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Necessidades Energéticas Nutrição Esportiva Curso de Nutrição UFPel Fabricio Degrandis Março de 2023 Princípios de uma prescrição dietética Os conceitos foram se modernizando • Pai da ciência Nutricional • Wilburn Atwater Aqui no Brasil: Conceitos básicos sobre energia • Calorias ou kcal ou caloria? • Equilíbrio energético • 1 caloria = 4,184 J • 1 kcal = 4,184 Kj • 1 kcal = 1000 cal = 1 Cal • 1 kJ = 1000 J • 1MJ = 1000 kJ Muito mais complexo do que fazem parecer (MARTINEZ-GOMEZ; ROBERTS, 2021) Componentes do Gasto Energético Humano TMB ≠ TMR TID TAF: NEAT + TAE • O menor componente do gasto energético diário em humanos é o efeito térmico dos alimentos (também chamado de termogênese induzida por dieta ou ação dinâmica específica), que é definido como o aumento da taxa metabólica observada por várias horas após a ingestão de uma refeição • REE corresponde à energia gasta quando não está realizando trabalho físico e é normalmente a maior contribuição para o gasto diário de energia (≠ BMR) • O gasto com atividade física pode ser subdividido em exercício voluntário e atividades da vida diária, também chamadas de atividade física espontânea ou termogênese de atividade sem exercício . A energia gasta em atividades físicas é determinada por sua duração e intensidade em proporção ao peso corporal total (HALL; GUO, 2017) (TREXLER et al., 2014) (ARAGON et al., 2017) O que você precisa pra dizer isso aqui? ‘’Você gasta 3 mil Calorias por dia’’ O que avalia Gastos Energéticos? • Calorimetria direta • câmara isolada onde o topo consiste numa série de espirais e flui uma quantidade previamente estabelecida de água. A água vai absorver o calor irradiado refletindo a taxa metabólica do indivíduo avaliado. MÉTODO FUNCIONAMENTO LIMITAÇÕES CALORIMETRIA DIRETA Método de alta sofisticação e considerado padrão ouro para medição do GET permitindo ao sujeito certo grau de atividade Complexo, caro e necessita confinamento CALORIMETRIA INDIRETA Considerado padrão ouro para TMR e TMR. Tem alta reprodutibilidade. Ajuda a quantificar a energia proveniente da oxidação de substratos. Requer treinamento. Alto custo e moderada complexidade CALORIMETRIA INDIRETA CIRCULATÓRIA ‘’Prático’’ e ‘’Simples’’. Quando não há outras vias para pacientes críticos Invasivo (Cateter). Não se equivale a calorimetria indireta ÁGUA DUPLAMENTE MARCADA Acurácia de 97-99% comparada a Calorimetria Indireta. É um método seguro Equipamento sofisticado (alto custo). Além de alto treinamento na técnica SENSORES DE CALOR E MOVIMENTO Fácil e prático para estimar GET Há bons estudos indicando que este método necessita mais compreensão (VOLP et al., 2011) MÉTODO FUNCIONAMENTO LIMITAÇÕES BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA Seguro e não invasivo. Rápido. Considera compartimentos corporais para estimar Vários e vários fatores podem influenciar. DIÁRIO DE ATIVIDADES Baixíssimo custo. Além de quase que todas possibilidades de um sujeito comum estão listadas e sofrem ‘’update’’ com frequência Demorado e necessita entendimento do processo QUESTIONÁRIOS DIETÉTICOS O próprio paciente é capaz de conduzir É muito improvável que não exista superestimação e subestimação. Preferencialmente em sujeitos com peso estável há algum tempo EQUAÇÕES PREDITIVAS Simples, rápido e de fácil acesso Superestima e subestima com frequência a depender da população e fórmula Na clínica ESTIMA CHUTA RASTREIA/TRACKEIA Estimando: GET TID TAF TMR TMR TMR TMR Estas fórmulas saem de algum lugar ... Obviamente, pode existir viés. Métodos: Vinte e oito atletas avaliados quanto à TMB, utilizando Calorimetria Indireta e as equações preditivas Harris e Benedict (HB), Cunningham (CUN), Henry e Rees (HR) e FAO / WHO / UNU (FAO) Resultados: A TMB média da amostra total medida pela CI foi significativamente diferente da estimada pela FAO (p <0,05). Conclusão: A equação da FAO subestimou a TMB dos atletas quando comparada à CI (Teste T). Quando comparadas ao IC padrão-ouro, usando Bland e Altman, ICC e Survival-Agreement, as equações subestimaram as necessidades energéticas de adolescentes atletas de pentatlo até 