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Planejamento escolar
Apresentação
As ações de planejamento fazem parte do cotidiano das escolas, uma vez que contribuem para sua 
gestão e para que o trabalho docente possa atingir seus objetivos de aprendizagem propostos. 
Além disso, a área da educação conta com planejamentos em nível de sistema, que se concretizam 
nas políticas públicas educacionais (financeiras, curriculares, avaliativas, de valorização dos 
professores, inclusivas, etc.) e regulam a área, estabelecendo diretrizes e normas a seguir que 
embasam o planejamento realizado nas instituições de ensino. Dessa forma, planejar traz 
profissionalismo e contribui diretamente para o alcance dos objetivos educacionais.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá os diversos tipos de planejamento escolar, tanto 
na perspectiva das políticas públicas quanto na das ações no interior da escola, suas especificidades 
e etapas a seguir para sua elaboração.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Conceituar o planejamento escolar na perspectiva das políticas públicas. •
Identificar os tipos de planejamento e sua utilização na educação escolar.•
Descrever as etapas de um planejamento escolar.•
Desafio
O planejamento pode ser compreendido como um processo que procura apontar as ações que 
deverão ser adotadas ao longo do tempo para que se atinjam alguns objetivos previamente 
estabelecidos. Dessa forma, por meio do exercício de análise dos aspetos contextuais envolvidos e 
dos objetivos que se queira atingir, reflexão sobre as melhores práticas a serem adotadas e previsão 
das atividades pedagógicas a serem desencadeadas, o professor pode fazer com que a 
aprendizagem dos estudantes ocorra com maior eficiência e qualidade.
Você, pedagogo recém-formado, realizou o Concurso Público Municipal para professor dos anos 
iniciais, sendo aprovado e nomeado para entrar em exercício naquele mesmo ano letivo e 
assumindo uma turma do 4.o ano do Ensino Fundamental. Muito comprometido com os resultados 
de sua atividade de professor, você procura planejar detalhadamente cada aula, ajustando os 
conteúdos de sua exposição oral e o que irá anotar no quadro, bem como levar muitas atividades 
pedagógicas complementares, sempre aplicadas de forma individual, para que a disciplina se 
mantenha na turma. Porém, existem dois motivos que têm feito você sentir-se frustrado: seus 
alunos estão sempre desmotivados e sem ânimo, e algumas atividades que você gostaria de realizar 
com a turma acabam não sendo colocadas em prática por falta de materiais ou mesmo de recursos 
audiovisuais.
Neste momento, na busca de explicações para os motivos que o deixam chateado em relação à sua 
prática pedagógica, aponte algumas falhas nesse processo de planejamento e como este poderia 
contribuir para realizar uma prática pedagógica mais significativa com seus alunos.
Infográfico
Por meio das ações de planejamento, que são evidenciadas a partir da construção de planos, é que 
as instituições de ensino conseguem organizar e estruturar suas ações educativas. Dessa forma, o 
planejamento é uma excelente ferramenta de gestão, pois permite projetar ações ao longo do 
tempo, que garantirão o alcance dos resultados na aprendizagem dos estudantes em seus cursos 
ofertados ao longo do ano letivo.
Neste Infográfico, você vai conhecer os três principais planos que fazem parte da organização 
curricular de uma instituição de ensino: o Plano de Curso, o Plano de Ensino e o Plano de Aula. 
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/4987121a-27e7-4d1d-9cd3-85dd96090776/8ee51365-2ac0-4e20-a0ee-6e36ffb4708a.png
 
Conteúdo do livro
Atualmente, a educação adota as ferramentas da gestão como o princípio que conduz suas ações, o 
que faz com que o planejamento seja valorizado em todos os âmbitos, seja na organização do 
sistema educacional, por meio das políticas públicas, seja na organização das atividades de gestão 
da escola e mesmo na preparação das aulas pelos professores. Assim, mediante um processo de 
análise, reflexão e previsão de medidas a serem colocadas em prática, o planejamento contribui 
diretamente para o alcance de objetivos propostos, além de elevar o profissionalismo dos seus 
autores.
Na obra Teoria da educação, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo 
Planejamento escolar, no qual você irá aprender sobre o planejamento escolar em suas várias 
nuanças, desde o enfoque mais estrutural do sistema educacional até aqueles realizados no âmbito 
da escola por gestores e professores.
Boa leitura.
TEORIA DA 
EDUCAÇÃO
Pablo Rodrigo Bes
Planejamento escolar
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Conceituar o planejamento escolar na perspectiva das políticas 
públicas.
  Identificar os tipos de planejamento e sua utilização na educação 
escolar.
  Descrever as etapas de um planejamento escolar.
Introdução
O planejamento é um elemento importante do sistema educacional 
brasileiro e da rotina das instituições de ensino. Ele envolve a análise, a 
reflexão e a previsão de ações que deverão ser realizadas para que se 
atinjam os objetivos educacionais propostos na Constituição Federal e 
nas legislações da área educacional. O planejamento escolar abrange as 
políticas públicas educacionais, com seus programas, planos e norma-
tizações, bem como os planos existentes no interior da escola, como o 
Projeto Político-Pedagógico (PPP) e os planos de curso, de ensino e de 
aula, cada um deles com sua finalidade e sua estrutura própria.
