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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI APOSTILA ANATOMIA, FISIOLOGIA E BIOQUÍMICA DA PELE E ANEXOS CUTÂNEOS ESPÍRITO SANTO 2 SISTEMA TEGUMENTAR http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-tegumentar/ Dá-se o nome de tegumento ou sistema tegumentar a tudo aquilo que reveste externamente o corpo dos animais, conferindo proteção ao organismo contra desidratação, hidratação excessiva, ação dos raios ultravioletas emitidos pelo sol, microrganismos patogênicos, choques mecânicos, entre outros. Pode apresentar apenas pelos, como nos mamíferos; penas, como nas aves e escamas nos peixes. Nos vertebrados, a pele, que é constituída de epiderme (externa) e derme (interna). A epiderme é a camada superficial, formada por tecido epitelial pluriestratificado pavimentoso (achatado), avascular (por ela não passam vasos sanguíneos) e apresenta células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento da pele. A camada celular mais profunda desse epitélio é denominada germinativa, cujas células passam por contínuas divisões mitóticas, produzindo novas células para substituição das superficiais, que morrem constantemente. http://www.infoescola.com/biologia/vertebrados-subfilo-vertebrata/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/epiderme/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/derme/ http://www.infoescola.com/biologia/tecido-epitelial/ http://www.infoescola.com/biologia/tecido-epitelial/ http://www.infoescola.com/bioquimica/melanina/ http://www.infoescola.com/biologia/mitose/ 3 Peixes e anfíbios aquáticos apresentam glândulas mucosas na epiderme. Nos vertebrados, especialmente os terrestres, as células mais superficiais são mortas, graças à total impregnação da proteína queratina, substância impermeável que, formando a camada córnea, confere proteção ao animal, principalmente contra desidratação. Nos invertebrados, a epiderme é uniestratificada, ou seja, possui uma única camada de células, ao contrário dos vertebrados. A derme, por sua vez, situa-se logo abaixo da epiderme, sendo mais espessa. Tem origem mesodérmica e é constituída por tecido conjuntivo, contendo terminações nervosas, vasos linfáticos e sanguíneos e porções basais de glândulas. Tem a função de apoiar a epiderme, dando à pele resistência e elasticidade. Outra estrutura componente do sistema tegumentar de vertebrados é a hipoderme, esta, porém, apenas aves e mamíferos possuem. A hipoderme é uma camada localizada imediatamente abaixo da derme, constituída de tecido conjuntivo e extremamente rica em tecido adiposo. Além de ser uma reserva nutritiva (gordura), desempenha um importante papel auxiliar na regulação da temperatura corporal pois, devido à propriedade isolante da gordura, reduz a perda de calor do corpo para o meio. Por isso, aves e mamíferos são homeotérmicos (ou endotérmicos), ou seja, não têm a temperatura do corpo alterada com as variações térmicas do ambiente. Além de conferir proteção, a pele também é responsável pela recepção de estímulos do meio externo (sensibilidade), devido à presença de corpúsculos sensoriais; excreção de catabólitos nos peixes e nos mamíferos; respiração cutânea nos anfíbios; regulação da temperatura do corpo em homeotermos (como dito anteriormente); manutenção da concentração de sais nos líquidos corpóreos (homeostase); nutrição de filhotes mamíferos; locomoção de peixes e alguns anfíbios devido às glândulas mucosas da epiderme, e das aves, devido às penas; ataque e defesa (presença de cornos e unhas) e identificação sexual. O tegumento comum constitui o manto contínuo que envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao meio ambiente. Esse invólucro somente é interrompido ao nível dos orifícios naturais (narinas, boca, olhos, orelha, ânus, vagina e pênis) onde se prolonga pela respectiva mucosa. http://www.infoescola.com/bioquimica/queratina/ http://www.infoescola.com/animais/introducao-aos-invertebrados/ http://www.infoescola.com/biologia/tecido-conjuntivo/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/hipoderme/ http://www.infoescola.com/biologia/aves/ http://www.infoescola.com/biologia/mamiferos-classe-mammalia/ http://www.infoescola.com/biologia/tecido-adiposo/ http://www.infoescola.com/biologia/classe-amphibia-anfibios/ http://www.infoescola.com/fisiologia/homeostase/ 4 Sob o ponto de vista anatômico o tegumento comum é formado por dois planos, o mais superficial denominado cútis ou pele e o mais profundo tela subcutânea. Dependentes da cútis encontra-se uma série de estruturas chamadas anexos cutâneos, que são os pelos, as unhas e as glândulas (sebáceas, sudoríferas, ceruminosas, vestibulares nasais, axilares, circumanais e mamas). O sistema tegumentar é composto pela pele e anexos (glândulas, unhas, cabelos, pelos e receptores sensoriais) e tem importantes funções, sendo a principal agir como barreira, protegendo o corpo da invasão de microrganismos e evitando o ressecamento e perda de água para o meio externo. Entre os vertebrados, o tegumento é composto por camadas: a mais externa, a epiderme é formada por tecido epitelial, a camada subjacente de tecido conjuntivo é a derme, seguida por um tecido subcutâneo, também conhecido como hipoderme. Há também uma cobertura impermeável, a cutícula. Há uma variedade de anexos, tais como pelos, escamas, chifres, garras e penas. A pele é o maior órgão do corpo humano, recobrindo cerca de 7500 cm2 de um indivíduo adulto. Esse órgão protege nosso corpo contra atrito, patógenos, perda excessiva de água e atua em sua termorregulação. Além disso, contém receptores que permitem a percepção de dor, tato, temperatura e pressão. A pele e seus anexos (unhas, pelos e glândulas) fazem parte do sistema tegumentar. Ela é composta por três camadas: epiderme, derme e tela subcutânea. Funções da pele 1. Regulação da temperatura corporal, pelo fluxo sanguíneo e pelo suor. 2. Proteção, barreira física, infecções, desidratação e radiação UV. 3. Sensibilidade, através de terminações nervosas receptoras de tato, pressão, calor e dor. https://www.todamateria.com.br/tecido-epitelial/ 5 4. Excreção, de água e sais minerais, componentes da transpiração. 5. Imunidade, células epidérmicas são importantes para a imunidade. http://slideplayer.com.br/slide/5730178/ 6. Síntese de vitamina D, em função à exposição aos raios UV. 7. Absorção de substâncias, principalmente gordurosa, como hormônios, vitaminas e medicamentos. Cútis ou pele é constituída por duas membranas que se justapõem e aderem intimamente e que são a epiderme (por fora) e a derme ou cório (por dentro). As camadas da pele A epiderme é a parte mais externa e a única que está em contato com o meio ambiente, por esta razão, ela possui também a importante função de proteger o organismo contra os danos causados por agentes externos. 6 https://www.emaze.com/@AOQWWTFL/FETEC-(1).pptx Ela é composta por tecido epitelial (carente de vascularização) e possui cinco camadas: camada basal, espinhosa, granulosa, lúcida e camada córnea. Sua formação se dá através das células epidérmicas (queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel). Contudo; excetuando- se a camada basal (única camada que faz contato com a derme), a epiderme é quase que completamente formada por queratinócitos. A derme é formada por tecido conjuntivo, que ao contrário do tecido epitelial é ricamente vascularizado. Nela encontram-se as fibras colágenas, elásticas e reticulares, além das células formadoras de sua composição (fibroblastos, linfócitos, mastócitos...). Ainda na derme, estão presentes algumas glândulas (sudoríparas, sebáceas), terminações nervosas e folículos pilosos. Por último, vem a tela subcutânea, também conhecidacomo hipoderme, esta é composta por células gordurosas. Ela é responsável pela reserva de nutrientes, proteção dos vasos e nervos localizados nos níveis mais profundos. É importante saber que quando se pensa em epiderme, derme e hipoderme, deve-se ter em mente que uma depende da outra para o equilíbrio deste importante órgão que é a pele humana, e também para o “perfeito” funcionamento de nosso organismo. 