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SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
REVISÃO GINECOLOVERS - com Marina Paiva
BLOCO 1 - DISTOPIAS E INFERTILIDADE
TEMA: DISTOPIAS GENITAIS
QUESTÃO 1: Sobre as distopias genitais, responda qual a alternativa correta:
a) Há um predomínio da raça branca sobre a raça negra, devido a sua circunferência
pélvica ser mais estreita
b) A cesária poderia ser considerado um tratamento profilático, mas, em contrapartida,
essa profilaxia perderia a força em caso de multiparidade
c) A pós-menopausa é um fator protetor, devido a redução estrogênica, sendo a
produção de progesterona durante a fase reprodutiva um fator de risco
d) Os órgãos que atravessam o hiato são: uretra, vagina, bexiga e reto.
e) O diafragma pélvico, o diafragma urogenital e a fáscia endopélvica fazem parte do
sistema de suspensão.
Revisão da primeira questão:
Estática e dinâmica pélvica: temos 3 sistemas que permitem a estática e dinâmica pélvica
que são:
1) sistema de suspensão
2) Sistema de sustentação
3) Mecanismo valvular
No sistema de suspensão, você precisa lembrar de SUSPENSÓRIO! O que é o
suspensório? é uma LIGA que segura a calça! Na pelve, o sistema suspensório nao será
diferente! É uma liga que vai sustentar os órgãos pélvicos. Qual a principal liga que
conhecemos no nosso corpo? isso mesmo! OS LIGAMENTOS!
Em GO a gente não complica, os nomes FAZEM SENTIDO! Então presta atenção: o
ligamento PUBOVESICOUTERINO vai ligar o púbis (pubo), a bexiga (vesico) e o útero
(uterino) e ele fica na porção anterior! Quando a gente pensa em porção anterior, porque
veja, o púbis está na região anterior. Beleza? Viu como é tranquilo? O ligamento que estará
na posição posterior é o ÚTERO-SACRO, que liga o útero ao sacro. Perceba que para a
gente estabilizar esses órgãos, eu vou precisar de dois ossos, um na frente e o outro atrás.
Lateralmente a gente tem o ligamento cardinal ou PARAMÉTRIO LATERAL, que se insere
na bacia. quem tá do lado do útero? os paramétrios!
Pra finalizar, perceba, uma rede é composta de vários fios, concorda? esses ligamentos vão
formar uma rede em volta do útero. A gente chama esse conjunto ligamentar de
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
RETINÁCULO PERIUTERINO DE MARTIN. Retináculo (rede) periuterino (em volta do
utero) de martin (e agora? como eu vou decorar isso?)
Perai!
A rede em volta do útero que gera Martin Luther King
Já o sistema de sustentação são os músculos. O que sustenta o nosso esqueleto são os
músculos. Então, o que vai sustentar a pelve são os músculos, ok? Temos 3 tipos de
músculo: diafragma pélvico, diafragma urogenital e fáscia endopélvica.
O diafragma pélvico é composto por dois músculos: elevador do anus e isquiococcígeo.
(pÉLvico → ELevador do anus). O elevador do ânus tem 3 feixes: puboretal, pubococcígeo
e iliococcígeo. Veja, todos ali perto do ânus, porque afinal o objetivo é dar aquela levantada
no ânus.
Os demais são importantes, mas esses são os mais importantes e que valem a pena ser
trazidos na revisão.
Não podemos deixar de falar do nosso HIATO. Veja, você construiu um rede na pelve com
músculos e ligamentos. Teoricamente, deveria ser um ambiente hermeticamente fechado…
só que os órgãos precisam passar por ele, concorda? É ai que temos o hiato que é um
buraco que permite a passagem dos órgãos. Quais são esses órgãos? URETRA. VAGINA E
RETO! BEXIGA NÃO!!!!! É como se fosse um coffee holder! Assim ó:
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
Os órgãos são os copinhos de café, e as fáscias e ligamentos são o troço de segurar
Captou a ideia?
Quais alternativas a gente pode descartar com essa revisão? isso mesmo! D e E. Vamos
estudar cada uma e apontar o erro (estarão de vermelho!):
f) Os órgãos que atravessam o hiato são: uretra, vagina, bexiga (bexiga NÃO!) e reto.
g) O diafragma pélvico, o diafragma urogenital e a fáscia endopélvica fazem parte do
sistema de suspensão (SUSTENTAÇÃO! Músculo sustenta!).
Agora vamos falar de EPIDEMIOLOGIA, ETIOPATOGENIA e FATORES DE RISCO…
→ Idade: pico mais frequente, 60-69 anos, que é justamente por conta da somatização de
vários fatores de risco ao longo dos anos.
→ Qualquer coisa que aumente a pressão intra-abdominal se torna um fator de risco e
possivel causa: obesidade, atividade física, DPOC – tosse, constipação, gravidez.
→ MULTIPARIDADE: tudo fica FROUXO embebido de progesterona!
→ Estado hormonal pós-menopausa - devido ao hipoestrogenismo que gera atrofias de
ligamentos e musculaturas
→ Partos vaginais: são fatores de risco por conta da progesterona, o aumento da pressão
intra-abdominal e porque o pirraia sai rasgando tudo (boa tarde a todos!) A cesariana pode
sim ser um tratamento profilático, assim como tratar os fatores predisponentes como:
obesidade, hipoestrogenismo e constipação crônica.
→ Não há prevalência entre as raças! Branca = negra
Quais alternativas a gente pode descartar com essa revisão? conseguimos descartar a A e
a C, e conseguimos marcar a letra B como verdadeira
Há um predomínio da raça branca sobre a raça negra (não há predomínio de raças), devido
a sua circunferência pélvica ser mais estreita
A cesária poderia ser considerado um tratamento profilático, mas, em contrapartida, essa
profilaxia perderia a força em caso de multiparidade VERDADEIRO!
A pós-menopausa é um fator protetor (de risco), devido a redução estrogênica, sendo a
produção de progesterona durante a fase reprodutiva um fator de risco
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
QUESTÃO 2: Sobre a paciente a seguir é correto afirmar que:
a) A paciente possui um prolapso de parede anterior, é histerectomizada, sem prolapso
de cúpula, provavelmente não teve correção da laceração.
b) A paciente possui um prolapso de parede posterior, não histerectomizada, não tem
prolapso de colo, e provavelmente a correção da laceração foi excessiva.
c) A paciente possui um prolapso de parede anterior, é histerectomizada, sem prolapso
de cúpula, provavelmente a correção da laceração foi excessiva.
d) A paciente possui um prolapso de parede posterior, histerectomizada, não tem
prolapso de cúpula, e provavelmente não teve correção da laceração.
e) A paciente possui um prolapso de parede posterior, não histerectomizada, não tem
prolapso de colo, e provavelmente não teve correção da laceração.
Bora lá. PRESTE MUUUUITA ATENÇÃO NESSA PARTE!
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
· Aa = ponto A da parede anterior; (+3 a -3)
· Ba = ponto B da parede anterior;
· C = colo do útero; (maior ponto de prolapso apical) ou cúpula
· D = fórnix posterior; fundo de saco de Douglas → Não presente em histerectomizadas
· Gh = hiato genital; MEDIDA FIXA - POSITIVA
· Pb = corpo perineal; MEDIDA FIXA - POSITIVA
· TVL = comprimento vaginal total; MEDIDA FIXA - POSITIVA
· Ap = ponto A da parede posterior; (-3 a +3)
· Bp = ponto B da parede posterior.
As medidas fixas são aquelas que não
precisam de valsalva porque não alteram
com a sua realização. Já as medidas
dinâmicas são aquelas que demandam
valsalva para sua medida e por isso variam
entre positivas e negativas. Tudo que estiver
dentro do intróito é negativo, tudo que tiver
fora do intróito é positivo. O nosso ponto
zero são as carúnculas himenais.
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Espaço para anotação de observações:
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Obs: hipertrofia de colo X prolapso de colo
D - C > 4 → hipertrofia de colo
D - C < 4 → prolapso
D-C menor ou igual a dois = NORMAL
Quando pegamos a medida do fundo de saco e subtraímos da medida do colo, vai dar um
valor que dependendo pode ser considerado hipertrofia o prolapso de colo.
Parapraticar…
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O que tem a paciente A?
_______________________________________________________________________
O que tem a paciente A?