Planejando, a instituição de ensino e os professores têm mais pos-
sibilidades de atingir os seus objetivos, elevando o seu nível de profis-
sionalismo e o seu comprometimento com este direito social de todos 
os brasileiros: a educação. Nesse contexto, busca-se uma educação de 
qualidade, que realmente seja significativa e que prepare os estudantes 
para a vida em sociedade.
Neste capítulo, você vai estudar o planejamento escolar com base 
nas políticas públicas educacionais e nas ações realizadas no interior das 
escolas. Você vai conhecer os tipos de planejamento e verificar como 
eles podem ser realizados.
1 Planejamento escolar na perspectiva das 
políticas públicas 
As atividades de planejamento fazem parte da vida cotidiana. Elas são efetuadas 
para que as ações possam atingir os resultados esperados. Por exemplo, se 
você decide que precisa estudar por mais tempo pela manhã, planeja acordar 
mais cedo e organiza as atividades para que elas se estendam pelo tempo 
almejado. Ou ainda: se você quer sair cedo pela manhã, evitando atrasos, na 
noite anterior, prepara a sua roupa, a sua bolsa e os materiais que levará, não 
é mesmo?
Ao longo da história da educação escolar, o planejamento foi encarado 
de diferentes formas, principalmente devido ao próprio desenvolvimento 
da didática. Assim, nas concepções liberais tradicionais, há uma ênfase no 
ensino e nas técnicas passivas utilizadas pelos professores, o que propõe um 
planejamento mais voltado ao aspecto conteudista. Nos movimentos da Escola 
Nova, os planejamentos abrangem novas metodologias e recursos audiovisuais 
diversos, propondo o protagonismo dos estudantes e a ênfase no ensino e na 
aprendizagem. Já para os pensadores progressistas, os esforços de planejamento 
deveriam incluir um posicionamento diferente em relação aos conteúdos 
científicos e demais aprendizagens para a vida social em comunidade.
Na contemporaneidade, o planejamento se estruturou como uma das funções 
essenciais da gestão do sistema educacional, abrangendo os aspectos macro e 
microestruturais, o funcionamento interno da escola e até mesmo a garantia da 
gestão democrática nas escolas públicas, como você vai ver. O planejamento 
na educação escolar deve ocorrer com muita seriedade, pois a escola é uma 
instituição com finalidade social quevisa a atender a um direito constitucional 
de todo cidadão brasileiro. Veja o que afirma Schmitz (1980, p. 94):
Qualquer atividade sistemática, para ter sucesso, necessita ser planejada. 
O planejamento é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação, 
especialmente a educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização 
de situação de aprendizagem, ela necessita, evidentemente, de planejamento 
muito sério. Não se pode improvisar a educação, seja qual for seu nível.
A partir dessa citação, é possível depreender alguns pontos importantes 
do planejamento escolar: é uma ferramenta para atingir resultados e evita as 
situações de improviso nessa área tão importante da formação das crianças 
e adolescentes, ou seja, eleva o nível de profissionalismo docente. Existem 
diferentes tipos de planejamento escolar:
Planejamento escolar2
  planejamento educacional;
  planejamento curricular;
  planejamento institucional;
  planejamento de ensino.
O planejamento educacional é mais abrangente. Ele é realizado para 
o sistema educacional como um todo pelos entes federativos responsáveis 
pela gestão educacional brasileira nas esferas federal, estadual e municipal. 
Assim, o planejamento educacional se materializa a partir do estabelecimento 
de legislações e políticas públicas educacionais que servem de base para que 
o sistema funcione, buscando a padronização de procedimentos em prol da 
qualidade da aprendizagem dos estudantes.
Por sua vez, o planejamento curricular enfatiza o currículo que será 
posto em prática na escola, sendo atualmente representado pela Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC), de 2018, com o apoio das Diretrizes Curricu-
lares Nacionais. Esse tipo de planejamento, aliado ao educacional, serve 
como referência para que o planejamento de ensino, também conhecido 
como “planejamento escolar”, seja produzido no âmbito da escola. Há ainda 
o planejamento institucional, que se volta para a escola em si e para a orga-
nização de seu funcionamento, de modo que possa atender às cobranças legais 
e normativas federais, estaduais e municipais. O planejamento institucional 
tem como produtos básicos o PPP e o regimento escolar.
O planejamento escolar envolve as ações de análise, reflexão e previsão dos meios 
que serão postos em prática para o alcance dos objetivos da escola. O planejamento 
é uma ação conjunta da gestão e da equipe de profissionais, tendo no professor o 
seu principal responsável.
A importância do planejamento é evidenciada a partir das leis e políticas 
públicas que visam a conduzir a gestão educacional brasileira. Aqui, você 
vai estudar esse conceito a partir da Constituição Federal de 1988 e da Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN — Lei nº. 9.394, de 20 
de dezembro de 1996), que norteiam a formulação dos demais programas e 
projetos públicos voltados para a área educacional.
3Planejamento escolar
O primeiro ponto a reforçar é o fato de que a educação é um direito so-
cial no Brasil, elencado na Constituição Federal de 1988, em seu art. 6º, que 
afirma: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, 
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção 
à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição” (BRASIL, 1988, documento on-line, grifo nosso). Porém, essa 
educação escolar não pode ser uma educação qualquer, pois deve atender a 
finalidades específicas, como consta no art. 205 da Constituição Federal: a 
educação visa ao “[...] pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988, 
documento on-line).