300kcal / dia. Portanto, cautela. Objetivo: avaliar a validade de calorímetros indiretos portáteis e equações de predição de TMR em atletas de físico muscular. Métodos: Vinte e sete homens (n = 17; índice de massa corporal (IMC): 28,8 ± 2,0 kg / m 2 ; gordura corporal: 12,5% ± 2,7%) e mulheres (n = 10; IMC: 22,8 ± 1,6 kg / m 2; gordura corporal: 19,2% ± 3,4%). O valor de TMB de referência foi obtido no calorímetro indireto. Também foram avaliadas as equações de previsão de TMB baseadas no peso corporal (PC) ou na massa livre de gordura. Adicionalmente, novas equações de predição baseadas em PC (RMR (kcal / dia) = 24,8 × PC (kg) + 10) e FFM (RMR (kcal / dia) = 25,9 × FFM (kg) + 284) foram desenvolvidas usando regressão linear por etapas e avaliados usando a validação cruzada de exclusão única. Conclusão: Quase todas as equações de previsão existentes baseadas em PC e MLG, assim como o Breezing Tracker, não exibiram validade aceitável e geralmente subestimaram a TMR. As dez equações baseadas em FFM de Haaf e Weijs (2014) e Cunningham (1980) podem produzir estimativas aceitáveis EXEMPLO S Já Temos: GET TAF TMR TID O que é PAL (NAF) • É descrito como a proporção entre o gasto energético total e a taxa metabólica basal. Utilizado para determinar quantidade e intensidade do nível de atividade física habitual do ser humano. Na população humana o Nível de Atividade física é proporção entre o gasto energético total diario (GET) pelo gasto energético de repouso (GER), ou seja: NAF = GET/GER • A OMS classifica em 3 categorias básicas: 1,40-1,69 para um estilo de vida sedentário ou pouco ativo; 1,70-1,99 para estilos de vida ativos ou moderadamente ativos; e 2,00-2,40 para um estilo de vida vigorosamente ativo (WESTERTERP et al., 2018) EXEMPLOS • compilado desde a década de 1980 com estudos em adultos com ampla variação de altura, massa corporal, IMC e idade e mesmo com esta grande variação entre dados, o NAF costuma ser ‘’estreito’’ (WESTERTERP et al., 2017) Há uma classificação dentro do número de passos (HILLS; MOKHTAR; BYRNE, 2014) MET’s qÉ basicamente definido como o compêndio de atividades físicas e é largamente utilizado para estimar gastos energéticos, principalmente em exercícios físicos. qOs números definidos dos METS são a razão entre a taxa metabólica de trabalho e uma taxa metabólica de repouso padrão de 1,0 kcal · kg −1 · h −1 . 1 MET é considerado o custo de energia de uma pessoa em repouso. qUsa-se como padrão o custo energético relativo ao repouso, para tanto com relação ao consumo de oxigênio: 1 MET equivale a cerca de 3,5 mL de oxigênio · kg − 1 de peso corporal · min − 1 ou 1 kcal · kg · h − 1 de peso corporal. Em resumo prático, isso significa que o gasto do repouso por minuto equivale a 3,5 ml de oxigênio e que isto representa cerca de 1 Caloria por kg de peso corporal por hora • KCAL = MET x PESO (KG) x TEMPO DE EXERCÍCIO EM HORAS (AINSWORTH et al., 2011) https://sites.google.com/site/compendiumofphysicalactivities/ Já temos: GET TAF TMR TID TID • A TID representa cerca de 10% do GET (Gasto Energético Total) numa dieta com energia consumida média fracionada em 10-15% de proteina, 30- 35% de gordura e o restante de carboidratos, e uma mudança no padrão de 32 distribuição de macronutrientes implica numa mudança na termogênese induzida pela dieta. • Numa revisão clássica sobre o tema em 2004 (WESTERTERP, 2004) onde um compilado de 15 estudos foi observado que os principais determinantes do efeito térmico são em ordem: conteúdo energético do alimento e em sequência fração de proteina e álcool, sim o álcool ou etanol é um componente indutor de termogênese, seguido por proteina, carboidrato e gordura. • considerando uma termogênese que corresponde de maneira media a 10% do GET, num indivíduoque gasta 2500 Calorias isto representaria cerca de 250 Calorias e, supondo que exista um aumento de 50% por exemplo nisso por uma inversão nos macronutrientes (o que seria muito), isto representaria um aumento de cerca de 125 Calorias LOW CARB LOW FAT o a TID pela dieta não parece sofrer tanta variação como se pensava com a variação de macronutrientes e consequente efeito no GET; o