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Aula 02
Direito Civil p/ TJ-GO (Analista Judiciário
- Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital
Autor:
Paulo H M Sousa
Aula 02
26 de Janeiro de 2021
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Sumário 
Livro I – Pessoas ................................................................................................................................................. 2 
1 – Considerações iniciais............................................................................................................................... 2 
Título II – Pessoas jurídicas ............................................................................................................................ 3 
Capítulo I – Disposições gerais................................................................................................................... 3 
Capítulo II – Associações ............................................................................................................................ 9 
Capítulo III – Fundações ........................................................................................................................... 10 
Título III – Domicílio ................................................................ ..................................................................... 11 
2 – Considerações finais ............................................................................................................................... 11 
Questões Comentadas .................................................................................................................................... 12 
Lista de Questões ............................................................................................................................................ 20 
Gabarito ........................................................................................................................................................... 25 
 
 
Paulo H M Sousa
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LIVRO I – PESSOAS 
1 – Considerações iniciais 
Inicialmente, lembro que sempre estou disponível, para você, aluno Estratégia, no Fórum de Dúvidas do 
Portal do Aluno e, alternativamente, também, nas minhas redes sociais: 
 
prof.phms@estrategiaconcursos.com.br 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno 
Na aula de hoje, você verá o tema Pessoas jurídicas. Todos os temas da Parte Geral do Código Civil são de 
grande relevância. Além disso, o tema pessoas jurídicas tem íntima ligação com o tema pessoas naturais, 
bem como com muitas disciplinas, como o Direito Administrativo e o Direito Empresarial. Ou seja, é um tema 
beem importante. 
Além disso, aqui há muitos pontos que tocam outras disciplinas, e que no Direito Civil não encontram 
explicação mais delongada. Por exemplo, a distinção entre pessoas jurídicas de Direito Público e Direito 
Privado. Detalhes daquelas? Só no Direito Administrativo. 
Ainda assim, são temas que não caem nas provas, mas D-E-S-P-E-N-C-A-M! Sim, tem muuuuita questão de 
prova sobre os temas desta aula. 
No mais, segue a aula pra gente bater um papo! =) 
Ah, e o que, do seu Edital, você vai ver aqui? 
Pessoas jurídicas. Domicílio. 
Boa aula! 
 
 
Paulo H M Sousa
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Título II – Pessoas jurídicas 
O que é pessoa jurídica? A pessoa jurídica é titular de direitos e deveres na ordem civil, como remete o art. 
1º do Código Civil. Elas são aptas a titularizar relações jurídicas de maneira bastante ampla, por isso as 
pessoas jurídicas têm personalidade. Além disso, seus direitos e deveres não são os mesmos que os da pessoa 
natural, em geral. 
Capítulo I – Disposições gerais 
1 – Classificação 
As pessoas jurídicas podem ser de direito público (interno ou externo) e direito privado. Veja cada um dos 
grupos: 
A. Pessoas jurídicas de direito público externo 
Segundo o art. 42 do Código Civil são pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e 
todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público, como a ONU, OMC, Mercosul. O 
Estado, nesse sentido, deve ser visto como ente jurídico dotado de personalidade internacional. 
B. Pessoas jurídicas de direito público interno 
O art. 41 do Código Civil classifica as pessoas jurídicas de direito público interno da seguinte forma: 
 
Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno
União
Estados
Municípios
Distrito Federal
Territórios
Autarquias
Demais entidades de caráter público criadas por lei
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As entidades de caráter público criadas por lei mostram bem claramente a distinção entre as pessoas 
jurídicas de direito público e privado. Exemplo são as fundações criadas por lei, também chamadas de 
fundações autárquicas, bem como as associações públicas. Lembro que, no caso de uma fundação pública – 
criada por lei, portanto – não se aplica o regime previsto para as fundações de direito privado. 
Cuidado com art. 41, parágrafo único, do Código Civil. As pessoas jurídicas de direito público 
interno que tiverem estrutura de direito privado serão regidas pelas regras do Direito 
Privado. Ou seja, apesar de serem públicas são tratadas como se fossem privadas. 1 
As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus 
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra 
os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. O art. 43 do Código Civil 
afasta assim, a ideia de irresponsabilidade por parte do Estado. 
Além do fato de o Estado ser responsável pelos danos causados por seus agentes, o artigo ainda ressalva o 
direito de o Estado buscar se ressarcir pela indenização paga. Os requisitos para isso são a culpa ou o dolo 
do agente e o pagamento de indenização ao lesado. Maiores detalhes a respeito estão no Direito 
Administrativo. 
C. Pessoas jurídicas de direito privado 
 
 
 
As pessoas jurídicas de Direito Privado se encontram no art. 44 do Código Civil: 
 
 
1 Aqui há uma divergência superficial entre o Direito Civil e o Direito Administrativo. Isso porque o Direito Civil usa expressões mais antigas; é 
um ramo antigo e clássico do Direito. O Direito Administrativo, por sua vez, usa uma terminologia mais moderna, pois é ramo mais novo, apenas. 
Quando o Direito Civil diz “pessoas jurídicas de direito público interno que tiverem estrutura de direito privado”, o Direito Administrativo diz 
apenas “pessoas jurídicas de direito privado”. Como essas pessoas jurídicas funcionam? Qual é o seu regime jurídico? Isso, quem responde, é o 
Direito Administrativo... 
