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________Dietas 
 Especiais________
Em geral, as dietas são classificadas de acordo com:
1. A consistência (variações na textura);
2. Conforme valor energético, restrições ou necessidades especiais de nutrientes.
3. Temperatura
Consistência
· 
· As modificações na consistência da dieta são em relação ao padrão dietético normal, não se refere a restrição ou modificação na composição da dieta. A ordem é progressiva, da mais consistente e completa para a menor consistente e restrita em nutrientes. 
1. Dieta normal, geral ou livre
2. Dieta branda ou leve
3. Dieta pastosa
4. Dieta semilíquida e semilíquida para disfagia
5. Dieta líquida completa
6. Dieta líquida restrita
Dieta normal, geral ou livre
· Não há alterações ou adaptações na consistência;
· Atende as leis da nutrição: harmonia, adequação, qualidade e quantidade;
· Seu valor energético varia de 1800 a 2200 kcal/dia e é adequada em nutrientes, sendo, pelo menos, em torno de 70g de proteína/dia;
· Há um fracionamento de 5 a 6 refeições/dia;
· Seu objetivo é fornecer adequadamente calorias e nutrientes;
· Sua indicação é para indivíduos que não necessitam de restrições dietéticas específicas;
Recomendações
· Arroz, cereais, cuscuz, tapioca, farináceos, pães e bolos simples (aqueles sem recheio e/ou cobertura) ou integrais;
· Tubérculos e raízes cozidas;
· Leguminosas e oleaginosas in natura;
· Leite, iogurte e queijos magros;
· Carnes magras, aves sem pele, peixes assados, cozidos ou grelhados;
· Ovo cozidos;
· Gorduras, óleos e azeites com moderação;
· Açúcares com moderação;
· Sal com moderação*
· Evita-se alimentos processados e exclui os produtos ultraprocessados;
· Deve ser considerada a tolerância individual à alimentos.
*Em hospitais já existe um padrão hipossódico.
Dieta branda ou leve
· Nesse caso, os alimentos sofrem alteração na textura devido a cocção mais prolongada, conferindo maior digestibilidade;
· É uma dieta restrita em fibras, gorduras e usualmente controlada em alimentos ácidos, flatulentos e condimentados;
· Atende as leis da nutrição: harmonia, adequação, qualidade e quantidade;
· Seu valor energético varia de 1800 a 2200 kcal/dia e é adequada em nutrientes;
· Há um fracionamento de 5 a 6 refeições/dia;
· Sua indicação é para melhorar a mastigação, deglutição e principalmente a digestibilidade.
· Exemplo de condições: pré e pós-operatório, preparo de alguns exames, cateterismo ou angioplastia, pessoas idosas, gastrite e úlcera péptica (com o objetivo de promover conforto gástrico).
Recomendações
· Arroz, macarrão etc. bem cozidos;
· Pães, biscoitos e bolo simples macios (ex.: pão de leite, biscoitos caseiros, biscoito maisena molhado no leite);
· Aipim, inhame, batata inglesa e batata doce bem cozidos;
· Frutas macias, maduras, sem a casca, assadas, em forma de suco ou de vitaminas;
· Vegetais cozidos ou refogados em pequenos pedaços, vegetais crus são excluídos;
· Carnes cozidas, assadas ou grelhadas com cortes macios, desfiadas, moídos;
· Ovo cozido ou poché;
· Leguminosas bem cozidas com caldo ou amassadas com o garfo;
· Leite, iogurte e queijos moles e/ou cremosos;
· Gorduras, óleos e azeite com moderação (sem frituras);
· Açúcares e doces com moderação;
· Sal com moderação;
· Evita-se alimentos processados e exclui-se os ultraprocessados;
· Deve ser considerada a tolerância individual à alimentos.
Alimentos que devem ser excluídos
· Especiarias e condimentos fortes;
· Bebidas gaseificadas;
· Alimentos ácidos, gordurosos e flatulentos;
· Hortaliças e legumes crus;
· Alimentos duros e secos.
