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1 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
ANATOMIA, FISIOLOGIA E BIOQUÍMICA 
DA PELE E ANEXOS CUTÂNEOS 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
2 
 
SISTEMA TEGUMENTAR 
 
 
http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-tegumentar/ 
 
Dá-se o nome de tegumento ou sistema tegumentar a tudo aquilo que 
reveste externamente o corpo dos animais, conferindo proteção ao organismo 
contra desidratação, hidratação excessiva, ação dos raios ultravioletas emitidos 
pelo sol, microrganismos patogênicos, choques mecânicos, entre outros. Pode 
apresentar apenas pelos, como nos mamíferos; penas, como nas aves e 
escamas nos peixes. Nos vertebrados, a pele, que é constituída 
de epiderme (externa) e derme (interna). 
A epiderme é a camada superficial, formada por tecido 
epitelial pluriestratificado pavimentoso (achatado), avascular (por ela não 
passam vasos sanguíneos) e apresenta células responsáveis pela produção 
de melanina, o pigmento da pele. 
 A camada celular mais profunda desse epitélio é denominada 
germinativa, cujas células passam por contínuas divisões mitóticas, produzindo 
novas células para substituição das superficiais, que morrem constantemente. 
http://www.infoescola.com/biologia/vertebrados-subfilo-vertebrata/
http://www.infoescola.com/anatomia-humana/epiderme/
http://www.infoescola.com/anatomia-humana/derme/
http://www.infoescola.com/biologia/tecido-epitelial/
http://www.infoescola.com/biologia/tecido-epitelial/
http://www.infoescola.com/bioquimica/melanina/
http://www.infoescola.com/biologia/mitose/
 
3 
 
Peixes e anfíbios aquáticos apresentam glândulas mucosas na epiderme. 
Nos vertebrados, especialmente os terrestres, as células mais superficiais são 
mortas, graças à total impregnação da proteína queratina, substância 
impermeável que, formando a camada córnea, confere proteção ao animal, 
principalmente contra desidratação. Nos invertebrados, a epiderme é 
uniestratificada, ou seja, possui uma única camada de células, ao contrário dos 
vertebrados. 
A derme, por sua vez, situa-se logo abaixo da epiderme, sendo mais 
espessa. Tem origem mesodérmica e é constituída por tecido conjuntivo, 
contendo terminações nervosas, vasos linfáticos e sanguíneos e porções basais 
de glândulas. Tem a função de apoiar a epiderme, dando à pele resistência e 
elasticidade. 
Outra estrutura componente do sistema tegumentar de vertebrados é 
a hipoderme, esta, porém, apenas aves e mamíferos possuem. A hipoderme é 
uma camada localizada imediatamente abaixo da derme, constituída de tecido 
conjuntivo e extremamente rica em tecido adiposo. Além de ser uma reserva 
nutritiva (gordura), desempenha um importante papel auxiliar na regulação da 
temperatura corporal pois, devido à propriedade isolante da gordura, reduz a 
perda de calor do corpo para o meio. Por isso, aves e mamíferos são 
homeotérmicos (ou endotérmicos), ou seja, não têm a temperatura do corpo 
alterada com as variações térmicas do ambiente. 
Além de conferir proteção, a pele também é responsável pela recepção 
de estímulos do meio externo (sensibilidade), devido à presença de corpúsculos 
sensoriais; excreção de catabólitos nos peixes e nos mamíferos; respiração 
cutânea nos anfíbios; regulação da temperatura do corpo em homeotermos 
(como dito anteriormente); manutenção da concentração de sais nos líquidos 
corpóreos (homeostase); nutrição de filhotes mamíferos; locomoção de peixes e 
alguns anfíbios devido às glândulas mucosas da epiderme, e das aves, devido 
às penas; ataque e defesa (presença de cornos e unhas) e identificação sexual. 
O tegumento comum constitui o manto contínuo que envolve todo o 
organismo, protegendo-o e adaptando-o ao meio ambiente. Esse invólucro 
somente é interrompido ao nível dos orifícios naturais (narinas, boca, olhos, 
orelha, ânus, vagina e pênis) onde se prolonga pela respectiva mucosa. 
http://www.infoescola.com/bioquimica/queratina/
http://www.infoescola.com/animais/introducao-aos-invertebrados/
http://www.infoescola.com/biologia/tecido-conjuntivo/
http://www.infoescola.com/anatomia-humana/hipoderme/
http://www.infoescola.com/biologia/aves/
http://www.infoescola.com/biologia/mamiferos-classe-mammalia/
http://www.infoescola.com/biologia/tecido-adiposo/
http://www.infoescola.com/biologia/classe-amphibia-anfibios/
http://www.infoescola.com/fisiologia/homeostase/
 
4 
 
Sob o ponto de vista anatômico o tegumento comum é formado por dois 
planos, o mais superficial denominado cútis ou pele e o mais profundo tela 
subcutânea. 
Dependentes da cútis encontra-se uma série de estruturas 
chamadas anexos cutâneos, que são os pelos, as unhas e as glândulas 
(sebáceas, sudoríferas, ceruminosas, vestibulares nasais, axilares, circumanais 
e mamas). 
O sistema tegumentar é composto pela pele e anexos (glândulas, unhas, 
cabelos, pelos e receptores sensoriais) e tem importantes funções, sendo a 
principal agir como barreira, protegendo o corpo da invasão de microrganismos 
e evitando o ressecamento e perda de água para o meio externo. 
Entre os vertebrados, o tegumento é composto por camadas: a mais 
externa, a epiderme é formada por tecido epitelial, a camada subjacente de 
tecido conjuntivo é a derme, seguida por um tecido subcutâneo, também 
conhecido como hipoderme. Há também uma cobertura impermeável, a cutícula. 
Há uma variedade de anexos, tais como pelos, escamas, chifres, garras e penas. 
A pele é o maior órgão do corpo humano, recobrindo cerca de 7500 
cm2 de um indivíduo adulto. Esse órgão protege nosso corpo contra atrito, 
patógenos, perda excessiva de água e atua em sua termorregulação. Além disso, 
contém receptores que permitem a percepção de dor, tato, temperatura e 
pressão. 
A pele e seus anexos (unhas, pelos e glândulas) fazem parte do sistema 
tegumentar. Ela é composta por três camadas: epiderme, derme e tela 
subcutânea. 
 
 
Funções da pele 
 
1. Regulação da temperatura corporal, pelo fluxo sanguíneo e pelo 
suor. 
2. Proteção, barreira física, infecções, desidratação e radiação UV. 
3. Sensibilidade, através de terminações nervosas receptoras de tato, 
pressão, calor e dor. 
https://www.todamateria.com.br/tecido-epitelial/
 
5 
 
4. Excreção, de água e sais minerais, componentes da transpiração. 
5. Imunidade, células epidérmicas são importantes para a imunidade. 
 
 
http://slideplayer.com.br/slide/5730178/ 
 
6. Síntese de vitamina D, em função à exposição aos raios UV. 
7. Absorção de substâncias, principalmente gordurosa, como 
hormônios, vitaminas e medicamentos. 
 
Cútis ou pele é constituída por duas membranas que se justapõem e 
aderem intimamente e que são a epiderme (por fora) e a derme ou cório (por 
dentro). 
 
 
As camadas da pele 
 
A epiderme é a parte mais externa e a única que está em contato com o 
meio ambiente, por esta razão, ela possui também a importante função de 
proteger o organismo contra os danos causados por agentes externos. 
 
6 
 
 
 
https://www.emaze.com/@AOQWWTFL/FETEC-(1).pptx 
 
 Ela é composta por tecido epitelial (carente de vascularização) e possui 
cinco camadas: camada basal, espinhosa, granulosa, lúcida e camada córnea. 
 Sua formação se dá através das células epidérmicas (queratinócitos, 
melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel). Contudo; excetuando-
se a camada basal (única camada que faz contato com a derme), a epiderme é 
quase que completamente formada por queratinócitos. 
 A derme é formada por tecido conjuntivo, que ao contrário do tecido 
epitelial é ricamente vascularizado. Nela encontram-se as fibras colágenas, 
elásticas e reticulares, além das células formadoras de sua composição 
(fibroblastos, linfócitos, mastócitos...). 
 Ainda na derme, estão presentes algumas glândulas (sudoríparas, 
sebáceas), terminações nervosas e folículos pilosos. 
 Por último, vem a tela subcutânea, também conhecidacomo hipoderme, 
esta é composta por células gordurosas. Ela é responsável pela reserva de 
nutrientes, proteção dos vasos e nervos localizados nos níveis mais profundos. 
 É importante saber que quando se pensa em epiderme, derme e 
hipoderme, deve-se ter em mente que uma depende da outra para o equilíbrio 
deste importante órgão que é a pele humana, e também para o “perfeito” 
funcionamento de nosso organismo. 
 
