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Prévia do material em texto

Comércio Exterior e 
Logística Internacional
Fatores estratégicos para a internacionalização
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Giovana Gavioli
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
5
•	Internacionalização
•	Operacionalização - radar
•	Adaptação e padronização
•	Operacionalização - desembaraço 
e parametização
•	NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
•	Comercialização de produtos/serviços
•	Operacionalização - classificação fiscal
•	TEC - Tarifa Externa Comum
Nesta segunda Unidade, discutiremos a importância da 
internacionalização da empresa e quanto ela pode estabelecer 
como envolvimento em suas operações de comércio internacional. 
Entenderemos a importância da análise de mercado para 
a definição de padronização ou adaptação de processos. 
Finalizaremos com a explanação de processos operacionais 
da atividade de comércio internacional como a habilitação no 
Radar, os processos de desembaraço e suas parametrizações e 
os objetivos da classificação fiscal. Temos também uma ótima 
proposta para a atividade de aprofundamento.
Fatores estratégicos para a 
internacionalização
Para iniciar a unidade, acesse o conteúdo teórico e o vídeo da Unidade, que auxiliarão 
o aprofundamento e entendimento do tema. Realize as atividades de sistematização e 
aprofundamento, esta última com um interessante case sobre a empresa Li & Fung e sua 
impressionante estrutura global de produtos têxteis. Se quiser relembrar conceitos, acesse 
a apresentação narrada. Se desejar aprofundá-los, entre no Material Complementar e leia o 
material indicado sobre internacionalização e customização em massa, que contribui com os 
temas de padronização e adaptação. Oriente-se pela representação visual da Unidade e não 
deixe de consultar seu calendário e se programar para entregar as atividades dentro do prazo.
6
Unidade: Fatores estratégicos para a internacionalização
Contextualização
 · Qual grau de envolvimento a empresa deve estabelecer ao decidir participar do 
Comércio Internacional?;
 · Quais os fatores a serem analisados na decisão de internacionalização da empresa?;
 · Como a internacionalização interfere nos processos de adaptação ou padronização de 
produtos ou serviços?;
 · De que forma a empresa pode operacionalizar o Comércio Internacional?;
No que consiste a classificação fiscal e quais os seus objetivos?
A Internacionalização das operações da empresa exige uma análise cuidadosa dos processos a 
serem realizados. Diversos fatores devem ser estudados a fim de verificar que tipo de adaptações 
ou padronizações podem ser realizadas nos produtos e nos serviços das empresas que desejam 
exportar ou importar seus produtos.
Nesta Unidade, conheceremos também as cláusulas dos contratos internacionais e as principais 
operações que regem o Comércio Exterior brasileiro, como as regras de Radar, desembaraço e 
parametrização e Classificação Fiscal.
7
Internacionalização
Você sabia que o primeiro contato da empresa com o mercado internacional geralmente 
se dá ao acaso? Seja por indicação, uma participação em feiras de negócios ou um anúncio 
em revista especializada, a empresa pode receber compradores internacionais interessados 
em seu produto.
Inicialmente, isso pode representar uma transação aleatória para a empresa, mas se o mercado 
é analisado com cuidado, por vezes o lucro proporcionado pode ser muito atrativo para que a 
empresa invista em transações internacionais cada vez mais frequentes.
Para que isso aconteça, existem diferentes níveis de internacionalização, desde uma simples 
remessa até o estabelecimento de subsidiárias no país de destino das mercadorias, conforme 
o quadro 1.
Quadro 1. Graus de envolvimento no Comércio Internacional.
Envolvimento no comércio internacional Práticas
Não Interessado A empresa manifesta interesse, mas prefere o mer-cado interno.
Parcialmente interessado Recebe e atende pedidos, mas sem um planejamen-to estratégico para tal.
Exportador/importador experimental Realiza comércio apenas com países vizinhos e de cultura similar.
Exportador/importador ativo
Modifica e adapta seus produtos para atender os 
mercados internos e externos. A atividade passa a 
fazer parte da estratégia, dos planos e do orçamento 
da empresa.
Fonte: Elaborado pela própria autora.
Percebemos que, para participar do mercado internacional de forma ativa, a empresa deve 
estabelecer uma estratégia e, para evitar maiores problemas, deve definir com antecipação qual 
o grau de envolvimento desejado. 