7 Epiderme, delgada túnica superficial derivada do ectoderma embrionário, formada por várias camadas de células achatadas (epitélio pavimentoso estratificado). A camada mais periférica da epiderme é constituída por células mais resistentes, queratinizadas, as quais se acham em constante descamação, sendo substituídas pelas subjacentes, do que decorre constante renovação. A epiderme é mais espessa ao nível da palma e da planta e mais delgada nas pálpebras, prepúcio, pequenos lábios vaginais e escroto. A melanina é o principal pigmento epidérmico, controlado pelo hormônio melanócito-estimulante (MSH) da adenohipófise (lobo anterior). Derme ou cório, do latim corium = couro, significando a membrana espessa que resulta após ter sido curtida a pele de certos animais e que se subpõe à epiderme. Constituída de tecido conjuntivo (mesodérmico) denso. Na palma e planta a derme é percorrida por cristas e sulcos, utilizáveis para identificação individual (papiloscopia ou dactiloscopia). É na derme que encontramos a raiz dos pelos e a maioria das glândulas anexas a ainda é aqui que termina pelo menos uma das extremidades das fibras musculares dos músculos cutâneos da cabeça, pescoço, palma, dartos escrotal e grandes lábios, músculo aureolo-papilar da mama e eretores dos pelos. Tela subcutânea ou tecido celular subcutâneo (TCSC), encontrada profundamente à derme, formado por tecido conjuntivo frouxo (areolar) e gordura (panículo adiposo). Permite o deslizamento da pele sobre os planos subjacentes, oferece proteção (amortecedor) e constitui-se em verdadeiro sistema de armazenamento de gordura (energia). Em alguns locais o TCSC é exíguo ou inexistente, como nas pálpebras, pavilhão da orelha, prepúcio, escroto, e pequenos lábios vaginais. Couro cabeludo é um tipo especial de cútis que recobre a calvária caracterizada por duas lâminas densas (cório externamente e pericrânio internamente, aderido ao periósteo). Entre essas duas lâminas ocorre um tecido frouxo, não gorduroso que é o tecido subaponevrótico. Pêlos, filamentos flexíveis formados por células queratinizadas que se implantam na derme. Dividido numa parte externa (haste) e numa raiz. 8 A raiz está contida no folículo piloso, no fundo do qual encontramos uma dilatação chamada bulbo do pelo. Como anexos do pelo temos as glândulas sebáceas e os músculos eretores dos pelos. Distribuição dos pêlos, chamados lanugem ao nascimento, são substituídos pelos vilos. Denominações especiais por região: 1. Cabelos, couro cabeludo. 2. Supercílios, órbitas. 3. Cílios, nas pálpebras. 4. Vibrissas, vestíbulo nasal. 5. Tragos, meato acústico externo. 6. Bigode, lábio superior. 7. Barba, face. 8. Hircos, axilas. 9. Pubes, região pubiana, monte púbico. Não há pelos na palma, na planta e no dorso das falanges distais. Os cabelos crescem meio mm por dia. Unhas, lâminas queratinizadas que recobrem parcialmente o dorso das falanges distais de mãos e pés, com a função precípua de protegê-las. Duas faces (superficial e profunda) e quatro bordas (laterais, proximal e distal). A face profunda assenta sobre o cório que a esse nível se chama leito ungueal. A face superficial é convexa. A borda proximal constitui a raiz da unha. Glândulas sebáceas, vistas com o pelo, situadas junto ao folículo piloso aonde se abre por curto e largo ducto. A contração do músculo eretor ajuda a expelir o conteúdo gorduroso. Não existem em pele glabra. Nas pálpebras encontramos dois tipos de glândulas sebáceas modificadas: as glândulas társicas e as glândulas ciliares sebáceas. Na aréola mamária também encontramos outra modificação dessas estruturas que são as glândulas areolares. Glândulas sudoríferas, constituídas por um fino e longo tubo que no início se enovela, chamado corpo da glândula, profundamente situado no cório, chegando mesmo a ultrapassa-lo atingindo o TCSC. Secretam o suor através do poro sudorífero. 9 Glândulas ceruminosas, situadas no meato acústico externo, secretam o cerúmen. Glândulas vestibulares nasais, localizadas no vestíbulo nasal. Glândulas axilares, região axilar, cujo produto sofre decomposição exalando cheiro próprio e individual, o qual é mais acentuado em certas raças ou por ocasião da puberdade. Glândulas circumanais, localizadas na cútis que circunda o ânus. Glândulas mamárias ou mamas, foram tratadas em sistema genital feminino. Pele A pele é o maior órgão do corpo humano. Reveste o organismo preservando a homeostasia do meio interno. As funções da pele são as seguintes: •Proteção contra agentes externos (físicos, químicos, mecânicos e biológicos) •Termorregulação •Resposta imunológica •Controle hemodinâmico •Sensorial •Produção e excreção de metabólitos •Endócrino A pele é dividida em 3 camadas: Epiderme, Derme, Hipoderme. A pele se divide em Fina e Espessa. EPIDERME 10 A epiderme constitui-se em um epitélio escamoso estratificado queratinizado composto por queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel. https://www.todamateria.com.br/pele-humana/ Queratinócitos Os queratinócitos, também conhecidos como ceratinócitos, são células diferenciadas que compõem o tecido epitelial e invaginações da epiderme para a derme, como é o caso das unhas e cabelos, responsáveis pela produção de queratina. Estas são as células mais comumente encontradas na epiderme, representando 80% das células epidérmicas. Os queratinócitos compõem o epitélio estratificado pavimentoso queratinizado que é formado por cinco regiões ou estratos discretos. http://www.infoescola.com/biologia/tecido-epitelial/ http://www.infoescola.com/bioquimica/queratina/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/epiderme/ 11 A primeira região, localizada mais internamente, recebe o nome de camada basal ou estrato basal, que sintetiza constantemente novas células para a epiderme, bem como conecta a epiderme na derme por meio da lâmina basal que ela origina e dos hemidesmossomas fixados a ela. A camada basal é formada por uma única camada de células-tronco, que pode apresentar formato colunar ou cuboide, e passa por mitose certas vezes com uma das células resultantes contribuindo para o estrato remanescente da epiderme. Estas células estão envolvidas numa produção inicial de tonofilamentos, e alguns dos tonofilamentos estão ligados aos hemidesmossomas que fixam a base da epiderme na derme. Os tonofilamentos formados não estão apenas ligados aos diversos dermossomas que compõem a estrutura de fixação primária de uma célula na outra na epiderme, eles também originam corpos de pré-queratina ou placas que amadurecem na queratina das células de outros estratos. Os queratinócitos provenientes da camada basal ou germinativa formam a camada espinhosa, que apresenta de uma a três camadas de células espessas na pele pilosa e, certos casos, de quatro a cinco camadas de células espessas em peles desprovidas de pelo (pele glabra), mas podem ser proeminentes nas áreas onde a pele torna-se mais grossa. A principal característica morfológica dessa região é conferida pelos processos celulares espinhosos que estendem para todas as células adjacentes. Cada processo igualmente a um desmossomo deixa esta região da pele altamente resistente a efeitos mecânicos de estiramento e pressão. Os espaços presentes entre estes processos podem conferir conduto para substânciasque são secretadas ocasionalmente por queratinócitos ao passo que eles se aproximam do seu desenvolvimento total. Os corpos de Odlando, também conhecidos como pequenos grânulos e trata-se de estruturas encontradas fixadas à membrana lamelar e tornam-se mais evidentes nas camadas mais velhas e externas deste estrato. Com o aumento da quantidade de grânulos lamelares, os queratinócitos espinhosos transformam-se em células granulares e, deste modo, originam a terceira epiderme, denominada camada granulosa. Esta, por sua vez, caracteriza-se pela presença de grânulos ligados aos queratinócitos. http://www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/ http://www.infoescola.com/biologia/mitose/ 12 Os grânulos preenchem o citoplasma, na maioria das vezes, por completo. Estas estruturas consistem em pró-filagrina, que é um precursor da filagrina. Esta última, é a proteína responsável pela associação de filamento de ceratina no processo de cornificação (formação da unha). Além disso, a formação no citoplasma do grânulo lamelar continua. Histologicamente, o núcleo não é claramente diferenciado devido à grande quantidade de grânulos, que contêm, em seu interior, componentes lipídicos, bem como enzimas hidrolíticas e outras proteínas. Certas quantidades de lipídios e enzimas são liberadas no espaço intercelular, passando a ficar preenchidos com ceramidas, colesterol e ácidos graxos. Como consequência, a mistura intercelular lipídica gera uma proteção à prova d’água. As células mais antigas da camada granulosa passam por um processo necrobiótico que abrange a degeneração nuclear e de todo o aparelho metabólico relacionado, havendo liberação e posterior digestão por enzimas lisossômicas. A conciliação entre este evento com o empacotamento de grânulos e a liberação de lipídios, resulta no processo final da ceratinização. Cada queratinócito, que adota a forma escamosa, neste ponto encontra- se isento de organelas, sendo preenchido com queratina e sua forma agregada, a queratoialina. Estas células ainda se encontram recobertas pela membrana celular rica em lipídios. As células que estão passando por este processo final, recebem o nome de camada lúcida e, histologicamente, pode ser observada somente na pele espessa. Quando o processo de queratinização encontra-se completo, as células se juntam com outras células que já passara, pelo processo anteriormente para dar origem à camada córnea, a mais externa da