7 
 
Epiderme, delgada túnica superficial derivada do ectoderma embrionário, 
formada por várias camadas de células achatadas (epitélio pavimentoso 
estratificado). A camada mais periférica da epiderme é constituída por células 
mais resistentes, queratinizadas, as quais se acham em constante descamação, 
sendo substituídas pelas subjacentes, do que decorre constante renovação. 
A epiderme é mais espessa ao nível da palma e da planta e mais delgada 
nas pálpebras, prepúcio, pequenos lábios vaginais e escroto. 
A melanina é o principal pigmento epidérmico, controlado pelo hormônio 
melanócito-estimulante (MSH) da adenohipófise (lobo anterior). 
 Derme ou cório, do latim corium = couro, significando a membrana 
espessa que resulta após ter sido curtida a pele de certos animais e que se 
subpõe à epiderme. Constituída de tecido conjuntivo (mesodérmico) denso. Na 
palma e planta a derme é percorrida por cristas e sulcos, utilizáveis para 
identificação individual (papiloscopia ou dactiloscopia). É na derme que 
encontramos a raiz dos pelos e a maioria das glândulas anexas a ainda é aqui 
que termina pelo menos uma das extremidades das fibras musculares dos 
músculos cutâneos da cabeça, pescoço, palma, dartos escrotal e grandes lábios, 
músculo aureolo-papilar da mama e eretores dos pelos. 
 Tela subcutânea ou tecido celular subcutâneo (TCSC), encontrada 
profundamente à derme, formado por tecido conjuntivo frouxo (areolar) e gordura 
(panículo adiposo). Permite o deslizamento da pele sobre os planos subjacentes, 
oferece proteção (amortecedor) e constitui-se em verdadeiro sistema de 
armazenamento de gordura (energia). Em alguns locais o TCSC é exíguo ou 
inexistente, como nas pálpebras, pavilhão da orelha, prepúcio, escroto, e 
pequenos lábios vaginais. 
 Couro cabeludo é um tipo especial de cútis que recobre a calvária 
caracterizada por duas lâminas densas (cório externamente e pericrânio 
internamente, aderido ao periósteo). Entre essas duas lâminas ocorre um tecido 
frouxo, não gorduroso que é o tecido subaponevrótico. Pêlos, filamentos flexíveis 
formados por células queratinizadas que se implantam na derme. Dividido numa 
parte externa (haste) e numa raiz. 
 
8 
 
A raiz está contida no folículo piloso, no fundo do qual encontramos uma 
dilatação chamada bulbo do pelo. Como anexos do pelo temos as glândulas 
sebáceas e os músculos eretores dos pelos. 
Distribuição dos pêlos, chamados lanugem ao nascimento, são 
substituídos pelos vilos. Denominações especiais por região: 
1. Cabelos, couro cabeludo. 
2. Supercílios, órbitas. 
3. Cílios, nas pálpebras. 
4. Vibrissas, vestíbulo nasal. 
5. Tragos, meato acústico externo. 
6. Bigode, lábio superior. 
7. Barba, face. 
8. Hircos, axilas. 
9. Pubes, região pubiana, monte púbico. 
 
Não há pelos na palma, na planta e no dorso das falanges distais. Os 
cabelos crescem meio mm por dia. 
 Unhas, lâminas queratinizadas que recobrem parcialmente o dorso das 
falanges distais de mãos e pés, com a função precípua de protegê-las. Duas 
faces (superficial e profunda) e quatro bordas (laterais, proximal e distal). 
A face profunda assenta sobre o cório que a esse nível se chama leito 
ungueal. A face superficial é convexa. A borda proximal constitui a raiz da unha. 
 Glândulas sebáceas, vistas com o pelo, situadas junto ao folículo piloso 
aonde se abre por curto e largo ducto. A contração do músculo eretor ajuda a 
expelir o conteúdo gorduroso. Não existem em pele glabra. Nas pálpebras 
encontramos dois tipos de glândulas sebáceas modificadas: as glândulas 
társicas e as glândulas ciliares sebáceas. Na aréola mamária também 
encontramos outra modificação dessas estruturas que são as glândulas 
areolares. 
 Glândulas sudoríferas, constituídas por um fino e longo tubo que no início 
se enovela, chamado corpo da glândula, profundamente situado no cório, 
chegando mesmo a ultrapassa-lo atingindo o TCSC. Secretam o suor através do 
poro sudorífero. 
 
9 
 
 Glândulas ceruminosas, situadas no meato acústico externo, secretam o 
cerúmen. 
 Glândulas vestibulares nasais, localizadas no vestíbulo nasal. 
 Glândulas axilares, região axilar, cujo produto sofre decomposição 
exalando cheiro próprio e individual, o qual é mais acentuado em certas raças ou 
por ocasião da puberdade. 
 Glândulas circumanais, localizadas na cútis que circunda o ânus. 
 Glândulas mamárias ou mamas, foram tratadas em sistema genital 
feminino. 
 
 
Pele 
 
A pele é o maior órgão do corpo humano. Reveste o organismo 
preservando a homeostasia do meio interno. As funções da pele são as 
seguintes: 
•Proteção contra agentes externos (físicos, químicos, mecânicos e 
biológicos) 
•Termorregulação 
•Resposta imunológica 
•Controle hemodinâmico 
•Sensorial 
•Produção e excreção de metabólitos 
•Endócrino 
 
 A pele é dividida em 3 camadas: Epiderme, Derme, Hipoderme. A pele 
se divide em Fina e Espessa. 
 
 
EPIDERME 
 
 
10 
 
A epiderme constitui-se em um epitélio escamoso estratificado 
queratinizado composto por queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans 
e células de Merkel. 
 
 
https://www.todamateria.com.br/pele-humana/ 
 
 
Queratinócitos 
 
Os queratinócitos, também conhecidos como ceratinócitos, são células 
diferenciadas que compõem o tecido epitelial e invaginações da epiderme para 
a derme, como é o caso das unhas e cabelos, responsáveis pela produção 
de queratina. 
Estas são as células mais comumente encontradas na epiderme, 
representando 80% das células epidérmicas. Os queratinócitos compõem o 
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado que é formado por cinco regiões 
ou estratos discretos. 
http://www.infoescola.com/biologia/tecido-epitelial/
http://www.infoescola.com/bioquimica/queratina/
http://www.infoescola.com/anatomia-humana/epiderme/
 
11 
 
A primeira região, localizada mais internamente, recebe o nome de 
camada basal ou estrato basal, que sintetiza constantemente novas células para 
a epiderme, bem como conecta a epiderme na derme por meio da lâmina basal 
que ela origina e dos hemidesmossomas fixados a ela. 
A camada basal é formada por uma única camada de células-tronco, que 
pode apresentar formato colunar ou cuboide, e passa por mitose certas vezes 
com uma das células resultantes contribuindo para o estrato remanescente da 
epiderme. Estas células estão envolvidas numa produção inicial de 
tonofilamentos, e alguns dos tonofilamentos estão ligados aos 
hemidesmossomas que fixam a base da epiderme na derme. 
Os tonofilamentos formados não estão apenas ligados aos diversos 
dermossomas que compõem a estrutura de fixação primária de uma célula na 
outra na epiderme, eles também originam corpos de pré-queratina ou placas que 
amadurecem na queratina das células de outros estratos. 
Os queratinócitos provenientes da camada basal ou germinativa formam 
a camada espinhosa, que apresenta de uma a três camadas de células espessas 
na pele pilosa e, certos casos, de quatro a cinco camadas de células espessas 
em peles desprovidas de pelo (pele glabra), mas podem ser proeminentes nas 
áreas onde a pele torna-se mais grossa. 
A principal característica morfológica dessa região é conferida pelos 
processos celulares espinhosos que estendem para todas as células adjacentes. 
Cada processo igualmente a um desmossomo deixa esta região da pele 
altamente resistente a efeitos mecânicos de estiramento e pressão. Os espaços 
presentes entre estes processos podem conferir conduto para substânciasque 
são secretadas ocasionalmente por queratinócitos ao passo que eles se 
aproximam do seu desenvolvimento total. 
Os corpos de Odlando, também conhecidos como pequenos grânulos e 
trata-se de estruturas encontradas fixadas à membrana lamelar e tornam-se mais 
evidentes nas camadas mais velhas e externas deste estrato. Com o aumento 
da quantidade de grânulos lamelares, os queratinócitos espinhosos 
transformam-se em células granulares e, deste modo, originam a terceira 
epiderme, denominada camada granulosa. Esta, por sua vez, caracteriza-se pela 
presença de grânulos ligados aos queratinócitos. 
http://www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/
http://www.infoescola.com/biologia/mitose/
 
12 
 
Os grânulos preenchem o citoplasma, na maioria das vezes, por 
completo. Estas estruturas consistem em pró-filagrina, que é um precursor da 
filagrina. Esta última, é a proteína responsável pela associação de filamento de 
ceratina no processo de cornificação (formação da unha). Além disso, a formação 
no citoplasma do grânulo lamelar continua. 
Histologicamente, o núcleo não é claramente diferenciado devido à 
grande quantidade de grânulos, que contêm, em seu interior, componentes 
lipídicos, bem como enzimas hidrolíticas e outras proteínas. Certas quantidades 
de lipídios e enzimas são liberadas no espaço intercelular, passando a ficar 
preenchidos com ceramidas, colesterol e ácidos graxos. Como consequência, a 
mistura intercelular lipídica gera uma proteção à prova d’água. 
As células mais antigas da camada granulosa passam por um processo 
necrobiótico que abrange a degeneração nuclear e de todo o aparelho 
metabólico relacionado, havendo liberação e posterior digestão por enzimas 
lisossômicas. A conciliação entre este evento com o empacotamento de grânulos 
e a liberação de lipídios, resulta no processo final da ceratinização. 
Cada queratinócito, que adota a forma escamosa, neste ponto encontra-
se isento de organelas, sendo preenchido com queratina e sua forma agregada, 
a queratoialina. Estas células ainda se encontram recobertas pela membrana 
celular rica em lipídios. As células que estão passando por este processo final, 
recebem o nome de camada lúcida e, histologicamente, pode ser observada 
somente na pele espessa. 
Quando o processo de queratinização encontra-se completo, as células 
se juntam com outras células que já passara, pelo processo anteriormente para 
dar origem à camada córnea, a mais externa da epiderme. Nesta, os filamentos 
de queratina de cada célula estão rearranjados paralelamente à superfície 
epitelial. No interior de suas camadas mais profundas, as células opostas 
adjacentes apresentam-se firmemente comprimidas umas às outras, juntamente 
com vários desmossomas e depósitos intercelulares, o que confere uma forte 
proteção à camada. 
Entre as células mais externas, a vedação não é tão forte, pois nesta estão 
presentes desmossomas e depósito intercelulares em menor quantidade. Com a 
ocorrência do processo de abrasão natural (descamação), estas células podem 
http://www.infoescola.com/citologia/citoplasma/
 
13 
 
ser removidas. Esta camada superficial de células que está sendo 
constantemente removida é denominada camada disjunta. 
 
