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Profa. Dra. Maria Carla Vieira Pinho OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Apresentar Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do Sistema Único de Saúde (SUS); • Distinguir Terapias Alternativas x Terapias Complementares e Integrativas; • Apresentar as regulamentações existentes para o exercício dessas práticas. Onde tem Práticas Integrativas e Complementares (PICS)? Onde tem Práticas Integrativas e Complementares (PICS)? • Atualmente 9.350 estabelecimentos de saúde ofertando 56% dos atendimentos individuais e coletivos em PICS • 8.239 (19%) estabelecimentos na Atenção Básica que ofertam PICS, distribuídos em 3.173 municípios. • Presentes em quase 54% dos municípios brasileiros, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e as capitais brasileiras. Onde tem Práticas Integrativas e Complementares (PICS)? Fonte: https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares. Acesso em: 15 Fev. 2021. https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares Onde tem Práticas Integrativas e Complementares (PICS)? • Distribuição dos serviços de PICS por nível de complexidade: ⇢ Atenção Básica 78% ⇢ Media 18% ⇢ Alta 4% Fonte: https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares. Acesso em: 15 Fev. 2021. 2 milhões de atendimentos nas UBS – Mais de 1 milhão de atendimentos na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), incluindo Acupuntura – 85 mil Fitoterapias – 13 mil de Homeopatias https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares • Vídeo “O histórico das Praticas Integrativas e Complementares no Mundo” https://www.youtube.com/watch?v=BE69q8J8fv8 • Medicina Complementar ou Medicina Alternativa é um conjunto de práticas de saúde que não fazem parte da própria tradição do país ou da medicina convencional e não estão plenamente integrados no sistema de cuidados de saúde dominante . OMS (2002-2005) PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES DE SAÚDE (PICS) Também conhecidas como Alternativas ou Holísticas. Constituem-se num grupo diversificado de cuidados médicos, práticas e produtos do sistema de saúde, que ALTERNATIVAS OU COMPLEMENTARES? ALTERNATIVAS • Quando usadas no lugar de uma prática biomédica • Substituição do tratamento médico por algum tratamento não convencional Ex.: Substituir os protocolos de quimioterapia indicados para começar a tomar apenas suplementos, chás, entre outros. COMPLEMENTARES • Quando usadas juntas com práticas da biomedicina • Usadas em paralelo ao tratamento indicado e de acordo com suas instruções • Ex.: dieta balanceada e o uso de florais para melhorar a ansiedade durante todo de tratamento com quimioterapia. TESSER e BARROS, 2008. (Fonte: https://revista.abrale.org.br/qual-a-diferenca-entre-pratica-alternativa-complementar-e-integrativa/) Fonte: https://revista.abrale.org.br/qual-a-diferenca-entre-pratica-alternativa-complementar-e-integrativa/ PIC NO MUNDO Final da década de 1970, criou o Programa de Medicina Tradicional à formulação de políticas na área. ⇢ Desenvolver de estudos científicos para melhor conhecimento de sua segurança, eficácia e qualidade. ⇢ Incentivar os estados-membros a formularem e implementarem políticas públicas para o uso racional e integrado da Medicina Tradicional/ Medicina Complementar e Alternativa nos sistemas de atenção PIC NO BRASIL • No Brasil - a partir da década de 1980, principalmente, após a criação do SUS. – Com a descentralização e a participação popular, os estados e os municípios ganharam maior autonomia na definição de suas políticas e ações em saúde, vindo a implantar as experiências pioneiras. • A construção da PNPIC iniciou no Brasil em 2003, a partir das diretrizes e recomendações da OMS. POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PNPIC) • Para garantir a integralidade na atenção à saúde, o Ministério da Saúde apresentou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS à Pela necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências que já vinham sendo desenvolvidas na rede pública de muitos municípios e estados, com destaque para a (1) medicina tradicional chinesa/acupuntura, (2) homeopatia, (3) fitoterapia, (4) medicina antroposófica e (5) termalismo/crenoterapia. 2006 • Em fevereiro de 2006, o documento final da política, com as respectivas alterações, foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Nacional de Saúde • Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, publicada na forma das portarias ministeriais nº 971, de 3 de maio de 2006, e nº 1.600, de 17 de julho de 2006. POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PNPIC) OBJETIVOS - PNPIC • Incorporar e implementar a PNPIC no SUS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada para o cuidado continuado, humanizado e integral em saúde; • Contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso; Portaria no 971, 03 de maio de 2006 • Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades; • Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde. Portaria no 971, 03 de maio de 2006 OBJETIVOS - PNPIC DIRETRIZES • Estruturação e fortalecimento da atenção em PIC no SUS • Desenvolvimento de estratégias de qualificação em PIC para profissionais no SUS, em conformidade com os princípios e diretrizes estabelecidos para a educação permanente. • Divulgação e informação dos conhecimentos básicos da PIC para profissionais de Saúde, gestores e usuários do SUS, considerando as metodologias participativas e o saber popular e tradicional. Portaria no 971, 03 de maio de 2006 DIRETRIZES • Estímulo às ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações. • Fortalecimento da participação