Com base na maior quantidade de informações possíveis, a empresa deve decidir se vale a 
pena investir em determinado mercado para exportação ou importação.
Vamos conhecer os principais fatores estratégicos a serem analisados pelas empresas quando 
da sua decisão de internacionalização, conforme o quadro 2.
Quadro 2. Fatores estratégicos de análise na internacionalização.
Fator Análise
Geográfico
Qual a distância do país para o qual a empresa deseja exportar ou do qual pretende 
importar produtos. A análise geográfica engloba um estudo logístico, que pode enca-
recer e até inviabilizar a operação.
Econômico Qual o poder aquisitivo da população do país para o qual a empresa pretende expor-tar produtos. Ele é compatível com o preço final do produto ou do serviço?
8
Unidade: Fatores estratégicos para a internacionalização
Sociopolítico
Qual a legislação vigente no país de origem ou de destino. Existe alguma restrição 
específica ao produto? A avaliação sociopolítica visa a identificar fatores impediti-
vos como controles sanitários, burocráticos, documentais, qualitativos e quantitativos, 
que podem afetar radicalmente as perspectivas de comercialização.
Cultural A cultura do país exige adaptações do produto ou do serviço?
Tecnológico Avaliar qual a capacidade de aceitação da qualidade do material
Fonte: Adaptado de David e Stewart (2010).
Somente depois de avaliados todos estes fatores, a empresa estará apta a decidir se vale a 
pena investir no mercado internacional e qual será sua estratégia de envolvimento. 
Por exemplo, ela pode escolher ser pioneira, introduzindo um produto novo em um mercado 
novo ou entrar no mercado de forma concorrente, ou seja, colocar um produto novo em um 
mercado existente. 
A coleta destas informações pode ser feita em diversas fontes governamentais e não governamentais.
 
 Explore
•MDIC	-	Ministério	do	Desenvolvimento,	Indústria	e	Comércio	Exterior:	www.mdic.gov.br;
•APEX	-	Agência	Brasileira	de	Promoção	de	Exportações	e	 Investimentos:	http://www.apexbrasil.
com.br/portal/;
•Aprendendo	a	Exportar:	www.aprendendoaexportar.gov.br;
•Câmaras	de	Comércio	dos	países	para	os	quais	se	pretende	exportar	ou	importar	como	a	AMCHAM	
–	Câmara	Americana	de	Comércio:	http://www.amcham.com.br;
•Consulados	e	Embaixadas	como	o	Consulado	Geral	de	Portugal:	http://consuladoportugalsp.org.br;
•Federações	como	a	FIESP	–	Federação	das	Indústrias	do	Estado	de	São	Paulo:	http://www.fiesp.com.br/.
Adaptação e padronização
Para entrar em um novo mercado, a empresa pode optar por duas estratégias em relação aos 
seus	produtos	e	serviços:	a padronização ou a adaptação, conforme Minervini (2008).
A padronização consiste em projetar produtos e serviços para os quais as estratégias de 
produção, marketing	e	distribuição	sejam	as	mesmas	para	o	mundo	todo.	Vejamos	alguns	exemplos:
 · Na década de 1990, as empresas automobilísticas japonesas conquistaram clientes das 
empresas canadenses e americanas criando produtos de alta qualidade e baixo custo 
www.mdic.gov.br
http://www.apexbrasil.com.br/portal/
www.aprendendoaexportar.gov.br
http://www.amcham.com.br
http://www.fiesp.com.br/
9
para todos os países. Os custos das outras empresas eram mais altos, pois seus produtos 
eram projetados especificamente para cada país;
 · A	empresa	Black	&	Decker®	padronizou	a	sua	linha	de	ferramentas	manuais	e	tornou-se	
muito mais competitiva internacionalmente;
 · A	Coca-Cola®	possui	 um	produto	 padronizado	 globalmente,mas	 com	propagandas	
ajustadas para cada cultura.
A adaptação acontece quando as empresas realizam sua produção, divulgação, vendas e 
distribuição a fim de atender a cada cultura de cada país comprador. 
Para conseguir adaptar seus produtos e serviços de forma apropriada, a empresa precisa antes 
realizar uma pesquisa de mercado para entender os costumes, gostos, hábitos e comportamento 
de	seus	possíveis	compradores.	Vamos	ver	alguns	exemplos:
 · Os franceses não bebem suco de laranja no café da manhã;
 · Em algumas cidades do México, o detergente de lavanderia é utilizado para lavar as 
mãos e não roupas;
 · A	empresa	Parker®	sofreu	grandes	perdas	em	suas	vendas	ao	reduzir	os	estilos	de	canetas	
oferecidos aos seus clientes, de 500 para 100. Muitos países compradores apreciavam as 
várias opções oferecidas.
