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Prévia do material em texto

1
TEORIA E 
PRÁTICA 
DESPORTIVA 
FUNDAMENTOS 
METODOLÓGICOS 
DO ENSINO DO 
BASQUETEBOL
Profª. Dr. Marcelo Guimarães Silva
2
TEORIA E PRÁTICA DESPORTIVA 
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS 
DO ENSINO DO BASQUETEBOL
PROFª. DR. MARCELO GUIMARÃES SILVA
3
 Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Profa. Dr. Fabiana Miraz de Freitas Grecco
 Revisão técnica: Prof. Dr. Marcelo Guimarães Silva
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Clarice Virgílio Gomes
 Fernanda Cristine Barbosa
 Prof. Esp. Guilherme Prado 
 
 Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Daniel Guadalupe Reis
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Eliza P. Campos 
 Victor Lucas dos Reis Lopes 
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
4
TEORIA E PRÁTICA DESPORTIVA 
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS 
DO ENSINO DO BASQUETEBOL
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
5
 Pós-Doutorado em Engenharia Mecâni-
ca/Ciências – UNESP). Doutorado em Engenha-
ria Mecânica/Ciências – UNESP). Mestrado em 
Engenharia Mecânica/Ciências – UNESP). Pro-
fessor Universitário (Graduação e Pós-Gradua-
ção). Revisor e Parecerista ad-hoc de Periódicos 
nas áreas da Saúde e Engenharias. Atuação na 
Produção e Revisão de Conteúdos em EaD na 
área da Educação Física – Esportes, Educação e 
Saúde – Cursos de Licenciatura e Bacharelado, 
e Pós-Graduação “Lato-Sensu”.
MARCELO GUIMARÃES SILVA
Para saber mais sobre a autora desta obra e suas quali-
ficações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link :
http://lattes.cnpq.br/3331163744634691
Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado.
http://lattes.cnpq.br/2189659158769712 
6
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
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VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
7
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE 4
SUMÁRIO
1.1 Introdução.............................................................................................................................................................................................................................................................................................11
1.2 Histórico e Evolução do Basquetebol................................................................................................................................................................................................................................11
1.3 Caracterização dos Jogos Esportivos Coletivos.........................................................................................................................................................................................................16
1.4 Características Específicas do Basquetebol................................................................................................................................................................................................................19
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................22
2.1 Introdução..........................................................................................................................................................................................................................................................................................27
2.2 Processo de Ensino-Aprendizagem Esportiva.........................................................................................................................................................................................................27
2.3 Princípios e Noções de Progressões de Aprendizagem....................................................................................................................................................................................29
2.4 Caracterização e Estruturação dos Exercícios e Tarefas....................................................................................................................................................................................29
2.5 Abordagens Pedagógicas do Ensino do Basquetebol.......................................................................................................................................................................................32
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................37
3.1 Fundamentos Técnicos do Basquetebol......................................................................................................................................................................................................................42
3.2 Sistemas Básicos de Defesa e de Ataque no Basquetebol.............................................................................................................................................................................46
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................51
INTRODUÇÃO AO BASQUETEBOL
METODOLOGIA DO ENSINO DO BASQUETEBOL
FUNDAMENTOS BÁSICOS E SISTEMAS OFENSIVOS E DEFENSIVOS DO BASQUETEBOL
4.1 Noções das Regras Básicas e Arbitragem do Jogo de Basquetebol.........................................................................................................................................................56
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................................................................................................................................................................................71
REGULAMENTAÇÃO BÁSICA DO BASQUETEBOL: NOÇÕES DAS REGRAS BÁSICAS E ARBITRAGEM DO JOGO DE BASQUETEBOL
5.1 A relação do Basquetebol Adaptado e as Deficiências......................................................................................................................................................................................77
5.2 O Basquetecomo Ferramenta de Inclusão Social...............................................................................................................................................................................................80
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................83
O BASQUETEBOL ADAPTADO
6.1 Preparação Física, Técnica, Tática e Psicológica no Basquetebol...............................................................................................................................................................88
6.2 A Organização, o controle e Avaliação do Equipes de Basquetebol..........................................................................................................................................................91
6.3 Análise de Desempenho no Basquetebol..................................................................................................................................................................................................................94
FIXANDO O CONTEÚDO.................................................................................................................................................................................................................................................................99
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO......................................................................................................................................................................................................................103
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................................................................................................................................................104
O BASQUETEBOL ENQUANTO PRÁTICA ESPORTIVA DE ALTO RENDIMENTO
UNIDADE 5
UNIDADE 6
8
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
I
C
V
R
O
UNIDADE 1
A Unidade I trata de uma introdução ao basquetebol, apresentando o histórico e 
evolução da modalidade, destacando aspectos relacionados a sua introdução no 
Brasil; além da caracterização dos jogos esportivos coletivos, os quais incluem as 
características específicas do basquetebol. 
UNIDADE 2
A Unidade II destaca a metodologia do ensino do basquetebol, com o foco no 
processo de ensino-aprendizagem da modalidade, a estruturação a partir de 
exercícios e tarefas específicas da modalidade e, por fim, algumas das principais 
abordagens pedagógicas do ensino do basquetebol.
UNIDADE 3
Na Unidade III, o foco será direcionado à compreensão dos fundamentos básicos 
e dos sistemas ofensivos e defensivos do basquetebol. Tem como objetivo, ainda, 
abordar os sistemas básicos de defesa e de ataque dessa modalidade. 
UNIDADE 4
A Unidade IV tem como objetivo central o de apresentar a regulamentação básica 
do basquetebol, o que inclui compreender as noções das regras básicas, bem como 
da arbitragem do jogo de basquetebol; e, por fim, tratar dos princípios básicos da 
arbitragem dessa modalidade.
UNIDADE 5
A Unidade V tem como finalidade compreender o basquetebol adaptado, direcionado 
a pessoas com algum tipo de deficiência, nesse caso: a motora/física. A unidade 
tem como objetivo, ainda, entender o basquetebol como importante ferramenta de 
inclusão social.
UNIDADE 6
Na Unidade VI, o foco será no basquetebol enquanto prática esportiva de alto 
rendimento, os aspectos relevantes da modalidade: a preparação física, técnica, 
tática e psicológica; e compreender a organização, o controle, a avaliação de equipes 
de basquetebol e a análise de desempenho.
9
INTRODUÇÃO AO 
BASQUETEBOL 
10
1.1 INTRODUÇÃO
 Modalidade originada no final do século XIX, o basquetebol faz parte do contexto 
educacional norte-americano. De fato, trata-se de um esporte coletivo que ganhou 
muitos adeptos ao redor do mundo e teve como importante marco histórico os Jogos 
Olímpicos de Roma, ocorrido em 1936. Considerado uma das principais modalidades 
esportivas praticadas no mundo, tendo 213 países vinculados à Federação Internacional 
de Basquetebol, conforme documento apresentado pela Federação Internacional de 
Basquetebol – FIBA.
 Ao longo dos anos, o basquetebol vem ganhando notoriedade ao redor do mundo 
e o número de adeptos expandindo-se cada vez mais, rompendo fronteiras, tendo a 
sua prática expandida para as mulheres, para cadeirantes, permitindo a participação e 
inclusão por meio do esporte. 
 No Brasil, vemos um esforço das instituições para divulgar e promover a modalidade, 
mas é na base que esse trabalho deve ser iniciado. É na escola onde tudo começa, 
cabendo a todos os envolvidos no processo (escola – professor – alunos) entenderem a 
importância dessa modalidade. 
 Diversos são os motivos para acreditar na expansão do basquetebol em 
território nacional e, entender essa modalidade como ferramenta na promoção do 
desenvolvimento na infância e na adolescência, torna a modalidade basquetebol mais 
fácil de ser comercializada, o que gera ganhos em visibilidade. 
 No que tange o processo de iniciação do basquetebol, a proposta pedagógica tem 
um importante valor e quatro pontos fundamentais devem ser considerados: diversidade, 
inclusão, cooperação e autonomia, todas associadas às fases do desenvolvimento da 
criança/adolescente. 
 É evidente, portanto, que a formação e o processo ensino-aprendizagem não 
podem se voltar somente ao treinamento dos aspectos motores ou técnicos, em que a 
aprendizagem tático-cognitiva e das habilidades do jogo (técnicas) vem ganhando cada 
vez mais espaço nessa proposta de ensino mais dinâmica. 
Considerado uma modalidade que trabalha diferentes aspectos do ser humano, o 
basquetebol, além de desafiador, devido ao seu grau de complexidade, estimula o 
desenvolvimento das habilidades motoras, as mais variadas possíveis. 
 Neste capítulo você verá um pouco mais acerca do histórico e evolução da 
modalidade, além do processo ensino-aprendizagem envolvidos nessa modalidade, 
e, por fim, compreender a importância e como trabalhar da melhor maneira possível 
aspectos associados aos fundamentos técnicos do basquetebol.
1.2. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO BASQUETEBOL 
 De acordo com Gonçalves e Romão (2019), o basquetebol se resume em um jogo 
em que duas equipes, compostas cada uma por cinco jogadores, devem arremessar a 
bola em uma cesta suspensa, e o objetivo é fazer o maior número de cestas possíveis, 
sendo declarada a equipe vencedora a que converter maior número de acertos (cestas), 
que podem ser de 2 ou 3 pontos os arremessos e os lances livres de 1 ou mais pontos, 
dependendo.
 A origem do basquetebol se deu no final do século XIX graças ao professor de 
11
Educação Física norte-americano, James Naismith, que, em 1891, propôs um novo 
jogo frente às possibilidades encontradas na época (CBB, 2020). Naismith tinha uma 
forte ligação com as atividades esportivas e sempre foi um incentivador de sua prática, 
sobretudo em âmbito escolar. Ele nasceu na cidade de Almonte, no Canadá, em 1861, e 
tinha formação acadêmica em Teologia, sendo que sua primeira atividade profissional 
exercida foi como instrutor de atividades físicas na Escola Internacional de Treinamento 
da Associação Cristã de Moços (ACM), que veio a ser chamada, mais tarde, de Springfield 
College, localizada na cidade de Springfield, no estado de Massachusetts, na Região 
Nordeste dos Estados Unidos, conforme descreve Gonçalves e Romão (2019). 
 Ao assumir o Departamento de Educação Física do colégio norte-americano, em 
1891, o professor Naismith se deparou com algumas situações conflitantes, dentre as 
quais, as condições climáticas (o inverno rigoroso) de Springfield, o que afastava a prática 
esportiva em locais “abertos” pelos estudantes daquela instituição, queeram ávidos por 
esportes e jogos que tinham como elementos principais a competição e a recreação.
 O professor Naismith percebeu que as poucas opções de atividades físicas em 
locais fechados se restringiam às aulas de ginástica, que pouco interessavam aos alunos 
devido as suas características e o perfil do estudante da época. De acordo com CBB 
(2020), foi esse o momento-chave para que Naismith pudesse introduzir a modalidade 
(basquetebol) naquela instituição. 
 O diretor do Springfield College, colégio internacional da Associação Cristã de 
Moços (ACM), Luther Halsey Gullick, confiou uma missão ao professor Naismith, que 
era pensar em algum tipo de jogo sem violência que estimulasse seus alunos durante o 
inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas abertas, conforme 
descreve Gonçalves e Romão (2019).
 Ciente da resistência inicial que enfrentaria, Naismith pensou nesse jogo sendo 
desenvolvido com as mãos, ao invés dos pés, como já tínhamos, no caso do futebol de 
campo. E para melhorar ainda mais a dinâmica do jogo, propôs, como objetivo inicial, a 
bola não permanecer retida por muito tempo e nem ser batida com o punho fechado, 
para evitar socos acidentais nas disputas de bola, conforme destaca CBB (2020).
 Outra preocupação relacionava-se ao alvo e nesse caso específico, Naismith 
inicialmente pensou em colocá-lo no chão, mas já havia outros esportes assim, como o 
hóquei e o futebol. Foi então que ele pensou em algo inovador para a época, que foi a 
elevação do alvo, a partir do nível do solo, que deveria ficar a 3,5 m de altura, onde imaginava 
que nenhum jogador da defesa seria capaz de parar a bola que fosse arremessada em 
direção ao alvo. E, dessa forma, essa proposta levantada por Naismith aumentou o grau 
de dificuldade do jogo, que era um dos objetivos principais do professor, sem, entretanto, 
perder o interesse pela sua prática devido ao grau de dificuldade encontrado.
 Em relação à cesta no basquetebol, vale apenas destacar um fato, no qual ao 
comparar os “alvos” do início da prática da modalidade com o que se tem na atualidade 
muito foi modificado, a partir, por exemplo, do material utilizado. No início, Gonçalves e 
Romão (2019) destacam que as “cestas” utilizadas na época, tratavam-se de duas caixas 
ou cestos de pêssego, as quais foram fixadas na parte superior de duas pilastras, a 3,05 
m, uma em cada lado do ginásio. 
 As primeiras regras do esporte, escritas por James Naismith, continham 13 itens, 
tendo sido colocadas em um papel em menos de uma hora. Esse foi um dos marcos 
fundamentais para a origem e evolução do basquete que vemos hoje em dia, e serão 
apresentadas na seção mais a frente deste capítulo, que trata da evolução da modalidade. 
12
 Registros não oficiais apontam que em dezembro de 1891 ocorreu a primeira 
partida de basquetebol. De acordo com CBB (2020), Naismith selecionou dois capitães 
(Eugene Libby e Duncan Patton) e pediu-lhes que escolhessem os lados da quadra e 
seus companheiros de equipe, em seguida, selecionou dois dos jogadores mais altos 
(um de cada time/equipe) e jogou a bola para cima. 
 Por não haver regras bem definidas ainda, esse primeiro jogo foi marcado por 
muitas faltas, que eram punidas colocando-se seu autor na linha lateral da quadra até que 
a próxima cesta fosse feita. E uma curiosidade desta partida foi a limitação apresentada 
pela própria cesta, onde a cada vez que um arremesso era convertido, um jogador tinha 
que subir até a cesta para apanhar a bola, sendo que a solução encontrada na época 
é a que perdurou desde então, a de cortar a base do cesto, o que permitiria a rápida 
continuação da partida, similar ao que vemos atualmente.
Figura 1. A cesta do basquetebol (oficial)
Fonte: https://shutr.bz/3h0PpGc
 No Brasil, o basquetebol tem sua origem em 1896, trazido por um milionário norte-
americano chamado Auguste F. Shaw, sendo praticado pela primeira vez na Associação 
Cristã de Moços (ACM), no Rio de Janeiro, em um pequeno recinto onde duas colunas 
situadas no meio do salão atrapalhavam um pouco a movimentação dos praticantes. 
 No ano de 1912 ocorreu a primeira partida de basquete no Brasil, na cidade do Rio 
de Janeiro, no Ginásio da famosa rua da Quitanda, fato que deve ser destacado, devido a 
sua importância dentro de um contexto social e histórico da época.
 Outro importante aspecto a destacar acerca da modalidade, conforme descreve 
Gonçalves e Romão (2019), foi a participação das mulheres, uma vez que as características 
do basquetebol impulsionaram a prática para esse público, e, por consequência, gerou 
um aumento da resistência machista quanto a essa inserção na modalidade. De acordo 
com Guedes (2009) citado por Gonçalves e Romão (2019), o crescimento do número de 
praticantes na década de 1920 acarretou o aumento do número de times de basquetebol 
feminino na década de 1930, reflexo também da disseminação da modalidade entre as 
mulheres na Europa e nos EUA. Ocorreram vários eventos em que as mulheres tiveram 
a oportunidade de participar. Em 1930 ocorreu o primeiro campeonato feminino de bola 
ao cesto, como era chamada a modalidade.
 Com o passar do tempo, os brasileiros foram tomando gosto pelo esporte, 
ocasionando em um aumento no número de adeptos e uma cobrança por uma estrutura 
mais profissional. Nesse contexto, surgiram as entidades responsáveis e posteriormente 
as ligas regionais, que vem se tornando a cada ano que passa referência na América do 
Sul.
13
O livro “Basquetebol: do treino ao jogo”, de Dante de Rose Jr. e Valmor Tricoli, 
tem como objetivo mostrar o caminho que uma equipe percorre para chegar ao 
jogo com a melhor preparação. Aborda os diferentes aspectos que contribuem 
para esta preparação, bem como as providências que a comissão técnica e os 
atletas precisam tomar para chegar ao momento crucial do processo (a com-
petição; o jogo) nas melhores condições. Essa obra está disponível na Minha Bi-
blioteca Única.
LINK: https://bit.ly/3fGtdAO
BUSQUE POR MAIS
 De fato, desde que foi criado por James Naismith, em 1891, o basquetebol tem 
evoluído consideravelmente tanto no que se refere à modificação e à atualização das 
regras quanto à execução dos fundamentos e à aplicação dos sistemas de jogo, conforme 
descreve De Rose Jr. e Tricoli (2017).
Ao pensar na dinâmica do futuro jogo, Naismith ima-
ginou algo que limitasse o contato e não permitisse ao 
praticante o controle absoluto sobre a bola, levando o 
jogo a um conceito coletivo diferente do que vinha 
sendo praticado pelo futebol americano e pelo futebol 
(soccer), nos quais o atleta em posse da bola podia se 
deslocar sem qualquer restrição. Para isso, ele definiu 
cinco normas básicas: (1) Seria jogado com as mãos e 
com uma bola “redonda”; (2) Não seria permitido cami-
nhar com a bola sem quicá-la (drible); (3) Os jogadores 
poderiam se posicionar como e quando quisessem no 
terreno de jogo; (4) Não seria permitido o contato pesso-
al; (5) O arremesso seria executado para cima.(DE ROSE 
JR. e TRICOLI, 2017, p.3).
 Ao tratar da evolução da modalidade enquanto esporte coletivo organizado, o 
foco foi centrado nas “regras” da modalidade e, em 1892, Naismith elaborou as primeiras 
regras do basquetebol que, ao longo do tempo, foram modificadas e aperfeiçoadas. 
Gonçalves (2019) destaca que o objetivo do jogo recém-criado era colocar a bola dentro 
do goal adversário fazendo arremessos de qualquer parte do campo e obedecendo as 
treze regras criadas por Naismith, destacadas por Naismith (1941) e descritas por De Rose 
Jr. e Tricoli (2010; 2017, p. 5):
1.A bola poderia ser lançada em qualquer direção, com 
uma ou com as duas mãos; 2.A bola poderia ser golpe-
ada com uma ou duas mãos em qualquer direção, mas 
nunca com os punhos; 3.Os jogadores não poderiam 
correr com a bola nas mãos. Deveriam lançá-la a par-
tir da mesma posição de onde a receberam. Poderia ser 
concedida certa tolerância a um jogador que recebe a 
bola em movimento; 4.A bola poderia ser segurada por 
uma ou por duasmãos, mas os braços e nenhuma outra 
joser
Realce
14
parte do corpo poderiam ser utilizados para retê-la; 5.Se-
ria proibido golpear o adversário com os ombros, puxar, 
empurrar ou impedir sua movimentação. Toda infração 
a essa regra seria considerada falta. Em caso de repeti-
ção, o jogador reincidente seria eliminado até que fosse 
marcada uma nova cesta. Se houvesse a intenção de le-
sionar o adversário, o jogador seria eliminado por todo o 
jogo, sem que se permitisse sua substituição; 6.Golpear 
a bola com os punhos seria considerado falta, como as 
violações descritas nas regras 3 e 4, e se aplicaria a pena-
lidade descrita na regra 5; 7.Se uma equipe cometesse 
três faltas consecutivas (sem que a outra equipe tivesse 
cometido falta no mesmo intervalo de tempo), 1 pon-
to seria anotado em favor da equipe adversária; 8.Seria 
considerado ponto quando a bola fosse lançada ao ces-
to e nele entrasse, caindo no solo. Se a bola tocasse o aro 
e os defensores movimentassem esse aro, seria marca-
do 1 ponto para a equipe atacante; 9.Quando a bola saís-
se do campo, ela deveria ser reposta no meio do campo 
pelo mesmo jogador que a tocasse para fora. Se houves-
se dúvida, o árbitro deveria lançá-la ao alto no interior do 
campo de jogo. O jogador teria 5 segundos para repor 
a bola em jogo. Se retivesse a bola por mais tempo, a 
reposição seria dada à equipe adversária. Se uma equi-
pe retardasse intencionalmente o reinício do jogo, seria 
penalizada com uma falta; 10.O árbitro principal julgaria 
as ações dos jogadores e marcaria as faltas. Quando um 
jogador cometesse a terceira falta, poderia ser desclas-
sificado, aplicando-se as penalidades da regra 5; 11.O se-
gundo árbitro tomaria as decisões relacionadas à bola 
e indicaria quando ela estava em jogo, quando saía e 
a quem devia ser entregue. Ele seria o cronometrista e 
decidiria se houvesse ponto. Seria também o responsá-
vel pela contagem dos pontos; 12.A partida seria dispu-
tada em dois tempos de 15 minutos, com intervalo de 5 
minutos; 13.A equipe que marcasse o maior número de 
pontos seria declarada vencedora. Em caso de empate, 
a partida, em comum acordo entre os capitães, poderia 
ser prorrogada até que novo ponto fosse marcado.
 Em relação à evolução do basquetebol, uma das mais marcantes é acerca das 
regras, entretanto, destaca-se também a estrutura de jogo, no que tange aos sistemas 
táticos, e as características dos jogadores. Ressalta-se que a multifuncionalidade dos 
jogadores aliada às características do jogo levou à necessidade de um ajuste e uma nova 
adequação da carga de treinamento com suas especificidades, elaborada a partir de 
um planejamento que leve em consideração também o calendário de competições, a 
infraestrutura disponível e os recursos humanos que compõem a equipe multidisciplinar, 
que deve estar preparada para sua execução (DE ROSE JR. e TRICOLI, 2017). 
 O sucesso do basquetebol ao redor do mundo é tão grande que, atualmente, o 
esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro, nos mais de 
joser
Realce
joser
Realce
15
170 países filiados à FIBA (FIB, s/d).
 De Rose Jr. e Tricoli (2010) destacam a presença da modalidade em Jogos Olímpicos 
como um claro sinal da evolução do basquetebol, solidificando seu papel na sociedade, 
cuja potencialidade é cada vez mais evidenciada. De fato, se analisarmos desde a primeira 
aparição nos jogos de 1936 até as Olimpíadas de Tóquio, Japão, que deveria ocorrer em 
2020, porém, devido à pandemia da Covid-19, ocorreu em 2021, vimos o basquete contar 
com a participação de aproximadamente 60 países. 
 É importante, nesse sentido, destacar que os primeiros jogos em Berlim e Londres 
tiveram a participação de 21 e 23 equipes, respectivamente. Atualmente, a FIBA e o Comitê 
Olímpico Internacional (COI) delimitaram o número para 12 equipes, tornando ainda 
mais difícil para países do continente americano e europeu se classificarem. Porém, isso 
também torna possível a expansão da modalidade em países dos continentes africano 
e asiático, em que o nível competitivo é menor. 
 É notória a supremacia norte-americana, seja no basquetebol masculino ou no 
feminino. No entanto, podemos perceber que outros países têm um número elevado 
de participações, como o Brasil, que, no basquete masculino, é a segunda seleção que 
mais participou e, no feminino, é a quarta equipe que mais esteve presente nos jogos 
olímpicos.
1.3 CARACTERIZAÇÃO DOS JOGOS 
ESPORTIVOS COLETIVOS 
 Partindo do pressuposto que os jogos esportivos coletivos devem ser entendidos a 
partir da ontologia do jogo, de acordo com Leonardo et al. (2009), o principal aspecto que 
sustenta essa afirmação é sua natureza como atividade caracterizada pelo seu caráter 
livre, delimitada, regulamentada, incerta, improdutiva e fictícia. 
 De fato, é importante destacar que à medida que o jogador está em estado 
de jogo, sua mobilização quanto aos recursos necessários para a execução das ações 
pertinentes será cada vez mais evidenciada e as competências e habilidades colocadas 
em prova, numa dinâmica constante, em que as ações serão reproduzidas a partir do 
contexto em que se desenvolve tal jogo/esporte. 
 Assim como em qualquer esporte, individual ou coletivo, a presença da tática de 
jogo é algo essencial para o sucesso das ações tomadas ao longo da partida. Leonardo 
et al. (2009) descrevem a ação de jogar e sua intencionalidade, sobretudo em alcançar 
uma meta e/ou objetivo, atrelado à lógica do jogo, ou seja, sua estrutura em várias etapas, 
como um “quebra-cabeça”. 
 Ao tratarmos dos jogos esportivos coletivos, dentre eles o basquetebol, a atenção 
deve estar direcionada à diferentes aspectos, e um dos problemas que surgem, de acordo 
com Reverdito et al. (2009), é o fato de se tratar de uma prática recorrente à sistematização 
de currículos. Portanto, quando feito, é baseado na simplificação e descontextualização 
das partes do jogo: fundamentos, gestos técnicos, táticas (como sinônimo de sistema/
esquema de jogo) e condicionantes físico-motoras. E aqui fica evidente que, ao aprender 
as partes de um jogo, ficaria mais evidente o aprendizado do jogo, o que não pode ser 
considerado uma regra “fechada”, haja vista a grande variabilidade de ações presentes 
em um jogo, sobretudo aqueles considerados coletivos. 
 Scaglia et al. (2013) evidencia a importância das habilidades a serem trabalhadas 
no basquetebol, que vão muito mais além do que os aspectos motores. Nesse caso, a 
16
compreensão do jogo em sua totalidade passa a ser fator decisivo quando se busca 
resultados (performance) e os detalhes devem ser considerados. Esses autores descrevem 
ainda que o jogo, caracterizado pelos esportes coletivos, consiste em saber fazer cada 
vez melhor o que se pode fazer no jogo, compreendendo as ações individuais que levam 
ao conjunto de ações desenvolvidas em equipe (grupo) determinantes para o êxito e/ou 
fracasso da equipe. 
 Nos jogos esportivos coletivos, alguns elementos devem ser considerados, de 
acordo com Scaglia et al. (2013, p. 232):
[...] estruturar-se no espaço coletivo, confluindo ações in-
dividuais com as coletivas, em relação ao posiciona-
mento dos adversários e a estratégia pré-estabelecida 
coletivamente, configurando-se as circunstâncias con-
textuais do jogo; estas devem ser lidas pelos jogadores 
à medida que se ampliam suas respectivas habilidades 
de interpretação da lógica do jogo, aliada ao seu 
amadurecimento cognitivo e ampliação contextuali-
zada de seus esquemas de ação, comunicando-se por 
meio de suas ações com os demais jogadores; além de, 
ao mesmo tempo, manter uma adequada e eficiente 
relação com a bola (ou implemento), de modo a conse-
guir executar as ações motrizes requeridas, sempre 
com o objetivo de ganhar o ponto.
 Cada jogo, por ser único, irredutível, casual e por natureza ontológica, tendendo 
ao caos, apresenta uma lógica particular (FREIRE, 2002; SCAGLIA, 2005 citados por 
SCAGLIA et al., 2013).Nesse sentido, a leitura do jogo e a compreensão dos aspectos 
que o cerceiam são fundamentais, e o ato de aprender a jogar pressupõe aprender a 
se comunicar, compreendendo a lógica interna de cada jogo, a partir da interpretação 
de seu padrão de organização, em meio ao seu processo organizacional sistêmico 
(SCAGLIA, 2013).
 O basquetebol (Figura 2) é um exemplo de esporte coletivo em que as propostas de 
jogos são bem definidas e quando colocadas em prática evidenciam o quão importante 
é desenvolver o jogo coletivo, por meio de aspectos, dentre os quais: a organização, 
a consciência tática dos jogadores, o trabalho em equipe e a busca por um objetivo 
definido a partir de uma proposta definida de jogo, conforme defende Scaglia (2013).
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 Garganta (1995) descreve um importante aspecto acerca dos jogos esportivos 
coletivos, em que as competências essenciais são definidas a partir da congruência do 
conflito de objetivos inerentes ao jogo e da capacidade do jogador. Portanto, ainda de 
acordo com o autor, para elucidar a lógica do jogo, configurando uma circunstância 
que demanda: a) estruturação do espaço; b) comunicação da ação; c) relação com 
a bola (ou implemento). A partir dessa configuração apresentada por Garganta (1995), 
podemos entender que os jogos esportivos coletivos dependem desses três fatores que 
se integram em diferentes momentos ao longo da execução do jogo em si.