 
Melanócito 
 
 
https://belezanoar.net/2016/03/05/fisiopatologia-metabolizacao-da-melanina/ 
 
O melanócito é uma célula dendrítica, especializada na produção 
de melanina, um pigmento de coloração marrom-escura. Estas células 
encontram-se na junção da derme com a epiderme ou entre os queratinócitos da 
camada basal da epiderme, além de estarem presentes também na retina. 
Originam-se da crista neural embrionária, apresentando um citoplasma globoso, 
de onde partem prolongamentos que penetram em reentrâncias das células das 
camadas basal e espinhosa, transferindo, deste modo, melanina para as células 
presentes nestas camadas. 
A melanina é uma proteína produzida com o auxílio da enzima tirosinase, 
pois através dela o aminoácido tirosina é transformado primeiro em 3,4-
diidroxifenilalanina, agindo também sobre este composto, convertendo-a em 
http://www.infoescola.com/bioquimica/melanina/
http://www.infoescola.com/anatomia-humana/epiderme/
http://www.infoescola.com/citologia/queratinocitos/
http://www.infoescola.com/visao/retina/
http://www.infoescola.com/citologia/citoplasma/
http://www.infoescola.com/bioquimica/proteinas/
http://www.infoescola.com/bioquimica/enzimas/
http://www.infoescola.com/bioquimica/aminoacido/
 
14 
 
melanina. Esta enzima é produzida nos polirribossomos, introduzidas nas 
cisternas do retículo endoplasmático rugoso e acumulada em vesículas 
produzidas pelo sistema de Golgi, que recebem o nome de melanossomos, onde 
é iniciada a produção da melanina. 
Quando o melanossomo está cheio de melanina, passa a receber o nome 
de grânulo de melanina. Este último migra pelos prolongamentos dos 
melanócitos e são depositados no citoplasma dos queratinócitos, que por sua 
vez, servem como depósito de melanina. 
Os grânulos de melanina irão se fundir com os lisossomos dos 
queratinócitos, sendo assim, as células mais superficiais da epiderme não 
possuem melanina. Nas células epiteliais os grânulos de melanina ficam em 
localização supernuclear, protegendo, deste modo o DNA contra os danos 
causados pelos raios solares. 
Existem alguns distúrbios que podem afetar os melanócitos, gerando 
doenças, como: vitiligo, melasma ou cloasma, hipercromias, nervos 
melanocíticos e melanoma. 
 
 
CÉLULAS DE LANGERHANS 
 
Também chamadas de células dendríticas (apresentadoras de antígeno), 
originam-se da medula óssea e estão localizadas no estrato espinhoso, onde seu 
número pode chegar a 800 por milímetro quadrado. Mostram um núcleo denso, 
citoplasma claro e prolongamentos citoplasmáticos longos que se irradiam do 
corpo celular para o espaço intercelular entre os queratinócitos. 
Localizadas na epiderme, têm forma de estrela e são responsáveis pela 
defesa imunológica. 
São capazes de se locomover através do tecido e funcionam como uma 
espécie de "sentinela" imunológica, alertando as outras células do sistema 
imunológico quanto à presença de um organismo invasor. A célula de 
Langerhans é capaz de fagocitar (englobar) partículas estranhas como vírus e 
bactérias. A exposição à radiação UV pode induzir a uma queda em sua função, 
diminuindo a atividade imunológica da pele. 
http://www.infoescola.com/citologia/reticulo-endoplasmatico-liso-rugoso/
http://www.infoescola.com/citologia/complexo-de-golgi/
http://www.infoescola.com/citologia/lisossomos/
http://www.infoescola.com/biologia/dna/
http://www.infoescola.com/doencas/vitiligo/
http://www.infoescola.com/dermatologia/melasma/
http://www.infoescola.com/cancer/melanoma/
 
15 
 
 
 
http://pt.slideshare.net/Danielly27/pele-e-anexos2012 
 
 
Células de Merkel 
 
A célula de Merkel consiste em um não-queratinócito que faz parte da 
camada basal do epitélio bucal e epiderme e que é especializada na transdução 
sensorial. Contrariamente às outras células do mesmo tipo (não-queratinócitos), 
que são os melanócitos e as células de Langerhans, esta não constitui uma 
célula dendritica, apresentando, por sua vez, tonofilamentos de ceratina e 
desmossomos que as conectam a células adjacentes. 
Morfologicamente, esta célula apresenta formato oval a elíptico, com 
comprimento paralelo à superfície da epiderme. 
 
http://www.infoescola.com/citologia/melanocito/
 
16 
 
 
http://pt.slideshare.net/hernandopinzonc/exp-sistema-tegumentario?smtNoRedir=1 
 
Habitualmente possui citoplasma claro quando observado 
histologicamente. O núcleo pode ser polimorfo ou profundamente recorta, 
encontra-se envolto por densos grânulos, que também são observados nos 
prolongamentos celulares que se estendem em direção à camada espinhosa. A 
função desses grânulos ainda não foi elucidada. 
É possível que cada célula de Merkel possua uma comunicação com uma 
terminaçãonervosa aferente desmielinizada, sendo eu esta última origina um 
complexo, conhecido como célula de Merkel-axônio, referido também como um 
disco tátil capilar. Existem hipóteses que sugerem que este complexo ou disco 
de junção atue como um receptor para o toque, pois trata-se de um 
mecanorreceptor de baixo ajuste. 
Pele espessa é aquela encontrada nas regiões de pele glabra 
 
 
Divisão da epiderme 
 
Extrato córneo (superfície da pele) 
 
http://www.infoescola.com/citologia/citoplasma/
 
17 
 
A camada mais externa da pele, denominada estrato córneo ou camada 
de queratina, contém muitas camadas de células achatadas mortas e atua como 
uma barreira para proteger os tecidos subjacentes contra lesões e infecções. Ao 
retardar a evaporação, os óleos presentes nessa camada da pele ajudam a 
manter a umidade das camadas mais profundas, mantendo a textura da pele 
suave e flexível. 
O estrato córneo é apenas uma parte da epiderme, a qual é uma fina 
camada de pele que recobre a maior parte do corpo. Em alguns locais, como as 
palmas das mãos e as plantas dos pés, a epiderme é naturalmente espessa e o 
estrato córneo provê uma proteção extra contra impactos e abrasões. A epiderme 
também pode ser espessa e dura em áreas excessivamente secas. Os distúrbios 
das camadas superficiais da pele envolvem o estrato córneo e as camadas mais 
profundas da epiderme e vão desde os que causam um desconforto temporário 
até aqueles que causam incapacidades crônicas. 
 
 
Extrato Lúcido 
 
Uma camada da epiderme, localizado imediatamente abaixo 
do córneo. Alguns autores também chamam essa camada brilhante ou camada 
de revestimento transparente. Ela representa a zona de transição entre o stratum 
granulosum e stratum corneum. 
 
 
- Definição 
 
Camada formada por muitas camadas de queratinócitos mortos com 
contornos mal definidos. Ela representa a zona de transição entre o stratum 
granulosum e stratum corneum. Alguns autores também chamam essa camada 
brilhante ou camada de revestimento transparente. Os queratinócitos do estrato 
lúcido são diáfano e agrupados. Suas células contêm filamentos 
de queratina e eleidina. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epiderme
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo
https://www.ecured.cu/Estrato_granuloso
https://www.ecured.cu/Estrato_granuloso
https://www.ecured.cu/Queratinocitos
https://www.ecured.cu/Queratina
 
18 
 
É constituída por uma única camada de células homogéneas e 
transparentes, e sem núcleo completamente infiltrado queratina, que pilhas secas 
e por este processo de envelhecimento para reduzir o estrato córneo. 
É uma camada de transição entre a camada granular e a córnea. A 
transição entre as células ainda vivas da camada granular e as células mortas 
do córneo ocorre muito rapidamente, sem núcleo degradado ou organelas 
dissolvidas deixar qualquer vestígio. 
A perda de núcleos e organelas envolvidos mecanismos apoptóticos. 
Ela está presente apenas na espessura da pele das palmas das mãos e 
nas solas dos pés; e tem muito pouco histológica e significado 
histopatológico. Esta camada só existe em áreas de pele grossa, não fina da 
pele. 
 