Dieta pastosa
· É aquela em que os alimentos têm textura menos sólida (estão mole/macios) que requerem o mínimo de mastigação;
· A apresentação das refeições são alimentos moídos, desfiados, purê, suflê, mingau, amassado, pasta, papa, sopa e caldo engrossado. Também podem ser ofertados alimentos em pequenos pedaços, como frutas picadas;
· Atende as leis da nutrição: harmonia, adequação, qualidade e quantidade;
· Seu valor energético varia de 1800 a 2200 kcal/dia e é adequada em nutrientes;
· Há um fracionamento de 5 a 6 refeições/dia;
· Sua indicação é principalmente para pacientes com dificuldade de mastigação, mas também de deglutição e nos processos digestivos;
· Exemplo de condições: desnutrição ou envelhecimento (devido a fraqueza), alterações anatômicas da boca ou esôfago, doenças bucais e esofágicas, edentulismo e uso de próteses dentárias, processos inflamatórios no TGI, distúrbios neuromotores (como disfagia leve) e danos neurológicos (como AVC).
Recomendações
· Arroz branco em papa, macarrão, polenta, mandioca e batata bem cozidos;
· Pães, biscoitos e bolos macios ou molhados no café ou leite e o mingau de cereais (aveias, tapioca, farinha de arroz e outros);
· Frutas amassadas, assadas, purês, vitaminas ou sucos;
· Vegetais bem cozidos e picadinhos ou na forma de purê;
· Leite e derivados como iogurte, sorvete e coalhada;
· Carnes moídas, desfiadas ou liquidificadas;
· Ovo cozido ou poché e amassados;
· Leguminosas em caldo ou com grãos amassados;
· Sopas cozidas, liquidificas ou cremosas;
· Açúcares com moderação (pudim, gelatina, arroz doce, frutas em calda);
· Sal com moderação;
· Evita-se alimentos processados e exclui-se os ultraprocessados;
· Deve ser considerada a tolerância individual à alimentos.
Alimentos que devem ser excluídos
· Alimentos duros, secos, crocantes, empanadas, fritos, crus, com semente, casca e pele;
· Castanhas e nozes (oleaginosas) in natura, sugere-se triturar e misturar as preparações;
· Frutas em polpas, hortaliças folhosas cruas e legumes com sementes;
· Embutidos, conservas, enlatados, produtos de pastelarias e frituras em geral.
Dieta semilíquida
· Aqui os alimentos têm consistência semifluida/cremosa, onde as preparações podem ser liquidificadas para alcançar a consistência desejada;
· Seu valor energético varia de 1300 a 1500 kcal/dia e pode não ser adequada nutricionalmente;
· Sua indicação é para pacientes com função gastrointestinal comprometida/reduzida, que requerem repouso gástrico;
Dieta semilíquida para disfagia
· Direcionada para pacientes com disfagia orofaríngea (dificuldade de deglutição) que correm risco de bronco aspiração, que pode ter sido causada por problemas no sistema nervoso central (AVC, doença de Parkinson, esclerose múltipla e neoplasias) e distúrbios neuromusculares (como miastenia grave).
· Os alimentos têm consistência semifluida/cremosa, porém, os líquidos são viscosos por meio de espessamento;
Tipos de espessantes:
- Farináceos a base de amido que podem requerer aquecimento para aumentar a viscosidade (amidos de milho, creme de arroz) ou gomas (goma guar).
- Espessantes industrializados: adicionados às preparações quentes ou frias, como água, sucos, caldos e sopas. Eles não alteram a palatabilidade e não requerem aquecimento. 
· Seu objetivo é promover melhor controle oral sobre o bolo alimentar e proporcionar maior tempo para que o reflexo de deglutição seja desencadeado;
· Sua indicação é para pessoas com disfagia. A consistência semifluida ou com líquidos espessados facilita a deglutição, com menor risco de aspiração pulmonar em relação aos líquidos ralos. Em pacientes com disfagia a oferta via oral, a consistência e a viscosidade dos líquidos (néctar, mel e pudim) devem ser criteriosas, requerendo avaliação do fonoaudiólogo. 
Recomendações
· Caldos ou sopas (carnes, vegetais, cereais e tubérculos) liquidificados e servidas na forma de creme ou fluida;
· Frutas na forma de vitaminas ou sucos com espessantes;
· Leite com espessantes ou na forma de vitamina, iogurte e coalhada;
· Mingau ralo;
· Água, chá, café, sucos, suplementos líquidos com espessantes;
· Evita-se sorvetes, picolés, gelatina e outros que se tornam líquidos na boca;
Estratégias nutricionais aplicáveis
· Ampliar o número de refeições servidas aos pacientes ao dia;
· Incluir nas preparações culinárias alimentos estratégicos para aumentar a oferta energética e proteica;
· Adicionar às preparações culinárias os módulos nutricionais de carboidratos, proteínas ou lipídios.Os módulos são produtos concentrados de determinado nutriente que visam suprir sua deficiência;
· Utilizar suplementos nutricionais orais considerando, se for o caso, o espessamento. Diferente dos módulos, os SNO não são concentrados em apenas 1 nutriente, mas sim em vários;
· Orientação nutricional e monitoramento individualizado.
