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BOUBA AVIÁRIA -Doença contagiosa caracterizada pela presença de erupções na pele sob a forma de placas e ou placas diftéricas nas mucosas. Etiologia -Vírus da Família Poxviridae, apresenta DNA de fita dupla, envelopa com dupla membrana. É um capsídeo retangular/elíptico. Forma corpúsculo de inclusão citoplasmática (corpúsculo de Bollinger). -Sua replicação ocorre no citoplasma-núcleo-citoplasma. -Possui distribuição mundial afeta aves em geral independente de idade. Sua transmissão é horizontal por contato direto, vetores mecânicos ou biológicos. Possui maior incidência no verão devido a proliferação de mosquitos. Patogenia -É transmitida pela picada de inseto como mosquito e pelo contato de aves infectadas -Seu período de incubação é de 4-10 dias. Tendo mortalidade baixa na forma cutânea e alta mortalidade na forma diftérica. -Após a penetração do vírus, se multiplica no local e no tecido linfóide regional. A primeira viremia irá se multiplicar em vários órgãos (pulmões, fígado, baço), já a segunda viremia tem replicação na pele e mucosas. -As escamas que se desintegram depois de desprendidas, propagam a doença, pois o vírus é altamente resistente ao sol e à luz e se mantém infestante no solo por mais de um ano. Assim o material infestante pode ser espalhado pelo vento, por pessoas, veículos, animais diversos e parasitos das aves Sinais clínicos -Forma cutânea: erupções na pele desprovida de penas (pés, cristas, barbelas), lesões nodulares com tamanhos diferentes e de coloração variante do rósea ao cinza escuro. -Quanto às alterações anátomo patológicas, na forma cutânea as lesões variam de aparência: pápulas, vesículas, pústulas e crostas, dependendo do momento da observação. As pápulas são as primeiras lesões observadas que consistem de nódulos de cor clara na pele. As vesículas e pústulas são geralmente amareladas podendo, às vezes apresentar pequenas lesões do tipo papular -Lesões localizadas na mucosa oral, envolvendo língua, faringe, laringe e esôfago. -Formação de placas diftéricas que podem se desprender levando a hemorragias (se for na laringe, leva a asfixia) Diagnóstico -Histopatologia, presença de corpúsculos de Bollinger nas células epiteliais. Inoculação de material suspeito em ovo embrionado. -. Devem ser diferenciadas de lesões de laringotraqueíte infecciosa, deficiência de ácido pantotênico, biotina em pintinhos ou lesões de micotoxicose T-2 -O diagnóstico microscópico é realizado através de exames de cortes histopatológicos para verificação de alterações nas células do epitélio e presença dos corpos de Bollinger. Tratamento -Não há tratamento curativo, porém as aves doentes podem ser aliviadas com a remoção das crostas volumosas e cauterização das feridas com tintura de iodo ou nitrato de prata. As placas diftéricas podem ser lavadas com soluções fracas de permanganato de potássio. -Deve ser usado antibióticos para evitar e tratar as infecções bacterianas secundárias nas aves infectadas com poxvirose. Suplementação com vitamina A pode ser útil. Profilaxia -Biossegurança e vacinação do primeiro dia de vida no incubatório. isolamento das aves infectadas, controle dos mosquitos e desinfecção das superfícies expostas a aves infectadas. Os desinfetantes efetivos incluem o hidróxido de potássio (KOH) A 1%, o hidróxido de sódio (Na0H) a 2% e o fenol a 5%.