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O que tem a paciente B?
___________________________________________________________________
Agora vamos falar de estadiamento!
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QUESTÃO 3 - Cláudia, 45 anos, apresenta queixa de “bola na vagina” há 2 anos.
Durante exame ginecológico foi observado prolapso genital. Seguindo a classificação
da Sociedade Internacional de Continência (POP-Q), foram anotados os seguintes
achados:
Marque a alternativa que contenha o estádio CORRETO do prolapso:
a) estádio I;
b) estádio II;
c) estádio IV;
d) estádio III;
Estágio 0: Não há prolapso; paciente NORMAL
- Aa/Ap/Ba/Bp -3 e
- C até ≤ CVT -2
Estágio 1: O ponto de maior prolapso está localizado acima do hímen (fica em -2) - Estágio
1 MENOR que 1!
Estágio 2: O ponto de maior prolapso está localizado entre +1cm e -1cm do hímen - Estágio
2 - 1+1 igual a 2
Estágio 3: O ponto de maior prolapso está localizado além de +1cm do hímen, porém a
diferença da CVT pro prolapso não deve ser mais que -2cm
Estágio 4: O ponto de maior prolapso está localizado além de +1cm do hímen, porém, a
diferença do prolapso pro CVT é mais que 2cm. - Inversão total da vagina
QUESTÃO 4 - Uma senhora está com 69 anos de idade, e teve 4 filhos, todos de parto
normal. Menopausou aos 43 anos e vem em consulta pois, há cerca de 4 anos, vem
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
notando uma sensação de bola na vagina, com piora nos últimos seis meses. Inativa
sexualmente há 7 anos. Refere já ter realizado cirurgia vaginal anteriormente (denominou
como plástica vaginal), há mais de 30 anos, pois tinha sensação de "vagina larga". Nega
perda urinária aos esforços. Ao exame físico, é evidenciado pelo Sistema de Quantificação
de Prolapso (POP-Q - Pelvic Organ Prolapse Quantification System) os seguintes achados
(em centímetros): Aa (ponto A da parede anterior): +2; Ba (ponto B da parede anterior): +5;
C (ponto C): +6; Ap (ponto A da parede posterior): -3; Bp (ponto B da parede posterior): -3;
D (ponto D): +3; HG (hiato genital): 2; CP (corpo perineal): 2; CVT (comprimento vaginal
total): 9. Diante dos dados apresentados, identifique a topografia desse prolapso.
a) Prolapso de parede vaginal anterior e posterior.
b) Prolapso uterino e prolapso de parede vaginal posterior.
c) Prolapso de parede vaginal anterior e prolapso uterino.
d) Prolapso de parede vaginal posterior, apenas.
QUESTÃO 5 - Uma senhora está com 69 anos de idade, e teve 4 filhos, todos de parto
normal. Menopausou aos 43 anos e vem em consulta pois, há cerca de 4 anos, vem
notando uma sensação de bola na vagina, com piora nos últimos seis meses. Inativa
sexualmente há 7 anos. Refere já ter realizado cirurgia vaginal anteriormente
(denominou como plástica vaginal), há mais de 30 anos, pois tinha sensação de
"vagina larga". Nega perda urinária aos esforços. Ao exame físico, é evidenciado pelo
Sistema de Quantificação de Prolapso (POP-Q - Pelvic Organ Prolapse Quantification
System) os seguintes achados (em centímetros): Aa (ponto A da parede anterior): +2;
Ba (ponto B da parede anterior): +5; C (ponto C): +6; Ap (ponto A da parede
posterior): -3; Bp (ponto B da parede posterior): -3; D (ponto D): +3; HG (hiato genital):
2; CP (corpo perineal): 2; CVT (comprimento vaginal total): 9. O estadiamento da
distopia genital do caso, de acordo com a classificação de POP-Q, é:
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
TEMA: INFERTILIDADE
QUESTÃO 1 - sobre o tema infertilidade, marque a alternativa correta:
A) o fator masculino corresponde a apenas 5% dos casos, sendo necessário excluir
inicialmente as causas femininas, sendo as tuboperitoneais as mais frequentes
B) Mulheres acima de 35 anos devem ser encaminhadas ao especialista após um ano
de tentativa com relações sexuais frequentes e desprotegidas
C) Mulheres com história de DIPA e de endometriose, principalmente se tiverem mais
de 35 anos devem buscar imediatamente o especialista de reprodução humana
D) A consulta deve ser a dois, afinal, o homem também deve ser investigado, e
diferentemente da mulher, a idade não interfere na fertilidade masculina
E) A varicocele é o principal fator de infertilidade masculina, sendo a disfunção
ovulatoria a principal causa feminina.
Revisão teórica sobre a questão: o fator masculino corresponde a 20% dos casos, por isso
a consulta deve ser a dois. Diferentemente de tudo aquilo que dizem nas redes, a idade
masculina é um ponto que interfere SIM na fertilidade. Não podemos esquecer, ainda, que a
varicocele está muito associada a infertilidade, sendo o principal fator de infertilidade
masculina. Essa varicocele precisa ser corrigida!
QUESTÃO 2: sobre a avaliação dos exames complementares na investigação de
infertilidade responda a alternativa correta.
A) No espermograma o tempo de abstinência deve ser de 8 dias e deve ser examinado
até 12h da coleta, devendo o primeira parte do ejaculado eliminada pela quantidade
de muco que prejudicaria a análise. Devendo ser repetido se alterado em 12
semanas.
B) Para avaliação da reserva ovariana, o melhor exame é a dosagem de hormônios
androgênicos. O hormônio antimuleriano (HAM) serve para avaliar a qualidade da
reserva, sendo indetectável na menopausa e pode ser dosado em qualquer dia do
ciclo menstrual. É excelente para análise de tratamento.
C) A histerossalpingografia avalia a cavidade uterina e principalmente a permeabilidade
e anatomia das tubas. Deve ser rastreada a clamídia e quando não é feita, é
realizada azitromicina de forma profilática previamente ao exame. Deve ser
realizada entre o sexto e décimo primeiro dias do ciclo menstrual.
D) A dosagem do FSH basal é importante na avaliação da reserva ovariana. O FSH
quando abaixo de 10 em mulheres acima de 35-45 anos indica mau prognóstico,
mas a dosagem não deve ser usada como única fonte para avaliar a reserva
ovariana.
ESPERMOGRAMA OU ANÁLISE SEMINAL: Média de 3 dias de abstinência (2 a 7). Não se
tem certeza do tempo ideal. O epidídimo armazena o equivalente a 3 ejaculações.
Examinado até 1h após a coleta. Não deve haver perdas principalmente da primeira parte
do ejaculado pois esta contem a maior concentração dos espermatozoides. Na abstinência
prolongada, há extravasamento de espermatozoides para a uretra, que são eliminados pela
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
urina. Não se recomenda relação sexual antecedendo a coleta pelo risco de contaminação
da amostra.
FATOR OVULATÓRIO: AVALIAÇÃO DA RESERVA OVARIANA: Há vários testes para
avaliar a RO mas não existe nenhum com elevada acurácia e todos têm limitações. Entre os
testes disponíveis o mais utilizado é o FSH BASAL
HORMÔNIO ANTIMÜLLERIANO (HAM): Melhor para dizer a qualidade daquela reserva.
Produzido pelas células da granulosa dos folículos pré-antrais e antrais precoce. Sua
dosagem tem se mostrado um dos marcadores mais promissores da reserva ovariana. FICA
INDETECTADO NA MENOPAUSA. Se faz no 3 ° dia do CM, mas pode ser dosado em
qualquer outro dia do CM. O HAM é considerado o melhor marcador isolado de predição do
resultado de tratamento, apresentando a melhor associação com o número de oócitos
coletados.
A dosagem da concentração sérica de FSH do 3° dia do CM, denominada basal, é um dos
marcadores mais amplamente utilizados na avaliação da reserva ovariana. Mulheres de 35
a 45 anos com FSH abaixo de 10pg/ml é bom preditor da RO. Já acima de 15 pg/ml,
significa má qualidade oocitária e taxas de gestação. Mulheres com 40 anos e níveis acima
de 20UI/l são preditivos de climatério. Não devem ser usados como única fonte para avaliar
a RO.