Dieta líquida completa
· Todos os alimentos são líquidos ou se tornam líquidos na boca, sem restrições de nutrientes. Não é um tipo de dieta direcionada a disfágicos;
· Dieta com padrão hipo a normocalórico (varia de 500 a 1500 kcal/dia) e tende a ser mais pobre nutricionalmente;
· O fracionamento é de 2 em 2 horas, com volume reduzido de 40 a 50ml em casos de cirurgias digestivas, mas não é usada para pós cirúrgico imediato;
· Seu objetivo é promover a redução do trabalho de mastigação, do sistema digestório, para adaptação digestiva pós-digestivas e a hidratação do paciente;
· Sua indicação é para:
- Pacientes no pós-operatório de cabeça, pescoço, boca, buco-maxilar, amígdalas, extração dos dentes, esôfago ou estreitamento esofágico e outras;
- Pacientes incapazes de tolerar alimentos sólidos ou com dificuldade de mastigação, deglutição e digestão (necessitam de repouso do TGI);
- Preparo para realização de exames, como colonoscopia;
Recomendações
· Caldos/sopa de cereais, vegetais e frango/carnes. Após o preparo, bater no liquidificador, peneirar e ofertar-se o caldo (algumas literaturas não recomendam peneirar, isso vai depender da tolerância do paciente);
· Caldo de feijão, conforme tolerância individual;
· Leite, iogurte e vitaminas de frutas com consistência rala;
· Sorvetes e picolés que se dissolvem na boca;
· Sucos de frutas e/ou vegetais com ou sem adição de açúcar e coados. Se tratar de um paciente que precise recuperar seu estado nutricional e não for diabético, usar o açúcar;
· Água normal sem gás, água de coco (rica em eletrólitos) e bebidas isotônicas;
· Gelatinas normal ou diet;
· Chás e café com ou sem adição de açúcar, conforme tolerância/situação;
· Uso de módulos nutricionais (PTN e CHO) e/ou suplementos nutricionais podem ser considerados;
 
Exemplo de dieta líquida completa do HGVC
Dieta líquida restrita
· São ofertados apenas líquidos com coloração clara/translúcida (por isso também chamada de dieta dos líquidos claros) para evitar a formação de resíduos no cólon intestinal;
· É uma dieta isenta de fibras, açúcares fermentativas (lactose e sacarose), gorduras e condimentos;
· Tem padrão hipocalórico (500 a 600 kcal) e inadequada nutricionalmente;
· Deve ser mantida por curto período (menos de 4 dias, geralmente por 1 dia), como dieta de prova, exceto para pós cirúrgico de bariátrico;
· O fracionamento é de 2 em 2 horas, com volume reduzido de 40 a 50ml em casos de cirurgias digestivas. Usada em pós cirúrgicos imediatos;
· Seu objetivo é minimizar o trabalho digestivo (repouso digestivo) pela redução da disponibilidade de resíduos no cólon intestinal e favorecer a hidratação;
· Sua indicação é para pacientes com necessidade de hidratação e repouso do TGI, pós-cirúrgico do TGI, infecções graves, doenças inflamatórias intestinais agudas, diarreia aguda e severa, desmame da terapia nutricional parenteral e preparo de exames.
Recomendações
· Caldo de legumes cozidos (após o preparo, liquidifique, passe na peneira, sirva apenas o caldo, sem resíduos);
· Água sem gás, água de coco e bebidas isotônicas;
· Chás claros sem adição de açúcar;
· Suco/refrescos de frutas coadas como o de laranja-lima, maracujá e abacaxi sem adição de açúcar;
· Evitar frutas flatulentas, como a melancia;
· Gelatinas diet;
· Picolé de fruta, sem leite;
· Indica-se se a monitorização clínica do estado nutricional do paciente se mantida por tempo prolongado;
· Pode ser feito uso de módulos nutricionais (PTN e CHO).
*Após cirurgia bariátrica exclui-se açúcares para promover a perda de peso e evitar síndrome de Dumping.
- Síndrome de Dumping: Problema que ocorre quando a ingestão de alimentos ricos em açúcar ocasiona sintomas de mal-estar no paciente, como dores abdominais e sensação de desmaio. Isso acontece pois na bariátrica o processo do sistema digestivo é alterado.
