externas. 
Fonte: LÉO (2010, p. 10). 
Complementando as nossas discussões, Santos e Costa (2015) nos asseguram que em seu enfoque psicopedagógico, a relação 
entre mente, motricidade e afetividade, que deve existir na Educação Infantil, facilita e promove o desenvolvimento global da 
criança. É nessa fase que a criança compreende, interpreta e respeita o mundo, e, por meio do brincar, constrói conhecimentos que 
irão acompanhá-la por toda a sua vida. 
Nesta mesma linha de pensamento, Thompson (2011) nos assegura que no processo de elaboração e produção de sentidos que se 
estabelece interiormente na criança, que se manifesta, progressivamente, a percepção de si própria, do seu corpo, das suas 
emoções e das suas necessidades. 
Conceitos psicomotores importantes, segundo Thompson (2011): 
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Tônus : definido como um influxo nervoso, involuntário, que promove um estado de tensão permanente, mas 
variável, nos diferentes grupos musculares do corpo. Permite o desenrolar de toda a atividade corporal, 
possibilita o desenvolvimento do equilíbrio, a capacidade de manter-se imóvel, manutenção da postura etc. 
Equilíbrio: diretamente ligado à tonicidade (tônus), constitui um sistema delicado e complexo que é 
alimentado por dados cerebelares, visuais, labirínticos e proprioceptivos, integrados no tronco cerebral e 
cerebelo. 
Esquema corporal ou somatognosia: um mapa dinâmico de todo o organismo, tem papel fundamental nas 
relações entre o Eu e o mundo exterior. Pode ocorrer no nível da consciência e do conhecimento, no qual a 
criança aprende a conhecer as diferentes partes do corpo. E, no nível do controle de si mesmo, que permite 
a criança alcançar independência de seus movimentos e a disponibilidade e seu corpo em vista da ação. 
Imagem corporal: associada a autoimagem, é a representação que a criança tem do próprio corpo, elemento 
indispensável de sua personalidade. 
Dominância lateral: elemento de relação e orientação do corpo com o mundo externo. É governada por 
fatores genéticos, embora o treino e os fatores de pressão social possam influenciar no seu 
desenvolvimento. 
Orientação espacial: informação sobre o corpo em termos simbólicos. Uma noção do corpo interiormente 
conscientizada dos dois lados e das suas diferenças e posições relativas. 
Orientação temporal: capacidade de se situar em relação aos diferentes acontecimentos, tendo o indivíduo 
consciência de sua ação, de seu passado, presente e previsão de futuro. 
Praxias: sistemas de movimentos intencionais coordenados em função de um resultado. São movimentos 
resultantes de coordenações reflexas elevadas em nível superior de integração. 
Fonte: THOMPSON, R. Psicomotricidade. In .: MAIA, H. (org.). Neurociências e desenvolvimento cognitivo . 
Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011. Volume 2. 
Para compreendermos melhor como o educador infantil pode auxiliar neste processo, vamos tratar sobre a importância da 
psicomotricidade na Educação Infantil. 
Importância da psicomotricidade na Educação Infantil 
Para as discussões e conjecturas acerca da psicomotricidade na Educação Infantil, vamos resgatar a concepção de Jean Piaget e 
Vygostky sobre o desenvolvimento da criança. 
Ao tratar sobre o desenvolvimento humano, Piaget nos aponta que dos 0 aos 7 anos, ocorre o desenvolvimento do período 
sensório motor e do período pré-operacional do indivíduo. Estes períodos apresentam as seguintes características, conforme 
apontados por Piletti (2004): 
1. Período sensório-motor (0 a 2 anos) : desenvolvimento da consciência do próprio corpo, diferenciado do restante do mundo 
físico. A criança baseia-se em esquemas motores para resolver problemas. Nessa fase os bebês começam a desenvolver símbolos 
mentais e a utilizar palavras. Tudo se relaciona com o próprio corpo como se fosse o centro do mundo. 
2. Período pré-operacional (2 a 7 anos) : desenvolvimento da linguagem, levando a três consequências para a vida mental: a) 
socialização da ação, com a troca entre indivíduos; b) desenvolvimento do pensamento; c) desenvolvimento da intuição. Nota-se o 
predomínio da tendência lúdica. 
Já para Vygotsky (1998), o desenvolvimento se caracteriza e ocorre por intermédio de transformações qualitativas complexas e 
determinadas por condições sociais nas quais a atividade humana acontece. Assim, o indivíduo não é um elemento passivo a ação 
do ambiente, mas sim interage sobre ele, transforma-o e dá origem a condições únicas, de caráter essencialmente histórico e 
cultural. Ou seja, o indivíduo adquire informações, atitudes, habilidades, valores etc., por meio do seu contato com a realidade, com 
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o meio ambiente que o cerca e com as pessoas que o rodeiam. 
Ao trazermos a tona as fases do desenvolvimento que Piaget nos apresentou para o período de 0 a 7 anos, e o ponto de vista de 
Vygotsky sobre a influência das relações sociais no desenvolvimento do indivíduo, conseguimos já tecer as primeiras concepções 
acerca da representação da Educação Infantil neste processo. E, partindo do pressuposto de que a nossa vida é movimento, e de 
que não existe Educação Infantil sem movimento, salientamos a importância da psicomotricidade neste período. 
Para Santos e Costa (2015), a psicomotricidade tem por responsabilidade desenvolver no ser humano possibilidades motoras e 
criativas em sua globalidade, partindo para isso do seu corpo e da procura pelo movimento, pela ação. Assim, por meio da atividade 
corporal, a criança cria sentidos, pensa, aprende e desenvolve capacidades como a de resolver problemas, por exemplo. 