As formulas já costumam superestimar em diversos grupos populacionais e a adição do TID poderia prejudicar mais ainda isso; o Nossos pacientes já costumam consumir mais energia do que o recomendado, logo a possibilidade de errar para mais é constante na pratica clínica; além disso os métodos recentes que vem sendo validados costumam utilizar a Taxa Metabólica de REPOUSO que é diferente da Taxa Metabólica BASAL, e no cálculo envolvendo o repouso já existe certa parte relacionada a digestão e absorção alimentar Meta-análise de estudos de alimentação isocalórica controlada com proteína dietética constante e proporções variáveis de carboidratos para gordura. Os estudos são ordenados de cima para baixo de acordo com a maior diferença em carboidratos entre as comparações de dietas. Tamanho do efeito (ES), limites de confiança de 95% superior e inferior são indicados para as diferenças no gasto energético diário ( A ) e na taxa de alteração da gordura corporal ( B ). A diferença da média ponderada combinada entre os estudos demonstrou pequenas diferenças no gasto energético diário (26 kcal / d, P <0,0001) e alteração da gordura corporal (16 g / d, P <0,0001) favorecendo dietas com baixo teor de gordura • ✓ GET =TMR x FA • ✓ GET = TMR x FA + MET’s referente ao exercício para indivíduos esportistas, principalmente • ✓ Método de Track (através de inquéritos alimentares) Conceitos antes de aplicar uma dieta oGET = Gasto Energético Total: Quantidade de energia necessária para o indivíduo permanecer estável. Então por exemplo se você possui 90 kg e tem um GET estimado em 2500 kcal, você precisa consumir aproximadamente 2500 kcal para se manter neste peso. oVET = Valor Energético Total: Calorias totais que o indivíduo consome ao longo do dia. oBalanço Energético: Saldo entre o VET e o GET. Conceitos antes de aplicar uma dieta oBalanço Energético Negativo: O GET supera o VET. Por exemplo o sujeito tem um gasto energético total de 2500 kcal e consome 2000 kcal, ele possui uma deficiência ou déficit energético de 500 kcal oBalanço Energético Positivo: O VET supera o GET. Por exemplo o sujeito tem um Gasto Energético Total de 2500 kcal e consome 3000 kcal, logo ele possui um superávit energético de 500 kcal. Conceitos antes de aplicar uma dieta • TMR = Taxa metabólica de Repouso: Teoricamente é a taxa metabólica basal mais o dispêndio para outras atividades como até mesmo a digestão. Podemos observar na literatura cálculos que tratam da TMB e da TMR, porém para evitar confusão, trabalharemos da mesma forma com ambas, uma vez que mesmo diferentes, elas são intercambiáveis entre si e ambas geram estimativas precisas uma da outra. Isto ainda é motivo de muitos equívocos na literatura e por vezes veremos os termos: Basal Metabolic Rate ou Resting Metabolic Rate. Conceitos antes de aplicar uma dieta oGEAF = Gasto Energético da Atividade Física: Compreende tanto exercícios físicos (planejados) como atividades físicas e rotineiras. oFA = Fator de Atividade Física: Levamos em consideração trabalho, atividades rotineiras e exercício físico. oTID = Termogênese Induzida pela Dieta: Custo energético para digerir, absorver e metabolizar os alimentos. Na prática clínica não costumo utilizar e a maior parte dos autores também não. Método de Track • A aplicação das formulas fica muitas vezes restrita a confiabilidade do método que pode sofrer muitas variações conforme individualidade (até mesmo o número de processos de ganho e perda de peso que o paciente sofreu ao longo da vida por interferir), com brasileiros por exemplo a literatura mostra que equações como OMS podem superestimar o GET de adultos saudáveis em nossa população (OLIVEIRA et al., 2008) • I - Oriente o paciente a manter normalmente sua rotina com relação a comida e Atividade Física. Faça o track das calorias consumidas • II – Oriente o paciente a se pesar todos os dias pela manhã se possivel com as mesmas condições • III – Compare o peso médio dos primeiros 10 dias com o peso médio dos últimos 10 dias. Como isso pode ser obtido FORMA DE INQUÉRITO CONCEITO R 24H REPORTAGEM DO CONSUMO NAS 24 HORAS ANTERIORES À CONSULTA REGISTRO DE CONSUMO DE