Exemplo de dieta líquida restrita do HGVC
Componentes nutricionais
Dieta para diabetes
· A dieta é a base para o tratamento do diabetes, como medida exclusiva ou coadjuvante do tratamento medicamentoso. É realizada a restrição de carboidratos simples e introdução de carboidratos complexos (ricos em fibras). 
· Seu objetivo é corrigir anomalias metabólicas do diabetes, manter o peso ideal (indivíduos com sobrepeso/obesidade favorece o diabetes) e prevenir complicações associadas à doença.
· Trata-se de uma dieta hipo ou normoglicêmica, de 45 a 60% das necessidades energéticas estimadas. As calorias e nutrientes são ajustados as necessidades individualizadas, sendo restrita em açúcares simples, controlada em gordura saturada e sódio e adequada em fibras (em especial as solúveis*). Ocorre um fracionamento de 6 ou mais refeições/dia para o controle da glicemia.
*As fibras solúveis formam géis a partir da absorção de água, retardando a absorção dos açúcares, evitando picos glicêmicos.
Alimentos/preparações evitados
· Açúcares do tipo refinado, cristal, mascavo, demerara, confeiteiro, mel e xaropes de glicose ou frutose;
· Alimentos açucarados: balas, chicletes, chocolates, sorvetes, bolos e biscoitos com cobertura ou recheios, bombons, compotas de frutas, flans, mousses, pudins, sorvetes, refrigerantes, caldo de cana e suco artificiais;
· Alimentos fritos ou ricos em gordura saturada;
· Embutidos, conservas e enlatados (devido alto teor de sódio).
Alimentos/preparações permitidos
· Aveia, centeio, feijões, lentilhas, legumes, maçã, laranja, leite e queijos;
· Presença de fibras, frutose, lactose e a gordura com moderação (menor resposta glicêmica);
· Edulcorantes com moderação: sucralose (artificial), stévia (natural), álcoois com xilitol, manitol e sorbitol;
· Produtos dietéticos “diet” de forma racionalizada.
Dieta hipossódica
· É indicada para prevenção e controle de edema, hipernatremia*, hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca, distúrbios renais e outros.
· É importante uma restrição leve a moderada de 1.000 a 2.000 mg de sódio por dia, o que equivale a 5g/sal/dia. Vale lembrar que:
1g de sal (cloreto de sódio) = 400mg de sódio
*Condição em que há um desequilíbrio hidroeletrolítico em que os níveis de sódio ficam muito elevados no organismo, provocando retenção hídrica. 
Características gerais
· Exclusão de embutidos, enlatados, conservas, produtos processados e ultra processados, inclusive temperos industrializados;
· Prefere-se o uso de temperos naturais e ervas aromáticas;
· Substitui-se a manteiga com sal por sem adição de sal;
· Substitui-se pão e bolacha com sal por sem-sal;
· Alguns hospitais optam por preparar os alimentos sem adição de sal e enviam ao paciente no almoço e jantar um sachê com 1g de sal mais ½ limão, mas essa não é uma realidade em todos os hospitais.
Dieta assódica
· É indicada para pacientes com necessidade de restrições severas de sódio, já que se trata de uma dieta sem nenhuma adição de sódio, apenas utilizando temperos naturais e ervas aromáticas, mesmo as preparações (pães, biscoitos etc.) são isentas de sal.
Dieta hipolipídica
· Restringe a adição de óleo, azeite, gordura e alimentos naturalmente riscos em lipídios. É indicada quando a digestão e/ou absorção de gorduras estejam prejudicas, como em doenças hepática, pancreática, da vesícula biliar, colestase e síndrome disabsortiva, pois provocam sintomas indesejados de diarreia e esteatorreia.
· É uma dieta com 20% ou menos das necessidades energéticas estimadas, já as calorias e demais nutrientes são ajustadas as necessidades individualizadas. 
· Os triglicerídeos de cadeia média (TCM) podem ser empregados em algumas condições. Os TCM não necessitam da bile para que ocorra a emulsificação e precisam de 30% menos de lipase quando comparados aos de cadeia longa, por isso, podem ser usados em alguns casos em que hánecessidade de melhorar o estado nutricional.
Restrição de alimentos gordurosos ou gordura visível
· Leite integral e queijos gordos e amarelados (requeijão);
· Sorvetes, sobremesas à base de leite e creme de leite;
· Manteiga, margarina, maionese e requeijão;
· Miúdos como coração, fígado e moela;
· Carnes gordas (picanha, costela, cupim etc.) frango com pele ou à milanesa, peixes gordos e fritos;
· Gema de ovo ou ovo frito;
· Embutidos (salsicha, hambúrguer, empanados, linguiça, bacon etc.);
· Produtos ultraprocessados como chips e biscoitos recheados;
· Alimentos fritos em geral (coxinha, pastel, kibe frito etc.);
· Amendoim, castanhas, nozes e linhaça;
· Abacate, coco, leite de coco e azeitona.