Além da cultura, de crenças e valores, os compradores de outros países também possuem 
diferentes processos decisórios. As principais mudanças de uma cultura para outra podem ser 
identificadas	em	dois	estudos:
 · Estudo cross-cultural – tem como objetivo identificar similaridades e diferenças entre 
nações a partir de um grupo de variáveis. Pressupõe que as culturas têm um princípio 
comum a partir de uma mesma evolução cultural, agrupando características e padrões 
de comportamento;
 · Estudo national character – caracteriza o comportamento de uma nação a partir 
de determinados fenômenos. Pressupõe a existência de comportamentos iguais e 
homogeneidade psicológica e cultural entre os cidadãos de cada país, tratando-o como 
um indivíduo coletivo.
A partir da realização dos estudos, as empresas podem encontrar similaridades ou diferenças 
e optar por manter o produto e serviço oferecido no mercado nacional também para o mercado 
global, sem modificações; adaptar somente seus esforços de marketing, sem adaptar o produto; 
criar e confeccionar produtos e serviços adaptados à legislação e cultura dos compradores, 
modificando parte ou completamente a sua ideia original. 
Por	exemplo:	o	automóvel	Palio®	possui	uma	plataforma	única	de	produção,	mas	adaptado	nos	
demais componentes para atender à legislação, clima, estradas, custos etc., uma adaptação parcial. 
O	McDonald’s®,	nas	Filipinas,	possui	um	cardápio	todo	voltado	para	os	costumes	locais	
incluindo frango frito com arroz e espaguete, oferecendo, portanto, produtos e serviços 
totalmente adaptados.
10
Unidade: Fatores estratégicos para a internacionalização
Para Pensar
Você conhece outros produtos que são especificamente adaptados para a realidade do nosso 
país? E se você fosse criar um produto somente para brasileiros? O que não poderia faltar?
Outros exemplos de adaptação acontecem com a fabricação do produto, embalagem, 
catálogos	e	preços:
 · Design e embalagem devem levar em conta os costumes sociais ou religiosos do 
país importador;
 · Símbolos, sinais, cores, rotulagem, dizeres podem ser contrários ao modo de vida do 
país de destino;
 · Embalagem de transporte também deve ser modificada para proporcionar maior 
segurança contra roubos, furtos, violações, danos e avarias;
 · Os produtos em sua composição devem estar de acordo com as normas do país 
importador (segurança, fitossanitários etc.);
 · Catálogos:	 língua	 e	 terminologia	 do	 país	 de	 destino,	 dados	 técnicos,	 voltagens,	
pesos, dimensões;
 · Preço:	conhecer	os	custos	de	produção	detalhados	mais	frete,	impostos,	taxas	do	país	
de destino.
Comercialização de produtos/serviços
Obviamente, existem riscos em utilizar qualquer uma das formas de comercialização do 
produto em país estrangeiro. Os principais se relacionam à questão do mercado cinza e à 
mercadoria falsificada. 
Mercado cinza –
 
mercadorias 
legítimas vendid
as
 fora dos canais
 de 
distribuição regu
lares 
de uma empres
a.
 
Mercado falsificada – 
cópias dos produtos 
originais, vendidas sob 
a mesma marca ou 
nome e logotipo muito 
semelhantes, geralmente 
de pior qualidade e preço 
inferior ao produto 
genuíno.
11
É importante que a empresa que deseja exportar ou importar seus produtos realize um 
contrato mercantil com o vendedor ou comprador, estabelecendo as vontades e obrigações 
das partes interessadas, responsabilidades e penalidades quanto a falhas, substituição de peças, 
devolução de valores etc. Algumas das principais cláusulas em contratos internacionais estão 
expressas no Quadro 3.
 Quadro 3. Principais cláusulas em contratos mercantis internacionais.
Incoterms Prazos de Entrega
Condições de Pagamento Embalagem
Volumes mínimos por embarque Documentos a serem utilizados
Volumes máximos por embarque Validade da Cotação
Garantia Assinatura do Contrato Mercantil
 Fonte: Elaborado pela própria autora.