• Pessoas jurídicas de direito privado
formadas para fins não econômicos
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Importante destacar que a criação, organização e funcionamento das organizações religiosas não 
podem sofrer intervenção estatal, segundo o art. 44, §1º, do Código Civil. Quanto aos partidos políticos, 
seu funcionamento e organização serão definidos por lei específica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Reunião de pessoas e bens ou serviços com
objetivo econômico e partilha de
resultados, ou seja, têm natureza
eminentemente lucrativa
• Complexo de bens. Curiosamente, são
pessoas jurídicas sem quaisquer pessoas
físicas/naturais em sua instituição
• Têm por objetivo a união de leigos para o
culto religioso, assistência ou caridade. Por
isso, não podem ter fim econômico (art. 53)
• Associações com ideologiapolítica, cujos
membros se organizam para alcançar o
poder político e satisfazer os interesses de
seus membros
• Segundo o Enunciado 469 do CJF, a Empresa
Individual de Responsab. Limitada não é
sociedade, mas novo ente jurídico
personificado
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2 – Personificação 
Como eu costumo dizer, você nunca verá uma pessoa jurídica andando pela rua, mas verá sua conta bancária, 
seu patrimônio, sua fama local etc. Ou seja, ela é uma realidade, mas apenas para o direito, não para o 
“mundo real”. 
Logo, essa personificação, que é quando ocorre a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado, 
ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro. Ou seja, a pessoa jurídica passa a existir, 
como se fosse pessoa (no sentido do ser humano). Pode ser ainda que necessite de aprovação do Poder 
Executivo, como exposto no art. 45 do Código Civil. 
O nascimento da pessoa jurídica depende de um ato formal. E se houver algum problema 
nessa fase? O direito de anular um ato com defeito é de três anos, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro, como exposto no art. 45, parágrafo único, do Código 
Civil. 
Mas o que é necessário para o registro? O art. 46 do Código Civil estabelece quais são os 
requisitos gerais do registro: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
Cumpridas essas imposições, a pessoa jurídica nasce, adquire personalidade e passa a ter autonomia 
completa. Assim, ela precisa ser administrada. Caso ela tenha administração coletiva, as decisões se 
tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso (art. 48 
do Código Civil). 
Caso não exista administrador à pessoa jurídica, o juiz, a pedido de qualquer interessado, nomeará um 
administrador provisório, de acordo com o art. 49 do Código Civil. 
Há situações em que existe mero agrupamento de pessoas e/ou bens, sem que chegue a constituir pessoas 
jurídicas. Esses entes despersonificados, no entanto, possuem direitos e obrigações muito semelhantes às 
pessoas jurídicas. 
Quem são esses entes despersonificados? São os abaixo listados, cujo elemento de importância, no Direito 
Civil, é sua capacidade processual. Por isso, basta saber quem representa o ente: 
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3 – Desconsideração da personalidade jurídica 
Veja-se que a pessoa jurídica, como a pessoa natural, também morre. Se a pessoa jurídica estiver doente e 
essa doença se agravar, ela pode ser dissolvida ou cassada sua autorização de funcionamento. 
Ela, porém, subsiste para os fins de liquidação, até que esta se conclua (art. 51). A esse processo se chama 
despersonificação ou despersonalização da pessoa jurídica. Esse conceito é totalmente diferente de 
desconsideração da personalidade jurídica. 
Essa liquidação será averbada no registro da pessoa jurídica (§1º), aplicando-se as disposições a respeito das 
sociedades, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado (§2º). Com o encerramento da 
liquidação, promove-se finalmente o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica (§3º). Somente nesse 
momento a pessoa jurídica é extinta, deixando de existir no plano jurídico. 
A primeira situação (despersonificação ou despersonalização) trata da extinção, dissolução da pessoa 
jurídica, ao passo que a segunda (desconsideração) trata do abandono da regra de divisão do patrimônio 
entre a pessoa jurídica e as pessoas físicas que dela fazem parte. 
Para se verificar se há possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, é necessário se verificar 
o abuso na utilização dessa personalidade jurídica. Esse abuso deve se caracterizar pelo desvio de 
• Pelo administrador judicial
1. A massa falida
• Por seu curador
2. A herança jacente ou vacante
• Pelo inventariante
3. O espólio
• Pela pessoa a quem couber a administração de seus bens
4. A sociedade e a associação irregulares/de fato
• Pelo administrador ou síndico
5. O condomínio
• Pela pessoa a quem couber a administração de seus bens
6. Outros entes organizados sem personalidade jurídica
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finalidade OU pela confusão patrimonial. Se não se caracterizar nem uma dessas situações, não se pode 
desconsiderar a personalidade jurídica. 
Se assim for, o juiz poderá, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou 
indiretamente pelo abuso. 
O desvio de finalidade é explicado no §1º do art. 50 do Código Civil. Segundo ele, desvio de 
finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática 
de atos ilícitos de qualquer natureza. Enquanto isso, o §5º evidencia que não constitui desvio 
de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica 
específica da pessoa jurídica. 
Assim, se uma pessoa jurídica comercializava produtos de informática, não se considera desvio a venda de 
materiais de papelaria; ao contrário, uma sociedade que presta serviços contábeis desvirtua sua finalidade 
quando inicia venda de produtos de papelaria. 