Para que esses objetivos se concretizem, ou seja, para que se oferte 
esse direito social de forma homogênea a todos os cidadãos brasileiros, 
são necessários princípios. Tais princípios são apresentados no texto cons-
titucional, no art. 206, sendo que um deles merece destaque aqui: a “[...] 
garantia de padrão de qualidade” (BRASIL, 1988, documento on-line). 
Ora, para que exista um padrão de qualidade a ser atingido, são necessárias 
ações de planejamento específicas, que possam fazer com que os estudantes 
desenvolvam suas capacidades nos processos de ensino e aprendizagem 
das escolas. Para isso, atendendo à sua competência privativa definida na 
Constituição, art. 21, a União precisou produzir, a partir do Ministério da 
Educação, as diretrizes e bases da educação nacional. Assim, a LDBEN de 
1996, em vigência na atualidade, cumpre com os requisitos de planejamento, 
organização e estrutura do sistema educacional brasileiro, como determina 
o art. 214 da Constituição:
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, 
com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de cola-
boração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação 
para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos 
níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos 
das diferentes esferas federativas que conduzam a:
I — erradicação do analfabetismo;
II — universalização do atendimento escolar;
III — melhoria da qualidade do ensino;
IV — formação para o trabalho;
V — promoção humanística, científica e tecnológica do País;
VI — estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
como proporção do produto interno bruto (BRASIL, 1988, documento on-line).
Planejamento escolar4
Como você pode verificar, a Constituição Federal alinha várias questões 
importantes relativas às ações de planejamento do sistema educacional. Tais 
ações repercutem diretamente no planejamento das escolas e dos professores, 
uma vez que esses são os espaços e agentes que colocam em prática as políticas 
públicas educacionais previstas na LDBEN de 1996, no Plano Nacional de 
Educação PNE 2014–2024 e em todas as demais políticas educacionais de 
financiamento, curriculares, avaliativas, inclusivas, etc.
O Plano Nacional de Educação PNE 2014-2024 (BRASIL, 2015) possui oito objetivos, que 
dizem respeito a: qualidade do ensino, acesso, diversidade, redução das desigualdades, 
valorização docente, educação superior, recursos e democracia. Esses objetivos são 
contemplados pelas 20 metas que o plano estabelece, e para cada uma delas existem 
estratégias a serem postas em prática pelos entes federativos.
A LDBEN de 1996 (BRASIL, 1996) também remete ao planejamento ao 
propor alguns itens importantes a serem considerados pelas instituições de 
ensino. Veja a seguir.
  Art. 3º: gestão democrática e garantia de padrão de qualidade.
  Art. 12: proposta pedagógica.
  Art. 13: plano de trabalho docente e períodos de planejamento docente.
  Art. 14: projeto pedagógico da escola e participação docente.
  Art. 67: planos de carreira do magistério público.
Além de reforçar o que você já viu a respeito do padrão de qualidade neces-
sário nas atividades de ensino e aprendizagem (determinação da Constituição 
Federal), a LDBEN (BRASIL, 1996) destaca outras atividades de planejamento 
que devem ocorrer para promover a gestão democrática das escolas públicas. 
Esse documento destaca, por exemplo, a importância da construção de um 
PPP da escola, com a participação dos professores e da comunidade escolar. 
Ele também menciona que os professores devem dedicar-se ao planejamento 
de aulas, construindo estratégias pedagógicas em seus planos de trabalho, ou 
seja, em seus planos de aula, tópico que você vai estudar na próxima seção.
5Planejamento escolar
Ao se referir à importância do engajamento dos professores na elaboração 
da proposta pedagógica da escola, ação de planejamento essencial para que 
a escola pública atenda aos seus preceitos de gestão democrática, aliando-se 
aos desejos e aspirações da comunidade escolar e local, Vasconcelos (2007, 
p. 25) ressalta o seguinte:
[...] ao educador falta clareza com relação à realidade em que ele vive, não 
dominando, por exemplo, comoos fatos e fenômenos chegaram ao ponto em 
que estão hoje (dimensão sociológica, histórico-processual); falta clareza 
quanto à finalidade daquilo que ele faz: educação para quê, a favor de quem, 
contra quem, que tipo de homem e de sociedade formar etc. (dimensão po-
lítica, filosófica); e, finalmente, falta clareza, como apontamos antes, à sua 
ação mais específica em sala de aula (dimensão pedagógica). Efetivamente, 
faltando uma visão de realidade e de finalidade, fica difícil para o educador 
operacionalizar alguma prática transformadora, já que não sabe bem onde 
está, nem para onde quer ir.
Como você pode perceber, na contemporaneidade, a educação escolar é 
pensada de forma sistêmica, envolvendo todos os entes federativos na concre-
tização de seus objetivos. Isso faz com que existam muitas políticas públicas 
educacionais que procuram estabelecer as diretrizes, os objetivos e as estra-
tégias a serem seguidas e implementadas pelas escolas. A seguir, você vai 
verificar como essas políticas de planejamento educacional se desdobram no 
interior da escola, orientando e estruturando as práticas pedagógicas.
2 Tipos de planejamento e sua utilização
As ações de planejamento escolar se realizam a partir dos planos que compõem 
a política educacional brasileira. Ou seja, é a partir de tal política que os ges-
tores organizam o funcionamento das escolas e que os professores projetam 
suas aulas de modo a fazer com que suas intencionalidades pedagógicas sejam 
atingidas. Os atos de planejamento escolar costumam envolver três variáveis 
específi cas: análise, refl exão e previsão.