QUESTÃO 3: D.F.G, sexo feminino, 37 anos, portadora de SOP, com queixa de
infertilidade. Refere que está tentando há 3 anos, com relações regulares sem
contracepção. Seu maridoafirma ter varicocele e ela diz que possui DIPA prévia.
Sobre as opções de terapia para infertilidade para esse casal, assinale a alternativa
incorreta:
A) O marido deve passar por uma cirurgia para remoção da varicocele pois é o principal
fator causal masculino
B) Caso haja alteração da anatomia da tuba uterina, pode ser feita uma cirurgia
videolaparoscopica para restaurar a anatomia da paciente
C) Opções terapêuticas medicamentosas caso não hajam alterações anatômicas, são o
citrato de clomifeno e metformina
D) Na infertilidade sem causa aparente, a conduta é expectante, não devendo ser
realizado tratamento medicamentoso e pode partir direto para reprodução assistida.
INFERTILIDADE SEM CAUSA APARENTE: Conduta expectante, indução da ovulação com
Citrato de clomifeno 50mg ao dia por 5 dias a partir do 3° dia do ciclo menstrual e técnicas
de reprodução assistida
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
BLOCO 2 - NEOPLASIAS CERVICAIS E CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
TEMA: NEOPLASIAS CERVICAIS
ANATOMIA:
→ Endocérvice - epitélio colunar
→ Ectocérvice - epitélio escamoso (vulva, vagina e colo) - local principal do ca de
colo (epidermoide, escamoso ou CEC)
→ JEC - junção escamocolunar - perto dela aparecem as maiores alterações
→ Metaplasia escamosa - transformação do epitélio colunar em escamoso (pode
surgir cisto de naboth - glândula com orifício obstruído - indicativo de área de
metaplasia)
HPV
→ Mais oncogênicos: 16 (escamoso) e 18 (adenocarcinoma) - mas não
necessariamente vai desenvolver câncer
→ Condiloma acuminado: 6 e 11 (baixo potencial oncogênico)
→ Vacinas de VLPs - partic. semelhante ao vírus/ não é vírus vivo - (bivalente - 16 e
18; quadrivalente - 6,11, 16 e 18)
→ Esquema do MS: quadrivalente em 2 doses (0-6m) - meninas e meninos de
9-14a; HIV positivo de 9-26a com 3 doses (0-2-6m)
Condiloma acuminado - tratamento:
→ Cautério/laser - ideal nas lesões extensas
→ Ac. tricloroacético - ideal para lesões menores e pode usar em gestante (diferente
da podofilina) - o médico é quem deve aplicar; tem que voltar toda semana.
→ Imunomoduladores - uso domiciliar; tem uma resposta um pouco inferior do ácido,
demora mais.
CÂNCER DE COLO
Fatores de risco:
→ HPV é o principal, multiplos parceiros, sexo sem preservativo, ISTs prévias,
tabagismo, deficiencia de vitamina A
Anamnese e Exame físico
→ casos avançados: sintomas - dor, corrimento, sangue!!
→ Sintomatologia é TARDIA
Rastreio - colpocitologia
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
1) Quando colher?
2) Como colher?
3) Como conduzir?
1) Quando colher? 1,2, 3!
1x/ano, após 2 negativos, a cada 3 anos
- Entre 25 a 64 anos, após a sexarca
Situações especiais:
- Gestante: igual, desde que entre 25-69 - gestação é janela de oportunidade
- HIV: após sexarca; 6/6m no 1º ano; se 2 normais, anualmente desde que CD4 alto;
Se CD4 < 200 manter 6/6m até subir
- Virgem: não colher
- Histerectomizada (total): parar após histerectomia por doença benigna sem história
de lesão de alto grau; a parcial é conduzida como todas as outras mulheres.
2) Como colher? coletas ectocervical e endocervical; precisa pegar JEC
3) Como conduzir?
- LIEBG (LSIL) - Lesão intraepitelial de baixo grau (antes chamado NICI,
quando ainda era usado para colpocitologia, hoje é usado apenas para
histopatológico) - repete; se maior que 25 anos em 6m; se menor que 25
anos em 3a; Se na repetição der o mesmo resultado encaminho para a
colpo, se normal repito novamente com 6m e retorno ao acompanhamento
de rotina.
- ASC-US - atipia celular de significado indeterminado; repetir; se maior que 30
anos com 6m; se entre 25-29 anos com 12m e se abaixo de 25 anos com 3a.
Se na repetição der o mesmo resultado encaminho para a colpo, se normal
repito novamente com 6m e retorno ao acompanhamento de rotina.
- ASC-H - atipia que eu não posso excluir malignidade; colposcopia
- AGC (ASGUS) - atipia glandular - colposcopia, avaliar canal e endométrio
(se a mulher tem mais de 35 anos avaliar endométrio)
- LIEAG (HSIL) - lesão intraepitelial de alto grau (antigos NICII e NICIII) -
colposcopia
- AOI - atipia de origem indefinida - colpo
- HIV positivo c/ LIEBG ou ASCUS - colpo
- Se parece câncer - colpo
Colposcopia + biópsia → diagnóstico histopatológico
- Ácido acético - atividade proteica - acetobranco → biópsia
- Teste de Schiller com LUGOL - glicogênio - iodo negativo (= schiller positivo) - área
que tem mal funcionamento celular → biópsia.
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
- NA GESTANTE: só fazemos biópsia só na suspeita de invasão pelas diferenças
anatômicas da gestação.
- Achado mais suspeito de invasão - VASOS ATÍPICOS!!
- Se for insatisfatória = sem JEC? abrir mais o espéculo/ espéculo endocervical/
estrogênio tópico
- Como avaliar o canal (ex: AGC)? escovado endocervical (entra um pouco mais)
/curetagem cervical
- Histologia → lesões intraepiteliais (NIC) e câncer cervical
Tratamento
Na biópsia - é incisional e guiada pela colpo
NIC 1 → 100% ectocervical e visível; baixo grau; após biópsia geralmente há
regressão; rastreia de 6-6m por 2 anos, se normal anual.
NIC2 → Tem componente endocervical, mas 100% visível; alto grau; excisão
com CONE CAF; Rastreia de 6-6m por 2 anos, se normal anual.
NIC 3 → Tem componente endocervical, mas NÃO é 100% visível; alto grau;
CONE; controle de 6-6m por 2 anos se normal anual; Se já com outras
patologias e não adesão ao tratamento → HISTEREC
→ Câncer cervical - propagação por continuidade
Tipos de histerectomia → Classe 1 (corpo+cérvice); Classe 2 (extra-facial → classe
1 + parte dos paramétrios e útero-sacro + terço sup da vagina + linfadenec pélvica e
paraórtica); Classe 3 (Meigs → classe 2 + todo o paramétrio + linfadenectomia do
ilíaco interno, externo, comuns, obturadores
Estadiamento → é clínico!!!!!!
Estadio 0 → NIC 3 → conização
Estadio I → RESTRITO AO COLO
● IA - invasão < 5mm e extensão < 7mm
- IA1 - invasão/profundidade < 3mm e extensão < 7mm → Histerec
classe 1 ou conização (desejo de gravidez)
- IA2 - invasão/profundidade entre 3-5 mm e extensão < 7mm →
Histerec classe 2 ou traqueletomia+linfadec (se desejo de engravidar)
→ posso solicitar a radio + braquiterapia (se invasão linfática) e
quimio
● IB - visível - só posso ter um bb até 1B1
SUPER REVISÃO GINECO - Marina Paiva
- IB1 - tumor visível <2cm em seu maior diâmetro → Histerec 3 (Meigs)
ou traquelectomia + linfadenec (se desejo de engravidar) → radio
+braqui (para invasão vascular e linfatica) e quimio
- IB2 - tumor visível - maior ou igual a 2 e menor do que 4cm em seu
maior diâmetro → Histerec 3 (Meigs) ou QT → radio + braqui
- IB3 - Lesões maiores ou iguais a 4
Estadio II → INVADE CORPO UTERINO (só faço cirurgia até aqui)
● IIA - ⅔ superiores da vagina. Não há a invasão parametrial
- IIA1: Tumor visível < ou igual a 4cm em seu maior diâmetro →
Histerec 3 (Meigs) ou qt → radio + braquiterapia
- IIA2: Tumor visível > 4cm em seu maior diâmetro →Histerec 3 (meigs)
ou QT → RT + Braqui
● IIB - tumor com invasão parametrial sem parede pélvica- QT + RT + braqui
Estadio III → PAREDE PÉLVICA e/ou TERÇO INF VAGINA e/ou RIM
(hidronefrose, rim não funcional) e/ou envolvimento dos para-aorticos - QT +
RT + Braqui
● IIIA - invade ⅓ inferior da vagina sem extensão à rede pélvica
● IIIB - Extensão à parede pélvica e/ou hidronefrose ou rim não funcionante
● IIIC - envolvimento dos linfonodos pélvicos (IIIC1) e para-aorticos (IIIC2)
Estadio IV → ALÉM DA PELVE: BEXIGA, RETO
● IVA - órgãos adjacentes - QT + RT + Braqui
● IVB - órgãos à distância - QT + controle sintomático; RT se complicações
Seguimento: trimestral no 1º ano; semestral do segundo ao quinto; anual depois
QUESTÃO 1: Comparando-se a citologia cérvico vaginal (Papanicolau) com o teste de
HPV para o rastreamento do câncer do colo do útero, observa-se que:
A) A citologia tem baixa sensibilidade e baixa especificidade.