Quanto a confusão patrimonial, o §2º estabeleceu que se trata da ausência de separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada por (I) cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do 
administrador ou vice-versa; (II) transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto 
os de valor proporcionalmente insignificante; e (III) outros atos de descumprimento da autonomia 
patrimonial. 
Se levado ao pé da letra, o conceito de confusão patrimonial tornaria praticamente impossível 
não haver desconsideração da personalidade jurídica. Um sócio que toma um clipes de papel 
para ajuntar papeis pessoais estaria a confundir patrimônios. Por isso, a norma prevê que deve 
haver relevância nos atos. Em caso de utilização do capital da pessoa jurídica pelo sócio, para 
pagamento de dívidas pessoais, a conduta deve ser reiterada; no caso de transferências 
patrimoniais, o valor não pode ser insignificante. 
Lembro que essas regras também se aplicam à extensão das obrigações de sócios ou de administradores à 
pessoa jurídica, como dispõe o §3º do art. 50 do Código Civil. E, para barrar excessos, o §4º rege que a mera 
existência de grupo econômico, sem a presença dos requisitos de que trata o caput do art. 50, não autoriza 
a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. 
Além disso, o §3º do art. 50 do Código Civil estabelece a aplicação da desconsideração inversa da 
personalidade jurídica. O disposto no caput e nos §§1º e 2º do art. 50 também se aplica à extensão das 
obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. 
O que é a desconsideração inversa? Exemplo é quando um homem, prestes a se divorciar de sua esposa, 
coloca todo o patrimônio comum numa pessoa jurídica na qual ele é sócio minoritário. Nesse caso, eudesconsidero a personalidade do sócio e atinjo a pessoa jurídica. 
O art. 50 do Código Civil adota a chamada Teoria Maior da desconsideração, ao passo que o Código de Defesa 
do Consumidor, no seu art. 28, §5º, adota a Teoria Menor da desconsideração. Menor porque tem menos 
requisitos (basta que a pessoa jurídica seja obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos 
consumidores); maior porque exige mais requisitos (abuso de personalidade, caracterizado pelo desvio de 
Paulo H M Sousa
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finalidade ou confusão patrimonial, com benefício direto ou indireto às pessoas naturais). Menor porque 
está no menor Código (CDC tem 119 artigos); maior porque está no maior Código (Civil tem 2.046 artigos). 
Não se esqueça! As provas a-d-o-r-a-m cobrar essa diferença! 
 
4 – Direitos da personalidade da pessoa jurídica 
Pessoa jurídica não vota e não tem liberdade sexual, claro. Ainda assim, ela tem alguns direitos 
de personalidade (e sofre dano moral), direitos obrigacionais (pode contratar livremente), 
direitos reais (pode ser proprietária de bens) e até mesmo direitos sucessórios (pode receber 
bens devido a algum falecimento). 
O art. 52 do Código Civil destaca que se aplica às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos 
de personalidade. Não à toa, a Súmula 227 do STJ prevê que a pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
Capítulo II – Associações 
As associações são pessoas jurídicas de direito privado formadas para fins não econômicos, conforme 
estabelece o art. 53 do Código Civil. Veja que nada impede que as associações desenvolvam atividade 
econômica, desde que não haja finalidade lucrativa. 
Pode a associação ter lucro? Pode ela exercer atividades produtivas? Pode, mas o objetivo da 
associação não pode ser a distribuição de lucro social, exatamente o contrário de uma 
sociedade. Se há distribuição de lucro, portanto, trata-se de uma sociedade, e não de uma 
associação. 
Por exemplo, time de futebol. Boa parte deles é associação esportiva. Os clubes não têm atividades 
lucrativas? Claro que sim, vendendo jogadores, recebendo royalties da televisão, ganhando jogos e 
campeonatos etc. De toda forma, eles não distribuem lucros a seus torcedores ou cartolas. 
TEORIA MAIOR
• Código Civil
• Mais requisitos
• Mais artigos
• Maior Código
TEORIA MENOR
• Código de Defesa do Consumidor
• Menos requisitos
• Menos artigos
• Menor Código
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Além disso, o parágrafo único do art. 53 prevê que não há, entre os associados, direitos e obrigações 
recíprocos. Não confunda esse dispositivo com a possiblidade de haver direitos e obrigações recíprocos entre 
o associado e a associação; não há entre os associados em si! 
O que deve conter o Estatuto das associações encontra-se no art. 54: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos; 
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. 
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
Esse Estatuto pode prever categorias de associados com vantagens especiais, mas todos eles devem ter 
iguais direitos (art. 55 do Código Civil). Ainda vale lembrar que a destituição dos administradores e alteração 
do estatuto é de competência privativa da assembleia geral, convocada especialmente para esse fim. 
Atente para o fato de que a qualidade de associado é intransmissível! A não ser que o 
estatuto permita que isso aconteça, segundo o art. 56 do Código Civil. Quanto ao parágrafo 
único desse artigo, dispõe-se que se o associado for titular de quota ou fração ideal do 
patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, por si só, na atribuição da 
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
Capítulo III – Fundações 
A fundação é criada por escritura pública ou por testamento, dotando-a o instituidor de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la, como destaca o 
art. 62 do Código Civil. Dessa maneira, o parágrafo único desse artigo mostra sob quais fins a fundação 
poderá constituir-se: 
I – assistência social; 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III – educação; 
IV – saúde; 
V – segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, 
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX – atividades religiosas. 