Assim, para produzir planos coerentes, é necessário realizar uma análise 
do fato em questão e dos objetivos a atingir, refletindo sobre eles, prevendo os 
melhores caminhos a serem seguidos e considerando os recursos envolvidos, 
o tempo e as pessoas.
Planejamento escolar6
A coordenadora pedagógica de uma escola pública de ensino fundamental precisa 
planejar uma capacitação dos seus professores a fim de prepará-los para lidar com o 
bullying no ambiente escolar. Focada nesse objetivo, ela passa a refletir sobre a melhor 
maneira de concretizá-lo, decidindo que uma formação pedagógica seria interessante. 
Passa então a pensar no espaço a utilizar, na data mais conveniente, em quem fará 
alguma apresentação, na possibilidade de realizar alguma atividade vivencial, em quais 
recursos audiovisuais serão necessários, no material que será entregue, entre tantos 
outros detalhes. Além disso, a coordenadora pode ainda propor maneiras de avaliar 
a capacitação e monitorar seus resultados práticos.
Haydt (2006, p. 95), ao referir-se às ações de planejamento escolar, es-
clarece que “[...] o plano é o resultado, é a culminância do processo mental 
de planejamento. O plano, sendo um esboço das conclusões resultantes do 
processo mental de planejar, pode ou não assumir uma forma escrita”. Assim, 
geralmente há muitos planos na escola, desde documentos formais, como o 
próprio PPP, até planos de ensino e planos de aula utilizados pelos docentes 
no seu dia a dia.
Outro aspecto importante é o caráter flexível que deve ser dado aos pla-
nos: mesmo que eles tenham sido produto de análise e reflexão prévia, nem 
sempre podem ser concretizados de forma plena, pois outros fatores não 
previstos podem interferir em sua execução. Assim, cabe ao docente realizar 
ressalvas, apontar observações e corrigir os planos, buscando sempre alcançar 
os objetivos que propôs.
O planejamento escolar pode ser dividido em três tipos de planos mais 
recorrentes e que se estabelecem de forma hierárquica e interdependente:
  plano de curso
 ■ plano de ensino
 – plano de aula
Existem várias definições do plano de curso. De cada uma delas, é possível 
retirar alguma característica específica. Baffi (2002, p. 3) comenta que o “Plano 
de Curso é a organização de um conjunto de matérias que vão ser ensinadas e 
desenvolvidas em uma instituição educacional, durante o período de duração 
7Planejamento escolar
de um curso”. Já Vasconcelos (2007, p. 117) apresenta um conceito interessante; 
ele encara o plano de curso como a “[...] sistematização da proposta geral 
de trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de estudo, 
numa dada realidade”. Essa sistematização geral do trabalho não se resume 
somente a listar as disciplinas que serão ensinadas: ela envolve a descrição 
de outros elementos, como a previsão de “[...] um determinado conjunto de 
conhecimentos, atitudes e habilidades a ser alcançado por uma turma, num 
certo período de tempo” (PILETTI, 2010, p. 67).
Assim, o plano de curso envolve o detalhamento das disciplinas e dos 
objetivos instrucionais (o que o docente deseja que os alunos aprendam), os 
recursos necessários, os procedimentos que serão adotados pelo professor, o 
cronograma de atividades e sua duração e a previsão do formato das avalia-
ções. É muito comum que os cursos de formação, por exemplo, apresentem 
aos possíveis alunos o seu plano de curso, que fornece informações e ajuda 
na tomada de decisão. Da mesma forma, o docente que vai conduzir as aulas 
pode utilizar as informações que constam do plano de curso para organizar 
e sistematizar seu ensino.
O planejamento de ensino, de acordo com Sant’anna et al. (1993, 
p. 19), refere-se ao “[...] processo de tomada de decisões bem informadas que 
visem à racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação 
de ensino e aprendizagem”. Ou seja, deve-se definir como o professor vai 
atuar, o que vai propor para que cada um dos objetivos definidos no plano 
de curso seja de fato alcançado pelos alunos, etc. Essas informações que 
racionalizam as atividades de interação entre o docente e os seus alunos 
compõem o plano de ensino.
Dessa forma, o plano de ensino “[...] é o plano de disciplinas, de unidades 
e experiências propostas pela escola, professores, alunos ou pela comunidade” 
(SANT’ANNA et al., 1993, p. 49). É por meio do plano de ensino que o pro-
fessor pode traduzir de forma operacional o que está planejado no currículo 
da escola, por meio da proposição das experiências, atividades ou situações 
de aprendizagem que serão utilizadas para que os conteúdos curriculares 
sejam postos em prática no processo de ensino e aprendizagem. O plano de 
ensino serve de base para que cada aula do professor seja construída, isto é, 
ele auxilia na formulação dos planos de aula.
Procurando reforçar a importância do plano de ensino, Libâneo (1994, 
p. 222) acrescenta que ele “[...] é a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho 
docente para um ano ou um semestre; é um documento mais elaborado, no 
Planejamento escolar8
qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodo-
lógico”. Como você pode verificar, o plano de ensino abrange um semestre 
ou um ano, apontando os objetivos, conteúdos e metodologias que deverão 
ser desenvolvidos na disciplina.
O plano de aula, por sua vez, é definido por Piletti (2010, p. 73) como: 
[...] a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. [...] a 
sistematização de todas as atividades que se desenvolvem no período de 
tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino e 
aprendizagem. 