 De fato, a estruturação do espaço está ligada à compreensão das ações a serem 
feitas, da tomada de decisões mediante o espaço físico, a partir da concepção que 
um jogo desenvolvido em dimensões menores (quadra) deve ser adaptado quando 
é desenvolvido em um campo cujas dimensões oficiais são maiores. No que tange à 
comunicação da ação, está ligada a uma comunicação corporal, que acontece à medida 
que os jogadores aprendem a linguagem do jogo. Eles aprendem a se comunicar no 
jogo por meio de um posicionamento individual, de grupo e coletivo, adequado 
frente às situações do jogo. E, por fim, a relação com a bola (ou implemento), a terceira 
competência essencial, não pode se resumir em adestramento técnico. Nesse sentido, 
pensando em um processo de aprendizagem considerado “aberto”, busca desenvolver 
habilidades em contextos de jogo, em que a imprevisibilidade esteja presente, sendo 
essa uma das principais características dos jogos esportivos coletivos.
Em uma metodologia que explore conteúdos por meio de uma situação de jogo na aula/
treino, cabe ao professor/técnico estabelecer uma didática bem orientada, visando ga-
rantir um ambiente de jogo em que os planos pedagógicos (planejamento, objetivos, 
conteúdos) sejam orientados pela natureza do jogo. A premissa aqui é garantir um 
ambiente de aprendizagem em que os procedimentos e objetivos pedagógicos sejam 
alcançados na medida em que o jogador mobiliza suas competências e habilidades, a 
fim de elucidar a lógica do jogo, ou seja, o pensar o jogo de forma variada.
FIQUE ATENTO
 Scaglia et al. (2013) apresentam uma proposta de sistematização que pode ser 
aplicada aos jogos esportivos coletivos visando fornecer mecanismos evidentes aliados 
a uma metodologia que privilegie as competências essenciais, em meio ao jogo e 
suas peculiaridades - como o ambiente de jogo -, em que as competências essenciais 
devem ser ordenadas de tal maneira que sua aplicabilidade seja relevante ao longo do 
processo de ensino e aperfeiçoamento. 
 Nesse sentido, as competências essenciais gerais são as manifestações comuns 
das competências que podem ser encontradas em todos os jogos coletivos. Trata-
se de uma competência que pode ser aplicada ao futebol e ao handebol, por exemplo, 
ao mesmo tempo, sem prejuízos no processo, devido as suas exigências semelhantes, 
o que nos remete ao fato de que os jogos esportivos coletivos podem pertencer a um 
mesmo grupo/família, conforme descreve Leonardo et al. (2011). 
 Por outro lado, as competências específicas são as manifestações específicas 
das competências essenciais em decorrência das especificidades requeridas por 
cada jogo coletivo. Assim, as competências específicas, diferentemente das gerais, 
18
que partem das semelhanças entre os jogos, se preocupam com as diferenças. 
 E, por fim, como descreve Scaglia et al. (2013), temos as competências contextuais, 
que são as manifestações das competências essenciais em meio às competições 
regulamentadas do esporte. Assim, as competências essenciais contextuais estão 
conectadas às competições formais, que também devem ser entendidas como 
conteúdo(s) a serem ensinados ao longo de todo o processo de ensino-aprendizagem-
treinamento. 
1.4 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS 
DO BASQUETEBOL 
 O basquetebol é caracterizado por ser um esporte cujas disputas envolvem duas 
equipes que têm como objetivo principal somar pontos passando a bola entre um aro 
suspenso, evitando que a equipe adversária faça o mesmo. Atualmente, existem duas 
modalidades oficiais de basquete: o 5x5 (também chamado de basquete formal) e o 
3x3. De modo geral, ambas as modalidades apresentam fundamentos técnicos muito 
parecidos, entretanto, a intensidade e a frequência desses movimentos tendem a se 
modificar em cada uma das variações da modalidade. 
 Por ser classificado como modalidade coletiva de invasão, as características do 
jogo são marcadas por ações intermitentes de ataque/defesa, que apresentam um 
elevado dinamismo. Essa relação ataque/defesa é constante e inevitável e descreve de 
forma clara o confronto direto entre oponentes, o que cria condições específicas para 
que cada uma das partes tenha o sucesso desejado – no caso do ataque, a cesta; em 
relação à defesa, a proteção da meta, conforme descreve De Rose Jr. e Tricoli (2017).
 E, dentro desse contexto, vemos para cada setor de quadra, de ataque ou defesa, 
diferentes funções a serem exercidas pelos jogadores, a partir das concepções táticas 
estabelecidas para a equipe. 
 No que tange ao jogo em si, o aspecto evolutivo do basquetebol é evidente, e 
vale ressaltar três fatores fundamentais, a partir desse contexto, conforme descreve De 
Rose Jr. e Tricoli (2017): 
• Cooperação e oposição.
• Criação e diminuição de espaços.
• Imprevisibilidade.
 O Quadro a seguir mostra de forma detalhada cada um destes fatores destacados 
pelos autores. 
Fatores Fundamentais Descrição 
Cooperação e Oposição De fato, a cooperação é nítida e necessária para que se possa enfrentar de for-
ma organizada a oposição imposta pelo adversário, seja ela na defesa ou no 
ataque. Uma das principais características da cooperação é que pode ocorrer 
a partir da elaboração dos sistemas de ataque e defesa ou mesmo por meio 
de situações fracionadas do jogo, como na sincronização de movimentos en-
tre dois, três ou quatro jogadores, até que se chegue à situação real (“cinco 
contra cinco”, ou 5×5). Por outro lado, a oposição está intrinsecamente ligada 
à relação ataque/defesa, situação esta compreendida como constante e ine-
vitável no basquetebol.
19
Criação e Diminuição dos 
espaços
Ambos os elementos são decorrentes da organização tática das equipes ou 
mesmo de ações individuais que levam em consideração a habilidade de 
cada atleta para atacar ou defender. Nesse sentido, no ataque, as equipes 
devem ter como objetivo as melhores opções de finalização com base na 
busca de posições em que essa finalização possa oferecer maiores probabili-
dades de acerto ou a exploração da qualidade e da habilidade de determina-
do jogador. E na defesa, ocorre o processo inverso. Os sistemas defensivos são 
criados para diminuir ou eliminar os espaços criados pelo ataque, fazendo 
com que os arremessos sejam executados em regiõesde pouco percentual 
de acertos ou por jogadores com pouca habilidade para finalizar.
Imprevisibilidade No basquetebol, a imprevisibilidade é decorrente do espaço reduzido para 
se realizar as ações; regras relacionadas ao tempo de posse de bola, tempo 
para passagem da defesa para o ataque e tempo de retenção de bola por um 
atacante quando marcado de perto; e ações de um companheiro de equipe 
ou de um adversário. A leitura de jogo é a interpretação de sinais relevantes 
oferecidos pelo adversário e que levam à tomada de decisões adequadas e 
no momento correto.
Quadro 1: Os fatores fundamentais para o desenvolvimento do basquetebol.
Fonte: De Rose Jr. e Tricoli (2017, p. 1-2) adaptado pelo Próprio Autor (2022).
 Ferreira e De Rose Jr. (2003) destacam alguns dos principais movimentos básicos 
característicos do basquetebol. A partir da execução desses movimentos, a parte técnica 
pode ser bem conduzida. Portanto, o treinamento influencia diretamente na qualidade/
performance da execução dos movimentos que serão apresentados a seguir: 
 1 – Posição corporal: é a maneira que o executante se posta dentro de quadra 
quando não está de posse da bola. De fato, uma boa posição corporal demanda que 
os joelhos estejam levemente flexionados, de forma a facilitar o movimento rápido 
dos membros inferiores durante o jogo. Da mesma forma, os cotovelos devem estar 
levemente flexionados e as mãos devem sempre estar a postos, prontas para receber, 
bloquear ou arremessar a bola, estando, portanto, à frente ou acima do corpo, com as 
palmas viradas predominantemente para o local e/ou indivíduo em que a bola está. 
 2 – O giro: é caracterizado como uma mudança corporal a partir do deslocamento 
sobre apenas um ponto de contato realizado com os pés. Isto é, um dos membros 
inferiores age como um eixo e o restante do corpo desliza sobre esse eixo, mudando a 
direção em que o jogador se encontra. 
 3 – Mudanças de direção: são as variações negativas ou positivas na velocidade 
em que um jogador se desloca, modificando a sua direção. Esse fundamento é muito 
essencial no basquete, uma vez que a movimentação tática é um importante fator e 
possibilita que a equipe chegue à vitória. As mudanças de ritmo podem ser classificadas 
em fase de freada, de giro e de saída. As fases de freada buscam reduzir drasticamente 
a velocidade de deslocamento do jogador; a fase de giro consiste, como o nome sugere, 
em realizar o giro descrito anteriormente com uma amplitude suficiente para posicionar 
o corpo na direção desejada; a fase de saída consiste em buscar novamente a velocidade 
por meio do recrutamento dos diversos músculos corporais e da coordenação corporal, 
possibilitando que a saída ocorra de forma explosiva. 
 4 – Saltos: importante movimento dentro do basquete. Muitas vezes, a bola 
encontra-se no alto após um arremesso e, durante um passe ou longe do jogador, neste 
sentido, é necessário que os jogadores saltem de modo a recuperar o mais rápido possível 
a bola, evitando que os jogadores adversários tomem sua posse. De acordo com o autor, 
existem dois tipos de salto, os saltos em altura e os saltos em longitude.
 A Figura abaixo apresenta algumas das ações encontradas em um jogo de 
20
basquetebol, caracterizado pelo dinamismo e muitas vezes a multifuncionalidade de 
seus atletas, o que torna o jogo imprevisível em termos de resultados.
Figura 3. Algumas das ações encontradas em um jogo de basquetebol 
Fonte: https://shutr.bz/3WInpYa
Conforme você viu ao longo do texto, a estruturação da metodologia do jogo é um aspecto 
fundamental a ser considerado no processo ensino-aprendizagem das modalidades es-
portivas, dentre as quais, do basquetebol. Nesse sentido, que aspectos devem ser prioriza-
dos pelo professor/técnico ao elaborar ações para o ensino dos jogos esportivos coletivos, 
mais especificamente do basquetebol?
VAMOS PENSAR?
21
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (Q578737 - CETRO - 2013 - SESI-DF - Professor - Educação Física) 
Sobre a história do Basquetebol, assinale a alternativa correta.
a) O Basquetebol foi criado por um americano, em uma escola do Canadá, em 1891.
b) O Basquetebol foi criado porque havia necessidade de se criar um jogo para ambientes 
fechados que melhorasse os problemas de indisciplina dos alunos.
c) James Naismith, ao criar o basquetebol, pensou que o jogo deveria ser adaptável a 
qualquer espaço, envolver vários jogadores, ser fácil de aprender e não violento.
d) Na primeira versão do Basquetebol, os pontos eram marcados colocando-se a bola 
em caixas, que ficavam no chão, uma de cada lado do espaço demarcado para a partida.
e) Na primeira versão do Basquetebol, cada equipe era formada por 20 jogadores, e os 
cestos ficavam a 2,50m do solo.
2. (Q1710287 - Educação Física - Modalidades Esportivas - Ano: 2020 Banca: IPEFAE Órgão: 
Prefeitura de Campos do Jordão - SP Prova: IPEFA) – adaptada. 
O basquete (ou basquetebol) é um esporte em que duas equipes de cinco jogadores 
competem para ver qual marca mais pontos acertando a bola numa cesta que fica no 
alto. Vence a equipe que encestar mais bolas ao longo de quarenta minutos, divididos em 
dois ou quatro tempos. É um jogo muito popular nos Estados Unidos, onde começou em 
1891. Ele também se tornou popular no Brasil e em muitos outros países. O basquetebol 
é uma modalidade coletiva de invasão com interação. Uma das principais técnicas do 
basquetebol é o drible. 
Podemos afirmar sobre o drible.
a) É o ato de recuperar a bola após um arremesso.
b) É quando jogador se aproxima da cesta, segura a bola, realiza dois passos e salta em 
direção a cesta, lançando a bola.
c) É um movimento que o jogador realiza para enganar ou desequilibrar o adversário, 
através de mudança de direção ou giro, com a bola ou sem ela.
d) É a condução da bola com uma das mãos ou de forma alternada, batendo a mesma 
no chão, podendo haver variações de velocidade, sentido e direção.
e) É o ato de esquivar-se do adversário, batendo a bola contra o solo uma ou mais vezes 
seguidamente.
3. Os jogos esportivos coletivos são uma excelente oportunidade de trabalhar diferentes 
competências que surgem como essenciais para a formação do indivíduo, tendo em 
vista as diferentes fases do jogo e as características de cada uma delas, que demandam 
ações específicas. Nesse sentido, um dos aspectos a ser analisado dentro do processo é 
a estruturação do espaço, a qual diz respeito a(o): 
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a) compreensão das ações a serem feitas, da tomada de decisões mediante um
determinado espaço físico.
b) espaço em que o jogador tem para progredir em quadra, o que difere do campo, uma
vez que são espaços diferentes.
c) ambiente de análise de cada jogada executada pela equipe, entendendo-se que,
independente da dimensão do espaço, o jogo é o mesmo.
d) processo de aprendizagem atrelado ao conhecimento da quantidade de jogadores
que podem participar de uma partida, oficial ou não.
e) ambiente de execução do jogo, das dificuldades encontradas e como os participantes
podem buscar as melhores estratégias de execução de uma jogada.
4. O basquetebol é caracterizado por ser um jogo dinâmico e de ocupação de espaços,
onde os jogadores devem se movimentar de maneira a evitar ao máximo a marcação
adversária e buscar posições mais adequadas ao arremesso. De Rose Jr. e Tricoli (2017)
apontam três fatores fundamentais para o desenvolvimento do basquetebol, nesse
sentido, analise as alternativas a seguir e correlacione as colunas.
(A) Criação e Diminuição dos
espaços
 ( 2 ) associada à leitura de jogo, à interpretação 
de si-nais relevantes oferecidos pelo adversário e 
que le-vam à tomada de decisões adequadas e no 
momen-to correto.
(B) Cooperação e Oposição ( 3 ) decorrentes da organização tática das equipes 
ou mesmo de ações individuais que levam em 
con-sideração a habilidade de cada atleta para 
atacar ou defender.
(C) Imprevisibilidade ( 1 ) ação necessária para que se possa enfrentar 
de forma organizada a oposição imposta pelo 
adversá-rio, seja elana defesa ou no ataque.
A ordem correta é:
a) A-B-C.
b) B-A-C.
c) A-C-B.
d) C-B-A.
e) C-A-B.
5. Ao longo dos anos, o basquetebol vem ganhando notoriedade ao redor do mundo
e o número de adeptos expandindo-se cada vez mais, rompendo fronteiras, tendo a
sua prática expandida para as mulheres, para cadeirantes, permitindo a participação e
inclusão por meio do esporte. Em relação ao processo histórico da modalidade, podemos
afirmar que:
a) o basquetebol é uma modalidade esportiva coletiva com origem no início do século
XIX no contexto escolar norte-americano.
b) nas Olimpíadas, teve sua inclusão oficial no quadro de modalidades, em Roma, no
ano 1936.
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c) James Naismith, em 1891, após retornar da França, trouxe consigo uma nova maneira
de praticar o futebol.
d) a origem da modalidade ocorreu no Canadá, a partir da necessidade de criar uma
modalidade em que os ricos e os pobres pudessem participar.
e) a busca pela prática esportiva em locais alternativos fez o basquete crescer em número
de praticantes, sobretudo entre os professores.
6. Ferreira e De Rose Jr. (2003) destacam alguns dos principais movimentos básicos 
característicos do basquetebol. A partir da execução desses movimentos, a parte técnica 
pode ser bem conduzida, sendo os treinamentos uma parte essencial que influencia 
diretamente na qualidade/performance da execução dos movimentos.
Sobre os movimentos básicos executados no basquetebol, analise as alternativas a 
seguir, e assinale V (verdadeiro) e F (falso).
( V ) a posição corporal é entendida como a maneira que o executante se posta dentro 
de quadra quando não está de posse da bola. 
( V ) o giro é feito para tentar se desvencilhar da marcação adversária, sendo 
caracterizado como uma mudança corporal a partir do deslocamento sobre apenas 
um ponto de contato realizado com os pés. 
( F ) as mudanças de direção são as variações alternadas de velocidade que 
ocorrem na organização defensiva, em que um jogador se desloca, modificando a sua 
direção, dentro ou fora do garrafão. 
( V ) os saltos são considerados importantes movimentos que buscam a recuperação 
de modo a recuperar o mais rápido possível a bola, evitando que os jogadores 
adversários façam a cesta de 3 pontos. 
A sequência correta é: 
a) V-V-F-F.
b) F-F-V-F.
c) V-V-F-V.
d) V-V-V-V.
e) F-F-V-V.
7. Por ser uma modalidade esportiva coletiva, o basquetebol possui características
próprias deste tipo de jogo, nesse sentido, muitas vezes, sua prática deve ter a atenção
direcionada à diferentes aspectos, e um dos problemas que surgem, de acordo com
Reverdito et al. (2009), é o fato de se tratar de uma prática recorrente à sistematização
de currículos. Sabendo da importância do basquetebol como um jogo esportivo coletivo,
analise as alternativas a seguir e assinale a que represente algum elemento que deve ser
considerado nesse processo:
a) estruturar-se no espaço coletivo, confluindo ações individuais com as coletivas em
relação ao posicionamento dos adversários e a estratégia preestabelecida coletivamente. 
b) analisar cada detalhe da partida, fazendo com que o jogo flua da melhor maneira
possível, e seja direcionada aos aspectos motores, entendendo sua importância sobre a
concepção lógica do jogo em si.
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24
c) configurar as circunstâncias contextuais do jogo, em que a leitura do jogo é feita 
sucessivamente pelos jogadores, sem a participação efetiva da equipe, em um trabalho 
isolado, que rende resultados expressivos. 
d) compreender a concepção do jogo em seus diferentes aspectos, colocando-se à 
disposição para o aprendizado das técnicas e das regras, com a tática sendo uma 
consequência do que foi aprendido nas fases anteriores. 
e) ampliar os esquemas de ação, comunicando-se por meio de suas ações com os 
demais jogadores, o que gera uma organização técnica defensiva superior ao que se 
implementa em situações de reação de uma jogada. 
8. (Q1631890 - Educação Física - Modalidades Esportivas - Ano: 2018 Banca: CONSESP 
Órgão: Prefeitura de Santa Fé do Sul - SP Prova: CONSESP - 2018 - Prefeitura de Santa Fé 
do Sul - SP - Professor de Educação Básica II - Educação Física) (adaptada)
A respeito da história oficial do Basquetebol, analise as alternativas e assinale a correta.
 
a) O Basquetebol foi criado pela necessidade de um jogo sem violência que estimulasse 
os alunos durante o inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas 
abertas.
b) Após passar as regras criadas para o papel, James Naismith aplicou-as em uma turma 
escolar contendo 24 jogadores.
c) Na primeira versão do Basquetebol, os cestos ficavam em contato com o solo.
d) O esporte foi criado por um professor americano em 1981.
e) Criado no Canadá, rapidamente teve sua expansão a outros países da América do Sul, 
dentre os quais, o Brasil, que teve a primeira equipe de basquetebol feminina do mundo. 
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METODOLOGIA DO 
ENSINO DO 
BASQUETEBOL 
26
2.1 INTRODUÇÃO
 Reconhecidamente um fenômeno sociocultural, o esporte vem conquistando, ao 
longo dos anos, mais adeptos e uma maior expansão das diversas modalidades, que não 
somente o futebol. Os esportes coletivos, o caso do basquete, requerem a participação 
de duas ou mais pessoas contra uma equipe adversária, podendo ser também chamado 
de esporte em grupo ou em equipe e necessita da utilização de um determinado objeto, 
como a bola.
 O processo ensino-aprendizagem no basquetebol centra-se nos componentes técnicos 
e táticos da modalidade, tendo em vista a(s) fase(s) do aprendizado, do desenvolvimento 
dos alunos e dos objetivos a serem desenvolvidos. 
 De fato, o processo de iniciação esportiva, em qualquer modalidade, tem como 
premissa básica seu desenvolvimento em âmbito escolar, uma vez que é onde as 
crianças/adolescentes podem vivenciar experiências que transcendam o simples ato 
de jogar. É evidente que a inclusão do basquetebol desde as fases iniciais (primeira e 
segunda infância) propiciam um melhor desenvolvimento das crianças, uma vez que 
está diretamente associada ao desenvolvimento de habilidades físico-mentais, como: 
consciência corporal, coordenação, flexibilidade, ritmo, agilidade, equilíbrio, percepção 
espaço-temporal em uma atmosfera de descontração, dinamismo e ludicidade, 
conforme descreve Paes e Oliveira (2005).
2.2 PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ESPORTIVA 
 Nesse sentido, Greco (1998) indica que, na iniciação esportiva, os jogos populares 
surgem como mecanismos mais assertivos para o treinamento dos diferentes esportes. 
Na fase de iniciação esportiva, tornar o treinamento muito específico, a partir do que 
demanda, por exemplo, cada posição em quadra (especificidade técnica e tática), pode 
limitar o desenvolvimento global da criança, além de afastá-la do lúdico, do prazer de 
jogar, entendendo aos poucos o que deve ser o jogo desenvolvido de forma adequada. 
 De fato, o processo ensino-aprendizagem é pautado em torno de três métodos 
de ensino-aprendizagem (tradicionais), considerados básicos, e reconhecidamente 
aplicados desde a iniciação, a especialização e a formação no esporte, em geral, 
os seguintes métodos: analítico-sintético (analítico-parcial), situacional (global-
funcional) e misto (integrado). 
 Greco (1998) descreve os métodos iniciando pelo método analítico-parcial, o qual 
tem como principal objetivo o ensino dos fundamentos técnicos, tendo como principal 
forma de trabalho uma série de exercícios. 
 Ainda segundo o autor, a principal vantagem desse método é o desenvolvimento da 
técnica correta, possibilitando maior êxito na vivência e a correção é fácil de ser realizada. 
Por outro lado, suas desvantagens são: a demora para o exercício chegar no “todo”, visto 
que o movimento é treinado em separado, a aula se torna monótona e pouco atraente e 
não possibilita a satisfação do desejo de jogar. 
 De acordo com Perfeito (2009) apud Gonçalves e Romão (2019), esse método ainda 
prevalece em muitas escolas e clubesbrasileiros, amparado pela crença da necessidade 
do domínio total da técnica para ter sucesso no jogo. 
 Em seguida, temos o método global-funcional, o qual tem como princípio de que 
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só se aprende o jogo jogando, sendo assim, a técnica e os demais elementos relacionados 
aos esportes coletivos serão aprendidos durante o jogo formal (GRECO, 1998). Por esse 
método, a aula consiste em distribuir dois times para que joguem e, quando necessário, 
o professor faz as correções sobre a técnica, a tática e os demais elementos. Vale ressaltar, 
todavia, que não se trata do “jogar por jogar”, mas a figura do professor/treinador é 
essencial na condução do processo, estabelecendo diretrizes para que esse jogo tenha 
um significado dentro do processo ensino-aprendizagem da turma. 
 As principais vantagens desse método são: o prazer de jogar, a motivação, a 
aprendizagem de todos os elementos desde o começo e a simplificação da organização 
da aula. No entanto, por receber inúmeras informações, o aluno pode não assimilar todas 
e o tempo para correções pode ser pouco (GRECO, 1998).
Figura 4. O método global, caracterizado pela prática do jogo (situacional). 
Fonte: https://shutr.bz/3fDVKax
 Por último, o método misto, que, segundo Gonçalves e Romão (2019), pode ser 
definido como uma união entre os dois métodos anteriormente apresentados. Dessa 
forma, o professor iria trabalhar primeiramente os fundamentos do futebol e do futsal 
(condução, domínio, chute, drible, passe, etc.) para, após atingir um nível adequado, 
haver o jogo como sugere o método global-funcional (GRECO, 1998). 
 Esse método permite que o professor utilize na mesma aula os exercícios e o jogo, 
independentemente de ordem ou quantidade estabelecidas, sendo possível o professor 
tanto realizar correções nos exercícios mais técnicos quanto dar o feedback no jogo. 
A metodologia mista é considerada a mais completa das tradicionais (GONÇALVES e 
ROMÃO, 2019; GRECO, 1998). 
 Além dos métodos tradicionais, Garganta (1995) apresenta dois métodos chamados 
de contemporâneos, mais utilizados nas escolinhas, nas categorias de base e nos 
clubes profissionais, em geral. Esses modelos são considerados sistêmicos e visam às 
capacidades cognitivas como elementos-chave da aprendizagem, buscando, sobretudo, 
desenvolver a inteligência do praticante durante o jogo. Como exemplo, temos os jogos 
condicionados e o método situacional, os quais apresentam muitas semelhanças, 
respectivamente, com os métodos misto e global-funcional, ambos estudados nesta 
seção.
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Existem diferentes metodologias que podem ser aplicadas ao basquetebol e que estão 
diretamente ligadas ao público-alvo e aos objetivos que se tem com a modalidade. As me-
todologias e estratégias de ensino são muito importantes, pois proporcionam que os obje-
tivos possam ser atingidos e as propostas iniciais que se tem com a modalidade alcancem 
êxito. A partir de um contexto do basquetebol inserido em ambiente escolar, podemos afir-
mar que existe uma metodologia mais adequada ao ensino do basquetebol para crianças 
(10 a 12 anos)? 
VAMOS PENSAR?
2.3 PRINCÍPIOS E NOÇÕES DE PROGRESSÕES 
DE APRENDIZAGEM
 De forma geral, o ensino dos esportes ainda é pautado em uma pedagogia 
considerada tradicional, em que as técnicas esportivas são consideradas o eixo central de 
todo o processo de aprendizagem. Giménez (1999) traz um interessante levantamento 
acerca do ensino dos esportes, em que as propostas associadas a situações-modelo, onde 
a experiência real de jogo se faz ativa, é considerada um importante meio de trabalhar 
a evolução do aprendizado nos esportes, haja vista um dos modelos mais adotados 
atualmente, conhecido como Jogos Esportivos Coletivos (JEC). 
 De fato, se por tratar de um modelo mais dinâmico de ensino, os JEC priorizam não 
somente partes fragmentadas do ensino e aplicação de uma determinada habilidade 
específica de jogo, mas a melhor compreensão sobre as diferentes concepções de 
ensino, e cabe ressaltar a importância de progredir os aspectos do processo ensino-
aprendizagem em uma perspectiva mais aberta e que estimule a visão do participante 
como um todo. 
 Um aspecto que deve ser destacado no ensino dos esportes, sob uma visão 
mais sistêmica, é a sua fundamentação pautada em propostas de experiências lúdicas 
vinculadas ao contexto real do jogo, mostrando que o jogo, quando jogado de forma 
“livre”, possui importantes aspectos que podem melhor direcionar a atuação do professor. 
 Scaglia et al. (2013) explicam que, para que o praticante desenvolva aspectos 
do jogo de forma consciente e lógica, a progressão deve ser tal que as informações 
apresentadas ao longo de um jogo, por exemplo, estimulem a tomada de decisão a ser 
executada, bem como a utilização da decisão mental para então colocar em prática a 
ação motora. Nesse sentido, fica evidente que a estrutura de um jogo desenvolvida por 
meio do modelo tradicional, a partir de uma perspectiva tecnicista, tende a fazer com 
que o processo de aprendizado se torne muito inócuo ao aluno e desconecte-o do que 
deve, de fato, aprender por meio dos jogos e/ou esportes coletivos.
2.4 CARACTERIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO 
DOS EXERCÍCIOS E TAREFAS
 De acordo com Platonov (2008), os meios de treinamento influenciam direta e/
ou indiretamente o aperfeiçoamento para alcançar o alto desempenho desportivo, 
constituindo a base do processo pedagógico da preparação, e podem ser considerados 
29
um mecanismo estável em que as diferentes ações se repetem de alguma maneira, a 
fim de interligarem-se visando encontrar soluções para determinadas tarefas. 
