Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Saliva e Dieta
Prof. Daiana Carvalho
Introdução
• O esmalte é influenciado por interações entre a superfície do esmalte e o 
ambiente aquoso que o circunda. Sob condições fisiológicas, esse ambiente 
aquoso consiste principalmente de saliva.
• É o fluido que, constantemente, durante a vigília e nas condições fisiológicas, flui 
para a cavidade bucal a partir de muitas diferentes glândulas salivares situadas na 
região buco facial e a seu redor. 
• A maior parte da saliva é secretada pelas glândulas salivares maiores, abrangendo 
as parótidas, as submandibulares e as sublinguais.
• A saliva glandular – saliva primária - é transparente , normalmente estéril, e 
contém menos de 1% de sólidos compostos por eletrólitos e proteínas. Os mais 
de 99% remanescentes de saliva são constituídos de água.
• A viscosidade é a única diferença visível entre as secreções e as diferentes 
glândulas. Algumas glândulas produzem uma secreção aquosa (serosa), e outras 
uma secreção mais ou menos pegajosa (mucosa). 
• A diferença na viscosidade é causada somente pelas proteínas salivares, que são 
altamente específicas para cada glândula e determinam muitas características de 
sua secreção.
• Imediatamente depois da entrada na boca, as várias secreções se misturam e se 
contaminam com células mucosas esfoliadas, resíduos alimentares, 
microrganismos e fluido sulcular gengival. É esse fluido composto e turvo => 
saliva total ou fluido bucal.
• Durante o dia, entre 0,5 e 1,0 ℓ e quase nenhuma saliva durante o sono.
• Glândulas menores produzem 7 a 8% da saliva.
• As glândulas submandibulares e parótidas produzem a maior parte da saliva.
Submandibular Parótida Sublingual
Ducto de Wharton/Ducto 
da glân. submandibular
Ducto de 
Stensen/Parotídeo
Ducto de Bartholin/ 
Ductos da glân. sublingal
Seromucosa Serosa Mucosserosa
• Os estímulos mais fortes para a secreção de saliva => a estimulação mecânica 
obtida pela mastigação e pelo paladar (estimulação química). O estímulo pelo 
sabor pode ser dividido em azedo, salgado, amargo e doce em ordem 
decrescente.
• Em comparação à estimulação mecânica pela mastigação, o sabor azedo também 
é um estimulante muito mais potente.
• É importante saber que o efeito de outros estímulos, como a sensação de odor 
e/ou a visão ou lembrança de alimento, é menor em seres humanos.
3. Clearance das bactérias bucais:
• O grande fluxo de saliva tem influência importante no ecossistema bucal => diluir 
e eliminar microrganismos patogênicos e seus substratos – um processo 
fisiológico denominado clearance salivar ou, mais comumente, clearance bucal –
função enxaguante.
• Como o fluxo de saliva é combinado com o reflexo de deglutição => eliminação 
real de substâncias a partir da cavidade bucal para o esôfago.
Capacidade-Tampão da Saliva
• A capacidade-tampão da saliva está relacionada à neutralização dos ácidos produzidos no 
biofilme dental após a ingestão dos carboidratos fermentáveis.
• Se a adição de grandes quantidades de ácido resultar em mudanças mínimas no pH, a 
capacidade-tampão é alta, significando que o fluido pode resistir à adição de ácidos sem 
mudanças importantes no pH, e vice-versa. 
• Quanto mais alto o pH final, melhor o efeito-tampão. 
• A curva de Stephan é uma forma gráfica de demonstrar as variações sofridas pelo pH no 
tempo após a ingestão de sacarose. A curva de Stephan mostra que cerca de 30 minutos 
após a ingestão o pH retorna lentamente aos valores iniciais como resultante do 
tamponamento salivar.
Saliva e Remineralização
• As funções principais da saliva são impedir a desmineralização adicional e intensificar a 
remineralização. 
• Os principais componentes salivares responsáveis são os íons cálcio e fosfato com os 
valores de pH neutro fornecidos pelos sistemas-tampão. 