Como você pode perceber, o plano de aula é bastante detalhado, trazendo 
para a realidade cotidiana da sala de aula o que havia sido anteriormente 
previsto no plano de ensino e apontando os caminhos metodológicos que 
serão postos em prática pelo professor ao interagir com os estudantes.
Você deve considerar que a construção de um plano de aula na contempo-
raneidade é completamente diferente de como as atividades dos professores 
eram pensadas em outras épocas. Isso ocorre porque as metodologias utilizadas 
hoje costumam mesclar traços das tendências pedagógicas que foram sendo 
construídas ao longo do tempo. Assim, os planos de aula atuais envolvem 
tanto metodologias mais tradicionais, como a exposição oral do professor, 
o uso do quadro-negro e as atividades individuais,quanto proposições mais 
progressistas de exercícios vivenciais e coletivos. O ponto de destaque, porém, 
é o protagonismo dado ao estudante no processo de ensino e aprendizagem, 
bem como o uso de atividades ativas que envolvam desafios, problematizações, 
análise dos contextos da realidade e aplicação prática dos conhecimentos 
científicos aprendidos. Tais atividades também são realizadas prevendo o uso 
das tecnologias digitais de informação e comunicação.
Outro aspecto importante é que todos os professores precisam planejar; 
essa não é uma ação relativa somente àqueles que estão se iniciando na carreira 
docente. Moretto (2007, p. 100) comenta que “[...] há, ainda, quem pense que 
sua experiência como professor seja suficiente para ministrar suas aulas com 
competência”. Porém, a competência também se eleva a partir do momento 
em que as ações de planejamento são realizadas, aumentando ainda mais as 
probabilidades de sucesso na aprendizagem dos estudantes. 
Na próxima seção, você vai verificar como o planejamento escolar pode 
contribuir para a prática pedagógica docente e conhecer as etapas que devem 
compor o planejamento escolar.
9Planejamento escolar
Na história da educação no Brasil, até meados da década de 1990, predominaram os 
aspectos da administração escolar. Isso significa que se enfatizava o uso de técnicas mais 
positivistas, originadas na teoria da administração: planejar, organizar, dirigir e controlar. 
Na década de 1990, contudo, o termo “gestão” passou a ser utilizado, designando 
o novo modelo a ser implementado, considerando as questões de flexibilidade e 
adaptação necessárias às organizações a partir da globalização. Assim, a gestão escolar 
acompanha essa reconfiguração, entendendo o planejamento como imprescindível 
no sentido estratégico (alcance dos resultados). Nesse contexto, também se considera 
a flexibilidade necessária para acomodar as mudanças e contingências que possam 
ocorrer ao longo do processo de ensino e aprendizagem.
3 Etapas do planejamento escolar
Assim como a própria escola e o processo de ensino e aprendizagem, o 
planejamento escolar também foi reconfi gurado com o passar do tempo. 
Se ele se restringia a questões meramente técnicas nos períodos de ênfase 
nas tendências liberais e era evidenciado como peça-chave nas ações da 
administração escolar, passou a abranger um caráter mais social a partir 
dos pensadores progressistas. Esse processo culminou na fusão de ambas 
as tendências a partir do entendimento de que a gestão escolar deve pro-
duzir ferramentas mais fl exíveis e estratégicas para alcançar os resultados 
esperados pelas instituições de ensino. Assim, na contemporaneidade, 
além das especifi cidades técnicas dos modelos que ajudam os professores 
a planejar suas aulas, destaca-se a participação dos docentes nas ações 
de macroplanejamento da escola, normalmente concretizadas a partir da 
construção do PPP.
Considere o que pontua Libâneo (1994, p. 221):
O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das 
atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face 
dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do 
processo de ensino. O planejamento é um meio para se programar as ações 
docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente 
ligado à avaliação.
Planejamento escolar10
Assim, o planejamento é uma ferramenta processual, ou seja, não serve 
somente para prever as ações rumo aos objetivos pedagógicos, mas também 
deve permitir ajustes ao longo do processo de ensino e aprendizagem; logo, 
deve ser flexível e ajustável pelo docente.
Para que os professores possam executar suas ações de planejamento 
abrangendo as fases de análise, reflexão e previsão e conduzindo com efici-
ência o processo de ensino e aprendizagem a seu encargo, segundo Moretto 
(2007), eles devem:
  conhecer-se;
  conhecer os alunos;
  conhecer as metodologias;
  conhecer o contexto social dos alunos.
O conhecer-se refere-se às características da personalidade do professor, à 
maneira como lida com as situações cotidianas em sala de aula, ao modo como 
age e reage durante o processo de interação com a sua turma; enfim, está em 
jogo o nível de autoconhecimento e controle emocional que o docente possui. 
Nos primórdios da escola, a ênfase da didática era no ensino, e o investimento 
maior era na preparação do professor para atuar. Assim, o docente era tido 
como o elemento central do processo de ensino, deixando as questões da 
aprendizagem e dos alunos em segundo plano.
Conhecer os alunos implica familiarizar-se com o seu comportamento em 
sala de aula, com os seus interesses, etc. O professor deve saber quais atividades 
mais estimulam os estudantes e como eles se relacionam socialmente com 
os colegas e com o próprio docente. Esse é o ponto central da passagem da 
ênfase da didática do ensino/professor para a didática do aluno/aprendizagem. 