 Um dos aspectos que devem ser considerados no processo de seleção dos 
exercícios e tarefas esportivas são os aspectos do desenvolvimento humano, em que 
não apenas o motor deve ser considerado, mas o cognitivo e o afetivo-social, atuando 
de forma integrada na construção de uma estrutura sólida e que seja desenvolvida ao 
longo dos anos, não pensando apenas na formação do atleta, e sim compreendendo os 
diferentes mecanismos que as atividades esportivas podem proporcionar.
O livro “Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescen-
tes e adultos”, de David L. Gallahue, John C. Ozmun, Jaqueline D. Goodway (2013), 
está disponível na Minha Biblioteca Única
Os autores apresentam aspectos fundamentais relacionados ao desenvolvi-
mento motor humano, que vão desde as informações introdutórias essenciais 
sobre o estudo do desenvolvimento motor, explorando em cada etapa do de-
senvolvimento humano (do bebê ao adulto) aspectos globais e específicos que 
cerceiam os aspectos motores.
LINK: https://bit.ly/3t5OSFU
BUSQUE POR MAIS
 Em contrapartida, Galatti et al. (2012) descreve que, com o passar dos anos e com 
a evolução do basquetebol, tem evidenciado como fator predominante, no que tange à 
formação dos atletas, os aspectos de ordem motora. E ainda, de acordo com os autores, 
cabe ao treinador procurar sempre as devidas melhorias nos métodos de ensino das 
habilidades (técnica e tática) da modalidade, buscando aperfeiçoar meios e métodos 
que possam ser aplicados também a outras modalidades esportivas cujas habilidades 
básicas sejam similares. 
 Wilmore e Oliveira (2005) trazem alguns aspectos básicos do exercício, em que 
destacam o treinador como figura central da condução de um processo de treino 
organizado e estruturado. Nesse sentido, ainda de acordo com os autores, para obter 
uma intervenção eficaz, a elaboração e estruturação dos exercícios (tarefas) necessitam 
estabelecer alguns elementos de forma marcante, dentre os quais: o objetivo, o conteúdo, 
a estrutura e o nível de desempenho, conforme você verá mais detalhadamente a seguir. 
Objetivo: está associado ao diagnóstico que se faz do nível de performance dos atletas, 
tendo como mecanismo de análise/avaliação os resultados obtidos em exercícios 
anteriores ou avaliação de diagnóstico/inicial. Na prática, é importante entender a 
multifuncionalidadedo exercício, que exercícios semelhantes podem ter objetivos 
diferentes, sendo da responsabilidade do treinador a hierarquização deles. 
Conteúdo: tratam dos fatores de rendimento (técnicos, táticos, físicos e psicológicos) 
desenvolvidos, quer pelos jogadores ou pela equipe, em situações de jogo ou exercícios. 
Nesse caso, é importante considerar os fatores de jogo, suas ações, as quais são essenciais 
para que tanto os objetivos quanto os conteúdos sejam desenvolvidos de maneira 
satisfatória com a proposta. 
Estrutura do exercício: importante ressaltar a relação que existe entre a atividade 
proposta e desenvolvida pelos jogadores associada aos aspectos fundamentais dentro 
https://bit.ly/3t5OSFU
30
do contexto em que se estabelece o jogo, por meio de situações dinâmicas e reais de 
jogo, a destacar: o ataque – a defesa – o contra-ataque. 
Nível de desempenho: diz respeito ao resultado obtido pelos alunos/atletas após a 
operacionalização das atividades propostas. Essas informações, confrontadas com os 
objetivos previamente definidos, resultam em um conjunto de conclusões acerca do 
sucesso/insucesso da atividade e permite o reforço ou reorganização dos aspectos 
básicos do exercício. Castelo (1996) citado por Wilmore e Oliveira (2005), levanta ainda 
dois aspectos a serem considerados na estruturação de exercícios e tarefas do jogo, a 
incluir o basquetebol, conforme apresentado a seguir. Racionalização: a procura da 
redução do número de exercícios de treino e o aumento do número de repetições, tendo 
como objetivo principal implicitamente a melhoria do rendimento dos praticantes e 
consequentemente da equipe. Modelação: processo pelo qual se procura correlacionar 
o exercício de treino com as exigências específicas da competição com base nos índices 
mensuráveis dos componentes de rendimento. 
 Ainda de acordo com o autor, as componentes estruturais do exercício devem ser 
consideradas no plano fisiológico e no plano técnico – tático, conforme mostrado na 
figura a seguir.
Figura 5. Componentes estruturais do exercício. 
Fonte: Castelo (1996) citado por Wilmore e Oliveira (2005, p.3).
 Há que se considerar ainda a classificação dos exercícios, cujo fator de treino é 
um dos aspectos mais predominante no conteúdo do exercício, conforme descreve 
Wilmore e Oliveira (2006), e os seguintes exercícios merecem maior atenção: técnicos, 
táticos e físicos. E, complementando, o grau de identidade do exercício merece 
destaque, haja vista as diferentes possibilidades que surgem para o desenvolvimento 
do exercício, a saber: os exercícios de competição, os especiais, e os gerais.
31
2.5 ABORDAGENS PEDAGÓGICAS DO 
ENSINO DO BASQUETEBOL
 A prática do basquetebol na escola deve ir além dos aspectos metodológicos 
e técnicos: deve possibilitar a integração dos envolvidos, centrada numa proposta 
pedagógica embasada por uma filosofia que vise à educação e à formação integral 
dos praticantes. O planejamento do conhecimento a ser trabalhado é base para 
o desenvolvimento do esporte na escola, devendo ser coerente com o seu projeto 
pedagógico, de forma a aproximar a Educação Física das demais disciplinas, tornando 
os conteúdos significativos e formadores. 
 Gallati et al. (2012) descrevem que a maior parte das pesquisas relacionadas 
aos jogos esportivos coletivos destaca a abordagem da pedagogia do esporte para o 
seu ensino nas escolas de esportes, visto que contribui para a educação das crianças 
e adolescentes, proporcionando reflexões a respeito de aspectos como cooperação, 
convivência, participação, inclusão, solidariedade, autonomia, entre outros, conforme 
descreve ainda Paes e Oliveira (2005). 
 Bento (2006) afirma que o professor deve levar para a situação de ensino uma 
formação objetivada em competências sociais, culturais, pedagógicas e metodológicas, 
para, dessa forma, construir uma prática embasada e responsabilizada pela teoria, 
circundada por princípios e valores teóricos, espirituais,
éticos e morais.
 A capacidade de impulsionar as ações humanas em busca de um mundo melhor 
há de estar atenta às orientações curriculares voltadas à educação básica, conforme 
descreve Freire (1996), e a ação pedagógica é o elemento central capaz de nortear as 
necessárias opções metodológicas na organização e desenvolvimento dos conteúdos de 
ensino, dentre os quais podemos destacar o dos esportes coletivos, mais precisamente 
do basquetebol. Freire (1996, p.26) complementa:
Nas condições de verdadeira aprendizagem, os educan-
dos vão se transformando em reais sujeitos da constru-
ção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do 
educador igualmente sujeito do processo.
 Nesse sentido, o ensino pautado pelo constructo qualitativo no âmbito pedagógico 
nos remete à concepção do professor atuando de forma ativa, buscando construir o 
conhecimento que aproxime o aluno da realidade, compreendendo o que foi apresentado 
em aula e transportando esse aprendizado (troca constante de saberes entre professor-
aluno) em sua atuação na sociedade. Isso permite ao aluno a possibilidade de atribuição 
de um novo sentido, gerando novas e interessantes possibilidades de aprendizado a 
partir de diferentes contextos que lhe são apresentados. 
 Um dos aspectos criticados por Freire é a chamada “educação bancária” e aqui o 
autor se depara com situações as quais o professor não está, de fato, comprometido com 
o valor da aprendizagem. É importante atrelar o conhecimento do conteúdo a algo que 
seja assimilado de maneira significativa e transformadora pelo aluno. O próprio ensino 
dos jogos e esportes coletivos permitirá ao professor despertar em seus alunos uma 
maior consciência crítica e um maior discernimento acerca das questões sociais, a partir 
das mais diversas situações que são vivenciadas nessas práticas. 
32
 Galatti et al. (2012) descrevem o ensino dos esportes coletivos sendo realizados 
a partir de metodologias de ensino que visam alcançar determinados objetivos, 
como melhora da técnica em determinada modalidade esportiva, criando situações 
particulares de jogo com crescente complexidade para que posteriormente seja obtido 
o êxito quando se estiver em situação real de jogo. Nesse sentido, complementando o 
que foi apresentado na seção 2.1, existem métodos de ensino tradicionais (Parcial, Global 
e Misto) e métodos de ensino contemporâneos (Iniciação Esportiva Universal, Jogos 
Desportivos Coletivos, Método Situacional e Teaching Games For Understanding (TGFU). 
 Não há, dentre as diferentes possibilidades de ensinar o basquetebol, um método 
que se sobreponha a outro em termos de eficiência do ensino-aprendizagem, sendo 
responsabilidade do professor conduzir o trabalho/planejar-se de acordo com as 
características que vão desde o(s) objetivo(s) da aula até as características da turma, que 
podem influenciar diretamente essa tomada de decisão. 
 Reverdito, Scaglia e Paes (2009) entendem a pedagogia do esporte enquanto área 
de intervenção, responsável por investigar as práticas esportivas corporais, bem como os 
sujeitos condicionantes de sua existencialidade. Esses autores trazem como contribuição 
um estudo feito acerca de algumas das principais palavras-chave da resultante conceitual 
das principais abordagens em pedagogia do esporte, as quais mostram como o esporte 
pode ser desenvolvido a partir de diferentes perspectivas, conforme você verá a seguir
Autores e Obras Caracterização Estratégia-Metodologia Fundamentação
Paes (2001); 
Balbino (2001)
• Pedagogia;
• Formação crítica e 
consciente;
• Inclusão;
• Cooperação; etc. 
• Complexidade do jogo;
• Jogar;
• Jogo possível;
• Ambiente fascinante. 
• Pensamento sistêmi-
co;
• Construtivismo;
• Teoria das inteligên-
cias múltiplas;
• Capacidades poten-
ciais;
• Totalidade. 
Scaglia (1999, 
2003); 
Freire (2003)
• Princípios pedagógi-
cos;
• Sujeito;
• Motivações intrínse-
cas;
• Humanitude;
• Ensinar;
• Autonomia e Critici-
dade;
• Cultura Corporal;
• Diversidade
• Jogo;
• Compreensão do jogo;
• Capacidade tática (cog-
nitiva)• Especificidade técnica 
(motora específica);
• Jogos e brincadeiras 
populares;
• Cultura infantil;
• Jogo-trabalho. 
• Abordagens intera-
cionista;
• Pensamento sistêmi-
co-complexo;
• Teoria do jogo;
• Produções culturais. 
33
Garganta (1995); 
Graça (1995)
• Jogo;
• Formativo;
• Cooperação;
• Inteligência;
• Cultura esportiva;
• Natureza aberta das 
habilidades;
• Equipe; 
• Conhecimentos em 
pedagogia. 
Garganta (1995):
• Jogos condicionados;
• Unidades funcionais;
• Compreensão do jogo;
• Especificidade técnica;
• Princípios comuns do 
jogo;
Formas jogadas acessí-
veis. 
___________ 
Graça (1995): 
• Habilidades básicas;
• Capacidade de jogo;
• Atividades simplifica-
das e modificadas;
• Formas de jogos;
• Transferibilidade;
Caráter multidimensio-
nal.
• Teoria dos jogos des-
portivos coletivos;
• Abordagem fenôme-
no-estrutural;
• Prática transferível;
• Sistêmica;
• Compreensão; 
• Totalidade complexa.
Kroger e Roth 
(2002)
• Ação pedagógica;
• Cultura do jogar;
• Escola da bola;
• Universal a todos os 
esportes. 
• Jogos coletivos;
• Jogos situacionais;
• Aprendizagem inciden-
tal;
• Capacidade de jogo;
• Capacidades coordena-
tivas;
• Determinantes da mo-
tricidade;
• Habilidades;
• Construção de movi-
mentos.
• Ciências biológicas e 
pedagógicas;
• Teorias de controle e 
aprendizagem motora;
• Psicologia geral e cog-
nitiva;
• Aprendizagem formal 
e incidental. 
Greco e Benda 
(1998); 
Greco (1998)
• Iniciação esportiva 
universal;
• Aprendizagem inci-
dental;
• Capacidades coorde-
nativas. 
• Capacidades coordena-
tivas;
• Aprendizagem motora;
• Treinamento da técni-
ca;
• Capacidade de jogo;
• Treinamento tático;
• Jogos funcionais e situ-
acional;
• Determinantes da mo-
tricidade. 
• Ciências biológicas e 
pedagógicas;
• Teorias de controle e 
aprendizagem motora;
• Psicologia geral e cog-
nitiva;
Aprendizagem formal 
e incidental.
Quadro 2: As principais palavras-chaves da resultante conceitual das principais abordagens em pedagogia do esporte.
Fonte: Reverdito, Scaglia e Paes (2009, p. 606).
 Mais especificamente, Paes e Oliveira (2005) destacam o treinamento do 
basquetebol que pode ser dividido em duas fases distintas: fase de iniciação ao jogo e 
fase de treinamento especializado. A proposta sugerida por esses autores estabelece o 
desenvolvimento das capacidades físicas, aprendizagem tático-cognitivas e habilidades 
do jogo, as quais podem ser subdivididas em três fases, conforme descrevem os autores: 
 A fase de iniciação I marca os primeiros contatos da criança da primeira à quarta 
série do ensino fundamental, com idades entre 7 e 10 anos. Nessa fase, o aprendizado 
dos fundamentos e o desenvolvimento das capacidades podem se dar de maneira 
recreativa, por meio de jogos com alterações nas regras e nos objetivos, adaptando-os à 
34
realidade de cada cenário e às necessidades dos alunos, observando a disponibilidade 
de recursos materiais e humanos.
Nessa fase, o indivíduo começa a combinar e a aplicar habilidades motoras fundamentais 
ao desempenho das habilidades motoras especializadas no esporte e em ambientes 
recreacionais. O objetivo nesse estágio deve ser o de ajudar as crianças a aumentar o 
controle motor e a competência motora em inúmeras atividades, conforme descreve 
Paes e Oliveira (2005). 
 Em adição, Paes (2009) ressalta que os jogos reduzidos, pré-desportivos, e as 
brincadeiras podem ser utilizados como facilitadores do ensino, pois possibilitam adequar 
as atividades à vivência motora dos alunos ou praticantes e podem ser realizados na 
escola, no clube ou em qualquer lugar em função da sua ação recreativa. 
 A fase de iniciação II – o processo de desenvolvimento – deve ocorrer 
aproximadamente entre 11 e 12 anos de idade; os pré-adolescentes deverão estar 
cursando a quinta e a sexta séries do ensino fundamental, e corresponde ao aprendizado 
inicial dos sistemas técnico e tático do jogo associados aos conteúdos da fase anterior 
do aprendizado. É nessa fase que as experiências tendem a tornar o indivíduo capaz de 
tomar inúmeras decisões de aprendizado e de participação, baseadas em muitos fatores 
da tarefa, individuais e ambientais. 
 A fase de iniciação III tem como alvo os alunos do oitavo e nono anos do ensino 
fundamental, com idade aproximada de 13 a 14 anos. Essa é uma fase marcada pela 
melhor assimilação dos conteúdos das etapas anteriores, em que a automatização 
e o refinamento se sobressaem no que tange à aprendizagem de um gesto motor 
(esportivo). Os fundamentos individuais são constituídos coletivamente, realizados no 
tempo e espaço e deverão ser adequados às ótimas capacidades do jogo moderno 
(PAES e OLIVEIRA, 2005). 
 Por fim, é importante ressaltar a contribuição de Balbino e Paes (2005), que 
definem quatro princípios filosóficos a serem seguidos no ensino de basquetebol visando 
objetivar a integração e a aquisição de valores na criança, nesse caso, de estudantes na 
faixa etária até 13 anos. 
• Participação – o foco é o jogar para aprender; 
• Cooperação – o objetivo é o jogo “com”, substituindo o jogar “contra”; 
• Coeducação – um modelo em que aluno e professor jogam e aprendem juntos, 
uns com os outros; 
• Convivência – ligado ao princípio do respeito às diferenças.
Oliveira (2007) destaca que a etapa de iniciação nos jogos desportivos coletivos – basque-
tebol - é um período que abrange desde o momento em que as crianças iniciam nos espor-
tes até a decisão por praticarem uma modalidade, por volta de 10 a 12 anos. Os conteúdos 
devem ser ensinados respeitando cada fase do desenvolvimento das crianças e dos pré-
-adolescentes da escola na qual as metodologias devem ser discutidas com base teórica, 
mas também pelas experiências práticas dos professores nas escolas.
FIQUE ATENTO
35
 Enfim, os jogos esportivos coletivos são compostos por muitas modalidades, 
que evoluem e mudam suas regras e regulamentos todos os anos. Eles possuem 
características comuns e específicas que, ao serem trabalhadas de forma adequada, 
auxiliam no desenvolvimento motor, cognitivo e social do indivíduo.
36
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Reconhecidamente um fenômeno sociocultural, o esporte possui elementos que o 
tornam importante em diferentes contextos e contribui para a formação da sociedade. 
Os esportes coletivos, praticados em forma de jogo, requerem a participação de duas ou 
mais pessoas contra uma equipe adversária, podendo ser também chamado de esporte 
em grupo ou em equipe e necessita da utilização de um determinado objeto, como a 
bola, como ocorre com o basquetebol. 
Tendo em vista a importância do basquetebol na formação do indivíduo desde a base 
ou iniciação, analise as alternativas a seguir e assinale a que represente aspectos ou 
habilidades físico-mentais que são desenvolvidas por meio da prática dessa modalidade. 
a) coordenação, força, agilidade e descontração.
b) fadiga, stress, coordenação e flexibilidade.
c) interesse, técnica, reflexão e ritmo. 
d) consciência corporal, aptidão social, agilidade e equilíbrio. 
e) coordenação, flexibilidade, agilidade e equilíbrio.
2. Os Jogos Esportivos Coletivos (JEC) são uma excelente ferramenta para desenvolver 
aspectos multifatoriais de seus praticantes, além de serem utilizados como importantes 
mecanismos a serem inseridos em programas de treinamento, que vão da base até as 
categorias adultas/profissionais. 
Nesse sentido, analise as alternativas a seguir e assinale V (verdadeiro) e/ou F (falso) no 
que tange aos aspectos ligados ao JEC. 
( ) prioriza o ensino e forma ampla, sem atrelar-se somente ao aprendizado das 
habilidades específicas da modalidade/jogo. 
( ) por ser uma perspectiva considerada mista, é importante entender que o ensino tem 
sua potencialidade nos aspectos motores e lúdicos.
( ) o participante aprende o jogo como um todo e trabalha de forma dinâmica para 
buscar a conexão entre as partes que formam o todo. 
( ) a progressão é vista como fundamental nessa concepção e as informações apresentadas 
em cada parte do processo seinterligam em algum momento. 
A ordem correta de cima para baixo é: 
a) V-F-V-F.
b) V-F-V-V. 
c) F-F-V-F.
d) V-F-V-F.
e) F-F-V-V. 
3. O basquetebol é uma prática importante e que desperta muito interesse em crianças e 
adolescentes de diferentes faixas etárias. Tendo em vista a importância dessa modalidade 
inserida como conteúdo curricular das aulas de Educação Física, assinale qual seria o 
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37
principal foco/objetivo de uma aula de basquetebol em um ambiente escolar.
a) Deveria ter como foco a utilização de estratégias e jogos lúdicos, oportunizando o 
aprendizado do jogo de uma forma global.
b) Deveria ter como foco somente o ensino técnico dos fundamentos do jogo, focando 
na iniciação e no preparo de novos atletas.
c) Deveria ter como foco somente o ensino das regras oficiais do jogo, os sistemas táticos 
e a técnica o aluno aprenderia fora da escola. 
d) Deveria ter como foco o ensino das regras oficiais do jogo e os sistemas táticos da 
modalidade, uma vez que são aspectos de formação. 
e) Deveria ter como foco, exclusivamente, a iniciação esportiva ao voleibol, ensinando as 
técnicas e táticas da modalidade com o objetivo de formar equipes competitivas. 
4. Existem diferentes metodologias de ensino dos esportes, com características e 
objetivos específicos. Analise as afirmativas na sequência e assinale a alternativa que 
melhor define o método analítico-sintético de treinamento esportivo.
a) É a metodologia que tem como foco o ensino das técnicas esportivas por meio de 
jogos e brincadeiras lúdicas. 
b) É a metodologia que tem como base o ensino a partir do jogo, da prática do esporte 
propriamente dita (global). 
c) É a metodologia que tem como foco o ensino das técnicas esportivas da modalidade, 
sendo ensinadas separadamente uma da uma. 
d) É o método que prioriza o trabalho físico do treinamento esportivo, buscando agregá-
lo ao ensino das táticas. 
e) É o método que prioriza o trabalho tático do treinamento esportivo, assim como das 
regras e dos fundamentos de jogo.
5. (Q1146907 - Educação Física - Educação Física no Ambiente Escolar, Relação Educação 
Física Escolar e Esporte - Ano: 2020 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: 
Prefeitura de Barão de Cocais - MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2020 - 
Prefeitura de Barão de Cocais - MG - Professor Map II- Educação Física. 
Método de ensino é a ação do professor ao dirigir e estimular o processo de ensino em 
função da aprendizagem dos alunos, quando utiliza intencionalmente um conjunto 
de ações e condições externas procedimentais, visando o melhor entendimento do 
discente. Com relação às metodologias de ensino dos esportes coletivos na iniciação 
esportiva escolar, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.
( ) O método analítico-sintético é caracterizado pelas diversas experiências de jogo, para 
uma melhor aprendizagem da técnica.
( ) O método global está centralizado no desenvolvimento das habilidades técnicas, por 
meio da análise de jogadas e técnicas já existentes, trabalhando de forma gradual para 
se obter o nível mais elevado da técnica em si.
( ) O método misto é a junção dos métodos analítico sintético e global funcional. Esse 
método possibilita a prática de exercícios isolados, bem como a iniciação ao jogo por 
meio das formas jogadas dos esportes coletivos.
( ) O método misto permite que o professor utilize dentro da mesma aula exercícios 
joser
Realce
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38
e jogos, independentemente da ordem ou da quantidade de atividades estabelecidas, 
mais jogos ou mais exercícios.
Assinale a sequência correta.
a) V-F-F-V.
b) F-F-V-V.
c) V-V-F-F.
d) F-V-V-F.
e) V-F-F-V. 
6. Existem diferentes metodologias que podem ser aplicadas ao basquetebol e que 
estão diretamente ligadas ao público-alvo e aos objetivos que se tem com a modalidade. 
As metodologias e estratégias de ensino são muito importantes, pois proporcionam que 
os objetivos possam ser atingidos e as propostas iniciais que se tem com a modalidade 
alcancem êxito. Nesse sentido, leia atentamente as afirmativas a seguir e assinale V para 
as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
I - ( ) O professor, nas suas aulas de Educação Física na escola, deve procurar trabalhar 
de forma que possa formar novos atletas, estimulando, assim, o aspecto competitivo da 
modalidade.
II - ( ) Tanto no ambiente escolar como no esporte, para o rendimento, o professor pode 
diversificar as estratégias de ensino, utilizando as diferentes metodologias.
III - ( ) O método global-funcional tem como referência o trabalho dos fundamentos 
técnicos da modalidade de forma individualizada, proporcionando, assim, um melhor 
aprimoramento da técnica e especialização do atleta/aluno.
IV - ( ) Os objetivos que se tem com o jogo e a prática dos fundamentos técnicos do 
voleibol no ambiente escolar e competitivo são os mesmos, diferindo-se somente que 
no esporte de rendimento a exigência da eficiência técnica é maior.
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas I é verdadeira. 
b) Apenas II e III são verdadeiras.
c) I, II, III e IV são verdadeiras. 
d) Apenas I, II e III verdadeiras.
e) Apenas II é verdadeira.
7. Um dos aspectos que devem ser considerados no processo de seleção dos exercícios 
e tarefas esportivas são os aspectos do desenvolvimento humano, em que não apenas 
o motor deve ser considerado, mas o cognitivo e o afetivo-social, atuando de forma 
integrada na construção de uma estrutura sólida e que seja desenvolvida ao longo dos 
anos. 
Nesse sentido, podem ser considerados elementos que tratam da estrutura do exercício: 
a) fatores de rendimento do exercício, tático, fisiológico e psicológico, os quais visam 
adequar-se ao contexto do jogo, tendo em cada jogador características essenciais para 
joser
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joser
Realce
39
a equipe. 
b) relação existente entre a atividade proposta e desenvolvida pelos jogadores associada 
aos aspectos fundamentais dentro do contexto em que se estabelece o jogo. 
c) aspectos relacionados à dinâmica do jogo, às situações reais de jogo e suas diferentes 
vertentes, atreladas ao desenvolvimento de aspectos que transformam a equipe em 
vencedora. 
d) informações confrontadas com os objetivos previamente definidos, as quais resultam 
num conjunto de conclusões acerca da atividade, como um feedback constante do jogo 
em si.
e) fatores de jogo, e suas ações, as quais são essenciais para que tanto os objetivos quanto 
os conteúdos sejam desenvolvidos paralelamente e se conectem na formação do atleta. 
8. De acordo com Paes e Oliveira (2005), o treinamento do basquetebol pode ser dividido 
em duas fases distintas: fase de iniciação ao jogo e fase de treinamento especializado. 
Ambas são fundamentais para a formação do jogador e devem ser respeitadas durante 
o processo de formação. Essa proposta está diretamente atrelada ao desenvolvimento 
das capacidades físicas, aprendizagem tático-cognitivas e habilidades do jogo, as quais 
podem ser subdivididas em três fases. 
Analise as alternativas a seguir e assinale a que represente aspectos ligados às fases de 
iniciação do basquetebol. 
a) Na fase de iniciação III, o processo de desenvolvimento deve ocorrer aproximadamente 
aos 11 e 12 anos de idade, período em que a execução desses princípios deixa de ter 
um caráter individual, transformando-se em ações coletivas, nas quais o movimento 
realizado por um jogador/aluno traz benefícios aos companheiros de equipe.
b) A fase de iniciação II, que marca os primeiros contatos da criança da primeira à quarta 
série do ensino fundamental, com idades entre 7 e 10 anos, é caracterizada como o período 
em que os jogos reduzidos, pré-desportivos, e as brincadeiras podem ser utilizados como 
facilitadores do ensino, pois possibilitam adequar as atividades à vivência motora dos 
alunos ou praticantes e podem ser realizados na escola. 
c) Na fase de iniciação I, o aprendizado dos fundamentos e o desenvolvimento das 
capacidades podem se dar de maneira recreativa, por meio dejogos com alterações nas 
regras e nos objetivos, adaptando-os à realidade de cada cenário e às necessidades dos 
alunos, observando a disponibilidade de recursos materiais e humanos.
d) Na fase de iniciação I, o indivíduo começa a combinar e a aplicar habilidades motoras 
fundamentais ao desempenho das habilidades motoras especializadas no esporte e em 
ambientes recreacionais. O objetivo, nesse estágio, deve ser o de ajudar as crianças a 
aumentar o controle motor e a competência motora em inúmeras atividades.
e) Na fase de iniciação II, os fundamentos individuais são constituídos coletivamente, 
realizados no tempo e espaço e deverão ser adequados às ótimas capacidades do jogo 
moderno, em que os participantes se revezam em funções das mais diversas quanto 
possíveis em quadra.
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Realce
joser
Realce
40
FUNDAMENTOS BÁSICOS 
E SISTEMAS OFENSIVOS 
E DEFENSIVOS DO 
BASQUETEBOL
41
 Nessa unidade, abordaremos os fundamentos técnicos básicos do basquetebol, 
levando em consideração que o seu processo de aprendizagem e desenvolvimento se 
baseia no aprendizado específico de algumas competências, mínimas e específicas, 
para o desempenho da modalidade. 
 As concepções táticas são essenciais para que uma equipe consiga obter êxito 
em uma partida. Para saber qual concepção adotar, mais do que dispor de jogadores 
habilidosos, é necessário identificar e considerar diversos outros fatores. Além disso, 
o treinamento e o entrosamento da equipe nas formas assumidas em seus sistemas 
defensivos e ofensivos também se mostram relevantes. 