Mendonça (2004) nos assegura que os primeiros anos de vida de uma criança são fundamentais para o seu desenvolvimento 
psicomotor. Assim sendo, é necessária atenção do educador para que nenhum comportamento, perturbação passe desapercebida, 
e assim seja tratada a tempo. Uma ação fundamental para que a capacidade futura da criança não seja afetada, ocasionando 
prejuízo na aprendizagem da leitura e escrita. 
Neste mesmo caminho, Thompson (2011, p. 79) nos diz que as condições provocadas pelo movimento geram uma modificação no 
indivíduo, “[...] encaminho-o para uma forma criadora de relações, libertando-o dosdados imediato de sua experiência individual e 
constituindo o entendimento do outro”. Ou seja, o movimento caracteriza uma experiência particular e detém uma significação 
social. O movimento é visto, ainda, como a base de posturas e posicionamentos do indivíduo diante da vida (KYRILLOS; SANCHES, 
2004). 
Vale ainda ressaltar que: 
O pensamento para o movimento inclui a coordenação de dois sentidos corporais: cinestesia e 
propriocepção. Esses dois sistemas dos sentidos são interdependentes. A cinestesia resulta em percepção 
dos movimentos evidentes. A propriocepção envolve a percepção das várias partes do corpo em relação, em 
qualquer atividade progressiva e em deslocamento (THOMPSON, 2011, p. 79). 
Neste sentido, na Educação Infantil faz-se necessário que as atividades, propostas e operacionalizadas pelo educador, 
“preocupem-se” com o movimento, com o desenvolvimento psicomotor da criança. A psicomotricidade se constitui nas atividades 
de movimento da criança. E, por meio das brincadeiras, da manipulação de objetivos que ela descobre o mundo e sente-se parte 
dele. 
Este é um dos motivos pelos quais se intensificam as recomendações para uso de atividades lúdicas, jogos, brincadeiras na 
Educação Infantil. A iteração entre o corpo e cérebro é premissa para o desenvolvimento. Assim, o trabalho realizado pelo 
educador neste nível de ensino, levará à construção de uma unidade corporal, como também à afirmação da identidade. Conforme 
destacado por Santos e Costa (2015,p. 7): “A Psicomotricidade tem ação educativa e preventiva”. 
Na percepção de Amarante (2010), na infância os sistemas, neurológico e motor, desenvolvem-se por meio da movimentação 
corporal, dos relacionamentos sociais, do impulso da criança no sentido de apreender o mundo e de aprender com o mundo. Nesta 
fase a criança está desenvolvendo o corpo físico, os movimentos corporais, a coordenação motora, como também iniciando as suas 
relações interpessoais e o desenvolvimento do pensar e da força imaginativa e criativa. Assim sendo, o brincar é a forma da criança 
se expressar, imitando o que está ao seu redor e formando sua linguagem imaginativa e de fantasia. Velasco (1996, p. 27) nos 
aponta que: 
O desenvolvimento psicomotor se processa de acordo com a maturação do sistema nervoso central, assim a 
ação do brincar não deve ser considerada vazia e abstrata, pois é dessa forma que a criança capacita o 
organismo a responder aos estímulos oferecidos pelo ato de brincar, manipular a situação será uma maneira 
eficiente da criança ordenar os pensamentos e elaborar atos motores adequados à requisição. 
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Assim, caro(a) aluno(a), vemos que as atividades lúdicas, as brincadeiras, as atividade orientadas que são propostas pelo educador 
infantil, auxiliam e influenciam na formação da criança, contribuindo para a constituição de um sujeito sadio e propenso à 
aprendizagem. Vemos então a necessidade de que na Educação Infantil cria-se espaços e oportunidades para que as crianças 
realizem atividades diversas, vivenciem experiências e, principalmente, tornem-se mais saudáveis, autônomas e confiantes. 
COMPORTAMENTO EMOCIONAL 
Conforme vamos construindo as nossas discussões sobre o desenvolvimento psicomotor, remetemo-nos ao entendimento de que 
tendo por suporte as bases da neurociência, é necessário que o educador refletia constantemente sobre o processo de 
aprendizagem de seus alunos, considerando as suas características individuais e processos de desenvolvimento. 
Neste momento, vamos abordar uma vertente de discussão que cada vez mais vem sendo explorada e tratada na perspectiva da 
neuroeducação, que é o comportamento emocional. Vamos caracterizar os seus principais preceitos. 
O comportamento emocional e o desenvolvimento da criança 
Ao discutir sobre a emoção, Lent (2010) nos propõe que esta é uma experiência subjetiva acompanhada de manifestações 
fisiológicas comportamentais detectáveis. Quando falamos do ser humano, a descrição do componente subjetivo da emoção é de 
difícil controle, pois somente o próprio indivíduo tem acesso a ele. A emoção tem sido objeto de estudo de diversas áreas e 
apresenta uma relação estreita com a motivação do indivíduo (BRANDÃO, 2001). 
Mesmo assim, tomando os princípios e métodos da Neurociência, podemos analisar uma emoção acompanhando as suas 
manifestações orgânicas e comportamentais, e, ainda, realizar os registros de atividades cerebrais por meio de imagens do 
funcionamento do cérebro (LENT, 2010). As regiões neurais envolvidas quando falamos das emoções, são geralmente reunidas no 
— — denominado sistema límbico, que agrupa regiões corticais e subcorticais, situadas não exclusivamente, mas geralmente em 
regiões mais mediais do cérebro. No cérebro dos mamíferos o sistema límbico é responsável pelas emoções e comportamentos 
sociais. 
As regiões corticais são aquelas que compõem o córtex cerebral, como o lobofrontal, parietal, occipital e temporal, responsáveis 
pela capacidade de realizar funções mentais superiores. As estruturas subcorticais estão situadas em uma região sob o córtex 
cerebral, compondo a base do cérebro, e é composta por cerebelo, bulbo raquidiano, sistema reticular, tálamo, hipotálamo, amídala 
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e hipocampo. 