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Na instituição da fundação, seu instituidor deve designar o patrimônio que a compõe. Quando, porém, 
insuficientes os fundos para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não 
dispuser o instituidor, incorporados a outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante, segundo 
dispõe o art. 63. 
É importante destacar que no caso de a fundação ser criada por ato entre vivos, o instituidor é obrigado a 
transferir-lhe a propriedade sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por 
mandado judicial (art. 64 do Código Civil). 
O papel do Ministério Público, nesse sentido, será de velar pelas fundações, segundo art. 66, de acordo com 
o respectivo Estado onde situadas as fundações. Se sua atividade se estender por mais de um Estado, 
caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público Estadual, na forma do § 2º do art. 
66 do Código Civil. 
Veja que a expressão “por mais de um Estado”, contida no referido §2º não exclui o Distrito Federal 
e os Territórios. Nesse caso, caberá o encargo ao MPDFT, como prevê o §1º do art. 66. 
Título III – Domicílio 
Com relação à pessoa jurídica, o Código Civil fixa algumas regras a respeito do domicílio no art. 75. O domicílio 
é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde 
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
Além disso, caso a pessoa jurídica tenha diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles 
será considerado domicílio para os atos nele praticados. Se a sede (administração ou diretoria) ficar no 
exterior, o §2º estabelece que o domicílio da pessoa jurídica será, no tocante às obrigações contraídas por 
cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, situado no Brasil, a que ela corresponder. 
Por fim, o domicílio das pessoas jurídicas é o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações. Em resumo, o direito brasileiro admite a pluralidade domiciliar mais ampla para as 
pessoas jurídicas. 
2 – Considerações finais 
Chegamos ao final da aula! Você viu uma pequena parte da matéria, claro. Mas é um assunto muito relevante 
para a compreensão da disciplina como um todo, e super importante nas provas! 
Quaisquer dúvidas,sugestões ou críticas entre em contato comigo. Estou disponível no Fórum de Dúvidas 
do Curso, e-mail e mesmo redes sociais, para assuntos menos sérios. 
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Aguardo você na próxima aula. Até lá! 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
FGV 
PESSOAS JURÍDICAS 
DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 40 AO 52) 
1. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) Maria, de 14 anos, 
desferiu diversas agressões escritas em seu perfil, em rede social, contra o Bar ABC Ltda., cujos prepostos 
se recusaram a vender-lhe bebida alcoólica. Ante a menção desonrosa à imagem do Bar, é correto afirmar 
que: 
(A) o ato não é hábil a gerar dano, ante a falta de capacidade de fato de Maria; 
(B) o Bar poderá buscar tutela jurídica ante a violação de um direito da personalidade; 
(C) Maria, que adquire especial capacidade quando da prática de ato ilícito, responderá pelo dano; 
(D) o Bar não possui capacidade de direito, pelo que é inviável falar-se em danos à sua imagem; 
(E) o Bar nada poderá fazer, pois não é titular de direitos da personalidade. 
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Comentários: 
Esta questão também foi suspensa, não havendo gabarito definitivo. Trata-se do bar, na grande parte dos 
casos, de um Micro Empresário Individual (MEI), essa modalidade empresária, por exemplo, não possui 
expressamente a personalidade jurídica expressa no Código Civil, através do rol do art. 44, no entanto, é 
abrangida pelo texto de caráter extensivo do art. 52, tratando que: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que 
couber, a proteção dos direitos da personalidade.”. Assim, o bar possui as proteções da personalidade 
jurídica, podendo assim exigir a devida reparação civil ante a desonra. Quanto a incapacidade da parte 
requerida, não impede o direito da parte requerente, sendo que a capacidade será averiguada após 
ingressado o pedido. 
GABARITO: X 
2. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) A Turma de ex-
alunos do Colégio XYZ resolve formalizar-se como pessoa jurídica e, para tanto, opta pela espécie 
associação. Quanto à sua existência, diz-se que: 
(A) ocorrerá quarenta e cinco dias após a inscrição do ato constitutivo no registro de pessoas jurídicas; 
(B) ocorrerá quarenta e cinco dias após a lavratura do ato de constituição; 
(C) ocorreu desde a primeira reunião dos ex-alunos; 
(D) ocorrerá quando da inscrição do ato constitutivo no registro de pessoas jurídicas; 
(E) ocorrerá a partir da lavratura do ato de constituição. 
Comentários: 
Esta questão também foi suspensa, não havendo gabarito definitivo. As associações obedecem as regras 
gerais quanto pessoa jurídica de direito privado, fazendo parte do rol do art. 44 do Código Civil. Sendo assim, 
sua existência segue a sorte do art. 45 do Código Civil, definindo a formalidade através da inscrição do ato 
constitutivo no devido registro, assim trazendo que: “Começa a existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar 
o ato constitutivo.”. 
GABARITO: X 
3. (FGV / TJ-AL – 2018) Um grupo de biólogos decide organizar uma pessoa jurídica para apoiar a 
pesquisa científica. Não pretendem acometer finalidade econômica à atividade do novo ente, mas 
desejam, de toda forma, participar ativamente da administração da entidade. 