 
- Doenças e alterações histopatológicas 
 
 Espongiose (Edema intercelular): Designa um status da rede esponjosa 
causada por edema intersticial, quando o edema aumenta, coleções de 
fluidos pode formar vesículas. 
 Acantólise: é a perda de coesão entre as células, devido à 
dissolução de pontes intercelulares Malpigi a rede inferior. 
 Cavitaria Leloir alteração (edema intracelular): Formação do fluido 
intracelular, visível através dos espaços claros nas células. 
 Balonismo degeneração: bola Deformação células em forma com 
espaços claros dentro e esmagado e rejeitou núcleo. 
 Microabscessos: vai apontar o Munro observada na psoríase e é 
composto por neutrófilos e células mononucleares contendo Pautrier e aparece 
em MF. 
 Pústula das encefalopatias kojog: é um microabscesso multicelular 
contendo neutrófilos nas células epidérmicas inchados com um típico da 
encefalopatia aspecto psoríase pustulosa. 
 
 
https://www.ecured.cu/Estrato_granuloso
https://www.ecured.cu/Estrato_granuloso
https://www.ecured.cu/C%C3%A9lulas
https://www.ecured.cu/index.php?title=Apopt%C3%B3sicos&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/Piel
https://www.ecured.cu/index.php?title=Acantolisis:&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Alteraci%C3%B3n_cavitaria_de_leloir_(Edema_intracelular):&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Degeneraci%C3%B3n_balonizante:&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Microabscesos:&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=P%C3%BAstula_espongiforme_de_kojog:&action=edit&redlink=1
 
19 
 
Extrato Granuloso 
 
 
http://es.slideshare.net/luisepacheco/piel-8496857 
 
Abaixo do estrato córneo, composto de queratinócitos não se multiplicam, 
idade e perdem o seu núcleo. 
 
 
- Definição 
 
O estrato granuloso, também chamada camada de querato-
hialina compreende uma ou mais camadas de células, granular grosseira 
achatada, não nas membranas mucosas, exceto em algumas condições, tais 
como leucoplasia que não queratinização. O cornifica�o gradual começa na 
camada granular. Dependendo na espessura que tem o estrato córneo, o estrato 
granuloso pode estender-se a três camadas de células planas, que podem ser 
observados grânulos densos (granulado) de hialina. Os grânulos contêm, entre 
outras substâncias, a proteína precursora, o que é presumivelmente participar na 
formação de fibras de queratina no espaço intercelular. 
https://www.ecured.cu/Queratinocitos
https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/Leucoplasia
 
20 
 
Nesta camada de células provenientes da camada de matriz basal: o 
citoplasma destas células é alterado e o seu núcleo atrofia desaparecer na 
camada mais externa do próprio estrato granuloso. No citoplasma destas células 
de grânulos de uma substância chamada queratina que aparecem. 
O citosol contém grânulos basofílicos chamados grânulos de querato-
hialina. O querato-hialina é uma substância precursora de queratina. Quando 
queratinócitos chegar à última camada dessa camada células epidérmicas 
morrer e morrem derramar seu conteúdo para o espaço intercelular. 
Doenças e alterações histopatológicas 
 Leucoplasia: Esta é uma boca lesão relativamente comum em uma 
pequena proporção de casos, mas significativa, torna-se cancro. É uma condição 
na qual manchas brancas espessas e formar sobre as gengivas, faces internas, 
e, por vezes, a língua. 
 Granulose: Aumento do número de linhas de células na camada 
granular. 
 Alteração das cavidades Leloir (edema intracelular): Formação do 
fluido intracelular, visível por espaços claros nas células. 
 Balonismo degeneração: bola Deformação células em forma com 
espaços claros dentro e esmagado e rejeitou núcleo. 
 Microabcessos: Munro irá apontar o observado na psoríase e é 
composta por neutrófilos e células mononucleares contendo Pautrier e aparece 
em micose fungóide. 
 Pústula espongiforme de Kojog: Um microabscesso 
multicelular contendo neutrófilos nas células epidérmicas inchados com um 
aspecto espongiforme típico de psoríase pustulosa. 
 
 
- Algumas reações histopatológicas 
 
As alterações patológicas na derme são infinitas, mas dividir, a fim de 
facilitar o estudo de acordo com a natureza da infiltração celular em: 
 Inflamações simples ou crônica. 
 Granulomas. 
https://www.ecured.cu/Citosol
https://www.ecured.cu/index.php?title=Gr%C3%A1nulos_bas%C3%B3filos&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1https://www.ecured.cu/Leucoplasia
https://www.ecured.cu/index.php?title=Granulosis&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/C%C3%A9lulas
https://www.ecured.cu/index.php?title=Alteraci%C3%B3n_Cavitaria_de_Leloir&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Degeneraci%C3%B3n_Balonizante&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Microabscesos&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/Psoriasis
https://www.ecured.cu/index.php?title=Neutr%C3%B3filos&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Pustula_Espongiforme_de_Kojog&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Microabsceso_multicelular&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Microabsceso_multicelular&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=C%C3%A9lulas_epid%C3%A9rmicas&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/index.php?title=Espongiforme&action=edit&redlink=1
https://www.ecured.cu/Psoriasis_pustulosa
https://www.ecured.cu/index.php?title=Granulomas&action=edit&redlink=1
 
21 
 
 Neoplasias. 
 
 
Extrato Espinhoso 
 
 
http://es.slideshare.net/g3n3xiitap/piel-y-anexos-histologa 
 
Apresenta células ligadas através de desmossomos, conferindo assim 
resistência ao tecido e um aspecto espinhoso. 
 
 
Extrato Germinativo 
 
Também chamado de camada basal, contém as células-tronco da 
epiderme e é a sua camada mais profunda. Esse estrato forma as células que 
darão origem a todas as camadas mais superiores. As células formadas nesse 
https://www.ecured.cu/Neoplasias
 
22 
 
estrato vão sendo “empurradas” para as camadas mais superiores, sofrendo 
modificações morfológicas e nucleares. 
 
 
http://slideplayer.com.br/slide/3677294/ 
 
É nesse estrato que estão contidos os melanócitos, células responsáveis 
pela produção da melanina. A melanina é responsável pela diferença de cor entre 
as pessoas. Uma pessoa de pele negra possui mais melanócitos ativos que uma 
pessoa de pele branca. 
 
 
Pele Fina: Possui 4 extratos celulares na epiderme: 
 
A epiderme da pele fina é dividida em: 
 
Extrato córneo (superfície da pele) 
 
Composto por vários planos de queratinócitos mortos (corneócitos) 
achatadas, anucleados e com o citoplasma repleto de queratina. Protege o 
 
23 
 
organismo do meio externo e tem capacidade de retenção hídrica através da 
ação das ceramidas, principais componentes lipídicos intercelulares. 
 
 
http://pt.slideshare.net/hernandopinzonc/exp-sistema-tegumentario?smtNoRedir=1 
 
As células superficiais como resultado da abrasão perdem os 
desmossomas e descamam, estando este estrato em constante renovação. 
Espessura varia entre 0,075 e 0,15mm. 
 
 
Extrato Granuloso 
 
o citoplasma das células contem grânulos de queratina-hialina, 
responsáveis pela síntese de queratina e consequente desintegração nuclear e 
degeneração dos filamentos que uniam estas células ao estrato espinhoso. 
 
 
Extrato Espinhoso 
 
Constituído por 4 a 6 camadas de queratinócitos com muita quantidade de 
desmossomas (estruturas que garantem a coesão celular entre as células) 
 
24 
 
proporcionando elevada resistência mecânica. Unida à camada basal por 
tenofilamentos que lhe dão um aspecto espinhoso. 
 
 
Extrato Germinativo 
 
O citoplasma das células contem grânulos de queratina-hialina, 
responsáveis pela síntese de queratina e consequente desintegração nuclear e 
degeneração dos filamentos que uniam estas células ao estrato espinhoso. 
Camada mais profunda da epiderme, constituída por uma única camada 
de células cuboides a colunares baixas, mitoticamente ativas, contendo um 
citoplasma basófilo e um grande núcleo. Apoia-se sobre uma membrana basal e 
assenta-se sobre a derme, formando uma interface irregular. As mitoses ocorrem 
principalmente durante a noite quando novas células são formadas, a camada 
anterior é empurrada para a superfície e une-se à próxima camada, o estrato 
espinhoso. 
 A epiderme começa com o extrato germinativo, tendo formatos diferentes, 
pois se tivessem formatos iguais, elas se juntariam fazendo com que a mesmas 
não se renovassem. 
Com a renovação do extrato germinativo, as células irão subir 
transformando-se no extrato espinhoso, seguindo o mesmo processo, as células 
irão subir transformando-se no extrato granuloso, seguindo a seqüência 
transforma-se no extrato córneo (sem núcleo). Por isso que a pele escama 
(renovação da pele), pois a célula não vive muito tempo sem núcleo. 
As células da pele são labeis (tempo de vida curto, se reproduzem 
rapidamente). 
 
 
DERME SUBJACENTE 
 
A derme é o tecido conjuntivo onde a epiderme se apoia e se une ao tecido 
celular cutâneo ou hipoderme. Apresenta espessura variável de acordo com a 
 
25 
 
região onde se encontra e tem no máximo 3 mm na planta dos pés. A superfície 
externa é irregular, observando-se saliências chamadas de papilas dérmicas. 
Essas papilas são mais frequentes nas zonas sujeitas à pressão e atrito. A derme 
tem origem mesodérmica, e é constituída pela camada papilar superficialmente 
e pela camada reticular, mais densa e mais profunda. Camada Papilar: é a 
camada mais superficial, delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que 
forma as papilas dérmicas. 
Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se 
inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente 
na derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme na epiderme. O 
entrelaçamento entre a epiderme e a derme é chamado de rete apparatus. 
Camada reticular: é a camada mais espessa, constituída por tecido 
conjuntivo denso e contem estruturas derivadas da epiderme incluindo glândulas, 
folículos pilosos e glândulas sebáceas. Ambas as camadas contêm muitas fibras 
do sistema elástico responsável em parte, pela elasticidade da pele. Possuí 
vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. 
 