ALIMENTOS DIÁRIO DE 3, 4, 5, 6, 7 DIAS QFCA LISTA DE FREQUÊNCIA E PORÇÕES HISTÓRIA ALIMENTAR EXTENSA ENTREVISTA (NECESSITA TREINAMENTO) MÉTODO DESCRIÇÃO VANTAGENS DESVANTAGENS LEVANTAMENTO DE 7 DIAS REGISTRAR ALIMENTOS DURANTE 7 DIAS ECONOMICO FORNECE CERTA PRECISÃO SUBESTIMA INGESTÃO DEPENDENDO DO PACIENTE REGISTRO DE ALIMENTOS PESADOS DE 7 DIAS PESAR *E REGISTRAR ALIMENTOS DURANTE 7 DIAS MAIS PRECISO ECONOMICO ALTA DEMANDA DE TEMPO DO PACIENTE COLEÇÃO DUPLICADA DE ALIMENTOS GUARDAR UMA DUPLICATA DE CADA ALIMENTO PARA POSTERIOR ANALISE QUIMICA DETALHADO E PRECISO CARO INIVIAVEL NA PRATICA CLINICA RECORDATORIO DE 24H QUESTIONARIO SOBRE AS 24 H ANTERIORES A CONSULTA FÁCIL E ECONOMICO DIFICIL PRECISAR A QUANTIDADE FREQUENCIA ALIMENTAR QUESTIONÁRIO SOBRE FREQUÊNCIA DE ALIMENTOS BOA TAXA E ADESAO DE RESPOSTAS VIÉS DE MEMÓRIA HISTÓRICO DE DIETA COMBINAÇÃODE MEMÓRIA DE 24H COM QFA CATEGORIZA EM GRUPO DE INDIVÍDUOS E NUTRIENTES PRECISA DE UM ENTREVISTADOR TREINADO É DEMORADO Obviamente teremos alguns viés 0 500 1000 1500 2000 2500 INGESTÃO ATIVIDADE Real x Anamnese (relato avaliado em Calorias) INGESTÃO REAL INGESTÃO RELATADA AF REAL AF RELATADA (LICHTMAN et al., 1992) Como se distribuem macronutrientes • A técnica de determinação de energia de um alimento é chamada de Calorimetria Direta (tal qual veremos para medida de gasto energético humano) onde este alimento é submetido a combustão e o calor resultante é contabilizado como energia, aqui no Brasil chamado de ‘’Calorias’’ (justamente com C maiúsculo) ou ‘’Kcal’’ (referente a quilocalorias). • Wilbur Atwater denominou fatores de correção (fatores de Atwater) para determinar energia dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos). • Existem varios dados computados de milhares de alimentos por instituições governamentais. No Brasil os mais conhecidos são o banco de dados da tabela Tucunduva e TACO. Atualmente um dos mais abrangente é o USDA National Nutrient Database (http://ndb.nal.usda.gov/ndb/). • De maneira mais simplificada muitos softwares e aplicativos possuem estes bancos de dados registrados e os profissionais da nutrição podem distribuir o planejamento alimentar com alimentos referentes e ir simultaneamente calculando a distribuição de macronutrientes e micronutrientes. Para tornar prático principalmente ajustes dietéticos assumimos o valor de 1000 calorias como 1 quilocaloria (Kcal ou Caloria com C maiúsculo observase também, como mencionado anteriormente). Através da oxidação realizada pelo organismo humano, aceitamos como padrão de referência os fatores de Atwater para valor energético disponível dos alimentos, assumindo Composição Corporal do Praticante de exercício físico e atleta • Composição corporal • Um dos 3 elementos do condicionamento físico associado a saúde (Condicionamento Cardiorespiratório + Musculoesquelético) (Kuryian, 2018) Diferentes tipos de modelos de composição corporal. 1C, um compartimento; 2C, dois compartimentos; 3C, três compartimentos; 4C, quatro compartimentos; MC, conteúdo mineral; NEL, lipídio não essencial; EL, lipídio essencial; BM, mineral ósseo; SM, mineral de tecidos moles; GLI, glicogênio. Razões para mensurar a composição corporal ®Avaliar a diminuição de gordura corporal frente a um programa de controle ®Ajudar atletas a determinar a composição corporal ideal pro seu desempenho ®Monitorar pacientesenfermos ®Monitorar resposta ao envelhecimento Termos que você pode encontrar relacionado a mensuração de composição oCircunferência da Cintura (CC) o Menor circunferência da cintura abaixo da caixa torácica e acima do umbigo com musculos abdominais relaxados o IMC o Tambem conhecido como índice de Quetelet oCircunferência do Quadril o Maior circunferência da região dos quadris quando o paciente está em pé oAdipômetro/Plicêmetro/Compasso de Dobras Cutâneas o Fornece mensuração em milímetros das dobras Termos que você pode encontrar relacionado a mensuração de composição oMassa de Gordura o Toda gordura corporal que pode ser extraída de tecidos adiposos e outros tecidos que a contenham oMassa Livre de Gordura ou Massa Magra o Todos os tecidos livres de gordura (agua, musculos, ossos, tecido