 De certa maneira, para que sejam efetivadas as ações táticas de uma equipe 
de basquetebol, o que pode ser visto tanto em ações ofensivas quanto defensivas, é 
necessário bastante tempo de treinamento e entrosamento entre os jogadores. No 
entanto, por mais que as equipes estejam treinadas, alguns elementos podem ditar o 
modo como as equipes se postam e agem em quadra, o que demanda dos treinadores 
a leitura de jogo e a tomada de decisão correta frente às inúmeras situações possíveis 
encontradas na modalidade. 
 Modalidade constituída por duas equipes, com 5 jogadores em cada uma, cujo 
objetivo principal é arremessar a bola dentro da cesta da equipe oponente e não permitir 
que os adversários detenham a posse e o controle de bola ou marquem pontos. De 
acordo com Gonçalves e Romão (2019), a bola pode ser arremessada, passada “tapeada”, 
rolada ou driblada em qualquer direção, desde que as regras sejam respeitadas. E, em 
relação à pontuação, vence a equipe que marcar mais pontos ao final do quarto período 
do jogo, ou ao final do tempo extra, se houver (CBB, 2020)
 Ainda que uma equipe tenha um jogador de extrema habilidade técnica e de 
exímia condição física, são as características coletivas que determinarão o rendimento 
do time. Assim, as técnicas individuais, como o arremesso, os giros e o drible, por exemplo, 
ainda que sejam fundamentais em um jogo de basquete, devem estar acompanhadas 
de um bom desenvolvimento técnico coletivo. Nesse sentido, as técnicas podem ser 
entendidas como os movimentos cujos resultados são obtidos a partir de ações mais 
econômicas e efetivas (FILIN, 1996 citado por GONÇALVES, 2019). Como técnicas coletivas, 
portanto, Gonçalves e Romão (2019) entendem que são aqueles movimentos que visam 
o resultado e que necessitam da participação de dois jogadores. 
 Como o basquetebol constitui-se de um desporto coletivo, que reúne uma série de 
habilidades técnicas, chamadas de fundamentos ou gestos técnicos, que constituem a 
base para a prática do jogo, deve-se obedecer aos princípios, às diretrizes pedagógicas e 
às regras de aprendizagem que têm por consequência uma teorização da problemática 
por parte de quem ensina, sob a influência de parâmetros que condicionam a eficiência 
do movimento humano (FERREIRA e DE ROSE JR., 2010). 
 Oliveira (2012) destaca a importância do refinamento da técnica, mecanismo 
esse primordial à execução de uma boa performance e à habilidade específica de cada 
jogador, em cada posição/função na quadra, no momento de uma partida. Nesse 
sentido, Ferreira e De Rose Jr. (2010) destacam os fundamentos básicos do basquete, 
dentre os quais: 
• Controle de corpo;
3.1 FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO BASQUETEBOL 
42
• Manejo de bola;
• Recepção; 
• Drible;
• Passe;
• Rebote; 
• Arremesso;
• Posição básica de defesa;
• Deslocamentos. 
 O controle de corpo representa o domínio da execução de gestos específicos no 
basquete, sendo representado por corridas para frente, para trás e em sentido lateral; 
corridas com mudanças de direção. Consideram, ainda, as ações que requerem técnicas 
específicas nas suas execuções, como fintas (tentativa de enganar o defensor), giros 
(movimento feito com as pernas, para ficar livre do defensor), paradas bruscas (interrompe 
o deslocamento do atacante, dificultando a defesa); bem como as saídas rápidas e saltos 
com impulso de uma ou ambas as pernas. 
 Dominar o corpo, portanto, é de suma importância para a realização dos gestos 
do basquetebol e caracteriza-se pela capacidade de realizar movimentos específicos 
exigidos pela dinâmica do jogo, sempre na intencionalidade de maximizar as ações 
defensivas e/ou ofensivas do praticante (FERREIRA e DE ROSE JR., 2010).
 O manejo da bola está relacionado com todos os fundamentos que exigem o seu 
manuseio e também está associado ao contato com a bola nas diversas possibilidades 
de movimentos, dentre as quais: rolar, tocar, quicar, segurar, lançar, enfim permitir o 
manuseio nos diversos planos do corpo, conforme descreve Oliveira (2012), como mostra 
a figura a seguir.
Figura 6. A técnica do manejo de bola. 
Fonte: https://shutr.bz/3UDAMHE
 E ainda, de acordo com o autor, em relação ao modo de segurar a bola, algumas 
técnicas devem ser aplicadas para que o manejo da bola seja executado de forma correta, 
a destacar: 
• A utilização de ambas as mãos na parte lateral e posterior;
• A posição dos dedos, que devem estar entreabertos;
• O toque da parte “calosa” dos dedos;
• Os cotovelos próximos ao corpo. 
 
 A recepção pode ser entendida como o primeiro controle que um jogador tem 
sobre a bola em qualquer condição, por exemplo, após um rebote, um arremesso, um 
passe ou na tentativa de salvá-la após um lance acidental em que ela tome uma direção 
43
qualquer (RÍO, 2003 citado por GONÇALVES e ROMÃO, 2019). 
 Gonçalves e Romão (2019) descrevem que a recepção pode ser classificada em dois 
grupos principais: a recepção do tipo estática e a recepção em movimento. A recepção 
estática, portanto, ocorre quando o jogador está com os dois pés fixos no solo, sem 
movimentá-los, o que acaba sendo a mais comum, pelo nível de dificuldade mais baixo 
(coordenação), e é sobretudo muito aplicada na iniciação desse esporte, nas categorias 
de base. Já a recepção dinâmica ocorre durante o deslocamento do atleta, seja por meio 
da corrida ou durante um salto, por exemplo. 
 Maroneze (2013) menciona que as recepções podem ocorrer também utilizando 
apenas uma ou ambas as mãos. A recepção com apenas uma das mãos permite ao 
jogador deslocar a bola rapidamente para baixo, em direção ao solo, possibilitando que 
os dribles sejam feitos. Por outro lado, a recepção com as duas mãos coloca o jogador 
em uma posição vantajosa para realizar um arremesso rapidamente ou para passar a 
bola com mais força e ter maior controle sobre a bola. 
 O drible é um fundamento com a bola e é a forma pela qual o aluno se desloca 
pela quadra com a sua posse sem infringir as regras do jogo. O drible é o ato de bater 
bola, impulsionando-a contra o solo com uma das mãos, e tem como objetivos: livrar-
se do adversário, melhorar a posição para o passe, infiltrar na defesa adversária, etc. 
Em relação à técnica de execução desse fundamento, pode ser descrita da seguinte 
maneira: a mão do drible é apoiada sobre a bola; com os dedos apontando para a frente; 
tronco ligeiramente inclinado à frente; pernas em afastamento ântero-posterior, sendo 
que à frente se colocaa perna oposta à mão do drible (drible com a mão direita – perna 
esquerda à frente) (OLIVEIRA, 2012).
 De acordo com Oliveira (2012) os dribles são classificados em dois tipos: 
• Alto ou de velocidade: utilizado para se deslocar em velocidade ou quando não 
sofre marcação. A bola é impulsionada à frente do corpo e lateralmente.
• Baixo ou de proteção: utilizado quando o jogador recebe uma marcação e há a 
necessidade de proteção. Maior flexão das pernas e a bola deve ser protegida com 
o corpo.
 O passe é uma ação coordenada entre dois jogadores de mesma equipe e ocorre 
quando um deles transfere o controle da bola para o outro (RÍO, 2003 apud GONÇALVES 
e ROMÃO, 2019). Esses autores destacam que existem diferentes tipos de passes, e cada 
um deles apresenta suas próprias características, o que permite classificá-lo quanto ao 
tipo. 
 Entre os passes com o uso de uma mão, destacam-se: o passe picado, à altura 
do ombro, por baixo e tipo gancho. Com o uso de duas mãos, existem as variações de 
passes à altura do tórax, picado, acima da cabeça e por baixo (FERREIRA e DE ROSE JR., 
2010). 
 O rebote é o ato de recuperação da posse de bola após o arremesso não convertido. 
Durante o jogo de basquete, quando a bola é arremessada em direção ao aro, os jogadores 
devem posicionar-se próximo à cesta para recuperar a bola caso ela não atinja o objetivo. 
Com isso, o ato de recuperar a bola após um arremesso em que a bola não entrou na 
cesta e não saiu de quadra é chamado de rebote. Como você pode imaginar, a bola pode 
ser recuperada por um jogador da equipe que efetuou o arremesso ou pela equipe que 
tentava defender a sua cesta. Assim, os rebotes podem ser considerados de ataque ou 
de defesa (DE ROSE JR., e TRICOLI, 2017). 
 O arremesso é um fundamento de ataque com a bola com objetivo de fazer 
joser
Realce
44
a cesta. Depende da posição do aluno/jogador na quadra, oponente mais próximo e 
da sua velocidade no deslocamento. Os arremessos mais utilizados são: a bandeja 
(arremesso próximo à cesta, com ou sem posse de bola), o arremesso com uma das 
mãos (o arremesso é finalizado com forte impulsão da bola com o punho, de cima para 
baixo e para o lado), jump (difere do arremesso com uma das mãos, porque, ao final, a 
impulsão da bola acontece com as duas mãos, no ponto mais alto do salto) e o gancho 
(arremesso com a mão direita acima e atrás da cabeça) (FERREIRA e DE ROSE JR., 2010). 
Dentre os arremessos mais utilizados no basquete, destacam-se os seguintes:
• Bandeja: é um tipo de arremesso executado quando o atacante se encontra em 
deslocamento e nas proximidades da cesta adversária. A bandeja se caracteriza 
pela execução de dois tempos rítmicos e impulsão numa só perna. 
• Com posse de bola (driblando) pelo lado direito: ao se aproximar da cesta, numa 
região que varia conforme a amplitude de sua passada, o atacante segura a bola 
com o pé direito à frente (primeiro tempo rítmico) e executa um passo à frente 
com a perna esquerda (segundo tempo rítmico) preparando-se para a impulsão. 
• Sem posse da bola: quando o atacante se aproxima da cesta sem a posse de bola, 
deverá recebê-la com a perna direita à frente (primeiro tempo rítmico), no caso 
da bandeja pelo lado direito. A partir daí, o movimento segue a mesma descrição 
acima. 
• Arremesso com uma das mãos: outra forma de concluir o ataque é por meio 
do arremesso com uma das mãos. Esse tipo de arremesso é realizado quando o 
atacante estiver em deslocamento a qualquer distância da cesta. 
• Arremesso do tipo “jump”: o termo “jump”, de origem inglesa, significa saltar, pular. 
Esse tipo de arremesso é o mais utilizado e um dos mais eficientes no basquetebol 
moderno. Sua principal característica é que o momento do arremesso coincide 
com o momento mais alto do salto. O “jump” pode ser realizado tanto partindo de 
uma posição estática quanto em deslocamento. 
 A posição básica de defesa é aquela na qual o aluno/jogador estará preparado para 
deslocamentos rápidos em várias direções, dificultando o drible, o passe ou arremesso, 
como também posicionado para o rebote. Essa posição muda de acordo, por exemplo, 
com posição defensiva em função do atacante driblando ou em posição de arremesso 
(OLIVEIRA, 2012). Os autores descrevem que a posição básica de defesa deve permitir 
ao jogador estar preparado para várias funções, tais como: deslocar-se rapidamente 
em várias direções (lateralmente, para frente e para trás); dificultar o drible, o passe ou 
arremesso; interceptar um passe, bloquear um arremesso e posicionar-se para o rebote. 
 Os deslocamentos são os movimentos que o defensor faz com postura e a 
velocidade necessária para que o atacante adversário não realize o que planejou. Um 
deslocamento eficaz requer muita atenção e comprometimento tático individual e da 
equipe integrados. Quando falamos dos deslocamentos da posição básica de defesa, 
esses podem ser realizados em sentido lateral, para frente e para trás, conforme 
mencionado anteriormente.
45
Assista ao vídeo “Fundamentos do Basquete” disponibilizado na plataforma 
Youtube, no qual são apresentados diversos aspectos relacionados aos funda-
mentos técnicos do basquete, exercícios educativos e métodos de treinamento. 
Disponível em: YouTube. 07min38seg
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=Qw6ZeB8LQIE
BUSQUE POR MAIS
3.2 SISTEMAS BÁSICOS DE DEFESA E 
DE ATAQUE NO BASQUETEBOL
 De acordo com Gonçalves e Romão (2019), as situações táticas de jogo envolvem 
em sua grande maioria dois ou mais jogadores de uma mesma equipe. Portanto, 
o entrosamento entre os jogadores é fundamental para que, durante o jogo, sejam 
elaboradas estratégias para chegar à vitória. Essas combinações entre jogadores podem 
ser feitas a partir dos treinos de uma equipe, nos quais as combinações táticas ganham 
forma. As combinações táticas são estratégias definidas a priori para que uma equipe 
ataque e defenda com eficiência. 
Formações e Concepções defensivas 
 As formações de defesa são ações coletivas que buscam impedir que a equipe 
adversária realize cestas e, consequentemente, some pontos. Para elaborar um bom 
sistema defensivo, é preciso levar em consideração as especificidades técnicas e físicas 
de cada jogador. Além disso, a disciplina coletiva e o entrosamento devem estar apurados, 
uma vez que cada atleta desempenha papel fundamental na organização de todo o 
time, ou seja, a displicência de um único jogador pode comprometer o objetivo coletivo 
da equipe. De modo geral, as formações defensivas se classificam em individual, zona, 
pressão, mistas ou combinadas, as quais serão discutidas a seguir. 
 Defesa individual 
 Nesse formato defensivo, ocorre a predominância de atuação de um defensor sobre 
um atacante específico. Ou seja, os embates técnicos e físicos ocorrem no sistema um 
contra um, havendo uma predeterminação sobre qual atacante cada um dos defensores 
deverá conter. Os princípios para os defensores seguem regras básicas, ou seja, deverão 
ficar entre o atacante e a cesta, mantendo-se a uma distância próxima, obrigando-o a 
conduzir a bola para o lado da quadra em que tem menor habilidade, de modo a forçar 
suas ações limitadas (MARONEZE, 2013). 
 Defesa por zona 
 De acordo com Gonçalves e Romão (2019), na defesa por zona, os defensores não 
se preocupam com apenas um jogador adversário, especificamente, mas sim com um 
determinado local da quadra que devem proteger. Ou seja, a quadra de defesa é dividida 
em cinco quadrantes, nos quais cada um dos jogadores de defesa é responsável por 
conter os jogadores atacantes que nela adentrarem. 
 Nesse formato, várias disposições são possíveis, tais como definir quantos jogadores 
estarão mais próximos da cesta, quantos estarão no interior da área demarcada, etc. Entre 
https://www.youtube.com/watch?v=Qw6ZeB8LQIE
46
as mais comuns, encontram-se a 2-1-2, a 3-2 e a 1-3-1 (FERREIRA e DE ROSE JR., 2010). Para 
definir a melhor disposição de jogadores na defesa, é preciso levar em consideração suas 
características.De acordo com Gonçalves e ROMÃO (2019), geralmente, os jogadores 
mais próximos da cesta são os mais altos, impedindo os arremessos dos pivôs adversários 
e recuperando rebotes defensivos. Mais distante da cesta encontram-se aqueles mais 
rápidos e ágeis, com a função de impedir os arremessos de longa distância, os dribles e 
as fintas dos adversários, além de estarem preparados para iniciar um contra-ataque. 
 Defesa pressão 
 As principais características da defesa pressão são a presença de dois defensores 
marcando um atacante adversário e a agressividade na marcação, conforme descreve 
Gonçalves e Romão (2019). Esse tipo de defesa é comumente utilizado quando se deve 
buscar reverter uma diferença significativa de pontos ou na tentativa de realizar a 
mudança de ritmo de jogo adversário. Os jogadores devem ter um excelente preparo 
físico, uma vez que devem se manter em constante deslocamento para realizar a 
marcação dupla. 
 Defesa mista 
 A defesa mista reúne elementos da defesa individual e por zona. Ou seja, enquanto 
um defensor marca um jogador individualmente, os outros defensores tentam guarnecer 
locais específicos da quadra, sem que estejam necessariamente preocupados com 
algum jogador específico. 
 Nesse formato de defesa, são comuns três tipos de variação: a defesa do tipo box 
and one, a defesa do tipo diamante e a defesa do tipo triângulo (FERREIRA e DE ROSE 
JR., 2010). Na defesa box and one, um defensor realiza a marcação de forma individual 
à frente da linha demarcada e os outros quatro posicionam-se em duas linhas de dois 
defensores à frente da cesta (em configuração com forma de quadrado), marcando por 
zona. 
 Na defesa do tipo diamante, também há um defensor realizando a marcação do 
tipo individual à frente da linha demarcada e quatro defensores por zona. No entanto, a 
disposição dos defensores à frente da cesta se modifica, formando três linhas com um, 
dois e um defensor (em configuração com forma de losango). Por sua vez, a formação 
triângulo consiste em dois jogadores realizando as marcações de forma individual e três 
defensores, próximos a cesta, realizando marcações por zona (em configuração com 
forma de triângulo). 
 
 Defesa combinada 
 A defesa combinada também utiliza de dois ou mais modelos de defesa. Esse tipo 
de formação defensiva necessita de um grande entrosamento da equipe e uma disciplina 
tática excepcional dos jogadores. Na formação combinada, as ações defensivas variam 
durante a jogada de ataque adversária (MARONEZE, 2013). 
 Gonçalves e Romão (2019) citam como exemplo prático deste tipo de defesa 
quando uma equipe está marcando por zona; após um passe ou um movimento de 
um dos atacantes adversários, a equipe rapidamente transforma sua formação para a 
defesa individual.
47
A defesa do basquetebol deve ser ensinada e praticada desde a iniciação do atleta, res-
peitando as limitações impostas pela idade e nível de jogo. Vale lembrar ainda que as 
técnicas de defesa têm também um papel crucial no aprendizado do basquete, uma vez 
que da mesma forma que se aprende, através de gestos técnicos e formas avalizadas de 
ensino, a atacar, é possível também aprender a defender no basquete.
FIQUE ATENTO
 Contra-ataques 
 Os contra-ataques são as situações nas quais uma equipe, após uma situação 
de defesa, recupera a bola e progride em direção à cesta adversária. Para caracterizar 
o contra-ataque, é fundamental que haja maior número de atacantes do que de 
defensores - por exemplo, uma situação em que existam três atacantes e dois defensores 
(3x2) (MARONEZE, 2013). Nesses eventos, os jogadores devem buscar efetuar passes e 
dribles de forma rápida, para manter a superioridade numérica até chegar o momento 
de arremesso (GONÇALVES e ROMÃO, 2019).
 
 Transição defesa-ataque 
 Conhecida como subfase ofensiva, ou seja, um momento de adequação e transição 
do time na sua mudança de postura, a transição defesa-ataque parte de uma situação 
em que deveria defender a sua cesta em direção ao ataque à cesta adversária. 
 Essa fase é chamada de transição defesa-ataque, o momento em que inicia a partir 
de diversas situações: após a recuperação da bola; após roubá-la de um adversário; após 
a recuperação da bola em um rebote defensivo; após a equipe adversária perder a posse 
de bola, com um passe ou arremesso malsucedido; ou a partir da reposição da bola na 
linha de final, após uma cesta sofrida (GONÇALVES e ROMÃO, 2019; OLIVEIRA, 2012). 
 As transições entre a defesa e o ataque de uma equipe seguem padrões básicos. 
Elas devem ser realizadas o mais rápido possível, evitando a organização da defesa 
adversária, devem ser desenvolvidas de forma organizada, evitando erros de passes 
e movimentação entre os jogadores da mesma equipe, e devem ser feitas de forma 
segura, de modo que sejam dificultados os roubos de bola pela equipe adversária e não 
colocando o time em transição em uma situação defensiva desfavorável. 
 De acordo com Gonçalves e Romão (2019), seguindo esses três aspectos importantes 
para o êxito da transição entre a defesa e o ataque, podemos destacar, ainda, alguns 
elementos importantes a serem observados para alcançar a eficiência dessa ação: 
• A marcação que a equipe adversária vinha desempenhando antes de realizar um 
ataque; 
• Os trajetos percorridos pelos atletas; 
• A finalização do contra-ataque. 
 Concepções táticas ofensivas 
 No basquete, a tática surge como uma forma de facilitar que os objetivos do 
jogo sejam alcançados por meio da utilização da soma das capacidades e habilidades 
individuais e coletivas dos jogadores (OLIVEIRA, 2019). 
 Existem inúmeros formatos táticos que devem ser adaptados de acordo com a 
potencialidade de cada equipe. Deve-se levar em consideração, na elaboração de um 
48
sistema de ataque, alguns princípios básicos, os quais devem reger a movimentação 
e as articulações entre os jogadores da equipe (FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2010), 
conforme mostra o quadro a seguir:
 Princípios Básicos Descrição 
Organização Para definir o tipo de ataque a ser adotado, é fundamental conhecer o tipo 
de defesa que o time enfrentará. A seguir, define-se a quantidade de pivôs 
que será necessária para superar a defesa adversária. Definidos os pivôs, as 
outras posições (alas e armadores) também são identificadas. A partir da 
definição de um formato básico a ser adotado pela equipe, é necessário 
identificar as qualidades dos jogadores a fim de colocá-los em posições que 
privilegiem o uso de suas potencialidades.
Movimentação ordenada Após definir a organização da equipe, é necessário estabelecer as funções e 
os deslocamentos de cada atacante em quadra. O objetivo da etapa de defi-
nição de uma movimentação ordenada é identificar as melhores condições 
para que os atacantes estejam aptos a realizar as cestas.
Rebote de ataque Seguindo o planejamento ofensivo, é necessário que os jogadores que dis-
putarão os rebotes de ataque, após o arremesso de um dos atacantes, tam-
bém estejam definidos.
Equilíbrio defensivo Junto ao rebote de ataque, também é necessário identificar quais atacantes 
estarão preparados e incumbidos da tarefa de voltar para a defesa, preve-
nindo os contra-ataques adversários. Como o jogo de basquete é muito di-
nâmico, muitas vezes, a equipe que estava defendendo rapidamente passa 
a atacar, seja por meio da recuperação de um rebote ou pela rápida coloca-
ção da bola em jogo após uma cesta convertida.
Continuidade Nem sempre as movimentações ofensivas resultam em cestas. Assim, é ne-
cessário que a equipe continue suas movimentações durante todo o jogo, 
permitindo ações táticas ofensivas planejadas e ordenadas e aumentando 
as chances de obtenção de resultados.
Quadro 3. Princípios básicos necessários na elaboração de um sistema tático.
Fonte: : Elaborado pelo próprio autor (2022) - adaptado de Ferreira e De Rose Jr. (2010).
 Além desses aspectos mais coletivos, a organização ofensiva também depende 
bastante do perfil físico e técnico da equipe. De acordo com Gonçalvese Romão (2019), 
é possível perceber que existem muitas formas de disposição dos atacantes em quadra. 
Do mesmo modo, as movimentações também são múltiplas, uma vez que variam com 
as características de cada jogador, da equipe e do sistema defensivo adversário. Dentre 
essas inúmeras possibilidades, você verá as principais características de cada uma delas 
a seguir. 
 Sistema de acordo com o número de pivôs 
 De acordo com Gonçalves e Romão (2019), em relação ao ataque, os formatos 
ofensivos variam de acordo com o número de pivôs, de maneira que uma equipe pode 
atuar com apenas um, dois ou três pivôs ou em um formato de rotatividade, em que cada 
um dos atacantes pode assumir a posição de pivô. Destaca-se também que os formatos 
ofensivos assumem as suas formas de acordo com a disposição inicial dos atacantes, 
sendo mais comuns as formações 2-2-1, 1-2-2 e 2-3. 
 Sistemas de ataque contra defesa 
 Além das disposições dos jogadores em quadra, as formações ofensivas variam 
49
de acordo com a defesa da equipe adversária, sendo classificadas em ataques contra 
individual, contra zona, contrapressão e contra mista ou combinada, podendo assumir, 
também, um formato que privilegie os contra-ataques (GONÇALVES e ROMÃO, 2019). 
 Nos ataques contra um formato de defesa individual, geralmente, utilizam-
se esquemas com um ou dois pivôs. As marcações individualizadas sugerem que a 
movimentação se realize predominantemente com movimentos de corta-luz e de servir 
e ir (RÍO, 2003 citado por GONÇALVES, 2019). O treinador deve organizar as posições do 
time previamente, assim como estabelecer a movimentação dos atacantes. 
 Ao enfrentarem os sistemas de defesas por zona, os atacantes, ao obterem a posse 
de bola, devem procurar avançar rapidamente ao campo de ataque, a fim de realizar o 
arremesso antes que os defensores se posicionem em suas respectivas zonas. Muitas 
vezes, os sistemas defensivos conseguem ter êxito em fechar os caminhos para a cesta 
(FERREIRA e DE ROSE JR., 2010). 
 Em situações nas quais seja necessária a superação de uma marcação sob pressão, 
os atacantes devem procurar ficar pouco tempo com a posse da bola. O passe rápido 
minimiza as chances de ficar sob marcação dupla. 
 Nas situações em que enfrentam defesas de formações mistas ou combinadas, os 
atacantes devem procurar identificar quais são os formatos adotados por cada jogador 
em cada momento da partida (MARONEZE, 2013). A leitura do jogo por parte do coletivo 
é fundamental para que se evitem os fatores surpresa e se minimizem as chances de 
perder a posse da bola.
Promover treinamentos que desenvolvam aspectos cognitivos deve ser estimulado desde 
as fases iniciais do treinamento, uma vez que esse mecanismo é amplamente utilizado 
na prática de qualquer modalidade esportiva, sobretudo nas coletivas, como o basquete. 
A tomada de decisões faz parte da estratégia estruturada pelo treinador e só terá resulta-
dos caso o jogador execute-as de forma plena. Nesse sentido, cabe ao professor/treinador 
elaborar atividades que trabalhem diferentes aspectos (físico, técnico e tático) sem desin-
tegrá-los, trazendo uma proposta mais inovadora de treinamento da modalidade.
VAMOS PENSAR?
 Enfim, a dedicação às técnicas, tanto defensivas quanto ofensivas por parte do 
atleta, deve constar sempre nos treinamentos deste esporte e ser desenvolvida ao longo 
do processo, desde a iniciação. O atleta também deve estar preparado no que tange 
aos aspectos táticos, físicos e psicológicos do jogo, para poder tomar a melhor decisão 
acerca dos aspectos táticos, durante uma partida.
 Os aspectos táticos estão intimamente inseridos no processo de ensino-
aprendizagem da modalidade, e cabe a cada professor/técnico encontrar a metodologia 
mais assertiva que garante ao praticante o desenvolvimento das habilidades táticas do 
jogo, além da técnica.
50
FIXANDO O CONTEÚDO
1. O basquete é constituído por duas equipes com 5 jogadores em cada uma. De acordo 
com Melhem (2004), o objetivo do jogo é arremessar a bola dentro da cesta da equipe 
oponente e não permitir que os adversários detenham a posse e o controle de bola ou 
marquem pontos. Analise as afirmações a seguir e assinale a que melhor represente os 
fundamentos técnicos dessa modalidade. 
a) drible, passe, condução e cabeceio. 
b) arremesso, rebote, manejo de bola e drible. 
c) rebote, condução, drible e cortada.
d) 3x3, arremesso, manejo de bola, salto.
e) 2x1x1, ataque, defesa e arremesso.
2. Os fundamentos técnicos podem ser resumidos no “como fazer” e dependem de 
uma série de atributos pessoais, como as capacidades físicas e as habilidades motoras 
gerais e específicas que o praticante tem desenvolvidas, além de aspectos cognitivos, 
fundamentais para o entendimento do desporto. Portanto, a técnica no basquetebol é 
o elemento que viabiliza toda a concepção do jogo, pois ela apoia a tática; é a execução 
dos movimentos através dos fundamentos do jogo. 