B) O teste de HPV tem alta sensibilidade e baixa especificidade.
C) A citologia e o teste de HPV têm baixa sensibilidade e baixa especificidade.
SUPER REVISÃO GINECO - Marina PaivaD) O teste de HPV tem baixa sensibilidade e alta especificidade.
QUESTÃO 2: O início mais tardio de rastreamento do câncer de colo uterino proposto
pelo Ministério da Saúde em 2010 está fundamentado nos seguintes dados
epidemiológicos:
I - Baixa incidência de infecção pelo HPV em mulheres jovens.
II - Baixas taxas de câncer de colo uterino em mulheres com menos de 25 anos de idade.
III - Altas taxas de resolução espontânea de lesões cervicais HPV induzidas em mulheres
jovens.
Quais estão corretos?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
QUESTÃO 3: Quanto ao rastreio do Câncer de Colo de Útero, é incorreto afirmar:
A) Mulheres histerectomizadas, mesmo com exames anteriores normais, devem fazer o
rastreamento de forma regular.
B) Mulheres virgens estão excluídas do rastreio.
C) As mulheres com imunossupressão devem realizar o exame após o início da
atividade sexual, semestralmente no primeiro ano, e no caso de resultados normais,
manter o seguimento anual.
D) Caso a mulher apresente CD4 < 200 céls./mm3 , o rastreio preconizado é semestral.
E) O objetivo do rastreamento do câncer de colo uterino é identificar todas as mulheres
de risco com lesões cervicais pré-invasivas, as quais, se não tratadas
precocemente, podem levar ao câncer invasor.
QUESTÃO 4: Entre os tipos de cânceres que acomete a mulher, o terceiro mais
frequente é o câncer de colo de útero, e o tipo mais comum é o carcinoma escamoso
ou espinocelular. Qual a via de propagação mais frequente dessa neoplasia?
a) linfática.
b) Por contiguidade.
c) Venosa.
d) Arterial.
QUESTÃO 5: Uma mulher de 30 anos de idade, G1P1, compareceu à unidade básica
de saúde, para realização do exame citopatológico, sem queixas. Na ocasião, o
exame ginecológico foi normal. A coleta da citologia oncótica, que mostrou o
seguinte resultado: células glandulares atípicas de significado indeterminado (AGC),
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possivelmente não neoplásicas. O exame anterior, realizado havia 3 anos, não
apresentava anormalidades. Nesse caso, a conduta adequada é:
A) Realizar colposcopia.
B) Manter colpocitologia anual.
C) Fazer exérese da zona de transformação.
D) Repetir colpocitologia em exame em 6 meses.
QUESTÃO 6: Mulher de 33 anos tem um esfregaço de Papanicolau mostrando
neoplasia intra-epitelial escamosa de alto grau. Qual dos seguintes é o melhor
próximo passo?
A) Repetir o esfregaço de Papanicolau em 3 meses
B) Conização da cérvice
C) Biopsia dirigida pela colposcopia
D) Biopsia dirigida pela colposcopia
E) Histerectomia radical
F) Tomografia computadorizada do abdômen e da pelve
QUESTÃO 7: Uma mulher de 35 anos de idade, tabagista, assintomática, retorna à
Unidade Básica de Saúde para apresentar exame citopatológico de colo uterino. O
resultado indica lesão intraepitelial escamosa de baixo grau. Considerando que, na
maioria das vezes, a infecção é pelo HPV, conclui-se corretamente que se trata de
infecção
A) com potencial oncogênico, devendo-se realizar coloposcopia imediatamente.
B) benigna, comum na faixa etária da paciente, devendo-se realizar eletro ou
quimiocauterização do colo.
C) com espontâneo regresso na maioria dos casos, devendo-se repetir a citologia em
seis meses.
D) com potencial oncogênico, devendo-se solicitar o teste de DNA-HPV para identificar
subtipos específicos.
QUESTÃO 8: Mulher de 40 anos, casada, G3PN3, retorna após cirurgia de alta
frequência para resultado do histopatológico da peça: carcinoma escamoso com
invasão estromal de 5mm. Nega queixas clínicas e não apresenta comorbidades. Qual
a melhor conduta terapêutica a seguir?
A) Conização a frio com margens amplas
B) Traquelectomia radical com linfadenectomia pélvica.
C) Radioterapia neoadjuvante e quimioterapia com cisplatina.]
D) Histerectomia radical modificada e linfadenectomia pélvica.
QUESTÃO 9: Se uma paciente grávida de 31 semanas tem exame citopatológico
sugestivo de L-SIL, qual a melhor conduta a seguir?
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A) Ser abordada como as demais mulheres.
B) Realizar biópsia da lesão.
C) Interromper a gestação com 37 semanas.
D) Usar ácido fólico.
E) Ser conizada.
QUESTÃO 10: Mulher de 50 anos traz resultado de biópsia de colo uterino para o
ginecologista: carcinoma de células escamosas com invasão do estroma de 4mm em
profundidade e de 3mm em largura. Após exame físico, o médico notou ausência de
lesões em vagina e uterossacros, além de exames de imagem ultrassonográficas
normais. Assinale a assertiva correta quanto a melhor conduta perante este quadro
clínico.
A) Histerectomia radical com linfadenectomia pélvica laparoscópicas.
B) Histerectomia radical modificada laparotômica e posterior quimiorradiação.
C) Radioterapia e quimioterapia neoadjuvantes para melhorar performance cirúrgica.
D) Laparotomia exploradora inicialmente para estadiamento do Câncer de colo uterino
e histerectomia total ampliada se restrito ao colo uterino.
QUESTÃO 11: Paciente com 28 anos apresentando citologia classe III de colo uterino
com células escamosas atípicas sugerindo lesão de alto grau, foi submetida a
colposcopia com epitélio acetobranco periorificial e biópsia que confirmou Neoplasia
Intra-epitelial de Alto Grau. Qual a conduta indicada para essa paciente?
a) Cauterização elétrica com margem de segurança.
b) Conização do colo do útero.
c) Cauterização com Ácido Tricloroacético.
d) Histerectomia Total Abdominal.
e) Criocauterização.
TEMA: CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
QUESTÃO 1: Cada um dos seguintes é um fator de risco para câncer endometrial,
exceto:
a) Nuliparidade
b) Obesidade
c) Diabete mellitus
d) Uso de contraceptivo oral
e) Hipertensão
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O tipo I é mais responsivo ao estrogênio. O tipo II é mais raro e mais agressivo. G = grau de
diferenciação. Quanto mais mal diferenciado, mais agressivo. Quanto mais diferenciado,
menos agressivo. O tipo I (G1) é mais diferenciado e o tipo II (G3) é mal diferenciado.
Fatores de risco: Obesas (principal fator! produz muita estrona periférica sem
progesterona para proteger), nulípara, raça branca, mais velha (> 60 anos), anovulação
crônica, menacme longo, DM, HAS (controverso), sd de lynch II, hiperplasia atípica
(precursora), uso de tamoxifeno ( Tem ação que diminui o estrogênio na mama, MAS
potencializa o estrogênio no endométrio), uso de TRH.
É um câncer hormônio-dependente
Fatores de proteção: multiparidade, tabagismo, usuária de progesterona (isolado, ACO).