• A saliva total também contém fluoreto, o que, com o cálcio e o fosfato da saliva, diminui 
muito a solubilidade do esmalte e promove a remineralização
• Na saliva humana de indivíduos saudáveis com concentrações normais de cálcio e 
fosfato, o pH crítico médio é 5,5; abaixo desse pH, o esmalte pode se dissolver.
Saliva e Remineralização
• As funções principais da saliva são impedir a desmineralização adicional e intensificar a 
remineralização. 
• Os principais componentes salivares responsáveis são os íons cálcio e fosfato com os 
valores de pH neutro fornecidos pelos sistemas-tampão. 
• A saliva total também contém fluoreto, o que, com o cálcio e o fosfato da saliva, diminui 
muito a solubilidade do esmalte e promove a remineralização
• Na saliva humana de indivíduos saudáveis com concentrações normais de cálcio e 
fosfato, o pH crítico médio é 5,5; abaixo desse pH, o esmalte pode se dissolver.
Baixo Fluxo Salivar
• Taxas de fluxo normais para saliva total não estimulada: 0,2 e 0,5 mℓ/min ou até 
mesmo mais elevadas.
• As taxas de fluxo normais de saliva total estimulada: 1,0 e 2,0 mℓ/min. 
• As taxas de fluxo de saliva total, contudo, podem ser muito mais elevadas quando 
são combinados mastigação e forte sabor ácido. 
• Hipossalivação refere-se ao estado de taxas de fluxo de saliva patologicamente 
baixos => xerostomia (problema com boca seca).
• A xerostomia é uma condição muito desconfortável, durante a qual os pacientes 
frequentemente mudam sua dieta para alimentos macios, pegajosos e ricos em 
carboidratos. 
• Essa mudança na dieta levará a uma aceleração adicional das cáries.
• Fluxo de saliva total não estimulada de ≤ 0,1 mℓ/min e/ou uma taxa de fluxo de 
saliva total estimulada por mastigação de ≤ 0,5 mℓ/min.
• Um grande número de doenças e condições afeta cronicamente a função das 
glândulas salivares => afeta o fluxo e também a composição da saliva.
1. Medicamentos:
• São a causa mais comum da xerostomia crônica e da hipofunção da glândula 
salivar.
• A inibição dos receptores colinérgicos por medicação anticolinérgica (ex: 
antidepressivos, anti-histamínicos e alguns anti-hipertensivos).
2. Síndrome de Sjögren (SS):
• Trata-se de um distúrbio inflamatório autoimune das glândulas exócrinas 
particularmente as glândulas lacrimais e salivares.
• A xerostomia e os olhos secos são, com frequência, declarados como sintomas 
iniciais.
3. Radioterapia cabeça e Pescoço
4. Alterações emocionais: 
• Estresse excessivo, depressão e ansiedade.
• Transtornos alimentares – bulimia nervosa, anorexia nervosa.
Tratamentos
• Pacientes com hipossalivação necessitam de consultas odontológicas frequentes 
(geralmente, a cada 3 a 4 meses).
• Devem manter uma higiene bucal meticulosa - escovas interdentais e escovas dentárias 
mecânicas são úteis para pessoas com retração gengival e complicações 
comportamentais ou motoras bucais.
• O uso de fluoretos tópicos nesses pacientes é importante para o controle das cáries 
dentárias.
• Uma pasta dental fluoretada contendo 5.000 ppm, usada duas vezes diariamente, é mais 
efetiva no controle da progressão da lesão cariosa do que a pasta dental comum.
Dieta e Cárie Dentária
• Na Antiguidade, momento em que tanto o açúcar quanto o amido processado 
eram quase completamente ausentes na dieta, que consistia de cereais crus, 
grãos, raízes e ervas, encontravam-se cáries dentárias somente em baixo grau.
• Porém, isso mudou com a introdução do açúcar e grãos de cereais processados 
em suas dietas. 
• Pode-se observar que, com a modernização no mundo e o elevado padrão de 
vida, ocorreu uma mudança também nos padrões alimentares, sendo 
evidenciado grande aumento no índice de lesões cariosas.