 
A Derme é dividida em: 
 
Vasos Sanguíneos 
 
A pele é composta por uma A vasta rede de vasos sanguíneos, que lhe 
proporcionam os elementos nutritivos, recolhem as substâncias residuais e 
contribuem, igualmente, para o controlo da temperatura do corpo, e por inúmeras 
artérias, que lhe transportam o sangue rico em oxigénio e nutrientes, que 
penetram pela hipoderme e permanecem adjacentes à superfície cutânea no 
limite com a derme. 
A partir daí surgem, verticalmente, pequenas arteríolas que, ao unir-se às 
papilas dérmicas, se transformam em finos capilares, que se encarregam das 
trocas entre o sangue e a pele. Estes capilares vão posteriormente unir-se e 
transformar-se em vénulas que se alastram a um plexo de veias dispostas em 
paralelo com a rede arterial. É importante referir que como os vasos sanguíneos 
 
26 
 
apenas chegam até à derme, as células da epiderme apenas podem manter as 
suas trocas com o sangue através da membrana basal que a separa da camada 
subjacente. 
 
 
https://massoterapiataichi.wordpress.com/sistema-tegumentar/ 
 
 
Glândulas Sudoríparas 
 
Também conhecidas como glândulas de suor, são células epiteliais 
presentes na pele dos mamíferos, inclusive dos seres humanos. 
 
 
- Função das glândulas sudoríparas 
 
Estas glândulas possuem a importante função de secretar o suor, 
possibilitando a regulação da temperatura corporal e a eliminação de substâncias 
tóxicas ao organismo. 
 
 
 
27 
 
- Tipos de glândulas sudoríparas dos seres humanos: 
 
 Glândulas Écrinas 
 
Em maior quantidade no corpo humano do que as glândulas apócrinas, 
as écrinas estão presentes em quase todas as partes da pele. Atuam, 
principalmente, no processo de regulação da temperatura do corpo através da 
evaporação. Isto acontece, pois com a evaporação do suor o corpo perde energia 
térmica. 
 
 
https://www.infopedia.pt/$glandulas-sudoriparas 
 
 Elas são encontradas em maior quantidade na pele das palmas das 
mãos, plantas dos pés e fronte. Começam a funcionar logoapós o nascimento 
da criança. 
 A parte que excreta suor das glândulas écrinas encontra-se, 
principalmente, na derme profunda. O ducto excretor do suor passa pela derme, 
epiderme e termina nos poros da superfície da pele. 
 
28 
 
 O suor que é produzido por este tipo de glândula possui em sua 
composição, principalmente, água, ureia, íons, aminoácidos, amônia, ácido 
láctico e glicose. 
 
 
 Glândulas Apócrinas 
 
Estão presentes, principalmente, nas axilas, aréolas das mamas e nas 
áreas do rosto onde nasce barba (nos homens). 
 O ducto que conduz o suor deste tipo de glândula está presente na tela 
subcutânea, terminando nos folículos pilosos. 
 O suor produzido por estas glândulas é composto por água, ions, amônia, 
aminoácidos, proteínas, lipídios, ureia, ácido láctico e glicose. Porém, este suor 
tem a consistência um pouco viscosa. 
 Estas glândulas começam a produzir suor somente na fase da 
puberdade. Entram em ação, principalmente, nas relações sexuais e em 
momentos de estresse. 
 
 
Glândulas Sebáceas 
 
As glândulas são estruturas formadas a partir de tecido epitelial que se 
caracterizam por sua capacidade de secretar substâncias. Essas estruturas 
podem ser divididas em dois grandes grupos: as exócrinas e as endócrinas. 
As glândulas endócrinas lançam sua secreção — nesse caso, também 
denominada de hormônio — diretamente na corrente sanguínea. Já as glândulas 
exócrinas liberam sua secreção na superfície do corpo ou na luz dos órgãos. 
Como exemplo desse último tipo, podemos citar as glândulas sebáceas. 
As glândulas sebáceas estão localizadas na derme e são anexas aos 
pelos, formando unidades pilossebáceas. São glândulas do tipo acinosas, ou 
seja, apresentam porção secretora com formato arredondado, e holócrinas, uma 
vez que a secreção é eliminada levando juntamente toda a célula, ou seja, a 
própria célula constitui a secreção. 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/tipos-glandulas.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/tecido-epitelial.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/epitelio-glandular.htm
 
29 
 
As glândulas sebáceas produzem uma secreção, denominada de sebo, 
que é rica em lipídios, tais como os triglicerídeos, ácidos graxos e colesterol. É 
essa substância que garante a lubrificação da pele, evita o ressecamento de 
pelos e impede a perda de água de maneira excessiva. Além disso, essa 
substância garante uma leve ação bactericida. O sebo não apresenta nenhum 
cheiro, entretanto, o desenvolvimento de bactérias nesse local pode levar à 
produção de odores. 
As glândulas sebáceas estão presentes em todo o corpo humano, não 
sendo encontradas apenas nas palmas das mãos e dos pés e no dorso dos pés. 
Os locais onde ocorrem com maior frequência são o rosto, as costas e o tórax. 
Até a puberdade as glândulas sebáceas produzem pouco 
sebo, entretanto, a partir dessa fase, os hormônios, principalmente a 
testosterona, começam a agir e inicia-se uma grande produção de secreção. Os 
hormônios atuam apenas na produção de sebo, não influenciando o número de 
glândulas, que permanece praticamente constante durante toda a vida. A síntese 
de sebo tende a diminuir em mulheres após a menopausa; em homens, no 
entanto, não ocorre nenhuma alteração significativa até os 80 anos de idade. 
A acne é um dos principais problemas que afetam a unidade pilossebácea 
e geralmente ocorre na puberdade, quando a glândula sebácea inicia sua maior 
produção. Esse problema caracteriza-se pelo acúmulo de queratinócitos, 
hiperprodução de secreção pelas glândulas sebáceas, colonização por bactérias 
e inflamação, que provoca o surgimento de uma lesão característica. A acne, 
além de provocar uma aparência ruim na pele, pode desencadear problemas 
emocionais nos acometidos, que se sentem envergonhados em razão das 
lesões. 
Entretanto, é importante destacar que não é somente a produção 
exagerada de sebo que pode desencadear aspecto ruim na pele. A pouca 
produção dessa secreção pode deixá-la opaca, desidratada e com pouca 
elasticidade, o que pode desencadear até mesmo o envelhecimento precoce. 
Além disso, os cabelos também se tornam mais opacos e quebradiços. 
 
 
Folículo Espinhoso 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/acne.htm
 
30 
 
 
O folículo piloso é a estrutura que dará origem ao pelo, possui componente 
epitelial (matriz, bainha externa, bainha interna e haste) e componentes dérmicos 
(papila dérmica e bainha dérmica). Podemos dividi-lo em segmento superior e 
segmento inferior que são constituídos pelo: 
O istmo, que vai desde a desembocadura do músculo eretor até a glândula 
sebácea. 
O infundíbulo que se estende da abertura da glândula sebácea até a 
superfície da pele, a saída o infundíbulo na superfície da pele é chamado de óstio 
folicular. 
Acrotríquio é a porção intraepidérmica do folículo. 
A glândula sebácea. 
Bulbo piloso, que é a porção mais espessa e profunda do folículo e contém 
a matriz germinativa do pelo. 
 
 
http://slideplayer.com.br/slide/365869/ 
 
 
Vasos Linfáticos 
 
31 
 
 
Circulação da linfa, resto de liquido intersticial. Os vasos pequenos são 
muito pequenos e com parede muito fina, só são enxergados na histologia. 
Possuem válvulas, assim como as veias. 
O que leva a linfa das extremidades para o centro do corpo é a 
musculatura estriada esquelética (movimentação) e pela expansão do tórax. As 
válvulas não deixam a linfa voltar para as extremidades. Não está presente em 
todas as regiões: sistema nervoso central, parênquima do fígado, parênquima do 
vaso, cartilagem hialina. Só nas meninges tem os vasos linfáticos, a massa 
mesmo encefálica não tem. Cordão umbilical, membranas embrionárias. 
Grandes vasos linfáticos: cisterna do quilo e ducto torácico. Quilo: após a 
digestão onde é absorvido muita gordura, dando uma coloração esbranquiçada 
a linfa. 
Ao lado da A. Aorta, direita, fica no abdome, quando entra no tórax ela vira 
ducto torácico. Todos os vasos linfáticos desembocam nesses dois, e vão 
desembocar na veia cava cranial. 
 São pequenos vasos, com diâmetro inferior a 3 mm, encarregados de 
conduzir a linfa, líquido incolor composto de água e outros elementos, como 
proteínas e às vezes bactérias. Os vasos linfáticos fazem parte do sistema 
circulatório. As artérias distribuem o sangue que nutre as células e tecidos - nos 
capilares há a troca de nutrientes e o sangue que sai pobre em oxigênio, retorna 
pelas veias. Líquidos e substâncias que as veias não retiram dos tecidos formam 
a linfa. Esta é levada pelos linfáticos aos gânglios e, daí a linfáticos maiores que 
a devolvem a circulação na veia subclávia, localizada no tórax. 
Os linfáticos intestinais transportam uma linfa de cor leitosa, chamada 
quilo, que contém gorduras. 
 