Conhecendo o sistema límbico 
O sistema límbico é o responsável basicamente por controlar as emoções e as funções de aprendizado e da 
memória, localizado nas estruturas do cérebro tem formato de um anel cortical de cor acinzentada, 
formado por neurônios ele possui várias estruturas e cada uma delas tem suas funções. 
Fonte: Portal Educação (2013). 
Continuando as nossas discussões acerca das emoções e comportamentos sociais, na figura, a seguir, podemos visualizar a 
estrutura do sistema límbico. 
Figura 1 - Estrutura do sistema límbico 
Fonte: http://www.guia.heu.nom.br/sistema_limbico.htm 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.guia.heu.nom.br%2Fsistema_limbico.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNF3-9sdo1Zp5nVB1Gj6uduv0RsLUw
Figura 2 - Esquema explicativo simplificado das funções do córtex pré-frontal 
Fonte: Lent (2010, p. 744). 
O córtex pré-frontal é a parte anterior do logo frontal do cérebro responsável pela integração e coordenação de estruturas 
corticais e subcorticais, tendo um papel significativo no estado de atenção, estresse e emoção. O córtex pré-frontal também se 
envolve com funções cognitivas complexas, como: ter atenção, comunicar, imaginar, ter lembranças, refletir, planejar, modificar 
ações, decidir, sentir etc. A sua importância também se estende para a definição e ajuste da personalidade do indivíduo. 
Por meio da Figura 2, Lent (2010) nos apresenta que o uso da razão começaria medialmente pela atividade do córtex cingulado 
anterior, representado na figura em azul, encarregado de focalizar a atenção perceptual e cognitiva, modulando também a 
atividade das áreas funcionais correspondentes. As áreas em amarelo, denominadas dorsolaterais, e as em violeta, que são as 
ventrolaterais do córtex pré-frontal seriam encarregadas de comparar informações novas com antigas. O córtex pré-frontal 
ventromedial, não está representado na figura, o responsável pelo ajuste de tudo com os objetivos do indivíduo e as circunstâncias 
sociais. 
Destaca Lent (2010) que as emoções detêm de 3 (três) grandes habilidades que são: (1) a sobrevivência do indivíduo, (2) a 
sobrevivência da espécie e (3) a comunicação social. Por exemplo, diante de uma situação ameaçadora o indivíduo tem 
comportamentos defensivos que possam neutralizar a ameaça ou então reações de medo que lhe possibilitem a fuga (PRÓPRIA 
SOBREVIVÊNCIA). Ao atingir a idade adulta, o indivíduo precisa assegurar a sobrevivência da espécie, assim sendo, desenvolvecomportamentos emocionais apropriados para atrair o sexo oposto (SOBREVIVÊNCIA DA ESPÉCIE). Como forma de 
comunicação, o indivíduo desenvolve comportamentos emocionais que permitem a interação e a expressão dentro do grupo 
(COMUNICAÇÃO SOCIAL). 
— Vale ressaltar, caro(a) aluno(o), que estes comportamentos sendo os dois primeiros mais nítidos em animais, embora também 
— presentes no homem , também permeiam o ambiente educacional. As manifestações emocionais de nossos pequenos, em muito 
pode influenciar na sua aprendizagem e desenvolvimento. Podemos facilmente identificar emoções, como: alegria, tristeza, amor, 
raiva, agonia, desprezo, pânico, inveja, solidariedade e tantas outras mais. Um ponto fundamental, neste processo, é o educador ter 
a percepção para dar a tratativa adequada às emoções manifestadas. 
Lent (2010) salienta que as emoções podem ter caráter positivo e negativo. Nas de valor positivo, os comportamentos que as 
suscitam tendem a ser repetidos. Já nas de valor negativo, os comportamentos que as provocaram tendem a ser eliminados. É 
importante destacarmos, independentemente do valor, que as emoções manifestadas provocam comportamentos motivados. 
— — Esses comportamentos motivados de valor positivo ou negativo têm como elemento comum o reforço , que pode ser um 
estímulo positivo que o torna prazeroso ou então estímulo negativo que o torna desagradável. O resultado desse processo será a 
motivação em prolongar ou interromper a experiência emocional. 
Na Educação Infantil, por exemplo, é comum a criança em momento de raiva morder o coleguinha. Este é um comportamento que, 
além de ser investigado pelo educador, precisa ser tratado adequadamente quando acontece. O tipo de reforço dado a essa criança 
no momento em que ela morde (manifestação da raiva), determinará a sua motivação posterior em prolongar ou interromper este 
comportamento. “Quando o reforço é positivo, chama-se recompensa ou estímulo apetitivo, e quando é negativo se chama punição 
ou estímulo aversivo” (LENT, 2010, p. 716). 
Podemos dizer ainda que as emoções positivas provocam prazer, manifestações de amor e amizade, enquanto as emoções 
negativas levam ao desprazer, e comportamentos manifestados como o medo, o estresse, a raiva, a tristeza. 
Emoção e motivação direcionam o sistema de atenção, que decide então que informações serão arquivadas 
nos circuitos neurais, e, assim, aprendidas. 
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Sobre a dimensão afetivo-emocional, Comin (2010) nos expõe que há uma ligação íntima com o sucesso ou fracasso escolar, sendo 
frequentemente utilizada para justificar o “não-aprender”. Amplamente falando, esta dimensão enfoca: a carência, as 
impossibilidades, a falta de algo, ou seja, emoções manifestadas na criança. 
Em suma, é importante que os professores estejam atentos aos sinais e não interpretem como desatenção ou indisciplinas. Ao não 
ser realizada corretamente, essa interpretação dos comportamentos manifestados pelo aluno pode incidir por uma insistência na 
contenção do movimento da criança, como uma forma de assegurar a sua aprendizagem. 