Nesse sentido, analise a imagem a seguir e assinale a alternativa que apresente os 
fundamentos técnicos envolvidos na ação dessa jogada do basquetebol.
a) recepção – manejo de bola – passe. 
b) manejo de bola – posição de ataque – deslocamento. 
c) controle de corpo – drible – deslocamentos. 
d) recepção – drible – bloqueio. 
e) passe – controle de corpo – condução de bola.
3. A recepção pode ser entendida como o primeiro controle que um jogador tem sobre 
a bola em qualquer condição, por exemplo, após um rebote, um arremesso, um passe 
ou na tentativa de salvá-la após um lance acidental em que ela tome uma direção 
qualquer (RÍO, 2003 citado por GONÇALVES, 2019). Trata-se de um fundamento técnico 
importante para a condução e/ou progressão de uma jogada. Analise as afirmações a 
seguir e assinale a que represente as características deste fundamento técnico. 
joser
Realce
joser
Realce
51
a) quando em movimento, demanda do jogador uma ótima noção espaço-temporal de 
seu deslocamento e da bola que receberá do companheiro de equipe. 
b) pode ser classificada em dois grupos principais: a recepção do tipo semiestatiza e a 
recepção flutuante. Ambas podem ser usadas ao mesmo tempo durante uma partida, 
dependendo do lance ou jogada a ser executada. 
c) quando efetuada com apenas uma das mãos, permite ao jogador deslocar a bola 
em uma posição vantajosa para realizar um arremesso rapidamente, e com duas mãos, 
possibilita que os dribles sejam feitos de forma rápida, devido ao controle. 
d) quanto à execução, a mão deve estar apoiada sobre a bola, com os dedos apontando 
para a frente; tronco ligeiramente inclinado à frente e pernas em afastamento ântero-
posterior. 
e) no caso da recepção flutuante, o jogador deve se deslocar em velocidade ou quando 
não sofre marcação, sendo que a bola é impulsionada à frente do corpo e lateralmente, 
numa espécie de movimento ‘pendular’.
4. (Q610576 - Educação Física - Modalidades Esportivas - Ano: 2015 Banca: IMA Órgão: 
Prefeitura de Canavieira - PI Prova: IMA - 2015 - Prefeitura de Canavieira - PI - Professor 
de Educação Física) (adaptada) 
São fundamentos do basquetebol:
I. Fintas: são os movimentos que os jogadores fazem com a bola, cujo objetivo é o de 
enganar o adversário.
II. Jump: é um tipo de arremesso feito a partir de um salto. Isso ocorre para dificultar que 
o marcador impeça o lance.
III. Rebotes: quando se erra um arremesso, há a oportunidade de reaver a bola para sua 
equipe: isso é chamado de rebote.
IV. Bandeja: esse arremesso é executado correndo em direção à cesta.
A quantidade de assertivas corretas é:
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
5. (Q789347 - Educação Física - Modalidades Esportivas - Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB 
Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Educação Física) 
No basquetebol, a tática coletiva é expressa pelos sistemas de ataque e defesa que 
são elaborados a partir de diversos aspectos, dentre eles os sistemas utilizados pelas 
equipes, as peculiaridades de uma determinada equipe, as situações momentâneas do 
jogo, dentre outras (ROSE JÙNIOR,2006). Em relação a estes aspectos, é INCORRETO 
afirmar que:
a) um dos sistemas de ataque é o ataque posicionado que ocorre quando a defesa está 
toda estabelecida na sua quadra defensiva e exige ações individuais e criativas dos 
atacantes em detrimento de uma maior organização tática do ataque. 
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52
b) o sistema de defesa por zona caracteriza-se pela marcação de setores da quadra, 
dependendo da movimentação da bola, sendo que as coberturas dos espaços criados 
pela movimentação do ataque e movimentação dos defensores devem ser uma 
constante. 
c) o sistema de defesa individual caracteriza-se pela marcação de cada atacante por um 
defensor, procurando equiparar as características físicas e técnicas desses jogadores. 
d) o contra-ataque é uma ação ofensiva executada em velocidade que procura aproveitar 
situações de superioridade numérica do ataque em relação à defesa, para tentar um 
arremesso rápido e próximo à cesta. 
e) nas ações de um contra um, o defensor deve tentar provocar o erro do atacante, 
através de suas habilidades defensivas, dificultando a recepção da bola, e, caso o 
atacante já estiver com a bola, tentar conduzi-lo para regiões da quadra onde sua ação 
seja dificultada, como os cantos e laterais.
6. O arremesso é um fundamento de ataque com a bola com objetivo de fazer a cesta. 
Essa ação é dependente da posição do aluno/jogador na quadra, do oponente mais 
próximo e da sua velocidade no deslocamento. Os arremessos mais utilizados são: a 
bandeja, o arremesso com uma das mãos, jump e o gancho. Em relação ao arremesso 
com uma das mãos, 
I. É realizado quando o atacante estiver em deslocamento a qualquer distância da cesta. 
II. Possui características similares ao arremesso do tipo “jump”. 
III. Devido a sua complexidade, não deve ser estimulado o seu ensino na fase de iniciação 
esportiva.
IV. Tipo de arremesso empregado nos “lances livres”. 
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, III e IV, apenas.
7. De acordo com De Rose Jr. e Tricoli (2010), os conteúdos técnico-táticos podem ser 
divididos entre: técnicas ou fundamentos de defesa (posição defensiva; deslocamentos 
na posição defensiva; rebote de defesa), técnicos ou fundamentos de ataque (drible; 
passes; arremessos; rebote de ataque), controle do corpo, táticas individuais de ataque e 
defesa (condutas possíveis dentro da estrutura funcional 1x1), táticas grupais de ataque 
(servir e ir; bloqueio direto; bloqueio indireto) táticas grupais de defesa (ajudas; trocas de 
marcação; saídas do bloqueio), táticas coletivos de ataque e defesa (sistemas de ataque 
e defesa). 
A partir do excerto acima, e considerando seus conhecimentos sobre o tema, avalie as 
asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. No basquete, o conhecimento dos fundamentos técnicos e táticos devem ser 
aprimorados desde a fase de iniciação na modalidade, passando pelos fundamentos 
joser
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53
executados em ações individuais, ou em grupo/coletivo, em situações de ataque ou 
defesa. 
PORQUE
II. Ambas, técnica e tática, formam a base de qualquer modalidade esportiva, e devem, 
portanto, serem desenvolvidas e aprimoradas simultaneamente, já que estão presentes 
em diversas situações do jogo, especialmente na elaboração de jogadas, sejam elas de 
ataque ou defesa, e quanto mais eficaz a sua execução maiores serão as chances de 
êxito da equipe. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
8. No basquete, um dos aspectos a ser considerado é a tática, que surge como uma 
forma de facilitar que os objetivos do jogo sejam alcançados por meio da utilização da 
soma das capacidades e habilidades individuais e coletivas dos jogadores, conforme 
descreve Oliveira (2019). Dentre os princípios básicos necessários na elaboração de um 
sistema tático, temos: 
a) a organização; cuja principal função é identificar as melhores condições para que os 
atacantes estejam aptos a realizar as cestas.
b) a movimentação ordenada; necessária nos lances de arremesso e rebote, em que os 
jogadores permanecem atentos à “sobra de bola”. 
c) o equilíbrio defensivo; que está atrelada à capacidade de organização da equipe, em 
que os atacantes contribuem com a marcação e recomposição em quadra.
d) o sistema de jogo, necessário para que a equipe continue suas movimentações 
durante todo o jogo, permitindo ações táticas ofensivas planejadas e ordenadas. 
e) a continuidade; que se refere às marcações implementadas pela equipe e os sucessivos 
contra-ataques organizados de forma coordenada entre os jogadores.
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54
REGULAMENTAÇÃO 
BÁSICA DO 
BASQUETEBOL: 
NOÇÕES DAS REGRAS 
BÁSICAS E 
ARBITRAGEM DO JOGO 
DE BASQUETEBOL
55
 As regras em todos os esportes são estabelecidas com o intuito de buscar uma 
disputa mais justa entre as equipes, bem como um ambiente de boa esportividade. No 
basquetebol, assim como em qualquer oura modalidade esportiva, é de vital importância 
que todos os jogadores que queiram participar obtenham os recursos que precisam 
para aprender e aderir às regras.
 As regras que serão apresentadas a seguir são aplicadas nas principais ligas do 
mundo, e apesar de sua importância, que legitima o esporte/modalidade enquanto 
prática formal, entende-se as diferentes possibilidades de adaptação que podem surgir, 
sobretudo na iniciação esportiva, em que os jogos pré-desportivos e/ou adaptados 
ganham um destaque considerável, no qual é necessária uma flexibilização das regras 
oficiais, mantendo, entretanto, o seu ensino, mesmo que de forma menos rígida, como 
vemos na formação de atletas. 
 Portanto, os objetivos e finalidades da prática orientarão o caráter de rigidez/
formalidade aplicados ao jogo, que de uma forma ou outra terá sempre a base apoiada 
em algum tipo de regra que permita a prática dessa modalidade de forma mais justa, 
ética e apoiada em princípios morais que devem reger os esportes.
 
 Objetivo de jogo, quadra e tempo 
 No basquetebol, o objetivo principal é fazer cestas, e isso ocorre quando a bola 
atravessa o interior de um aro localizado em uma tabela a uma altura de 3,05 m do 
solo, convertendo, assim, pontos para a equipe que alcançou tal feito. De fato, vence a 
partida, a equipe que conseguir marcar o maior número de pontos possível, evitando 
que a equipe adversária faça o mesmo. Cada equipe é composta por cinco jogadores 
titulares e até sete reservas. 
 Em relação à área de jogo, no basquete, a quadra oficial de basquete possui várias 
demarcações que delimitam os espaços a serem ocupados pelos jogadores. O garrafão 
ou área restritiva (retângulo em laranja) é uma zona em que os atacantes não podem 
permanecer por mais de 3 segundos. A extremidade do garrafão oposta à cesta marca 
o local onde os jogadores realizam o lance livre. A linha que circunda o lance livre é 
utilizada para restringir o acesso de jogadores ao seu interior durante a realização de um 
lance livre por algum jogador. O semicírculo maior (linha de três pontos) reflete o valor 
dos pontos durante os arremessos. Em seu interior, os arremessos convertidos valem 
2 pontos. Em seu exterior, os arremessos convertidos valem 3 pontos. O círculo central 
limita o acesso aos jogadores que não fazem parte da disputa de bola ao ar, ao início do 
jogo. A Figura mostra algumas dessas características da quadra de basquete.
4.1 NOÇÕES DAS REGRAS BÁSICAS E ARBITRAGEM 
DO JOGO DE BASQUETEBOL
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 De modo geral, os arremessos nos lances livres valem 1 ponto e, dentro da área 
limitada pela linha de 3 pontos, os arremessos convertidos valem 2 pontos. No seu 
exterior, como o nome sugere, valem 3 pontos. Ainda que o campo de jogo oficial seja 
em um retângulo de 28 m x 15 m, algumas competições não oficiais podem apresentar 
quadras que variam o seu comprimento entre 22 m e 28 m e a largura entre 13 m e 15 m 
(CBB, 2018).
 O início do jogo assume formas diversas, seja a partir de cara e coroa, disputas 
de par ou ímpar ou com a equipe que acertar o primeiro lance livre. O tempo de jogo 
oficial estabelecido pela FIBA é de 40 minutos, divididos em 4 tempos de 10 minutos. 
Em caso de empate, as equipes jogam duas prorrogações de 5 minutos até que uma das 
equipes vença. Em competições não oficiais, como as escolares, é comum que o jogo 
dure menos, muitas vezes em 2 períodos de 10 minutos, possibilitando que uma maior 
quantidade de times e jogadores possam experimentar o esporte e as competições não 
se tornem demasiadamente longas (GONÇALVES e ROMÃO, 2019).
Em abril de 2010, o Comitê Central da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) apro-
vou algumas alterações nas regras da modalidade, que permanecem em grande parte, 
até o momento. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi investigar a percepção de 
seis jogadores de uma equipe profissional quanto às mudanças provocadas no contexto 
do jogo de basquetebol, em decorrência da alteração das regras. Os resultados apontam 
que a alteração mais relevante, na percepção dos atletas, foi o aumento da distância da 
linha dos três pontos, a qual provocou um aumento do espaço de jogo, facilitando as ações 
táticas ofensivas.
FIQUE ATENTO
 Início e Desenvolvimento do jogo
 De acordo com CBB (2018), o jogo de basquete é iniciado com a bola sendo 
lançada ao ar pelo árbitro, no centro da quadra, entre dois jogadores, um de cada 
equipe. Os atletas que disputarão o lance devem tentar tapear a bola quando ela estiver 
em trajetória descendente. O restante dos jogadores deve permanecer fora do círculo 
57
central da quadra. Após o lance inicial, o jogador com a posse da bola pode efetuar o 
drible, passar ou arremessar a bola. 
 Os jogadores podem se movimentar pela quadra livremente sem a bola. Com a 
bola em suas mãos, podem permanecer na posição em que estão ou efetuando até 
dois passos por até 5 segundos, tendo que passá-la, arremessá-la ou driblar o adversário. 
Efetuando o drible, o atleta pode se mover com a bola sem que haja um limite definido 
de passos.
 De acordo com CBB (2018), o jogo é desenvolvido entre as quatro linhas das 
extremidades da quadra. É importante destacar que essas linhas não fazem parte do 
campo de jogo. Ou seja, se a bola toca as linhas laterais ou finais, ela é considerada fora 
de jogo. O mesmo ocorre quando a bola toca o solo além dessas linhas. 
 Do mesmo modo, o jogador de posse da bola não pode pisar nas linhas das 
extremidades ou além delas. Enquanto a bola estiver no ar, ainda que tenha ultrapassado 
a distância demarcada pelas linhas laterais ou finais, a bola é considerada em jogo. 
Caso dois jogadores agarrem a bola simultaneamente (bola presa), não havendo a 
possibilidade de definir a sua posse, a bola é lançada ao ar pelo árbitro no círculo mais 
próximo de onde a bola presa ocorreu. Além disso, os jogadores podem ser substituídos 
em qualquer momento do jogo; no entanto, apenas quando o jogo estiver interrompido 
(bola morta), conforme descreve Gonçalves e Romão (2019).
 Faltas
 De acordo com CBB (2018) citado por Gonçalves e Romão (2019), o basquete é um 
jogo bastante dinâmico e com diversas corridas e saltos que resultam no contato direto 
dos jogadores. Assim, quando um jogador encosta de forma não proposital em um 
adversário, o lance geralmente é interpretado como uma jogada normal. No entanto, 
é vedado agarrar, empurrar ou impedir os movimentos de um jogador adversário 
utilizando de braços ou pernas. Quando uma falta ocorre sobre um jogador que não está 
realizando o ato de arremesso, o jogo é paralisado e recomeça na linha mais próxima do 
local onde a falta ocorreu, seja na linha lateral ou linha final (exceto diretamente atrás da 
tabela). Quando a falta ocorre sobre um jogador que está efetuando um arremesso, são 
concedidos lances livres de acordo com as seguintes situações:
• Se a cesta for convertida, a sua pontuação será válida e o jogador que sofreu a falta 
tem direito a um lance livre, podendo somar mais um ponto para a sua equipe. 
• Se a cesta não foi convertida, o jogador que sofreu a falta tem direito a efetuar dois 
ou três lances livres, conforme o local em que a falta foi realizada (dentro ou fora 
do semicírculo da linha de 3 pontos). Cada lance livre vale 1 ponto, de modo que o 
jogador pode somar até 3 pontos ao final dos arremessos. 
 Gonçalves e Romão (2019), em sua obra, descrevem a regulamentação do 
basquetebol divididos em duas modalidades: o basquete 3x3; e o basquete formal (regido 
pelas regras da FIBA – Federação Internacional de Basquete). 
 As regras do basquete 3x3 
 Mesmo pouco difundido como esporte oficial, o basquete 3x3 tem mais de 50.000 
jogadores registrados pela FIBA (Federação Internacional de Basquete), e em torno de 
250 milhões de adeptos por quadras ao redor do mundo, fato que a transformou em 
uma das mais novas modalidades olímpicas, incluídas no quadro de modalidades, para 
as Olimpíadas de Tóquio (2020), que ocorreram no ano de 2021, devido à pandemia da 
58
COVID-19. 
 A modalidade, muito popular pela acessibilidade (já que em seu formato amador 
pode ser jogada em praticamente qualquer quadra com uma cesta), começou a se 
tornar profissional no final da década de 80. 
 Como o nome sugere, no 3x3 cada equipe é composta por três jogadores em 
quadra, mais um substituto. O jogo é disputado em uma área menor (15 m x 11 m) que 
funciona como metade da quadra padrão, com uma só cesta, mantendo as marcações 
originais. As regras, no entanto, mudam: o que em um jogo normal é uma bola que vale 
três pontos, no 3x3 são pontuados dois. Ganha a equipe que marcar 21 pontos primeiro 
ou a que estiver com maior número de cestas feitas ao final de 10 minutos. As faltas, 
o drible e as possibilidades de se deslocar são praticamente as mesmas do basquete 
formal (FIBA, 2016). 
 Cada uma possui 12 segundos para executar suas jogadas e marcar sua pontuação, 
que pode variar entre lances de dois pontos (atrás da linha demarcada) e um ponto 
(dentro da linha ou lances livres, semelhantes ao do basquete convencional). Em caso 
de empate, a disputa vai para uma prorrogação, onde a primeira equipe a marcar dois 
pontos é a vencedora.
 Por se tratar de apenas uma tabela, as equipes, após recuperarem a bola no interior 
da linha demarcatória, devem fazer com que ela chegue até o seu exterior antes de fazer 
uma nova investida de ataque em direção à cesta (NAE, 2014 citado por GONÇALVES e 
ROMÃO, 2019). 
 Os pontos também mudam: aqueles realizados dentro da linha demarcatória 
valem apenas um ponto e as cestas realizadas em seu exterior valem dois pontos. 
 No Brasil, a ANB 3x3 (Associação Nacional de Basquete 3×3) é a maior organizadora 
de torneios oficiais da modalidade. Três campeonatos oficiais da organização classificam 
para as etapas do FIBA 3x3 World Tour, o Mundial do esporte. O primeiro evento teste 
de 3x3 organizado pela FIBA aconteceu em 2007, durante os Asian Indoor Games (Jogos 
Asiáticos em Local Coberto, na tradução livre), em Macau, na China. Vale ressaltar que 
a FIBA permite que atletas profissionais do basquete convencional participem dos 
torneios de 3x3, ainda que nenhuma grande estrela tenha participado até o momento. 
 As regras são feitas para tornar o jogo mais rápido e empolgante. A atmosfera com 
muita música e cultura urbana ajuda a atrair o público jovem. O 3x3 é a oportunidade 
para novos jogadores, organizadores e países levarem o basquete das ruas para o “Palco 
Mundo” (CBB, 2020).Assista ao vídeo “Regras do Basquete 3x3”, disponibilizado na plataforma You-
tube, no qual são apresentados diversos aspectos acerca da modalidade 3x3 e 
que poderão de forma rápida apresentar essa modalidade que vem crescendo 
em número de adeptos no mundo todo. Disponível em: YouTube. 02min39seg
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=0mfZxJvm51o
BUSQUE POR MAIS
https://www.youtube.com/watch?v=0mfZxJvm51o
59
 Você verá a seguir as principais regras que regem os principais campeonatos 
nacionais e internacionais do basquete formal, praticado por 5 jogadores em cada 
equipe (em quadra) e que possui muitos adeptos ao redor do mundo, com destaque 
ao basquetebol norte-americano, considerado o mais “poderoso” do mundo, tendo a 
liga cuja representatividade expande fronteiras, a National Basketball Association (em 
inglês), mais conhecida como NBA. 
 Por outro lado, é importante ressaltar que as ligas possuem algumas particularidades 
em suas regras, consideradas oficiais, e que as diferem, por exemplo: o tempo de jogo 
para partidas oficiais no Brasil, homologadas pelo NBB – Novo Basquete Brasil, é de 
4 tempos (quartos) de 10 minutos cada, enquanto na NBA, esse tempo sobe para 12 
minutos em cada quarto, mantendo o total de 4 tempos.
 
 As regras do jogo formal
 De acordo com Gonçalves e Romão (2019), as regras promulgadas por essas 
instituições devem ser adotadas por todos os jogos e equipes que participam de seus 
torneios. A começar, o jogo só tem seu início com a presença de alguns equipamentos 
obrigatórios:
• tabelas e respectivos suportes;
• bolas de basquete;
• cronômetro de jogo;
• placar;
• relógio de 24 segundos;
• cronômetro ou dispositivo adequado (visível), e que não seja o cronômetro de jogo, 
para cronometrar os tempos debitados;
• 2 sinais sonoros independentes, altos e claramente distintos, um para o operador 
do relógio de 24 segundos e outro para o cronometrista;
• súmula de jogo;
• marcadores de faltas de jogadores;
• marcadores de faltas de equipe;
• seta de posse alternada;
• piso de jogo;
• quadra de jogo;
• iluminação adequada.
 Esses itens são fundamentais para que o jogo se desenvolva em alto nível e para 
que todas as marcações de infrações sejam devidamente sinalizadas pelos árbitros, 
cronometristas e anotadores (GONÇALVES e ROMÃO, 2019). 
 Você verá a seguir um resumo das principais regras oficiais do basquete, 
regulamentadas pela CBB (versão 2018) e adaptadas por Gonçalves e Romão (2019), 
incluindo as sinalizações executadas pelos árbitros e seus respectivos significados e a 
súmula (modelo) utilizada em partidas oficiais da modalidade. 
 Equipes 
 Os membros da equipe só são autorizados a entrar em quadra quando seus nomes 
estão devidamente relacionados na súmula do jogo. As equipes podem ser compostas por 
até 12 jogadores, um técnico, um assistente técnico e até sete acompanhantes da equipe 
(gerente, médico, fisioterapeuta, estatístico, intérprete, etc.). Os uniformes dos jogadores 
devem ser iguais, variando apenas a sua numeração, que pode ser representada pelos 
60
números 0 e 00 e entre 1 e 99. 
 Regulamentos de jogo
 O tempo regulamentar de jogo é de 40 minutos, divididos em quatro tempos. 
Entre o primeiro e o segundo tempo e entre o terceiro e quarto tempo, o intervalo é de 
dois minutos. No meio tempo da partida, o intervalo é de 15 minutos. O início do jogo 
começa quando o árbitro lança a bola ao alto e ela atinge o ponto máximo de altura, 
podendo ser disputada pelos jogadores. Os inícios dos outros tempos ocorrem a partir 
da reposição lateral. 
 Violações 
 As violações são as infrações às regras de jogo sem que haja o contato corporal 
irregular entre adversários. A equipe que pratica uma violação sofre uma penalidade em 
que a bola será concedida aos adversários para uma reposição nas linhas extremas da 
quadra, no local mais próximo à infração, exceto atrás da tabela. O Quadro 4 mostra as 
violações que caracterizam o basquete formal.
Situação Descrição
Jogador fora da qua-
dra e bola fora da 
quadra
Um jogador está fora da quadra quando qualquer parte do seu corpo 
está em contato com o piso, ou qualquer outro objeto que não seja um 
jogador em cima, sobre ou fora da linha limítrofe. A bola está fora da 
quadra quando ela toca: um jogador ou qualquer outra pessoa que está 
fora da quadra; o piso ou qualquer outro objeto em cima, sobre ou fora 
da linha limítrofe; ou o suporte da tabela, a parte posterior da tabela ou 
qualquer objeto acima da quadra de jogo.
Drible Um jogador não deverá driblar pela segunda vez, após seu primeiro dri-
ble ter terminado, a menos que, entre os 2 dribles, ele tenha perdido o 
controle da bola na quadra de jogo devido a um arremesso para uma 
cesta de campo; ou um toque na bola por um adversário; ou um passe 
ou “fumble” (perder o controle da bola) que tenha tocado ou sido tocado 
por outro jogador.
3 segundos Um jogador não deverá permanecer na área restritiva dos adversários 
por mais de 3 s consecutivos enquanto sua equipe está com o controle 
de uma bola viva na quadra de ataque e o cronômetro de jogo está li-
gado.
Jogador marcado de 
perto (5 segundos)
Um jogador marcado de perto (menos de 1 m de distância de um adver-
sário) deve passar, arremessar ou driblar a bola dentro de 5 s.
8 segundos Quando um jogador ganha o controle da bola na quadra de defesa ou, 
em uma reposição, a bola toca ou é legalmente tocada por qualquer 
jogador na quadra de defesa e a equipe do jogador que está fazendo a 
reposição permanece com o controle da bola na sua quadra de defesa, 
esta equipe deve fazer a bola ir para a sua quadra de ataque (metade da 
quadra onde se encontra a cesta adversária) dentro de 8 s.
24 segundos Quando um jogador obtém o controle da bola na quadra de jogo ou, du-
rante uma reposição, a bola toca ou é legalmente tocada por qualquer 
jogador na quadra de jogo e a equipe desse jogador que está fazendo a 
reposição permanece com o controle da bola, essa equipe deve tentar 
um arremesso para uma cesta de campo dentro de 24 s. 
61
Bola retornada para
a quadra de defesa
Quando a bola ultrapassa a linha demarcatória da metade da quadra 
em direção ao ataque, ela não pode ser retornada para a quadra de de-
fesa.
Tendência de cesta
e interferência
Uma violação é cometida quando um jogador toca a
cesta ou a tabela enquanto a bola está em contato com o aro; após um 
lance livre que será seguido por lance(s) livre(s) adicional(is), um joga-
dor toca a bola, a cesta ou a tabela enquanto houver a possibilidade de 
aquela bola entrar na cesta; quando um jogador alcança a bola através 
da cesta, por baixo, e toca a bola; quando um jogador defensor toca a 
bola ou a cesta enquanto a bola está dentro da cesta, impedindo, assim, 
que a bola passe através da cesta; quando um jogador faz com que a 
cesta vibre ou agarra a cesta de maneira que, no julgamento de um 
oficial, a bola seja impedida de entrar na cesta ou faça com que a bola 
entre na cesta; ou quando um jogador agarra a cesta para jogar a bola.
Quadro 4. Violações do basquete formal. 
Fonte: Gonçalves e Romão (2019, p. 14 e 15) adaptado de CBB (2017).
 Faltas 
 De acordo com Gonçalves (2019), as faltas são infrações às regras que estão 
relacionadas ao contato pessoal ilegal com algum adversário ou a um comportamento 
antidesportivo. As faltas podem ser classificadas em: pessoal, dupla, técnica, antidesportiva, 
desqualificante ou briga. As faltas podem ser punidas com perda da posse de bola ou 
com um ou mais lances livres. O Quadro a seguir apresenta cada uma dessas situações.
Situação Descrição Penalidade
Falta pessoal Um jogador não deve
segurar, bloquear, empurrar,
fazer carga, calçar ou
impedir o progresso de um
adversário, estendendo sua
mão, braço, cotovelo, ombro, quadril, 
perna, joelho ou pé, nem inclinar seu 
corpo em uma posição “anormal” (fora 
de seu cilindro) ou provocar qualquer 
jogada dura ou violenta. 
O princípio do cilindro é definido pelo 
espaço ocupado pelo jogador em um 
cilindro imaginário,
que édelimitado à frente,
pelas palmas das mãos, por
trás, pelas nádegas, e aos
lados, pela parte externa
de braços e pernas.
Se a falta for cometida em um jogador que 
não está no ato de arremesso, o jogo será 
reiniciado com uma reposição pela equipe 
não infratora no local mais próximo da in-
fração.
Se uma falta for cometida em um jogador 
que está no ato de arremesso, a esse joga-
dor deverá ser concedido um número de 
lances livres como segue:
• Se o arremesso lançado da área de ces-
ta de campo for convertido, a cesta de-
verá contar e, em acréscimo, será con-
cedido mais 1 lance livre.
• Se o arremesso lançado da área de 
campo não for convertido, será conce-
dida a quantidade de lances livres cor-
respondente à pontuação possível de 
ser executada pelo jogador que sofre a 
falta (2 ou 3 lances livres).
Falta dupla Uma falta dupla é uma situação em 
que dois adversários cometem faltas 
pessoais, um contra o outro, aproxima-
damente ao mesmo tempo.
Nessas ocasiões, os lances livres não são 
aplicados e a bola deve ser recolocada em 
jogo para a equipe que tinha a posse de 
bola ou a bola deve ser lançada ao alto, 
quando nenhuma das equipes detinha 
sua posse.