Operacionalização - radar
Antes de iniciar suas operações no mercado internacional, a empresa deve providenciar o 
seu RADAR, ou seja, o seu cadastramento no Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação 
dos Intervenientes Aduaneiros. Este cadastramento permite que a empresa acesse o Sistema 
Integrado de Comércio Exterior. 
O	Radar	se	divide	em	Simplificado,	Especial	e	Ordinário:	
 · Simplificado para pessoas jurídicas que operem exportando ou importando produtos e 
pessoas físicas que importam para uso próprio;
 · Especial:	para	órgãos	públicos	e	organismos	estrangeiros;
 · Ordinário:	para	pessoas	jurídicas	que	operem	habitualmente,	exportando	ou	importando	produtos.
 
 Explore
Para saber mais sobre os procedimentos para o Radar e sobre a operacionalização das importações 
e	exportações,	acesse:	www.receita.fazenda.gov.br/aduana
O que difere na necessidade do Radar Simplificado ou Ordinário para pessoas jurídicas é o 
valor	importado	ou	exportado	anualmente:
 · Para	exportações	FOB	até	USD	150.000	ou	moeda	equivalente	ou	 importações	CIF	
USD 150.000 ou moeda equivalente, a empresa deve tirar o Radar simplificado;
 · Para empresas que operem acima deste valor, tanto nas exportações quanto nas 
importações – ou em ambas, o Radar deve ser o Ordinário.
http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana
12
Unidade: Fatores estratégicos para a internacionalização
Operacionalização - desembaraço e parametrização
Desembaraçar significa legalizar a mercadoria importada ou exportada para consumo 
no mercado interno ou envio ao mercado externo. É durante o desembaraço que a Receita 
Federal verifica a exatidão dos dados declarados pelo importador ou exportador em relação à 
mercadoria, aos documentos apresentados e à legislação vigente. É também neste momento 
que	os	impostos	de	importação	são	recolhidos,	sendo	eles:
 · II:	Imposto	de	Importação;
 · IPI:	Imposto	sobre	Produtos	Industrializados;
Incidem também sobre os produtos importados o PIS/PASEP, a COFINS e o ICMS, este 
último conforme a legislação tributária de cada estado.
No	Brasil,	não	existem	impostos	incidentes	na	exportação.
O processo é feito por meio de um despachante aduaneiro e o tempo de desembaraço 
depende	da	parametrização,	que	é	a	atribuição	automática	feita	pelo	SISCOMEX	para	um	dos	
canais de verificação, conforme Quadro 4.
 Quadro 4. Canais de Parametrização – exportação e importação.
Importação Exportação
Verde Verde
Amarelo Laranja
Vermelho Vermelho
Cinza
 Fonte: Elaborado pela autora.
Para processos em canal verde, a fiscalização somente realiza uma análise das informações 
colocadas no sistema, dispensando exame documental ou físico do material. Seu prazo de 
liberação é de 1 a 2 dias úteis.
Processos em canal amarelo (importação) ou laranja (exportação) são analisados 
documentalmente, ou seja, a fiscalização da Receita Federal verifica se todos os dados do 
Siscomex batem com a documentação física apresentada. Seu prazo de liberação é de 3 a 4 
dias úteis.
Para o canal vermelho, a fiscalização realiza uma verificação documental seguida de uma 
análise física do material, podendo solicitar a abertura de volumes, desde que com a presença 
do importador ou exportador. Este canal demora entre 7 a 10 dias úteispara ser liberado.
A importação também possui um canal adicional de liberação, o cinza. Além de todas as 
análises dos canais anteriores, a verificação deste canal inclui uma análise do valor do produto 
importado a fim de evitar sonegação de impostos. Este tipo de canal pode levar de 3 a 6 meses 
para liberação, dependendo da análise apresentada pela Receita Federal.
13
O prazo de liberação pode variar de local para local e de Estado para Estado. Cabe ao 
importador e ao exportador conversarem com seu despachante aduaneiro para verificar aquele 
que mais se adeque às suas operações.
O desembaraço aduaneiro é o ato final do processo de importação ou exportação. Depois 
de desembaraçada, a mercadoria poderá ser entregue ao importador ou poderá seguir viagem, 
no caso de exportação.
Operacionalização - classificação fiscal
Um importante passo para a operacionalização do Comércio Internacional da empresa é a 
Classificação Fiscal de seus produtos ou serviços. 