Coll, Marchesi e Palacios (2007) complementam as nossas discussões, destacando que os problemas emocionais e sociais acabam 
por desempenhar um papel importante nas dificuldades gerais de aprendizagem e também no rendimento escolar, podendo 
ocorrer, por exemplo, deficiências na motivação, na concentração, na conduta, no relacionamento com professor e colegas, 
protesto contra os pais, baixa autoestima, ansiedade excessiva etc. Ressalta-se ainda que sintomas específicos, como enurese, 
terrores noturnos, sucção do polegar, tiques, encoprese, podem se manifestar. 
Complementando essa ideia, Brandão (2001) salienta que a experiência emocional é o resultado de vários eventos e pode 
acarretar em alterações endócrinas e autonômicas importantes, tais como: garganta e boca secas, sudorese em mãos e axilas, 
aumento de batimentos cardíacos e respiração ofegante, rubor facial, tremores as mãos e, dependendo da intensidade da 
experiência emocional, micção e defecção. 
— Para Lent (2010) as manifestações apresentadas podem ocorrer em situações de medo e raiva, sendo as duas últimas micção e 
— defecção mais frequentes durante o medo, raramente durante a raiva. Outro ponto destacado pelo autor é o de que na esfera 
comportamental, geralmente o indivíduo com raiva grita, e o que está com medo, chora ou então grita de modo diferente. Quanto 
aos gestos, os do indivíduo com raiva são ofensivos, de aproximação e/ou ataque. E os da pessoa com medo são de afastamento, 
fuga e defesa com os braços e o corpo. 
São muitos pontos importantes, não é mesmo, caro(a) aluno(a)? É claro que há uma infinidade de conteúdos e materiais que podem 
ser explorados e servir de base para que estejamos atentos e interpretemos o comportamento de nossos alunos. Não deixe de 
pesquisar sobre o assunto e realizar “leitura” de suas salas de aula. 
INTELIGÊNCIA, EMOÇÃO E EDUCAÇÃO 
Chegamos ao último momento deste nosso estudo. Vamos tratar de alguns aspectos relacionados à inteligência e a sua relação 
com o funcionamento cerebral. Assim, caro(a) aluno(a), temos a oportunidade de compreender ainda mais os comportamentos e 
ações manifestadas por nossos alunos e, dessa forma, desenvolver práticas pedagógicas que influenciem adequadamente o seu 
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Vamos lá! 
Apontamentos sobre a inteligência 
Os estudos acerca da inteligência humana são diversos e ao mesmo tempo controversos. Não estamos tratando aqui, caro(a) 
aluno(a), especificamente sobre os testes de inteligência, até mesmo porque não compõem a nossa expertise , mas das abordagens a 
respeito deste aspecto comportamental do indivíduo que acaba, muitas vezes, sendo explorado e caracterizado de forma 
generalista. 
Sobre o conceito de inteligência, Cosenza e Guerra (2011) afirmam que se trata de um tema amplo e com variado significado ao 
longo do tempo e em diversos ambientes culturais. O que os autores nos trazem é que a inteligência pode ser interpretada e 
considerada a habilidade de o indivíduo se adaptar ao ambiente e aprender com a experiência. 
Em uma definição mais abrangente, a inteligência é vista como a capacidade que envolve as habilidades de raciocinar, planejar, 
resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rapidamente por meio da experiência 
(COSENZA; GUERRA, 2011). Vemos, assim, que não se trata de apenas uma habilidade acadêmica, mas também de um conjunto de 
habilidade que extrapolam os muros da escola. 
Refletimos, assim, caro(a) aluno(a), sobre como o conceito de inteligência é interpretado e utilizado equivocadamente no cotidiano 
escolar. Ao dizermos que um aluno é ou não é inteligente, faz-se necessário que sempre pensemos o seguinte: “ Inteligente em que? ”. 
Em nossos estudos, que se utilizam das bases neurocientíficas, vimos que o cérebro se desenvolve de maneiras diferentes, adapta- 
se a situações externas, e que, por meio de seu funcionamento, manifestações comportamentais acontecem. Tais características 
vão ao encontro da necessidade de não tratar a inteligência como um conceito genérico. 
A neurociência da inteligência 
Conforme apontado em pesquisas que fazem uso de imagens para mapeamento do cérebro, o 
funcionamento cerebral se diferencia de indivíduo para indivíduo. Assim, pesquisadores sobre a inteligência 
humana passam a agregar uma série de conhecimentos a respeito do funcionamento cerebral. Um deles 
ratifica o fato de que os indivíduos não “funcionam” da mesma forma. 
Fonte: adaptado de Robert Colom, Richard J. Haier, Kevin Head, Juan Alvarez-Linera, Maria Angeles 
Quiroga, Pei Chun Shih e Rex E. jung, em Intefligence, vol. 37, n° 2, págs. 124-135, março-abril de 2009. 
Disponível em: https://www.methodus.com.br/artigo/668/a-neurociencia-da-inteligencia.htmlConforme salientam Cosenza e Guerra (2011), indivíduos costumam manifestar rigor ou fraqueza em relação ao funcionamento 
cognitivo. Por exemplo, uma pessoa pode apresentar boa percepção espacial e não ser tão boa na expressão verbal, ou vice-versa. 
As autoras complementam ainda que a inteligência pode se dividir em dois componentes: inteligência fluída e inteligência 
cristalizada. 