epiderme. Nesta, os filamentos de queratina de cada célula estão rearranjados paralelamente à superfície epitelial. No interior de suas camadas mais profundas, as células opostas adjacentes apresentam-se firmemente comprimidas umas às outras, juntamente com vários desmossomas e depósitos intercelulares, o que confere uma forte proteção à camada. Entre as células mais externas, a vedação não é tão forte, pois nesta estão presentes desmossomas e depósito intercelulares em menor quantidade. Com a ocorrência do processo de abrasão natural (descamação), estas células podem http://www.infoescola.com/citologia/citoplasma/ 13 ser removidas. Esta camada superficial de células que está sendo constantemente removida é denominada camada disjunta. Melanócito https://belezanoar.net/2016/03/05/fisiopatologia-metabolizacao-da-melanina/ O melanócito é uma célula dendrítica, especializada na produção de melanina, um pigmento de coloração marrom-escura. Estas células encontram-se na junção da derme com a epiderme ou entre os queratinócitos da camada basal da epiderme, além de estarem presentes também na retina. Originam-se da crista neural embrionária, apresentando um citoplasma globoso, de onde partem prolongamentos que penetram em reentrâncias das células das camadas basal e espinhosa, transferindo, deste modo, melanina para as células presentes nestas camadas. A melanina é uma proteína produzida com o auxílio da enzima tirosinase, pois através dela o aminoácido tirosina é transformado primeiro em 3,4- diidroxifenilalanina, agindo também sobre este composto, convertendo-a em http://www.infoescola.com/bioquimica/melanina/ http://www.infoescola.com/anatomia-humana/epiderme/ http://www.infoescola.com/citologia/queratinocitos/ http://www.infoescola.com/visao/retina/ http://www.infoescola.com/citologia/citoplasma/ http://www.infoescola.com/bioquimica/proteinas/ http://www.infoescola.com/bioquimica/enzimas/ http://www.infoescola.com/bioquimica/aminoacido/ 14 melanina. Esta enzima é produzida nos polirribossomos, introduzidas nas cisternas do retículo endoplasmático rugoso e acumulada em vesículas produzidas pelo sistema de Golgi, que recebem o nome de melanossomos, onde é iniciada a produção da melanina. Quando o melanossomo está cheio de melanina, passa a receber o nome de grânulo de melanina. Este último migra pelos prolongamentos dos melanócitos e são depositados no citoplasma dos queratinócitos, que por sua vez, servem como depósito de melanina. Os grânulos de melanina irão se fundir com os lisossomos dos queratinócitos, sendo assim, as células mais superficiais da epiderme não possuem melanina. Nas células epiteliais os grânulos de melanina ficam em localização supernuclear, protegendo, deste modo o DNA contra os danos causados pelos raios solares. Existem alguns distúrbios que podem afetar os melanócitos, gerando doenças, como: vitiligo, melasma ou cloasma, hipercromias, nervos melanocíticos e melanoma. CÉLULAS DE LANGERHANS Também chamadas de células dendríticas (apresentadoras de antígeno), originam-se da medula óssea e estão localizadas no estrato espinhoso, onde seu número pode chegar a 800 por milímetro quadrado. Mostram um núcleo denso, citoplasma claro e prolongamentos citoplasmáticos longos que se irradiam do corpo celular para o espaço intercelular entre os queratinócitos. Localizadas na epiderme, têm forma de estrela e são responsáveis pela defesa imunológica. São capazes de se locomover através do tecido e funcionam como uma espécie de "sentinela" imunológica, alertando as outras células do sistema imunológico quanto à presença de um organismo invasor. A célula de Langerhans é capaz de fagocitar (englobar) partículas estranhas como vírus e bactérias. A exposição à radiação UV pode induzir a uma queda em sua função, diminuindo a atividade imunológica da pele. http://www.infoescola.com/citologia/reticulo-endoplasmatico-liso-rugoso/ http://www.infoescola.com/citologia/complexo-de-golgi/ http://www.infoescola.com/citologia/lisossomos/ http://www.infoescola.com/biologia/dna/ http://www.infoescola.com/doencas/vitiligo/ http://www.infoescola.com/dermatologia/melasma/ http://www.infoescola.com/cancer/melanoma/ 15 http://pt.slideshare.net/Danielly27/pele-e-anexos2012 Células de Merkel A célula de Merkel consiste em um não-queratinócito que faz parte da camada basal do epitélio bucal e epiderme e que é especializada na transdução sensorial. Contrariamente às outras células do mesmo tipo (não-queratinócitos), que são os melanócitos e as células de Langerhans, esta não constitui uma célula dendritica, apresentando, por sua vez, tonofilamentos de ceratina e desmossomos que as conectam a células adjacentes. Morfologicamente, esta célula apresenta formato oval a elíptico, com comprimento paralelo à superfície da epiderme. http://www.infoescola.com/citologia/melanocito/ 16 http://pt.slideshare.net/hernandopinzonc/exp-sistema-tegumentario?smtNoRedir=1 Habitualmente possui citoplasma claro quando observado histologicamente. O núcleo pode ser polimorfo ou profundamente recorta, encontra-se envolto por densos grânulos, que também são observados nos prolongamentos celulares que se estendem em direção à camada espinhosa. A função desses grânulos ainda não foi elucidada. É possível que cada célula de Merkel possua uma comunicação com uma terminaçãonervosa aferente desmielinizada, sendo eu esta última origina um complexo, conhecido como célula de Merkel-axônio, referido também como um disco tátil capilar. Existem hipóteses que sugerem que este complexo ou disco de junção atue como um receptor para o toque, pois trata-se de um mecanorreceptor de baixo ajuste. Pele espessa é aquela encontrada nas regiões de pele glabra Divisão da epiderme Extrato córneo (superfície da pele) http://www.infoescola.com/citologia/citoplasma/ 17 A camada mais externa da pele, denominada estrato córneo ou camada de queratina, contém muitas camadas de células achatadas mortas e atua como uma barreira para proteger os tecidos subjacentes contra lesões e infecções. Ao retardar a evaporação, os óleos presentes nessa camada da pele ajudam a manter a umidade das camadas mais profundas, mantendo a textura da pele suave e flexível. O estrato córneo é apenas uma parte da epiderme, a qual é uma fina camada de pele que recobre a maior parte do corpo. Em alguns locais, como as palmas das mãos e as plantas dos pés, a epiderme é naturalmente espessa e o estrato córneo provê uma proteção extra contra impactos e abrasões. A epiderme também pode ser espessa e dura em áreas excessivamente secas. Os distúrbios das camadas superficiais da pele envolvem o estrato córneo e as camadas mais profundas da epiderme e vão desde os que causam um desconforto temporário até aqueles que causam incapacidades crônicas. Extrato Lúcido Uma camada da epiderme, localizado imediatamente abaixo do córneo. Alguns autores também chamam essa camada brilhante ou camada de revestimento transparente. Ela representa a zona de transição entre o stratum granulosum e stratum corneum. - Definição Camada formada por muitas camadas de queratinócitos mortos com contornos mal definidos. Ela representa a zona de transição entre o stratum granulosum e stratum corneum. Alguns autores também chamam essa camada brilhante ou camada de revestimento transparente. Os queratinócitos do estrato lúcido são diáfano e agrupados. Suas células contêm filamentos de queratina e eleidina. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele https://pt.wikipedia.org/wiki/Epiderme https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo https://www.ecured.cu/Estrato_granuloso https://www.ecured.cu/Estrato_granuloso https://www.ecured.cu/Queratinocitos https://www.ecured.cu/Queratina 18 É constituída por uma única camada de células homogéneas e transparentes, e sem núcleo completamente infiltrado queratina, que pilhas secas e por este processo de envelhecimento para reduzir o estrato córneo. É uma camada de transição entre a camada granular e a córnea. A transição entre as células ainda vivas da camada granular e as células mortas do córneo ocorre muito rapidamente, sem núcleo degradado ou organelas dissolvidas deixar qualquer vestígio. A perda de núcleos e organelas envolvidos mecanismos apoptóticos. Ela está presente apenas na espessura da pele das palmas das mãos e nas solas dos pés; e tem muito pouco histológica e significado histopatológico. Esta camada só existe em áreas de pele grossa, não fina da pele. - Doenças e alterações histopatológicas Espongiose (Edema intercelular): Designa um status da rede esponjosa causada por edema intersticial, quando o edema aumenta, coleções de fluidos pode formar vesículas. Acantólise: é a perda de coesão entre as células, devido à dissolução de pontes intercelulares Malpigi a rede inferior. Cavitaria Leloir alteração (edema intracelular): Formação do fluido intracelular, visível através dos espaços claros nas células. Balonismo degeneração: bola Deformação células em forma com espaços claros dentro e esmagado e rejeitou núcleo. Microabscessos: vai apontar o Munro observada na psoríase e é composto por neutrófilos e células mononucleares contendo Pautrier e aparece em MF. Pústula das encefalopatias kojog: é um microabscesso multicelular contendo neutrófilos nas células epidérmicas inchados com um típico da encefalopatia aspecto psoríase pustulosa. https://www.ecured.cu/Estrato_granuloso https://www.ecured.cu/Estrato_granuloso https://www.ecured.cu/C%C3%A9lulas https://www.ecured.cu/index.php?title=Apopt%C3%B3sicos&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/Piel https://www.ecured.cu/index.php?title=Acantolisis:&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Alteraci%C3%B3n_cavitaria_de_leloir_(Edema_intracelular):&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Degeneraci%C3%B3n_balonizante:&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Microabscesos:&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=P%C3%BAstula_espongiforme_de_kojog:&action=edit&redlink=1 19 Extrato Granuloso http://es.slideshare.net/luisepacheco/piel-8496857 Abaixo do estrato córneo, composto de queratinócitos não se multiplicam, idade e perdem o seu núcleo. - Definição O estrato granuloso, também chamada camada de querato- hialina compreende uma ou mais camadas de células, granular grosseira achatada, não nas membranas mucosas, exceto em algumas condições, tais como leucoplasia que não queratinização. O cornifica�o gradual começa na camada granular. Dependendo na espessura que tem o estrato córneo, o estrato granuloso pode estender-se a três camadas de células planas, que podem ser observados grânulos densos (granulado) de hialina. Os grânulos contêm, entre outras substâncias, a proteína precursora, o que é presumivelmente participar na formação de fibras de queratina no espaço intercelular. https://www.ecured.cu/Queratinocitos https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/Leucoplasia 20 Nesta camada de células provenientes da camada de matriz basal: o citoplasma destas células é alterado e o seu núcleo atrofia desaparecer na camada mais externa do próprio estrato granuloso. No citoplasma destas células de grânulos de uma substância chamada queratina que aparecem. O citosol contém grânulos basofílicos chamados grânulos de querato- hialina. O querato-hialina é uma substância precursora de queratina. Quando queratinócitos chegar à última camada dessa camada células epidérmicas morrer e morrem derramar seu conteúdo para o espaço intercelular. Doenças e alterações histopatológicas Leucoplasia: Esta é uma boca lesão relativamente comum em uma pequena proporção de casos, mas significativa, torna-se cancro. É uma condição na qual manchas brancas espessas e formar sobre as gengivas, faces internas, e, por vezes, a língua. Granulose: Aumento do número de linhas de células na camada granular. Alteração das cavidades Leloir (edema intracelular): Formação do fluido intracelular, visível por espaços claros nas células. Balonismo degeneração: bola Deformação células em forma com espaços claros dentro e esmagado e rejeitou núcleo. Microabcessos: Munro irá apontar o observado na psoríase e é composta por neutrófilos e células mononucleares contendo Pautrier e aparece em micose fungóide. Pústula espongiforme de Kojog: Um microabscesso multicelular contendo neutrófilos nas células epidérmicas inchados com um aspecto espongiforme típico de psoríase pustulosa. - Algumas reações histopatológicas As alterações patológicas na derme são infinitas, mas dividir, a fim de facilitar o estudo de acordo com a natureza da infiltração celular em: Inflamações simples ou crônica. Granulomas. https://www.ecured.cu/Citosol https://www.ecured.cu/index.php?title=Gr%C3%A1nulos_bas%C3%B3filos&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Queratohialina&action=edit&redlink=1https://www.ecured.cu/Leucoplasia https://www.ecured.cu/index.php?title=Granulosis&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/C%C3%A9lulas https://www.ecured.cu/index.php?title=Alteraci%C3%B3n_Cavitaria_de_Leloir&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Degeneraci%C3%B3n_Balonizante&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Microabscesos&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/Psoriasis https://www.ecured.cu/index.php?title=Neutr%C3%B3filos&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Pustula_Espongiforme_de_Kojog&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Microabsceso_multicelular&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Microabsceso_multicelular&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=C%C3%A9lulas_epid%C3%A9rmicas&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/index.php?title=Espongiforme&action=edit&redlink=1 https://www.ecured.cu/Psoriasis_pustulosa https://www.ecured.cu/index.php?title=Granulomas&action=edit&redlink=1 21 Neoplasias. Extrato Espinhoso http://es.slideshare.net/g3n3xiitap/piel-y-anexos-histologa Apresenta células ligadas através de desmossomos, conferindo assim resistência ao tecido e um aspecto espinhoso. Extrato Germinativo Também chamado de camada basal, contém as células-tronco da epiderme e é a sua camada mais profunda. Esse estrato forma as células que darão origem a todas as camadas mais superiores. As células formadas nesse https://www.ecured.cu/Neoplasias 22 estrato vão sendo “empurradas” para as camadas mais superiores, sofrendo modificações morfológicas e nucleares. http://slideplayer.com.br/slide/3677294/ É nesse estrato que estão contidos os melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina. A melanina é responsável pela diferença de cor entre as pessoas. Uma pessoa de pele negra possui mais melanócitos ativos que uma pessoa de pele branca. Pele Fina: Possui 4 extratos celulares na epiderme: A epiderme da pele fina é dividida em: Extrato córneo (superfície da pele) Composto por vários planos de queratinócitos mortos (corneócitos) achatadas, anucleados e com o citoplasma repleto de queratina. Protege o 23 organismo do meio externo e tem capacidade de retenção hídrica através da ação das ceramidas, principais componentes lipídicos intercelulares. http://pt.slideshare.net/hernandopinzonc/exp-sistema-tegumentario?smtNoRedir=1 As células superficiais como resultado da abrasão perdem os desmossomas e descamam, estando este estrato em constante renovação. Espessura varia entre 0,075 e 0,15mm. Extrato Granuloso o citoplasma das células contem grânulos de queratina-hialina, responsáveis pela síntese de queratina e consequente desintegração nuclear e degeneração dos filamentos que uniam estas células ao estrato espinhoso. Extrato Espinhoso Constituído por 4 a 6 camadas de queratinócitos com muita quantidade de desmossomas (estruturas que garantem a coesão celular entre as células) 24 proporcionando elevada resistência mecânica. Unida à camada basal por tenofilamentos que lhe dão um aspecto espinhoso. Extrato Germinativo O citoplasma das células contem grânulos de queratina-hialina, responsáveis pela síntese de queratina e consequente desintegração nuclear e degeneração dos filamentos que uniam estas células ao estrato espinhoso. Camada mais profunda da epiderme, constituída por uma única camada de células cuboides a colunares baixas, mitoticamente ativas, contendo um citoplasma basófilo e um grande núcleo. Apoia-se sobre uma membrana basal e assenta-se sobre a derme, formando uma interface irregular. As mitoses ocorrem principalmente durante a noite quando novas células são formadas, a camada anterior é empurrada para a superfície e une-se à próxima camada, o estrato espinhoso. A epiderme começa com o extrato germinativo, tendo formatos diferentes, pois se tivessem formatos iguais, elas se juntariam fazendo com que a mesmas não se renovassem. Com a renovação do extrato germinativo, as células irão subir transformando-se no extrato espinhoso, seguindo o mesmo processo, as células irão subir transformando-se no extrato granuloso, seguindo a seqüência transforma-se no extrato córneo (sem núcleo). Por isso que a pele escama (renovação da pele), pois a célula não vive muito tempo sem núcleo. As células da pele são labeis (tempo de vida curto, se reproduzem rapidamente). DERME SUBJACENTE A derme é o tecido conjuntivo onde a epiderme se apoia e se une ao tecido celular cutâneo ou hipoderme. Apresenta espessura variável de acordo com a 25 região onde se encontra e tem no máximo 3 mm na planta dos pés. A superfície externa é irregular, observando-se saliências chamadas de papilas dérmicas. Essas papilas são mais frequentes nas zonas sujeitas à pressão e atrito. A derme tem origem mesodérmica, e é constituída pela camada papilar superficialmente e pela camada reticular, mais densa e mais profunda. Camada Papilar: é a camada mais superficial, delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente na derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme na epiderme. O entrelaçamento entre a epiderme e a derme é chamado de rete apparatus. Camada reticular: é a camada mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso e contem estruturas derivadas da epiderme incluindo glândulas, folículos pilosos e glândulas sebáceas. Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico responsável em parte, pela elasticidade da pele. Possuí vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. A Derme é dividida em: Vasos Sanguíneos A pele é composta por uma A vasta rede de vasos sanguíneos, que lhe proporcionam os elementos nutritivos, recolhem as substâncias residuais e contribuem, igualmente, para o controlo da temperatura do corpo, e por inúmeras artérias, que lhe transportam o sangue rico em oxigénio e nutrientes, que penetram pela hipoderme e permanecem adjacentes à superfície cutânea no limite com a derme. A partir daí surgem, verticalmente, pequenas arteríolas que, ao unir-se às papilas dérmicas, se transformam em finos capilares, que se encarregam das trocas entre o sangue e a pele. Estes capilares vão posteriormente unir-se e transformar-se em vénulas que se alastram a um plexo de veias dispostas em paralelo com a rede arterial. É importante referir que como os vasos sanguíneos 26 apenas chegam até à derme, as células da epiderme apenas podem manter as suas trocas com o sangue através da membrana basal que a separa da camada subjacente. https://massoterapiataichi.wordpress.com/sistema-tegumentar/ Glândulas Sudoríparas Também conhecidas como glândulas de suor, são células epiteliais presentes na pele dos mamíferos, inclusive dos seres humanos. - Função das glândulas sudoríparas Estas glândulas possuem a importante função de secretar o suor, possibilitando a regulação da temperatura corporal e a eliminação de substâncias tóxicas ao organismo. 27 - Tipos de glândulas sudoríparas dos seres humanos: Glândulas Écrinas Em maior quantidade no corpo humano do que as glândulas apócrinas, as écrinas estão presentes em quase todas as partes da pele. Atuam, principalmente, no processo de regulação da temperatura do corpo através da evaporação. Isto acontece, pois com a evaporação do suor o corpo perde energia térmica. https://www.infopedia.pt/$glandulas-sudoriparas Elas são encontradas em maior quantidade na pele das palmas das mãos, plantas dos pés e fronte. Começam a funcionar logoapós o nascimento da criança. A parte que excreta suor das glândulas écrinas encontra-se, principalmente, na derme profunda. O ducto excretor do suor passa pela derme, epiderme e termina nos poros da superfície da pele. 28 O suor que é produzido por este tipo de glândula possui em sua composição, principalmente, água, ureia, íons, aminoácidos, amônia, ácido láctico e glicose. Glândulas Apócrinas Estão presentes, principalmente, nas axilas, aréolas das mamas e nas áreas do rosto onde nasce barba (nos homens). O ducto que conduz o suor deste tipo de glândula está presente na tela subcutânea, terminando nos folículos pilosos. O suor produzido por estas glândulas é composto por água, ions, amônia, aminoácidos, proteínas, lipídios, ureia, ácido láctico e glicose. Porém, este suor tem a consistência um pouco viscosa. Estas glândulas começam a produzir suor somente na fase da puberdade. Entram em ação, principalmente, nas relações sexuais e em momentos de estresse. Glândulas Sebáceas As glândulas são estruturas formadas a partir de tecido epitelial que se caracterizam por sua capacidade de secretar substâncias. Essas estruturas podem ser divididas em dois grandes grupos: as exócrinas e as endócrinas. As glândulas endócrinas lançam sua secreção — nesse caso, também denominada de hormônio — diretamente na corrente sanguínea. Já as glândulas exócrinas liberam sua secreção na superfície do corpo ou na luz dos órgãos. Como exemplo desse último tipo, podemos citar as glândulas sebáceas. As glândulas sebáceas estão localizadas na derme e são anexas aos pelos, formando unidades pilossebáceas. São glândulas do tipo acinosas, ou seja, apresentam porção secretora com formato arredondado, e holócrinas, uma vez que a secreção é eliminada levando juntamente toda a célula, ou seja, a própria célula constitui a secreção. http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/tipos-glandulas.htm http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/tecido-epitelial.htm http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/epitelio-glandular.htm 29 As glândulas sebáceas produzem uma secreção, denominada de sebo, que é rica em lipídios, tais como os triglicerídeos, ácidos graxos e colesterol. É essa substância que garante a lubrificação da pele, evita o ressecamento de pelos e impede a perda de água de maneira excessiva. Além disso, essa substância garante uma leve ação bactericida. O sebo não apresenta nenhum cheiro, entretanto, o desenvolvimento de bactérias nesse local pode levar à produção de odores. As glândulas sebáceas estão presentes em todo o corpo humano, não sendo encontradas apenas nas palmas das mãos e dos pés e no dorso dos pés. Os locais onde ocorrem com maior frequência são o rosto, as costas e o tórax. Até a puberdade as glândulas sebáceas produzem pouco sebo, entretanto, a partir dessa fase, os hormônios, principalmente a testosterona, começam a agir e inicia-se uma grande produção de secreção. Os hormônios atuam apenas na produção de sebo, não influenciando o número de glândulas, que permanece praticamente constante durante toda a vida. A síntese de sebo tende a diminuir em mulheres após a menopausa; em homens, no entanto, não ocorre nenhuma alteração significativa até os 80 anos de idade. A acne é um dos principais problemas que afetam a unidade pilossebácea e geralmente ocorre na puberdade, quando a glândula sebácea inicia sua maior produção. Esse problema caracteriza-se pelo acúmulo de queratinócitos, hiperprodução de secreção pelas glândulas sebáceas, colonização por bactérias e inflamação, que provoca o surgimento de uma lesão característica. A acne, além de provocar uma aparência ruim na pele, pode desencadear problemas emocionais nos acometidos, que se sentem envergonhados em razão das lesões. Entretanto, é importante destacar que não é somente a produção exagerada de sebo que pode desencadear aspecto ruim na pele. A pouca produção dessa secreção pode deixá-la opaca, desidratada e com pouca elasticidade, o que pode desencadear até mesmo o envelhecimento precoce. Além disso, os cabelos também se tornam mais opacos e quebradiços. Folículo Espinhoso http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/acne.htm 30 O folículo piloso é a estrutura que dará origem ao pelo, possui componente epitelial (matriz, bainha externa, bainha interna e haste) e componentes dérmicos (papila dérmica e bainha dérmica). Podemos dividi-lo em segmento superior e segmento inferior que são constituídos pelo: O istmo, que vai desde a desembocadura do músculo eretor até a glândula sebácea. O infundíbulo que se estende da abertura da glândula sebácea até a superfície da pele, a saída o infundíbulo na superfície da pele é chamado de óstio folicular. Acrotríquio é a porção intraepidérmica do folículo. A glândula sebácea. Bulbo piloso, que é a porção mais espessa e profunda do folículo e contém a matriz germinativa do pelo. http://slideplayer.com.br/slide/365869/ Vasos Linfáticos 31 Circulação da linfa, resto de liquido intersticial. Os vasos pequenos são muito pequenos e com parede muito fina, só são enxergados na histologia. Possuem válvulas, assim como as veias. O que leva a linfa das extremidades para o centro do corpo é a musculatura estriada esquelética (movimentação) e pela expansão do tórax. As válvulas não deixam a linfa voltar para as extremidades. Não está presente em todas as regiões: sistema nervoso central, parênquima do fígado, parênquima do vaso, cartilagem hialina. Só nas meninges tem os vasos linfáticos, a massa mesmo encefálica não tem. Cordão umbilical, membranas embrionárias. Grandes vasos linfáticos: cisterna do quilo e ducto torácico. Quilo: após a digestão onde é absorvido muita gordura, dando uma coloração esbranquiçada a linfa. Ao lado da A. Aorta, direita, fica no abdome, quando entra no tórax ela vira ducto torácico. Todos os vasos linfáticos desembocam nesses dois, e vão desembocar na veia cava cranial. São pequenos vasos, com diâmetro inferior a 3 mm, encarregados de conduzir a linfa, líquido incolor composto de água e outros elementos, como proteínas e às vezes bactérias. Os vasos linfáticos fazem parte do sistema circulatório. As artérias distribuem o sangue que nutre as células e tecidos - nos capilares há a troca de nutrientes e o sangue que sai pobre em oxigênio, retorna pelas veias. Líquidos e substâncias que as veias não retiram dos tecidos formam a linfa. Esta é levada pelos linfáticos aos gânglios e, daí a linfáticos maiores que a devolvem a circulação na veia subclávia, localizada no tórax. Os linfáticos intestinais transportam uma linfa de cor leitosa, chamada quilo, que contém gorduras. - Doenças envolvendo os vasos linfáticos Os linfáticos podem apresentar alterações em consequência de agressões físicas, químicas, infecciosas ou por radiações. Estas doenças se caracterizam principalmente pela inchação, ou edema. 