A	 Classificação	 Fiscal	 deriva	 do	 Sistema	 Harmonizado	 de	 Designação	 e	 Codificação	 de	
Mercadorias,	ou	simplesmente	Sistema	Harmonizado.	
Ele foi criado em 1985, por uma Convenção Internacional de países que estabeleceram 
códigos numéricos em uma lista ordenada de posições e subposições. Atualmente, existem 
5.019 grupos distintos de mercadorias, identificadas por um código de seis (6) dígitos. 
A ordem segue de forma progressiva, iniciando pelos animais vivos e terminando com obras 
de arte, passando por matérias-primas e produtos semielaborados. 
Quanto maior a participação do homem na elaboração da mercadoria ou na prestação do 
serviço, mais elevado é o número do capítulo de classificação.
São	objetivos	da	classificação	fiscal	de	mercadorias:
 · Identificar a mercadoria ou o serviço;
 · Padronização de linguagem;
 · Entendimento indiferente de cultura, idioma, normas e hábitos;
 · Nas negociações internacionais, não deixa qualquer tipo de dúvida sobre qual produto/
serviço é tratado na comercialização;
 · Descrever produtos ou serviços desde suas características genéricas até detalhes mais 
específicos que os individualizam;
 · Definir impostos e tarifas incidentes sobre a mercadoria;
 · Indicar incentivos governamentais;
 · Adição em acordos internacionais;
 · Estatísticas de Comércio Exterior.
14
Unidade: Fatores estratégicos para a internacionalização
NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
Segundo o site do MDIC (2011), a Convenção Internacional estabelece que cada país pode 
adicionar	quantos	dígitos	 forem	necessários	ao	Sistema	Harmonizado,	criando	o	seu	próprio	
sistema de codificação. Contudo, qualquer adição numérica somente pode ser realizada depois 
dos seis primeiros dígitos, que são inerentes ao sistema harmonizado.
Por	 isso,	 após	 a	 criação	 do	 Bloco	 Econômico	 do	 Sul,	 denominado	 Mercosul,	 os	 países	
membros,	 incluindo	 o	 Brasil	 criaram	 uma	 classificação	 fiscal	 a	 ser	 utilizada	 pelos	 países	 do	
Bloco,	denominada	de	NCM	–	Nomenclatura	Comum	do	Mercosul,	que	possui	os	seis	dígitos	
do	Sistema	Harmonizado	e	mais	dois	dígitos	ao	final,	no	total	de	oito	dígitos.	A	NCM	é	dividida	
em capítulo, posição, subposição, item e subitem.
Exemplo
NCM 3926.90.40 ⇒ Artigos de laboratório ou de farmácia
39 ===⇒ Capítulo
26 ===⇒ Posição
90 ===⇒ Subposição
40 ===⇒ Item (4) Subitem (0).
Podemos entender, portanto, que a NCM 3926.90.40 significa artigos de laboratório ou de farmácia 
em	qualquer	parte	do	mundo,	inclusive	nos	países	do	Bloco		Econômico,	Mercosul.
TEC - Tarifa Externa Comum
A	classificação	fiscal	determina	a	tarifação	de	cada	produto	dentro	dos	países	do	Bloco.	Para	
o Mercosul, foi criada a TEC. Qualquer produto que seja importado por qualquer país membro 
do Mercosul, possui a mesma porcentagem de II – Imposto de Importação, que variam entre 2 
a 20%. Isso garante ao bloco econômico igualdade entre seus participantes.
