Prévia do material em texto
Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital Autores: Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 26 de Janeiro de 2021 SORATEIO.COM 1 Sumário JURISDIÇÃO .................................................................................................................................... 2 1 Conceito ................................................................................................................................ 2 DA COMPETÊNCIA ......................................................................................................................... 2 1 Competência em razão da matéria (ratione materiae) ou competência de Jurisdição ou competência de Justiça. ............................................................................................................... 3 1.1 Competência da Justiça Federal .................................................................................... 4 1.2 Competência do Tribunal do Júri ................................ .................................................. 8 2 Competência em razão da pessoa (ratione personae) .......................................................... 9 2.1 Conflito aparente entre a competência de foro por prerrogativa de função e a competência do Tribunal do Júri ............................................................................................ 11 3 Competência Territorial (ratione loci) .................................................................................. 12 3.1 Em razão do local da infração ...................................................................................... 12 3.2 Em razão do domicílio do réu ...................................................................................... 15 4 Da Conexão e da Continência ............................................................................................ 16 5 Regras aplicáveis nos casos de determinação da competência pela conexão ou continência 17 6 Separação de processos em hipóteses de conexão e continência ..................................... 19 SÚMULAS PERTINENTES ............................................................................................................... 21 1 Súmulas vinculantes ............................................................................................................ 21 2 Súmulas do STF ................................................................................................................... 21 3 Súmulas do STJ ................................................................................................................... 22 EXERCÍCIOS COMENTADOS ........................................................................................................ 23 EXERCÍCIOS PARA PRATICAR ....................................................................................................... 57 Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 2 GABARITO ..................................................................................................................................... 73 JURISDIÇÃO 1 Conceito O Estado, enquanto poder soberano, exerce três grandes funções: Administrativa, legislativa e jurisdicional. A primeira é exercida pelo Executivo, a segunda pelo Legislativo e a terceira pelo Judiciário. Nas aulas de Direito Constitucional vocês verão que, na verdade, cada um dos Poderes da República exerce primordialmente uma função, e não exclusivamente. Entretanto, para o nosso estudo, basta que vocês saibam isso. Dentre estas funções, como eu disse acima, ao Judiciário cabe a função jurisdicional. Mas em que consiste a função jurisdicional? Para entendermos, vamos à etimologia da palavra. Jurisdição deriva do latim, iuris dictio, que significa DIZER O DIREITO. Partindo desta premissa, podemos conceituar a Jurisdição como: A atuação do Estado consistente na aplicação do Direito vigente a um caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujo objetivo é sanar uma crise jurídica e trazer a paz social. Todavia, existem limites ao exercício da Jurisdição, ou seja, a competência. A competência é o limite dentro do qual cada órgão do Judiciário pode exercer validamente seu poder jurisdicional. DA COMPETÊNCIA Conforme estudamos, a Jurisdição é o Poder conferido ao Estado, para através dos órgãos Jurisdicionais, dizer, no caso concreto, quem tem o Direito. A Competência, por sua vez, é a medida da Jurisdição, ou, para outros, o limite da Jurisdição. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 3 Trocando em miúdos, a Competência é o conjunto de regras que estabelecem os limites em que cada Juiz pode exercer, de maneira válida, o seu Poder Jurisdicional.1 A Competência pode ser de três ordens: • Competência em razão da matéria (ratione materiae) – É aquela definida com base no fato a ser julgado. • Competência em razão da pessoa (ratione personae) – É definida tendo por base determinadas condições relativas às pessoas que se encontram no polo passivo do processo criminal (os acusados). • Competência territorial (ratione loci) – Considera o local onde ocorreu a infração (ou outros critérios territoriais) para que seja definida a competência. Vamos estudar, desta forma, cada uma das espécies de competência. 1 Competência em razão da matéria (ratione materiae) ou competência de Jurisdição ou competência de Justiça. Esta espécie de competência é a primeira que deve ser analisada para que possamos, no caso concreto, definir qual o órgão Jurisdicional é competente para julgar o processo, e leva em consideração a natureza do fato criminoso para definir qual a “Justiça” competente (Justiça Eleitoral, Comum, Militar, etc.). Assim, a competência em razão da matéria se divide da seguinte forma: 1 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12.º edição. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 2015, p. 205 Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 4 Assim, existem basicamente duas ordens de competência criminal em razão da matéria: Comum e especial. A Justiça comum se divide em Federal e Estadual. Já a Justiça Especial se divide em Eleitoral e Militar. A Justiça Especial (Eleitoral e Militar) julga somente os crimes que sejam eleitorais e militares. Todos os outros crimes são de competência da Justiça Comum. Dizemos, assim, que a Justiça comum possui competência residual. 1.1 Competência da Justiça Federal Todas as causas que não se enquadrem na competência da Justiça Comum Federal, serão de competência da Justiça Comum Estadual. Assim, a Justiça comum estadual possui competência duplamente residual: 1) primeiro, é residual porque a Justiça Comum é residual em relação à Justiça Especial; 2) é residual em relação à Justiça Comum Federal. A competência criminal da Justiça Federal é definida na Constituição, possuindo algumas regras de competência ratione personae e outras de competência ratione materiae. Vejamos: Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: (...) IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; V-Aas causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) COMPETÊNCIA CRIMINAL EM RAZÃO DA MATÉRIA Justiça Especializada Justiça Eleitoral Justiça Militar Justiça Comum Justiça Federal Justiça Estadual Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 5 VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI - a disputa sobre direitos indígenas. No caso do inciso IV, temos duas hipóteses: a) Crimes políticos – Praticados com motivação política (art. 2° da Lei 7.170/83) b) Crimes praticados contra bens, interesses e serviços da União, suas autarquias e empresas públicas – Nesse caso, serão julgadas pela Justiça Federal (Juízes de primeiro grau) as condutas delituosas que ofendam a União, suas autarquias ou empresas públicas. Imaginem um roubo a uma repartição federal, ou um homicídio praticado contra um agente da Polícia Federal em serviço. Por ofenderem bens jurídicos da União, serão julgados pela Justiça Federal. Temos, ainda, as seguintes hipóteses de julgamento de ações penais, previstas nos incisos V, VI, IX e X: Crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente Crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar Crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro; Crimes envolvendo disputas sobre direitos indígenas Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 6 Em todas estas cinco hipóteses, a competência para julgamento será da Justiça Federal (em regra, de primeiro grau). Mas, e quando será competente o TRF? A competência do TRF está prevista no art. 108 da Constituição: Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal; e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. O TRF possui, assim como o STF e o STJ, tanto competência originária (julgar o caso desde o início) quanto recursal (julgar o caso apenas em grau de recurso). No caso de Crimes comuns e de responsabilidade, o TRF terá competência originária para processar e julgar: ▪ Juízes federais, Juízes do Trabalho e da Justiça Militar Federalizada ▪ Membros do Ministério Público da União. Essa competência é ressalvada, porém, pela competência da Justiça Eleitoral: EXEMPLO: Paulo é Juiz Federal no Rio de Janeiro, vinculado ao TRF2. Paulo comete um crime de estelionato (competência, em tese, da Justiça Estadual). Neste caso, Paulo será julgado pelo TRF2, mesmo em se tratando de crime estadual (não é crime federal). Caso Paulo tivesse praticado um crime ELEITORAL, o TRF NÃO teria competência para julgá- lo. Neste caso, a competência seria da Justiça Eleitoral (TRE). Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 7 Na hipótese de Revisão Criminal o TRF será competente para apreciar as revisões criminais interpostas contra os seus próprios julgados e contra os julgados dos Juízes Federais que a ele estiverem vinculados. Além destas, o TRF terá competência para processar e julgar os HCs quando a autoridade coatora for JUIZ FEDERAL a ele vinculado ou TURMA RECURSAL2 a ele vinculada. Por fim, o TRF tem ainda competência criminal recursal, que será exercida no julgamento dos recursos interpostos contra as decisões proferidas por Juízes Federais de primeira instância. A hipótese do inciso V-A traz o chamado “deslocamento de competência”, previsto no §5° do art. 109. Vejamos: Art. 109 (...) § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Mas o que seria grave violação de direitos humanos? A posição que predomina na Jurisprudência é a de que deve ser analisada a situação no caso concreto, de forma a se definir se houve grave violação aos direitos humanos e prejuízo à imagem externa do país.3 Por fim, a competência criminal dos Juizados Especiais Federais está explicitada no art. 2° da Lei 10.259/01: Art. 2º Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) Mas o que seriam as causas de menor potencial ofensivo? As causas de menor potencial ofensivo são as contravenções penais (todas) e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 2 RHC 30946 / MG 3 PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 241/242 Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 8 Todavia, a JUSTIÇA FEDERAL NÃO TEM COMPETÊNCIA “RATIONE MATERIAE” PARA JULGAR CONTRAVENÇÕES PENAIS4, conforme previsão do art. 109, IV da Constituição, podemos entender que a competência criminal dos Juizados Especiais Federais Criminais está atrelada aos crimes de competência da Justiça Federal aos quais a Lei comine pena máxima NÃO SUPERIOR A DOIS ANOS (Isso inclui dois anos), cumulada ou não com multa. 1.2 Competência do Tribunal do Júri Nos termos do art. 74 do CPP: Art. 74. (...) § 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) A competência do Tribunal do Júri está prevista, ainda,na própria Constituição Federal, em seu art. 5°, XXXVIII, d, estabelece a competência do Júri para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Estes são os previstos no capítulo I do Título I da parte especial do CP, compreendendo os crimes de homicídio, instigação ou induzimento ao suicídio5, infanticídio e aborto6. Vale frisar que o Júri irá julgar os crimes dolosos contra a vida e também aqueles que sejam conexos com estes (ex.: homicídio doloso consumado conexo com estupro = Júri julgará os dois). Por fim, os crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e lesão corporal com resultado morte não são da competência do júri, pois não são crimes dolosos contra a vida. O primeiro é crime patrimonial; no segundo a morte deriva de culpa, não de dolo do agente. Por fim, o Tribunal do Júri poderá ser realizado no âmbito de “qualquer Justiça”. Como assim? Significa que podemos ter Tribunal do Júri na Justiça Estadual (o mais comum), na Justiça Federal, etc. (ex.: Policial Rodoviário Federal morto em serviço = trata-se de competência da Justiça Federal, pois atenta contra serviço e interesse da União, mas ao mesmo tempo é crime doloso contra a vida, logo, será da competência do Tribunal do Júri FEDERAL). 4 A única hipótese em que a Justiça Federal irá julgar contravenção penal ocorre no caso de se tratar de contravenção penal praticada por pessoa com foro por prerrogativa de função perante o TRF, pois neste caso a competência funcional se sobrepõe (ex.: Juiz Federal pratica uma contravenção penal. Será julgado pelo TRF a que está vinculado). 5 Vale frisar que o art. 122 do CP, com a redação dada pela Lei 13.968/19, passou a se chamar “induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação”. Todavia, apenas quando for induzimento, instigação ou auxílio a SUICÍDIO é que a competência será do Júri, por se tratar de crime doloso contra a vida. 6 Existem, ainda, crimes dolosos contra a vida previstos, por exemplo, na Lei de Genocídio (Lei 2.889/56). Neste caso, a competência também será do Tribunal do Júri (STF, RE 351.487/RR). Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 9 2 Competência em razão da pessoa (ratione personae) Em regra, os processos criminais são julgados pelos órgãos jurisdicionais mais baixos, inferiores, quais sejam, os Juízes de primeiro grau. No entanto, pode ocorrer de, em determinados casos, considerando a presença de determinadas autoridades no polo passivo (acusados), essa competência pertencer originariamente a um Tribunal. Essa é a chamada competência de foro prerrogativa de função (vulgarmente conhecida como “foro privilegiado”). EXEMPLO: O art. 96, III da Constituição Federal estabelece que cabe aos Tribunais de Justiça dos Estados e do DF, julgar os Juízes estaduais de primeiro grau, bem como os membros do MP que atuem na primeira instância, tanto nos crimes comuns quanto nos crimes de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral (hipótese na qual serão julgados pelo TRE local). Assim, se um Juiz de Direito, vinculado ao TJRJ, praticar um crime de peculato, ele será processado e julgado originariamente no TJRJ, em razão do foro privilegiado. Existem inúmeras outras hipóteses previstas na Constituição Federal, nas quais há prerrogativa de foro em razão da função exercida pelo acusado. Para facilitar a compreensão de vocês, reuni as principais hipóteses no quadro abaixo: TRIBUNAL COMPETENTE DESTINATÁRIO DA NORMA CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIA EMBASAMENTO CONSTITUCIONAL Tribunais de Justiça estaduais e do Distrito Federal Infrações penais comuns e de responsabilidade: Juízes estaduais e do Distrito Federal e membros do Ministério Público estadual ou do DF, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.7 Art. 96, III, da CF Infrações penais comuns e de responsabilidade: Prefeito Municipal.8 Art. 29, X, da CF TRIBUNAL COMPETENTE DESTINATÁRIO DA NORMA CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIA EMBASAMENTO CONSTITUCIONAL 7 Mesmo em se tratando de CRIME FEDERAL, cabe ao TJ o julgamento, e não ao TRF. A ressalva constitucional é apenas em relação à Justiça ELEITORAL. Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 214/215 8 Nos crimes de responsabilidade PRÓPRIOS a competência para julgar o prefeito municipal é da CÂMARA DE VEREADORES. (STF, RE 192.527/PR, bem como HC 71.991-1/MG). Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 10 Tribunais Regionais Federais Infrações penais comuns e de responsabilidade: Juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, os membros do Ministério Público da União (ressalva a competência da Justiça Eleitoral)9 e Prefeitos Municipais, se praticarem crimes na órbita federal. Art. 108, I, “a”, da CF Supremo Tribunal Federal Somente nas Infrações penais comuns: Presidente da República, o Vice- Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República. Art. 102, I, “b”, da CF Infrações penais comuns e de responsabilidade: os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I (estabelecendo a competência do Senado Federal para julgar os comandantes das forças armadas em crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República e Vice), os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente. Art. 102, I, “c”, da CF Superior Tribunal de Justiça Somente nas infrações penais comuns: Governadores dos Estados e do Distrito Federal. Art. 105, I, “a”, da CF Infrações penais comuns e de responsabilidade: Desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Art. 105, I, “a”, da CF 9 Em relação aos magistrados e membros do MPF, o TRF a que estão vinculados será competente, mesmo em se tratando de crime que seria de competência da Justiça Estadual. Ver, por todos, PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 214 Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 11 Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais. Especificamente no caso dos prefeitos, há uma súmula importante (súmula 702 do STF), que estabelece que a competência do TJ para julgar os prefeitos só se aplica em caso de crime de competência da Justiça estadual. Sendo crime federal, a competência será do TRF; sendo crime eleitoral, a competência será do TRE. O STF, recentemente, quando do julgamento da AP 937, fixou duas teses importantes: O foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas Após o término da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência não mais se altera pelo fato de o agente deixar de ocupar o cargo, seja qual for o motivo (renúncia ao cargo, posse em outro cargo, etc.). Ou seja, além de o crime ter que ter sido praticado durante o exercício do cargo, deve ter relação com as funções desempenhadas no cargo. Além disso, a segunda tese visa a evitar manobras processuais, como muitas vezes ocorria (o processo seguiano Tribunal até quase a prolação da sentença, quando então o réu renunciava ao cargo e o processo tinha que ser remetido à primeira instância). Assim, com relação à perda do cargo durante o processo, temos o seguinte regramento atualmente: REGRA - A competência também se desloca, ou seja, o Tribunal deixa de ser competente e o processo vai para a primeira instância. EXCEÇÃO – Se já terminou a instrução processual, tendo já havido intimação para a apresentação de alegações finais, a competência permanece no Tribunal, não se deslocando. 2.1 Conflito aparente entre a competência de foro por prerrogativa de função e a competência do Tribunal do Júri E se quem possui foro privilegiado pratica um crime doloso contra a vida, quem irá julgar? O júri ou o Tribunal competente em razão do foro privilegiado? Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 12 Depende. Se a competência de foro por prerrogativa de função está prevista na CF/88, ela prevalece sobre a competência do Júri. Contudo, se estiver prevista apenas na Constituição Estadual, prevalece a competência do Tribunal do Júri, conforme súmula 721 do STF, que foi convertida na súmula vinculante 45: "A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual" EXEMPLO: Paulo é Juiz de Direito e pratica um homicídio doloso. Neste caso, no aparente conflito entre a competência constitucional do TJ para processar e julgar Paulo (foro por prerrogativa de função) e a competência do Tribunal do Júri (crime doloso contra a vida), prevalece a competência de foro por prerrogativa de função, eis que esta prerrogativa de foro está prevista na Constituição Federal. EXEMPLO 2: Júlio é Secretario Estadual de Fazenda em determinado estado XYZ, e pratica um homicídio doloso. No estado XYZ os Secretários possuem foro por prerrogativa de função perante o TJ (só está previsto isso na Constituição ESTADUAL, não na Federal). Neste caso, prevalece a competência do Júri, eis que a competência do Júri está prevista na CF/88 e a competência por prerrogativa de função (nesse caso) não. Todavia, é importante destacar que como o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937), estas disposições sobre um eventual conflito entre a competência do júri e a competência de foro por prerrogativa de função perderam bastante de sua aplicabilidade. 3 Competência Territorial (ratione loci) 3.1 Em razão do local da infração Para definirmos a competência territorial devemos, primeiramente, saber onde o crime foi praticado. Mas, para isso, precisamos saber qual o critério para definição do “lugar do crime”. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 13 Nos crimes plurilocais, aplica-se, em regra, a teoria do resultado, considerando-se como local do crime o lugar onde o resultado se consuma10. A exceção são os crimes plurilocais contra a vida, onde se aplica a teoria da atividade.11 Assim, como regra, no processo penal, a competência territorial é definida pelo lugar em que se consumar a infração. Existem ainda alguns regramentos específicos, como nos crimes de competência dos Juizados Especiais e nos atos infracionais, em que se aplica a teoria da atividade, e nos crimes falimentares, em que se considera lugar do crime o local em que foi decretada a falência. Assim: TIPO DE CRIME TEORIA ADOTADA Crimes plurilocais comuns Teoria do resultado Crimes plurilocais contra a vida Teoria da atividade Juizados Especiais Teoria da atividade Crimes falimentares Local onde foi decretada a falência Atos infracionais Teoria da atividade Além disso, temos: Crime praticado no exterior e consumado no exterior - Na capital do estado em que o réu (acusado), no Brasil, tenha fixado seu último domicílio, ou, caso nunca tenha sido domiciliado no Brasil, na capital federal. Crime praticado a bordo de aeronaves ou embarcações, mas, por determinação da Lei Penal, estejam sujeitos à Lei Brasileira - No local em que primeiro aportar ou pousar a 10 Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. § 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. § 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. § 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 11 Trata-se de entendimento jurisprudencial consolidado, para facilitar a produção probatória, na busca pela verdade real. Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 209 Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 14 embarcação ou aeronave, ou, ainda, no último local em que tenha aportado ou pousado.12 No caso de o crime não se consumar, sendo, portanto, um crime tentado (art. 14, II do CP) - Nessa hipótese, aplica-se o disposto art. 70, segunda parte, do CPP, considerando-se como lugar do crime o local onde ocorreu o último ato de execução. O § 3° e o art. 71 tratam do fenômeno da prevenção. O que isso significa? Quando dois ou mais órgãos jurisdicionais são competentes para apreciar determinada demanda, a competência será fixada naquele que primeiro atuar no caso. Assim, a competência será fixada naquele Juízo que primeiro praticar algum ato relativo ao caso. Essa é a definição de competência fixada por prevenção, nos termos do art. 83 do CPP. O caso previsto no art. 71 é extremamente relevante. Vejamos: Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. Assim, em se tratando de crime permanente (ou crime continuado), praticado no território de duas ou mais jurisdições, a competência será de qualquer delas, e firmar-se-á pela prevenção, nos termos do art. 71 do CPP. EXEMPLO: José, visando exigir pagamento pelo resgate (crime de extorsão mediante sequestro, que é crime permanente, pois se prolonga no tempo), sequestra Maria na cidade do Rio de Janeiro, levando-a para um cativeiro em Campinas, no qual a vítima fica uma semana. Posteriormente, José leva a vítima para outro cativeiro, em Belo Horizonte-MG, onde a vítima fica mais uma semana e acaba sendo libertada. Nesse caso, a competência será do Juízo criminal de qualquer das três comarcas (Rio de Janeiro, Campinas e Belo Horizonte), firmando-se naquele Juízo que primeiro atuar no caso, antecipando-se aos demais. Imagine-se, por exemplo, que em Campinas tenha 12 Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República. Art. 89. Os crimescometidos em qualquer embarcação nas águas territoriais da República, ou nos rios e lagos fronteiriços, bem como a bordo de embarcações nacionais, em alto-mar, serão processados e julgados pela justiça do primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcação, após o crime, ou, quando se afastar do País, pela do último em que houver tocado. Art. 90. Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional, dentro do espaço aéreo correspondente ao território brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente ao território nacional, serão processados e julgados pela justiça da comarca em cujo território se verificar o pouso após o crime, ou pela da comarca de onde houver partido a aeronave. Art. 91. Quando incerta e não se determinar de acordo com as normas estabelecidas nos arts. 89 e 90, a competência se firmará pela prevenção. (Redação dada pela Lei nº 4.893, de 9.12.1965) Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 15 sido aberta investigação e tenha sido decretada a interceptação telefônica pelo Juiz competente. Nesse caso, este Juízo estará prevento para processar e julgar a futura ação penal relativa a este delito. Se dois ou mais Juízes, na mesma comarca, forem competentes para julgar a demanda, a competência será fixada pelo critério da distribuição, ou seja, a competência será fixada naquele órgão jurisdicional ao qual fora distribuída a ação penal, nos termos do art. 75 do CPP. Entretanto, conforme disse a vocês, tanto o critério da prevenção quanto o critério da distribuição não passam de critérios de consolidação da competência territorial, pois a competência daquele Juiz já existia antes da prevenção ou distribuição, tendo apenas se consolidado quando da ocorrência de um destes fenômenos. 3.2 Em razão do domicílio do réu Existem casos em que a competência territorial poderá ser fixada levando-se em conta o domicílio do réu. Vejamos: Não sendo conhecido o lugar da infração – Será regulada pelo lugar do domicílio ou residência do réu. Se o réu tiver mais de uma residência – Prevenção. Se o réu não tiver residência ou for ignorado seu paradeiro - juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. Se for hipótese de crime de ação exclusivamente privada – Poderá o querelante escolher ajuizar a queixa no lugar do domicílio ou residência do réu, ainda que conhecido o lugar da infração (ex.: Maria foi vítima de crime de ação penal privada, praticado por José. Maria poderá escolher ajuizar a queixa-crime no lugar da infração ou no lugar do domicílio ou residência de José). Gostaria de chamar a atenção de vocês para um fato: o art. 73 fala em “casos de exclusiva ação privada”. Assim, no caso de ação penal privada subsidiária da pública, não pode o querelante optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento da comarca do local da infração, caso este local seja conhecido, pois esta ação não é exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 16 4 Da Conexão e da Continência A conexão e a continência são fenômenos que importam na modificação da competência previamente estabelecida. A Doutrina, em sua maioria, classifica a conexão em13: Intersubjetiva por simultaneidade ocasional (art. 76, I do CPP) – Ocorre quando pessoas diversas cometem infrações diversas no mesmo local, na mesma época, mas desde que não estejam ligadas por nenhum vínculo subjetivo (ex.: uma carreta tomba na serra e diversas pessoas começam a furtar a carga, cada uma agindo por conta própria). Intersubjetiva por concurso (art. 76, I do CPP) – Nesta hipótese não importa o local e o momento da infração, desde que os agentes tenham atuado em concurso de pessoas. Assim, exige-se para esta hipótese de conexão que os agentes tenham agido unidos por um vínculo subjetivo, uma comunhão de esforços para a prática das infrações penais. Intersubjetiva por reciprocidade (art. 76, I do CPP) – Traduz a hipótese de conexão de infrações praticadas no mesmo tempo e no mesmo lugar, mas os agentes praticaram as infrações uns contra os outros (Ex: Dois crimes de lesões corporais praticados reciprocamente entre fulano e beltrano). Conexão objetiva teleológica (art. 76, II do CPP) – Uma infração deve ter sido praticada para “facilitar” a outra (Ex.: José mata o segurança da vítima para, no dia seguinte, estuprá-la). Conexão objetiva consequencial (art. 76, II do CPP) – Nesta hipótese uma infração é cometida para ocultar a outra, ou, ainda para garantir a impunidade do infrator ou garantir a vantagem da outra infração (Ex.: José comete homicídio e, logo após, mata também a única testemunha, para garantir que ninguém poderá provar sua culpa, garantindo, assim, a impunidade do fato). Conexão instrumental (art. 76, III do CPP) – Exige-se, nesse caso, que a prova da ocorrência de uma infração e de sua autoria influencie na caracterização da outra infração. Exemplo clássico é a conexão entre o crime antecedente (um furto, por exemplo) e a receptação, no qual a prova da existência do crime antecedente influencia na caracterização do crime de receptação. A continência, por sua vez, está prevista no art. 77 do CP: Quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. 13 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 241/243 Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 17 No caso de infrações cometida em situação de concurso formal Assim, por questões didáticas, a doutrina divide a continência em: Continência por cumulação subjetiva (art. 77, I do CPP) – É o caso no qual duas ou mais pessoas são acusadas pela mesma infração (concurso de pessoas). Diferentemente da hipótese de conexão, aqui há apenas um fato criminoso, e não vários.14 Continência por concurso formal (art. 77, II do CP, c/c art. 70 do CP) – Aqui, mediante uma só conduta, o agente pratica dois ou mais crimes, sem que tenha tido a intenção de praticá-los. Segue um esquema com as hipóteses de conexão e continência: 5 Regras aplicáveis nos casos de determinação da competência pela conexão ou continência O CPP prevê algumas regras que devem ser observadas quando da consolidação da competência pela conexão ou continência. 14 NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 244 HIPÓTESES DE MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Continência Cumulação subjetiva Concurso formal de crimes Conexão Intersubjetiva Por simultaneidade ocasional Por concurso Por reciprocidade Objetiva Teleológica Consequencial Instrumental ou probatória Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 18 Como regra, havendo conexão ou continência, haverá a reunião dos processos para julgamento conjunto. Mas, qual será o Juízo competente? Isso será definido com base nas regras previstas no CPP. Vejamos, a princípio, o art. 78: Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) b) prevalecerá a dolugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Assim, em resumo: 1. Havendo conexão ou continência entre um crime de competência do Tribunal do Júri e outro crime, de competência do Juiz singular, a competência deverá ser fixada naquele. 2. No caso de Jurisdições da mesma categoria, primeiro se utiliza o critério de fixação da competência territorial com base na local em que ocorreu o crime que possuir pena mais grave. Se as penas forem idênticas, utiliza-se o critério do lugar onde ocorreu o maior número de infrações penais. Caso as penas sejam idênticas e tenha sido cometido o mesmo número de infrações penais, ou, ainda, em qualquer outro caso, aplica-se a fixação da competência pela prevenção. 3. Se as Jurisdições forrem de graus diferentes (Um Tribunal Superior e um Juiz singular, por exemplo), a competência será fixada no órgão de Jurisdição superior. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 19 4. Se houver conexão entre uma causa de competência da Justiça Comum e outra da Justiça Especial, será fixada a competência nesta. Ex.: Imaginem um crime eleitoral conexo com um crime comum. Será da competência da Justiça Eleitoral o julgamento de ambos os processos. Mas, no caso de continência, por exemplo, e se um dos réus tiver foto privilegiado e outro não? O STF editou a súmula 704, afirmando que a atração de um processo por conexão ou continência, no caso de corréu, por prerrogativa de função do outro réu, não viola a Constituição: SÚMULA Nº 704 NÃO VIOLA AS GARANTIAS DO JUIZ NATURAL, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL A ATRAÇÃO POR CONTINÊNCIA OU CONEXÃO DO PROCESSO DO CO-RÉU AO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO DE UM DOS DENUNCIADOS. Ex.: José, deputado federal, e Pedro, empresário, são acusados de praticar, em conluio, o crime de peculato. Neste caso, cabe ao STF julgar José, por conta do foro por prerrogativa de função. Todavia, em razão da continência, Pedro também será julgado pelo STF. 6 Separação de processos em hipóteses de conexão e continência Embora a regra seja a de que, havendo conexão ou continência, todos os processos conexos ou continentes sejam julgados pelo mesmo órgão jurisdicional, existem algumas exceções, ou seja, existem casos em que mesmo ocorrendo conexão ou continência, não haverá reunião de processos. Estas hipóteses estão previstas no art. 79 do CPP. Vamos analisar as hipóteses isoladamente: Concurso entre a Jurisdição comum e militar – Caso haja concurso entre jurisdição militar e jurisdição não-militar, haverá necessariamente a separação dos processos. Concurso entre crime e infração de competência do Juizado da Infância e da Juventude – Nestas hipóteses (por exemplo, um fato cometido em concurso de pessoas por um menor, que responde perante o ECA, e um adulto), não pode haver reunião de processos. Insanidade mental superveniente de um dos corréus (art. 152 do CPP) – Nesse caso, havendo a insanidade mental do corréu sido regularmente apurada em incidente de insanidade mental, os processos devem ser separados, pois o processo, em relação ao corréu declarado mentalmente insano, será suspenso, nos termos do art. 152 do CPP, enquanto o processo quanto ao outro réu seguirá normalmente. Frise-se que essa insanidade mental do réu deve ser posterior ao fato criminoso (art. 151 do CPP). Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 20 Impossibilidade de formação do conselho de sentença no Tribunal do Júri – Este artigo trata da impossibilidade de, no julgamento pelo Tribunal do Júri, formar-se o conselho de sentença (mínimo de sete jurados), em razão das recusas legalmente permitidas às partes. Assim, se houver, no Tribunal do Júri, dois ou mais réus, e sendo diferentes os advogados, as recusas aos Jurados (Direito de recusar algum jurado) impossibilitarem a formação do conselho de sentença, o processo deverá ser desmembrado. Separação facultativa quando os fatos criminosos tenham sido praticados em circunstâncias de tempo e lugar diferentes, ou o Juiz entender que a reunião de processos pode ser prejudicial ao Julgamento da causa ou puder implicar em retardamento do processo (art. 80 do CPP) – O importante é saber que, nestas hipóteses, a separação dos processos é discricionária, ou seja, o Juiz pode, ou não, a seu critério, decidir pela separação dos processos. ATENÇÃO! Existe uma outra hipótese de separação de processos, no entendimento jurisprudencial. No caso de CRIMES DOLOSOS contra a vida praticados em concurso de pessoas, quando um dos acusados possui foro por prerrogativa de função fixado na Constituição Federal, ao invés de todos os acusados serem julgados perante o Tribunal (em razão da prerrogativa de foro de um dos comparsas), haverá a separação dos processos, de forma que o detentor de prerrogativa de foro será julgado perante o Tribunal respectivo e os demais pelo Tribunal do Júri. EXEMPLO: José e Valter são contratados por Ricardo Albuquerque, deputado federal, para matarem Lúcio, também deputado, e que é desafeto de Ricardo por questões relacionadas às funções por eles exercidas. José e Valter executam o crime. No caso em tela, Ricardo de Albuquerque possui foro privilegiado (como é deputado federal, a Constituição prevê que cabe ao STF julgá-lo nos crimes comuns), mas os demais não possuem. Neste caso, Ricardo será julgado pelo STF e os demais serão julgados pelo Tribunal do Júri. O art. 81 trata da hipótese de perpetuação da competência. Vejamos: Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação aos demais processos. Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 21 acusado, de maneira que exclua a competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente. O art. 81 diz, em resumo, o seguinte: se um Juiz recebe dois processos (reunidos por conexão ou continência), e no processo de sua competência originária (e não aquele que lhe foi remetido em razão da conexão ou continência) ele profere sentença absolutória ou desclassifica o fato para outro crime, que não seja de sua competência, mesmo assim ele continua competente para julgar o processo recebido pela conexão. O § 1°, por sua vez, estabelece uma exceção à regra. Se houver reunião de processos para julgamento pelo Tribunal do Júri, havendo desclassificação, absolvição sumária ou impronúncia, deverá o Juiz remeter o processo conexo ao Juízo competente (que não era o Tribunal do Júri).15 O art. 82, por fim, estabelece que, no caso de haver conexão ou continência, mas terem sido instaurados processos em Juízos diversos, o Juiz cuja competência é prevalente poderá avocar (trazer para si) o julgamento dos demais processos, a qualquer tempo, salvose já houver sentença definitiva naqueles. Se já tiver havido sentença definitiva, os processos serão reunidos posteriormente apenas para fins de execução de pena. SÚMULAS PERTINENTES 1 Súmulas vinculantes Súmula Vinculante 45 Súmula Vinculante 45 - A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual. 2 Súmulas do STF Súmula 521 do STF 15 Isso não ocorrerá se a desclassificação ocorrer apenas no momento da quesitação formulada aos jurados (art. 492, §1º do CPP). Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 22 Súmula 521 do STF - “O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.” Súmula 522 do STF Súmula 522 do STF - “Salvo ocorrência de tráfico com o exterior, quando, então, a competência será da Justiça Federal, compete à justiça dos Estados o processo e o julgamento dos crimes relativos a entorpecentes.” Súmula 603 do STF Súmula 603 do STF - “A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri.” Súmula 702 do STF Súmula 702 do STF - "A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau." Súmula 704 do STF Súmula 704 do STF - "Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados." 3 Súmulas do STJ Súmula 48 do STJ Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque. Súmula 104 do STJ Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino. Súmula 140 do STJ Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 23 Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vítima. Súmula 147 do STJ Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função. Súmula 151 do STJ A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens. Súmula 165 do STJ Compete à Justiça Federal processar e julgar crime de falso testemunho cometido no processo trabalhista. Súmula 208 do STJ Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal. Súmula 209 do STJ Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal. Súmula 244 do STJ Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos. EXERCÍCIOS COMENTADOS 01. (VUNESP – 2018 – PREF. DE BAURU - PROCURADOR) No eventual caso de um prefeito municipal cometer um crime comum, a Constituição Federal prevê que ele será julgado pelo a) Tribunal de Justiça do respectivo Estado. b) Superior Tribunal de Justiça. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 24 c) Supremo Tribunal Federal. d) Tribunal Regional Federal da 1a Região. e) órgão judicial de primeira instância, em qualquer hipótese. COMENTÁRIOS Neste caso, o Prefeito será julgado pelo TJ do respectivo estado, conforme previsão do art. 29, X da CF/88. Lembrando que em se tratando de crime federal a competência será do TRF e em se tratando de crime eleitoral a competência será do TRE (súmula 702 do STF). Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 02. (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ) De acordo com o artigo 80, do Código de Processo Penal, nos processos conexos, será facultativa a separação quando a) as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação. b) venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência. c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa ser julgado à revelia, ainda que representado por defensor constituído e regularmente citado. d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar. e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença mental, nos termos do artigo 152 do Código de Processo Penal, ainda que indispensável a suspensão do processo para instauração de incidente de insanidade mental. COMENTÁRIOS De acordo com o art. 80 do CPP, no caso de crimes conexos, será facultativa a separação quando “as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação”. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 03. (VUNESP – 2015 – MPE-SP – ANALISTA DE PROMOTORIA) Para delimitação de competência, entende-se por foro supletivo ou foro subsidiário, previsto no artigo 72, caput, do Código de Processo Penal, Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 25 a) o do juízo prevento, na infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições. b) o do lugar da infração à qual cominada pena mais grave. c) o de domicílio ou residência do réu, porque desconhecido o lugar da infração penal. d) o da residência da vítima, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução. e) o do juízo da distribuição, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução. COMENTÁRIOS Nos termos do art. 72 do CPP, o foro subsidiário (ou supletivo) será o foro do domicílio ou residência do réu, quando desconhecido o lugar da infração: Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 04. (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO) A competência para a ação penal, caso a) desconhecido o domicílio do ofendido, será estabelecida pelo local da infração. b) desconhecido o local da infração, será estabelecida pela residência ou domicílio do réu. c) desconhecido o domicílio do réu, será estabelecida pela prevenção. d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode escolher entre o local da infração e o da sua própria residência. e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter se consumado a infração. COMENTÁRIOS A competência, caso desconhecido o lugar da INFRAÇÃO (que é a regra), será fixada tendo em conta o local do domicílio ou residência do réu, nos termos do art. 72 do CPP. No caso deação exclusivamente privada o querelante poderá escolher entre o local da infração ou o local do domicílio do RÉU, nos termos do art. 73 do CPP. Por fim, em se tratando de crime tentado a competência, em regra, será do Juízo do lugar em que for praticado o último ato de execução, nos termos do art. 70 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 26 05. (VUNESP – 2014 – TJ-PA – ANALISTA JUDICIÁRIO) Determina o caput do art. 70 do CPP que nos crimes consumados, como regra, a competência para julgamento será determinada pelo lugar em que se consumar a infração. No caso de tentativa, a) pelo domicílio do ofendido. b) pelo domicílio do acusado. c) pela prevenção. d) pelo lugar onde deveria ter se consumado a infração. e) pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. COMENTÁRIOS Em se tratando de crime tentado a competência, em regra, será do Juízo do lugar em que for praticado o último ato de execução, nos termos do art. 70 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 06. (VUNESP – 2012 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO) A competência processual penal é definida, em regra, pelo lugar em que se consumar a infração. Contudo, nos termos do Código de Processo Penal, é correto afirmar que a) se tratando de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. b) a competência será determinada pela conexão quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração ou se, ocorrendo duas ou mais infrações praticadas ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras. c) ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente, processar e julgar os seus ministros nos crimes de responsabilidade. d) não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. COMENTÁRIOS A) ERRADA: Nesse caso a competência se firmará pela prevenção, conforme art. 71 do CPP: Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. B) ERRADA: No caso de duas ou mais pessoas serem acusadas pela mesma infração teremos continência, e não conexão, nos termos do art. 77, I do CPP: Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 27 Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; C) ERRADA: Item errado, pois os Ministros do STF são processados e julgados, nos crimes de responsabilidade, pelo SENADO FEDERAL, nos termos do art. 52, II da Constituição Federal. D) CORRETA: Item correto, pois se trata da previsão de fixação da competência contida no art. 72 do CPP: Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 07. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase: A inobservância da competência penal por prevenção___________________ . a) constitui nulidade relativa b) constitui nulidade absoluta c) não constitui nulidade d) pode constituir nulidade absoluta em circunstâncias especiais COMENTÁRIOS A inobservância da competência em razão da prevenção é causa de nulidade relativa, conforme entendimento do STF, sumulado através do verbete de nº 706: Ver súmula 706 do STF É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 08. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra agência bancária da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a subtração de dinheiro do caixa, a competência para a ação penal é da a) Justiça Federal. b) Justiça Estadual. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 28 c) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, observada a regra da prevenção. d) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, conforme o inquérito tenha sido conduzido pela Polícia Federal ou pela Polícia Estadual. COMENTÁRIOS Neste caso, como a Caixa Econômica Federal é uma empresa pública federal, a competência será da Justiça Federal, por força do art. 109, IV da Constituição: Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: (...) IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 09. (VUNESP – 2013 – TJ-SP – JUIZ) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pelo(a) a) prevenção. b) lugar da infração. c) conexão ou continência. d) distribuição. COMENTÁRIOS Neste caso a competência se firmará pela prevenção, por força do art. 71 do CPP: Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 10. (VUNESP – 2014 – TJ-PA – JUIZ) Imagine que magistrado integrante do Tribunal Regional Eleitoral, durante sessão de julgamento e em razão de controvérsia relativa a votos divergentes, atente dolosamente contra a vida de seu colega. A competência para julgamento é do: a) Tribunal do Júri. b) Tribunal de Justiça. c) Tribunal Regional Eleitoral. d) Superior Tribunal de Justiça. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 29 e) Tribunal Superior Eleitoral. COMENTÁRIOS No caso em tela o agente possui foro por prerrogativa de função para ser julgado, nos crimes comuns, pelo STJ. Vejamos: Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; Além disso, a competência de foro por prerrogativa de função irá prevalecer em relação à competência do Júri, pois se trata de prerrogativa de foro prevista na própria Constituição FEDERAL. Ademais, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente prejudicada. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 11. (VUNESP – 2014 – TJ-SP – TITULAR NOTARIAL) Se o Prefeito Municipal de uma cidade do Estado de São Paulo comete um crime de homicídio na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, é competente para o julgamento da causa o; a) Tribunal do Júri do Foro daComarca de Recife, Estado de Pernambuco b) Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco c) Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. d) Tribunal do Júri do Foro da Comarca da cidade, onde o autor do referido crime figura como Prefeito Municipal COMENTÁRIOS Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 30 No caso em tela será competente o TJ do estado de São Paulo. Isto porque os prefeitos possuem a prerrogativa CONSTITUCIONAL (prevista na Constituição FEDERAL) de serem processados e julgados, nos crimes comuns, pelo TJ local, na forma do art. 29, X da CF/88. No caso, o TJ competente é o da Unidade da Federação em que está situado o município a que pertence o Prefeito, e não o TJ do local do fato. Assim, competente será o TJ-SP (CC 120848/PE, Rel. Ministra LAURITA VAZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/03/2012, DJe 27/03/2012). Ademais, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente prejudicada. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 12. (FCC – 2018 – CLDF – TÉCNICO LEGISLATIVO) De acordo com o que dispõe o Código de Processo Penal acerca da competência, considere: I. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. II. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. III. Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção. IV. Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República. V. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, ainda que haja concurso entre a jurisdição comum e a militar. Está correto o que se afirma APENAS em A) II, III e IV. B) II, IV e V. C) I, III, IV e V. D) I, IV e V. E) I, II e III. COMENTÁRIOS I – CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 73 do CPP: Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 31 Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. Assim, em crimes de ação penal privada, o querelante pode escolher ajuizar a queixa-crime no local do domicílio ou residência do RÉU, mesmo que conhecido o local da infração. II – CORRETA: Item correto, pois esta é a previsão do art. 72 do CPP: Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. III – CORRETA: Item correto, pois neste caso será competente o Juiz (dentre aqueles competentes, tendo em conta os locais de residência do réu) que primeiro tiver atuado no caso, antecipando-se aos demais (decretando prisão preventiva, autorizando interceptação telefônica, etc.): Art. 72 (...) § 1º Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção. IV – ERRADA: Item errado, pois se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato, conforme art. 72, §2º do CPP. V – ERRADA: Item errado, pois a conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo em determinados casos, nos quais haverá a separação dos processos, como ocorre na hipótese de concurso entre a jurisdição comum e a militar (ex.: um crime militar e um crime comum conexos). GABARITO: Letra E 13. (FCC – 2018 – CLDF – PROCURADOR LEGISLATIVO) Ocorre a chamada conexão objetiva ou teleológica quando A) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas ou umas contra as outras. B) duas ou mais infrações houverem sido praticadas por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e lugar. C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. D) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas. E) dois ou mais crimes, idênticos ou não, forem praticados pelo mesmo agente, mediante uma só ação ou omissão. COMENTÁRIOS Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 32 A conexão objetiva ocorre quando duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas, nos termos do art. 76, II do CPP: Art. 76. A competência será determinada pela conexão: (...) II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; GABARITO: Letra D 14. (FCC – 2018 – MPE-PB – PROMOTOR) Praticado delito de menor potencial ofensivo, determinará, de regra, a competência jurisdicional A) a prevenção. B) o lugar em que se consumar a infração penal. C) a distribuição do termo circunstanciado. D) o lugar em que foi praticada a infração penal. E) o domicílio ou residência do autor do fato. COMENTÁRIOS Nas infrações de menor potencial ofensivo, a competência territorial se define, como regra, pelo local em que for PRATICADA a infração (e não pelo local da consumação), nos termos do art. 63 da Lei 9.099/95: Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. GABARITO: Letra D 15. (FCC – 2018 – DPE-AM – ANALISTA – CIÊNCIAS JURÍDICAS) Sobre a competência, é correto afirmar: A) Será, de regra, determinada pelo domicílio do réu. B) Os casos mais graves são de competência da justiça federal. C) Será determinada pela continência quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. D) A competência por conexão é vedada se um dos crimes for contra a vida. E) No crime de latrocínio pode o réu optar pelo julgamento pelo Tribunal do Júri. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 33 COMENTÁRIOS a) ERRADA: Item errado, pois EM REGRA a competência territorial se define pelo local da consumação do delito, conforme art. 70 do CPP. b) ERRADA: Item errado, pois não é este o critério para se definir a competência da Justiça Federal, que está estabelecida no art. 108 e seguintes da CF/88. c) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 77, I do CPP, que trata da chamada “continência por cumulação subjetiva”: Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; d) ERRADA: Item errado, pois é perfeitamente possível a conexão entre um crime doloso contra a vida e outra infração penal que não seja crime doloso contra a vida, inclusive com reunião dos processos neste caso, conforme art. 78, I do CPP. e) ERRADA: Item errado, pois o latrocínio não é um crime doloso contra a vida (trata-se de um crime patrimonial), motivo pelo qual é da competência do Juiz singular, e não do júri. GABARITO: Letra C 16. (FCC – 2017 – PC-AP – AGENTE DE POLÍCIA) Sobre a competência no processo penal, é correto afirmar: A) Será determinada,de regra, pelo lugar do primeiro ato de execução criminosa. B) O direito brasileiro desconhece a figura da competência pelo domicílio ou residência do réu, pois regula-se pelo lugar do crime. C) A competência será determinada pela continência quando duas pessoas forem acusadas pelo mesmo crime. D) Apenas os crimes dolosos contra a vida podem ser julgados pelo Tribunal do Júri. E) Se na mesma circunscrição judiciária houver mais de um juiz igualmente competente para determinado crime, prevalece o critério da antiguidade na carreira. COMENTÁRIOS a) ERRADA: Item errado, pois em regra a competência territorial se define pelo local da consumação do delito, conforme art. 70 do CPP. b) ERRADA: Item errado, pois o domicílio ou residência do réu é uma das circunstâncias que podem definir a competência territorial, conforme arts. 69, II, 72 e 73 do CPP. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 34 c) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 77, I do CPP, que trata da chamada “continência por cumulação subjetiva”: Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; d) ERRADA: Item errado, pois os crimes CONEXOS aos crimes dolosos contra a vida também serão da competência do Júri (ex.: ocultação de cadáver conexa com homicídio doloso consumado). e) ERRADA: Item errado, pois neste caso o critério é do da distribuição (que se dá por sorteio), na forma do art. 75 do CPP. GABARITO: Letra C 17. (FCC – 2017 – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA) Xisto, policial militar rodoviário no exercício da função, resolve em um único dia de trabalho praticar três crimes de corrupção passiva, utilizando para tanto o mesmo modus operandi, solicitando dinheiro de condutores de veículos para não fazer a autuação administrativa pelo excesso de velocidade. O primeiro crime é praticado às 09h na cidade de Guarulhos. O segundo é praticado às 12h na cidade de Mogi das Cruzes. E o terceiro é praticado às 14h na cidade de Jacareí, onde Xisto é preso em flagrante por policiais civis, prisão esta analisada e mantida pelo Magistrado competente daquela comarca. Xisto é denunciado pelo Ministério Público da comarca de Jacareí pelos três crimes de corrupção passiva. Sobre o caso hipotético apresentado e à luz do Código de Processo Penal, a competência da comarca de Jacareí foi determinada (A) por conexão. (B) por continência. (C) por prevenção. (D) pela prerrogativa de função. (E) pelo lugar da infração. COMENTÁRIOS Neste caso, temos um crime continuado praticado no território de mais de uma comarca. Em casos tais, a competência deverá se firmar pela prevenção, nos termos do art. 71 do CPP. Como em Jacareí houve a primeira atuação (decidindo pela prisão cautelar do infrator), há a prevenção desta comarca para processar e julgar a ação penal. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 35 18. (FCC – 2016 – DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO) De acordo com norma expressa do Código de Processo Penal, são fatores que determinam a competência jurisdicional: a) O local da residência da vítima e a natureza da infração. b) A prevenção e o local da prisão. c) A prerrogativa de função e o domicílio ou residência do réu. d) O local da investigação e a conexão ou continência. e) O local da prisão e o local da infração. COMENTÁRIOS O art. 69 do CPP estabelece as hipóteses de definição da competência jurisdicional: Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: I - o lugar da infração: II - o domicílio ou residência do réu; III - a natureza da infração; IV - a distribuição; V - a conexão ou continência; VI - a prevenção; VII - a prerrogativa de função. Vemos, portanto, que somente a alternativa C traz duas situações previstas no art. 69, incisos II e VII. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 19. (FCC – 2015 – TRE/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Bráulio, Rodolfo, Ricardo e Benício, todos residentes na cidade de Barra dos Coqueiros − SE, planejam o sequestro de um empresário de uma grande empresa da cidade de Aracaju. No dia 13 de Janeiro de 2015 o plano é executado e o empresário é arrebatado quando saía do seu local de trabalho e levado para o cativeiro na cidade de Maruim − SE, onde permaneceu por sete dias até o pagamento do resgate e libertação, esta última em uma rua deserta na cidade de Barra dos Coqueiros. Iniciada investigação criminosa, os quatro criminosos acabam presos. Instaurada a ação penal, pelo Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 36 referido crime permanente de extorsão mediante sequestro, a competência para processar e julgar a ação penal será (A) da comarca de Barra dos Coqueiros, onde foi praticado o último ato executório. (B) das comarcas de Aracaju, Barra dos Coqueiros e Maruim e firmar-se-á pela prevenção. (C) da comarca de Aracaju, onde o crime foi praticado. (D) da comarca de Maruim, onde a maior parte do crime foi executada. (E) firmada pela continência entre as comarcas de Aracaju e Maruim. COMENTÁRIOS Em se tratando de crime permanente, praticada no território de duas ou mais jurisdições, a competência será de qualquer delas, e firmar-se-á pela prevenção, nos termos do art. 71 do CPP: Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 20. (FCC – 2015 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Tacito comete um crime de roubo com emprego de arma de fogo na comarca de Macapá, subtraindo um veículo e pertences da vítima. Consumado o roubo, que tem pena cominada de 04 a 10 anos de reclusão, Tacito é preso em flagrante na comarca de Mazagão, quando entregava toda a res furtiva para seus amigos José e Manoel, que também são presos em flagrante, estes últimos por crime de receptação (pena de 01 a 04 anos de reclusão). A competência para processamento e julgamento da ação penal contra Tacito, José e Manoel determinar-se-á pela (A) continência e será da comarca de Mazagão, onde ocorreu a prisão em flagrante dos três indivíduos. (B) conexão e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais grave é cominada. (C) prevenção e poderá ser tanto da comarca de Macapá quanto da comarca de Mazagão. (D) continência e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais grave é cominada. (E) conexão e será da comarca de Mazagão, onde ocorreu a prisão em flagrante dos três indivíduos. COMENTÁRIOS No caso em tela temos dois crimes conexos, nos termos do art. 76, II do CPP. Em se tratando de conexão envolvendo crimes praticados em comarcas distintas, embora sujeitas à jurisdição de mesma categoria, a competência será firmada pela conexão, e será determinada pelo local em que foi praticada a infração a que é cominada a pena mais grave (roubo, comarca de Macapá). Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 37 Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 21. (FCC – 2015 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) “A", policial militar, valendo-se de arma da corporação, efetuou disparos que resultaram a produção dolosa da morte do cidadão “B", farmacêutico com o qual teve uma discussão durante uma abordagem policial. Neste caso, a) a competência será dajustiça comum somente se os motivos dos disparos não estiverem relacionados com a diligência policial. b) “A" deverá ser julgado pela justiça militar, porquanto se encontrava em serviço e utilizava arma da corporação. c) o fato de “A" estar em serviço não impõe a competência da justiça militar, mas sim o fato de ter utilizado arma da corporação. d) o fato de “A" estar em serviço impõe a competência da justiça militar, não possuindo relevância o fato da arma utilizada pertencer à corporação. e) são irrelevantes para competência as circunstâncias citadas. COMENTÁRIOS Neste caso, a competência para processar e julgar o militar será da Justiça Comum, mais precisamente, do Tribunal do Júri, nos termos do art. 5º, XVIII, “d” da CRFB/88 e do art. 125, §4º da CRFB/88. O fato de o militar estar em serviço ou não, bem como a utilização da arma da corporação, neste caso, são circunstâncias irrelevantes para a definição da competência. A alternativa E foi dada como correta, exatamente porque nenhuma das anteriores é correta, mas a redação poderia ser mais clara. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 22. (FCC – 2015 – TJ-SE – JUIZ) Em relação à competência no processo penal, é correto afirmar: a) Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. b) Nos casos de ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou residência do réu ainda quando conhecido o lugar da infração. c) Na determinação da competência por conexão ou continência, preponderará a competência do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave, entendida esta como a que tem pena mínima cominada mais alta. d) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 38 direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, apenas no momento do oferecimento da denúncia, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. e) A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agente, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública. COMENTÁRIOS a) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 82 do CPP. b) ERRADA: Item errado, pois tal só é possível nas hipóteses de ação penal exclusivamente privada, nos termos do art. 73 do CPP. c) ERRADA: Item errado, pois deverá ser considerada a pena MÁXIMA prevista e não a pena MÍNIMA. d) ERRADA: Item errado, pois tal incidente de deslocamento de competência pode ser suscitado a qualquer tempo, nos termos do art. 109, §5º da CF/88. e) ERRADA: Item errado, pois tal previsão, anteriormente prevista no art. 84, §1º do CPP, foi declarada inconstitucional pelo STF. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 23. (FCC – 2015 – TRE-RR – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Analise a seguinte situação hipotética: Agapito é funcionário público do Estado de Roraima, exercendo suas atividades na Secretaria da Saúde, com sede na cidade de Boa Vista. No exercício do seu cargo, Agapito, agindo em manifesta continuidade delitiva, com o mesmo modos operandi, durante aproximadamente seis meses e nas cidades de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, todas do Estado de Roraima, desvia em proveito próprio e de sua esposa, diversos bens de que tinha a posse em razão do cargo que ocupa. Agapito iniciou sua prática criminosa na cidade de Boa Vista e praticou o último ato na cidade de Caracaí. No mesmo dia, pouco tempo depois da prática do último ato criminoso, Agapito foi preso em flagrante por crime de peculato, quando retornava para a cidade de Boa Vista, em uma Rodovia, na cidade de Mucajaí. No caso proposto, a competência para julgamento da ação penal a) regular-se-á pelo domicílio do réu, uma vez que ele praticou o crime em diversas comarcas do Estado de Roraima. b) será do juízo da comarca de Mucajaí, local da prisão em flagrante do réu. c) será do juízo da comarca de Boa Vista, onde o funcionário público praticou o primeiro ato criminoso Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 39 d) firmar-se á pela prevenção, uma vez que todos os juízos das comarcas de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, onde o réu praticou atos criminosos, são competentes para julgamento da ação penal. e) será do juízo da comarca de Caracaí, onde o funcionário público praticou o último ato criminoso. COMENTÁRIOS Neste caso, nós temos diversos crimes de peculato praticados em continuidade delitiva. Assim, por uma ficção jurídica, serão considerados como crime único. Desta forma, em se tratando de crime continuado praticado no território de duas ou mais jurisdições, e considerando que não há uma infração penal mais grave que as demais, a competência será do Juízo criminal de qualquer uma das comarcas, e firmar-se-á pela prevenção, nos termos do art. 71 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 24. (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL) O Código de Processo Penal brasileiro, ao tratar da competência jurisdicional por conexão ou continência, determina a observância da seguinte regra: a) no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá esta última. b) no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for cominada a pena mais grave, exceto no caso de crimes conexos de competência federal e estadual, em que a competência será sempre da Justiça Federal. c) no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá aquela. d) a conexão e continência importam unidade de processo e julgamento, sem exceção. e) é obrigatória a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes. COMENTÁRIOS No que tange à conexão, aplica-se, em regra, a reunião dos processos, mas há exceções. No caso de haver reunião, prevalece a competência da jurisdição especial em relação à comum. Vejamos: Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 40 Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevaleceráesta. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) A Justiça Federal é especial em relação à Justiça Estadual, prevalecendo sobre esta. Vejam que o fato de a infração da Justiça Federal possuir pena menos grave, neste caso, é irrelevante. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 25. (FCC – 2012 – TJ-RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO) A competência será determinada pela continência a) se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas. b) quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. c) se os crimes forem praticados por várias pessoas, umas contra as outras. d) quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. e) se os crimes foram praticados para facilitar ou ocultar outros. COMENTÁRIOS A competência será determinada pela continência quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração, nos termos do art. 77, I do CPP: Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 41 I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 26. (FCC – 2014 – TRF4 – OFICIAL DE JUSTIÇA) Pedro foi denunciado porque guarda, na cidade A, moeda falsa e porque, na cidade B, ao ser flagrado na importação da moeda falsa, desacatou e desobedeceu a ordem policial. O foro competente para processar e julgar Pedro por tais fatos é (A) tanto da cidade A como da B, facultativamente, porque o crime de moeda falsa, mais grave, ocorreu em ambas as localidades. (B) o da cidade A, porque é onde se iniciou a execução. (C) o da cidade B, porque lá ocorreu o maior número de infrações. (D) o do foro da residência de Pedro. (E) o da cidade B, porque onde foi praticado o último ato de execução. COMENTÁRIOS Neste caso temos uma hipótese de continência, por concurso MATERIAL. vejamos: Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: (...) II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1º, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal. Neste caso, em se tratando de jurisdições da mesma categoria, e como as penas são idênticas em relação ao crime de maior pena (moeda falsa), aplica-se a regra do maior número de infrações: Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) (...) Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) (...) Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 42 b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 27. (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Analise as seguintes assertivas sobre a competência, de acordo com o Código de Processo Penal: I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. III. A competência será determinada pela continência quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. Está correto o que se afirma SOMENTE em A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) I. E) III. COMENTÁRIOS I) CORRETA: Esta é a redação literal do art. 70 do CPP, que adotou a teoria do resultado para definir o local do crime para fins de definição da competência. II) CORRETA: Esta é a redação do § 2° do art. 70 do CP, que trata da hipótese de fixação da competência nos casos em que a conduta se inicia no Brasil mas só se encerra fora do país. III) ERRADA: Neste caso teremos uma hipótese de conexão, e não de continência. Trata-se da hipótese de conexão instrumental ou probatória, nos termos do art. 76, III do CPP. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 28. (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança) Nos casos de ação penal privada exclusiva, o querelante, conhecido o lugar da infração, A) poderá preferir o foro de seu próprio domicílio. B) poderá ajuizar a ação em qualquer foro. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 43 C) poderá preferir o foro da sua própria residência. D) só poderá ajuizar a ação no foro do lugar da infração. E) poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu. COMENTÁRIOS O art. 73 permite que o querelante, somente na hipótese de crime de ação penal exclusivamente privada, ofereça a queixa no foro de domicílio do réu, ainda que conhecido o lugar da infração. No entanto, o art. 73 fala em “casos de exclusiva ação privada”. Assim, no caso de ação penal privada subsidiária da pública, não pode o querelante optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento da comarca do local da infração, caso este local seja conhecido, pois esta ação não é exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública. Assim, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 29. (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) Tratando-se de infração permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência A) será determinada pelo local em que foi praticado o último ato de execução antes da prisão do agente. B) será determinada pelo local em que tiver sido praticado o maior número de atos de execução. C) será determinada pelo local em que ocorreu a consumação. D) firmar-se-á pela prevenção. E) será determinada pelo local do domicílio ou residência da vítima. COMENTÁRIOS O CPP determina que, a infração continuada ou permanente praticada em duas ou mais bases territoriais, poderá ser julgada em qualquer delas, firmando-se (consolidando-se) a competência com base no critério da prevenção, nos termos do art. 71 do CPP. Assim, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 30. (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO - ADVOGADO) A competência será determinada pela continência quando A) a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. B) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas. C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 44 D) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas, umas contra as outras. E) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. COMENTÁRIOS A alternativa A traz uma hipótese de conexão, não de continência. Trata-se, nesse caso, de conexão instrumental ou probatória, prevista no art. 76, III do CPP. Já a alternativa B, traz outra hipótese de conexão, desta vez, conexão objetiva teleológica e consequencial, nos termos do art. 76, II do CPP. A alternativa C, esta sim, está correta, pois traz a hipótesede continência por cumulação subjetiva, ou seja, a que ocorre no caso de concurso de agentes. A alternativa D traz a conexão intersubjetiva recíproca e a alternativa E traz a hipótese de conexão intersubjetiva por concurso de pessoas. Assim, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 31. (FGV – 2018 – TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Paulo pretende oferecer queixa-crime em face de Lucas em razão da prática de crime de calúnia majorada, não sendo, assim, infração de menor potencial ofensivo. Procura, então, seu advogado e narra que Lucas o ofendeu através de uma carta, que foi escrita na cidade A, mas só chegou ao conhecimento da vítima e de terceiros o seu conteúdo quando lida na cidade B. Por outro lado, Paulo esclarece que atualmente está residindo na cidade C, enquanto Lucas reside na cidade D. Considerando as regras de competência previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar que: (A) a Comarca A é competente para julgamento, tendo em vista que o Código de Processo Penal adota a Teoria da Atividade para definir a competência territorial para julgamento; (B) a queixa poderá ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca D, ainda que conhecido o local da infração; (C) a queixa poderá ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca C, ainda que conhecido o local da infração; (D) a queixa somente poderia ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca C se desconhecido o local da infração; (E) o primeiro critério a ser observado para definir a competência sempre é o da prevenção. COMENTÁRIOS Na forma do art. 70 do CPP, a queixa poderá ser ajuizada na Comarca B, local da consumação do fato criminoso (teoria do resultado). Vejamos: Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 45 Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Todavia, por se tratar de crime de ação exclusivamente privada, poderá o querelante optar por ajuizar a queixa-crime no foro do domicílio ou residência do RÉU, mesmo que conhecido o lugar da infração, na forma do art. 73 do CPP, que é a Comarca D. Vejamos: Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 32. (FGV – 2017 – OAB – XXIV EXAME DE ORDEM) Na cidade de Angra dos Reis, Sérgio encontra um documento adulterado (logo, falso), que, originariamente, fora expedido por órgão estadual. Valendo-se de tal documento, comparece a uma agência da Caixa Econômica Federal localizada na cidade do Rio de Janeiro e apresenta o documento falso ao gerente do estabelecimento. Desconfiando da veracidade da documentação, o gerente do estabelecimento bancário chama a Polícia, e Sérgio é preso em flagrante, sendo denunciado pela prática do crime de uso de documento falso (Art. 304 do Código Penal) perante uma das Varas Criminais da Justiça Estadual da cidade do Rio de Janeiro. Considerando as informações narradas, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o advogado de Sérgio deverá A) alegar a incompetência, pois a Justiça Federal será competente, devendo ser considerada a cidade de Angra dos Reis para definir o critério territorial. B) alegar a incompetência, pois a Justiça Federal será competente, devendo ser considerada a cidade do Rio de Janeiro para definir o critério territorial. C) alegar a incompetência, pois, apesar de a Justiça Estadual ser competente, deverá ser considerada a cidade de Angra dos Reis para definir o critério territorial. D) reconhecer a competência do juízo perante o qual foi apresentada a denúncia. COMENTÁRIOS Neste caso, o advogado deverá alegar a incompetência do Juízo, pois é competente, neste caso, a Justiça Federal, já que no crime de uso de documento falso a competência em razão da matéria é definida tendo em conta a natureza do órgão perante o qual foi apresentado o documento, conforme súmula 546 do STJ. Assim, se o documento foi apresentado perante empresa pública federal, será competente a Justiça Federal, pois o crime afeta diretamente interesses e serviços de Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 46 empresa pública federal, na forma do art. 109, IV da CF/88. Além disso, a competência territorial será da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, pois lá foi praticada e se consumou a infração penal, na forma do art. 70 do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 33. (FGV – 2017 – ALERJ – PROCURADOR) No ano de 2013, a Constituição de determinado Estado brasileiro passa a prever que Procuradores do Estado e Procuradores da Assembleia Legislativa sejam julgados perante o Tribunal de Justiça pela prática de crimes comuns. Em 2016, no território dessa unidade federativa, Jorge, Procurador da Assembleia Legislativa Estadual, vem a cometer um crime de homicídio doloso contra a esposa. Já Tício, juiz de direito, no mesmo ano e local, foi autor de um crime de lesão corporal seguida de morte contra Alberto. Por fim, Maria, Senadora, também em 2016 e no mesmo Estado, praticou crime de infanticídio. Diante da situação narrada, é correto afirmar que os órgãos competentes para julgar Jorge, Tício e Maria serão, respectivamente: a) Tribunal do Júri do Estado, Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal; b) Tribunal de Justiça, Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal; c) Tribunal do Júri do Estado, Tribunal de Justiça e Tribunal do Júri do Estado; d) Tribunal do Júri do Estado, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal; e) Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Superior Tribunal de Justiça. COMENTÁRIOS Para julgar Jorge (procurador da Assembleia Legislativa), que praticou um crime doloso contra a vida, será competente o Tribunal do Júri, pois, neste caso, a competência do Júri prevalece sobre o foro privilegiado, eis que a competência de foro por prerrogativa de função, neste caso, não está prevista na Constituição FEDERAL (Súmula Vinculante 45). Para julgar Tício (juiz de Direito), será competente o TJ do estado em que exerce suas funções, na forma do art. 96, III da CF-88. Para julgar Maria (Senadora), será competente o STF, na forma do art. 102, I, “b” da CF-88. O fato de se tratar de um crime doloso contra a vida, aqui, não afasta a competência do STF, pois esta vai prevalecer sobre a competência do Júri (Súmula Vinculante 45). Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente prejudicada. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 47 Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 34. (FGV – 2016 – MPE-RJ – TÉCNICO: NOTIFICAÇÕES E ATOS INTIMATÓRIOS) Promotor de Justiça vinculado ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, durante férias em Vitória-ES, entra em discussão com companheiro de excursão de viagem e acaba por desferir facadas neste com a intenção de causar-lhe a morte, o que efetivamente ocorre. Nesse caso, será competente para julgar o promotor de justiça pelo homicídio causado: a) Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; b) Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo; c) Tribunal do Júri do Espírito Santo; d) Tribunal do Júri do Rio deJaneiro; e) Superior Tribunal de Justiça. COMENTÁRIOS Neste caso, será competente o TJ do estado em que o Promotor de Justiça exerce suas funções, na forma do art. 96, III da CF-88. Assim, será competente o TJ-RJ. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 35. (FGV – 2016 – MPE-RJ – TÉCNICO: NOTIFICAÇÕES E ATOS INTIMATÓRIOS) Secretaria do Ministério Público recebe representação onde se narra a prática de um crime comum por imputável em concurso de agentes com adolescente, além de um crime militar em conexão com o crime comum já mencionado. Diante da conexão existente e das regras previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar que: a) todos os delitos e autores deverão ser julgados perante a Justiça Militar; b) todos os delitos e autores deverão ser julgados perante a Justiça Estadual comum; c) o delito militar, apesar da conexão, será julgado na Justiça Militar, enquanto que, em relação ao crime comum, o imputável será julgado perante juízo criminal, e o adolescente, perante juízo da infância e juventude; d) o delito militar, apesar da conexão, será julgado na Justiça Militar, enquanto que, em relação ao crime comum, o adolescente e o imputável deverão ser julgados no juízo criminal; e) em razão da conexão, o delito militar e o imputável, em relação ao crime comum, deverão ser julgados perante o mesmo juízo criminal, enquanto o adolescente será julgado no juízo da infância e juventude. COMENTÁRIOS Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 48 Neste caso, o delito militar, apesar da conexão, deverá ser julgado na Justiça Militar, não havendo a reunião dos processos, na forma do art. 79, I do CPP. Em relação ao crime comum, a despeito da continência por cumulação subjetiva, o imputável será julgado perante juízo criminal, e o adolescente, perante juízo da infância e juventude, na forma do art. 79, II do CPP, não havendo a reunião dos processos: Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar; II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 36. (FGV – 2015 – TJ-RO – OFICIAL DE JUSTIÇA) Tourinho Filho define a competência como “o âmbito, legislativamente delimitado, dentro do qual o órgão exerce o seu Poder Jurisdicional". Sobre o tema, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto afirmar que: a) não sendo conhecido o local da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio de residência da vítima; b) no caso de ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de sua residência, ainda que conhecido o local da infração; c) via de regra, a competência será definida pelo local em que foi praticada a infração, ainda que seja outro o local da consumação; d) tratando-se de infração permanente praticada em território de duas jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção; e) a distribuição realizada para fins de decretação da prisão preventiva anteriormente à denúncia não prevenirá a da ação penal. COMENTÁRIOS A) ERRADA: Item errado, pois neste caso a competência será definida com base no domicílio do réu, nos termos do art. 72 do CPP. B) ERRADA: Item errado, pois o querelante (nas ações penais exclusivamente privadas) poderá preferir o foro de domicílio ou residência do RÉU (e não o dele próprio), ainda que conhecido o lugar da infração, nos termos do art. 73 do CPP. c) ERRADA: Item errado, pois como regra a competência será regulada em razão do local em que se consumar a infração, nos termos do art. 70 do CPP. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 49 d) CORRETA: Item correto, pois esta é a previsão contida no art. 71 do CPP. e) ERRADA: Item errado, pois a distribuição efetuada para fins de realização de qualquer diligência anterior à ação penal (concessão de fiança, análise de requerimento de liberdade provisória, etc.) prevenirá a da ação penal, ou seja, o mesmo Juízo a quem foi distribuída a diligência prévia estará prevento para processar a ação penal, nos termos do art. 75, § único do CPP. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 37. (FGV-2010-DELEGADO-DELEGADO DE POLÍCIA-AMAPÁ) Relativamente ao tema Jurisdição e Competência, analise as afirmativas a seguir: I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. III. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, ou tratando- se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTÁRIOS I - CORRETA: Esta é a redação do art. 70, caput, e seu § 1°, do CPP: Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 50 § 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. II - CORRETA: Quando o último ato de execução não for praticado no Brasil, mas fora do país, a competência, no Brasil, será do Juízo do local em que o crime tenha produzido o resultado, ou deveria produzir. Nos termos do art. 70, § 2° do CPP: § 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. III - CORRETA: Para compreendermos esta questão, devemos fracioná-la em duas partes. A primeira se refere ao caso em que “Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições(...)a competência firmar-se-á pela prevenção”. Trata-se de previsão contida no art. 70, § 3° do CPP, nesse sentido: § 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. A primeira parte, assim, está correta. A segunda parte, por sua vez, diz: “ou tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção”. Esta parte está prevista no art. 71 do CPP: Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. Portanto, A ALTERNATIVACORRETA É A LETRA E. 38. (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – EXECUÇÃO DE MANDADOS) Apesar de a jurisdição ser una e indivisível, a competência traz critérios legais para definir previamente a margem de atuação de cada magistrado. Sobre esse tema, o Código de Processo Penal dispõe que: (A) a conexão importará em unidade de processos e julgamento no concurso entre jurisdição comum e militar; (B) quando a prova de uma infração influir na prova de outra infração, a competência será determinada pela continência; (C) não sendo conhecido o local da infração, a competência será determinada pelo domicílio ou residência do ofendido; Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM ==11d22e== 51 (D) a teoria adotada para definição da competência territorial é a da Atividade, ou seja, relevante será o local da ação/omissão; (E) nos casos de ação privada, o querelante poderá preferir o foro do domicílio do réu, ainda que conhecido o local da infração. COMENTÁRIOS A) ERRADA: Nesse caso não haverá unidade de processo e julgamento, nos termos do art. 79, I do CPP. B) ERRADA: Item errado, pois aqui teremos conexão, na forma do art. 76, III do CPP. C) ERRADA: Item errado, pois nos termos do art. 72 do CPP, nesse caso a competência será determinada pelo domicílio do réu. D) ERRADA: Em regra a competência territorial é definida pelo local em que há a consumação do delito, e não a prática dos atos de execução, ou seja, fora adotada a teoria do resultado, nos termos do art. 70 do CPP. E) ERRADA: Vejamos o art. 73 do CPP: Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. Como vemos, o art. 73 fala em ação EXCLUSIVA privada, o que exclui a ação privada subsidiária da pública, portanto. Assim, é errado dizer que em qualquer ação privada o querelante poderá escolher o foro de domicílio do réu. ESTE FOI O ITEM DADO COMO CERTO, MAS DEVERIA TER SIDO CONSIDERADO ERRADO E, PORTANTO, TER SIDO ANULADA A QUESTÃO. 39. (FGV – 2011 – OAB – EXAME DE ORDEM) Quando se tratar de acusação relativa à prática de infração penal de menor potencial ofensivo, cometida por estudante de direito, a competência jurisdicional será determinada pelo (a) a) natureza da infração praticada e pelo local em que tiver se consumado o delito. b) local em que tiver se consumado o delito. c) natureza da infração praticada. d) natureza da infração praticada e pela prevenção. COMENTÁRIOS Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 52 A competência, nestes casos, é determinada pela natureza da infração praticada (se federal, estadual, etc.), bem como pelo local em que for PRATICADA a infração penal, nos termos do art. 63 da Lei 9.099/95. A Lei dos Juizados adotou expressamente a teoria da ATIVIDADE para fins de fixação da competência ratione locii. Assim, nenhuma das alternativas está completa, mas a letra C é a menos errada, já que não traz nenhuma informação incorreta, ainda que deixe de trazer outras informações relevantes. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 40. (FGV – 2010 – OAB – III EXAME UNIFICADO) Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta. (A) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto na parte especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função. (B) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa de função, será julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades. (C) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. (D) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se alteraria se o crime praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral. COMENTÁRIOS Para resolvermos esta questão devemos saber o seguinte: No conflito entre a competência da Justiça especial e a Justiça comum, ainda que se trate de foro por prerrogativa de função, prevalece a competência da Justiça especial, nos termos do art. 78, IV do CPP. Além disso, os vereadores não possuem prerrogativa de foro perante o TJ local. Por fim, o Governador de estado possui foro especial por prerrogativa de função, devendo ser julgado, nos crimes comuns, perante o STJ, nos termos do art. 105, I, a da Constituição. Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente prejudicada. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 53 41. (FGV - 2014 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XIII - PRIMEIRA FASE) Carolina, voltando do Paraguai com diversas mercadorias que configurariam o crime de contrabando, entra no país pela cidade de Foz do Iguaçu (PR). Em lá chegando, compra uma passagem de ônibus para a cidade de São Paulo e segue, posteriormente, para o Rio de Janeiro, sua cidade natal, quando é surpreendida por policiais federais que participavam de uma operação de rotina na rodoviária. Os policiais, então, apreendem as mercadorias e conduzem Carolina à Delegacia Policial. Na hipótese, assinale a alternativa que indica o órgão competente para proceder ao julgamento de Carolina. a) A Justiça Federal de Foz de Iguaçu. b) A Justiça Federal do Rio de Janeiro. c) A Justiça Federal de São Paulo. d) Qualquer das anteriores, independentemente da regra da prevenção COMENTÁRIOS Para resolvermos esta questão, basta utilizarmos o verbete nº 151 do STJ: A COMPETENCIA PARA O PROCESSO E JULGAMENTO POR CRIME DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO DEFINE-SE PELA PREVENÇÃO DO JUIZO FEDERAL DO LUGAR DA APREENSÃO DOS BENS. Assim, a competência para o processo será da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 42. (FGV - 2012 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - VI - PRIMEIRA FASE) A Constituição do Estado X estabeleceu foro por prerrogativa de função aos prefeitos de todos os seus Municípios, estabelecendo que “os prefeitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça”. José, Prefeito do Município Y, pertencente ao Estado X, está sendo acusado da prática de corrupção ativa em face de um policial rodoviário federal. Com base na situação acima, o órgão competente para o julgamento de José é a) a Justiça Estadual de 1ª Instância. b) o Tribunal de Justiça. c) o Tribunal Regional Federal. d) a Justiça Federal de 1ª Instância. COMENTÁRIOS Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 54 No caso em tela a competência para o processo e julgamento do delito será da Justiça Federal de segunda instância, ou seja, o TRF. Isso porque, embora a prerrogativa de foro esteja prevista apenas na Constituição estadual, não há choque com a competência do Júri. Quando se diz que o TJ tem competência para julgar os Prefeitos, isso se restringe aos crimes comuns, não abrange os crimes federais e eleitorais,que serão da competência do TRF e do TRE, respectivamente. Vejamos a súmula 702 do STF: SÚMULA 702, STF: A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA JULGAR PREFEITOS RESTRINGE-SE AOS CRIMES DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL; NOS DEMAIS CASOS, A COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA CABERÁ AO RESPECTIVO TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU. Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 43. (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – EXECUÇÃO DE MANDADOS) Um magistrado de primeiro grau que exerce sua jurisdição junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro passava suas férias em Salvador, na Bahia, quando, durante um evento festivo, acabou por entrar em confronto corporal com outro indivíduo, vindo a causar a morte deste dolosamente. Será competente para julgar o magistrado pelo homicídio doloso praticado: (A) o Tribunal do Júri de Salvador; (B) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; (C) o Superior Tribunal de Justiça; (D) o Tribunal do Júri do Rio de Janeiro; (E) o Tribunal de Justiça da Bahia. COMENTÁRIOS Nesse caso será competente o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pois os Juízes possuem prerrogativa de foro, devendo ser julgados, nos crimes comuns, pelo Tribunal de Justiça a que estão vinculados, nos termos do art. 96, III da Constituição: Art. 96. Compete privativamente: (...) Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 55 III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. O STF entente, ainda, que a competência do Júri fica afastada neste caso, pois prevalece a competência por prerrogativa de foro estabelecida pela Constituição Federal. Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente prejudicada. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 44. (FGV – 2013 – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/MT – PROCURADOR) Determinado servidor público, com foro por prerrogativa de função no Tribunal de Justiça fixado exclusivamente pela Constituição Estadual, pratica dolosamente um aborto em sua namorada, mesmo diante da divergência desta. Diante dessa situação hipotética, o servidor deveria ser processado e julgado perante a) o Tribunal de Justiça, desde que não aposentado quando do processamento da ação penal. b) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o STF já se posicionou pela inconstitucionalidade do foro por prerrogativa de função fixado na Constituição Estadual. c) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o crime foi praticado por motivos particulares, não tendo sido motivado pela função que exerce. d) o Tribunal do Júri, por ser tratar de crime doloso contra a vida. e) o Tribunal de Justiça, ainda que não mais exercesse a função quando da propositura da ação penal. COMENTÁRIOS No caso, temos um crime doloso contra a vida, de competência CONSTITUCIONAL do Tribunal do Júri. A competência do Tribunal do Júri só resta afastada pela competência por prerrogativa de função quando esta se encontra prevista na própria Constituição Federal. Se o foro por prerrogativa de função estiver previsto apenas na Constituição Estadual prevalecerá a competência do Tribunal do Júri, nos termos do verbete nº 721 da súmula de jurisprudência do STF: SÚMULA 721 DO STF Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 56 A COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TRIBUNAL DO JÚRI PREVALECE SOBRE O FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ESTABELECIDO EXCLUSIVAMENTE PELA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. Todavia, é importante destacar que o STF restringiu o foro privilegiado, entendendo que o foro por prerrogativa de função se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas (STF – AP 937). Assim, hoje a questão fica parcialmente prejudicada. Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 45. (FGV – 2015 – OAB – XVI EXAME DE ORDEM) Juan da Silva foi autor de uma contravenção penal, em detrimento dos interesses da Caixa Econômica Federal, empresa pública. Praticou, ainda, outra contravenção em conexão, dessa vez em detrimento dos bens do Banco do Brasil, sociedade de economia mista. Dessa forma, para julgá-lo será competente a) a Justiça Estadual, pelas duas infrações. b) a Justiça Federal, no caso da contravenção praticada em detrimento da Caixa Econômica Federal, e Justiça Estadual, no caso da infração em detrimento do Banco do Brasil. c) a Justiça Federal, pelas duas infrações. d) a Justiça Federal, no caso de contravenção praticada em detrimento do Banco do Brasil, e Justiça Estadual pela infração em detrimento da Caixa Econômica Federal. COMENTÁRIOS Em ambos os casos será competente a Justiça Estadual. Isto porque a Justiça Federal não tem competência para o julgamento de contravenções penais, nos termos do art. 109, IV da Constituição Federal. Além disso, em relação à segunda infração penal, não há competência da Justiça Federal porque o Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, não uma empresa pública federal, como a CEF. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. 46. (FGV – 2015 – OAB – XVII EXAME DA OAB) Durante 35 anos, Ricardo exerceu a função de juiz de direito junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Contudo, no ano de 2012, decidiu se aposentar e passou a morar em Florianópolis, Santa Catarina. No dia 22/01/2015, travou uma discussão com seu vizinho e acabou por ser autor de um crime de lesão corporal seguida de morte, consumado na cidade em que reside. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 57 Oferecida a denúncia, de acordo com a jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, será competente para julgar Ricardo a) o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. b) uma das Varas Criminais de Florianópolis. c) o Tribunal de Justiça de Santa Catarina. d) o Tribunal do Júri de Florianópolis. COMENTÁRIOS O foro por prerrogativa de função dos Juízes só vigora quando os magistrados estão em atividade. Uma vez aposentados não há que se falar em foro por prerrogativa de função. Assim, e considerando-se que a lesão corporal seguida de morte não é um crime doloso contra a vida (o resultado morte ocorre por culpa, não por dolo), Ricardo será julgado por uma das Varas Criminais de Florianópolis. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. EXERCÍCIOS PARA PRATICAR 01. (VUNESP – 2018 – PREF. DE BAURU - PROCURADOR) No eventual caso de um prefeito municipal cometer um crime comum, a Constituição Federal prevê que ele será julgado pelo a) Tribunal de Justiça do respectivo Estado. b) Superior Tribunal de Justiça. c) Supremo Tribunal Federal. d) Tribunal Regional Federal da 1a Região. e) órgão judicial de primeira instância, em qualquer hipótese. 02. (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ) De acordo com o artigo 80, do Código de Processo Penal, nos processos conexos, será facultativa a separação quando a) as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusadose para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 58 b) venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência. c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa ser julgado à revelia, ainda que representado por defensor constituído e regularmente citado. d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar. e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença mental, nos termos do artigo 152 do Código de Processo Penal, ainda que indispensável a suspensão do processo para instauração de incidente de insanidade mental. 