Dieta hipoproteica
· É aquela restrita em alimentos fontes de proteínas de alto teor biológico, podendo variar entre 0,6 e 0,8g/kg/dia. As calorias e demais nutrientes são ajustadas as necessidades individualizas. É indicada para pacientes com doença renal crônica nos estágios 3 a 5 (fase não dialítica – conservador) e fase 3 e 4 da encefalopatia hepática (em restrição transitória).
· Algumas sugestões são: no café da manhã substituir o leite por chá; porção de leite reduzida (de 200 para 100ml); controle nas preparações culinárias em que são incluídos leite e derivados e os ovos; não utilizar módulos proteicos em preparações e no almoço e jantar utiliza-se ½ porção de carne cada refeição.
Dieta hipocalórica
· Nesse caso, é uma dieta com restrição de calorias, devendo ser harmônica e balanceada. É indicada para pacientes/indivíduos que necessitam reduzir o peso corporal, como a obesidade.
· Ocorre uma redução progressiva entre 500 e 1.000kcal/dia. Para o cálculo direto do valor energético da dieta sugere-se implementar um plano que forneça de 15 a 20kcal/kg de peso atual/dia.
Orientações gerais
· Restringir carboidratos simples, alimentos naturalmente gordurosos, adição de lipídios e de sal (alta densidade energética);
· Aumentar a oferta de frutas, hortaliças e cereais integrais nas refeições;
· Para minimizar o catabolismo proteico pode-se ampliar a oferta de alimentos fontes em proteínas (caso não exista contraindicação);
· Consumir água de acordo com sua necessidade diárias;
· Sugere-se estabelecer 5 a 6 refeições/dia;
· Reduzir o tamanho das porções;
· Comer devagar, mastigar bem os alimentos em ambiente adequado.
Dieta hiperproteica e hipercalórica
· É aquela acrescida em calorias e proteínas. É um tipo de dieta muito requerida no ambiente hospitalar, pois é indicada para indivíduos com desnutrição ou risco nutricional, estados hipermetabólicos e hipercatabólicos que necessitam de balanço nitrogenado positivo para a recuperação (queimados, politraumatizados, pós-operatório e imunossuprimidos).
· A oferta de energia pode atingir até 45kcal/kg/dia; a oferta de PTN pode ser até 2g/kg/dia e a oferta de LIP até 2,5g/kg/dia.
· Deve-se avaliar as necessidades individualizadas do paciente em relação a oferta de carboidratos e lipídios, a dieta tende a ser hiperlipídica para atender a demanda energética elevada. Há um fracionamento de 5 a 6 refeições/dia ou mais.
· Pode ser utilizado nas preparações módulos nutricionais/alimentos a base de lipídios (como óleos, azeite ou TCM), base de CHO (maltodextrina em pó) e a base de proteínas em pó.
· Pode ser utilizado suplementos nutricionais de uso oral (líquidos) com 1,5 a 2kcal/ml e 20g/PTN ou mais.
Orientações gerais
· Ofertar frutas mais calóricas, tais como abacate, coco, manga, frutas em caldas e secas, ou na forma de vitaminas enriquecidas;
· Adicionar às hortaliças o azeite de oliva, linhaça triturada, sementes de girassol ou abóbora e/ou claro do ovo cozida;
· Ofertar mingau de milho, tapioca, aveia ou outros enriquecidos com outros cereais, leite em pó, farinha de oleaginosas;
· Ofertar sobremesas à base de leite e leite de coco (pudim, sorvetes, arroz doce e canjica, flans, sorbet);
· Ofertar no café da manhã e nos lanches os ovos cozidos/mexidos;
· Adicionar gema do ovo cozida e amassada, a farinha de linhaça no caldo de feijão, purês e sopas;
· Aumentar o tamanho da porção de carnes e outras preparações;
· Utilizar leite e iogurte integral em relação aos desnatados;
· Pode adicionar queijos cremosos e queijo ralado nas preparações;
· Pode enriquecer as preparações com leite em pó integral (“leite duplo”) e vitaminas com leite de vaca e leite de coco.