QUESTÃO 2: T.C.A.F., 54 anos, procura atendimento médico no ambulatório de
ginecologia por apresentar, há três meses, sangramento vaginal esporádico em
pequena quantidade. A paciente faz uso de terapia hormonal (TH) combinada com
estrogênio e progesterona, transdérmica, há 3 anos. Apresenta ultrassonografia
transvaginal (USG) recente, que mostra endométrio homogêneo com 12 mm de
espessura e miométrio sem anormalidades. Diante desse caso, a conduta a ser
tomada pelo ginecologista será
A) Aumentar a dose da progesterona.
B) Aumentar a dose do estrogênio.
C) Realizar biópsia do endométrio.
D) Trocar a via de administração da TH.
O principal sintoma é o sangramento uterino pós-menopausa, que pode acontecer por três
causas principais: a primeira é a atrofia, depois por TRH e depois pelo câncer de
endométrio.
USG – ECO ENDOMETRIAL ALTERADO (importante!):
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- Menacme: eco endometrial acima de 14 mm
- Menopausa: eco endometrial acima de 5 mm
- TRH: eco endometrial acima de 8 mm
HISTEROSCOPIA COM BIÓPSIA: Melhor para fazer biópsia. Sendo o principal diagnóstico
histológico o Endometrioide (tipo 1 – maioria). A via de disseminação mais comum é por
contiguidade.
QUESTÃO 3: Paciente de 61 anos de idade, obesa, em amenorréia há 10 anos, com
queixa de sangramento vaginal há 3 meses. Nega uso de tratamento hormonal.
História clínica e exames clínicos e ginecológico sem outras anormalidades. Citologia
oncótica cervical sem alterações. Ultrassonografia Transvaginal mostrando eco
endometrial com espessura de 14mm. Qualé a conduta MAIS APROPRIADA para
essa paciente?
A) Colposcopia com biópsia do colo uterino
B) Dosagem de FSH, LH e estradiol
C) Histeroscopia com biópsia de endométrio
D) Iniciar reposição hormonal com estrogênio
QUESTÃO 4: Uma mulher de 35 anos de idade, com IMC 32 e diabetes mellitus tipo II,
refere ciclos menstruais irregulares, com padrão espaniomenorreico há quatro anos.
Nuligesta, tenta engravidar há dois anos, sem sucesso. Realizou ultrassonografia
transvaginal, que evidenciou espessamento endometrial, sendo submetida à biópsia
de endométrio, cujo resultado foi neoplasia intraepitelial endometrial. Com base
nessa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta o tratamento de
primeira linha.
A) Controle dos fatores de risco e progesterona micronizada 200 mcg/dia, via vaginal,
de uso contínuo.
B) Controle dos fatores de risco e acetato de megestrol 200 mg/dia, via oral, de uso
contínuo.
C) Controle dos fatores de risco e sistema intrauterino liberador de levonorgestrel.
D) Ablação endometrial.
E) Histerectomia total, com ou sem salpingooforectomia bilateral.
Então, em casos de hiperplasias com atipias e neoplasias intraepiteliais:
HIPERPLASIA SEM ATIPIA: fazer progestágenos de 3-4 meses e depois faz biópsia.
Histerectomia – situações especiais, quando não responde a progesterona.
HIPERPLASIA COM ATIPIA:
- Histerectomia – mais apropriado.
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- Progestogênio – situações especiais
Grau de diferenciação histológica:
- Grau 1: bem diferenciado - grau de atipia até 5%
- Grau 2: moderadamente diferenciado - até 50%
- Grau 3: indiferenciado - grau de atipia maior que 50%
QUESTÃO 5: Mulher de 58 anos, G0P0, apresenta sangramento pós-menopausa
recorrente há 7 meses. USGTV: espessura endometrial 16 mm. Biópsia de endométrio
à Pipelle: adenocarcinoma de endométrio do tipo endometrioide, bem diferenciado
grau I. RNM: envolvimento de menos de 50% do miométrio. A conduta inicial é
a) Histerectomia total intrafascial e salpingooforectomia bilateral.
b) Histerectomia total ampliada e linfadenectomia pélvica e paraórtica.
c) Histerectomia total intrafascial e oomentectomia.
d) Histerectomia total ampliada e salpingooforectomia bilateral.
A principal causa desse tipo de sangramento é atrofia genital, mas é preciso investigar para
descartar neoplasias e hiperplasias endometriais. Se a paciente não fez uso de terapia
hormonal, o critério de normalidade na espessura endometrial é até 4-5mm. Como a
paciente apresenta um espessamento endometrial, é preciso realizar a biópsia a partir da
histeroscopia. O adenocarcinoma de endométrio do tipo endometrioide é o que possui
melhor prognóstico. Como possui acometimento de menos de 50% do endométrio, está no
estaiamento IA. O tratamento padrão é a histerectomia total com salpingooforectomia
bilateral. Se acometesse mais que 50% do endométrio, é preciso realizar a linfadenectomia
e oomentectomia, por exemplo. A histerectomia total ampliada também pode ser
necessária, mas em estadiamentos mais avançados. A histerectomia total ampliada
Wertheim-Meigs (WM) consiste na retirada do útero com os seus ligamentos de
soporte (paramétrio), trompas, ovários, e 1/3 da parte superior da vagina.
Tratamento
- Hiperplasia endometrial
● Benigna ou sem atipia - PROGESTERONA é o preferencial - com 6m fazer
revisão higroscópica
● Neoplasia intraepitelial ou atípica - grande precursora do ca de endométrio -
HTT é o preferencial! Não precisa tirar anexo, não precisa tirar ovário. Numa
exceção, se o risco cirúrgico é grande, posso fazer a progesterona e ir
fazendo biópsias.
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QUESTÃO 6: “NÃO é considerado um procedimento padrão para o estadiamento cirúrgico
do câncer do endométrio, segundo as recomendações da FIGO:"
A) Histerectomia extrafascial.
B) Salpingo-ooforectomia bilateral.
C) Dissecção dos linfonodos pélvicos.
D) Biópsia de goteiras parieto-cólicas e omento.
E) Dissecção dos linfonodos para-aórticos.
Sabemos que o câncer de endométrio tem seu estadiamento sendo cirúrgico, portanto
antes da cirurgia não se define com certeza. Assim, sabemos o padrão de estadiamento:
Lavado peritoneal + explorar as estruturas abdominais + histerectomia total extrafascial +
salpingo-ooforectomia bilateral + linfadenectomia pélvica/paraaórtica.
Estadiamento
I - limitado ao corpo uterino
IA - invade a metade INTERNA do miométrio
IB - invade a metade EXTERNA do miométrio
II - invade ESTROMA CERVICAL até o colo - não tem invasão extrauterina
IIIA - invasão da SEROSA uterina e/ou ANEXOS
IIIB - envolve VAGINA e/ou PARAMÉTRIOS
IIIC - Linfonodos pélvicos (IIIC1) e para-aorticos (IIIC2)
IVA - Tumor invade BEXIGA e INTESTINO
IVB - Metástase à distância
Eu me recuso decorar isso na graduação então vou simplificar → IA (g1 ou g2) faz PAN e
não RT; IA (g3) e IB → PAN + braqui + RT localizada (se IB G2 maior que 2cm ou g3 - faz
RT externa pélvica também); II → Piver 3 + linfadenectomia + braqui + RT externa pélvica;
III → PAN + linfadenec + máxima redução tumoral + braqui + RT externa pélvica; IV → PAN
+ linfadenec + redução tumoral + individualizar QT e RT
OBS:
· PAN-HTA: tira útero, anexos e ovários
· Braquiterapia: tipo de RT diretamente na cúpula vaginal.
BLOCO 3 - CÂNCER DE MAMA E CÂNCER DE OVÁRIO
TEMA: CÂNCER DE MAMA
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QUESTÃO 1: Em relação às neoplasias de mama, assinale a alternativa correta.
A) Os fatores de risco para neoplasias de mama são a menarca e menopausa precoces
e multiparidade.
B) Pacientes com neoplasia de ovário com doença residual se beneficiam da
mastectomia bilateral profilática.
C) História familiar de câncer de mama não representa sinônimo de herança de
mutação de BRCA1 e BRCA2.
D) Pacientes com mutação de BRCA1 e BRCA2 que nunca tiveram câncer se
beneficiam de quimioprevenção com tamoxifeno.