Diante desse quadro, deve-se indicar ao grupo de biólogos a constituição de: 
(A) partido político; 
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(B) associação; 
(C) grupo de amigos; 
(D) sociedade; 
(E) organização religiosa. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, a constituição dos partidos políticos se 
dará de acordo com lei específica, como se observa no art. 44, §3º: “os partidos políticos serão organizados 
e funcionarão conforme o disposto em lei específica”. 
A alternativa B está correta, e é o gabarito da questão, porque, de acordo com o CC/2002, a união de pessoas 
que se organizam para fins não econômicos é considerada uma associação, como é o caso do grupo de 
biólogos. Tal afirmação pode ser percebida no art. 53: “constituem-se as associações pela união de pessoas 
que se organizem para fins não econômicos”. 
A alternativa C está incorreta, porque, não existe disposição legal para regulamentar um grupo de amigos. 
A alternativa D está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, as sociedades, diferentemente das 
associações, têm como finalidade o exercício de uma atividade econômica, como se pode perceber no art. 
981: “celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou 
serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”. 
A alternativa E está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, as organizações religiosas possuem 
liberdade para serem criadas, estruturadas, bem como organizadas, como se pode perceber no art. 44, §1º: 
“ são livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, 
sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários 
ao seu funcionamento”. 
Gabarito: Letra B. 
4. (FGV / SEFIN-RO – 2018) Acerca da aplicação da desconsideração da personalidade jurídica da 
sociedade empresária, analise as afirmativas a seguir. 
I. Na falência da sociedade empresária, a desconsideração não poderá ser decretada antes do 
encerramento da arrecadação e ficará restrita às pessoas naturais que exerciam a administração ao tempo 
da decretação. 
II. Decretada em incidente processual a desconsideração da personalidade jurídica, deverá ser dissolvida 
compulsoriamente a sociedade, investindo os sócios o liquidante na representação da pessoa jurídica. 
III. Em caso de desvio de finalidade, o juiz poderá decretar a desconsideração da personalidade jurídica 
para estender os efeitos de obrigações assumidas pela sociedade aos sócios. 
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Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II, apenas. 
(D) III, apenas. 
(E) I e II, apenas. 
 Comentários: 
A Afirmativa I está incorreta, porque, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, existe a 
possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, ocorrer antes do encerramento da arrecadação, 
quando houver prejuízo ao consumidor, como é possível se observar no art. 28: “o juiz poderá desconsiderar 
a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, 
excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A 
desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou 
inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração”. 
A afirmativa II está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, não haverá desconsideração compulsória 
da personalidade jurídica, esta deve ocorrer através de requerimento da parte ou do Ministério Público, 
como é possível perceber noart. 50: “em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio 
de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas 
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa 
jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso”. 
A afirmativa III está correta, porque, de acordo com o CC/2002, casa haja desvio de finalidade, poderá o juiz 
desconsiderar a personalidade jurídica para que os efeitos de obrigações assumidas possam afetar os sócios, 
como se pode perceber no art. 50, § 1º: “para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a 
utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer 
natureza”. 
Sendo assim a alternativa D é a correta, e é o gabarito da questão. 
Gabarito: Letra D. 
5. (FGV / PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – 2016) A Associação de Amigos das Aves (AAA), por meio de 
Maria Helena, sua representante e presidente, celebra contrato de locação com Orlando, tendo como 
objeto imóvel de propriedade deste. 
O imóvel servirá de sede da associação, conforme consta do contrato de locação. Após assinado o contrato 
e de posse das chaves do imóvel, Maria Helena passa a nele residir com sua filha. Após seis meses de 
locação, a AAA deixa de pagar os valores referentes ao aluguel, num total de R$ 12.000,00. 
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Depois de uma tentativa frustrada de cobrança amigável dos aluguéis atrasados, Orlando ingressa com 
uma ação de cobrança contra a AAA e Maria Helena. Ao fim do processo, somente Maria Helena é 
condenada a pagar o valor dos aluguéis atrasados, tendo em vista que a AAA dispunha somente de R$ 
100,00 em seu patrimônio. 
Tendo a situação descrita como referência, assinale a afirmativa correta. 
(A) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena jamais 
poderá ser obrigada a pagar os valores devidos, com fundamento no princípio da separação patrimonial. 
(B) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena 
somente poderá ser obrigada a pagar os valores devidos se houver a desconsideração da personalidade da 
sociedade. 
(C) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação e contra Maria Helena, na medida em 
que esta passa a residir no imóvel locado pela associação, tornando-se sua comodatária. 
(D) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que ela é a 
representante da pessoa jurídica. 
(E) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que a 
associação não possui meios de pagamento da dívida. 
Comentários: 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, uma vez que, como o imóvel era a sede da associação, 
a ação de cobrança deveria ser intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena somente estaria 
obrigada a pagar os valores devidos no caso de o juiz, nos termos da lei, desconsiderar a personalidade 
jurídica da associação. No caso hipotético então, frente a falta de fundos para a quitação da dívida, tornou-
se necessário então, que fosse desconsiderada a personalidade jurídica, atingindo, então, Maria Helena, 
como determina o art. 50: “em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas 
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa 
jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso”. 
Gabarito: Letra B. 
ASSOCIAÇÕES E FUNDAÇÕES (ART. 53 AO 69) 
6. (FGV / DPE-RJ – 2019) Pedro, morador de uma área carente, recebeu uma carta informando-o que 
estava em débito com a anuidade da associação de moradores do seu bairro. Ressalte-se que Pedro, no 
fim do ano anterior, tinha solicitado o seu desligamento da associação, o que foi indeferido sob o 
argumento de que a associação atuava em benefício dos moradores. 
