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Araguaína - TO 
2022 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
 
 
KAYO HENRIQUE DINIZ DE SOUZA MACEDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TICS: HEMISSECÇÃO COMPLETA MEDULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• ATIVIDADE: O que ocorre com a motricidade voluntária, o tato 
discriminativo e a sensibilidade termo-algésica neste tipo de lesão 
medular? 
 
A hemessecção da medula produz diversos sintomas, que são conhecidos 
como síndrome de Brown-Séquard. São resultantes da interrupção dos principais 
tratos que percorrem uma metade da medula. Essas interrupções podem ser 
causadas por uma fratura com luxação na coluna vertebral, também por ferida por 
projétil de arma de fogo ou faca, e até mesmo por um tumor expansivo. 
O principal trato eferente é o trato corticoespinhal, que conduz os estímulos 
originados no giro pré-central, localizado no lobo frontal, na área motora primária até 
os nervos periféricos que, por sua vez, estimulam a musculatura, promovendo 
movimento. Já um dos principais tratos aferentes é o trato espinotalâmico, que é, na 
verdade, composto por uma porção anterior e outra lateral. O trato espinotalâmico 
anterior conduz estímulos de tato protopático (tato grosseiro, não discriminativo) e 
pressão detectados por receptores da periferia, e o trato espinotalâmico lateral conduz 
estímulos de temperatura e dor. Por isso, de maneira generalizada, diz que essa via 
é a responsável pela sensibilidade superficial. 
O outro trato aferente de extrema relevância para esta síndrome é formado 
pelos fascículos grácil e cuneiforme, que ocupam o cordão posterior da medula. Essas 
vias conduzem informações de propriocepção consciente, que é a noção da posição 
e deslocamento dos membros sem o auxílio da visão, de sensibilidade vibratória e do 
tato epicrítico (tato fino, discriminativo). A essas vias se atribui, genericamente, a 
responsabilidade pela sensibilidade profunda. 
Quando há uma lesão no trato corticoespinal lateral os sintomas mais caracte-
rísticos que se manifestam são a síndrome do neurônio motor superior, que é a para-
lisia espástica, mais o surgimento do sinal de babinski. Já quando a lesão é nas fibras 
dos fascículos grácil e cuneiforme há a perda da propriocepção consciente e perda do 
tato epicrítico. Os sintomas irão se apresentar do mesmo lado da lesão quando há 
rompimento dessas fibras. Em lesões das fibras do trato espinotalâmico lateral os sin-
tomas vão se manifestar na perda da sensibilidade térmica e da sensibilidade dolorosa 
a partir de um ou dois dermátomos abaixo do nível da lesão. No rompimento do trato 
espinotalâmico anterior, há uma pequena diminuição do tato protopático e da pressão. 
 
• RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA: 
 
 Portanto, é muito importante que no momento da prática o médico venha fazer 
um anamnese e exame físico de qualidade, pois geralmente o diagnóstico dessa 
síndrome é clínico. O diagnóstico se dá através de um exame neurológico de 
qualidade com os testes da função motora e de sensibilidade epicrítica e protopática. 
Também se deve confirmar causa primária (como um trauma) ou secundária a outra 
patologia (como neoplasia). Quanto à função motora, a propriocepção estará alterada 
no lado da lesão ao exame físico, assim como a sensibilidade epicrítica (ao se realizar 
testes de vibração e toque fino) e aparecimento do sinal de Babinski. No lado oposto 
à lesão, será possível identificar a alteração ou perda da sensibilidade protopática 
(testes de temperatura e pressão). 
 
 
• REFERÊNCIAS: 
 
ALVES, Jorge Miguel Silva Ribeiro Olliveira et al. Síndrome de Brown-Séquard por 
hérnia discal cervical a duplo nível: caso clínico e revisão da literatura. 
Coluna/Columna, v. 11, p. 245-246, 2012. 
PAZINATO, Elisangela Ferraz et al. Síndrome de Brown-Séquard Causada por 
Ferimento de Arma de Fogo. Relato de caso. JBNC-JORNAL BRASILEIRO DE 
NEUROCIRURGIA, v. 30, n. 1, p. 80-84, 2019.

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