E) O gene BRCA1 está envolvido no desenvolvimento do câncer, pois sua atividade
inativa a regulação do ciclo celular da glândula mamária.
Revisão da primeira questão:
O que é o câncer de mama? é a proliferação maligna das células epiteliais que margeiam
os ductos ou os lobos. Ela pode ser Hereditária, quando associada a mutações genéticas
(PRINCIPALMENTE BRCA1, BRCA2) e pode ser adquirida por exposição ambiental e
fisiológica, que é a maioria (os casos esporádicos chegam a 80%!!!). Ele é o câncer mais
comum depois do de pele não melanoma. É raro antes dos 35 e tem maior incidência após
os 50 anos. Por isso o rastreio, segundo o ministério da saúde, começa aos 50 anos (vai até
os 69 sendo BIANUAL. Já segundo a SBM ele deve começar aos 40 sendo ANUAL).
Uma coisa que a gente precisa entender é a formação e desenvolvimento desse câncer. Ele
trabalha por duas frentes: a inativação de genes supressores tumorais e ativação de proto
oncogenes que vão favorecer a formação desse câncer. A evolução ocorre da seguinte
forma:
Epitélio normal → Hiperplasia epitelial típica → Hiperplasia epitelial atípica → Carcinoma
intraductal ou intralobular (in situ) → Carcinoma invasor
Uma observação importante é que a mama da mulher só se modifica quando ela engravida
(tipo 3), e é justamente essa modificação que será um fator protetor. Células imaturas (tipo
1 e 2) são mais suscetíveis a mutações; células maduras (tipo 3) são mais resistentes às
mutações.
QUESTÃO 2: Mulher de 35 anos fez estudo genético que detectou mutação no gene
BRCA-1. Com isso, ela deve ser orientada em relação ao aumento de risco para
câncer de:
A) mama e ovário
B) intestino e ovário
C) mama e endométrio
D) intestino e endométrio
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Existe uma associação entre mutação no gene BRCA e entre câncer de mama e câncer de
ovário. Só retiramos a mama bilateral em caso de paciente com neoplasia de ovário SE for
comprovada a mutação.
E quais são os fatores de risco?
- Sexo feminino
- Idade avançada (50%, 50 aos 64 anos)
- Menarca precoce (antes de 12 anos) e menopausa tardia – maior ação estrogênica
- Nuliparidade e primoparidade idosa (após 30 anos).
- Dieta rica emgordura / Obesidade (maior exposição ao estrogênio)
- TRH (maior exposição ao estrogênio)
- Anticoncepcional – não é contraindicado em pacientes com histórico familiar.
Contraindicados em pacientes que possuem mutações genéticas.
- Histórico pessoal e familiar de câncer de mama e outros
- BRCA1 e BRCA2
- Lesão de risco (hipertrofia de células ductais)
- Hábitos de vida (álcool, sedentarismo, obesidade)
Obs: o BRCA está relacionado à ativação do ciclo celular da glândula mamária.
QUESTÃO 3: o autoexame deve ser realizado de preferência após a menstruação e
deve ser feita a inspeção estática e dinâmica das mamas, sendo fundamental para o
rastreio do câncer. Verdadeiro ou falso?
A primeira coisa que vamos falar é sobre rastreio. Como se dá o rastreio da CA de mama?
Primeiramente, o que é rastreio? Rastreio vai ser detecção do câncer antes dos sintomas. E
para a gente rastrear um câncer na população a gente precisa de 3 coisas: a primeira é que
ele seja prevalente, a segunda é que seu rastreio seja BARATO e a terceira é que ele tenha
uma fase pré-clínica grande! Isso tudo existe no CA de mama e a gente faz o rastreio
através da MAMOGRAFIA. O autoexame não é utilizado para rastreio porque quando a
mulher detecta algo no autoexame, o câncer já está avançado, por isso o autoexame jamais
poderá substituir a mamografia, apesar dele também ser importante para que as mulheres
procurem um médico assim que notarem algum tipo de alteração.
QUESTÃO 4: Paciente com 50 anos, assintomática, com exame físico normal, faz
sua primeira mamografia bilateral que mostra um nódulo de 10 mm em quadrante
lateral superior da mama esquerda. Realizou então uma ultrassonografia mamária
que mostrou tratar-se de um cisto de paredes finas e conteúdo anecóico com
reforço acústico posterior. Qual a melhor conduta a ser adotada?
A) Mamografia e ultrassonografia de controle anual.
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B) Exérese do nódulo.
C) Core biópsia guiada por ultrassonografia.
D) Ressonância nuclear magnética.
Agora a gente vai falar sobre achados BENIGNOS:
No exame físico:
- Móvel, consistência fibroelástica: benigno
- Endurecido, lobulado, contornos irregulares, consistência fixa: maligno
- Derrame papilar
Lácteo → hiperprolactinemia, galactorreia (avaliar betaHCG e TSH;
medicamentosa antagonistas dopaminérgicos, prolactinoma; lesões torácicas
como herpes ou queimaduras) → Saída de leite bilateral, multiductal, fora do
ciclo gravídico puerperal.
Multicolor → verde/amarelo/marrom → AFBM e Ectasia ductal
Sanguíneo/serossanguíneo → maior causa é papiloma intraductal; pode ser
cancer; preciso investigar.
Quando investigar derrame papilar? espontâneo, uniductal, unilateral, água de rocha ou
sanguinolento → RESSECA DUCTO!!!! A citologia negativa não exclui diagnóstico, por isso
já ressecamos direto. Geralmente é papiloma intraductal ou carcinoma intraductal
No USG:
- Quando arredondados ou ovalados
- densidade - mais relacionada a nódulos anecóicos e hipoecóicos.
- largura > altura (benignidade)
- reforço acústico posterior (ondas passam pela tumoração e refletem atrás do nódulo
– mais relacionado a nódulos anecóicos e hipoecóicos - benignidade).
Obs: a sombra acústica fala mais a favor da malignidade. Porque a sombra tá relacionada
a uma maior densidade (hiperecóico)
- sombra lateral (benignidade)
Agora vamos falar sobre o famigerado BIRADS
BI-RADS 0: MMG inconclusiva (ex: densa) → conduta: USG ou RNM (me diz um total de
ZERO coisas! Vou ter que fazer outro exame pra descobrir!)
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BI-RADS 1: nenhuma alteração - mamas normais! → conduta: repetir de acordo com a
idade.
BI-RADS 2: alterações benignas → conduta: repetir de acordo com a idade
BI-RADS 3: alterações provavelmente benignas → conduta: repetir em 6m
BI-RADS 4: provavelmente maligna/suspeita → conduta: biópsia
BI-RADS 5: Alta suspeição de malignidade → conduta: biópsia
Obs: formato espiculado, microcalcificações pleomórficas agrupadas sugerem malignidade.
BI-RADS 6: pós-diagnóstico/diagnóstico prévio. Maligno.
Dica: na mama, a bilateralidade é um sinal positivo! Geralmente significa benignidade
Histopatológico:
- Core biopsy (punção por agulha grossa; mais barata; mais fácil; menos
complicações; tem que disparar várias vezes para conseguir amostra melhor →
usamos em nódulos palpáveis) e mamotomia (é mais grossa; uma só furada). → são
métodos ambulatoriais. Existe a possibilidade de falso-negativo
- Biópsia cirúrgica → é o padrão outro; pode ser incisional (retira parte do tumor no
caso de lesões maiores) ou excisional (retira todo tumor; lesões menores)
QUESTÃO 5: Uma mulher de 52 anos foi avaliada pelo ginecologista que detectou ao
exame clínico das mamas um nódulo de consistência endurecida em mama esquerda.
O ultrassom (US) de mamas e a mamografia (MG) evidenciaram nódulo sólido com
margens não circunscritas e de suspeição moderada de malignidade. Diante de um
nódulo categoria BIRADS 4B e biópsia de fragmento (core-biopsy) com laudo
histológico de benignidade, qual a melhor conduta?
a) Seguimento semestral com exame clínico e US mamas por 2 a 3 anos, até
estabilidade da área nodular.
b) Solicitar nova biópsia de fragmento e caso confirme a benignidade realizar
seguimento anual com MG e US mamas.
c) Avaliação bienal com MG e US mamas, de acordo com as recomendações
sugeridas pelo Ministério da Saúde.
d) Exérese cirúrgica do nódulo de mama por tratar-se de nódulo suspeito de
malignidade aos exames clínico e de imagem.