À luz do ocorrido, Pedro procurou a Defensoria Pública e solicitou orientação, sendo-lhe informado, 
corretamente, que o seu requerimento foi indeferido de: 
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(A) modo correto, pois todos os moradores devem permanecer vinculados à referida associação; 
(B) forma equivocada, pois ninguém pode ser obrigado a permanecer associado; 
(C) modo correto, pois, como Pedro se associou de modo voluntário, não poderia desligar-se da associação; 
(D) forma equivocada, pois a associação de moradores deveria demonstrar que atuou em benefício de Pedro 
durante o ano 
(E) modo correto, pois o pedido de desligamento só teria eficácia 2 (dois) anos depois. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum associado é obrigado a manter-
se na sociedade se, desta pretende se retirar. Frente a isso, não poderia a associação, mesmo que sobre a 
justificativa de que atuava em benefício dos moradores, continuar cobrando a anuidade de Pedro, como 
demonstra o art. 5º, Inc. XX: “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”. 
A alternativa B está correta, e é o gabarito da questão, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum associado 
é obrigado a manter-se na sociedade se, desta pretende se retirar. Frente a isso, não poderia a associação, 
mesmo que sobre a justificativa de que atuava em benefício dos moradores, continuar cobrando a anuidade 
de Pedro, como demonstra o art. 5º, Inc. XX: “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer 
associado”. 
A alternativa C está incorreta, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum associado é obrigado a manter-
se na sociedade se, desta pretende se retirar, de maneira que em nada interfere a voluntariedade ou não no 
momento da associação, como demonstra o art. 5º, Inc. XX: “ninguém poderá ser compelido a associar-se 
ou a permanecer associado”. 
A alternativa D está incorreta, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum associado é obrigado a manter-
se na sociedade se, desta pretende se retirar. Frente a isso, não poderia a associação, mesmo que sobre a 
justificativa de que atuava em benefício dos moradores, continuar cobrando a anuidade de Pedro, como 
demonstra o art. 5º, Inc. XX: “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”. 
A alternativa E está incorreta, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum associado é obrigado a manter-
se na sociedade se, desta pretende se retirar. Sendo assim, não há o que se falar em necessidade de tempo 
mínimo para que haja a eficácia do pedido de desligamento. 
Gabarito: Letra B. 
7. (FGV / TJ-SC – 2018) Jorge, Felipe e Marcela pretendem exercer, conjuntamente, atividade 
econômica voltada para prestação de serviços de barbearia, por meio da qual buscarão distribuir lucros 
para o sustento de suas famílias. 
Para tanto, pretendem constituir uma pessoa jurídica, sendo-lhes adequado o tipo: 
(A) fundação; 
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(B) associação; 
(C) sociedade; 
(D) organização religiosa; 
(E) empresa individual de responsabilidade limitada. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, as fundações não podem ter comofinalidade atividade econômica, mesmo que esta seja revertida em benesse para outrem, como é possível 
perceber no art. 62, parágrafo único: “a fundação somente poderá constituir-se para fins de: assistência 
social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; educação; saúde; segurança 
alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, 
modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos; promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; atividades religiosas”. 
A alternativa B está incorreta, porque, o CC/2002 determina que as associações sejam a união de pessoas 
que se organizam para fins não econômicos, de acordo com o expresso no art. 53: “constituem-se as 
associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. 
A alternativa C está correta, e é o gabarito da questão, porque, o CC/2002 determina que as pessoas que se 
obrigam a retribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e, partilham entre si os 
lucros, constituem uma sociedade, como é possível perceber no art. 981: “celebram contrato de sociedade 
as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade 
econômica e a partilha, entre si, dos resultados”. 
A alternativa D está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, as organizações religiosas possuem 
liberdade para serem criadas, estruturadas, bem como organizadas, como se pode perceber no art. 44, §1º: 
“ são livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, 
sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários 
ao seu funcionamento”. 
A alternativa E está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, uma Empresa Individual de 
Responsabilidade Limitada, deve ser constituída uma única pessoa a qual será a única titular do capital social 
gerado, diferentemente da situação retratada, como é possível perceber no art. Art. 980-A: “a empresa 
individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital 
social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente 
no País”. 
Gabarito: Letra C. 
8. (FGV / TJ-AL – 2018) A Associação Amigos de Ponta Verde, constituída por moradores do bairro, 
decide, em assembleia regular, explorar cantina em sua sede, com o propósito de melhorar seu caixa com 
o lucro da atividade. 
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Essa deliberação é considerada: 
(A) válida, pois o lucro será destinado à associação; 
(B) nula, pois a associação não pode ter fins econômicos; 
(C) ineficaz quanto aos associados, uma vez que não receberão os lucros; 
(D) ilícita, já que não faz parte do objeto social; 
(E) legal, pois o lucro deverá ser partilhado entre os associados. 
Comentários: 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, uma vez que a situação hipotética retratada é válida, 
pois, de acordo com o CC/2002, a finalidade da associação deve ser não econômica, o que não a priva de 
levantar fundos para sua própria manutenção, como se pode perceber no art. 53: “constituem-se as 
associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. 
Gabarito: Letra A. 