03. (VUNESP – 2015 – MPE-SP – ANALISTA DE PROMOTORIA) Para delimitação de competência, entende-se por foro supletivo ou foro subsidiário, previsto no artigo 72, caput, do Código de Processo Penal, a) o do juízo prevento, na infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições. b) o do lugar da infração à qual cominada pena mais grave. c) o de domicílio ou residência do réu, porque desconhecido o lugar da infração penal. d) o da residência da vítima, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução. e) o do juízo da distribuição, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o local da consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o último ato de execução. 04. (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO) A competência para a ação penal, caso a) desconhecido o domicílio do ofendido, será estabelecida pelo local da infração. b) desconhecido o local da infração, será estabelecida pela residência ou domicílio do réu. c) desconhecido o domicílio do réu, será estabelecida pela prevenção. d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode escolher entre o local da infração e o da sua própria residência. e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter se consumado a infração. 05. (VUNESP – 2014 – TJ-PA – ANALISTA JUDICIÁRIO) Determina o caput do art. 70 do CPP que nos crimes consumados, como regra, a competência para julgamento será determinada pelo lugar em que se consumar a infração. No caso de tentativa, a) pelo domicílio do ofendido. b) pelo domicílio do acusado. c) pela prevenção. d) pelo lugar onde deveria ter se consumado a infração. e) pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 59 06. (VUNESP – 2012 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO) A competência processual penal é definida, em regra, pelo lugar em que se consumar a infração. Contudo, nos termos do Código de Processo Penal, é correto afirmar que a) se tratando de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. b) a competência será determinada pela conexão quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração ou se, ocorrendo duas ou mais infrações praticadas ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras. c) ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente, processar e julgar os seus ministros nos crimes de responsabilidade. d) não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. 07. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase: A inobservância da competência penal por prevenção___________________ . a) constitui nulidade relativa b) constitui nulidade absoluta c) não constitui nulidade d) pode constituir nulidade absoluta em circunstâncias especiais 08. (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra agência bancária da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a subtração de dinheiro do caixa, a competência para a ação penal é da a) Justiça Federal. b) Justiça Estadual. c) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, observada a regra da prevenção. d) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, conforme o inquérito tenha sido conduzido pela Polícia Federal ou pela Polícia Estadual. 09. (VUNESP – 2013 – TJ-SP – JUIZ) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pelo(a) a) prevenção. b) lugar da infração. c) conexão ou continência. d) distribuição. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 60 10. (VUNESP – 2014 – TJ-PA – JUIZ) Imagine que magistrado integrante do Tribunal Regional Eleitoral, durante sessão de julgamento e em razão de controvérsia relativa a votos divergentes, atente dolosamente contra a vida de seu colega. A competência para julgamento é do: a) Tribunal do Júri. b) Tribunal de Justiça. c) Tribunal Regional Eleitoral. d) Superior Tribunal de Justiça. e) Tribunal Superior Eleitoral. 11. (VUNESP – 2014 – TJ-SP – TITULAR NOTARIAL) Se o Prefeito Municipal de uma cidade do Estado de São Paulo comete um crime de homicídio na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, é competente para o julgamento da causa o; a) Tribunal do Júri do Foro da Comarca de Recife, Estado de Pernambuco b) Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco c) Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. d) Tribunal do Júri do Foro da Comarca da cidade, onde o autor do referido crime figura como Prefeito Municipal 12. (FCC – 2018 – CLDF – TÉCNICO LEGISLATIVO) De acordo com o que dispõe o Código de Processo Penal acerca da competência, considere: I. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. II. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. III. Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção. IV. Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República. V. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, ainda que haja concurso entre a jurisdição comum e a militar. Está correto o que se afirma APENAS em A) II, III e IV. B) II, IV e V. C) I, III, IV e V. D) I, IV e V. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 61 E) I, II e III. 13. (FCC – 2018 – CLDF – PROCURADOR LEGISLATIVO) Ocorre a chamada conexão objetiva ou teleológica quando A) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas ou umas contra as outras. B) duas ou mais infrações houverem sido praticadas por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e lugar. C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. D) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas. E) dois ou mais crimes, idênticos ou não, forem praticados pelo mesmoagente, mediante uma só ação ou omissão. 14. (FCC – 2018 – MPE-PB – PROMOTOR) Praticado delito de menor potencial ofensivo, determinará, de regra, a competência jurisdicional A) a prevenção. B) o lugar em que se consumar a infração penal. C) a distribuição do termo circunstanciado. D) o lugar em que foi praticada a infração penal. E) o domicílio ou residência do autor do fato. 15. (FCC – 2018 – DPE-AM – ANALISTA – CIÊNCIAS JURÍDICAS) Sobre a competência, é correto afirmar: A) Será, de regra, determinada pelo domicílio do réu. B) Os casos mais graves são de competência da justiça federal. C) Será determinada pela continência quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. D) A competência por conexão é vedada se um dos crimes for contra a vida. E) No crime de latrocínio pode o réu optar pelo julgamento pelo Tribunal do Júri. 16. (FCC – 2017 – PC-AP – AGENTE DE POLÍCIA) Sobre a competência no processo penal, é correto afirmar: A) Será determinada, de regra, pelo lugar do primeiro ato de execução criminosa. B) O direito brasileiro desconhece a figura da competência pelo domicílio ou residência do réu, pois regula-se pelo lugar do crime. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 62 C) A competência será determinada pela continência quando duas pessoas forem acusadas pelo mesmo crime. D) Apenas os crimes dolosos contra a vida podem ser julgados pelo Tribunal do Júri. E) Se na mesma circunscrição judiciária houver mais de um juiz igualmente competente para determinado crime, prevalece o critério da antiguidade na carreira. 17. (FCC – 2017 – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA) Xisto, policial militar rodoviário no exercício da função, resolve em um único dia de trabalho praticar três crimes de corrupção passiva, utilizando para tanto o mesmo modus operandi, solicitando dinheiro de condutores de veículos para não fazer a autuação administrativa pelo excesso de velocidade. O primeiro crime é praticado às 09h na cidade de Guarulhos. O segundo é praticado às 12h na cidade de Mogi das Cruzes. E o terceiro é praticado às 14h na cidade de Jacareí, onde Xisto é preso em flagrante por policiais civis, prisão esta analisada e mantida pelo Magistrado competente daquela comarca. Xisto é denunciado pelo Ministério Público da comarca de Jacareí pelos três crimes de corrupção passiva. Sobre o caso hipotético apresentado e à luz do Código de Processo Penal, a competência da comarca de Jacareí foi determinada (A) por conexão. (B) por continência. (C) por prevenção. (D) pela prerrogativa de função. (E) pelo lugar da infração. 18. (FCC – 2016 – DPE-BA – DEFENSOR PÚBLICO) De acordo com norma expressa do Código de Processo Penal, são fatores que determinam a competência jurisdicional: a) O local da residência da vítima e a natureza da infração. b) A prevenção e o local da prisão. c) A prerrogativa de função e o domicílio ou residência do réu. d) O local da investigação e a conexão ou continência. e) O local da prisão e o local da infração. 19. (FCC – 2015 – TRE/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Bráulio, Rodolfo, Ricardo e Benício, todos residentes na cidade de Barra dos Coqueiros − SE, planejam o sequestro de um empresário de uma grande empresa da cidade de Aracaju. No dia 13 de Janeiro de 2015 o plano é executado e o empresário é arrebatado quando saía do seu local de trabalho e levado para o cativeiro na cidade de Maruim − SE, onde permaneceu por sete dias até o pagamento do resgate e libertação, esta última em uma rua deserta na cidade de Barra dos Coqueiros. Iniciada investigação criminosa, os quatro criminosos acabam presos. Instaurada a ação penal, pelo Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 63 referido crime permanente de extorsão mediante sequestro, a competência para processar e julgar a ação penal será (A) da comarca de Barra dos Coqueiros, onde foi praticado o último ato executório. (B) das comarcas de Aracaju, Barra dos Coqueiros e Maruim e firmar-se-á pela prevenção. (C) da comarca de Aracaju, onde o crime foi praticado. (D) da comarca de Maruim, onde a maior parte do crime foi executada. (E) firmada pela continência entre as comarcas de Aracaju e Maruim. 20. (FCC – 2015 – TRE-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Tacito comete um crime de roubo com emprego de arma de fogo na comarca de Macapá, subtraindo um veículo e pertences da vítima. Consumado o roubo, que tem pena cominada de 04 a 10 anos de reclusão, Tacito é preso em flagrante na comarca de Mazagão, quando entregava toda a res furtiva para seus amigos José e Manoel, que também são presos em flagrante, estes últimos por crime de receptação (pena de 01 a 04 anos de reclusão). A competência para processamento e julgamento da ação penal contra Tacito, José e Manoel determinar-se-á pela (A) continência e será da comarca de Mazagão, onde ocorreu a prisão em flagrante dos três indivíduos. (B) conexão e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais grave é cominada. (C) prevenção e poderá ser tanto da comarca de Macapá quanto da comarca de Mazagão. (D) continência e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais grave é cominada. (E) conexão e será da comarca de Mazagão, onde ocorreu a prisão em flagrante dos três indivíduos. 21. (FCC – 2015 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) “A", policial militar, valendo-se de arma da corporação, efetuou disparos que resultaram a produção dolosa da morte do cidadão “B", farmacêutico com o qual teve uma discussão durante uma abordagem policial. Neste caso, a) a competência será da justiça comum somente se os motivos dos disparos não estiverem relacionados com a diligência policial. b) “A" deverá ser julgado pela justiça militar, porquanto se encontrava em serviço e utilizava arma da corporação. c) o fato de “A" estar em serviço não impõe a competência da justiça militar, mas sim o fato de ter utilizado arma da corporação. d) o fato de “A" estar em serviço impõe a competência da justiça militar, não possuindo relevância o fato da arma utilizada pertencer à corporação. e) são irrelevantes para competência as circunstâncias citadas. 22. (FCC – 2015 – TJ-SE – JUIZ) Em relação à competência no processo penal, é correto afirmar: Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 64 a) Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. b) Nos casos de ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou residência do réu ainda quando conhecido o lugar da infração. c) Na determinação da competência por conexão ou continência, preponderará a competência do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave, entendida esta como a que tem pena mínima cominada mais alta. d) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, apenas no momento do oferecimento da denúncia, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. e) A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agente, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciadosapós a cessação do exercício da função pública. 23. (FCC – 2015 – TRE-RR – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA) Analise a seguinte situação hipotética: Agapito é funcionário público do Estado de Roraima, exercendo suas atividades na Secretaria da Saúde, com sede na cidade de Boa Vista. No exercício do seu cargo, Agapito, agindo em manifesta continuidade delitiva, com o mesmo modos operandi, durante aproximadamente seis meses e nas cidades de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, todas do Estado de Roraima, desvia em proveito próprio e de sua esposa, diversos bens de que tinha a posse em razão do cargo que ocupa. Agapito iniciou sua prática criminosa na cidade de Boa Vista e praticou o último ato na cidade de Caracaí. No mesmo dia, pouco tempo depois da prática do último ato criminoso, Agapito foi preso em flagrante por crime de peculato, quando retornava para a cidade de Boa Vista, em uma Rodovia, na cidade de Mucajaí. No caso proposto, a competência para julgamento da ação penal a) regular-se-á pelo domicílio do réu, uma vez que ele praticou o crime em diversas comarcas do Estado de Roraima. b) será do juízo da comarca de Mucajaí, local da prisão em flagrante do réu. c) será do juízo da comarca de Boa Vista, onde o funcionário público praticou o primeiro ato criminoso d) firmar-se á pela prevenção, uma vez que todos os juízos das comarcas de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, onde o réu praticou atos criminosos, são competentes para julgamento da ação penal. e) será do juízo da comarca de Caracaí, onde o funcionário público praticou o último ato criminoso. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 65 24. (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL) O Código de Processo Penal brasileiro, ao tratar da competência jurisdicional por conexão ou continência, determina a observância da seguinte regra: a) no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá esta última. b) no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for cominada a pena mais grave, exceto no caso de crimes conexos de competência federal e estadual, em que a competência será sempre da Justiça Federal. c) no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá aquela. d) a conexão e continência importam unidade de processo e julgamento, sem exceção. e) é obrigatória a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes. 25. (FCC – 2012 – TJ-RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO) A competência será determinada pela continência a) se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas. b) quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. c) se os crimes forem praticados por várias pessoas, umas contra as outras. d) quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. e) se os crimes foram praticados para facilitar ou ocultar outros. 26. (FCC – 2014 – TRF4 – OFICIAL DE JUSTIÇA) Pedro foi denunciado porque guarda, na cidade A, moeda falsa e porque, na cidade B, ao ser flagrado na importação da moeda falsa, desacatou e desobedeceu a ordem policial. O foro competente para processar e julgar Pedro por tais fatos é (A) tanto da cidade A como da B, facultativamente, porque o crime de moeda falsa, mais grave, ocorreu em ambas as localidades. (B) o da cidade A, porque é onde se iniciou a execução. (C) o da cidade B, porque lá ocorreu o maior número de infrações. (D) o do foro da residência de Pedro. (E) o da cidade B, porque onde foi praticado o último ato de execução. 