conjuntivo, órgãos...) oMassa Corporal Total Termos que você pode encontrar relacionado a mensuração de composição o Impedância Bioelétrica o Passagem de Corrente Elétrica que mensura impedância elétrica estimando composição através de equações oDEXA o Dual energy x-ray absorptiometria. Utiliza dose baixa de radiação para mensurar a massa mineral óssea, massa de gordura e a massa não óssea livre de gordura oPesagem Hidrostática o Densidade corporal calculada a partir do volume e convertida em percentual de gordura através de equações Termos que você pode encontrar relacionado a mensuração de composição oIRM o Sinal detectável através da excitação das células lipídicas, bem como o núcleo de hidrogênio da agua, possibilitando a distinção oTC oRadiação, alto custo, não é usual a disponibilidade oCondutividade Elétrica Corporal o Indução de corrente interna proporcional a massa dos tecidos conjuntivos Classificação Body Fat (Homens) (LOHMAN, 1992) Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 Excelente 4 a 6 % 8 a 11% 10 a 14% 12 a 16% 13 a 18% Bom 8 a 10% 12 a 15% 16 a 18% 18 a 20% 20 a 21% Acima da Média 12 a 13% 16 a 18% 19 a 21% 21 a 23% 22 a 23% Média 14 a 16% 18 a 20% 21 a 23% 24 a 25% 24 a 25% Pior que a média 17 a 20% 22 a 24% 24 a 25% 26 a 27% 26 a 27% Ruim 20 a 24% 20 a 24% 27 a 29% 28 a 30% 28 a 30% Muito Ruim 26 a 36% 28 a 36% 30 a 39% 32 a 38% 32 a 38% Classificação Body Fat (Mulheres) (LOHMAN, 1992) Nível /Idade 18 - 25 26 - 35 36 - 45 46 - 55 56 - 65 Excelente 13 a 16% 14 a 16% 16 a 19% 17 a 21% 18 a 22% Bom 17 a 19% 18 a 20% 20 a 23% 23 a 25% 24 a 26% Acima da Média 20 a 22% 21 a 23% 24 a 26% 26 a 28% 27 a 29% Média 23 a 25% 24 a 25% 27 a 29% 29 a 31% 30 a 32% Abaixo da Média 26 a 28% 27 a 29% 30 a 32% 32 a 34% 33 a 35% Ruim 29 a 31% 31 a 33% 33 a 36% 35 a 38% 36 a 38% Muito Ruim 33 a 43% 36 a 49% 38 a 48% 39 a 50% 39 a 49% Dados do Esporte ESPORTE HOMENS MULHERES Basquete 6-12 20-27 Ciclismo 5-15 15-20 Fisiculturismo 5-8 10-15 Maratona 5-11 10-15 Tenis 12-16 16-24 Triatlo 5-12 10-15 Futebol 10-18 13-18 Uma forma interessante de estimar o famoso ‘’PESO IDEAL’’ Um problema Soma das dobras • Soma das dobras e dobras específicas parece ser uma proposta interessante que vem sendo estudada constantemente Excelente Bom Regular Pior que a média Ruim Indivíduo Normal Homem 60-80 81-90 91-110 111-150 150+ Mulher 70-90 91-100 101-120 121-150 150+ Atleta Homem 40-60 61-80 81-100 101-130 130+ Mulher 50-70 71-85 86-110 111-130 130+ Fontes seguras sobre nutrição • Mayohealth.org • Nal.usda.gov/fnic • Cfsan.fda.gov/list.html • Eatright.org • Healthfinder.gov • Mysportscience.com Avaliação do Praticante de exercício físico e atleta • Exemplo prático de Anamnese Diferenças entre atletas (PICKERING et al., 2019) Diferenças entre atletas Características Fibras do tipo I Fibras do tipo IIA Fibras do tipo IIX Fibras do tipo IIB RESISTÊNCIA COM RELAÇÃO A FADIGA ALTA MODERADA- ALTA MODERADA BAIXA PRODUÇÃO DE TENSÃO BAIXA MODERADA ALTA MUITO ALTA DURAÇÃO MAXIMA DO USO HORAS ABAIXO DE 30 MIN ABAIXO DE 5 MIN ABAIXO DE 1 MIN PRINCIPAL FONTE DE ENERGIA TRIACILGLICER ÓIS FOSFOCREATINA , GLICOGENIO FOSFOCREATINA , GLICOGENIO FOSFOCREATINA , GLICOGENIO PREDOMINÂNCIA NOS ESPORTES ESPORTES COMO MARATONA, CICLISMO WEIGHTLIFTING, POWERLIFTING, BODYBUILDING, CORRIDAS DE CURTA DISTÂNCIA WEIGHTLIFTING, POWERLIFTING, BODYBUILDING, CORRIDAS DE CURTA DISTÂNCIA WEIGHTLIFTING, POWERLIFTING, BODYBUILDING, CORRIDAS DE CURTA DISTÂNCIA Representação Básica dos metabolismos celulares (AUTRAN, 2009) Metabolismo Anaeróbio Alático Metabolismo Anaeróbio Lático Metabolismo Aeróbio Sistema Fosfagênio (quebra de fosfocreatina) Glicólise Anaeróbia Oxidação de Aminoácidos Oxidação de Carboidratos (Glicolise, Cadeia de Transporte de Elétrons, Ciclo de Krebs) Oxidação de Gorduras (Fosforilação oxidativa) (AUTRAN, 2009) Taxa máxima de ressíntese de ATP Tempo até as taxas máximas sejam alcançadas antes do início do exercicio Quebra de fosfocreatina +++++ Imediato Glicolise ++++ 5 a 10 segundos Oxidação de glicogenio +++ 1 a 3 minutos Oxidação de glicose sanguínea ++ Aproximadamente 90 minutos Oxidação de