• A cárie está diretamente relacionada à introdução dos carboidratos refinados na 
dieta da população, principalmente a sacarose, que é considerada o dissacarídeo 
mais cariogênico, sendo este o mais presente na dieta familiar em quase todo o 
mundo.
• O aconselhamento dietético é fundamental para qualquer programa de 
prevenção e manutenção de saúde bucal, visto que os hábitos dietéticos 
adquiridos na infância formam a base para o futuro padrão alimentar. 
• Nele deve-se levarem conta, porém, a realidade em que a criança vive, tendo 
como objetivo central a utilização racional de açúcar.
• A cariogenicidade de um alimento varia:
- Da composição de nutrientes.
- O tempo necessário para a elevação do pH é influenciado pela consistência e tipo 
do açúcar ingerido.
- Quanto mais pegajoso o alimento, mais tempo demora para ser removido e mais 
tempo leva para que o pH retorne ao normal.
- O horário em que é consumido pode assumir um maior potencial cariogênico.
- A frequência assume maior importância quando comparada a quantidade 
ingerida.
Sacarose
• Dissacarídeo (frutose + glicose).
• Sua cariogenicidade está atribuída a dois fatores:
- Metabolizado pelas bactérias para a produção de polímeros extracelulares – MEC 
do biofilme.
- Ser estocado na forma de polissacarídeo intracelular – reserva energética => 
EGM.
Amido
• Polissacarídeo de glicose.
• É considerado pouco cariogênico – para ser fermentado deve ser hidrolisado em 
maltose (glicose + glicose) e glicose => para se difundir no biofilme dental.
Lactose
• Dissacarídeo (galactose e glicose).
• É o menos cariogênico – hidrólise ocorre na presença da lactase => intestino 
delgado (porção do jejuno).
• A presença de cálcio e fosfato no leite confere certa proteção contra a cárie, 
prevenindo a dissolução do esmalte.
• A composição do leite humano e do leite de vaca varia por isso os dois 
apresentam diferenças quanto à cariogenicidade:
- Leite humano: 7 g/100 ml de lactose, 35 mg/100 ml de cálcio,
15 mg/100ml de fosfato;
- Leite da vaca: 4,8 g/100 ml de lactose, 125 mg/100 ml de cálcio, 96 mg/100 ml 
de fosfato.
• O leite quando não acrescido de açúcar, pode ser considerado como não 
cariogênico.
Adoçantes 
• Os adoçantes podem ser agrupados de acordo com o seu conteúdo calórico –
calóricos e não calóricos; de acordo com as suas origens (naturais ou artificiais) e 
sua estrutura química – álcool, aminoácido, etc.
• Adoçantes não cariogênicos podem desempenhar um papel significativo no 
controle de cáries => auxiliar na saúde bucal.
1. Adoçantes Calóricos:
• Xilitol => não é metabolizado pelas bactérias cariogênicas, inibe o crescimento 
EGM. Efeito Laxativo.
• Sorbitol => não é cariogênico. O EGM fermenta sorbitol de forma lenta e o 
produto final é o etanol e o ácido fórmico (pouca variação do pH). Efeito laxativo.
• Esteviosídeo => não é cariogênico e não apresenta efeito colateral.
• Manitol, Lactitol e Maltitol => não são cariogênicos. 
2. Adoçantes Não Calóricos:
• Aspartame => não é metabolizado pelas bactérias do biofilme – não é 
cariogênico.
• Sacarina => é fermentada pelas bactérias cariogênicas. Não é recomendado uso 
em crianças.
• Sucralose => não é cariogênica.
Alimentos Protetores
• Alimentos que produzem uma elevação do pH: nozes, castanhas, 
amendoim, milho.
• Leite, queijos => caseína (pode se unir a hidroxiapatita e a torna 
menos solúvel) e fosfato de cálcio (efeito tampão sobre o biofilme) 
• Alimentos que circundam os carboidratos, tornando-os menos 
disponíveis: gorduras e alimentos fibrosos.
• Alimentos ricos em fluoretos: crustáceos, peixe, fígado, carnes com 
ossos, cereais, frutas (maçã).
Higiene Oral
Prof. Daiana Carvalho
• Motivação e instrução em higiene bucal formam a base dos programa 
preventivos de cárie e doença periodontal de muitas populações.