Tal passagem veio se configurando com o advento da Escola Nova e com a 
evolução das tendências pedagógicas liberais e progressistas ao longo do 
século XX, atingindo o seu ápice no século XXI.
O conhecimento sobre as metodologias existentes é o que possibilita ao 
professor diversificar a sua práxis de acordo com os conteúdos a abordar e 
com as características das disciplinas que vem desenvolvendo. Nesse contexto, 
também se pode verificar se o professor assume uma postura mais tradicional 
ou mais contemporânea em relação à própria didática.
Já a preocupação com o contexto social dos alunos provém de uma visão 
mais progressista. Tal perspectiva entende que conhecer os estudantes envolve, 
obrigatoriamente, familiarizar-se com o seu contexto socioeconômico, a sua 
11Planejamento escolar
classe social, as suas condições de moradia, alimentação e segurança e os seus 
grupos culturais, pois essas questões também podem intervir na aprendizagem.
Como você deve ter percebido, as questões do planejamento escolar, prin-
cipalmente quando o foco de análise são os planos de aula dos professores, 
remetem muito à didática em si. Afinal, a didática é, desde os seus primórdios, 
“[...] identificada como a ‘arte de ensinar’, que irá propor técnicas diversas que 
facilitarão ao docente a condução e o desenvolvimento de suas aulas” (BES, 
2017, p. 72). De acordo com Damis (2010), as várias transformações ocorridas 
na didática seguiram os passos listados a seguir.
1. Ênfase no ensino
2. Ênfase na aprendizagem
3. Transmissão de conhecimentos
4. Atividades para pensar e refletir
5. Reforço para atingir comportamentos
6. Desenvolvimento de competências
Assim, um professor alinhado às tendências pedagógicas liberais tradicio-
nais, por exemplo, é encarado como o único detentor do conhecimento. Por 
essa razão, e também por considerar que os alunos não possuem conhecimento 
algum sobre os conteúdos a serem ensinados, o docente vai apenas transmiti-los. 
Os alunos, nesse caso, recebem o ensino de forma passiva, e não interativa, 
memorizando informações e não interagindo entre si ou com o docente. Nessa 
visão pedagógica tradicional, ensinar é transmitir conhecimentos.
Já se o docente se alinha a uma tendência pedagógica progressista, ele 
entende que deve envolver outros elementos no processo de ensino, como as 
vivências e experiências que o aluno possui relativas aos conteúdos aborda-
dos, a problematização da realidade social do estudante, etc. Essa maneira 
de posicionar-se pedagogicamente propõe que o ensino seja visto como uma 
relação horizontal entre o professor e os alunos, na qual ambos detêm conhe-
cimento e podem aprender juntos.
O planejamento do professor, que resulta na construção de seus planos 
de aula, deve considerar alguns elementos didáticos básicos específicos. 
A seguir, veja quais são esses elementos (MARTINS, 2012).
  Definição dos objetivos: é uma tarefa fundamental na ação de plane-
jamento, uma vez que aponta o que se deseja que o aluno aprenda ao 
longo do processo de ensino e aprendizagem, o quese refletirá direta-
mente nas metodologias, nos recursos necessários e na estruturação da 
Planejamento escolar12
avaliação. Os objetivos muitas vezes chegam ao professor previamente 
estabelecidos, pois fazem parte do plano de ensino da escola, atendendo 
ao plano de curso existente. Além disso, na atualidade, com a BNCC 
vigente, esses objetivos deverão se alinhar às habilidades propostas no 
contexto da educação por competências.
  Seleção e organização dos conteúdos: os conteúdos representam as 
frações do conhecimento científico que devem ser aprendidas pelos 
estudantes. Hoje, os conteúdos obrigatórios são aqueles que a BNCC 
estabelece. Porém, as ações de organização feitas pelo professor en-
volvem pensar na sequência cronológica, nas etapas graduais em que 
os conteúdos serão abordados, na integração com as diversas áreas do 
conhecimento e na continuidade ao longo do período letivo.
  Métodos e técnicas pedagógicas: são as formas como o processo de 
ensino e aprendizagem é posto em prática, o que traduz a tendência 
pedagógica assumida pelo professor. Logo, os métodos e técnicas podem 
incluir as posturas mais tradicionais, focadas na assimilação de conte-
údos, ou ainda o aprender a fazer, o aprender a aprender, ou mesmo a 
sistematização coletiva do conhecimento e as práticas sociais. Merece 
destaque nessa fase a devida preocupação com os recursos que serão 
necessários, sejam eles materiais, financeiros, audiovisuais, etc. Tam-
bém é preciso considerar o tempo necessário e as pessoas envolvidas.
  Procedimentos avaliativos: a avaliação é parte fundamental do pro-
cesso de planejamento docente, pois define como poderão ser obser-
vados os avanços dos estudantes em relação aos objetivos pedagógicos 
propostos. Ela se relaciona diretamente com a tendência pedagógica 
seguida pelo professor. Assim, vai desde simples atos pontuais de ve-
rificação por meio de provas individuais até avaliações mais coletivas, 
processuais e contínuas.
Os métodos e técnicas pedagógicas que foram contestados e acrescidos de 
novos elementos ao longo do tempo ficam à disposição dos professores para 
que possam construir o seu próprio processo de ensino e aprendizagem. Isso 
evidencia a importância de estudar as teorias educacionais. Desse modo, cada 
docente pode tirar suas próprias conclusões sobre o que é mais adequado em 
sala de aula e sobre que tipo de professor deseja ser.