gordura + Acima de 2 horas Influência da duração e intensidade do evento: 50% 31% 41% 8% 25% 36% 45% 62% 25% 33% 14% 30% 30 MINUTOS 60 MINUTOS 90 MINUTOS 120 MINUTOS Influência da duração do exercício no uso de substratos Glicogenio Muscular Gordura Glicose Plasmática (JEUKENDRUP, 2003) combustível para os musculos em exercício manutenção dos níveis de glicose recuperação muscular após o exercício digestão, trânsito intestinal e regulação dos níveis de colesterol Ø indivíduos mais treinados aparentemente tem melhores taxas de ressíntese de glicogênio do que indivíduos menos treinados, isto pode ter relação com as adaptações induzidas pelo treinamento Ø taxa de ressíntese se limita, e aparentemente quando comparados a valores normais de insulina e glicemia com ingestas normais de carboidratos, atingir valores hiperglicêmicos e insulinêmicos, promovem uma ressíntese de glicogênio de 300 a 400% maior Carga e Índice Glicêmico • Índice: Nada mais é do que um conceito numérico, de maneira geral é utilizado para determinar o quanto a glicemia irá se elevar duas horas depois da ingestão do alimento referido. Usualmente utiliza-se ou a glicose ou o pão branco como referência em uma escala de 100 pontos Carga: refere-se ao valor numérico do Índice Glicêmico multiplicado pela gramagem de carboidratos na porção do alimento escolhido. https://glycemicindex.com Pontos chave: • em taxas máximas de ressíntese após exercicio prolongado, cerca de 10 horas são suficientes reposição, porém devido ao comportamento insulinêmico e a mistura de outros componentes dieteticos as refeições, diminuindo a carga glicêmica, isso pode demorar um pouco mais (cerca de 1 dia). • estar com baixos estoques de glicogênio antes de iniciar o evento esportivo exerce uma série de adaptações agudas ao atleta normalmente levando a maiores concentrações de catecolaminas e menores concentrações de glicose. Sendo assim a oxidação de ácidos graxos se tornam maior nos indivíduos que irão se exercitar com estoques depletados de glicogênio. • apesar de iniciar um exercicio com baixo estoque de glicogênio muscular prejudicar performance, isso não compromete adaptações geradas pelo exercicio, pelo contrário pode induzir adaptações interessantes. Porém é preciso entender que existe um fato bem elucidado na literatura: baixo consumo de carboidratos, baixo estoque de glicogenio não combina com performance. estrutura, principalmente ao ganho e manutenção do tecido muscular esquelético performance não necessariamente é dependente de hipertrofia, mas atletas em geral precisam de mais do que a população em geral liberação de insulina através do consumo de carboidratos, pode favorecer a síntese proteica e atenuar a degradação proteica(PHILIPS, 2005) Aminoácidos essenciais X não essenciais (PHILIPS, 2005) Aminoácidos essenciais X não essenciais (HULMI et al., 2010) Ainda ... (MCARDLE et al., 2016) controle hormonal, vide que excluir gorduras de dietas, principalmente em estudos com animais, demonstra prejuízo neste quesito é sugerido que utilizar as gorduras com fonte energética durante, pode ser uma alternativa interessante estamos compreendendo se por exemplo, expor nosso atleta a uma dieta rica em gordura pode induzir adaptações para maior contribuição durante exercicio, oxidando de maneira mais eficiente corpos cetonicos e ácidos graxos e reduzindo a utilização de carboidratos (MACARDLE et al., 2016) (MUTH, 2015) O primeiro questionamento: • Performance EM QUÊ? (BOMPA; BUZZICHELI, 2015) Recomendações GERAIS: Carboidratos: Recomendações Atuais Leve Atividades ‘’skill-based’’ 3-5g por kg de peso corporal Moderada Programa de exercícios moderados (aproximadamente 1 hora por dia) 5-7 g por kg de peso corporal Alta Programas de endurance com 1-3h por dia de prática moderada a intensa 6-10 g por kg de peso corporal Muito alta Prática diária moderada a intensa com mais de 4 horas por dia 8-12 g por kg de peso por dia Carboidratos: abastecimento agudo ‘’Fuel Up’’ Eventos que tenham duração menor que 90 minutos 7-12g por kg de peso nas 24 h antecedentes ao evento Carb Load Eventos que durem mais de 90 minutos com características constantes