• A higiene oral pessoal refere-se ao esforço do paciente em remover a placa 
supragengival.
• A escovação diária com pasta de dente fluoretada é a principal razão do 
declínio da cárie observado em muitas populações desde a década de 
1970.
• A escovação, 2 vezes/dia, com pasta de dente fluoretada levou à redução 
de 90% da perda mineral.
• Controle Mecânico do Biofilme:
- Uso do fio dental
- Escovação
• Controle Químico do Biofilme
- Dentifrício
- Colutórios bucais
Fio/Fita Dental
• O fio dental, quando usado apropriadamente é um meio efetivo de 
redução da quantidade de depósito bacteriano nas regiões proximais.
• As embalagens tradicionais de fio dental são pequenas e muito 
portáteis, de forma que é fácil passar fio dental mesmo quando você 
está fora de casa (cabem no bolso da calça ou na gaveta da 
escrivaninha do trabalho).
• Alguns terão flúor na sua composição.
Irrigador Oral
• De acordo com a Associação Dental Americana (ADA), o método do 
irrigador dental utiliza um aparelho que remove resíduos de alimentos 
entre os dentes ao usar um jato de água contínuo. 
• O irrigador oral é um substituto do modo tradicional de passar fio dental, 
podendo ser uma opção para as pessoas que têm dificuldade no manuseio 
do fio dental => sem evidencia conclusiva.
• Higiene de prótese sobre implante.
• O aparelho do irrigador oral pode ser grande demais para ficar carregando 
e precisa ser ligado na tomada.
Escova Dental
• Durante a escovação, a remoção da placa dental é conseguida 
inicialmente através do contato direto entre as cerdas da escova e a 
superfície dos dentes e dos tecidos.
• Características:
- Tamanho do cabo apropriado para a idade e destreza do usuário, de 
modo que a escova possa ser fácil e corretamente usada;
- Tamanho da cabeça apropriado para as dimensões da boca do 
paciente; 
- As cerdas são formada de filamentos de poliéster ou de náilon com 
extremidade arredondada de diâmetro não superior a 0,23 mm.
- Cerdas macias com configuração definida pelos padrões aceitáveis da 
indústria internacional (ISO);
- Modelo de cerdas que aumentem a remoção da placa nos espaços 
interproximais e ao longo da margem gengival.
• Características adicionais: baixo preço, durabilidade, 
impermeabilidade à umidade e fácil limpeza.
• Recomendações:
- Frequência => no mínimo duas vezes ao dia. OMS- após as principais 
refeições.
- Duração => em torno de um a dois minutos.
- Cerdas => Em sua maioria, as escovas atuais têm cerdas de náilon, 
cerdas arredondadas, macias e flexíveis.
- Uso e substituição da escova dental => é recomendado que as 
escovas sejam substituídas antes que as cerdas apresentem os 
primeiros sinais de desgaste. A vida útil, em média, de uma escova 
tem sido estimada em 2–3 meses.
Outros tipos de Escova
1 – Escova Elétrica:
• Tanto escovas manuais quanto as elétricas permitem alcançar um alto nível de 
higiene oral. 
• No entanto, as pesquisas tem mostrado que as escovas elétricas são mais 
eficientes, e muitas pessoas relatam que elas são mais fáceis de usar.
• Instrução:
- Segurar a escova de tal maneira que a cabeça desta esteja um pouco angulada 
(aproximadamente 70°) em direção à gengiva. Tentar fazer com que as cerdas mais 
longas penetrem entre os dentes e mantenham contato com a gengiva
- Ligar a escova e colocar no último dente da boca (checando a angulação) e 
movimentando a cabeça da escova gradualmente (cerca de 2s) da parte posterior 
para a anterior do dente. 
- Tentar seguir o contorno tanto da gengiva quanto dos dentes. Colocar a cabeça da 
escova no dente seguinte e repetir o processo.
- Deixar que a escova faça o trabalho. Não é necessário pressionar nem fazer os 
movimentos da escovação.