Quadro 5. Faltas do basquete formal. 
Fonte: Gonçalves e Romão (2019, p. 16 a 20) adaptado de CBB (2017).
62
Falta técnica Uma falta técnica é uma falta de jo-
gador que não envolve contato e tem 
natureza comportamental, incluindo, 
mas não limitada a: desprezar adver-
tências dadas pelos oficiais; tocar des-
respeitosamente os oficiais, o comissá-
rio, os oficiais de mesa ou os membros 
de equipe; comunicar-se desrespeito-
samente com os oficiais, o comissário, 
os oficiais de mesa ou os adversários; 
usar linguagem ou gestos que possam 
ofender ou incitar os espectadores;
molestar e provocar um adversário; 
obstruir a visão de um adversário ace-
nando a(s) mão(s) próximo aos seus 
olhos; balançar excessivamente os co-
tovelos; retardar o jogo por tocar a bola 
deliberadamente, após ela passar atra-
vés da cesta ou para impedir que uma 
reposição seja feita prontamente; cair 
para simular uma falta (fake); pendu-
rar-se no aro de forma que o peso do 
jogador seja suportado pelo mesmo, 
a menos que um jogador agarre o aro, 
momentaneamente, após uma enter-
rada ou, no julgamento de um oficial, 
está tentando prevenir-se ou prevenir 
de causar a outro jogador uma lesão; 
interferência de cesta durante o último 
ou único lance livre por um jogador de-
fensor.
Se uma falta técnica for cometida: 
• Por um jogador, uma falta técnica será 
marcada contra ele como uma falta de 
jogador e deverá contar como uma das 
faltas de equipe.
• Por membros de equipe, uma falta 
técnica será marcada contra o técnico 
e não deverá contar como uma das fal-
tas de equipe.
• Além disso, aos adversários será con-
cedido 1 lance livre, seguido por uma 
reposição na linha central estendida, 
do lado oposto à mesa de controle ou 
por uma bola ao alto no círculo central 
para iniciar o
• primeiro período, quando ocorre antes 
do início do jogo.
Falta 
antidesportiva
Uma falta antidesportiva ocorre quan-
do não há uma tentativa legítima de 
jogar, diretamente, a bola dentro do es-
pírito e intenção das regras; quando há 
contato excessivo causado por um jo-
gador em um esforço para jogar a bola 
ou um adversário; quando há contato 
desnecessário causado por jogador
defensor para parar a progressão da 
equipe atacante na transição —
isso apenas se aplica até que o joga-
dor atacante inicie seu ato de arremes-
so; quando há contato de um jogador 
defensor, por trás ou lateralmente, em 
um adversário na tentativa de parar o 
contra-ataque e não há nenhum joga-
dor defensor entre o atacante e a cesta 
do adversário — isso apenas se aplica 
até que o jogador atacante inicie seu 
ato de arremesso; quando há contato 
de um jogador defensor em
um adversário na quadra de jogo, du-
rante os últimos 2 minutos no quar-
to período ou em cada período extra, 
quando a bola está fora da quadra, para 
uma reposição, e ainda está nas mãos 
do oficial ou à disposição do jogador 
que está fazendo a reposição.
Lance(s) livre(s) serão concedidos ao joga-
dor que sofreu a falta, seguido por:
• Uma reposição na linha central esten-
dida, do lado oposto da mesa de con-
trole.
• Uma bola ao alto no círculo central 
para iniciar o primeiro período.
• O número de lances livres será conce-
dido como segue:
• Se a falta for cometida em
• um jogador que não está no ato de ar-
remesso: 2 lances livres.
• Se a falta for cometida em um jogador 
no ato de arremesso: a cesta, se con-
vertida, contará e, em acréscimo, 1 lan-
ce livre.
• Se a falta for cometida em um jogador 
no ato de arremesso e a cesta não for 
convertida, 2 ou 3 lances livres.
Um jogador deverá ser desqualificado 
pelo restante do jogo quando ele for san-
cionado com 2 faltas técnicas, ou 2 faltas 
antidesportivas, ou 1 falta antidesportiva e 
1 falta técnica.
63
Falta
desqualificante
Uma falta desqualificante é um com-
portamento antidesportivo flagrante 
de um jogador, substituto,
técnico, assistente técnico ou acompa-
nhante de equipe.
Lance(s) livre(s) será(ão) concedido(s):
• A qualquer adversário, como designa-
do pelo seu técnico, no caso de uma 
falta sem contato.
• Ao jogador que sofreu a falta, no caso 
de uma falta com contato. 
• Seguido por:
• Uma reposição no prolongamento da 
linha central estendida, do lado oposto 
da mesa de controle.
• Uma bola ao alto no círculo central 
para iniciar o primeiro período.
• O número de lances livres será conce-
dido, como segue:
• Se a falta for sem contato: 2 lances li-
vres.
• Se a falta for cometida em
• um jogador que não está em ato de ar-
remesso: 2 lances livres.
• Se a falta for cometida em
• um jogador que está no ato de arre-
messo: a cesta, se convertida, deverá 
contar e, em acréscimo, 1 lance livre.
• Se a falta for cometida um jogador em 
ato de arremesso e a cesta não for con-
vertida: 2 ou 3 lances livres.
Briga Briga é uma interação física entre 2 ou 
mais adversários (jogadores e mem-
bros de equipe).
Independentemente do número de mem-
bros de equipe (técnicos, assistentes
técnicos, substitutos, jogadores excluídos 
ou acompanhantes de equipe) desqualifi-
cados por deixarem a área de banco, uma 
única falta técnica (“B”) será registrada 
contra o técnico.
Se os membros (técnicos,
assistentes técnicos, substitutos, jogadores 
excluídos ou acompanhantes de equipe)
de ambas as equipes forem
desqualificados sob este artigo e não exis-
tirem outras
penalidades de faltas restantes para admi-
nistrar, o jogo deverá continuar como se-
gue:
• Se, aproximadamente, ao mesmo tem-
po que a partida foi paralisada por cau-
sa da briga:
• Uma cesta válida é convertida, a bola 
deverá ser
• concedida à equipe que não
• marcou os pontos para uma
• reposição em qualquer lugar
• da linha final.
• Uma equipe tinha o controle da bola 
ou tinha o direito a ela, a bola deverá 
ser concedida para esta equipe para 
uma reposição no prolongamento da 
linha central estendida, do lado oposto 
da mesa de controle.
• Nenhuma das equipes tinha o controle 
da bola, nem tinha direito a ela, uma si-
tuação de bola ao alto ocorre.
64
 Arbitragem no basquetebol
 Os sinais manuais ilustrados a seguir são os únicos sinais oficiais válidos, de acordo 
com a CBB (2020). 
 De acordo com a Regra 8, em seu artigo 45 (CBB, 2020), em uma partida oficial de 
basquetebol, os árbitros serão os principais, além de 1 ou 2 fiscais. Eles serão auxiliados 
pelos oficiais de mesa e por um comissário, se presente. Os oficiais de mesa serão 
um apontador, um assistente de apontador, um cronometrista e um operador de 24 
segundos. O comissário deverá sentar-se entre o apontador e o cronometrista. Sua 
função principal durante o jogo é supervisionar o trabalho dos oficiais de mesa e auxiliar 
o árbitro principal e o(s) fiscal(is) no bom andamento da partida. Os árbitros de uma 
determinada partida não devem ter qualquer tipo de ligação com nenhuma das equipes 
na quadrade jogo.
 Ainda de acordo com CBB (2020), os árbitros, os oficiais de mesa e o comissário 
deverão conduzir a partida de acordo com estas regras e não tem autoridade para mudá-
las. O uniforme dos árbitros consiste em camisetas de árbitros, calças compridas pretas, 
meias pretas e tênis preto de basquetebol. E, por fim, os árbitros e os oficiais de mesa 
deverão estar uniformemente vestidos.
 A seguir você verá os sinais oficiais realizados pela equipe de arbitragem.
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69
 As regras aqui apresentadas são aquelas consideradas básicas para compreender 
ou desenvolver uma partida desse esporte. 
 Atualmente, as regras apresentadas pela FIBA são oito, mas ainda que o número 
total de regras tenha diminuído (em sua primeira formatação eram 13), o formato atual 
se desmembra em 50 artigos, somados aos sinais de arbitragem, normas de súmula, 
formas de protesto, entre outros elementos e situações que se desenvolvem durante o 
jogo.
O ensino das regras de qualquer modalidade esportiva, e em particular do basquetebol, 
devem ser um dos pilares a serem trabalhados na iniciação esportiva e que permitirão ao 
praticante não apenas respeitar os princípios éticos e morais da prática de uma modalida-
de esportiva, bem como transferir todo esse aprendizado para sua atuação como cidadão, 
o que nos faz entender a importância de trabalhar esses aspectos em diferentes estágios/
fases do aprendizado, sobretudo na base, onde as raízes devem ser muito bem orientadas, 
e aqui cabe destacar a importância do profissional/treinador que conduzirá o processo, 
buscando fazê-lo da forma mais plena possível.
VAMOS PENSAR?
 Gonçalves e Romão (2019) mencionam que, embora a regulamentação atual tenha 
se distanciado e acrescentado muitos novos elementos ao basquete, suas regras básicas 
são bastante simples, de modo que esse esporte pode ser implementado e desenvolvido 
nos mais diversos locais, em caráter pré-desportivo ou recreativo. Nesse sentido, ainda 
de acordo com o autor, conhecer todas as possibilidades e características é fundamental 
para que o profissional de Educação Física consiga promover o esporte e o bem-estar 
em qualquer espaço em que deseje atuar.
70
FIXANDO O CONTEÚDO
1. As regras em todos os esportes são estabelecidas para garantir uma disputa justa entre 
competidores e promover um ambiente de boa esportividade. No basquete, assim como 
em qualquer oura modalidade esportiva, é de vital importância que todos os jogadores 
que queiram participar obtenham os recursos que precisam para aprender e aderir às 
regras. Considerando a Regra 1, que trata do jogo em si do basquete, analise as assertivas 
a seguir: 
I. O basquetebol é jogado por 2 equipes de cinco 5 jogadores cada. 
II. O jogo é conduzido pelos oficiais, oficiais de mesa e um comissário, se presente. 
III. O objetivo do basquete é fazer com que a bola atravesse o interior de um aro localizado 
em uma tabela a uma altura de 2,95 m do solo. 
IV. O jogo é conduzido pelos oficiais, oficiais de mesa e um cronometrista, se presente. 
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) III e IV, apenas. 
e) I, III e IV, apenas.
2. De acordo com Gonçalves (2019), as faltas são infrações às regras que estão relacionadas 
ao contato pessoal ilegal com algum adversário ou a um comportamento antidesportivo. 
As faltas podem ser classificadas em: pessoal, dupla, técnica, antidesportiva, 
desqualificante ou briga. As faltas podem ser punidas com perda da posse de bola ou 
com um ou mais lances livres. 
Avalie as afirmações a seguir e assinale verdadeiro (V) ou falso (F). 
 
( ) Falta dupla é uma situação em que dois ou mais adversários cometem faltas pessoais, 
um contra o outro, aproximadamente ao mesmo tempo.
( ) Se uma falta técnica for cometida por um jogador, um arremesso livre deve ser cobrado 
do local mais próximo à ocorrência desta falta, contando como falta somente do jogador 
e não da equipe (cumulativa). 
( ) Uma falta antidesportiva ocorre quando há contato excessivo causado por um jogador 
em um esforço para jogar a bola ou um adversário. 
( ) Uma falta desqualificante é um comportamento antidesportivo flagrante de um 
jogador, substituto, técnico, assistente técnico ou acompanhante de equipe. 
( ) Se a falta for cometida em um jogador que não está no ato de arremesso, o jogo 
será reiniciado com uma reposição pela equipe não infratora no local mais próximo da 
infração.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
joser
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71
a) V, F, F, V, V. 
b) F, V, F, F, F. 
c) F, V, F, F, V. 
d) V, V, F, V, F. 
e) F, F, V, V, V. 
3. Mesmo pouco difundido como esporte oficial, o basquete 3x3 tem mais de 50.000 
jogadores registrados pela FIBA (Federação Internacional de Basquete) e em torno de 
250 milhões de adeptos por quadras ao redor do mundo, fato que o transformou em 
uma das mais novas modalidades olímpicas. 
Nesse sentido, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. No basquete 3x3, a quantidade de jogadores em quadra é menor, se comparada ao 
basquete convencional. Nesse caso, limitando-se a 3 jogadores em cada equipe, atuando 
como titulares e 1 reserva para cada lado.
 
PORQUE
II. O jogo é disputado em uma área menor (15 m x 11 m) que funciona como metade da 
quadra padrão, com uma só cesta, mantendo as marcações originais, permitindo, dessa 
forma, a fluidez e dinâmica de jogo. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
4. (Q1050411 - Educação Física - Modalidades Esportivas - Ano: 2019 Banca: EDUCA Órgão: 
Prefeitura de Várzea - PB Prova: EDUCA - 2019 - Prefeitura de Várzea - PB - Professor de 
Educação Básica II - Educação Física) 
O basquete, ou basquetebol, é um jogo de origem norte-americana do século XIX. 
Pode ser jogado tanto em quadras abertas quanto fechadas e, embora seja um esporte 
praticado por homens em sua maioria, também é jogado por mulheres até mesmo em 
grandes torneios esportivos. Geralmente é disputado por duas equipes, cada uma com 
5 jogadores. São consideradas regras do basquete:
I. Cada partida tem duração de 40 minutos (na NBA são 48 minutos), sendo dividida 
em quatro tempos de 10 minutos (na NBA são 4 tempos de 12 minutos). Em caso de 
empates ao final do jogo, são permitidas prorrogações de 5 minutos.
II. A partida é supervisionada por quatro árbitros.
III. O jogo começa quando um dos árbitros lança a bola para cima. A bola será, então, 
disputada pelos jogadores que se encontram no círculo central a partir do momento em 
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72
que ela atingir o ponto mais alto de sua trajetória.
IV. O manejo da bola deve ser feito somente com as mãos. É proibido,entretanto, 
caminhar com ela em mãos por mais de dois passos. Deslocamentos maiores com a 
bola devem ser feitos quicando-a continuamente.
V. A cesta é feita quando a bola atravessa o cesto adversário. Cada cesta de campo vale 2 
pontos. Quando é feita antes da linha dos 3 pontos, vale, obviamente, 3 pontos. Por fim, 
um cesto de lance livre tem o valor de 1 ponto.
VI. É permitido a um jogador cometer no máximo 7 faltas (na NBA são 5 faltas). A partir 
disso, ele será eliminado da partida em questão.
Estão CORRETAS as alternativas:
a) I, II e III, apenas.
b) I, II, V e VI, apenas.
c) I, III, IV e V, apenas.
d) III, IV, V e VI, apenas.
e) I, II, III, IV, V e V.
5. A Regra 2 trata da Quadra de Jogo e Equipamentos. O objetivo de cada equipe é 
marcar o maior número de pontos possível, evitando que a equipe adversária faça o 
mesmo. Uma quadra oficial de basquete segue padrões de comprimento e largura, 
assim como de altura das tabelas e cestas. Observe a imagem abaixo (quadra oficial) e 
analise as assertivas a seguir:
I. A quadra de jogo terá uma superfície rígida, plana, livre de 
obstruções com dimensões de 25 m de comprimento por 
12 m de largura, medidos desde a margem interna da linha 
limítrofe.
II. A quadra de ataque de uma equipe consiste na cesta dos 
adversários, a parte interna da tabela e a parte da quadra 
de jogo limitada pela linha final atrás da sua própria cesta, 
as linhas laterais e a margem interna da linha central mais 
próxima da própria cesta. 
III. A quadra de defesa de uma equipe consiste na cesta 
da própria equipe, na parte interna da tabela e a parte da 
quadra de jogo limitada pela linha final atrás da sua própria 
cesta, as linhas laterais e a linha central.
IV. A quadra, geralmente, é composta por duas cestas 
suspensas, presas a tabelas que se encontram a 2,95 m do solo. 
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas. 
c) II e III apenas. 
d) II e IV, apenas. 
e) I, III e IV, apenas.
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73
6. (#1352000 DES IFSUL - Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (IF SUL)/
Educação Física/2012/PEBTT Edital 169.2012) (adaptada)
Sobre as regras do basquetebol são feitas as seguintes afirmativas:
I. Uma partida é jogada em quatro períodos de 12 minutos.
II. Apenas um substituto tem o direito de solicitar uma substituição.
III. Cada equipe terá o direito de pedir até dois tempos no primeiro tempo da partida e 
até três pedidos de tempo no segundo tempo da partida.
IV. Após um arremesso à cesta, quando a bola está acima do nível do aro e um jogador de 
defesa toca na bola, sempre acontecerá uma falta chamada interferência no arremesso.
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e III.
b) II e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV. 
7. “(...) De acordo com CBB (2018), o jogo de basquete inicia com a bola sendo lançada ao 
ar pelo árbitro, no centro da quadra, entre dois jogadores de equipes opostas. Os atletas 
que disputarão o lance devem tentar tapear a bola quando ela estiver em trajetória 
descendente. O restante dos jogadores deve permanecer fora do círculo central da 
quadra.” 
A partir do excerto acima, e considerando seus conhecimentos sobre o tema, avalie as 
asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Após o lance inicial, o jogador com a posse da bola pode realizar mais de dois passos 
(dois apoios) com a bola em mão, e efetuar o drible, passar ou arremessar a bola. 
PORQUE
II. Cabe ao técnico definir sua equipe e os sete jogadores que iniciarão a partida, definindo 
os titulares e reservas, respeitando sempre as regras oficiais, dentre as quais o manejo 
de bola. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
8. Atualmente, o basquetebol é uma das modalidades presentes nos Jogos Olímpicos e 
considerada mais popular no mundo. Nas escolas, é um dos esportes mais praticados nas 
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74
aulas de Educação Física e tem crescido muito, principalmente nos países da América 
do Sul. Nesse sentido, o basquetebol pode assumir diferentes formas e/ou maneiras de 
praticar, desde as formais quanto as não formais. Analise as afirmações a seguir: 
I. Em jogos de até 3 jogadores em cada equipe, é comum que o basquete seja desenvolvido 
em apenas metade da quadra, com as duas equipes utilizando uma mesma cesta. 
II. Na prática formal, os arremessos nos lances livres valem 2 pontos e, dentro da área 
limitada pela linha de 3 pontos, os arremessos convertidos valem 1 ponto.
III. O tempo de jogo oficial estabelecido pela FINA é de 40 minutos, divididos em 4 
tempos de 12 minutos. Em caso de empate, as equipes jogam duas prorrogações de 10 
minutos até que uma das equipes vença.
IV. Na prática não formal, como as escolares, é comum que o jogo dure menos, muitas 
vezes em 2 períodos de 15 minutos, com intervalo de 5 minutos, possibilitando que uma 
maior quantidade de times e jogadores possam experimentar o esporte. 
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) IV, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
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75
O BASQUETEBOL 
ADAPTADO
76
5.1 A RELAÇÃO DO BASQUETEBOL ADAPTADO 
E AS DEFICIÊNCIAS
 O esporte adaptado é conceituado como uma atividade modificada para atender 
às demandas específicas de pessoas deficientes. É uma prática com adesão de indivíduos 
com deficiências motoras, visuais, auditivas, mentais e múltiplas, apesar de os deficientes 
auditivos não participarem de Jogos Paraolímpicos.
 Nesse contexto, vemos surgir também a Educação Física adaptada, considerada 
uma subárea da Educação Física, que engloba as suas intervenções típicas em programas 
individualizados, voltados ao atendimento das necessidades específicas das pessoas, em 
que adaptações são realizadas para possibilitar a sua participação em atividades voltadas 
a essa natureza. Vale destacar que seus objetivos são importantes para o estudo e a 
intervenção profissional no universo das pessoas que apresentam condições diferentes 
e peculiares para a prática das atividades físicas, e tem como objetivo central buscar o 
desenvolvimento da cultura corporal do movimento. 
 O basquete convencional envolve uma sucessão de esforços vigorosos, realizados 
em cadências variadas. Trata-se de uma movimentação diversa, entre corridas, 
lançamentos e saltos. O basquete adaptado, mais especificamente em cadeira de rodas, 
representa grande estímulo para os jogadores/atletas que o praticam, tendo em vista, 
sobretudo, as possibilidades de superação e integração social. 
 No Brasil, o basquete em cadeira de rodas foi o primeiro esporte adaptado a ser 
praticado com necessidades especiais. O basquete em cadeira de rodas é um esporte 
desafiador, não somente pelas dificuldades dos jogadores na aquisição de habilidades 
e resistência, mas também pelo fato de os indivíduos com deficiência precisarem fazer 
ajustes neuromusculares integrados para favorecer o domínio da cadeira de rodas.
 Por fim, é importante evidenciar a importância da prática de atividade física e/
ou esportiva por portadores de algum tipo de deficiência, sendo essa visual, auditiva, 
mental ou física, como excelente ferramenta para o desenvolvimento global do 
indivíduo. De fato, dentre todos os benefícios da prática regular de atividade física que 
são mundialmente conhecidos, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, 
prevenir as enfermidades secundárias a sua deficiência e promover a integração social 
do indivíduo, tornam-se elementos essenciais do processo.
 Nos últimos cinquenta anos, identifica-se o início tanto do basquete em cadeira 
de rodas quanto de modalidades esportivas quetambém utilizam a cadeira de rodas. 
O início dessa prática aconteceu de forma silenciosa nos centros de reabilitação dos 
Estados Unidos e do Reino Unido. Há registros que esses países passaram a motivar 
a atividade esportiva como prática associada e, portanto, complementar ao processo 
de reabilitação daquelas pessoas acometidas por lesões nos confrontos das batalhas 
durante o período da Segunda Guerra Mundial. 
 Entretanto, trata-se de uma prática que adquiriu visibilidade destacada, 
considerando não somente o restabelecimento físico como também o psicológico dos 
indivíduos lesionados e traumatizados. A modalidade se difundiu entre outros tipos de 
sequelas, como amputações, poliomielite, traumas na medula espinal, não ocasionados 
pela guerra (TEIXEIRA e RIBEIRO, 2006).
 O basquete em cadeira de rodas surgiu nos Estados Unidos, em 1945, com os 
veteranos da Segunda Guerra Mundial. Entretanto, não há registro formal sobre essa 
77
data. O primeiro registro encontrado é datado de 6 de dezembro de 1946, em publicação 
de um artigo em um jornal americano que, na ocasião, comentou sobre um jogo de 
basquete em cadeira de rodas (STROHKENDL, 1996 citado por GONÇALVES e ROMÃO, 
2019; TEIXEIRA e RIBEIRO, 2006).
 No Brasil, o basquete em cadeira de rodas surgiu por meio de Sérgio Del Grande 
e Robson Sampaio, que, ao voltarem dos Estados Unidos, trouxeram a modalidade para 
São Paulo e Rio de Janeiro. Em razão da sua aceitação, o então denominado Clube 
do Otimismo foi fundado por Robson Sampaio, no Rio de Janeiro e, assim, Sérgio Del 
Grande também fundou, em São Paulo, o Clube dos Paraplégicos, em 28 de julho de 
1958 (MATTOS, 1994 citado por GONÇALVES e ROMÃO, 2019). 
 De acordo com Gonçalves e Romão (2019), o jogo pioneiro de basquete em 
cadeira de rodas, entre equipes brasileiras, aconteceu em uma disputa entre paulistas e 
cariocas, no Ginásio do Maracanãzinho (RJ). Os paulistas obtiveram a vitória. Entre 1960 
e 1961, ocorreram mais dois jogos, com a vitória da equipe carioca. A partir daí, no Brasil, 
o basquete em cadeira de rodas popularizou-se cada vez mais. 
 De acordo com CPB (2021), o basquete adaptado, em cadeira de rodas, é considerado 
a modalidade paralímpica mais antiga no Brasil. Nesse sentido, em Paraolimpíada, o 
Brasil participou pela primeira vez em 1972, em Heidelberg, na Alemanha Ocidental. 
Desde então, as participações brasileiras efetivaram-se, e diversos clubes surgiram a 
partir desse período, com a criação, também, de entidades com objetivo de motivar que 
pessoas com deficiência aderissem a essa prática (GONÇALVES e ROMÃO, 2019; TEIXEIRA 
e RIBEIRO, 2006). No basquete em cadeira de rodas feminino, a primeira participação 
aconteceu em 1996, na Paraolimpíada de Atlanta, nos Estados Unidos, como equipe 
convidada. 
 Para atender as pessoas com deficiência no esporte adaptado, é essencial que o 
professor/técnico tenha consciência acerca das condições diferenciadas em cada perfil 
e situação, a fim de conseguir guiar e motivar positivamente os seus alunos/atletas 
que, por sua vez, devem ser considerados em plena condição de alcançar objetivos 
satisfatórios e não devem ser subestimados. 
 O basquete em cadeira de rodas é comumente referido como precursor do 
paradesporto e, sobretudo, do movimento paraolímpico. Suas “raízes” na reabilitação 
de indivíduos com lesões medulares tiveram repercussão mundial, popularizando-se 
entre as pessoas com deficiência física. Trata-se de uma prática que envolve disputas 
nacionais e internacionais. 
 Gonçalves e Romão (2019) listam os principais eventos internacionais e suas 
categorias, regidos pela Federação Internacional de Basquetebol em Cadeira de 
Rodas, IWBF (International Wheelchair Basketball Federation) – entidade máxima do 
basquete em cadeira de rodas. Esse órgão define as regras e normas específicas a serem 
seguidas por todos os países a ela filiados.
• Paraolimpíadas.
• Mundial.
• Torneios Continentais — por exemplo: Copa América/Europeu.
• Parapan-americanos.
• Sul-americano (Clubes).
• Eventos promocionais e torneios de exibição:
• Júnior sub 23 anos — permite que homens e mulheres joguem juntos, fazendo 
parte da mesma seleção.
78
• Categoria adulta, masculino e feminina, acima de 23 anos.
 É importante ressaltar que há promoções de jogos e competições que não são 
homologados pelas federações e confederações oficiais do basquete sobre rodas, que 
também são considerados competições ou eventos que são integrados de forma 
reconhecida pelos órgãos municipais e estaduais das unidades da Federação, como 
eventos municipais, jogos abertos estaduais e o Streetball (jogo de rua – basquete jogado 
em quadras abertas). 
 De acordo com a CPB (2021, documento on-line), os jogos são disputados por 
duas equipes com cinco jogadores cada. A partida é dividida em quatro quartos de 10 
minutos cada. E de fato, se comparado ao basquete convencional, devemos considerar 
algumas modificações importantes que são feitas, dentre as quais: os jogadores devem 
quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira de rodas, sobre 
as dimensões da quadra (28m de comprimento por 15m de largura) e a altura da cesta 
de 3,05m seguindo o mesmo padrão do basquete convencional. 
 Ainda de acordo com a CPB (2021, documento on-line), é obrigatório que todos os 
jogadores utilizem a cadeira de rodas própria para o basquete. É comum ter uma barra 
protetora lateral na cadeira para a proteção do atleta, já na parte traseira do equipamento, 
há uma rodinha de apoio, que tem função antiqueda e que deve obedecer a uma série de 
regras para que não haja contato e cause acidentes com outros jogadores por se tratar 
de um esporte de impacto. Um aspecto importante a destacar é sobre as classes dos 
participantes/atletas, que de acordo com a CPB (2021, documento on-line), segue uma 
classificação funcional, em que os atletas são avaliados conforme o comprometimento 
físico-motor em uma escala de 1 a 4,5. Quanto maior o comprometimento decorrente 
da deficiência, menor a classe. A soma desses números da equipe em quadra não pode 
ultrapassar 14.
 A destacar ainda, de acordo com as regras oficiais da modalidade, que, para 
assegurar a competitividade, os atletas precisam usar cadeiras de rodas padronizadas 
(CPB, 2021, documento on-line). Nesse caso, torna-se obrigatório obedecer ao diâmetro 
máximo dos pneus e à altura máxima do assento e do apoio para os pés em relação ao 
chão. Se o jogador optar por usar uma almofada no assento, ela não poderá ter mais de 
10cm de espessura, exceto nas classes 3.5, 4.0 e 4.5 (menor comprometimento). Nesses 
casos, a espessura máxima é de 5cm. É permitido usar faixas para prender as pernas 
juntas ou fixar o atleta na cadeira. Todas as normas são conferidas pelos árbitros no início 
da partida.