32 Pode também ocorrer febre, calafrios e aumento de volume dos gânglios, conhecidos popularmente como "ínguas". Os edemas (inchaço), mais frequentes nas pernas, às vezes nos braços, são denominados linfedemas - micro- organismos podem causar uma infecção chamada linfangite. Existem ainda distúrbios de condução da linfa ou do quilo chamados de refluxos linfáticos ou quilosos. - Doença mais frequente dos vasos linfáticos É a linfangite aguda, habitualmente dos membros inferiores. Arranhões, frieiras, calos, rachaduras no calcanhar são as 'portas de entrada" para os germes causarem uma infecção caracterizada por febre elevada (39º C), náuseas, vômitos, mal-estar geral, inchação, dor e vermelhidão na parte atingida. Os pacientes cuja safena foi retirada para cirurgia no coração (revascularização do miocárdio) também estão mais sujeitos a linfangites agudas. - Linfangiteaguda e erisipela são sinônimos? Linfangite designa inflamação dos vasos linfáticos, sem qualquer preocupação com a causa. A erisipela é uma linfangite determinada por um tipo especifico de estreptococo. No momento do diagnóstico é difícil especificar o agente agressor, sendo melhor chamar de linfangite o processo inflamatório dos vasos linfáticos. - No tratamento das linfangites pode haver complicações Habitualmente o tratamento é realizado em casa. Entretanto, pode estar indicada a internação hospitalar, pela intensidade do quadro clinico ou quando se observa a presença de vesículas, bolhas ou pequenas lesões de pele capazes de evoluir para danos teciduais extensos e graves. A forma mais grave é a 33 linfangite gangrenante, em cujo tratamento é fundamental a assistência do cirurgião vascular. - Quais os cuidados a serem tomados depois de uma linfangite aguda? Sem exame especifico não se sabe a real situação dos vasos linfáticos do paciente. Às vezes, um único episódio de linfangite pode determinar uma sequela, o linfedema. Além disso, cada novo surto favorece a instalação do linfedema pós- inflamatório. É importante que o paciente que teve linfangite, ou seja, portador de linfedema evite a ocorrência de novos surtos. Manter a higiene rigorosa dos pés e mãos, evitar traumatismos e cortes, evitar a ocorrência de edema, manter os pés da cama elevados e evitar a permanência prolongada em pé, são cuidados importantes para a prevenção da doença. - É preciso usar meia elástica após um quadro de linfangite de membro inferior? Após a fase aguda esta contenção é recomendável. Na forma gangrenante é imprescindível, pois sempre ocorre linfedema como sequela. - As linfangites podem ser evitadas? Sim, na maioria dos casos, pois a penetração dos micro-organismos geralmente ocorre através de ferimentos, calos, frieiras ou fissuras nos pés. Manter os pés secos, limpos, livres de micoses e bem cuidados são medidas essenciais para se evitar infecções. Melanócitos Para além das células epiteliais, a epiderme é constituída por outras células muito específicas com a missão de sintetizarem melanina, um pigmento 34 escuro cuja concentração proporciona o fenómeno do bronzeado. Os melanócitos encontram-se localizados na profundidade da epiderme, intercalados entre as células da camada basal, e têm uma forma arredondada com inúmeros prolongamentos que se estendem até às células vizinhas, dando- lhe o aspecto de uma estrela. Os melanócitos são constituídos por pequenos corpúsculos denominados melanossomas, que sob a influência de determinados fatores hormonais e dos raios ultravioleta do sol começam a fabricar melanina. A principal função da melanina consiste em absorver as radiações solares e em impedir a passagem destas para o interior do organismo, onde teriam efeitos nocivos, sendo por isso que a elaboração de melanina aumenta com a exposição ao sol. Todavia, tanto a quantidade de melanócitos como o seu grau de atividade dependem de fatores genéticos, o que explica a diferente coloração cutânea das pessoas de diferentes etnias e também a variabilidade entre os próprios indivíduos de uma mesma etnia. A derme possui muito colágeno e elastina que suporta a epiderme A pele tem várias funções como: Permeabilidade seletiva H2O https://djalmasantos.wordpress.com/2010/11/30/testes-de-membrana-e-permeabilidade-celular-15/ 35 A permeabilidade seletiva é um processo fisiológico que ocorre através da membrana plasmática de todas as células e da parede celular de células vegetais que consiste na passagem seletiva de substâncias para o meio intra ou extracelular. Para compreendermos melhor o processo de permeabilidade seletiva é preciso relembrar a estrutura da membrana plasmática. A membrana plasmática é formada por uma bicamada lipídica, tendo como principal componente moléculas de fosfolipídios, essa composição faz com que a membrana sirva de barreira para a entrada e saída de substâncias, facilitando a passagem de produtos lipossolúveis ao mesmo tempo que dificulta a passagem de elementos não solúveis em lipídios, ou seja grande parte dos lipídios ou moléculas lipofílicas, assim como gases tais como o oxigênio e o gás carbônico atravessam a membrana facilmente enquanto que moléculas hidrossolúveis não. Íons como o sódio, cloro, potássio e cálcio conseguem atravessar a membrana através de canais iônicos enquanto que moléculas maiores como a glicose e pequenas proteínas passam e um lado ao outro da membrana através de proteínas chamadas de proteínas carreadoras. A passagem seletiva de substâncias através da membrana ocorre de duas maneiras diferentes: o transporte ativo, quando envolve o uso de energia, e o transporte passivo quando não envolve a utilização de ATP. O transporte ativo é realizado por proteínas carreadoras e envolve o transporte de moléculas grandes através da membrana plasmática ou de íons contra um gradiente de concentração envolvendo gasto de energia sob a forma de ATP, ele pode ser classificado em transporte ativo primário, ou secundário. O transporte passivo, por sua vez, envolve a passagem de moléculas através da membrana celular sem o uso de energia e pode ser classificado em difusão simples, difusão facilitada e osmose. A pele e o rins são responsável pela regulação do líquido corporal. A queratina que se encontra no extrato córneo impede parcialmente que a água penetre na pele (absorvendo normalmente poucas quantidades de água, ou através de produtos químicos). http://www.infoescola.com/citologia/membrana-plasmatica/ http://www.infoescola.com/citologia/parede-celular/ http://www.infoescola.com/citologia/celula-vegetal/ http://www.infoescola.com/citologia/celula-vegetal/ http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/sodio/ http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/cloro/ http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/potassio/ http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/calcio/ http://www.infoescola.com/bioquimica/glicose/ http://www.infoescola.com/citologia/transporte-ativo/ http://www.infoescola.com/citologia/transporte-passivo/ http://www.infoescola.com/bioquimica/difusao-simples/ http://www.infoescola.com/bioquimica/difusao-facilitada/ http://www.infoescola.com/biologia/osmose/ 36 A pele realiza seleção de substâncias que são absorvidas por ela, ou podemos induzir a pele a absorção de produtos através da Eletroterapia. Proteção dos raios UVB e UVA https://portaldaesteticista.com/tag/filtro-solar/ UV é a sigla para ultravioleta, que é um tipo de radiação eletromagnética. Assim, UVA, UVB e UVC são diferentes tipos de raios ultravioleta e que são transmitidos a partir do Sol. A exposição prolongada aos raios ultravioletas é bastante prejudicial ao ser humano, podendo ser responsáveis por diversos males, entre eles o câncer de pele, por exemplo. Esses raios são invisíveis, mas estão presentes em todas as épocas do ano, seja no verão ou inverno (com maior incidência nas estações mais quentes). Temos em nosso corpo células chamadas de Melanócitos que produz melanina. A pele ao receber raios solares UVB e UVA estimulam os Melanócitos 37 que produzem a melanina que é um protetor natural ( filtro ) da pele, possibilitando a forma seletiva e gradativa da radiação solar. Impacto mecânico Ajuda a amortecer os impactos externos do corpo. Sensorial Parte sensorial da pele recebe os sinais externos através dos sensores corporal que transformam este estímulo em P.A que irá pela medula espinhal até o SNC, que processa e retorna com uma resposta, podendo assim nos moldar conforme o estímulo; Adaptando-se. Os sinais podem ser: Tato, Pressão, Vibração, Sensações Sexuais, Cócegas, Prurido (coceira), Dor, Frio, Calor, Cinestesia. Sistema