DOMICÍLIO (ART. 70 AO 78) 
9. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) A sociedade PQR 
Serviços Ltda., estabelecida em Maceió e onde se reúne a diretoria, possui três sócios-administradores: 
Paulo, que reside em Marechal Deodoro; Quênia, em Barra de Santo Antônio; e Rita, em Paripueira. Nessa 
hipótese, pode(m)-se considerar como domicílio de PQR Serviços Ltda.: 
(A) Barra de Santo Antônio; 
(B) Maceió; 
(C) Paripueira; 
(D) Maceió, Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio e Paripueira; 
(E) Marechal Deodoro. 
Comentários: 
Esta questão foi suspensa, portanto não foi disposto gabarito. No entanto, a resolução baseia-se no art. 75 
do Código Civil, exposto abaixo, que traz o que se considera como domicílio de pessoa jurídica, englobando 
as organizações societárias, assim dispondo que o domicílio desta será o lugar de funcionamento, mas 
também pode ser eleito o domicílio especial através do acordo entre os sócios, na constituição desta ou 
propriamente no estatuto. 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
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IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou 
onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
GABARITO: X 
10. (FGV / TJ-AL – 2018) Carlos, serventuário do Poder Judiciário, reside em Marechal Deodoro, leciona 
em centro universitário localizado em Maceió e está lotado na Comarca de São Miguel dos Campos, onde 
exerce suas funções. 
Diante desse quadro, Carlos possui domicílio necessário em: 
(A) Maceió e São Miguel dos Campos; 
(B) Marechal Deodoro; 
(C) Maceió; 
(D) Marechal Deodoro e Maceió; 
(E) São Miguel dos Campos. 
Comentários: 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, uma vez que, de acordo com o CC/2002, o servidor 
público terá domicílio necessário no local onde exercer permanentemente as suas funções, que no caso de 
Carlos, será em São Miguel dos Campos, como é possível constatar, de acordo com o art. 76, parágrafo único: 
“têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. O domicílio do 
incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer 
permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede 
do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver 
matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença”. É importante salientar que o domicílio 
necessário se divide em originário e legal, ou seja, quando é necessário por conta da origem, onde a pessoa 
nasceu e, quando é necessário por conta de determinação legal, como é o caso do servidor público. 
Gabarito: Letra E. 
LISTA DE QUESTÕES 
FGV 
PESSOAS JURÍDICAS 
DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 40 AO 52) 
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1. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) Maria, de 14 anos, 
desferiu diversas agressões escritas em seu perfil, em rede social, contra o Bar ABC Ltda., cujos prepostos 
se recusaram a vender-lhe bebida alcoólica. Ante a menção desonrosa à imagem do Bar, é correto afirmar 
que: 
(A) o ato não é hábil a gerar dano, ante a falta de capacidade de fato de Maria; 
(B) o Bar poderá buscar tutela jurídica ante a violação de um direito da personalidade; 
(C) Maria, que adquire especial capacidade quando da prática de ato ilícito, responderá pelo dano; 
(D) o Bar não possui capacidade de direito, pelo que é inviável falar-se em danos à sua imagem; 
(E) o Bar nada poderá fazer, pois não é titular de direitos da personalidade. 
2. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) A Turma de ex-
alunos do Colégio XYZ resolve formalizar-se como pessoa jurídica e, para tanto, opta pela espécie 
associação. Quanto à sua existência, diz-se que: 
(A) ocorrerá quarenta e cinco dias após ainscrição do ato constitutivo no registro de pessoas jurídicas; 
(B) ocorrerá quarenta e cinco dias após a lavratura do ato de constituição; 
(C) ocorreu desde a primeira reunião dos ex-alunos; 
(D) ocorrerá quando da inscrição do ato constitutivo no registro de pessoas jurídicas; 
(E) ocorrerá a partir da lavratura do ato de constituição. 
3. (FGV / TJ-AL – 2018) Um grupo de biólogos decide organizar uma pessoa jurídica para apoiar a 
pesquisa científica. Não pretendem acometer finalidade econômica à atividade do novo ente, mas 
desejam, de toda forma, participar ativamente da administração da entidade. 
Diante desse quadro, deve-se indicar ao grupo de biólogos a constituição de: 
(A) partido político; 
(B) associação; 
(C) grupo de amigos; 
(D) sociedade; 
(E) organização religiosa. 
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4. (FGV / SEFIN-RO – 2018) Acerca da aplicação da desconsideração da personalidade jurídica da 
sociedade empresária, analise as afirmativas a seguir. 
I. Na falência da sociedade empresária, a desconsideração não poderá ser decretada antes do 
encerramento da arrecadação e ficará restrita às pessoas naturais que exerciam a administração ao tempo 
da decretação. 
II. Decretada em incidente processual a desconsideração da personalidade jurídica, deverá ser dissolvida 
compulsoriamente a sociedade, investindo os sócios o liquidante na representação da pessoa jurídica. 
III. Em caso de desvio de finalidade, o juiz poderá decretar a desconsideração da personalidade jurídica 
para estender os efeitos de obrigações assumidas pela sociedade aos sócios. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II, apenas. 
(D) III, apenas. 
(E) I e II, apenas. 
5. (FGV / PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – 2016) A Associação de Amigos das Aves (AAA), por meio de 
Maria Helena, sua representante e presidente, celebra contrato de locação com Orlando, tendo como 
objeto imóvel de propriedade deste. 