A inteligência fluída seria a capacidade de lidar com problemas novos, que exigem velocidade e flexibilidade mental. A inteligência 
cristalizada, por outro lado, refere-se à habilidades já existentes e ao conjunto de informações acumuladas, que se aplicam para 
resolver problemas semelhantes aos que já foram encontrados em outras ocasiões. A inteligência fluída é prejudicada pelo uso de 
drogas, a fadiga, o envelhecimento e a depressão. A inteligência cristalizada tende a aumentar com a idade (COSENZA; GUERRA, 
2011, p. 120). 
Complementando as nossas discussões, Braghirolli et al. (2014) descrevem que uma pesquisa, realizada por Frank S. Freeman em 
1976, permitiu dividir a inteligência em três grandes grupos. O primeiro grupo enfatiza a capacidade de ajustamento e adaptação 
do indivíduo ao meio, ou seja, a pessoa mais inteligente seria aquela com maior facilidade em mudar o seu comportamento em 
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função das exigências da situação. O segundo grupo diz que a inteligência se relaciona à capacidade de aprender, isto é, pessoa 
mais inteligente é aquela que aprende mais e mais depressa. Já o terceiro grupo postula a inteligência como a capacidade de 
pensar abstratamente, utilizando-se para isso de conceitos e símbolos nas mais variadas situações. 
Vale destacar que essas três maneiras de conceber a inteligência não são excludentes, mas sim aspectos de um mesmo processo 
(BRAGHIROLLI et al. , 2014). Por meio dessas reflexões, caro(a) aluno(a), podemos inferir que a inteligência corresponde a uma 
capacidade global do indivíduo em se adaptar no contexto em que vive, expressado pela sua facilidade em aprender e pensar 
abstratamente. 
Sobre a mensuração da inteligência, Braghirolli et al. (2014) nos dizem que foi um tema muito estudado por psicólogos que 
desenvolveram variados instrumentos para medi-la. Os testes realmente detectam diferenças entre os indivíduos, sendo os seus 
resultados altamente correlacionados, tornando-se, assim, instrumentos úteis para predizer desempenho futuro, muito utilizados 
em processos seletivos e de orientação vocacional. 
Neste contexto, é importante que nós, educadores, contemos com o apoio de profissionais específicos da área, psicólogos, para a 
aplicação de testes de inteligência quando identificada essa necessidade. Em um contexto escolar, por exemplo, na medida em que 
o educador identifica disfunções na aprendizagem da criança, que mesmo com estímulos, estratégias e práticas pedagógicas 
específicas continuam a se manifestar, juntamente com outros instrumentos de diagnóstico, os testes de inteligência podem 
auxiliar na identificação de indivíduos excepcionais. 
Conforme Braghirolli et al. (2014), em termos de inteligência, os indivíduos excepcionais são aqueles que se localizam em um dos 
extremos da distribuição normal da inteligência. Quando o desempenho intelectual é inferior, caracterizado por comportamento 
adaptativo ineficiente, diz que há um retardamento mental. Quando o desempenho intelectual é superior, com níveis mais 
elevados de capacidade intelectual, utiliza-se a expressão "superdotados". 
Outro ponto que se faz importante enfatizar, caro(a) aluno(a), é o de que muitas vezes essas características manifestadas nas 
crianças excepcionais são interpretadas de maneira equivocada. Conforme destacam os autores: 
Constitui um erro acreditar que todos os retardados mentais tenham características idênticas. Há muitas 
variedades de retardamento mental, além das diferenças individuais entre eles. Também é preciso notar 
que o retardo não é uma doença, mas uma deficiência que pode ter várias causas. Dentre as principais estão 
as deficiências herdadas, as lesões por ocasião do nascimento, ingestão de tóxicos pela mãe na gravidez e 
disfunções severas do sistema endócrino. 
[...]. 
Apesar da noção comum de que o superdotado teria diversas ordens, porque, na verdade, eles tendem a ser 
superiores em tudo, apesar de que, num sistema educacional comum, que não atende e não aprecia sua 
curiosidade e impaciência, podem sentir-se entediados, ter problemas de ajustamento e vir, até, a ser 
reprovados. Os superdotados têm necessidade, pois, de atendimento especial, tarefas extras e adequadas a 
sua capacidade (BRAGHIROLLI et al., 2014, p. 152-154). 
Vemos, assim, caro(a) aluno(a), que as discussões sobre inteligência são diversas e podem construir diferentes inferências 
conforme as áreas e aspectos sobre os quais se amparam. Para nós, educadores, que vivemos com as nossas crianças um exercício 
de diagnóstico constante, é necessário atenção e entendimento sobre os comportamentos manifestados, no contexto escolar, 
familiar e social. A conscientização dos pais e/ou responsáveis acerca das especificidades da inteligência é uma ação que pode 
auxiliar, e muito, neste processo. 
Um ponto que se fala muito nos dias de hoje, e que se tornou alvo de muitas discussões, é o conceito de educação emocional , algo 
que se desenvolveu a partir dos preceitos sobre Inteligência emocional , popularizado nos anos 90, pelo psicólogo Daniel Goleman, 
e muito utilizado como ferramenta para obtenção de sucesso nos meios de comunicação e empresariais. 
A inteligência emocional traz como pressuposto a habilidade que o indivíduo detém de perceber os seus próprios sentimentos e 
emoções, expressando-os de forma precisa, obtendo facilidade de relacionamentos e crescimento pessoal. Uma teoria que ainda 
apresenta resultados controversos, não sendo validada por uma série de pesquisadores. 
Outra teoria que apoiou o desenvolvimento e propagação de estudos e pesquisas sobre a educação emocional, nas escolas, foi a 
teoria da Inteligências Múltiplas de Howard Gardner. Segundo ele existiram oito inteligências nos indivíduos: verbal, lógico- 
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matemática, espacial, corporal-cinestésica, musical, interpessoal, intrapessoal e naturalista (COSENZA; GUERRA, 2011). A 
primeira implicação da teoria das inteligências múltiplas de Gardner é a de que existem talentos diferentes, conforme as 
inteligências mais aguçadas nos indivíduos. 