QUESTÃO 6: Em uma mamografia classificada como categoria 3 (BI-RADS), qual a
conduta a ser seguida?
a) Controle anual.
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b) Biópsia cirúrgica
c) Controle trimestral.
d) Controle semestral.
e) Biópsia percutânea.
QUESTÃO 7: Paciente menopausada, 60 anos, G3P3, casada, procura a Unidade de
Saúde da Família após ter sentindo um ""caroço em mama esquerda"". Faz uso
contínuo de terapia de reposição hormonal combinada- estrogênio e progesterona.
Quando interrogada sobre os exames anuais da mama, afirma nunca ter realizado
mamografia. Ao exame físico, o médico da unidade palpa um nódulo na referida
mama, bem delimitado, de 4cm, móvel e indolor no quadrante superior lateral; mama
direita sem alterações. A conduta correta é:
A) Trocar a reposição hormonal por isoflavona e realizar ultrassonografia da mama.
B) Trocar a reposição hormonal por isoflavona e realizar biópsia excisional.
C) Suspender a reposição hormonal e realizar ultrassonografia da mama.
D) Suspender a reposição hormonal e realizar biópsia excisional.
→ Tratamento de lesões malignas
CARCINOMA IN SITU: cirurgia conservadora (quadrantectomia ou segmentectomia), sem
abordagem axilar. Radioterapia
TUMOR INFILTRANTE:
- Cirurgia Conservadora: tumor < 20% da mama (quadrantectomia ou
segmentectomia)
- Mastectomia: tumor > 20% da mama ou multicêntrico
- Quimioterapia (todos infiltrativos)
- Radioterapia: tumor >4cm, acometimento axilar
- Abordagem axilar: se linfonodo sentinela negativo não faz esvaziamento; se
linfonodo sentinela positivo: esvaziamento.
Atenção: ter cuidado com o nervo de Bell na abordagem axilar (escápula alada)
TIPO DE ABORDAGEM CIRÚRGICA
- Mastectomia simples: retirada da mama sem esvaziamento axilar
- Maddey : retirada da mama e esvaziamento axilar
- Patey: retirada da mama, peitoral menor, esvaziamento axilar
- Halsted: retirada da mama, peitoral maior, peitoral menor e esvaziamento axilar.
Muito agressiva.
HORMONIOTERAPIA
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- SERMS (tamoxifeno): minimiza ação estrogênica mamária → ter cuidado com
endométrio!!
- Inibidores da aromatase: minimiza ação estrogênica mamária.
O que é linfonodo sentinela? injeta na área do tumor radioisótopos ou corante no início da
cirurgia para no final avaliar. Se no final o linfonodo sentinela (que é o primeiro linfonodo a
drenar a região tumoral) tiver negativo eu não preciso esvaziar toda a axila, ou seja, evita
dissecção axilar radical. Se positivo eu faço esvaziamento radical. Se clinicamenteeu palpo
linfonodo com característica ruim, não faço linfonodo sentinela, já faço o esvaziamento.
Quimioterapia adjuvante
● Tumores > 1cm
● Linfonodo positivo
● Expressão do HER2 (mais fácil em pacientes mais jovens)
● Receptor hormonal negativo
QT neoadjuvante
● antes da cirurgia para reduzir o tumor que é localmente avançado (carcinoma
inflamatório)
Radioterapia adjuvante
● Cirurgia conservadora
● Tumores > 4cm
Hormonioterapia - indicações:
● receptor estrogênio-positivo - usar tamoxifeno ou inibidores de aromatase por 5 anos
Terapia alvo dirigida
● menos efeito adverso que a quimio
● TRASTUZUMABE → para pacientes que superexpressam HER2 (relação com pior
prognóstico e agressividade).
QUESTÃO 8: Mulher de 51 anos, data da última menstruação há dois anos, apresenta
sintomatologia climatérica intensa, sendo candidata à terapia hormonal (TH). Nega
doença cardiovascular ou tromboembólica. Exames complementares:
ultrassonografia transvaginal com eco endometrial de 4 mm, mamografia BI-RADS 2 e
densitometria óssea com osteopenia em coluna lombar. Diante do exposto, deve-se
associar o progestagênio ao estrogênio na TH para:
A) Prevenir a hiperplasia e o câncer de endométrio.
B) Reduzir a incidência do câncer de mama.
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C) Atenuar a perda de massa óssea.
D) Preservar o trofismo urogenital.
TEMA: CÂNCER DE OVÁRIO
Aprendendo com verdadeiro ou falso:
QUESTÃO 1: Assinale verdadeiro ou falso de acordo com os tumores de ovário
1. ( ) na idade reprodutiva os tumores mais frequentes são os neoplásicos
2. ( ) o rastreio com ressonância permite com que esses cânceres sejam detectados
precocemente
3. ( ) não há lesão precursora de câncer de ovário.
4. ( ) Muitas vezes o primeiro sintoma é o aumento do volume abdominal por conta da
ascite
5. ( ) é unilateral na maioria das vezes
Resposta:
1. F - os mais frequentes são os tumores não neoplásicos na idade reprodutiva
2. F - o rastreio com ressonância é um rastreio caro. Não se faz rastreio de câncer de
ovário, ou menor dizendo, não existe método eficaz para isso e, por isso, os tumores
dão descobertos mais tardiamente, já em fases avançadas.
3. V
4. V
5. F- diferente do câncer de mama no qual bilateralidade é prognóstico de benignidade,
no câncer de ovário, normalmente a bilateralidade está presente.
QUESTÃO 2: Marque a alternativa INCORRETA sobre tumores de ovário:
a) Entre as nulíparas, aquelas com história de infertilidade apresentam risco ainda mais
alto de câncer de ovário.
b) O uso em longo prazo de contraceptivos orais combinados reduz em 50% o risco de
câncer de ovário.
c) Tumores malignos são multiloculados, sólidos ou ecogênicos e volumosos e
apresentam septo espesso com áreas nodulares.
d) A acurácia da TC é baixa para diferenciação entre massa ovariana benigna e tumor
maligno nas pacientes em que a doença esteja limitada à pelve.
e) Os carcinomas de células transicionais são os mais frequentemente associados à
endometriose.
A nuliparidade é um fator de risco conhecido e importante aumentando o risco de câncer de
ovário em pelo menos 2x! A pacientes inférteis também possuem maior risco para tumor de
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ovário devido a fatores relacionados ao ovário e não as drogas utilizadas para indução de
ovulação (apesar de existirem divergências de literatura a respeito disso). O uso prolongado
de contraceptivos orais reduz o risco de câncer de ovário da mesma forma que a
amamentação reduz o risco, pois há maior número de ciclos anovulatórios. ATENÇÃO:
existem estudos que associam a excessiva exposição ao asbesto e ao talco tem relação
com a neoplasia ovariana e peritoneal.
EXISTE um fator familiar importante associado, mulher com dois ou mais parentes de
primeiro grau com câncer de ovário apresenta um risco de 50% de ter a doença.
O principal tipo de propagação é a TRANSCELÔMICA (70% dos casos)!
A acurácia da TC é baixa, sendo a USG um melhor exame. A TC tem utilidade para
programar cirurgia para doença mais extensa.
O carcinoma de células claras é o que está mais frequentemente associado à
endometriose.
QUESTÃO 3: Mulher de 32 anos, nuligesta, comparece à consulta na UBS
queixando-se de dor pélvica moderada há 10 meses, com piora durante o período de
fluxo menstrual. Relata também dispareunia, nega febre ou corrimento vaginal.
Trouxe ultrassonografia transvaginal realizada há 15 dias com imagem cística em
topografia de anexo esquerdo, de conteúdo homogêneo, contornos regulares e média
captação ecogênica, com maior diâmetro medindo 25mm. Dentre as alternativas
abaixo, assinale a conduta MAIS ADEQUADA.
a) indicar laparoscopia para retirada da massa anexial seguida de exame
anatomopatológico da mesma.
b) Prescrever antibióticos para tratamento de doença inflamatória pélvica.
c) Prescrever contraceptivo hormonal combinado na ausência de contraindicações ao
uso do estrogênio.
d) Solicitar dosagem sérica de CA 125 para excluir etiologia maligna da lesão.