social. • Provimento do acesso a medicamentos homeopáticos e fitoterápicos na perspectiva da ampliação da produção pública, assegurando as especificidades da assistência farmacêutica nesses âmbitos na regulamentação sanitária. Portaria no 971, 03 de maio de 2006 DIRETRIZES • Garantia do acesso aos demais insumos estratégicos da PNPIC, com qualidade e segurança das ações. • Incentivo à pesquisa em PIC com vistas ao aprimoramento da atenção à saúde, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados prestados. • Desenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação da PIC, para instrumentalização de processos de gestão. Portaria no 971, 03 de maio de 2006 DIRETRIZES • Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências da PIC nos campos da atenção, da educação permanente e da pesquisa em saúde • Garantia do monitoramento da qualidade dos fitoterápicos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria no 971, 03 de maio de 2006 PORTARIA Nº 849, DE 27 DE MARÇO DE 2017 1. Arteterapia 2. Ayurveda 3. Biodança 4. Dança Circular 5. Meditação 6. Musicoterapia 7. Naturopatia 2017 8. Osteopatia 9. Quiropraxia 10.Reflexoterapia 11.Reiki 12.Shantala 13.Terapia Comunitária Integrativa 14.Yoga POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PNPIC) PORTARIA Nº 702, DE 21 DE MARÇO DE 2018 1. Aromaterapia 2. Apiterapia 3. Bioenergética 4. Constelação familiar 5. Cromoterapia 2018 6. Geoterapia 7. Hipnoterapia 8. Imposição de mãos 9. Ozonioterapia 10.Terapia de Florais POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PNPIC) Fonte: https://antigo.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45294-cresce-46-procura-por-praticas-integrativas-no-sus-2.Acesso em 20 fev. 2021. POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PNPIC) Fonte: https://antigo.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45294-cresce-46-procura-por-praticas-integrativas-no-sus-2. Acesso em 20 fev. 2021. Fonte: https://antigo.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45294-cresce-46-procura-por-praticas-integrativas-no-sus-2. Acesso em 20 fev. 2021. COMO IMPLANTAR AS PICS? • Não existe uma adesão específica: a política traz diretrizes gerais para a incorporação das práticas nos diversos serviços. • Competência exclusiva do município a contratação dos profissionais e a definição de quais práticas serão ofertadas. • Não possui financiamento específico - integram o financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS) de cada município - cabe ao gestor local aplicar de acordo com as suas prioridades. O ENFERMEIRO E AS PICS • Atualmente, as Terapias Holísticas e Complementares são reafirmadas como especialidade de Enfermagem por meio da Resolução COFEN Nº 581 de 2018, assegurando a segurança e o respaldo desse profissional para atuação nesse cenário, bem como para desenvolver pesquisas na área das PIC em geral. O ENFERMEIRO E AS PICS Fonte: https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/14846/mod_resource/content/2/un03/top04p01.html REFERÊNCIAS https://mtci.bvsalud.org/pt/ • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS. Brasília : Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnpic.pdf>. Acesso em: 15 Fev. 2021. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS : atitude de ampliação de acesso. 2. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2e d.pdf>. Acesso em: 15 Fev. 2021. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Glossário temático: práticas integrativas e complementares em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/glossario_pics.pdf>.Acesso em: 15 Fev. 2021. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de implantação de serviços de práticas integrativas e complementares no SUS. Brasília : Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_implantacao_servicos_pics.pdf>. Acesso em: 15 Fev. 2021 REFERÊNCIAS • AZEVEDO, Cissa et al. Práticas integrativas e complementares no âmbito da enfermagem: aspectos legais e panorama acadêmico-assistencial. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v.23, n 2, e20180389, 2019 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 81452019000200226&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 Fev. 2021. • MOTA. Tatiane. Qual a diferença entre terapias alternativa, complementar e integrativa? Associação Brasileira de Linfona e Leucemia, 24 de Abril, 2017. Revista ABRALE On-line. Disponível em: <https://revista.abrale.org.br/qual-a-diferenca-entre-pratica-alternativa- complementar-e-integrativa>. Acesso em: 25 Fev. 2021. • REVISTA BRASILEIRA SAÚDE DA FAMÍLIA. Ano IX. Ed. Especial (Maio 2008). Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em:<http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/revistas/revista_saude_familia18_especial.p df>. Acesso em: 16 Fev. 2021. • REFERÊNCIAS • SILVA, Denise Maria Guerreiro Vieira; MEIRELLES, Betina Horner Schlindwein; ZANETTI, Maria Lucia et al. Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem: Tecnologias do cuidado em saúde. Mód. 9. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina/Programa de Pós- Graduação em Enfermagem, 2013. Disponível em: <https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/13959/mod_resource/content/6/Modulo9_DoencasCroni cas.pdf>. Acesso em 16. Fev. 2021. • TESSER, Charles Dalcanale; BARROS, Nelson Filice de. Medicalização social e medicina alternativa e complementar: pluralização terapêutica do Sistema Único de Saúde. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.42, n.5, p.914-920, Out. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 89102008000500018&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 Fev. 2021. REFERÊNCIAS • FIM