Por exemplo, uma criança pode ter um talento muito apurado em atividades esportivas, que envolvem dança, música, o corpo, pois 
ela tem a inteligência corporal-cinestésica mais desenvolvida, mas pode não dispor do mesmo talento para atividades que exijam 
habilidades para resolver problemas, manifestadas na inteligência lógico-matemática. Sob essa perspectiva, o estímulo, que de 
acordo com as bases neurocientíficas devem ser intensificados na primeira e segunda infância, tornam-se fundamentais. 
Para nos ajudar neste processo, caro(a) aluno(a), o quadro a seguir traz as características manifestadas pelos indivíduos, 
considerando cada tipo de inteligência, e propostas de atividades que podem ser realizadas com esses indivíduos. 
Quadro 1 - Proposição de atividades combinadas para as inteligências múltiplas 
Fonte: Relvas (2010, p. 104). 
O ponto de inflexão entre as duas teorias, Inteligências Múltiplas e Inteligência emocional, está em que ambas têm como foco a 
otimização da inteligência e não a sua mensuração. Conforme explicitado por Wedderhoff (2007, p. 1): "O objetivo da educação 
emocional não está centrado na mensuração da inteligência, mas, sim, na sua otimização,a partir da educação das emoções. 
Constitui-se num processo complexo de construção permanente, originado no seio da família, passando pela escola e continuando 
por toda a vida. No entanto não pode ser vista como mais um tipo de autoajuda ou uma receita que transforma todos os problemas 
em soluções". 
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Trabalhando a inteligência emocional das crianças 
É importante conhecer o nível de desenvolvimento e as habilidades dos pequenos para assim estimular 
adequadamente, como também atender às suas expectativas. Os adultos precisam estar atentos às 
“mensagens” que enviam, pois os pequenos também aprendem socialmente, por meio de nossos 
comportamentos. 
Fonte: adaptado de Neuroeducação (2016). Disponível em: http://revista- 
neuroeducacao.com.br/trabalhando-a-inteligencia-emocional-das-criancas/ . 
Assim sendo, por meio dos pontos abordados em nosso estudo, vemos que não podemos enxergar a educação emocional com um 
fenômeno de natureza unicamente escolar, mas sim como um processo que se inicia no ambiente familiar, desde os primeiros 
momentos de vida, se não, antes mesmo de a criança nascer. 
E, mesmo nos meandros de controvérsias em que se instalam as diferentes teorias, a educação emocional pode ser considerada um 
novo paradigma pedagógico que precisa ser explorado, dissecado por nós, professores, educadores e pesquisadores, pois ela é um 
fato requerido no âmbito educacional. 
Pense nisso, caro(a) aluno(a). Eis mais um grande desafio para nós, educadores! 
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ATIVIDADES 
1. Em nossos estudos sobre o desenvolvimento neuropsicomotor, pudemos refletir sobre a importância dos estímulos adequados 
nos primeiros anos de vida da criança. Considerando as conjecturas propostas e os aspectos principais da psicomotricidade, 
analise as afirmações e assinale a alternativa correta. 
I - Os estímulos, sensoriais e motores, caracterizam a psicomotricidade e influenciam no desenvolvimento do indivíduo. 
II - O objeto de investigação da psicomotricidade é o corpo percebido como fonte inesgotável de possíveis relações do indivíduo 
com o outro, com o mundo, com os objetos. 
III - As experiências de movimento diminuem a função cognitiva do indivíduo, visto que o movimento é a chave do 
desenvolvimento motor. 
IV - Os primeiros anos de vida de uma criança são fundamentais para o seu desenvolvimento psicomotor. 
a) Somente, as afirmativas I e II estão corretas. 
b) Somente, as afirmativas II e III estão corretas. 
c) Somente, as afirmativas I, II e III estão corretas. 
d) Somente, as afirmativas I, II e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
2. Foi estudado que a emoção é uma experiência subjetiva acompanhada de manifestações fisiológicas comportamentais 
detectáveis. Quando falamos do ser humano, a descrição do componente subjetivo da emoção é de difícil controle, pois somente o 
próprio indivíduo tem acesso a ele. Considerando os princípios neurocientíficos para entendimento da emoção, onde estão 
reunidas as regiões neurais? Assinale a alternativa correta. 
a) No sistema neural, com as suas conjunturas e plasticidade. 
b) No sistema límbico, que agrupa regiões corticais e subcorticais. 
c) No córtex cerebral. 
d) Especificamente no lobo frontal. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
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3. Nos apontamentos realizados sobre a inteligência, vimos as concepções de Howard Gardner, proponente da Teoria das 
Inteligências Múltiplas. Essa teria propõe 9 (nove) habilidades/tipos de inteligência, cada qual com as suas caraterísticas. 
Considerando as inteligências propostas por Gardner e o que os professores podem fazer para desenvolvê-las, relacione esses 
aspectos, a seguir, e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
(1) interpessoal 
(2) Intrapessoal 
(3) Espacial 
(4) Musical 
(5) Corporal-cinestésica 
(6) Lógico-matemática 
(7) Linguística 
(8) Naturalista 
( ) Desenhar mapas e labirintos, conduzir atividade de visualização. 
( ) Utilizar aprendizagem cooperativa, passar projetos em grupo e em duplas, criar situações nas quais troquem informações. 
( ) Reescrever letras de músicas para ensinar conceito, ensinar história por meio da música. 
( ) Utilizar o espaço fora da sala de aula, ter plantas e animas na sala, conduzir experiências de ciências, criar área de natureza. 
( ) Criar projetos de leitura e escrita, ajudar os alunos a preparar discursos, despertar para os debates, palavras cruzadas. 