- Muitas escovas apresentam alguma forma de sinal após 30s (o aparelho para por 
um momento). Esse é o momento de mudar para uma nova parte da boca.
- Lembrar-se de limpar a escova e a cabeça desta ao terminar.
Raspador Lingual
• Raspador de língua é um proveitoso auxiliar na rotina diária de higiene. 
• Muitas bactérias podem ser encontradas nos sulcos da parte posterior da língua, 
podendo causar mau hálito.
• Com a escovação ou raspagem da língua, esse problema pode ser resolvido ou 
evitado inteiramente. 
• Um dos problemas associados à limpeza da língua é que esse processo pode 
causar reflexo de náuseas, especialmente quando o procedimento é feito pela 
primeira vez. Isso ocorre mais frequentemente quando se usa escova em vez de 
raspadores. 
• Existem vários tipos de raspadores de língua: o mais efetivo parece ser aquele em 
forma de alça.
• Instrução:
- Estender a língua tantoquanto possível para fora da boca. 
- Respirar calmamente pelo nariz.
- Colocar o raspador tanto quanto possível na parte posterior da língua e 
pressionar levemente, fazendo a língua ficar achatada.
- Assegurar o total contato do raspador com a língua. 
- Puxar o raspador lentamente para fora. Limpar primeiro o meio da língua usando 
a parte elevada do raspador, depois nas laterais da língua.
- Repetir esses movimentos de raspagem algumas vezes. 
- Lavar a boca algumas vezes. 
- Lembrar-se de lavar o raspador após o uso.
Dentifrício
• No que se refere à sua formulação dos dentifrícios, a portaria nº 22 
de 20 de dezembro de 1989 da Secretaria Nacional de Vigilância 
Sanitária do Ministério da Saúde (Brasil) regulamentou a incorporação 
do flúor na composição dos dentifrícios. 
• A maioria dos dentifrícios comercializados apresenta de 1000 a 1500 
ppm de flúor. 
• É considerado um dos métodos mais racionais de prevenção da cárie 
por aliar a remoção do biofilme à exposição constante ao flúor. 
Fluoretos
Prof. Daiana Carvalho
• O papel dos fluoretos no controle das cáries representa uma das 
histórias mais bem sucedidas na saúde pública geral.
• Utilização dos fluoretos como prevenção e terapêutico da cárie 
dentária: 1945 e 1946, nos EUA e Canadá, com a fluoretação das 
águas de abastecimento público
• Brasil: a agregação de F às águas de abastecimento público iniciou-se 
em 1953 no município capixaba de Baixo Guandú, tornou-se lei federal 
em 1974 e expandiu-se intensamente nos anos 1980.
• Ação preventiva e terapêutica: dificulta a desmineralização do 
esmalte e atua na mineralização.
- Diminui a solubilidade do esmalte.
- F é agregado durante a remineralização aos cristais de hidroxiapatita 
do esmalte = > fluorapatita
- Reduz o transporte de Ca e Po4 para fora do esmalte em meio ácido 
(desmineralização).
Ação Sobre o Dente
• Manutenção da concentração de flúor na saliva através do uso 
frequente de um método.
• Formação de fluoreto de cálcio
• Redução do índice de cárie (40%)
• Fluoretação do sal e do leite. 
• Comprimidos de fluoreto de sódio. 
• Agua fluoretada.
• Alimentação (menor relevância).
Flúor Sistêmico 
Flúor Tópico
• Usado em ação preventiva e terapêutica. 
• Métodos de uso domiciliar:
- Dentifrícios fluoretados;
- Bochechos fluoretados – quando indicado;
- Goma de mascar fluoretada – quando indicado.
• Métodos de uso em atendimento odontológico:
- Géis fluoretados;
- Vernizes fluoretados.
Água Fluoretada
• A dose diária aceitável para o fluoreto, para que se obtenha uma 
redução na incidência da cárie, está ao redor de 1 mgF-. 
• Isso equivale à água com 1 ppm de fluoreto e, se o indivíduo ingerir 1 
litro diário dessa água, estará recebendo a dose ótima recomendada.