imunológicohttp://slideplayer.com.br/slide/1874328/ 38 A pele conforme as demais partes do corpo também possuem seu sistema de defesa, tendo a função de combater os agentes patogênicos (micoses, alergias e etc.). Para combater seus agentes patogênicos a pele recebe do sistema circulatório oxigênio e nutrientes para as células de defesa; podendo no local haver vasodilatação e rubor. Órgão excretor Glândulas Sudoríparas Suor Termorregulação Excreção de produtos químicos e de dietas Glândulas Sebáceas Sebo Protege contra agentes patogênicos Sofre menos agressão Protege de alterações climáticas Hipermeabilidade (água) A temperatura do corpo humano é geralmente de 36 a 37 graus. Quando a temperatura do ambiente é de 40 graus ou superior, e como sempre o processo é sempre do mais concentrado para o menos concentrado a pele serve como sensor, que ao aumento da temperatura envia um P.A para o SNC, que por sua vez envia um P.A que estimula as glândulas sudoríparas a secretar suor que irá resfriar a pele (sensorial setorial) conforme a temperatura normal do corpo. Além da termorregulação pelo suor, podemos controlar a temperatura através do centro vasomotor localizado no hipotálamo (núcleo de controle de temperatura). Ao estímulo do aumento da temperatura a pele manda um P.A para o hipotálamo que envia um sinal para o córtex parietal, que reenvia um outro sinal 39 para o hipotálamo que envia um P.A para as veias que fazem uma vasodilatação nos vasos periféricos da pele, resfriando o sangue, sem aumento do fluxo sanguíneo. O hipotálamo possui um núcleo composto por neurônios que possuem seus axônios que servem como sensor regulador da temperatura (fazendo vasodilatação ou vasoconstrição). Excreção de produtos químicos: Dependendo de alguns produtos químicos e da necessidade corporal de absorver as substâncias, pode haver quantidade excessiva destes produtos no organismo que é secretado pelas glândulas sebáceas dependendo da afinidade com a substância, que vem pelo sistema venoso capilar; quando estas glândulas fazem a troca de CO2 e resíduos metabólicos para O2 e nutrientes, estes nutrientes além de sais minerais, proteínas trazem junto os produtos químicos em excesso que irá entrar em contato com os sebos e o suor, que serão eliminados conforme a secreção das glândulas. Sistema Endócrino https://www.todamateria.com.br/sistema-tegumentar/ 40 Ao receber os raios solares a pele forma hormônios (vitamina D3) que irá atuar no intestino grosso através da corrente sanguínea, que ajuda o intestino na absorção de cálcio e fósforo dos alimentos que irão alimentar as células do corpo e depositar-se nos ossos. Outra função do sistema endócrino é o estrogênio na pele. ANEXOS PÊLOS http://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/revestimento2.php Os pêlos são estruturas delgadas e filamentosas queratinizadas, que se projetam da superfície da epiderme da pele e crescem na maior parte do corpo. No corpo humano, há dois tipos de pêlos, os pêlos macios, delicados curtos e claros, denominados pêlos velos, os pêlos duros, grandes, grosseiros, longos e escuros, denominados pêlos terminais. Os pêlos humanos não dão um isolamento térmico como os pêlos dos animais, em vez disso, os pêlos funcionam recebendo sensações táteis. 41 Estrutura do pêlo O corpo do ser humano encontra-se revestido por uma grande diversidade de formações pilosas: cabelos, pêlo do corpo, sobrancelhas, pestanas, cílios, pêlo púbico, pêlo axilar, etc. Os pêlos são excrescências filamentosas e flexíveis que sobressaem da epiderme, que embora tenham uma estrutura básica comum, podem apresentar espessura e consistência variáveis e um diferente comprimento de acordo com o seu tipo. Os pêlos são compostos por dois tipos de elementos: a haste, a parte que sobressai da pele, e a raiz, a porção interna. Cada pêlo encontra-se numa depressão da pele correspondente a uma invaginação de tecido epidérmico na derme, denominado folículo piloso, onde são produzidos. De fato, a raiz do pêlo evidencia-se a partir de uma expansão arredondada do folículo denominada bulbo piloso, tendo na sua base uma concavidade, denominada papila folicular, à qual chegam os vasos sanguíneos que nutrem o folículo e também as fibras nervosas. A parte mais profunda do folículo piloso corresponde à matriz germinativa, constituída por células epidérmicas cuja multiplicação origina as células que formam o próprio folículo e também as que formam o pêlo. Esta matriz germinativa é igualmente composta por vários melanócitos encarregues da produção dos pigmentos, cujo número e grau de atividade, geneticamente condicionados, determinam a cor dos cabelos de cada pessoa. A formação do pêlo, propriamente dita, realiza-se no centro das várias camadas celulares concêntricas do folículo piloso. O pêlo em si é formado por três camadas diferentes, do exterior para o interior: a cutícula, a parte mais dura; o córtex, a mais espessa; e a medula, a estrutura do pêlo. Crescimento do pêlo 42 O pêlo cresce no folículo piloso a partir de células da matriz germinativa que vão, progressivamente, enchendo-se de queratina (a proteína fibrosa que constitui a camada córnea da epiderme e que é também a principal componente do pêlo) até morrerem, passando a constituir a haste do filamento que se desloca para o exterior e acaba por sobressair da pele. Este crescimento ocorre de forma cíclica, o que proporciona a alternação de períodos de crescimento com outros de repouso ao longo da vida. A fase de crescimento, ou anagênese, caracteriza-se por uma proliferação ativa das células da matriz generativa, durando aproximadamente cerca de três anos, embora com variações tanto individuais como relativas à localização do pêlo. Nessa época é possível constatar um crescimento contínuo do pêlo, embora a uma velocidade diferente consoante as várias pessoas e também as várias zonas do corpo. Por exemplo, o cabelo cresce a uma velocidade que oscila entre os 0,1 e 0,5 mm por dia, enquanto que o pêlo da barba dos homens cresce, em média, cerca de 0,3 mm por dia, sempre com evidentes diferenças individuais. A fase de regressão, ou catagênese, sucessiva à anterior, caracteriza-se por uma paragem da atividade folicular durante aproximadamente três semanas. Nesta fase, as células da papila folicular atrofiam-se, o que provoca separação não imediata, já que ainda mantém a sua união com as bainhas do folículo piloso, da base do pêlo com a papila, embora continue a deslocar-se até à superfície. A fase de repouso, ou telogênese, que acontece de seguida, tem a duração de cerca de três ou quatro meses. Nesta fase, a inatividade do folículo piloso é total. Após o referido período, o ciclo recomeça, através da formação de uma nova matriz generativa, que proporciona o crescimento do pêlo, o que à medida que o faz "empurra" para o exterior o pêlo que ocupa a parte mais superficial do folículo, até provocar a sua desunião e a emersão, pouco tempo depois, do novo pêlo para a superfície. A renovação pilosa não ocorre uniformemente em todo o corpo, já que o ritmo de atividade de cada folículo é diferente. Por exemplo, é possível, a qualquer momento, constatar que entre os folículos do couro cabeludo existem cerca de 85% em plena fase de atividade, enquanto que 1% se encontra em fase 43 de regressão e cerca de 14% em repouso, sendo por isso que é absolutamente normal que caiam entre 100 a 150 cabelos por dia. Elementos do pêlo O pêlo é composto por dois elementos muito particulares: uma glândula sebácea e um músculo eretor. A glândula sebácea desagua diretamente no folículo piloso e arrasta para o seu interior matéria gorda de modo a lubrificar a superfície do pêlo.O músculo eretor é formado por um conjunto de reduzidas fibras musculares que se encontram unidas à zona média do folículo através de uma extremidade, estando ancoradas a um ponto próximo da derme através da outra extremidade. A contração destas fibras, desencadeada, entre outros fatores, pelo frio e também por estímulos psicológicos como o medo, origina um fenómeno denominado "horripilação" caracterizado por um arrepiar dos pêlos e uma depressão localizada da pele, que adopta o típico aspecto da "pele de galinha". Os cabelos brancos Embora existam vários fatores que interferem na cor do cabelo e dos pêlos, esta depende, sobretudo do seu conteúdo em melanina e dos pigmentos elaborados pelos melanócitos presentes na matriz germinativa. No entanto, a cor do cabelo depende também, da disposição das próprias células que compõem o cabelo, já que consoante a sua obliquidade irá refletir mais ou menos luz, o que, consequentemente, dá ao cabelo um aspecto mais ou menos brilhante e também conforme o conteúdo de ar existente entre as células, que lhe dá um tom mais claro. Com o passar do tempo, os melanócitos das matrizes germinativas de alguns folículos pilosos estagnam e deixam de fabricar pigmentos, o que provoca os típicos cabelos brancos, embora estes possam surgir em qualquer idade e com diferentes graus consoante as pessoas. 