- Doenças envolvendo os vasos linfáticos 
 
Os linfáticos podem apresentar alterações em consequência de 
agressões físicas, químicas, infecciosas ou por radiações. Estas doenças se 
caracterizam principalmente pela inchação, ou edema. 
 
32 
 
Pode também ocorrer febre, calafrios e aumento de volume dos gânglios, 
conhecidos popularmente como "ínguas". Os edemas (inchaço), mais frequentes 
nas pernas, às vezes nos braços, são denominados linfedemas - micro-
organismos podem causar uma infecção chamada linfangite. Existem ainda 
distúrbios de condução da linfa ou do quilo chamados de refluxos linfáticos ou 
quilosos. 
 
 
- Doença mais frequente dos vasos linfáticos 
 
É a linfangite aguda, habitualmente dos membros inferiores. Arranhões, 
frieiras, calos, rachaduras no calcanhar são as 'portas de entrada" para os 
germes causarem uma infecção caracterizada por febre elevada (39º C), 
náuseas, vômitos, mal-estar geral, inchação, dor e vermelhidão na parte atingida. 
Os pacientes cuja safena foi retirada para cirurgia no coração (revascularização 
do miocárdio) também estão mais sujeitos a linfangites agudas. 
 
 
- Linfangiteaguda e erisipela são sinônimos? 
 
Linfangite designa inflamação dos vasos linfáticos, sem qualquer 
preocupação com a causa. A erisipela é uma linfangite determinada por um tipo 
especifico de estreptococo. No momento do diagnóstico é difícil especificar o 
agente agressor, sendo melhor chamar de linfangite o processo inflamatório dos 
vasos linfáticos. 
 
 
- No tratamento das linfangites pode haver complicações 
 
Habitualmente o tratamento é realizado em casa. Entretanto, pode estar 
indicada a internação hospitalar, pela intensidade do quadro clinico ou quando 
se observa a presença de vesículas, bolhas ou pequenas lesões de pele capazes 
de evoluir para danos teciduais extensos e graves. A forma mais grave é a 
 
33 
 
linfangite gangrenante, em cujo tratamento é fundamental a assistência do 
cirurgião vascular. 
 
 
- Quais os cuidados a serem tomados depois de uma linfangite aguda? 
Sem exame especifico não se sabe a real situação dos vasos linfáticos do 
paciente. Às vezes, um único episódio de linfangite pode determinar uma 
sequela, o linfedema. Além disso, cada novo surto favorece a instalação do 
linfedema pós- inflamatório. 
É importante que o paciente que teve linfangite, ou seja, portador de 
linfedema evite a ocorrência de novos surtos. Manter a higiene rigorosa dos pés 
e mãos, evitar traumatismos e cortes, evitar a ocorrência de edema, manter os 
pés da cama elevados e evitar a permanência prolongada em pé, são cuidados 
importantes para a prevenção da doença. 
 
 
- É preciso usar meia elástica após um quadro de linfangite de membro 
inferior? 
Após a fase aguda esta contenção é recomendável. Na forma 
gangrenante é imprescindível, pois sempre ocorre linfedema como sequela. 
 
 
- As linfangites podem ser evitadas? 
Sim, na maioria dos casos, pois a penetração dos micro-organismos 
geralmente ocorre através de ferimentos, calos, frieiras ou fissuras nos pés. 
Manter os pés secos, limpos, livres de micoses e bem cuidados são medidas 
essenciais para se evitar infecções. 
 
 
Melanócitos 
 
Para além das células epiteliais, a epiderme é constituída por outras 
células muito específicas com a missão de sintetizarem melanina, um pigmento 
 
34 
 
escuro cuja concentração proporciona o fenómeno do bronzeado. Os 
melanócitos encontram-se localizados na profundidade da epiderme, 
intercalados entre as células da camada basal, e têm uma forma arredondada 
com inúmeros prolongamentos que se estendem até às células vizinhas, dando-
lhe o aspecto de uma estrela. 
Os melanócitos são constituídos por pequenos corpúsculos denominados 
melanossomas, que sob a influência de determinados fatores hormonais e dos 
raios ultravioleta do sol começam a fabricar melanina. 
A principal função da melanina consiste em absorver as radiações solares 
e em impedir a passagem destas para o interior do organismo, onde teriam 
efeitos nocivos, sendo por isso que a elaboração de melanina aumenta com a 
exposição ao sol. Todavia, tanto a quantidade de melanócitos como o seu grau 
de atividade dependem de fatores genéticos, o que explica a diferente coloração 
cutânea das pessoas de diferentes etnias e também a variabilidade entre os 
próprios indivíduos de uma mesma etnia. 
 
 
 A derme possui muito colágeno e elastina que suporta a epiderme 
 
A pele tem várias funções como: 
 
Permeabilidade seletiva H2O 
 
 
https://djalmasantos.wordpress.com/2010/11/30/testes-de-membrana-e-permeabilidade-celular-15/ 
 
35 
 
 
A permeabilidade seletiva é um processo fisiológico que ocorre através 
da membrana plasmática de todas as células e da parede celular de células 
vegetais que consiste na passagem seletiva de substâncias para o meio intra ou 
extracelular. 
Para compreendermos melhor o processo de permeabilidade seletiva é 
preciso relembrar a estrutura da membrana plasmática. A membrana plasmática 
é formada por uma bicamada lipídica, tendo como principal componente 
moléculas de fosfolipídios, essa composição faz com que a membrana sirva de 
barreira para a entrada e saída de substâncias, facilitando a passagem de 
produtos lipossolúveis ao mesmo tempo que dificulta a passagem de elementos 
não solúveis em lipídios, ou seja grande parte dos lipídios ou moléculas 
lipofílicas, assim como gases tais como o oxigênio e o gás carbônico atravessam 
a membrana facilmente enquanto que moléculas hidrossolúveis não. 
Íons como o sódio, cloro, potássio e cálcio conseguem atravessar a 
membrana através de canais iônicos enquanto que moléculas maiores como 
a glicose e pequenas proteínas passam e um lado ao outro da membrana através 
de proteínas chamadas de proteínas carreadoras. 
A passagem seletiva de substâncias através da membrana ocorre de duas 
maneiras diferentes: o transporte ativo, quando envolve o uso de energia, e 
o transporte passivo quando não envolve a utilização de ATP. 
O transporte ativo é realizado por proteínas carreadoras e envolve o 
transporte de moléculas grandes através da membrana plasmática ou de íons 
contra um gradiente de concentração envolvendo gasto de energia sob a forma 
de ATP, ele pode ser classificado em transporte ativo primário, ou secundário. 
O transporte passivo, por sua vez, envolve a passagem de moléculas 
através da membrana celular sem o uso de energia e pode ser classificado 
em difusão simples, difusão facilitada e osmose. 
A pele e o rins são responsável pela regulação do líquido corporal. A 
queratina que se encontra no extrato córneo impede parcialmente que a água 
penetre na pele (absorvendo normalmente poucas quantidades de água, ou 
através de produtos químicos). 
http://www.infoescola.com/citologia/membrana-plasmatica/
http://www.infoescola.com/citologia/parede-celular/
http://www.infoescola.com/citologia/celula-vegetal/
http://www.infoescola.com/citologia/celula-vegetal/
http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/sodio/
http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/cloro/
http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/potassio/
http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/calcio/
http://www.infoescola.com/bioquimica/glicose/
http://www.infoescola.com/citologia/transporte-ativo/
http://www.infoescola.com/citologia/transporte-passivo/
http://www.infoescola.com/bioquimica/difusao-simples/
http://www.infoescola.com/bioquimica/difusao-facilitada/
http://www.infoescola.com/biologia/osmose/
 
36 
 
A pele realiza seleção de substâncias que são absorvidas por ela, ou 
podemos induzir a pele a absorção de produtos através da Eletroterapia. 
 
 
Proteção dos raios UVB e UVA 
 
 
https://portaldaesteticista.com/tag/filtro-solar/ 
 
UV é a sigla para ultravioleta, que é um tipo de radiação eletromagnética. 
Assim, UVA, UVB e UVC são diferentes tipos de raios ultravioleta e que são 
transmitidos a partir do Sol. 
A exposição prolongada aos raios ultravioletas é bastante prejudicial ao 
ser humano, podendo ser responsáveis por diversos males, entre eles o câncer 
de pele, por exemplo. 
Esses raios são invisíveis, mas estão presentes em todas as épocas do 
ano, seja no verão ou inverno (com maior incidência nas estações mais quentes). 
Temos em nosso corpo células chamadas de Melanócitos que produz 
melanina. A pele ao receber raios solares UVB e UVA estimulam os Melanócitos 
 
37 
 
que produzem a melanina que é um protetor natural ( filtro ) da pele, 
possibilitando a forma seletiva e gradativa da radiação solar. 
 
 
Impacto mecânico 
 
Ajuda a amortecer os impactos externos do corpo. 
 
 
Sensorial 
 
Parte sensorial da pele recebe os sinais externos através dos sensores 
corporal que transformam este estímulo em P.A que irá pela medula espinhal até 
o SNC, que processa e retorna com uma resposta, podendo assim nos moldar 
conforme o estímulo; Adaptando-se. Os sinais podem ser: Tato, Pressão, 
Vibração, Sensações Sexuais, Cócegas, Prurido (coceira), Dor, Frio, Calor, 
Cinestesia. 
 