( ) Permitir o trabalho no ritmo de cada um, designar projetos individuais e direcionados, estabelecer metas, oferecer 
oportunidades, receberem feedback um dos outros, envolver em projetos de reflexão. 
( ) Proporcionar atividade de movimentos. 
( ) Usar jogos de estratégias, usar objetos concretos, gravar informações em gráfico, estabelecer linhas de tempo e espaço, mapas. 
a) 1,2,4,3,7,5,6,8. 
b) 2,1,4,5,6,8,7,3. 
c) 3,1,4,8,7,2,5,6. 
d) 3,1,2,5,6,7,8,4. 
e) 7,5,6,1,3,2,8,4. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Nas discussões propostas neste estudo, tivemos a importância de compreender sobre a importância da psicomotricidade para o 
desenvolvimento da criança. Vimos que os estímulos adequados, especialmente na primeira e segunda infâncias, quando o cérebro 
está no seu ápice de desenvolvimento são fundamentais não somente para o desenvolvimento motor, mas também para o 
desenvolvimento cognitivo. 
Pudemos compreender a importância do cuidado com os diferentes estímulos externos à criança, em face da influência em seu 
desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. É importante, caro(a) aluno(a), que você tenha compreendido que as bases 
neurocientíficas podem ajudar o professor, especialmente da educação infantil, a potencializar o processo de desenvolvimento dos 
pequenos. 
Como vimos, os anos iniciais da vida de um indivíduo são fundamentais e repercutem em comportamentos e ações que se 
manifestam até a sua vida adulta. O comportamento emocional, por exemplo, não deve ser desconsiderado nessa fase, mas sim ser 
“tratado” adequadamente pelo professor, que deve procurar ajuda/apoio do psicológico ou psicopedagogo quando necessário. 
Falamos, ainda, sobre emoções negativas e emoções positivas manifestadas pela criança e da ligação dessas emoções com o 
sucesso ou fracasso escolar. Vimos que, assim, os problemas emocionais e sociais desempenham um papel importante nas 
dificuldades gerais de aprendizagem e também no rendimento escolar. 
Ao final, mas não menos importante, foram realizados apontamentos sobre a inteligência humana e os novos desafios dos 
professores, entre eles, trabalhar a educação emocional da criança juntamente com a família. 
Espero que os apontamentos aqui realizados tenham sido elucidativos no que diz respeito ao desenvolvimento neuropsicomotor e 
ao comportamento emocional, mas, que principalmente, sirvam de base para a realização de novas pesquisas e o alcance de novas 
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Material Complementar 
Na Web 
Bia Bedran: O Desenvolvimento da Criança e o Brincar 
É um instinto natural. Toda criança nasce sabendo brincar. Um direito 
fundamental importantíssimo para o desenvolvimento do conhecimento, 
habilidades e potencialidades ainda na infância. Qual a importância do faz 
de conta para o desenvolvimento da criança? A televisão contribui ou 
desestimula o brincar? Até que ponto uma infância recheada de fantasia é 
um estímulo na formação da personalidade? Para conversar sobre o 
desenvolvimento da criança e o brincar, uma referência quando o assunto 
é arte voltada para a infância: Bia Bedran contadora de histórias, 
compositora e professora. 
Web: https://www.youtube.com/watch?v=EfjKtCeRBgY 
Howard Gardner - Para cada pessoa, um tipo de educação 
Howard Gardner, psicólogo norte-americano e teórico das inteligências 
múltiplas, explica duas implicações educativas. Conferencista do 
Fronteiras do Pensamento 2009. 
Web: https://www.youtube.com/watch?v=tLHrC1ISPXE 
A vida secreta dos bebês 
Um documentário que explica com clareza todo o desenvolvimento do 
bebê até os dois anos de idade. Como é ser um bebê de acordo com a 
perspectiva dele? O que se passa na cabeça do seu filho e como é possível 
que um ser humano tão pequenino possa ser tão inteligente? Todas essas 
perguntas são respondidas pelo documentário desenvolvido pela BBC, “A 
vida secreta dos bebês”. A série é imperdível para mamães e futuras 
mamães que querem entender um pouco mais sobre o desenvolvimento 
do seu pequeno. A série completa está disponível no Netflix. 
Web: http://gnt.globo.com/programas/gntdoc/videos/4540638.htm 
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REFERÊNCIAS 
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BRANDÃO, M. L. Psicofisiologia : as bases fisiológicas do comportamento. São Paulo: Atheneu, 2001. 
COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. Desenvolvimento psicológico e educação : transtornos do desenvolvimento e 
necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
COSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e educação : como o cérebro aprende. Porto Alegre: Armed, 2011. 
KYRILLOS, M. H. M.; SANCHES, T. L. Fantasia e criatividade no espaço lúdico: educação física e psicomotricidade. In: ALVES, F. 
Como aplicar a psicomotricidade : uma atividade multidisciplinar com amor e união. Rio de Janeiro: Wak, 2004. p.153-175. 
LENT, R. Fundamentos da Neurociência. In LENT, Roberto. Cem bilhões de neurônios : conceitos fundamentais de neurociência 
São Paulo: Atheneu, 2010. 
LÉO, M. F. G. Neurociência e Educação. Monografia . Universidade Candido Mendes. Niterói: Projeto A vez do Mestre, 2010. 
MENDONÇA, R. M. Criando o ambiente da criança: a psicomotricidade na educação infantil. In: ALVES, F. Como aplicar a 
psicomotricidade : uma atividade multidisciplinar com amor e união. Rio de Janeiro: Wak, 2004. p.19-34. 
OLIVEIRA, G. de C. Psicomotricidade : educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. 4.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000. 
PILETTI, N. Psicologia educacional . 17. ed. São Paulo: Ática, 2004. 