 
 Explore
Para	baixar	o	TEC	vigente	no	Brasil	e	no	Mercosul,	acesse:	www.desenvolvimento.gov.br/portalm-
dic/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=3361
http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana
15
Resumindo
A participação da empresa no Comércio Internacional pode variar desde não interessada, 
parcialmente interessada, experimental e ativo;
Diferente de uma participação não interessada, um exportador/importador ativo, modifica 
e adapta seus produtos para atender aos mercados internos e externos, fazendo com que a 
atividade faça parte de sua estratégia, dos planos e do orçamento da empresa;
A empresa deve analisar diversos fatores estratégicos para sua internacionalização como 
fatores geográficos, econômicos, sociopolíticos, culturais e tecnológicos;
A padronização consiste em projetar produtos e serviços para os quais as estratégias de 
produção, marketing, distribuição sejam as mesmas para o mundo todo;
A adaptação acontece quando as empresas realizam sua produção, divulgação, vendas e 
distribuição a fim de atender a cada cultura de cada país comprador. Para conseguir adaptar 
seus produtos e serviços de forma apropriada, a empresa precisa, antes, realizar uma pesquisa 
de mercado para entender os costumes, gostos, hábitos e comportamento de seus possíveis 
compradores. Outros exemplos de adaptação acontecem com a fabricação do produto, 
embalagem, catálogos e preços;
É importante que a empresa que deseja exportar ou importar seus produtos realize um 
contrato mercantil com o vendedor ou comprador, estabelecendo as vontades e obrigações 
das partes interessadas, responsabilidades e penalidades quanto a falhas, substituição de peças, 
devolução de valores etc.;
Antes de iniciar suas operações no mercado internacional, a empresa deve providenciar o 
seu RADAR, ou seja, o seu cadastramento no Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação 
dos Intervenientes Aduaneiros. Este cadastramento permite que a empresa acesse o Sistema 
Integrado de Comércio Exterior;
Desembaraçar significa legalizar a mercadoria importada ou exportada para consumo no 
mercado interno ou envio ao mercado externo. O processo é feito por meio de um despachante 
aduaneiro e o tempo de desembaraço depende da parametrização, que é a atribuição automática 
feita	 pelo	 SISCOMEX	 para	 um	 dos	 canais	 de	 verificação,	 que	 podem	 ser	 verde,	 amarelo,	
vermelho ou cinza na importação e verde, laranja ou vermelho na exportação;
A	 Classificação	 Fiscal	 deriva	 do	 Sistema	 Harmonizado	 de	 Designação	 e	 Codificação	 de	
Mercadorias, possuindo atualmente 5.019 grupos distintos de mercadorias, identificadas por 
um código de seis (6) dígitos;
A classificação tem como objetivo a padronização de linguagem e identificação do produto 
ou do serviço em qualquer parte do mundo;
Quanto maior a participação do homem na elaboração da mercadoria ou na prestação do 
serviço, mais elevado é o número do capítulo de classificação;
A NCM é a adaptação do sistema harmonizado para utilização no bloco econômico do 
Mercosul,	 do	 qual	 o	 Brasil	 faz	 parte;	 O	 bloco	 possui	 uma	 tarifação	 denominada	 TEC,	 que	
identifica as alíquotas de Imposto de Importação a serem aplicadas nos países do bloco, variando 
entre 2 a 20%.
16
Unidade: Fatores estratégicos para a internacionalização
Material Complementar
Links interessantes	para	leitura	e	aprofundamento	no	tema	Internacionalização:
 
 Explore
 · KEEGAN, W. K. Marketing global. São	Paulo:	Prentice	Hall,	2005,	cap.	8.
 · MACHADO,	André	Gustavo	Carvalho	e	MORAES,	Walter	Fernando	Araújo	de.	Estratégias 
de customização em massa implementadas por empresas brasileiras. Prod. [online]. 
2008,	vol.18,	n.1,	pp.	170-183.	ISSN	0103-6513.	Acesso	em:	10/04/2014.	Disponível	em:	http://
www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000100013&script=sci_arttext
 · NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento na cadeia de distribuição.	Rio	de	Janeiro:	
Elsevier, 2007, cap. 1.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000100013&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132008000100013&script=sci_arttext17
Referências
APRENDENDO	 a	 Exportar.	 Disponível	 em:	 http://www.aprendendoaexportar.gov.br. Acesso 
em:	14	jul.	2014.	
BRASIL.	Ministério	do	desenvolvimento,	da	indústria	e	do	comércio.	Disponível	em:	http//:www.
mdic.gov.br.	Acesso	em:	14	jul.	2014.	
DAVID, P., STEWART, R. Logística internacional.	São	Paulo:	Cengage	Learning,	2010.
MINERVINI, N., O exportador: ferramentas para atuar com sucesso no mercado internacional. 
5.ed.	São	Paulo:	Pearson,	2008.
SILVA, L. A. T. Logística no comércio exterior.	2.ed.São	Paulo:	Aduaneiras,	2008.
http://www.aprendendoaexportar.gov.br
http//:www.mdic.gov.br
http//:www.mdic.gov.br
18
Unidade: Fatores estratégicos para a internacionalização
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
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