O mesmo ocorre quando o docente decide sobre pontos do processo ava-
liativo. Caso opte por uma avaliação individual, de caráter classificatório, o 
que era feito como regra na concepção liberal tradicional da educação, estará 
se aliando a uma corrente de pensamento que entende a avaliação como mero 
13Planejamento escolar
instrumento de medição e de controle dos alunos em sala de aula. Já se optar 
por uma avaliação com caráter mais coletivo e processual, estará aderindo a 
ideias mais progressistas da educação, que entendem que o processo em si é 
mais importante do que os conteúdos ou o próprio conhecimento científico 
como um todo, pois prepara para a vida social.
As questões relativas ao planejamento docente hoje são fortemente emba-
sadas pelas políticas públicas curriculares oficiais e avaliativas. Tais políticas 
estabelecem para a escola parâmetros e diretrizes a seguir e, por vezes, agem 
diretamente na performance dessa instituição, que se organiza para atender 
aos resultados que lhe são cobrados.
Como você viu ao longo deste capítulo, o processo de planejamento é uma 
realidade constante nas escolas contemporâneas; ele é aplicado para que se atin-
jam os resultados esperados em relação à aprendizagem dos estudantes. Dessa 
forma, cabe a você, como professor, entender como funciona essa importante 
ferramenta, que é utilizada tanto em sala de aula quanto em outras esferas da 
gestão da escola e mesmo da gestão do sistema educacional como um todo.
BAFFI, M. A. T. O planejamento em educação: revisando conceitos para mudar concep-
ções e práticas. In: BELLO, J. L. P. Pedagogia em foco. Petrópolis: FE/UCP, 2002. 
BES, P. Andragogia e educação profissional. Porto Alegre: SAGAH, 2017. Disponível em: 
http://homologacao.sagah.com.br/sagahcm/ua/12745/4/37/flip_book/files/assets/
common/downloads/publication.pdf. Acesso em: 10 maio 2020.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 
1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
htm. Acesso em: 23 abr. 2020.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Plano 
Nacional de Educação PNE 2014-2024: linha de base. Brasília, DF, 2015. Disponível em: 
http://portal.inep.gov.br/documents/186968/485745/Plano+Nacional+de+Educa
%C3%A7%C3%A3o+PNE+2014-2024++Linha+de+Base/c2dd0faa-7227-40ee-a520-
12c6fc77700f?version=1.1. Acesso em: 11 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da edu-
cação nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9394.htm. Acesso em: 8 maio 2020.
Planejamento escolar14
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
DAMIS, O. T. Arquitetura da aula: um espaço de relações. In: DALBEN, A. I. L. de F. et al. 
Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente: didática, formação 
de professores, trabalho docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. (Coleção Didática 
e Prática de Ensino). p. 202-218.
HAYDT, R. C. C. Curso de didática geral. 8. ed. São Paulo: Ática, 2006.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
MARTINS, P. L. O. Didática. Curitiba: InterSaberes, 2012.
MORETTO, V. P. Planejamento: planejando a educação para o desenvolvimento de 
competências. Petrópolis: Vozes, 2007.
PILETTI, C. Didática geral. 24. ed. São Paulo: Ática, 2010.
SANT'ANNA, F. M. et al. Planejamento de ensino e avaliação. 11. ed. Porto Alegre: Sagra, 
1993.
SCHMITZ, E. F. Didática moderna: fundamentos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cien-
tíficos, 1980.
VASCONCELOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-
-pedagógico. 17. ed. São Paulo: Libertad, 2007.
15Planejamento escolar
Dica do professor
Para que os governos consigam atender aos direitos sociais da população, precisam propor suas 
políticas públicas, que são ações de planejamento traduzidas nos programas e projetos colocados 
em prática no território nacional, visando ao bem público. Quando se referem ao campo da 
educação, são chamadas de políticas públicas educacionais, sendo desenvolvidas nas instâncias 
administrativas federal, estadual e do Distrito Federal e municipais.
Nesta Dica do Professor, você vai entender a relação existente entre o planejamento educacional e 
as políticas públicas educacionais.
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Exercícios
1) O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades 
didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos 
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um 
meio para se programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e 
reflexão intimamente ligado à avaliação (LIBÂNEO, 1994, p. 221).
A partir da citação do autor, pode-se definir o planejamento escolar como:
A) uma ação que sistematiza o trabalho a ser posto em prática em sala de aula, distanciando-se 
da questão avaliativa.
B) uma técnica de previsão e reflexão sobre a trajetóriados estudantes, com o intuito de puni-
los sempre que necessário.
C) fundamental para que se atinjam os objetivos pedagógicos junto aos alunos e se reflita sobre 
o seu desempenho.
D) dispensável para os professores que adotam uma postura progressista, em que os conteúdos 
pouco importam.
E) o tempo gasto para atender a critérios burocráticos que de fato são deixados de lado pelos 
docentes ao darem as aulas.
Uma das formas de classificar o planejamento escolar diz respeito às dimensões que ele 
apresenta, em que as ações são consideradas em termos de organização e propostas de 
funcionamento.
 
Analise os tipos de planejamento a seguir e relacione a primeira e a segunda colunas de 
forma a estabelecer a correta relação entre eles e suas respectivas descrições:
 
I. Planejamento educacional
II. Planejamento institucional
III. Planejamento curricular
IV. Planejamento de ensino
 
( ) É o planejamento que fornece condições para que o professor planeje suas aulas, sendo 
composto pelos planos de curso, de ensino e de aula.