RELVAS, M. P. Neurociência e educação : potencialidades dos gêneros humanos na sala de aula. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2010. 
THOMPSON, R. Psicomotricidade. In.: MAIA, H. (org.). Neurociências e desenvolvimento cognitivo . Rio de Janeiro: Wak Editora, 
2011. Volume 2. 
VELASCO, C. G. Brincar : O Despertar Pscicomotor. Rio de Janeiro: Sprint,1996. 
VIGOTSKI, L. S. O desenvolvimento psicológico na infância . São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
VIGOTSKI, L. S. O desenvolvimento psicológico na infância . São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
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http://www.ded.ufla.br/forumsulmineiro/imagens/artigo_maria_chantal.2010-07-07_14-37-48.pdf 
COMIN, M. T. S. Problemas afetivos e de condutas em sala de aula. REI – Rev. de Educação do IDEAU . V. 5, n. 10, jan-jun, 2010. 
Disponível em: http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/206_1.pdf . Acesso em 04/04/2017. 
SANTOS, A. D.; COSTA, G. M .T. A psicomotricidade na educação infantil: um enfoque psicopedagógico. REI – Ver de Educação do 
IDEAU . Vol. 10 – Nº 22 – Julho - Dezembro 2015. Disponível em: 
http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/278_1.pdf Acesso em 25/03/2017. 
WEDDERHOFF, E. Educação emocional: Um novo paradigma pedagógico?. Revista Linhas , v. 2, n. 1, 2007. Disponível em: 
http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/viewFi-le/1299/1110 . Acesso em 28/03/2017. 
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APROFUNDANDO 
Falaremos sobre brincar e estimular os sentidos do 0 aos 6 anos. Sabemos que muito precocemente os bebês já distinguem 
expressões faciais e iniciam o desenvolvimento de suas emoções. 
Conforme a criança vai crescendo e se desenvolvendo, é fundamental que os estímulos do mundo externo contribuam para o seu 
desenvolvimento. Neste contexto, o lúdico, por meio de atividades afetivas e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio 
expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser 
humano. 
Schiavo e Ribó (2007) nos apresentam, que a criança como ser ativo que é, merece no seu tempo de crescimento e 
desenvolvimento estimulação e exploração adequadas. 
Assim, as atividades diárias, brincadeiras, falas e experiências se constituem em momentos de construção espontânea do 
aprendizado. 
Na fase de zero a seis anos de vida da criança, ela passa por diversas mudanças pontuais e importantes que 
estabelecem um direcionamento em sua personalidade, suas características estruturais, quanto às 
percepções do mundo e das pessoas do seu cotidiano, e seu desenvolvimento harmonioso. Assim sendo, é 
importante um ambiente estimulador, onde a criança tenha oportunidades e possibilidades de ver, ouvir, 
sentir, explorar e desenvolver suas necessidades e habilidades, conhecer seus limites, e, destamaneira, 
formar sua personalidade (SCHIAVO; RIBÓ, 2007, p. 3). 
Neste contexto, o lúdico e as brincadeiras se constituem em uma forma de aprender que se relaciona com brinquedos, jogos, 
brincadeiras, onde a criança tem a oportunidade mostrar o seu jeito de ser ao mesmo tempo em que aprende regras, desenvolver o 
seu ser social, sua inteligência sua coordenação e autoconfiança, seu emocional e o prazer e satisfação em realizar ao que lhe é 
proposto. 
Podem ser utilizados cantigas, contos, brincadeiras e poesias e por meio dessas atividades proporcionar o desenvolvimento 
integral da criança, trabalhando assim aspectos físicos, cognitivos, sociais e afetivos. Também são brincadeiras que estimulam e 
propiciam esse desenvolvimento integral: 
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Em sala de aula, Devries (2004) nos expõe que ainda podem ser aplicados no desenvolvimento infantil: 
As atividades precisam ser orientadas para que a criança perceba que o que está fazendo é, ao mesmo tempo, interessante e 
desafiador. Caso contrário, o aprendizado significativo não acontecerá e a atividade se tornará rotineira e mecânica. Para isso, é 
importante que o educador considere e respeite a faixa etária, ao planejar e materializar a sua atividade. 
Neste processo, a criança com as suas potencialidades e necessidades, juntamente com o educador dotado de suas qualificações 
profissionais, estabelecerão relações de afeto e atenção. Dessa forma, a prática pedagógica se traduz em aprendizagem 
significativa e prazerosa, contribuindo diretamente para a formação integral da criança (GUSSO; SCHUARTZ, 2005). 
Gusso e Schuartz (2005, p. 246) sugerem algumas atividades e recursos para a prática pedagógica na educação infantil, 
considerando para isso faixa etária, características principais, algumas atividades pedagógicas e alguns recursos necessários para 
que o educador possa utilizar o lúdico em sua prática educativa de forma significativa e prazerosa, conforme apresentado no 
quadro a seguir. 
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Quadro 1 - Atividades e recursos para a prática pedagógica na educação infantil 
Fonte: Gusso e Schuartz (2005, p. 246). 
PARABÉNS! 
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DEVRIES, R. O currículo construtivista na Educação Infantil: práticas e atividades. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
GUSSO, S. F. K.; SCHUARTZ, M. A. A criança e o lúdico: a importância do “brincar”. V Educere. Curitiba: 2005. Disponível em: 
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2005/anaisEvento/documentos/com/TCCI057.pdf Acesso em 30/03/2017. 
SCHIAVO, A. A. N.; RIBÓ, C. M. E. Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anos. Seminário do 16º COLE – Congresso de Leitura do 
Brasil, Unicamp: 2007. Disponível em: http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem13pdf/sm13ss17_01.pdf 
Acesso em 05/04/2017. 
Avançar 
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