Suco hipercalórico - HGVC
Ingredientes:
- 1 fatia média de mamão papaia (170g)
- 1 xícara de chá de suco de laranja (240ml)
- 3 colheres medida de maltodextrina
- 3 cubos de gelo
Modo de preparo: Bater tudo no liquidificador e servir gelado.
	Informações nutricionais
	Valor energético
	CHO
	PTN
	LIP
	Fibras
	201,2 kcal
	45,94g (91,3%)
	2,74g (5,5%)
	0,72g (3,2%)
	3,54g
Vitamina hiperproteica - HGVC
Ingredientes:
- 3 medidas de Fresubin Protein Powder
- 100 ml de leite integral
- 150 ml de iogurte
- ¼ de mamão (70g)
-1 banana pequena (90g)
Modo de preparo: Bater tudo no liquidificador e servir gelado.
	Informações nutricionais
	Valor energético
	CHO
	PTN
	LIP
	Fibras
	344,72 kcal
	50,11g (57,5%)
	20,68g (24,9%)
	6,84g (17,7%)
	2,89g
Mingau de aveia proteico - HGVC
Ingredientes:
- ½ xícara de chá de aveia em flocos (70g)
- 1 xícara de chá de leite integral (240ml)
- 3 medidas de Fresubin Protein Powder
Modo de preparo: Coloque o leite e a aveia em uma panela. Cozinhe em fogo médio, mexendo por alguns minutos até engrossar. Posteriormente adicione o Fresubin Protein Powder e mexa novamente.
	Informações nutricionais
	Valor energético
	CHO
	PTN
	LIP
	Fibras
	329,58 kcal
	44,46g (54%)
	24,75g (30%)
	5,86g (16%)
	7,8g
Dieta laxativa
· É rica em alimentos fontes de fibras insolúveis/solúveis. É indicada para promover a excreção fecal e a redução da pressão intra-colônica, como a ocorrida em indivíduos com sinais de constipação intestinal.
· As calorias e macronutrientes são ajustadas as necessidades individualizadas. A dieta deve ofertar de 25 a 30g de fibras/dia, tanto insolúveis quanto solúveis, preferindo sempre alimentos com características naturais laxativas.
· Vale destacar que não adianta ofertar uma dieta laxativa se as necessidades hídricas não forem atendidas.
Orientações gerais
· Incluir na rotina da alimentação a aveia, chia, linhaça ou o psylliun;
· Aumentar o consumo de mamão, ameixa preta (ácido didrofenil-isolina), laranja com bagaço e maçã com casca (com casca e bagaço);
· Aumentar o consumo de vegetais folhosos verdes, beterraba e cenoura cruas;
· Pode ser empregados módulos de fibras (apenas fibras solúveis, mix de fibras solúveis e insolúveis, fibras+probióticos) na água, sucos, leite e vitaminas;
· Adequar a oferta de água às necessidades hídricas de cada indivíduo;
· Estimular o indivíduo a movimentar-se;
· Ofertar uma ou duas vezes ao dia o coquetel laxativo.
Coquetel laxativo tradicional
Ingredientes:
- ½ copo de suco de laranja (ou abacaxi)
- 1 fatia de mamão
- 2 ameixas pretas sem caroços
- ½ copo de água potável
- 1 colher de sobremesa de aveia em flocos
Modo de preparo: Deixe as ameixas de remolho por aproximadamente 2 horas na água potável. Misture todos os ingredientes e bata no liquidificador. Sirva gelado.
Coquetel laxativo para diabéticos
Ingredientes:
- Suco de 1 laranja
- 1 fatia fina de mamão
- 1 ameixa preta sem caroço
- Água potável para completar 200ml de líquidos
- 1 colher de sopa de aveia em flocos
- Opcional: Uso de adoçante (não usar açúcar).
Modo de preparo: Deixe a ameixa de remolho por aproximadamente 2 horas na água potável. Misture todos os ingredientes e bata no liquidificador. Sirva gelado.
· Vale lembrar que as necessidades hídricas são:
- Jovens fisicamente ativos: 40ml/kg/dia
- 18 a 55 anos: 35ml/kg/dia
- 55 a 65 anos: 30ml/kg/dia
- > 65 anos: 25ml/kg/dia
Dieta obstipante
· É uma dieta restrita em fibras insolúveis, lactose, sacarose e lipídios. Seu objetivo é a redução do peristaltismo e prolongar o tempo de trânsito intestinal, promover o repouso intestinal e hidratar o paciente.
· É indicada em casos de diarreia comum na antibioticoterapia,doenças inflamatórias do intestino e síndrome do cólon irritável.