27. (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Analise as seguintes assertivas sobre a competência, de acordo com o Código de Processo Penal: Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 66 I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. III. A competência será determinada pela continência quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. Está correto o que se afirma SOMENTE em A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) I. E) III. 28. (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança) Nos casos de ação penal privada exclusiva, o querelante, conhecido o lugar da infração, A) poderá preferir o foro de seu próprio domicílio. B) poderá ajuizar a ação em qualquer foro. C) poderá preferir o foro da sua própria residência. D) só poderá ajuizar a ação no foro do lugar da infração. E) poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu. 29. (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) Tratando-se de infração permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência A) será determinada pelo local em que foi praticado o último ato de execução antes da prisão do agente. B) será determinada pelo local em que tiver sido praticado o maior número de atos de execução. C) será determinada pelo local em que ocorreu a consumação. D) firmar-se-á pela prevenção. E) será determinada pelo local do domicílio ou residência da vítima. 30. (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO - ADVOGADO) A competência será determinada pela continência quando A) a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 67 B) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas. C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. D) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas, umas contra as outras. E) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. 31. (FGV – 2018 – TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Paulo pretende oferecer queixa-crime em face de Lucas em razão da prática de crime de calúnia majorada, não sendo, assim, infração de menor potencial ofensivo. Procura, então, seu advogado e narra que Lucas o ofendeu através de uma carta, que foi escrita na cidade A, mas só chegou ao conhecimento da vítima e de terceiros o seu conteúdo quando lida na cidade B. Por outro lado, Paulo esclarece que atualmente está residindo na cidade C, enquanto Lucas reside na cidade D. Considerando as regras de competência previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar que: (A) a Comarca A é competente para julgamento, tendo em vista que o Código de Processo Penal adota a Teoria da Atividade para definir a competência territorial para julgamento; (B) a queixa poderá ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca D, ainda que conhecido o local da infração; (C) a queixa poderá ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca C, ainda que conhecido o local da infração; (D) a queixa somente poderia ser oferecida perante a Vara Criminal da Comarca C se desconhecido o local da infração; (E) o primeirocritério a ser observado para definir a competência sempre é o da prevenção. 32. (FGV – 2017 – OAB – XXIV EXAME DE ORDEM) Na cidade de Angra dos Reis, Sérgio encontra um documento adulterado (logo, falso), que, originariamente, fora expedido por órgão estadual. Valendo-se de tal documento, comparece a uma agência da Caixa Econômica Federal localizada na cidade do Rio de Janeiro e apresenta o documento falso ao gerente do estabelecimento. Desconfiando da veracidade da documentação, o gerente do estabelecimento bancário chama a Polícia, e Sérgio é preso em flagrante, sendo denunciado pela prática do crime de uso de documento falso (Art. 304 do Código Penal) perante uma das Varas Criminais da Justiça Estadual da cidade do Rio de Janeiro. Considerando as informações narradas, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o advogado de Sérgio deverá Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 68 A) alegar a incompetência, pois a Justiça Federal será competente, devendo ser considerada a cidade de Angra dos Reis para definir o critério territorial. B) alegar a incompetência, pois a Justiça Federal será competente, devendo ser considerada a cidade do Rio de Janeiro para definir o critério territorial. C) alegar a incompetência, pois, apesar de a Justiça Estadual ser competente, deverá ser considerada a cidade de Angra dos Reis para definir o critério territorial. D) reconhecer a competência do juízo perante o qual foi apresentada a denúncia. 33. (FGV – 2017 – ALERJ – PROCURADOR) No ano de 2013, a Constituição de determinado Estado brasileiro passa a prever que Procuradores do Estado e Procuradores da Assembleia Legislativa sejam julgados perante o Tribunal de Justiça pela prática de crimes comuns. Em 2016, no território dessa unidade federativa, Jorge, Procurador da Assembleia Legislativa Estadual, vem a cometer um crime de homicídio doloso contra a esposa. Já Tício, juiz de direito, no mesmo ano e local, foi autor de um crime de lesão corporal seguida de morte contra Alberto. Por fim, Maria, Senadora, também em 2016 e no mesmo Estado, praticou crime de infanticídio. Diante da situação narrada, é correto afirmar que os órgãos competentes para julgar Jorge, Tício e Maria serão, respectivamente: a) Tribunal do Júri do Estado, Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal; b) Tribunal de Justiça, Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal; c) Tribunal do Júri do Estado, Tribunal de Justiça e Tribunal do Júri do Estado; d) Tribunal do Júri do Estado, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal; e) Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Superior Tribunal de Justiça. 34. (FGV – 2016 – MPE-RJ – TÉCNICO: NOTIFICAÇÕES E ATOS INTIMATÓRIOS) Promotor de Justiça vinculado ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, durante férias em Vitória-ES, entra em discussão com companheiro de excursão de viagem e acaba por desferir facadas neste com a intenção de causar-lhe a morte, o que efetivamente ocorre. Nesse caso, será competente para julgar o promotor de justiça pelo homicídio causado: a) Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; b) Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo; c) Tribunal do Júri do Espírito Santo; d) Tribunal do Júri do Rio de Janeiro; e) Superior Tribunal de Justiça. 35. (FGV – 2016 – MPE-RJ – TÉCNICO: NOTIFICAÇÕES E ATOS INTIMATÓRIOS) Secretaria do Ministério Público recebe representação onde se narra a prática de um crime comum por imputável em concurso de agentes com adolescente, além de um crime militar em conexão com Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 69 o crime comum já mencionado. Diante da conexão existente e das regras previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar que: a) todos os delitos e autores deverão ser julgados perante a Justiça Militar; b) todos os delitos e autores deverão ser julgados perante a Justiça Estadual comum; c) o delito militar, apesar da conexão, será julgado na Justiça Militar, enquanto que, em relação ao crime comum, o imputável será julgado perante juízo criminal, e o adolescente, perante juízo da infância e juventude; d) o delito militar, apesar da conexão, será julgado na Justiça Militar, enquanto que, em relação ao crime comum, o adolescente e o imputável deverão ser julgados no juízo criminal; e) em razão da conexão, o delito militar e o imputável, em relação ao crime comum, deverão ser julgados perante o mesmo juízo criminal, enquanto o adolescente será julgado no juízo da infância e juventude. 36. (FGV – 2015 – TJ-RO – OFICIAL DE JUSTIÇA) Tourinho Filho define a competência como “o âmbito, legislativamente delimitado, dentro do qual o órgão exerce o seu Poder Jurisdicional". Sobre o tema, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto afirmar que: a) não sendo conhecido o local da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio de residência da vítima; b) no caso de ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de sua residência, ainda que conhecido o local da infração; c) via de regra, a competência será definida pelo local em que foi praticada a infração, ainda que seja outro o local da consumação; d) tratando-se de infração permanente praticada em território de duas jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção; e) a distribuição realizada para fins de decretação da prisão preventiva anteriormente à denúncia não prevenirá a da ação penal. 37. (FGV-2010-DELEGADO-DELEGADO DE POLÍCIA-AMAPÁ) Relativamente ao tema Jurisdição e Competência, analise as afirmativas a seguir: I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. III. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, ou tratando- Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 70 se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 38. (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – EXECUÇÃO DE MANDADOS) Apesar de a jurisdição ser una e indivisível, a competência traz critérios legais para definir previamente a margem de atuação de cada magistrado. Sobre esse tema, o Código de Processo Penal dispõe que: (A) a conexão importará em unidade de processos e julgamento no concurso entre jurisdição comum e militar; (B) quando a prova de uma infração influir na prova de outra infração, a competência será determinada pela continência; (C) não sendo conhecido o local da infração, a competência será determinada pelo domicílio ou residência do ofendido; (D) a teoria adotada para definição da competência territorial é a da Atividade,ou seja, relevante será o local da ação/omissão; (E) nos casos de ação privada, o querelante poderá preferir o foro do domicílio do réu, ainda que conhecido o local da infração. 39. (FGV – 2011 – OAB – EXAME DE ORDEM) Quando se tratar de acusação relativa à prática de infração penal de menor potencial ofensivo, cometida por estudante de direito, a competência jurisdicional será determinada pelo (a) a) natureza da infração praticada e pelo local em que tiver se consumado o delito. b) local em que tiver se consumado o delito. c) natureza da infração praticada. d) natureza da infração praticada e pela prevenção. 40. (FGV – 2010 – OAB – III EXAME UNIFICADO) Tendo como referência a competência ratione personae, assinale a alternativa correta. (A) Caio, vereador de um determinado município, pratica um crime comum previsto na parte especial do Código Penal. Será, pois, julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas funções, uma vez que goza do foro por prerrogativa de função. Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 71 (B) Tício, juiz estadual, pratica um crime eleitoral. Por ter foro por prerrogativa de função, será julgado no Tribunal de Justiça do Estado onde exerce suas atividades. (C) Mévio é governador do Distrito Federal e pratica um crime comum. Por uma questão de competência originária decorrente da prerrogativa de função, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. (D) Terêncio é prefeito e pratica um crime comum, devendo ser julgado pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado. Segundo entendimento do STF, a situação não se alteraria se o crime praticado por Terêncio fosse um crime eleitoral. 41. (FGV - 2014 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XIII - PRIMEIRA FASE) Carolina, voltando do Paraguai com diversas mercadorias que configurariam o crime de contrabando, entra no país pela cidade de Foz do Iguaçu (PR). Em lá chegando, compra uma passagem de ônibus para a cidade de São Paulo e segue, posteriormente, para o Rio de Janeiro, sua cidade natal, quando é surpreendida por policiais federais que participavam de uma operação de rotina na rodoviária. Os policiais, então, apreendem as mercadorias e conduzem Carolina à Delegacia Policial. Na hipótese, assinale a alternativa que indica o órgão competente para proceder ao julgamento de Carolina. a) A Justiça Federal de Foz de Iguaçu. b) A Justiça Federal do Rio de Janeiro. c) A Justiça Federal de São Paulo. d) Qualquer das anteriores, independentemente da regra da prevenção 42. (FGV - 2012 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - VI - PRIMEIRA FASE) A Constituição do Estado X estabeleceu foro por prerrogativa de função aos prefeitos de todos os seus Municípios, estabelecendo que “os prefeitos serão julgados pelo Tribunal de Justiça”. José, Prefeito do Município Y, pertencente ao Estado X, está sendo acusado da prática de corrupção ativa em face de um policial rodoviário federal. Com base na situação acima, o órgão competente para o julgamento de José é a) a Justiça Estadual de 1ª Instância. b) o Tribunal de Justiça. c) o Tribunal Regional Federal. d) a Justiça Federal de 1ª Instância. 43. (FGV – 2014 – TJ/RJ – ANALISTA – EXECUÇÃO DE MANDADOS) Um magistrado de primeiro grau que exerce sua jurisdição junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro passava suas férias em Salvador, na Bahia, quando, durante um evento festivo, acabou por entrar Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 72 em confronto corporal com outro indivíduo, vindo a causar a morte deste dolosamente. Será competente para julgar o magistrado pelo homicídio doloso praticado: (A) o Tribunal do Júri de Salvador; (B) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; (C) o Superior Tribunal de Justiça; (D) o Tribunal do Júri do Rio de Janeiro; (E) o Tribunal de Justiça da Bahia. 44. (FGV – 2013 – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/MT – PROCURADOR) Determinado servidor público, com foro por prerrogativa de função no Tribunal de Justiça fixado exclusivamente pela Constituição Estadual, pratica dolosamente um aborto em sua namorada, mesmo diante da divergência desta. Diante dessa situação hipotética, o servidor deveria ser processado e julgado perante a) o Tribunal de Justiça, desde que não aposentado quando do processamento da ação penal. b) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o STF já se posicionou pela inconstitucionalidade do foro por prerrogativa de função fixado na Constituição Estadual. c) o juízo de primeiro grau da Vara Comum, pois o crime foi praticado por motivos particulares, não tendo sido motivado pela função que exerce. d) o Tribunal do Júri, por ser tratar de crime doloso contra a vida. e) o Tribunal de Justiça, ainda que não mais exercesse a função quando da propositura da ação penal. 45. (FGV – 2015 – OAB – XVI EXAME DE ORDEM) Juan da Silva foi autor de uma contravenção penal, em detrimento dos interesses da Caixa Econômica Federal, empresa pública. Praticou, ainda, outra contravenção em conexão, dessa vez em detrimento dos bens do Banco do Brasil, sociedade de economia mista. Dessa forma, para julgá-lo será competente a) a Justiça Estadual, pelas duas infrações. b) a Justiça Federal, no caso da contravenção praticada em detrimento da Caixa Econômica Federal, e Justiça Estadual, no caso da infração em detrimento do Banco do Brasil. c) a Justiça Federal, pelas duas infrações. d) a Justiça Federal, no caso de contravenção praticada em detrimento do Banco do Brasil, e Justiça Estadual pela infração em detrimento da Caixa Econômica Federal. 46. (FGV – 2015 – OAB – XVII EXAME DA OAB) Durante 35 anos, Ricardo exerceu a função de juiz de direito junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Contudo, no ano de 2012, decidiu se aposentar e passou a morar em Florianópolis, Santa Catarina. No dia 22/01/2015, travou uma Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 73 discussão com seu vizinho e acabou por ser autor de um crime de lesão corporal seguida de morte, consumado na cidade em que reside. Oferecida a denúncia, de acordo com a jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, será competente para julgar Ricardo a) o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. b) uma das Varas Criminais de Florianópolis. c) o Tribunal de Justiça de Santa Catarina. d) o Tribunal do Júri de Florianópolis. GABARITO 1. ALTERNATIVA A 2. ALTERNATIVA A 3. ALTERNATIVA C 4. ALTERNATIVA B 5. ALTERNATIVA E 6. ALTERNATIVA D 7. ALTERNATIVA A 8. ALTERNATIVA A 9. ALTERNATIVA A 10. ALTERNATIVA D 11. ALTERNATIVA C 12. ALTERNATIVA E 13. ALTERNATIVA D 14. ALTERNATIVA D 15. ALTERNATIVA C 16. ALTERNATIVA C 17. ALTERNATIVA C 18. ALTERNATIVA C 19. ALTERNATIVA B 20. ALTERNATIVA B 21. ALTERNATIVA E 22. ALTERNATIVA A 23. ALTERNATIVA D 24. ALTERNATIVA B 25. ALTERNATIVA B 26. ALTERNATIVA C 27. ALTERNATIVA A 28. ALTERNATIVA E 29. ALTERNATIVA D 30. ALTERNATIVA C 31. ALTERNATIVA B 32. ALTERNATIVA B 33. ALTERNATIVA A 34. ALTERNATIVA A 35. ALTERNATIVA C 36. ALTERNATIVA D 37. ALTERNATIVA E 38. ANULADA 39. ALTERNATIVA C 40. ALTERNATIVA C 41. ALTERNATIVA B 42. ALTERNATIVA C 43. ALTERNATIVA B 44. ALTERNATIVA D 45. ALTERNATIVA A 46. ALTERNATIVA B Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito Processual Penal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM 74 Renan Araujo, Time Renan Araujo Aula 02 Direito ProcessualPenal p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 00000000 SORATEIO.COM