ou intermitente Durante os dois dias antecedentes: 10 a 12 g por kg de peso por dia. Refuel rápido Duração menor que 8 horas entre dois eventos com alta demanda Durante 4 horas após o término consumir 1-1,2g por kg por hora Fuel pré evento Evento maior que 60 minutos 1-4g por kg consumidos de 1 a 4 horas até o inicio do evento Carboidratos: durante Exercícios de curta duração Abaixo de 45 minutos Não precisa Exercícios contínuos de alta intensidade Porém que durem de 45 a 75 minutos Apenas quantidades pequenas, até mesmo técnicas de bochecho com carboidratos já são eficientes Eventos de endurance e ‘’start- stop’’ Eventos de 1 a 2,5 h de duração 30 a 60 gramas por hora durante a execução do exercicio Ultra endurance De 2,5 a 3 horas acima de 90 gramas por hora Proteínas Pode depender da fase 1,2 a 2 g por dia por kg de peso corporal. Com relação a períodos agudos, a ingestão de 20 a 30g de proteínas totais Gorduras limite 10% de calorias provenientes de gorduras saturadas. cenários específicos onde o consumo alto de gorduras possa ser uma estratégia (discutível ainda) 1 g aproximadamente por kg de peso por dia Hidratação Perda de Peso em Percentual Sintomas 1% Compromete termorregulação 2% Sensação Maior de Sede 3% Boca Seca 4% Redução entre 20 a 30% de carga de trabalho 5% Dor de cabeça e dificuldade cognitiva 6% Problemas com frequencia cardíaca e comprometimento grave da termorregulação 7% Possível Colapso Hidratação Durante Exercício • Usualmente os atletas conseguem repor algo entre 30, 40 e 70% dos fluidos perdidos durante exercicio, justamente pois varios fatores interferem na ingestão durante eventos: • Elevada taxa de suor; • Confiar na sede para rehidratar; • Regras do esporte; • Desconforto gastrointestinal. • A maneira mais adequada é oferecer uma bebida a cerca de 15 graus Celsius, com diferentes tipos de carboidratos numa concentração entre 4 a 8% e 10 a 35 mmol por L de sódio, porém isto é obviamente muito individual. Ainda a recomendação é ingerir cerca de 150 a 250 mL de líquidos a cada 20 minutos aproximadamente. Recomendações práticas podem ser (BIESEK et al., 2015) • - Iniciar o exercicio bem hidratado, consumindo 2 horas antes do evento cerca de 500 ml de liquido e se estiver muito quente, um adicional de 300 mL 30 minutos antes do evento; • - Se programar com base em experiencias prévias; • - Tentar manter uma perda de no maximo 2% do peso corporal total; • - Planejar o consumo de uma bebida que contenha cerca de 30 a 60g de carboidratos por hora de exercicio; • - Acima de uma hora, considerar a reposição de sódio. Reidratação • É bem entendido que esportistas tem dificuldade em reparar os fluidos perdidos durante o evento, competição ou exercicio. Isso ainda torna-se mais difícil quando a perda atinge mais que 2% do peso corporal e há um próximo evento nas próximas 6 a 8 horas. Quando há um risco maior de desidratação os atletas são encorajados a consumir cerca de 25 a 50 mmmol por Litro de Sódio (acima disso não há beneficios), é interessante que o esportista consuma cerca de 150% do volume perdido nas 4 a 6 horas após o termino • Como recomendações práticas (BIESEK et al., 2015): • - Não confiar na sede para ingestão • - Consumir 150% do volume perdido em líquidos cerca de até 4 horas pós exercicio • - Acompanhar mudanças no peso corporal • - Evitar atividades que exponham alta taxa de suor como sol e sauna • - Evitar elementos que possam favorecer ainda mais a desidratação como alcool • Uma forma bem prática para praticantes de exercícios físicos saberem a necessidade de hidratação é: Peso Inicial – Peso Final = x. Exemplo: voce pesou no inicio da atividade 80 kg e no final 79 kg. A ideia é reestabelecer 150% disto, logo 1 x 1,5 = 1,5 litros. 