O objetivo deste trabalho foi investigar formas de relação entre a mídia e a divulgação e 
comercialização do movimento paralímpico brasileiro. De acordo com os autores, os re-
sultados indicaram uma escassez de apoio da mídia em relação ao esporte paralímpico, 
em geral. Nesse caso, algumas estratégias podem ser adotadas, mas que ainda carecem 
de melhor condução dentro do processo, o que tende a evoluir conforme a exposição, por 
exemplo, de sua vertente esportiva de alto rendimento, como vemos nas Paraolímpiadas, 
e que podem impulsionar a prática esportiva por esta população que muitas vezes se en-
contra às margens de uma sociedade ainda excludente.
FIQUE ATENTO
79
5.2 O BASQUETEBOL COMO FERRAMENTA DE 
INCLUSÃO SOCIAL
 O esporte é reconhecido como um fenômeno social muito presente na sociedade. 
Ele se manifesta de diferentes formas e pode ser aplicado com objetivos diversos, com 
fins educativos, de lazer ou de alta performance, por exemplo. Considerando a sua 
amplitude, costumeiramente é indicado como uma ferramenta de inclusão social com 
grande potencial para contribuir na inserção de pessoas com deficiência na sociedade.
 Tratar do basquetebol em sua vertente inclusiva significa entenderas capacidades 
que essa modalidade esportiva possui de ir muito mais além que sua prática formal. E 
aqui, vemos alguns princípios básicos que devem ser praticados para que essa inclusão 
seja efetiva, em que o indivíduo seja respeitado e sua deficiência não seja uma barreira 
que impeça sua prática esportiva. 
 Gonçalves e Romão (2019) descrevem que para realmente existir a inclusão, a 
pessoa com deficiência deve ser motivada a participar ativamente do convívio social, 
como no trabalho e no esporte, por exemplo. Esses autores defendem que adaptar as 
diferentes formas de convívio social e a busca pela solução de problemas/necessidades 
tanto individuais quanto coletivas torna-se prioridade em muitos momentos. 
 Cabe a nós, enquanto membros de uma sociedade, estarmos abertos às 
modificações que permitam o compartilhamento entre todas as pessoas, sem distinções, 
de maneira que sejam reconhecidas como membros e produtos dessa sociedade. A 
inclusão deve ser direcionada e compreendida pela essência da diversidade, tendo em 
vista o senso de pertencimento e aceitação, bem como o sentido de apoiar e ser apoiado, 
como elementos fundamentais para um ambiente inclusivo (SHERRILL, 1993 citado por 
GONÇALVES e ROMÃO, 2019). 
 No âmbito legislativo, destaca-se, dentre diversas leis elaboradas, e em grande 
parte fracassadas, a Lei 13.146, de 2015, conhecida como Lei Brasileira de Inclusão (LBI) das 
PcDs, ou Estatuto da PcD, que constitui um documento fundamental e provavelmente 
o mais importante para o reconhecimento e valorização dessa população. Essa lei 
trouxe diversas modificações no ordenamento jurídico em relação ao tema, tendo como 
objetivo oferecer condições de igualdade quanto aos direitos fundamentais, almejando 
o processo de inclusão social. A lei reafirma que a cultura, o esporte e o lazer são direitos 
das PcDs e que o Estado tem a responsabilidade de oferecer ambientes propícios para 
tal (BRASIL, 2015).
Assista ao vídeo “O esporte como ferramenta de inclusão social | Brasil das Gerais 
13/04/2018” disponibilizado na plataforma Youtube, no qual é discutido o papel 
do esporte, em geral, no processo de inclusão, sua relevância social, transforma-
dora e contextualizada, cujo foco é transformar o ser humano, tendo o esporte 
como principal ferramenta a ser aplicada. Disponível em: YouTube. 19min35seg.
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=yuTJSrgEwJI
BUSQUE POR MAIS
https://www.youtube.com/watch?v=yuTJSrgEwJI
80
 Em adição, é importante destacar que a Constituição de 1988 apresentou o 
prenúncio de todo o desenvolvimento direcionado às políticas públicas e incentivo à 
participação das pessoas com deficiência nas atividades esportivas comuns, o que inclui 
toda forma de manifestação esportiva na sociedade, bem como todos os níveis de disputa 
(BRASIL, 2015). De acordo ainda com a Constituição Brasileira de 1988, devem assegurar 
que as pessoas com deficiência participem de atividades esportivas e recreativas; tal 
participação deve acontecer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. 
Além disso, as pessoas com deficiência precisam ter amplo acesso aos serviços prestados 
por pessoas ou entidades envolvidas na organização de atividades recreativas, turísticas, 
esportivas e de lazer. E por fim, assegurar, também, que as pessoas com deficiência 
tenham acesso a locais de eventos esportivos, recreativos e turísticos. As instalações 
precisam ser adaptadas para que as pessoas com deficiência consigam se locomover 
com autonomia, além de ter uma boa visão do espetáculo (BRASIL, 2015). 
 De maneira geral, o objetivo das autoridades públicas é oferecer condições de 
igualdade para que a PcD se insira nos diversos contextos sociais, o que inclui ambientes 
direcionados a práticas esportivas e de lazer, seja como ator principal ou como espectador 
do espetáculo, e no caso da participação nos esportes, independentemente do nível 
(educacional, lazer/participação ou rendimento), o de oferecer condições ideais para que 
essa prática seja real, significativa e transformadora na vida dessas pessoas. 
 Atrelado à inclusão, é importante destacar a popularização do desporto 
paraolímpico, que possibilitou uma ascensão até então nunca vista, dos esportes 
adaptados, nesse caso, de performance. Adams et al. (1985, p. 217) citado por Gonçalves 
e Romão (2019) descrevem: (...) “graças às atividades recreativas, os deficientes físicos 
encontram a motivação necessária para participarem da comunidade mais ampla, de 
produzir, de trabalhar e de assumir papéis de liderança na comunidade”. 
 Nesse sentido, o basquete em cadeira de rodas tem o objetivo de atender crianças, 
adolescentes e adultos, dos sexos feminino e masculino, que tenham interesse em 
aprender a modalidade, contribuindo, assim, para a inclusão social, a partir do momento 
em que se entende ser essa uma das ferramentas mais importantes (basquete em 
cadeira de rodas) que podem desenvolver o indivíduo a partir de uma concepção da 
ludicidade, por exemplo.
Figura 9. Prática do basquetebol em cadeira de rodas.
Fonte: https://shutr.bz/3UqCufC
81
A prática de esportes é fundamental para a saúde e disso todos sabem! Para pessoas com 
deficiência, a prática é ainda mais importante, nesse sentido, as diversas modalidades 
melhoram a condição cardiovascular de quem as pratica, aprimora a força, a agilidade, 
a coordenação motora, o equilíbrio e o repertório motor. O esporte proporciona a oportu-
nidade de socialização e torna quem tem deficiência mais independente, melhorando a 
autoconfiança e elevando a autoestima. Mas por que ainda não vemos o esporte adap-
tado, nesse caso, o basquetebol em cadeira de rodas tão difundido em nosso país? O que 
pode ser feito para reverter positivamente esse quadro? Enfim, são situações que mere-
cem uma reflexão, tendo em vista os inúmeros benefícios que a prática de esportes pode 
trazer para a vida das pessoas.
VAMOS PENSAR?
82
FIXANDO O CONTEÚDO
1. [Q325221 - IADES - 2014 - EBSERH - Nível Superior - Profissional de Educação Física] 
Basquetebol em cadeira de rodas é um desporto praticado principalmente por indivíduos 
com deficiências físicas. É fundamentado no basquetebol convencional, mas com 
algumas adaptações para refletir a presença da cadeira de rodas e para harmonizar os 
diferentes níveis de deficiência dos jogadores. Acerca desse tema, assinale a alternativa 
CORRETA.
a) A altura da tabela é um metro abaixo do basquetebol convencional.
b) As cadeiras não são adaptadas nem padronizadas.
c) As dimensões da quadra são reduzidas, porém a altura da tabela é a mesma.
d) As dimensões da quadra e a altura da tabela são as mesmas do basquetebol 
convencional.
e) A participação de pessoas sem deficiência no basquetebol adaptado é proibida.
2. O basquete convencional envolve uma sucessão de esforços vigorosos, realizados em 
cadências variadas. Trata-se de uma movimentação diversa, entre corridas, lançamentos 
e saltos. O basquete adaptado, em cadeira de rodas, representa grande estímulo para 
os jogadores/atletas que o praticam, tendo em vista, sobretudo, as possibilidades de 
superação e integração social. Com a ampliação da visão democrática, o crescimento 
da adesão à inclusão social da pessoa com deficiência vem se tornando cada vez mais 
emergente. Em relação ao delineamento de corpo, bem como à pessoa com deficiência, 
o que é desejável considerar?
a) Aceitar a essência da diversidade e promover adequações.
b) Ignorar percepções e atitudes próprias da pessoa com deficiência.
c) Dissociar satisfação e imagem de corpo da pessoa com deficiência.
d) Discriminar e destacar as diferenças individuais corporais.
e) Priorizar a imagem do corpo “ideal” padronizada socialmente.
3. Especificamente, a opção pela prática do basquete em cadeira de rodas, considerando 
as pessoas com necessidades especiais, sinaliza vários motivos, envolvendo várias 
situações (fatores internos e externos). Considerando as alternativas a seguir, o que pode 
ser sinalizado como um fator de destaque tendo emvista os benefícios da prática do 
basquete em cadeira de rodas?
a) Melhora das habilidades motoras.
b) Melhora na ocupação do tempo livre.
c) Melhora em relação à deficiência.
d) Melhora das relações sociais.
e) Melhora da autoestima.
4. [Q1713039 - Educação Física/Educação Física no Ambiente Escolar, Inclusão e 
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Diversidade nas Aulas de Educação Física/Ano: 2020 Banca: ADM&TEC Órgão: Prefeitura 
de Delmiro Gouveia - AL Prova: ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Delmiro Gouveia - AL - 
Professor de Educação Física] (adaptada) 
Analise as afirmativas a seguir:
I. Na educação física adaptada, o professor deve ser paciente, observador e criativo com 
os alunos, pois a atenção e a dedicação do docente são fundamentais para abreviar 
as chances de sucesso das ações de inclusão das pessoas com deficiência nos jogos e 
esportes escolares.
II. No nível cognitivo, os benefícios adquiridos pelo aluno com deficiência pela prática da 
atividade física compreendem o desenvolvimento do raciocínio, da atenção, a melhora 
da percepção espaço-temporal e o aumento do poder de concentração.
III. A educação física adaptada para pessoas com deficiência compreende técnicas, 
métodos e formas de organização que podem ser aplicados apenas aos indivíduos com 
deficiências motoras decorrentes de acidentes, não sendo possível adaptar as atividades 
para alunos com deficiências congênitas.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II está correta.
c) Apenas III está correta.
d) Apenas I e II estão corretas.
e) I, II e III estão corretas. 
5. A Lei n° 13.146/2005, também conhecida como “Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
com Deficiência”, trata dos direitos a serem oferecidos pelo Poder Público às pessoas 
com deficiência com o objetivo de promover a inclusão social. Sobre essa lei, marque V 
para verdadeiro e F para falso.
( ) Representa um documento de ordem legal fundamental para o reconhecimento e a 
valorização das pessoas com deficiência.
( ) Reafirma que a cultura, o esporte e o lazer são direitos fundamentais das pessoas com 
deficiência, e é dever do Poder Público garantir o seu acesso.
( ) O Poder Público precisa ofertar acesso a atividades esportivas e de lazer, 
independentemente da forma.
( ) As pessoas com deficiência terão direito a local reservado em locais públicos, inclusive 
com direito à acompanhante.
Qual é a ordem correta das afirmativas?
a) F, F, V, V.
b) V, V, V, F.
c) V, V, F, V.
d) V, F, V, F.
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e) F, V, F, V. 
6. A pessoa com deficiência sempre foi estigmatizada e marginalizada ao longo da 
história. Existem relatos de agressão, sacrifícios, exposição ao ridículo, segregação da 
convivência social, etc. Pensando em corrigir esses erros e possibilitar a inclusão das 
pessoas com deficiência nos diversos contextos sociais, políticas públicas vêm sendo 
criadas para estabelecer direitos e criar oportunidades.
Conforme a Constituição de 1988, as políticas públicas de inclusão social das pessoas 
com deficiência devem:
a) assegurar que as pessoas com deficiência tenham acesso a locais de eventos esportivos, 
recreativos e turísticos. As instalações precisam ser adaptadas para que as pessoas com 
deficiência consigam se locomover com o auxílio de terceiros, além de ter uma boa visão 
do espetáculo.
b) assegurar que as crianças com deficiência possam participar de jogos e atividades 
recreativas, esportivas e de lazer, inclusive no sistema escolar. É necessário observar as 
possibilidades individuais, ou seja, não há obrigação de atingir igualdade de condições 
com as demais crianças. 
c) assegurar que as pessoas com deficiência participem de atividades esportivas e 
recreativas, incentivando a instrução do treinamento pessoal e o uso de recursos 
adequados. Porém, tal participação não precisar atingir igualdade de oportunidades 
com as demais pessoas.
d) incentivar e promover a maior participação possível das pessoas com deficiência nas 
atividades esportivas comuns em todos os níveis de disputa e em todas as dimensões de 
manifestação esportiva, como os esportes de participação e de alto rendimento.
e) assegurar que as pessoas com deficiência tenham acesso limitado aos serviços 
prestados por pessoas ou entidades envolvidas na organização de atividades recreativas, 
turísticas, esportivas e de lazer, sem custos e com os devidos privilégios.
7. [Q1662426 - Educação Física - Modalidades Esportivas/Ano: 2019 Banca: CONTEMAX 
Órgão: Prefeitura de Orobó - PE Prova: CONTEMAX - 2019 - Prefeitura de Orobó - PE - 
Professor de Educação Física] 
Pela característica essencial das cadeiras de rodas no basquete em cadeira de rodas, 
elas possuem medidas adaptadas especiais. Todas as regras devem ser atendidas para 
o jogo, EXCETO:
a) Os pneus traseiros devem ter diâmetro máximo de 66cm.
b) Os jogadores classe 3.5, 4.0 e 4.5 podem usar almofada de no máximo 5cm.
c) A altura máxima do acento deve ser 53 centímetros a partir do chão.
d) O apoio para os pés deve ficar a no máximo 11cm do chão.
e) Freios são permitidos em casos específicos.
8. O caminho que leva da exclusão à inclusão dos alunos com deficiência na escola e das 
pessoas com deficiência na sociedade está relacionado às características econômicas, 
sociais e culturais de cada época. O esporte é visto como uma das melhores ferramentas 
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que podem combater aspectos que são considerados excludentes e que tendem a 
segregar uma população que por vezes já se sente excluída da sociedade. A respeito 
das estratégias de inclusão nas aulas de Educação Física, um ponto fundamental é a 
adaptação. Sobre esse aspecto, é correto afirmar:
a) O aluno com deficiência deve se adaptar às atividades na aula, pois não é possível o 
professor adaptar a aula para ele, prejudicando os demais colegas.
b) Refere-se à capacidade de cada aluno de realizar ou não as atividades que são 
propostas nas aulas de Educação Física.
c) São necessárias adaptações no ambiente da escola, na metodologia do professor e 
nos materiais utilizados, buscando garantir a inclusão dos alunos. 
d) Diz respeito à possibilidade de participação dos alunos com deficiência e sua interação 
com os colegas.
e) Não são necessários materiais específicos, pois isso causa diferenciação negativa do 
aluno com deficiência em relação a seus colegas.
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O BASQUETEBOL 
ENQUANTO PRÁTICA 
ESPORTIVA DE 
ALTO RENDIMENTO
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 O basquete é um esporte que reúne fundamentos, os quais precisam progredir 
para habilidades específicas em situações de jogo e que, portanto, requerem cada 
vez mais planejamento e organização. Dessa forma, o desenvolvimento dos aspectos 
táticos, bem como de toda a estrutura depende, essencialmente, do desenvolvimento 
satisfatório de capacidades motoras condicionantes e coordenativas.
 Por ser caracterizado como uma modalidade esportiva de cooperação e oposição 
que envolve duas equipes, entre ataque e defesa, ocupando um espaço comum, 
conforme descreve Ferreira e De Rose Jr. (2010), trata-se de um jogo que ocasiona contato 
direto entre os alunos/jogadores e requer habilidades específicas para a execução dos 
fundamentos, reunindo ações combinadas e em sequência lógica e objetiva. 
 No basquetebol, para que o aluno/jogador execute corretamente um ou mais 
fundamentos do basquete, individual ou coletivamente, é preciso planejar uma 
evolução progressiva. Nesse sentido, a evolução progressiva apresenta as seguintes 
fases: aprendizagem (fase 1: assimilação do gesto motor), fixação (fase 2: associação dos 
fundamentos com situações de jogo) e aperfeiçoamento (fase 3: envolve o máximo de 
aplicações práticas no jogo). E esses elementos devem ser trabalhados de forma integrada 
aos demais que serão apresentados nesta seção: físico, técnico, tático e psicológico.
 Em relação aos aspectos físicos do basquetebol, é importante compreender 
que se trata de uma modalidade que reúne aptidões físicas, perceptivas e cognitivas, 
em altaintensidade, com padrão de habilidades motoras finas, sobretudo de membros 
superiores.
6.1 PREPARAÇÃO FÍSICA, TÉCNICA, TÁTICA E 
PSICOLÓGICA NO BASQUETEBOL
(...) em geral, todos os jogadores percorrem em torno de 
5.551 km durante um jogo de alto nível, com pouca va-
riação, dependendo da posição/função de cada jogador 
dentro da quadra. Normalmente, os armadores percor-
rem em torno de 5.162 km; laterais ou alas, em média 
5.273 km; e os pivôs chegam a 6.106 km, por se desloca-
rem de tabela a tabela, considerando os rebotes ofensi-
vos e defensivos que estão sob sua responsabilidade. O 
número de saltos de armadores acontecem em torno 
de 25 vezes no jogo, laterais, cerca de 30 vezes, e a mé-
dia dos pivôs é de 36 vezes, devido à maior demanda 
de deslocamentos e responsabilidades (GONÇALVES e 
ROMÃO, 2019, p. 15-16).
 De fato, as valências físicas (força, velocidade e resistência) são consideradas 
as capacidades essenciais na preparação física do basquete, e serão discutidas mais a 
frente, em combinação com os aspectos psicológicos, tão importantes quanto, para a 
execução e tomada das ações no basquete. 
 As capacidades físicas de destaque no basquete são: força (de salto, velocidade 
e resistência), velocidade (de reação, ações acíclicas e específicas no jogo) e resistência 
(aeróbia, anaeróbia, de velocidade, de salto). Além disso, é essencial ter capacidade de 
coordenação, como: agilidade, ritmo, junção de coordenação visomotora, óculo-manual 
e diferenciação de imagem-campo (FERREIRA e DE ROSE JR., 2010). 
88
 Em relação aos aspectos técnicos, há uma tendência a se considerar, de senso 
comum, que a simples execução prática seja uma qualificação suficiente para um bom 
professor/técnico, o que, de fato, não condiz com a realidade, sobretudo no alto nível. 
Nesse contexto, De Rose Jr. e Tricoli (2010) destacam o seguinte acróstico (I-D-E-A) como 
sugestão ao desenvolvimento dos aspectos técnicos da modalidade:
I — introdução da técnica;
D — demonstração da técnica;
E — explicação da técnica;
A — ajuda aos alunos/jogadores a praticarem a técnica.
Introdução da técnica: os alunos/jogadores iniciantes precisam compreender o que 
estão aprendendo e o porquê. Para isso, o professor/técnico deve seguir os seguintes 
passos. 
a) Manter os alunos/jogadores atentos.
b) Iniciar destacando o nome da técnica.
c) Dar explicação clara sobre a relevância da técnica.
 O importante é demonstrar exaltação e olhar nos olhos da assistência no momento 
da comunicação. É fundamental que os alunos/jogadores estejam posicionados de 
maneira que favoreça a visualização direta do professor/técnico, que deve perguntar se 
todos têm a mesma percepção antes de começar a falar (AMERICAN SPORT EDUCATION 
PROGRAM, 2000 citado por GONÇALVES e ROMÃO, 2019). 
 Em relação ao nome da técnica, é importante definir a terminologia que será 
considerada, tendo em vista outras possibilidades comuns, para que não cause confusão 
na compreensão dos alunos/jogadores.
 Demonstração da técnica: é considerada a parte mais representativa do ponto 
de vista técnico, sobretudo para os jovens, em razão da novidade. Quem nunca praticou 
uma atividade precisa iniciar a familiarização com imagens, e não somente com a fala. 
As seguintes sugestões podem tornar a compreensão inicial mais eficiente.
a) Demonstrar a técnica corretamente; 
b) Fazer várias demonstrações; 
c) Realizar as demonstrações de forma lenta para melhor visualização de cada fase do 
movimento; 
d) Executar a técnica em vários ângulos, para permitir uma visão global dos movimentos; 
e) Fazer as demonstrações com ambas as mãos. 
 Explicação da técnica: direciona os alunos/jogadores a aprenderem de forma 
efetiva, principalmente associada à demonstração. As palavras utilizadas devem ser o mais 
simples possível e associadas a outras aprendidas anteriormente. O professor/técnico 
deve sempre perguntar sobre a compreensão geral e individual, pedindo que repitam 
as descrições. As técnicas mais complexas normalmente são mais bem compreendidas 
quando as partes menos complexas são explicadas. 
 Ajuda aos jogadores a praticar a técnica: envolve uma boa iniciação, desde a 
introdução, a demonstração, até a explicação, estando os alunos/jogadores preparados 
para a execução propriamente dita. Nas primeiras tentativas, alguns deles podem precisar 
de direcionamentos individuais, por insegurança natural inicial. O dever do professor/
técnico não finaliza quando todos os alunos/jogadores demonstram a técnica, sendo 
esse um momento importante para observações e devidas correções. Logo, o professor/
técnico deve dar um feedback que sugira as adequações e mantenha a motivação do 
aluno/jogador. Quanto aos aspectos táticos, o basquetebol é uma modalidade marcada 
89
por sinalizar situações que acontecem no jogo, que englobam os sistemas defensivos e 
ofensivos, situações em grupo, como marcações por zona 2x2 e 3x3, bem como individuais 
(FERREIRA e DE ROSE JR., 2003).
 De fato, a tática individual faz referência à aptidão que um atleta possui de 
executar os fundamentos do jogo, conforme a sua posição na quadra, a atitude de seu 
adversário ou o contexto do jogo. Já a tática em grupo reúne jogadores em situações 
2x2 ou 3x3, em níveis de maior complexidade e que solicitam maior sincronismo dos 
movimentos (FERREIRA e DE ROSE JR., 2003). E em adição, a tática individual (execução 
individual do fundamento) e a coletiva (execução dos fundamentos que envolvem a 
equipe) juntas incluem o momento inicial, no qual o jogador mantém a sua atenção na 
quadra, observando o posicionamento e o perfil dos jogadores em geral (companheiros 
e adversários) (REIS, 2009). 
 Ainda de acordo com esses autores, a tática representa a visão particular em 
relação ao todo, e a estratégia aparece como uma consideração global, que pode ser 
constituída por um objetivo principal e planejamento prévio a curto, médio e longo 
prazo. Portanto, a estratégia, basicamente, significa saber fazer. Dentre as estratégias 
que favorecem a marcação de pontos, por exemplo, destacam-se a velocidade, os 
lançamentos e a diminuição na diferença de pontos. Entretanto, com vistas a bloquear 
os sistemas defensivos, as táticas defensivas passam a representar os fatores principais 
do perfil de jogo de uma equipe (REIS, 2009).
 Por fim, no processo de preparação para o basquetebol, temos habilidades que 
estão ligadas aos aspectos cognitivos, ou seja, de tomada de decisões, de estratégias de 
jogo, do trabalho coletivo, muitas vezes desencadeado a partir de decisões individuais de 
um determinado jogador. Nesse sentido, temos elementos na prática que são colocados 
em prova, quer seja durante uma situação de ataque, ou mesmo defensiva, e ainda de 
contra-ataque, conforme destaca De Rose Jr. e Tricoli (2010) e Reis (2009). 
 Um aspecto interessante destacado por esses autores está relacionado ao 
momento/situação de jogo em que, ao final do jogo, por exemplo, com placar adverso, 
há empenho dos competidores até o último segundo, muitas vezes, conseguindo 
vencer com um ponto de vantagem. Esse nível de rendimento depende da capacidade 
de trabalho, tanto físico como psicológico do atleta, que pode melhorar, e, conforme 
descreve De Rose Jr. e Tricoli (2010), é necessário estabelecer estratégias de treinamento 
que desenvolvam de maneira equilibrada as diferentes tarefas direcionadas ao trabalho 
global do atleta, o seu desenvolvimento por meio da preparação física, técnica e tática, 
considerando suas particularidades psicológicas associadas a cada uma delas. 
 O Quadro apresenta aspectos relacionados às capacidades físicas, relacionando-
os aos aspectos psicológicos.
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Força Velocidade Resistência 
A estrutura psicológica de força 
relaciona esforços musculares 
máximos, distribuídos e dosa-
dos, que se manifestam nas apli-
cações de força máxima, como 
ocorre nos saltos. Quanto aos 
esforços distribuídos, trata-se de 
exigência parcial dessa capacida-
de em treinamentos com 70% da 
força máxima. No terceiro grupode esforços estão os que solici-
tam diferenciação detalhada dos 
elementos capazes de garantir o 
controle exato para a execução 
de um passe longo, como no con-
tra-ataque.
A estrutura psicológica de velo-
cidade é definida pela junção de 
sinalizadores de tempo (duração 
e ritmo). No basquete, a estrutura 
está associada, por exemplo, ao 
tempo de duração da execução 
de um arremesso ou ao tempo 
necessário para a conclusão de 
uma infiltração, antes que o de-
fensor a alcance, envolvendo a 
velocidade de deslocamento, de 
execução de movimento, entre 
outras situações.
Em relação à resistência, não é 
identificada uma expressão níti-
da, psicológica, entretanto,
há consenso de que esteja con-
dicionada à complexidade e à 
intensidade da duração dos es-
forços musculares, os quais nor-
malmente se diferenciam na re-
sistência de força, velocidade e 
força/velocidade. Dessa forma, 
cada uma delas, com suas carac-
terísticas específicas interativas, 
sobretudo no esporte como o 
basquete, se manifestam em
situações complexas. Por isso, a 
percepção de capacidades pre-
dominantes requer alto nível de 
atenção.
 Outro fator a ser considerado são as capacidades coordenativas ou psicomotoras, 
destacam-se: a percepção espaço-temporal; a seleção imagem-campo; a coordenação 
multimembros; a coordenação óculo-manual; a destreza manual; a estabilidade braço/
mão; a precisão.
Quadro 6. Relação das valências físicas e aspectos psicológicos.
Fonte: Adaptado de Rose Júnior e Tricoli (2005) citado por Gonçalves e Romão (2019, p. 17).
O objetivo deste trabalho foi apresentar uma proposta de treinamento para uma equipe 
amadora de basquete por meio da periodização de seis meses para uma competição de 
cinco meses. A periodização desse treinamento foi dividida em diferentes ciclos, em que 
foram realizados testes específicos; trabalho de base para a pré-temporada; treinamento 
de força, flexibilidade e resistência aeróbia e anaeróbia e treinamento dos fundamentos 
específicos do basquete. Assim, concluíram a importância de estabelecer estratégias e ob-
jetivos a serem desenvolvidos/trabalhados de maneira assertiva em cada etapa.
FIQUE ATENTO
6.2 A ORGANIZAÇÃO, O CONTROLE E A AVALIAÇÃO 
DE EQUIPES DE BASQUETEBOL
 O basquete é um esporte dinâmico que requer uma prática com desempenho 
tanto físico quanto motor, incluindo aspectos cognitivos. É formado por um somatório 
de habilidades e ações que, por si só, constituem unidades representativas e totais. 