2) 
( ) Trata dos conteúdos que foram previamente selecionados pelas políticas públicas 
curriculares para serem postos em prática nas escolas.
( ) Visualizado a partir da construção de documentos oficiais da escola, como os projetos 
político-pedagógico e do regimento escolar.
( ) Prevê as ações que organizam, estruturam e regulamentam o funcionamento do sistema 
educacional brasileiro como um todo.
A) IV, III, II, I.
B) I, II, III, IV.
C) II, IV, I, III.
D) III, I, IV, II.
E) IV, II, III, I.
3) As ações do planejamento escolar estabelecidas no interior das escolas culminam na 
elaboração de três tipos de planos: o Plano de Curso, o Plano de Ensino e os Planos de Aula.
Sobre esses documentos, analise as alternativas e marque aquela que apresenta uma correta 
descrição:
A) O Plano de Curso é aquele em que o professor irá detalhar as atividades pedagógicas que fará 
com seus alunos.
B) Elaborado pela coordenação pedagógica, o Plano de Aula define os objetivos do curso que 
está sendo ofertado pela instituição.
C) Por meio do Plano de Ensino, é possível verificar como a professora previu realizar suas 
atividades didáticas, incluindo as avaliações.
D) Constam no Plano de Aula, feito pelos docentes, os conteúdos a serem aprendidos, as 
técnicas a aplicar e os recursos necessários.
E) Costumam fazer parte do Plano de Ensino as disciplinas que foram criadas pela escola para 
serem ensinadas aos alunos no ano letivo.
Ana Paula é uma professora muito querida pelos seus colegas e alunos; porém, sua turma do 
5.o ano do Ensino Fundamental tem-se portado de forma estranha no último semestre, 
atingindo níveis muito baixos nas avaliações individuais que ela aplica. Os alunos reclamam 
4) 
que não aprendem direito os conteúdos, pois não entendem onde irão aplicá-los em suas 
vidas.
Com base no que você aprendeu sobre o planejamento escolar, marque a alternativa que 
apresenta uma ação que poderia contribuir para que Ana Paula modificasse esse cenário 
com a sua turma.
A) Promover provas individuais mais rigorosas para que os alunos parem com essas reclamações.
B) Pedir a uma colega mais autoritária que a substitua e tirar uns dias distante da turma para ver 
se os alunos passam a valorizá-la.
C) Conhecer mais seus alunos e sua realidade social e conversar com eles sobre os conteúdos no 
contexto das suas vidas.
D) Tirar o foco das aulas do conhecimento científico e promover discussão política e formação 
de valores.
E) Deixar de fazer provas e testes individuais, pois são eles que têm gerado insatisfação para os 
estudantes da turma.
5) O planejamento escolar pode ser entendido como ações que envolvem análise, reflexão e 
previsão de procedimentos a serem postos em prática no território brasileiro para que se 
alcancem os objetivos constitucionais de desenvolver plenamente os estudantes, 
preparando-os para o trabalho e para o exercício da cidadania. Sobre essas ações de 
planejamento escolar, analise as asserções a seguir e marque a alternativa que melhor 
representa sua relação:
 
I. Podemos afirmar que existe uma relação direta entre o planejamento educacional do 
Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e as atividades 
de sala de aula desenvolvidas pelos professores.
 
PORQUE
 
II. Os docentes fazem seus planos de aula e compõem seus objetivos de aprendizagem a 
partir das políticas públicas educacionais oficiais que provêm das instâncias federal, estadual 
e municipal; logo, estabelecem uma relação direta com elas.
A) As asserções I e II são proposições falsas e sem complementação.
B) A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa.
D) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I.
E) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não justifica a asserção I.
Na prática
O planejamento escolar abrange várias dimensões diferentes, que vão desde a organização e a 
estrutura do sistema educacional brasileiro, abrangendo as políticas públicas educacionais nas mais 
diversas áreas, chegando até a sala de aula. É no interior da escola que serão observados todos os 
efeitos dessas ações de planejamento mais amplas, bem como serão desencadeadas ações 
institucionais e específicas tendo como foco os resultados do processo de ensino e aprendizagem 
desenvolvido junto aos estudantes.
Neste Na Prática, você acompanhará o diretor Carlos e sua coordenadora pedagógica em uma 
reunião na qual explicam para a equipe de profissionais da escola como os diferentes tipos de 
planejamento repercutem na rotina escolar. 
 
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
A prática do planejamento educacional em professores de 
Educação Física: construindo uma cultura do planejamento
Leia o artigo a seguir, que apresenta a percepção dos professores de Educação Física das escolas 
públicas pesquisadas sobre a importância do planejamento para suas aulas.
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Gamificação aplicada ao plano de aula: elementos para 
potencializar o ensino
Leia, neste artigo, sobre a aproximação da gamificação com os planos de aula, proporcionando 
novos formatos para essa esfera do planejamento do professor.
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Como fazer um bom planejamento escolar?
Assista ao vídeo a seguir e perceba os pontos fundamentais para a construção do processo de 
planejamento dos professores.
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http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/30193/18008
http://natal.uern.br/periodicos/index.php/RECEI/article/view/1000/914
https://www.youtube.com/embed/rIuqayi8R1s

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