O imóvel servirá de sede da associação, conforme consta do contrato de locação. Após assinado o contrato 
e de posse das chaves do imóvel, Maria Helena passa a nele residir com sua filha. Após seis meses de 
locação, a AAA deixa de pagar os valores referentes ao aluguel, num total de R$ 12.000,00. 
Depois de uma tentativa frustrada de cobrança amigável dos aluguéis atrasados, Orlando ingressa com 
uma ação de cobrança contra a AAA e Maria Helena. Ao fim do processo, somente Maria Helena é 
condenada a pagar o valor dos aluguéis atrasados, tendo em vista que a AAA dispunha somente de R$ 
100,00 em seu patrimônio. 
Tendo a situação descrita como referência, assinale a afirmativa correta. 
(A) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena jamais 
poderá ser obrigada a pagar os valores devidos, com fundamento no princípio da separação patrimonial. 
(B) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena 
somente poderá ser obrigada a pagar os valores devidos se houver a desconsideração da personalidade da 
sociedade. 
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(C) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação e contra Maria Helena, na medida em 
que esta passa a residir no imóvel locado pela associação, tornando-se sua comodatária. 
(D) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que ela é a 
representante da pessoa jurídica. 
(E) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que a 
associação não possui meios de pagamento da dívida. 
ASSOCIAÇÕES E FUNDAÇÕES (ART. 53 AO 69) 
6. (FGV / DPE-RJ – 2019) Pedro, morador de uma área carente, recebeu uma carta informando-o que 
estava em débito com a anuidade da associação de moradores do seu bairro. Ressalte-se que Pedro, no 
fim do ano anterior, tinha solicitado o seu desligamento da associação, o que foi indeferido sob o 
argumento de que a associação atuava em benefício dos moradores. 
À luz do ocorrido, Pedro procurou a Defensoria Pública e solicitou orientação, sendo-lhe informado, 
corretamente, que o seu requerimento foi indeferido de: 
(A) modo correto, pois todos os moradores devem permanecer vinculados à referida associação; 
(B) forma equivocada, pois ninguém pode ser obrigado a permanecer associado; 
(C) modo correto, pois, como Pedro se associou de modo voluntário, não poderia desligar-se da associação; 
(D) forma equivocada, pois a associação de moradores deveria demonstrar que atuou em benefício de Pedro 
durante o ano 
(E) modo correto, pois o pedido de desligamento só teria eficácia 2 (dois) anos depois. 
7. (FGV / TJ-SC – 2018) Jorge, Felipe e Marcela pretendem exercer, conjuntamente, atividade 
econômica voltada para prestação de serviços de barbearia, por meio da qual buscarão distribuir lucros 
para o sustento de suas famílias. 
Para tanto, pretendem constituir uma pessoa jurídica, sendo-lhes adequado o tipo: 
(A) fundação; 
(B) associação; 
(C) sociedade; 
(D) organização religiosa; 
(E) empresa individual de responsabilidade limitada. 
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8. (FGV / TJ-AL – 2018) A Associação Amigos de Ponta Verde, constituída por moradores do bairro, 
decide, em assembleia regular, explorar cantina em sua sede, com o propósito de melhorar seu caixa com 
o lucro da atividade. 
Essa deliberação é considerada: 
(A) válida, pois o lucro será destinado à associação; 
(B) nula, pois a associação não pode ter fins econômicos; 
(C) ineficaz quanto aos associados, uma vez que não receberão os lucros; 
(D) ilícita, já que não faz parte do objeto social; 
(E) legal, pois o lucro deverá ser partilhado entre os associados. 
DOMICÍLIO (ART. 70 AO 78) 
9. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) A sociedade PQR 
Serviços Ltda., estabelecida em Maceió e onde se reúne a diretoria, possui três sócios-administradores: 
Paulo, que reside em Marechal Deodoro; Quênia, em Barra de Santo Antônio; e Rita, em Paripueira. Nessa 
hipótese, pode(m)-se considerar como domicílio de PQR Serviços Ltda.: 
(A) Barra de Santo Antônio; 
(B) Maceió; 
(C) Paripueira; 
(D) Maceió, Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio e Paripueira; 
(E) Marechal Deodoro. 
10. (FGV / TJ-AL – 2018) Carlos, serventuário do Poder Judiciário, reside em Marechal Deodoro, leciona 
em centro universitário localizado em Maceió e está lotado na Comarca de São Miguel dos Campos, onde 
exerce suas funções. 
Diante desse quadro, Carlos possui domicílio necessário em: 
(A) Maceió e São Miguel dos Campos; 
(B) Marechal Deodoro; 
(C) Maceió; 
(D) Marechal Deodoro e Maceió; 
Paulo H M Sousa
Aula 02
Direito Civil p/ TJ-GO (Analista Judiciário - Área Judiciária) - 2021 - Pré-Edital
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(E) São Miguel dos Campos. 
GABARITO 
 
 
FGV 
 
1. TJ-AL -2018 X 
2. TJ-AL – 2018 B 
3. TJ-AL – 2018 B 
4. SEFIN-RO – 2018 D 
5. PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – 2016 B 
6. DPE-RJ – 2019 B 
7. TJ-SC – 2018 C 
8. TJ-AL – 2018 A 
9. TJ-AL – 2018 X 
10. TJ-AL – 2018 E
 
Paulo H M Sousa
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