 
Sistema imunológicohttp://slideplayer.com.br/slide/1874328/ 
 
38 
 
 
A pele conforme as demais partes do corpo também possuem seu sistema 
de defesa, tendo a função de combater os agentes patogênicos (micoses, 
alergias e etc.). Para combater seus agentes patogênicos a pele recebe do 
sistema circulatório oxigênio e nutrientes para as células de defesa; podendo no 
local haver vasodilatação e rubor. 
 
 
Órgão excretor 
 
 Glândulas Sudoríparas 
 Suor 
 Termorregulação 
 Excreção de produtos químicos e de dietas 
 
 Glândulas Sebáceas 
 Sebo 
 Protege contra agentes patogênicos 
 Sofre menos agressão 
 Protege de alterações climáticas 
 Hipermeabilidade (água) 
 
A temperatura do corpo humano é geralmente de 36 a 37 graus. Quando 
a temperatura do ambiente é de 40 graus ou superior, e como sempre o processo 
é sempre do mais concentrado para o menos concentrado a pele serve como 
sensor, que ao aumento da temperatura envia um P.A para o SNC, que por sua 
vez envia um P.A que estimula as glândulas sudoríparas a secretar suor que irá 
resfriar a pele (sensorial setorial) conforme a temperatura normal do corpo. 
Além da termorregulação pelo suor, podemos controlar a temperatura 
através do centro vasomotor localizado no hipotálamo (núcleo de controle de 
temperatura). 
Ao estímulo do aumento da temperatura a pele manda um P.A para o 
hipotálamo que envia um sinal para o córtex parietal, que reenvia um outro sinal 
 
39 
 
para o hipotálamo que envia um P.A para as veias que fazem uma vasodilatação 
nos vasos periféricos da pele, resfriando o sangue, sem aumento do fluxo 
sanguíneo. 
O hipotálamo possui um núcleo composto por neurônios que possuem 
seus axônios que servem como sensor regulador da temperatura (fazendo 
vasodilatação ou vasoconstrição). 
Excreção de produtos químicos: Dependendo de alguns produtos 
químicos e da necessidade corporal de absorver as substâncias, pode haver 
quantidade excessiva destes produtos no organismo que é secretado pelas 
glândulas sebáceas dependendo da afinidade com a substância, que vem pelo 
sistema venoso capilar; quando estas glândulas fazem a troca de CO2 e 
resíduos metabólicos para O2 e nutrientes, estes nutrientes além de sais 
minerais, proteínas trazem junto os produtos químicos em excesso que irá entrar 
em contato com os sebos e o suor, que serão eliminados conforme a secreção 
das glândulas. 
 
 
Sistema Endócrino 
 
 
https://www.todamateria.com.br/sistema-tegumentar/ 
 
 
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Ao receber os raios solares a pele forma hormônios (vitamina D3) que irá 
atuar no intestino grosso através da corrente sanguínea, que ajuda o intestino na 
absorção de cálcio e fósforo dos alimentos que irão alimentar as células do corpo 
e depositar-se nos ossos. 
Outra função do sistema endócrino é o estrogênio na pele. 
 
 
ANEXOS 
 
PÊLOS 
 
 
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/revestimento2.php 
 
Os pêlos são estruturas delgadas e filamentosas queratinizadas, que se 
projetam da superfície da epiderme da pele e crescem na maior parte do corpo. 
No corpo humano, há dois tipos de pêlos, os pêlos macios, delicados curtos e 
claros, denominados pêlos velos, os pêlos duros, grandes, grosseiros, longos e 
escuros, denominados pêlos terminais. Os pêlos humanos não dão um 
isolamento térmico como os pêlos dos animais, em vez disso, os pêlos funcionam 
recebendo sensações táteis. 
 
41 
 
 
 
Estrutura do pêlo 
 
O corpo do ser humano encontra-se revestido por uma grande diversidade 
de formações pilosas: cabelos, pêlo do corpo, sobrancelhas, pestanas, cílios, 
pêlo púbico, pêlo axilar, etc. Os pêlos são excrescências filamentosas e flexíveis 
que sobressaem da epiderme, que embora tenham uma estrutura básica comum, 
podem apresentar espessura e consistência variáveis e um diferente 
comprimento de acordo com o seu tipo. 
Os pêlos são compostos por dois tipos de elementos: a haste, a parte que 
sobressai da pele, e a raiz, a porção interna. 
Cada pêlo encontra-se numa depressão da pele correspondente a uma 
invaginação de tecido epidérmico na derme, denominado folículo piloso, onde 
são produzidos. De fato, a raiz do pêlo evidencia-se a partir de uma expansão 
arredondada do folículo denominada bulbo piloso, tendo na sua base uma 
concavidade, denominada papila folicular, à qual chegam os vasos sanguíneos 
que nutrem o folículo e também as fibras nervosas. 
A parte mais profunda do folículo piloso corresponde à matriz germinativa, 
constituída por células epidérmicas cuja multiplicação origina as células que 
formam o próprio folículo e também as que formam o pêlo. Esta matriz 
germinativa é igualmente composta por vários melanócitos encarregues da 
produção dos pigmentos, cujo número e grau de atividade, geneticamente 
condicionados, determinam a cor dos cabelos de cada pessoa. 
A formação do pêlo, propriamente dita, realiza-se no centro das várias 
camadas celulares concêntricas do folículo piloso. 
O pêlo em si é formado por três camadas diferentes, do exterior para o 
interior: a cutícula, a parte mais dura; o córtex, a mais espessa; e a medula, a 
estrutura do pêlo. 
 
 
Crescimento do pêlo 
 
 
42 
 
O pêlo cresce no folículo piloso a partir de células da matriz germinativa 
que vão, progressivamente, enchendo-se de queratina (a proteína fibrosa que 
constitui a camada córnea da epiderme e que é também a principal componente 
do pêlo) até morrerem, passando a constituir a haste do filamento que se desloca 
para o exterior e acaba por sobressair da pele. Este crescimento ocorre de forma 
cíclica, o que proporciona a alternação de períodos de crescimento com outros 
de repouso ao longo da vida. 
A fase de crescimento, ou anagênese, caracteriza-se por uma proliferação 
ativa das células da matriz generativa, durando aproximadamente cerca de três 
anos, embora com variações tanto individuais como relativas à localização do 
pêlo. Nessa época é possível constatar um crescimento contínuo do pêlo, 
embora a uma velocidade diferente consoante as várias pessoas e também as 
várias zonas do corpo. Por exemplo, o cabelo cresce a uma velocidade que oscila 
entre os 0,1 e 0,5 mm por dia, enquanto que o pêlo da barba dos homens cresce, 
em média, cerca de 0,3 mm por dia, sempre com evidentes diferenças 
individuais. 
A fase de regressão, ou catagênese, sucessiva à anterior, caracteriza-se 
por uma paragem da atividade folicular durante aproximadamente três semanas. 
Nesta fase, as células da papila folicular atrofiam-se, o que provoca separação 
não imediata, já que ainda mantém a sua união com as bainhas do folículo piloso, 
da base do pêlo com a papila, embora continue a deslocar-se até à superfície. 
A fase de repouso, ou telogênese, que acontece de seguida, tem a 
duração de cerca de três ou quatro meses. Nesta fase, a inatividade do folículo 
piloso é total. 
Após o referido período, o ciclo recomeça, através da formação de uma 
nova matriz generativa, que proporciona o crescimento do pêlo, o que à medida 
que o faz "empurra" para o exterior o pêlo que ocupa a parte mais superficial do 
folículo, até provocar a sua desunião e a emersão, pouco tempo depois, do novo 
pêlo para a superfície. 
A renovação pilosa não ocorre uniformemente em todo o corpo, já que o 
ritmo de atividade de cada folículo é diferente. Por exemplo, é possível, a 
qualquer momento, constatar que entre os folículos do couro cabeludo existem 
cerca de 85% em plena fase de atividade, enquanto que 1% se encontra em fase 
 
43 
 
de regressão e cerca de 14% em repouso, sendo por isso que é absolutamente 
normal que caiam entre 100 a 150 cabelos por dia. 
 
 
Elementos do pêlo 
 
O pêlo é composto por dois elementos muito particulares: uma glândula 
sebácea e um músculo eretor. A glândula sebácea desagua diretamente no 
folículo piloso e arrasta para o seu interior matéria gorda de modo a lubrificar a 
superfície do pêlo.O músculo eretor é formado por um conjunto de reduzidas 
fibras musculares que se encontram unidas à zona média do folículo através de 
uma extremidade, estando ancoradas a um ponto próximo da derme através da 
outra extremidade. 
A contração destas fibras, desencadeada, entre outros fatores, pelo frio e 
também por estímulos psicológicos como o medo, origina um fenómeno 
denominado "horripilação" caracterizado por um arrepiar dos pêlos e uma 
depressão localizada da pele, que adopta o típico aspecto da "pele de galinha". 
 
 
Os cabelos brancos 
 
Embora existam vários fatores que interferem na cor do cabelo e dos 
pêlos, esta depende, sobretudo do seu conteúdo em melanina e dos pigmentos 
elaborados pelos melanócitos presentes na matriz germinativa. No entanto, a cor 
do cabelo depende também, da disposição das próprias células que compõem o 
cabelo, já que consoante a sua obliquidade irá refletir mais ou menos luz, o que, 
consequentemente, dá ao cabelo um aspecto mais ou menos brilhante e também 
conforme o conteúdo de ar existente entre as células, que lhe dá um tom mais 
claro. 
Com o passar do tempo, os melanócitos das matrizes germinativas de 
alguns folículos pilosos estagnam e deixam de fabricar pigmentos, o que provoca 
os típicos cabelos brancos, embora estes possam surgir em qualquer idade e 
com diferentes graus consoante as pessoas. 
 