1. Antes do exercicio: consumir 8 ml de liquido por kg de massa corporal, 2 horas antes do evento. Duas possibilidades: consumir com alimentos que melhora a retenção ou consumir bebida com carboidratos e eletrólitos 2. Durante o exercício: é necessário estimar a taxa de sudorese e perda de liquido em eventos previamente conhecidos. Vejamos: digamos que o paciente perdeu 1,5 kg durante uma hora de exercício, e consumir 400 ml de líquidos durante. Sendo assim numa estimativa grosseira: 1,5 + 0,4 = 1,9 kg. Logo: 1,9 kg por h de exercício 3. Após o exercicio: 1,5 L de liquido por kg de peso corporal perdido. Logo: 1,5 x 1,5 kg = 2 litros durante a primeira hora após o termino do exercício deveriam ser consumidos. Estabelecendo um Limite • RED’s (MOUNTJOY et al., 2018) • ‘’Consumo Energético - Gasto Energético em Exercício/Massa Livre de Gordura (em kg)’’ Calculo de DE DE = (2000 – 600) / 60 23,33 Onde DE – Disponibilidade Energética; IE – Ingestão Energética; GEF – Gasto em Exercício Físico; MLG – Massa Livre de Gordura • 2000 Calorias • 600 Calorias • 60 kg MM (SCHOFIELD et al., 2019) • A baixa disponibilidade energética pode culminar em uma síndrome clássica observada em atletas, chamada de REDS. • Os princípios de cálculos energéticos para sedentários e indivíduos moderadamente ativos são aplicados também em atletas porém a chance de erro pode tornar-se muito maior, como sugestão prática as fórmulas de Cunningham e Tinsley oferecem excelentes valores de referencia para cálculo da da TMR enquanto a adição do FA não me parece melhor do que calcular através dos equivalentes metabólicos (METS’s) • Uma abordagem prática interessante é adicionar os MET’s da atividade referente e utilizar o Fator de Atividade Física ou Nivel de Atividade Física ou PAL (depende da nomenclatura que você ver na literatura) se basear no no restante do dia do atleta (por exemplo um atleta que utiliza o restante do dia como descanso é bem diferente de um atleta que precisa trabalhar e cuidar da casa). Burke et al. (2019), Kerksick et al. (2018) e Thomas et al. (2016) DEA e mulheres Como a BDE ou LEA afeta homens• Principalmente em atletas que necessitam da diferenciação constante, como lutadores • Desordens alimentares • Distúrbios a seguir (homens e mulheres) Endócrinos • Koehler e colegas (2016) avaliaram efeitos da manipulação da ingestão energética de curto prazo através de dieta e exercício em vários parâmetros hormonais em seis praticantes de exercício Cada homem experimentou quatro condições separadas de 4 dias: LEA (15 kcal / kg MLG / dia com e sem exercício) e EA adequado (40 kcal / kg MLG / dia com e sem exercício) •Resultados: independentemente do exercício, leptina e insulina foram reduzidas em comparação com a linha de base (-53% a -56% e -34% para -38%, respectivamente) • Temos também boa base na literatura para sabemos dos prejuízos encima da testosterona, cortisol e hormônios tireoidianos principalmente de dietas restritivas Saúde óssea e Metabólica • Óssea: Está estabelecido que o LEA contribui para a saúde óssea prejudicada em atletas, principalmente mulheres (Triade, amenorreia) • Metabolismo: Dietas restritivas como um todo podem acabar causando algum grau de redução metabólica (envolvido principalmente com Leptina e Hormonios tireoidianos) Crescimento e Desenvolvimento • O retardo de crescimento linear foi relatado em vários estudos de adolescentes do sexo masculino e feminino com anorexia nervosa grave, com estudos que demonstrem recuperação parcial, mas nem sempre completa após recuperação • Estudos em atletas amenorréicos têm demonstrado demonstraram padrões desordenados de secreção de GH Sistema Imunológico • O sistema imunológico pode ser alterado pela BDE (LEA) • Estudos observacionais de atletas de elite australianos em preparação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016, LEA, conforme medido por o LEAF-Q em atletas do sexo feminino, foi associado a aumento probabilidade de doenças (incluindo as das vias respiratórias superiores e trato gastrointestinal) (Drew et al., 2018; Drew et al., 2017) Psicológicos • Bastante observado principalmente em trabalhos com atletas de fisiculturismo • Bulimia; Anorexia; ‘’compensações’’ em geral Performance • No meu caso (profissional) o mais óbvio e preocupante de todos • Pode-se esperar que a LEA prejudique o desempenho ou interfira no desempenho ideal • Principalmente por afetar pontos chave como: glicogênio e seu armazenamento e síntese proteica ou impedindo treinamento de alta qualidade devido ao aumento do risco de lesões e doença