· Há uma predominância de fibras solúveis, pois elas se dissolvem na água formando um gel, e por isso permanecem mais tempo no estômago e no intestino delgado, dando assim uma maior sensação de saciedade, regulando o açúcar no sangue e diminuindo o colesterol.
· As calorias e macronutrientes são ajustadas as necessidades individualizadas e a ingestão de água e eletrólitos devem ser adequadas.
· Consiste numa dieta pobre em lactose e seus derivados (lactase está reduzida nos enterócitos), em fibras insolúveis e gordura (aceleram o trânsito intestinal), em açúcares simples em geral (são fermentativos) e em glúten (sensibilidade ao glúten).
· Podem ser utilizados módulos de probióticos como o Simfort da Vitafor que contém 5 cepas e ajudam a restabelecer a microbiota intestinal, assim como Fiber + da Nestlé que contém apenas fibras solúveis.
Orientações gerais
· Batata, batata doce, aipim, arroz papa, macarrão sem molho, cenoura, chuchu cozidos;
· Biscoito salgado, maisena, pão de sal e torradas;
· Frutas e/ou sucos com características obstipantes diluídos em água e coados (limão, caju, goiaba e maçã) e frutas sem casca (maçã e pera), banana maçã ou prata;
· Sopas de legumes ou canja de galinha;
· Carnes magras, frango sem pele, filé de peixes cozidos ou assados e a clara do ovo;
· Gelatina;
· Chás claros (erva-doce, camomila, cidreira, hortelã, entrecasca do coco) sem açúcar;
· Água de coco, bebias isotônicas, soro caseiro e água.
Dieta sem glúten
· Consiste numa dieta isenta em trigo, centeio, cevado, malte e aveia (pode ser contaminada). É necessária a exclusão total do glúten (composto de proteínas – prolaminas e glutaminas que se unem ao amido do endosperma de sementes). Indicada para indivíduos celíacos, com intolerância ao glúten ou alergia ao trigo. As calorias e nutrientes devem ser ajustados as necessidades individualizadas.
Orientações gerais
· Substituir farináceos com glúten por tubérculos, raízes e cereais sem glúten (pães, biscoitos, bolos, macarrão preparados com farinha sem glúten e sem contaminação cruzada);
· Evitar produtos industrializados desconhecidos, pois podem agregar trigo, centeio e aveia. Se for consumir é imprescindível a leitura do rótulo dos alimentos;
· Adequação do ambiente para evitar a contaminação cruzada.
Dieta sem lactose
· Dieta com exclusão de alimentos e preparações com a presença de lactose. Objetiva melhorar os sintomas de desconfortos gastrointestinais e de pessoas com intolerância à lactose ou que estejam com diarreia.
· São indicados para pessoas com intolerância a lactose, diarreia persistente, como ocorre nas doenças inflamatórias intestinais, síndrome do intestino irritável, na doença celíaca, toxiinfecções alimentares e uso de antibioticoterapia prolongada.
· As calorias e nutrientes são ajustados as necessidades individualizadas. Ocorre a exclusão total ou parcial de alimentos e bebidas com lactose, de acordo o grau de tolerância individual aos alimentos.
Orientações gerais
· Substitui o leite de vaca tradicional por chás, leites vegetais (soja, coco, castanhas, amêndoas, arroz e outros);
· Usar leite e derivados zero lactose (grau de intolerância maior pode não ser adequado);
· Substituir o pão de leite pelo de sal;
· Substituir a manteiga por azeite ou doces de frutas;
· Substituir farinha láctea por outros sem lactose (arroz por exemplo);
· Evitar preparações com adição de leite ou manteiga que tenham lactose (purês, tortas, bolos, pães, sobremesas) devem ser adaptadas sem lactose;
· Avaliar a presença de lactose nos rótulos dos alimentos, suplementos nutricionais, dietas enterais e medicamentos.
Dieta pobre em purinas
· Purinas são bases nitrogenadas, componentes do DNA e RNA. No organismo as purinas são metabolizadas posteriormente em ácido úrico. Elas estão presentes naturalmente em alimentos proteicos, portanto, consumo de alimentos fontes em purinas contribui para aumentar as concentrações sanguíneas de ácido úrico. 
· A dieta consiste em reduzir a oferta de alimentos ricos em purina, indicada para casos de hiperuricemia e artrite gotosa aguda (gota).