Os esforços são fortes e curtos, de várias cadências, o que caracteriza uma atividade 
predominantemente anaeróbia, com maior demanda dos membros inferiores 
(FERREIRA; ROSE JR., 2010). 
 O desempenho de uma equipe de basquetebol depende da precisa cooperação 
entre os jogadores. A cooperação organizada faz com que os jogadores antecipem 
situações comuns de jogo e respondam de forma orquestrada, mantendo maior 
aderência ao planejamento coletivo da equipe (LAMAS et al., 2014). Por sua vez, a 
aderência ao planejamento da equipe é um tema central na análise do desempenho 
91
do basquetebol (LUCEY et al., 2013; LAMAS et al., 2014) e depende de um processo de 
preparação adequado para que seja bem-sucedido. 
 De acordo com Lucey et al. (2013), o processo de preparação da equipe envolve as 
seguintes etapas: i) especificação da estratégia; ii) aprendizado da estratégia (exemplo: 
treinamento); iii) avaliação do jogo (LAMAS, 2014). Uma estratégia bem desenhada 
garante um bom plano de cooperação. Um processo de treinamento qualificado 
consiste na forma adequada para se ensinar o que foi planejado na estratégia à equipe. 
Finalmente, um protocolo acurado de análise de jogo permite avaliar quanto e com 
qual qualidade o conteúdo estratégico foi aplicado nas condições reais. Em todo caso, 
vemos a análise de jogo como uma excelente ferramenta de dados, por meio do uso de 
softwares específicos, fornecem informações essenciais acerca de todo o processo. 
 Desde algum tempo, verificam-se contribuições científicas no assunto que 
buscam superar a abordagem empírica na estruturação do processo de rendimento das 
equipes (LAMAS et al., 2014). Em adição, na proposta de Lebed (2007) são apresentados 
quatro níveis hierárquicos, conforme mostra a Figura 10. O primeiro nível é a equipe 
(1), composta por comissão técnica (2T) e jogadores (2A), sendo o elemento central 
da estrutura e o mais elevado. O segundo nível representa a relação entre a comissão 
técnica (3T) e os jogadores (3A1 a 3An) por intermédio da comunicação e feedback entre 
eles. O terceiro nível é formado pelos integrantes da comissão técnica e por cada um 
dos jogadores. O quarto nível é formado pelos sistemas internos de cada jogador (i.e., 
aspectos físicos, cognitivos, psicológicos) (4A).
Figura 10. Estrutura hierárquica do sistema dinâmico equipe. 1: equipe (jogadores e comissão técnica); 2T: comissão técnica; 2A: 
grupo de jogadores; 3T: membros da comissão técnica; 3A1 a 3An: jogadores da equipe; 4A: características internas de cada jogador. 
Fonte: Adaptado de Lebed (2007). 
 Segundo Lamas et al. (2014), há uma sequência de etapas no processo de 
preparação da equipe, de acordo com algumas estratégias que você verá a seguir:
(1) O treinador modela a forma com que a equipe deve atuar em quadra por meio do 
desenho da estratégia;
(2) Essa estratégia deve ser aprendida nas sessões de treinamento para uma melhor 
aplicação nos jogos; 
(3) Após os jogos, os conteúdos planejados devem passar por uma avaliação para 
compreender o que deu certo ou o que precisa ser melhorado, ser feito tanto na estratégia 
quanto nos treinamentos. 
 Portanto, diante do exposto, é possível modelar as etapas de preparação da equipe 
em: i) planejamento da estratégia; ii) aprendizado da estratégia por parte dos jogadores 
nos treinamentos; e iii) execução da estratégia nos jogos (LAMAS et al., 2014). Enfim, 
durante o jogo, as equipes mantêm uma relação de oposição indicada pela posse ou não 
92
da bola, dividindo suas funções em ataque e defesa. No ataque, a equipe deve conservar 
a bola, mover-se ao campo adversário e tentar uma finalização. O êxito ou falha na 
tentativa de marcação do ponto produz, de acordo com Lamas (2012) e Lebed (2007), 
uma alternância da posse de bola, reconfigurando o time para a posição de defesa. Na 
defesa, a equipe procura proteger sua meta, retardando ou evitando a aproximação 
do adversário, para finalmente, investir na retomada da bola. E vale ressaltar que essa 
alternância pela posse/controle da bola ocorre ao longo de toda partida. 
 Do ponto de vista do resultado, a probabilidade de sucesso sobre o oponente está 
relacionada a sinergia das ações individuais, grupais e coletivas dos jogadores (LAMAS, 
2012; LEBED, 2007), principalmente quando estes dispõem de um plano de ação coletivo 
(exemplo: rotinas “condição-ação” predefinidas) revelando a capacidade de atuar de 
forma colaborativa em comparação a outra equipe que tenha sua atuação centrada em 
ações individuais, que demanda obviamente um conjunto de estratégias diferentes, a 
considerar. 
 Ainda de acordo com Lamas (2012) e Lamas et al. (2014), devemos considerar, ao 
avaliar/analisar uma equipe de basquetebol, as chamadas “regras de ação”, elementos 
esses classificados em: regras de alto e baixo nível. Ainda de acordo com os autores, uma 
regra de alto nível controla uma ação de uma habilidade esportiva (exemplo: bandeja no 
Basquetebol) e sua execução é feita a partir de uma sequência de regras de baixo nível 
(exemplo: correr, saltar ou lançar a bola) (LAMAS, 2012). 
 Na prática, quando o jogador não dispõe de nenhuma regra de ação previamente 
definida, uma regra de ação tática é utilizada. No baixo nível, quando não for possível a 
execução da regra desse nível, uma outra regra do mesmo nível deve ser aplicada. As 
decisões tomadas pelos jogadores levarão ao próximo estado dentro desse modelo. Esse 
novo estado pode ser uma continuidade da ação (E3) ou uma bifurcação (E2) indicando 
um novo caminho estratégico (E6)para o desfecho da ação, conforme exemplificado na 
Figura 11.
Figura 11. Grafo da estratégia destacando as variações do Sistema de Triângulos.
Fonte: Adaptado de Lamas (2012).
 No âmbito dos conteúdos estratégicos e táticos, embora haja estudos que 
investiguem o processo de planejamento (LAMAS, 2012), há carência de sistematização 
de conteúdos para composição de sessões de treino. Além disso, a investigação de 
93
processos de otimização da distribuição dos conteúdos de treinamento ao longo do 
tempo é um tema ainda menos estudado.
 Em relação ao controle e monitoramento de uma equipe, cabe à comissão técnica 
estabelecer parâmetros a partir de variáveis que venham a surgir ao longo de uma 
temporada, e, em todo caso, o planejamento estruturado é essencial para que as ações 
pré-elaboradas possam ser devidamente colocadas em prática. 
 A avaliação de um atleta e/ou equipe passa pela necessidade de levantar dados 
quantitativos ou qualitativos, conhecidos como “indicadores”, os quais são observados 
e analisados em um jogo, por exemplo: o tempo de jogo, quantidade de tentativas de 
arremessos (3 pts., 2 pts. e lances-livres), quantidade de arremessos convertidos (3 pts., 2 
pts. e lances-livres), rebotes de defesa e de ataque, assistências, bloqueios de arremessos 
(tocos), bolas recuperadas, etc. 
 Lamas (2012) apresenta uma estrutura que visa facilitar o trabalho da comissão 
técnica (treinador) a partir da concepção de um modelo estrutural preliminar das cargas 
de treinamento de conteúdos de estratégia, táticos e técnicos (ETT), conforme descreve 
Jerônimo et al. (2016) citado por Santos (2018) (Figura 12). Trata-se de um método de 
estruturação do treinamento, em que a distribuição da carga tática é relevante ao que 
se pretende desenvolver em termos de jogo coletivo da equipe. 
Figura 12. Classes de conteúdos estratégicos, táticos e técnicos de treinamento no basquetebol.
Fonte: Adaptado de Jerônimo et al. (2016) citado por Santos (2018, p. 23).
Assista ao vídeo “Análise técnica de jogo – Basquete” disponibilizado na platafor-
ma Youtube, no qual é feita uma verificação de momentos-chave de uma par-
tida, o que serve para o treinador analisar o desempenho da equipe, monitorar 
atletas e controlar algumas variáveis de jogo, quando possível. Por meio dessa 
análise, a comissão técnica possui ferramentas mais assertivas para direcionar 
os treinamentos da equipe (individual e/ou coletivamente). Disponível em: YouTu-
be. 03min00seg.
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=u4D2U2slxcE
BUSQUE POR MAIS
6.3 ANÁLISE DE DESEMPENHO NO BASQUETEBOL
 A utilização de sistemas indicadores de desempenho em um jogo, como a análise 
estatística e o scouting, demonstra aspectos essenciais para as definições de estratégias, 
tendo em vista a organização técnica e tática das partidas. Nessas análises, podem ser 
comparados, por exemplo, jogadores em várias posições, com pareceres estatisticamente 
diferentes, que, ainda assim, são determinantes nos pontos obtidos durante o jogo.
https://www.youtube.com/watch?v=u4D2U2slxcE
94
 O basquete é uma modalidade esportiva que estabelece relações importantes 
entre aspectos pedagógicos, biomecânicos, táticos, técnicos, psicológicos e sociais. Em 
geral, todos eles contribuem para uma melhor eficácia no jogo, conforme demonstrado 
na Figura 10. Esses aspectos devem ter como base a situação real do jogo, porque é isso 
que define, de acordo com Gonçalves (2019), tanto o trabalho quanto a maneira que as 
atividades e os exercícios vão sendo propostos, tendo em vista as fases de aprendizagem, 
e servem ainda como parâmetro para a estruturação de jogo, ou seja, da análise de 
desempenho e performance individual e da equipe. 
 De acordo com Ferreira e De Rose Jr. (2010), para que o jogador consiga realizar 
execuções corretas de um ou mais fundamentos do basquete, individual ou coletivamente, 
é preciso planejar uma evolução progressiva, passando pelas fases de aprendizagem (1), 
fixação (2) e aperfeiçoamento (3).
Figura 13. Estrutura de Jogo.
Fonte: Adaptada de Ferreira e De Rose Jr. (2010)
 A competitividade nas competições esportivas é muito grande, e um dos 
diferenciais mais vistos atualmente passa a ser o conhecimento que cada equipe 
tem de si própria e dos adversários. Alvarez (2001) complementa mencionando que o 
conhecimento das características que definem qualquer modalidade esportiva e a análise 
dos tipos de exigências competitivas são imprescindíveis para progredir, aperfeiçoar e 
elaborar programas de preparação e treinamento apropriados nos esportes coletivos.
O estudo do jogo a partir da observação do compor-
tamento dos jogadores e das equipes, constitui-se em 
um forte argumento para a organização e avaliação dos 
processos de ensino e treino nas modalidades esporti-
vas coletivas. As formas de manifestação da técnica, os 
aspectos táticos e a atividade física desenvolvida pelos 
jogadores são parte do conteúdo abordado (GARGAN-
TA, 1996, p.8). 
95
 De acordo com Janeira (1999) citado por De Rose Jr. e Tricoli (2010), no universo 
dos esportes de rendimento e, particularmente, nos jogos esportivos coletivos, a 
observação de jogo vem se revelando como meio imprescindível para a caracterização 
das exigências específicas que são impostas aos jogadores em situação competitiva. Esse 
tipo de estudo é encontrado na literatura com diferentes nomes, entre eles: observação 
de jogo (game observation), análise notacional (notational analysis) e análise de jogo 
(match analysis). A observação de jogo e a análise notacional referem-se a determinados 
aspectos observados e registrados durante a partida em tempo real, enquanto a análise 
do jogo refere-se à observação e coleta de dados após a realização do evento, a partir da 
análise de vídeos, por exemplo.
A observação do jogo e a aná lise notacional referem-
-se a determinados aspectos observados e registrados 
durante a partida em tempo real, enquanto a análise 
do jogo refere-se à observação e coleta de dados após 
a realização do evento, a partir da aná lise de vídeos, por 
exemplo (FERREIRA e DE ROSE JR. 2010, p. 125)
 De acordo com esses autores, para que qualquer processo de análise tenha 
fidelidade e validade, é necessário desenvolver sistemas e métodos de observação que 
possibilitem o registro de todos os fatos relevantes do jogo de basquetebol, produzindo, 
desse modo, informação objetiva e quantificável, consistente e confiável. E ainda de 
acordo com Garganta (1996), um jogo de basquetebol pode ser analisado sob o ponto de 
vista técnico e tático. 
 Mais especificamente, quando se analisa o desempenho técnico de um ou mais 
jogadores, procura-se determinar o nível de suas ações, a execução dos fundamentos 
e a eficiência dessa execução, quantificando a ação através de uma determinada 
mensuração. Já́ do ponto de vista tático, são analisadas as situações desenvolvidas por 
pequenos grupos ou por toda a equipe, a partir de padrões predefinidos (plano tático de 
jogo) tanto na defesa quanto no ataque (DE ROSE JR., e TRICOLI, 2010; GARGANTA, 1996). 
 O conjunto dessas observações (objetiva/subjetiva; qualitativa/quantitativa) 
é chamado de “scouting”, termo aceito universalmente na linguagem corrente do 
basquetebol (DE ROSE JR. e TRICOLI, 2010). O scouting é a arte de detectar as variações 
do jogo e seus aspectos subjetivos, buscando sempre identificar o fator desencadeador 
das atitudes dos jogadores e das equipes. 
 Especificamente no basquete, o scouting preocupa-se com o local e a distância 
dos arremessos, o tipo de movimentação ofensiva que os gerou, o posicionamento 
defensivo, entre tantos aspectos do jogo (TAVARES, 2001). Nesse sentido, a preocupação 
do scouting fica centralizada no local e na distância dos arremessos, bem como nas 
causas das ações ofensivas e posições de defesa, incluindo diversas situações de jogo. Em 
contrapartida, a estatística representa o aluno/jogador ou a equipe de forma numérica, 
não priorizando as causas qualitativas, e sim osaspectos quantitativos (FERREIRA e DE 
ROSE JR., 2010).
 Para que qualquer análise seja fidedigna e válida, é preciso que haja o 
desenvolvimento de métodos e sistemas observacionais que favoreçam os registros 
de tudo o que é representativo em situações de jogo no basquetebol, resultando em 
dados objetivos, consistentes e confiáveis. Portanto, a análise estatística e o scouting são 
96
considerados viáveis nesse contexto.
 Tavares (2001) menciona que podem ser utilizadas diversas formas de análise 
em um jogo de basquetebol, além de diferentes metodologias; entretanto, muitas 
delas não têm rigor científico e são baseadas somente na experiência do observador. 
As observações, em geral, são feitas pelos próprios técnicos, não favorecendo análises 
fidedignas. Entretanto, isso vem mudando no que tange aos métodos de coleta de 
dados na estatística e no scouting, facilitando o trabalho dos anotadores em geral. 
 O que antes era feito com papel e lápis, tornou-se um sofisticado sistema 
envolvendo programas de computador e diferentes processos de análise, incluindo 
os mais modernos, que são acionados por voz, nos quais os anotadores não precisam 
desviar a atenção do jogo para registrar os dados (TAVARES, 2001). 
 Essas análises podem ocorrer com ênfase no aluno/jogador ou na equipe como 
um todo. Nas análises baseadas no aluno/jogador, são observados aspectos referentes 
à energia e aos aspectos motores, morfológicos e psicológicos em geral. Com ênfase 
na equipe como um todo, as observações são focadas nos aspectos táticos, motores e 
referentes à energia corporal, segundo Tavares (2001). 
 De forma específica, quando o desempenho técnico é analisado, seja individual ou 
coletivo, o nível das ações é determinado de forma objetiva, mediante a quantificação. As 
observações determinam a forma e a eficiência com que os fundamentos são executados. 
Sob a perspectiva tática, são observados e analisados grupos menores, ou mesmo toda 
a equipe, considerando padrões predefinidos, tendo em vista o plano tático de jogo na 
defesa e no ataque (FERREIRA e DE ROSE JR., 2010; GARGANTA, 1996). 
 É importante destacar que a estatística de jogo é utilizada mundialmente e 
existem critérios que definem previamente cada um desses indicadores para garantir a 
objetividade das observações e da quantificação. Esses mesmos critérios são utilizados 
em torneios internacionais (Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais) como também 
em torneio Nacionais e Regionais (por exemplo: Campeonato Nacional e Campeonato 
Paulista), tanto para o masculino quanto para o feminino (DE ROSE JR., e TRICOLI, 2010). 
 A análise quantitativa do jogo de basquetebol é um processo fundamental na 
explicação de fatores que influenciam no êxito esportivo. A avaliação do desempenho 
através dos indicadores de jogo constitui-se em um método válido, fidedigno e objetivo, 
tanto do ponto de vista do jogador quanto da própria equipe. E ainda pode-se considerar 
a importância da estatística de jogo para os meios de informação que divulgam os 
resultados e os utilizam para embasar as análises e os comentários técnicos e táticos do 
jogo (DE ROSE JR., e TRICOLI, 2010).
 Para que a estatística se torne, efetivamente, um instrumento fidedigno e 
importante na avaliação de um atleta e/ou de uma equipe, devem ser estabelecidos 
padrões de observação. Portanto, é fundamental que se definam os indicadores de 
jogo, possibilitando a diminuição dos erros provenientes da interpretação pessoal do 
observador (FERREIRA e DE ROSE JR., 2010). 
 Enfim, De Rose Jr. e Tricoli (2010) e Ferreira e De Rose Jr. (2010) descrevem que, ao 
se analisar uma partida de basquetebol sob o ponto de vista estatístico, deve-se tomar o 
devido cuidado para que os números apresentados sejam interpretados em um contexto 
que permita a técnicos e atletas entendê-los e relacioná-los com outros parâmetros que 
são comuns ao jogo, mas, ao mesmo tempo, específicos de cada equipe. Não se deve 
dissociar os índices de desempenho técnico, em cada indicador de jogo, com alguns 
97
fatores situacionais que são importantes, como:
• a estrutura tática das equipes; 
• o contexto no qual o jogo acontece (local, classificação, momento do campeonato, 
momento da equipe, entre outros); 
• as questões relacionadas à individualidade dos jogadores e sua importância para 
a equipe.
 Ainda de acordo com os autores, a análise das estatísticas de jogo deve passar 
por um tratamento estatístico para se obter resultados e perfis mais adequados que 
permitam traduzir de maneira mais fiel os padrões técnicos individuais e coletivos e 
sirvam de base para tomadas de decisões em nível de treinamento e do próprio jogo, 
através de mudanças de comportamentos e estratégias. Para a análise dos dados de 
jogo utilizam-se, normalmente, as estatísticas descritiva e inferencial. 
Análises estatísticas são cada vez mais presentes no campo esportivo e, hoje, grande parte 
das principais equipes de basquetebol no mundo contam com esse suporte, cuja impor-
tância é essencial para analisar aspectos não apenas da própria equipe, mas das adver-
sárias, principalmente. 
Nesse sentido, por que ainda existem equipes que “resistem” à inserção de equipes es-
tatísticas em suas comissões técnicas? Bom, em todo caso, apenas a análise estatísti-
ca poderia garantir o sucesso de uma equipe? O que você acha? E por fim, que fatores, 
além do levantamento de dados quantitativos, deveriam ser considerados no processo 
de análise da equipe? 
FIQUE ATENTO
98
FIXANDO O CONTEÚDO
1. O basquetebol é uma modalidade constituída por ações e/ou fundamentos específicos, 
que, por sua vez, requerem alta organização em situações de jogo, envolvendo aspectos 
técnicos e táticos. A sinalização da capacidade considerada responsável por manter tanto 
o perfil básico do jogador/atleta no basquetebol quanto a sua condição de recuperação, 
entre os períodos de jogos, define:
a) a resistência geral.
b) a força de resistência.
c) a força de salto.
d) a flexibilidade.
e) a velocidade.
2. De acordo com De Rose Jr., e Tricoli (2010), os conteúdos técnico-táticos podem ser 
divididos entre: técnicas ou fundamentos de defesa (posição defensiva; deslocamentos 
na posição defensiva; rebote de defesa), técnicos ou fundamentos de ataque (drible; 
passes; arremessos; rebote de ataque), controle do corpo, táticas individuais de ataque e 
defesa (condutas possíveis dentro da estrutura funcional 1x1), táticas grupais de ataque 
(servir e ir; bloqueio direto; bloqueio indireto) táticas grupais de defesa (ajudas; trocas de 
marcação; saídas do bloqueio), táticas coletivos de ataque e defesa (sistemas de ataque 
e defesa). 
A partir do excerto acima, e considerando seus conhecimentos sobre o tema, avalie as 
asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. No basquete, o conhecimento dos fundamentos técnicos e táticos devem ser 
aprimorados desde a fase de iniciação na modalidade, passando pelos fundamentos 
executados em ações individuais, ou em grupo/coletivo, em situações de ataque ou 
defesa. 
PORQUE
II. Ambas, técnica e tática, formam a base de qualquer modalidade esportiva e devem, 
portanto, ser desenvolvidas e aprimoradas simultaneamente, já que estão presentes 
em diversas situações do jogo, especialmente na elaboração de jogadas, sejam elas de 
ataque ou defesa, e quanto mais eficaz a sua execução maiores serão as chances de 
êxito da equipe. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
joser
Realce
joser
Realce
99
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
3. Uma equipe de basquetebol deve se preocupar com diferentes variáveis que podem 
interferir na performanceindividual e/ou coletiva de seus atletas. Um dos aspectos a 
serem verificados são aqueles direcionados à técnica. Nesse contexto, De Rose Jr. e Tricoli 
(2010) destacam o seguinte acróstico (I-D-E-A) como sugestão ao desenvolvimento dos 
aspectos técnicos da modalidade. 
Analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa que apresente aspectos ligados à 
demonstração da técnica. 
I. trata de direcionar de forma mecanicista os alunos/jogadores a aprenderem as técnicas 
da modalidade, sobretudo aquelas associadas à demonstração visual. 
II. considerada a parte mais representativa do ponto de vista técnico, apresenta de forma 
prática o que se espera da execução do gesto motor, por exemplo. 
III. está associada à execução do movimento em si, partindo da premissa de que o 
professor/técnico deve sempre perguntar sobre a compreensão geral e da equipe. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) III, apenas. 
4. O basquete é um esporte que reúne fundamentos, os quais precisam progredir para 
habilidades específicas em situações de jogo e que, portanto, requerem cada vez mais 
planejamento e organização. Dessa forma, o desenvolvimento dos aspectos táticos, bem 
como de toda a estrutura, depende, essencialmente, do desenvolvimento satisfatório de 
capacidades motoras condicionantes e coordenativas.
Analise as assertivas a seguir e assinale V (verdadeiro) e F (falso). 
( ) A evolução progressiva apresenta as seguintes fases: aprendizagem ou assimilação 
do gesto motor, fixação, em que ocorre a associação dos fundamentos com situações 
de jogo e, por fim, o aperfeiçoamento, que envolve o máximo de aplicações práticas no 
jogo. 
( ) As habilidades específicas do basquetebol devem ser trabalhadas de forma isolada, 
haja vista a capacidade de melhorias que podem ocorrer no que tange aos aspectos 
motores fundamentais para a execução das ações. 
( ) Os aspectos físicos devem ser considerados mais importantes que o técnico e tático, 
pois uma equipe precisa estar bem estabelecida ao longo da temporada, e portanto, 
trabalhar os aspectos físicos deve ser a prioridade. 
( ) Trata-se de um jogo que ocasiona contato direto entre os alunos/jogadores e requer 
habilidades específicas para a execução dos fundamentos, reunindo ações combinadas 
e em sequência lógica e objetiva.
joser
Realce
100
A ordem correta de cima para baixo é: 
a) V-V-F-F. 
b) F-V-F-V.
c) F-F-F-V.
d) V-F-V-F.
e) V-F-F-V.
5. A tática, no caso específico, o sistema adotado pela equipe, depende da capacidade 
da equipe objetivar de forma precisa e coordenada, as ações individuais, visando atender 
o coletivo de maneira eficaz. Nesse sentido, as escolhas dependem das características 
físicas, técnicas, táticas, psicológicas que influenciam a tomada de decisões e sua 
aplicação prática. 
Nesse sentido, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. As características dos jogadores determinam suas posições e funções em quadra, mas 
a composição da equipe durante o jogo pode ser diversa, de acordo com a partida e 
as necessidades encontradas em determinadas situações, de ataque ou defesa, e suas 
transições. 
PORQUE
II. O jogo se inicia com uma disputa de bola ao alto no centro da quadra, em que a 
equipe que ficou com a posse de bola atua na ofensiva e a outra na defensiva. Desse 
momento em diante, o jogo se desenvolve em ações individuais (1x1), grupais (2x2 e 
3x3) e coletivas (sistemas de jogo) com o objetivo de fazer os pontos e dificultar que o 
adversário converta seus pontos.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
6. Os esportes de rendimento devem ser considerados a partir de um contexto próprio, 
em que o foco está na performance e na busca de resultados. Nos jogos esportivos 
coletivos, a observação de jogo vem se revelando como meio imprescindível para a 
caracterização das exigências específicas que são impostas aos jogadores em situação 
competitiva. Nesse sentido, analise as alternativas a seguir e assinale a que apresente 
aspectos associados à análise de jogo e desempenho:
a) refere-se à análise das variáveis que podem ser verificadas pelo adversário, conhecida 
como análise notacional e observação de jogo. 
b) refere-se ao controle das variáveis de uma equipe, em situações de ataque e/ou defesa, 
joser
Realce
joser
Realce
101
visando a busca pela vitória a qualquer custo. 
c) refere-se à observação e coleta de dados após a realização do evento, a partir da análise 
de vídeos, por exemplo.
d) refere-se ao estado da observação analítica, em que os companheiros de equipe 
devem tomar a decisão rápida e direta em prol da equipe. 
e) refere-se à estrutura estabelecida por uma equipe para derrotar a outra, a partir de 
ações direcionadas ao processo de observação pessoal.
7. O basquetebol é uma modalidade caracterizada como um esporte de oposição e 
cooperação, envolvendo ações simultâneas entre duas equipes (atacante e defensora) 
que ocupam um espaço comum, proporcionando contato direto entre os participantes. 
Uma das causas parece ser o conhecimento que cada equipe tem de si própria e dos 
adversários, já que os técnicos buscam minimizar os aspectos desconhecidos, pois cada 
decisão errada ou fator surpresa pode acarretar uma derrota. Nesse sentido, surge o 
“scouting”, conhecido como a arte de detectar as variações do jogo e seus aspectos 
subjetivos, buscando sempre identificar o fator desencadeador das atitudes dos 
jogadores e das equipes. Especificamente no basquete, o scouting é orientado para: 
a) a análise do local e a distância dos arremessos, o tipo de movimentação defensiva que 
os gerou, o posicionamento ofensivo, entre tantos aspectos do jogo. 
b) a detecção das características e do estilo de jogo do treinador adversário, os aspectos 
psicológicos e motivacionais envolvidos nas ações do jogo. 
c) a análise da tomada de decisões por membros da comissão técnica, transformando 
essa análise em dados numéricos, os quais são apresentados em estatísticas após a 
partida. 
d) as ações do jogo, o tempo de intervalo entre os tempos, o posicionamento do adversário, 
os rebotes e infiltrações da equipe adversária. 
e) a análise do local e a distância dos arremessos, o tipo de movimentação ofensiva que 
os gerou, o posicionamento defensivo, entre tantos aspectos do jogo.
8. A avaliação de um atleta e/ou equipe passa pela necessidade de levantar dados 
quantitativos ou qualitativos, conhecidos como “indicadores”. De fato, existem vários 
indicadores que servem como mecanismo para verificação/validação de algum aspecto 
que refletirá diretamente no resultado da equipe. Dentre os aspectos (indicadores) a 
considerar, temos: 
a) os rebotes de defesa, de ataque e de transição. 
b) a compreensão das regras locais.
c) a quantidade de saltos, arremessos e passes em direção à tabela.
d) a quantidade de arremessos convertidos.
e) o número de espectadores presentes no ginásio.
joser
Realce
joser
Realce
joser
Realce
102
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 1
UNIDADE 3
UNIDADE 5
UNIDADE 2
UNIDADE 4
UNIDADE 6
QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 A
QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 C
QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 A
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