• No Brasil, dado que o clima é quente na maioria do seu território e 
que a média anual de temperatura é elevada, a dose recomendada 
deverá ser de O,7 ppm. Lei no 6.050, de 24 de maio de 1974.
Géis Fluoretados
• Duas apresentações: acidulado e o neutro.
• Concentração em torno de 1,23% de fluoreto e concentração de 1,1% 
- tempo de aplicação de acordo com o fabricante.
• OMS: aplicação a cada 6 meses.
• Segundo alguns pesquisadores o gel de flúor fosfato acidulado forma 
mais fluoreto de cálcio no esmalte do que o gel neutro, sendo mais 
eficiente em reduzir a desmineralização do esmalte e, portanto, 
sendo preferíveis à aplicação de géis neutros.
• Atenção: a forma acidulada não deve ser utilizada por pacientes 
portadores de próteses em titânio e restaurações em cerâmica 
porque libera ácido hidrofluorídrico, que pode danificar esses 
materiais. 
Vernizes Fluoretado
• Em estudos, a redução média de cárie varia 38% com o uso dos 
vernizes de flúor.
• A vantagem principal de agente é o prolongamento do tempo de 
contato entre o flúor e a superfície do dente.
• Pode ter concentração de 1.000 a 22.600 pmm. 
Bochechos Fluoretados
• FLUORETO DE SÓDIO: 0,05% (225ppm) - DIÁRIO e 0,2% (900 ppm) SEMANAL ou 
QUINZENAL:
• As formulações com flúor para bochecho são indicadas para pacientes com aparelhos 
ortodônticos, pacientes com xerostomia e os que apresentam atividade de cárie. 
➢ Periodicidade semanal (NAF 0,2%) é recomendada para populações nas quais se 
constate uma ou mais das seguintes situações: 
a) Exposição à água de abastecimento sem flúor;
b) Exposição à água de abastecimento com teores de fluoretos abaixo da concentração 
indicada (até 0,54 ppm F); 
c) Populações com condições sociais e econômicas que indiquem baixa exposição a 
dentifrícios fluoretados. 
➢ Bochechos diários de NaF a 0,05%, em combinação com dentifrícios fluoretados, são 
recomendados para indivíduos de alto risco de cárie, por exemplo, aqueles usando 
aparelhos ortodônticos fixos.
Fluorose
• A fluorose dentária é o resultado da intoxicação crônica, ocasionado pela 
excessiva deposição de fluoreto nos cristais de apatita, durante a fase de 
amelogênese => hipoplasia.
• O excesso de fluoreto determina o grau de severidade da fluorose. Pode 
partir de simples manchas brancas, difíceis de identificar (grau leve), até 
manchas escuras, associadas a perda de substância (grau severo)
• A dose diária que ocasiona fluorose dentária é de o, 1 a 0,2 mgF-/kg de 
peso, equivalente a água com 1,5 ppm de fluoreto.
Toxicidade do Flúor
• Quando utilizado corretamente, nenhum método de utilização do 
flúor oferece qualquer risco ao paciente, mas acidentes por 
negligência ou uso indevido podem acontecer.
• Intoxicação aguda: ocorre quando o indivíduo ingere uma grande 
quantidade de fluoreto em uma única dose.
• Sinais e Sintomas:
- Gastrointestinais: Náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal.
- Neurológicos: Parestesia, tétano, depressão do sistema nervoso 
central, coma.
- Sistema cardiovascular: Pulso fraco, hipotensão, choque.
- Sanguíneos: Acidose, hipocalcemia (diminuição da concentração do 
cálcio no sangue) e hipomagnesemia (diminuição da concentração de 
magnésio no sangue).
• Cuidados:
- Colocar pequena quantidade de gel nas moldeiras, o equivalente a uma colher de café 
por moldeira; 
- Nos potes dappen, deve-se utilizar a parte mais rasa (2 a 3 ml) para crianças e bebês e o 
lado mais fundo para crianças maiores (3 a 5 ml);
- O paciente deve ser colocado em posição vertical com a cabeça ligeiramente inclinada 
para a frente;
- Usar sempre sugador;
- Pedir ao paciente para cuspir exaustivamente após a aplicação tópica de flúor.
Obrigada!
Fim