44 
 
 
 
FOLÍCULOS PILOSOS 
 
 
http://www.sabelotodo.org/anatomia/foliculopiloso.html 
 
O ser humano tem em torno de 5 milhões de folículos por todo o corpo, 
120.000 deles no couro cabeludo. O folículo piloso ou unidade folicular é uma 
estrutura complexa composta por 1 fio de pêlo ou cabelo, com seu respectivo 
bulbo, glândula sebácea e sudorípara, músculo piro-eretor e outros órgãos não 
menos importantes. 
O folículo pode se apresentar em número de um, minoria ou em conjuntos 
de 2 a 5 folículos, as famílias foliculares. Para ver estes folículos e as famílias 
foliculares basta olhar para os pêlos do seu braço e notar que de alguns saem 1 
pêlo, de outros 2 ou 3 e, mais raramente, 4 ou 5 pêlos. Estes folículos são a 
fábrica de cabelo, são deles que nascem o fio de cabelo ou pêlo, estruturas sem 
vida e que perduram durante séculos. 
 
45 
 
Os folículos pilosos, os órgãos nos quais os pêlos se formam, também se 
originam da epiderme que invade a derme, a hipoderme ou ambas, estão 
envolvidos por acúmulos densos de tecido conjuntivo fibroso. O conjunto das 
células que compõem a raiz do pêlo é denominado matriz, as camadas externas 
do epitélio do folículo formam a bainha externa da raiz, ela envolve várias 
camadas de células derivadas da epiderme, a bainha interna da raiz, constituída 
por três componentes, a camada de Henle, a camada de Huxley, e a cutícula 
interna da raiz. 
 
 
UNHAS 
 
 
http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-tegumentar/ 
 
As unhas são placas de células queretinizadas localizadas na superfície 
dorsal das falanges distal dos dedos e dos artelhos. As unhas originam-se de 
células da matriz da unha. 
A lúnula, um crescente branco, é observada na extremidade proximal da 
unha. A extremidade distal da placa ungueal não está presa ao leito ungueal, 
perto desta junção fica um acúmulo do estrato córneo denominado hiponíquio. A 
 
46 
 
translucidez das unhas constitui uma indicação rápida da saúde de uma pessoa; 
o rosa indica um suprimento sanguíneo bem oxigenado. 
 
 
Funções 
 
Apesar de atualmente lhes ser atribuído um papel basicamente estético, 
já que têm sido desde a Antiguidade, muito cuidadas e enfeitadas, as unhas 
desempenham um papel essencial enquanto elementos funcionais da nossa vida 
quotidiana. De facto, para além de protegerem as pontas dos dedos de todo o 
tipo de golpes e agressões, as unhas servem para esfregar e arranhar, como 
meio instintivo de defesa perante uma situação de perigo e para apertar, separar, 
dobrar e muitas outras ações que necessitem de alguma precisão. De facto, 
embora as funções das unhas sejam muito importantes, costumam passar 
despercebidas, já que apenas quando, por algum motivo, as perdemos, é que 
ficamos, a saber, toda a sua importância, já que os dedos, sem as unhas, perdem 
grande parte da sua funcionalidade. 
Por outro lado, as unhas participam, igualmente, no sentido do tacto, 
constituindo uma espécie de amplificadores sensoriais, pois aumentam as 
percepções desse tipo na ponta dos dedos, já que o mínimo contato sobre a 
superfície do corpo da unha ou na sua extremidade livre proporciona a perfeita 
percepção do estímulo. 
 
 
Estrutura e formação 
 
As unhas têm uma estrutura muito semelhante à dos pêlos, pois são 
essencialmente constituídas por queratina, a proteína fibrosa elaborada pelas 
células cutâneas, embora também sejam compostas por mucopolissacarídeos e 
determinados minerais. De fato, as unhas são, à semelhança dos pêlos, 
produzidas pelas células da epiderme encarregues da produção de queratina. 
Ao longo da face dorsal da falange distal de cada dedo, a epiderme dobra-
se sobre si própria, penetrando na derme, através de uma zona, denominada 
 
47 
 
sulco ungueal, onde as duas camadas da epiderme se encontram face a face, 
uma virada para cima, denominada eponíquio, e outra para baixo, o hiponíquio 
ou leito ungueal, de modo a proporcionarem a formação da unha. 
A partir do exterior, não é possível observar toda a extensão do leito 
ungueal, já que existe uma parte, precisamente a que fabrica a unha, 
denominada matriz ungueal, que fica oculta por detrás do sulco ungueal. Embora 
a epiderme pertencente ao eponíquio se desenvolva normalmente e forme todas 
as camadas que lhe são próprias, a epiderme do leito ungueal, não costuma 
formar uma camada córnea normal, já que as suas células elaboram uma 
queratina muito mais dura que, posteriormente, sai do sulco ungueal e desliza 
sobre o leito ungueal, de modo a constituir a lâmina resistente que corresponde 
à unha propriamente dita. 
A unha é constituída por várias partes. A porção da unha que não é 
observável a olho nu, por se encontrar oculta pela dobra da epiderme, denomina-
se raiz ungueal. A porção visível denomina-se corpo ou lâmina ungueal, sendo 
da sua extremidade livre que sobressai da ponta do dedo. A zona do corpo da 
unha próxima à raiz apresenta um sector, denominado lúnula, especialmente 
visível no dedo polegar e no primeiro dedo do pé, com a forma de meia-lua e com 
uma cor mais clara, correspondente a uma parte da matriz ungueal, sendo 
igualmente a parte onde a lâmina tem uma maior espessura e não deixa 
transluzir a cor rosada da derme subjacente. 
Em condições normais, o resto da unha é translúcida, deixando 
transparecer a cor do tecido subjacente, que lhe proporciona a cor rosada, já que 
apenas a lúnula e a extremidade livre que sobressai da ponta do dedo são 
brancas. Quando se pressiona a unha, constata-se que esta fica mais clara, 
devido ao facto de a pressão dificultar a irrigação da derme, mas ao libertar-se 
imediatamente a pressão, a unha volta a ganhar a sua cor, sendo esta uma das 
técnicas utilizadas para avaliar o funcionamento da circulação. 
Relativamente às dobras existentes nas extremidades da unha, à exceção 
da extremidade livre, é possível distinguir as dobras ou valas laterais e a cutícula, 
que reveste parte da lúnula. 
 
 
 
48 
 
Roer as unhas: onicofagia 
 
Embora seja muito comum que as crianças roam as unhas, caso se 
mantenha este hábito, menos frequente entre os adolescentes e os adultos, ao 
longo dos anos, pode evoluir para uma doença denominada "onicofagia", que 
normalmente constitui uma forma de evidenciar um certo conflito psicológico e 
emocional. De facto, como nestes casos não se trata apenas de um "mau hábito", 
deve-se encontrar a causa do problema, pois pode corresponder uma via de 
escape perante qualquer situação de angústia, uma forma de expressar um 
sentimentode insegurança, de saudade e abandono ou de cólera reprimida, ou 
ser sinal de um estado de ansiedade. 
Embora existam inúmeros recursos e remédios caseiros para se proceder 
à eliminação deste "hábito" nas crianças, como por exemplo, pintar as unhas com 
um verniz de sabor desagradável ou ligar os dedos, aplicar uma série de castigos 
caso se efetue o gesto ou, por outro lado, promessas caso se deixe o hábito, os 
resultados positivos costumam ser fracos, já que não se procede à eliminação 
da principal causa, pois o tratamento deve passar pelos recursos externos, como 
a análise e correção das causas que levam a criança a roer as unhas. Por isso, 
o mais conveniente é analisar a situação específica de cada caso e proceder-se 
ao seu tratamento adequado, que muitas vezes necessita de psicoterapia 
individual ou familiar. 
 
 
Unhas deformadas ou descoloridas 
 
Existem inúmeros traumatismos e afecções que podem provocar 
deformações ou alterações na cor das unhas. Qualquer tipo de lesão ou irritação 
na matriz ungueal e o contato com produtos químicos agressivos podem originar 
um espessamento da unha ou a formação de estrias e fissuras. Para, além disso, 
existem algumas doenças, como a psoríase e as infecções provocadas por 
fungos, que também podem provocar o mesmo tipo de efeito. 
A anemia por carência de ferro e várias doenças cardiopulmonares que 
provoquem um défice de oxigenação podem favorecer a produção de unhas em 
 
49 
 
forma de colher. Existem igualmente inúmeras afecções que podem perturbar 
pontualmente o crescimento da unha e originar o aparecimento de uma estria 
transversal persistente que se irá deslocar à medida que a unha cresce até 
alcançar a extremidade livre da mesma. 
Existem várias causas que podem alterar a coloração das unhas. Um 
traumatismo pode provocar o aparecimento de uma ou mais zonas 
esbranquiçadas que se irão deslocar com a própria unha à medida que esta 
cresce, uma infecção bacteriana pode fazer com que a unha adopte uma cor 
esverdeada, uma infecção por fungos pode proporcionar uma descoloração, uma 
afecção hepática pode conferir uma coloração amarelada às unhas. 
Em suma, como existem inúmeras possíveis causas para as deformações 
e alterações da cor das unhas, umas banais e outras mais sérias convêm que 
seja o médico a detectar a sua origem e a determinar, caso seja necessário, o 
tratamento mais adequado para cada caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
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