44 FOLÍCULOS PILOSOS http://www.sabelotodo.org/anatomia/foliculopiloso.html O ser humano tem em torno de 5 milhões de folículos por todo o corpo, 120.000 deles no couro cabeludo. O folículo piloso ou unidade folicular é uma estrutura complexa composta por 1 fio de pêlo ou cabelo, com seu respectivo bulbo, glândula sebácea e sudorípara, músculo piro-eretor e outros órgãos não menos importantes. O folículo pode se apresentar em número de um, minoria ou em conjuntos de 2 a 5 folículos, as famílias foliculares. Para ver estes folículos e as famílias foliculares basta olhar para os pêlos do seu braço e notar que de alguns saem 1 pêlo, de outros 2 ou 3 e, mais raramente, 4 ou 5 pêlos. Estes folículos são a fábrica de cabelo, são deles que nascem o fio de cabelo ou pêlo, estruturas sem vida e que perduram durante séculos. 45 Os folículos pilosos, os órgãos nos quais os pêlos se formam, também se originam da epiderme que invade a derme, a hipoderme ou ambas, estão envolvidos por acúmulos densos de tecido conjuntivo fibroso. O conjunto das células que compõem a raiz do pêlo é denominado matriz, as camadas externas do epitélio do folículo formam a bainha externa da raiz, ela envolve várias camadas de células derivadas da epiderme, a bainha interna da raiz, constituída por três componentes, a camada de Henle, a camada de Huxley, e a cutícula interna da raiz. UNHAS http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-tegumentar/ As unhas são placas de células queretinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges distal dos dedos e dos artelhos. As unhas originam-se de células da matriz da unha. A lúnula, um crescente branco, é observada na extremidade proximal da unha. A extremidade distal da placa ungueal não está presa ao leito ungueal, perto desta junção fica um acúmulo do estrato córneo denominado hiponíquio. A 46 translucidez das unhas constitui uma indicação rápida da saúde de uma pessoa; o rosa indica um suprimento sanguíneo bem oxigenado. Funções Apesar de atualmente lhes ser atribuído um papel basicamente estético, já que têm sido desde a Antiguidade, muito cuidadas e enfeitadas, as unhas desempenham um papel essencial enquanto elementos funcionais da nossa vida quotidiana. De facto, para além de protegerem as pontas dos dedos de todo o tipo de golpes e agressões, as unhas servem para esfregar e arranhar, como meio instintivo de defesa perante uma situação de perigo e para apertar, separar, dobrar e muitas outras ações que necessitem de alguma precisão. De facto, embora as funções das unhas sejam muito importantes, costumam passar despercebidas, já que apenas quando, por algum motivo, as perdemos, é que ficamos, a saber, toda a sua importância, já que os dedos, sem as unhas, perdem grande parte da sua funcionalidade. Por outro lado, as unhas participam, igualmente, no sentido do tacto, constituindo uma espécie de amplificadores sensoriais, pois aumentam as percepções desse tipo na ponta dos dedos, já que o mínimo contato sobre a superfície do corpo da unha ou na sua extremidade livre proporciona a perfeita percepção do estímulo. Estrutura e formação As unhas têm uma estrutura muito semelhante à dos pêlos, pois são essencialmente constituídas por queratina, a proteína fibrosa elaborada pelas células cutâneas, embora também sejam compostas por mucopolissacarídeos e determinados minerais. De fato, as unhas são, à semelhança dos pêlos, produzidas pelas células da epiderme encarregues da produção de queratina. Ao longo da face dorsal da falange distal de cada dedo, a epiderme dobra- se sobre si própria, penetrando na derme, através de uma zona, denominada 47 sulco ungueal, onde as duas camadas da epiderme se encontram face a face, uma virada para cima, denominada eponíquio, e outra para baixo, o hiponíquio ou leito ungueal, de modo a proporcionarem a formação da unha. A partir do exterior, não é possível observar toda a extensão do leito ungueal, já que existe uma parte, precisamente a que fabrica a unha, denominada matriz ungueal, que fica oculta por detrás do sulco ungueal. Embora a epiderme pertencente ao eponíquio se desenvolva normalmente e forme todas as camadas que lhe são próprias, a epiderme do leito ungueal, não costuma formar uma camada córnea normal, já que as suas células elaboram uma queratina muito mais dura que, posteriormente, sai do sulco ungueal e desliza sobre o leito ungueal, de modo a constituir a lâmina resistente que corresponde à unha propriamente dita. A unha é constituída por várias partes. A porção da unha que não é observável a olho nu, por se encontrar oculta pela dobra da epiderme, denomina- se raiz ungueal. A porção visível denomina-se corpo ou lâmina ungueal, sendo da sua extremidade livre que sobressai da ponta do dedo. A zona do corpo da unha próxima à raiz apresenta um sector, denominado lúnula, especialmente visível no dedo polegar e no primeiro dedo do pé, com a forma de meia-lua e com uma cor mais clara, correspondente a uma parte da matriz ungueal, sendo igualmente a parte onde a lâmina tem uma maior espessura e não deixa transluzir a cor rosada da derme subjacente. Em condições normais, o resto da unha é translúcida, deixando transparecer a cor do tecido subjacente, que lhe proporciona a cor rosada, já que apenas a lúnula e a extremidade livre que sobressai da ponta do dedo são brancas. Quando se pressiona a unha, constata-se que esta fica mais clara, devido ao facto de a pressão dificultar a irrigação da derme, mas ao libertar-se imediatamente a pressão, a unha volta a ganhar a sua cor, sendo esta uma das técnicas utilizadas para avaliar o funcionamento da circulação. Relativamente às dobras existentes nas extremidades da unha, à exceção da extremidade livre, é possível distinguir as dobras ou valas laterais e a cutícula, que reveste parte da lúnula. 48 Roer as unhas: onicofagia Embora seja muito comum que as crianças roam as unhas, caso se mantenha este hábito, menos frequente entre os adolescentes e os adultos, ao longo dos anos, pode evoluir para uma doença denominada "onicofagia", que normalmente constitui uma forma de evidenciar um certo conflito psicológico e emocional. De facto, como nestes casos não se trata apenas de um "mau hábito", deve-se encontrar a causa do problema, pois pode corresponder uma via de escape perante qualquer situação de angústia, uma forma de expressar um sentimentode insegurança, de saudade e abandono ou de cólera reprimida, ou ser sinal de um estado de ansiedade. Embora existam inúmeros recursos e remédios caseiros para se proceder à eliminação deste "hábito" nas crianças, como por exemplo, pintar as unhas com um verniz de sabor desagradável ou ligar os dedos, aplicar uma série de castigos caso se efetue o gesto ou, por outro lado, promessas caso se deixe o hábito, os resultados positivos costumam ser fracos, já que não se procede à eliminação da principal causa, pois o tratamento deve passar pelos recursos externos, como a análise e correção das causas que levam a criança a roer as unhas. Por isso, o mais conveniente é analisar a situação específica de cada caso e proceder-se ao seu tratamento adequado, que muitas vezes necessita de psicoterapia individual ou familiar. Unhas deformadas ou descoloridas Existem inúmeros traumatismos e afecções que podem provocar deformações ou alterações na cor das unhas. Qualquer tipo de lesão ou irritação na matriz ungueal e o contato com produtos químicos agressivos podem originar um espessamento da unha ou a formação de estrias e fissuras. Para, além disso, existem algumas doenças, como a psoríase e as infecções provocadas por fungos, que também podem provocar o mesmo tipo de efeito. A anemia por carência de ferro e várias doenças cardiopulmonares que provoquem um défice de oxigenação podem favorecer a produção de unhas em 49 forma de colher. Existem igualmente inúmeras afecções que podem perturbar pontualmente o crescimento da unha e originar o aparecimento de uma estria transversal persistente que se irá deslocar à medida que a unha cresce até alcançar a extremidade livre da mesma. Existem várias causas que podem alterar a coloração das unhas. Um traumatismo pode provocar o aparecimento de uma ou mais zonas esbranquiçadas que se irão deslocar com a própria unha à medida que esta cresce, uma infecção bacteriana pode fazer com que a unha adopte uma cor esverdeada, uma infecção por fungos pode proporcionar uma descoloração, uma afecção hepática pode conferir uma coloração amarelada às unhas. Em suma, como existem inúmeras possíveis causas para as deformações e alterações da cor das unhas, umas banais e outras mais sérias convêm que seja o médico a detectar a sua origem e a determinar, caso seja necessário, o tratamento mais adequado para cada caso. 50 BIBLIOGRAFIA CALAIS-GERMAIN, Blandine. Anatomia para o Movimento. V. 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