 
Orientações gerais
· Exclui-se alimentos ricos em purinas: caldos de carne e de frango ou molhos concentrados, miúdos (coração, moela, fígado, pulmão e rim), embutidos em geral (salsicha, linguiça, bacon e presunto), peixes em conservas (atum, sardinha) reduz o tamanho da porção de carne no almoço e jantar. Orienta-se a exclusão/redução de bebidas alcoólicas, pois além do álcool apresentam purinas.
Dieta sem irritantes gástricos e fermentativos
· São excluídos alimentos e bebidas irritantes da mucosa gástrica e fermentativa. Seu objetivo é suprir as necessidades nutricionais dos indivíduos e promover o conforto gastrointestinal. É indicado para casos em que há comprometimento gástrico e/ou intestinal (gastrite, úlcera), desconforto, distensão abdominal e dor gástrica.
Orientações gerais
· Isenta de cafeína (chá preto, mate, café, chocolate) e bebidas gaseificadas;
· Frutas e sucos ácidos (de acordo com tolerância individual do paciente);
· Isenta de condimentos industrializados e da pimenta;
· Reduzir a quantidade de gorduras, óleos, leite e derivados;
· Substituir carboidratos simples por complexos, boa fonte de fibras;
· Restrita em vegetais flatulentos, como crucíferos (brócolis, couve-flor, couve etc.), alho, milho, pimentão, repolho, bata doce, rabanete, nabo, cebola, melão, melancia, abacate, maçã crua, nozes, ovos, uva passa e outros;
· Evitar alimentos FODMAPs: conjuntos de alimentos fermentáveis que são mal absorvidos pelo nosso organismo e que podem causar desconforto intestinal;
· Preferir consistência branda ou pastosa, pois pode ser útil para avaliar os sintomas;
· Alimentos não recomendados: gordurosos, produtos ultraprocessados e bebidas alcoólicas.
Dieta hipocalêmica
· Consiste numa dieta restrita em potássio (K), sendo indicada para pacientes com necessidades de restrição de potássio, comum na doença renal aguda (ocorre hipercalemia).
· Suas características gerais são uma restrição de potássio para mais ou menos 3g/dia ou 3.000mg/dia. Deve-se ter cuidado com o uso de sal light ou diet, pois eles costumam ter menor sódio e mais potássio.
· Uma técnica que pode ser utilizada para reduzir os níveis de potássio nos vegetais, é realizar a cocção em 3 águas diferentes.
Frutas e hortaliças com pequena à média quantidade de potássio
· Frutas:
- 1 laranja-lima média
- 1 banana-maçã média
- 1 caqui médio
- 2 pires de jabuticaba
- 1 fatia média de abacaxi
- 10 morangos
- 1 fatia média de melancia
- ½ manga média
- 1 pêra ou pêssego ou ameixa média
- ½ copo de suco de limão ou uva
· Hortaliças:
- 5 folhas de alface
- 2 pires (chá) de agrião
- ½ pepino pequeno
- 1 pires de chá de repolho
- 3 rabanetes médios
- 1 pimentão médio
- 1 tomate pequeno
- ½ cenoura médio
- 1 pires (chá) de escarola crua
Frutas e hortaliças com elevada quantidade de potássio
· Frutas:
- 1 banana-nanica ou prata-média
- 1 fatia de melão
- 1 laranja média
- 1 kiwi médio
- ½ abacate médio
- 1 mexerica média
- ½ copo de água de coco
- 1 fatia média de mamão
· Hortaliças e leguminosas:
- 1 pires (chá) de acelga crua
- 1 pires (chá) de couve crua
- 3 colheres (sopa) de beterraba crua
- 1 pires (chá) batata frita
- 2 colheres (sopa) de massa de tomate
- 1 concha pequena de feijão
- 1 concha pequena de lentilha
· Alguns vegetais são recomendados serem comidos cozidos: couve-flor, espinafre, berinjela, vagem, quiabo, brócolis, abobrinha, batata, mandioquinha e abóbora.
Restrição hídrica
· A restrição de líquidos é indicada para indivíduos que necessitam de ingestão controlada de líquidos, como renais em diálise, hepatopatas e alguns casos de insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
Orientações gerais
· Redução na oferta e quantidade hídrica (água, água de coco, sucos, chás, café, chimarrão, caldos, leite e vitaminas);
· Substituição de sucos pelo consumo de uma fruta;
· Substituir suplementos ou dieta enteral menos concentrado em calorias para mais concentrado;· Fracionar os líquidos durante o dia;
· Beber pequenos goles de água ao dia (garrafinha com a quantidade total de água para facilitar o controle do volume a ser consumido).

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