Sintomatologia do câncer de ovário:
· Dor abdominal (60% dos casos)
· Crescimento do abdômen (47%)
· Emagrecimento (32%)
· Sintomas gastrointestinais (28%)
· Sintomas urinários (8%)
· Edemas de membros inferiores (7%)
· Dor lombar (3%)
· Perturbações menstruais (1,3%)
· Sangramento genital pós menopausa (1,3)
· Assintomáticas
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Obs: quando os tumores são descobertos tardiamente pode haver aumento do volume
abdominal gerando dispneia. Às vezes é diagnosticado já apresentando torção do tumor
gerando dor aguda
ATENÇÃO:
Em mulheres adultas os sintomas gastrointestinais antecedem a dor. Mulheres acima de 40
anos com sintomas vagos dispépticos, flatulência, dispepsia e desconforto abdominal
devem ser investigadas.
QUESTÃO 4: Mulher de 73 anos, nuligesta, comparece à consulta, com queixa de dor
abdominal moderada e dor para evacuar. Informa que perdeu 10 quilos de peso nos
últimos seis meses e está se sentindo mais fraca. Ultrassonografia transvaginal
realizada há um mês evidenciou massa heterogênea volumosa, de provável
topografia anexial direita, com presença de septos grosseiros e cápsula irregular;
além de quantidade significativa de líquido livre na pelve. Ao exame físico, palpa-se
massa até altura da cicatriz umbilical, fixa e dolorosa. Apresenta edema depressível e
indolor em membros inferiores. A conduta MAIS ADEQUADA é:
A) Realizar laparotomia em hospital terciário se estiver clinicamente estável.
B) Realizar biópsia percutânea da lesão guiada por ultrassonografia.
C) Solicitar dosagem sérica de estradiol.
D) Solicitar ressonância magnética da pelve.
AS CARACTERÍSTICAS DE MALIGNIDADE:
Existem alguns critérios que vão nos fazer pensar mais em uma causa maligna como: tumor
sólido irregular, presença de ascite, pelo menos 4 estruturas papilares, tumor multilocular
com componente sólido e maior do que 10 cm, vascularização intensa; outras causas são
mais relacionadas à benignidade como: unilocular, presença de componente sólido menor
do que 7mm, sombra acústica posterior, tumor multilocular regular menor do que 10 cm;
esses são os critérios do IOTA (International Ovarian Tumor Analysis) muito usados na
prática clínica. Também temos os critérios da Febrasgo para malignidade como: > 10cm,
septação espessa, multilocular, ecogenicidade mista e/ou componente sólido, papilas
presentes.
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O estadiamento do câncer de ovário é cirúrgico!!!!!
QUESTÃO 5: Uma mulher de 32 anos realiza ultrassonografia de rotina que revela
cisto ovariano de 6 cm de diâmetro. A dosagem de CA 125 é de 58 U/mL (normal até
25 U/mL). A melhor conduta nesse caso será:
A) Acalmar a paciente afirmando que se trata de endometriose.
B) Repetir o CA.125 e a ultrassonografia após 15 ou 30 dias, após o período menstrual.
C) Procurar insistentemente outras causas de elevação de CA.125, como a doença
inflamatória pélvica e hepatopatia crônica.
D) Indicar laparoscopia para diagnóstico.
O FAMOSOS CA 125:
NÃO! Ele NÃO deve ser usado para rastreio de câncer de ováriopor ser MUUUUITO
inespecífico, ok? Em idades baixas como a da mulher da questão ele NÃO deve ser
solicitado porque existem INÚMEROS fatores que podem aumentar sua quantidade,
inclusive o período menstrual. Ele é encontrado em diversos órgãos pélvicos, além de
outras estruturas extra=pélvicas como: peritônio, pleura, brônquios e epitélio amniótico.
Além de pâncreas, cólon, estômago, pulmões, rins e vias biliares.
Situações em que ele possa estar elevado: endometriose, dip, adenomiose, diverticulite,
cirrose hepática, insuficiência renal, peritonite, ca de endométrio e de trompas, ca da
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endocervice, ca de cólon , de vias biliares, de pulmão, de pâncreas, gestação, menstruação
e pós laparotomia.
Obs: Valores de ca 125=50 a 65U/Ml indicam câncer de ovário em 80 a 90% dos casos e
valores de ca 125 abaixo de 65 indicam bom prognóstico.
Ele serve principalmente para seguimento! Serve para detecção de uma possível recidiva
do tumor e favorece a avaliação da quimioterapia.
REVISÃO RÁPIDA SOBRE OS TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO:
CISTOADENOMA SEROSO: tipo histológico mais comum de todas as neoplasias
ovarianas. Pode acontecer em qualquer idade sendo mais acentuada dos 30 aos 50 anos.
Geralmente unilaterais e com superfície externa lisa. O tratamento é cirúrgico
(laparotomia/laparoscopia). Caso se faça cirurgia conservadora, fazer biópsia da gônada
contralateral
CISTADENOMA MUCINOSO: são tumores císticos com superfície lobulada, vascularizada e
esbranquiçada. São multiloculados com conteúdo viscoso, denso e gelatinoso. Atingem
grandes volumes, sendo sua maioria benignos. São móveis.
TERATOMA MADURO: é a neoplasia de ovário mais comum em mulher jovem,
correspondendo a 50% de todos os tumores do ovário. Apresenta tecido derivado das três
camadas germinativas, embora predomine estruturas epiteliais . Pode ter tecido de mucosa
gastrointestinal, epitélio escamoso estratificado, folículo de cabelo, glândula
sebácea,cartilagem, tecido nervoso e ósseo. Raramente maligniza!! Tratamento:
tumorectomia com preservação do tecido ovariano normal. Cuidado para não romper a
cápsula pois pode provocar peritonite química! ATENÇÃO: recebe o nome de struma ovarii
quando ocorre a presença de tecido tireoidiano como único componente ou em grande
quantidade: quadro de hipertireoidismo e tireotoxicose
FIBROMAS – SÍNDROME DE MEIGS: tumor pequeno sólido e firme, ocorre na menacme e
próximo a menopausa, tendo ascite em 40% dos casos e derrame pleural (hidrotórax).
Benigno.
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BLOCO 4 - AMENORREIA, DISMENORREIA E TPM
TEMA: AMENORREIA
No ciclo eu preciso de estrogênio e progesterona, mas para a liberação da menstruação
preciso de uma anatomia favorável (endométrio funcionante, canal pérvio). Para
entendermos melhor as causas de amenorreia, vamos dividir os órgãos em
compartimentos:
Compartimento I: útero/endométrio/vagina
Compartimento II: ovários com a produção de estrogênio e progesterona
Compartimento III: hipófise com a secreção de FSH e LH
Compartimento IV: hipotálamo com a secreção de GnRh
Formação da genitália
Interna → útero, trompa e dois terços superiores da vagina. Na vida embrionária existe uma
genitália interna indefinida, que tanto pode desenvolver para se tornar uma mulher , quanto
pode se desenvolver para se tornar um homem. Todos os embriões terão ductos de muller
(muller - mulher). também chamados de paramesonéfricos, e de Wolff (lembra de lobo,
macho alfa), também chamados de mesonéfricos. O ducto de muller fará o útero, a trompa
e os ⅔ superiores da vagina (o ⅓ inferior não tem nada a ver com esse rolê). Os homens
vão possuir um hormônio para não deixar o ducto de muller crescer que é o hormônio
anti-mulleriano (anti-mulher), esse vai ser produzido no testículo e vai fazer com que cresça
o ducto de wolff. Na mulher, como não há esse hormônio, cresce Muller.
Externa → tem a ver com a ação androgênica. No homem como há a ação da
dihidrotestosterona, a genitália fica masculina. Se não tem a ação da dihidrotestosterona, a
genitália fica feminina. Atenção: a 5-alfa-redutase fará a conversão de testosterona em
dihidrotestosterona, se não tem essa enzima, não desenvolve genitália externa masculina.
Classificação da amenorreia
Primária: nunca menstruou. 13 ou 14 anos s/ menstruação e s/ desenvolvimento sexual
secundário OU 15 ou 16 anos s/ menstruação com desenvolvimento de caracteres sexuais
secundários.
Secundária: menstruava e parou. Sem menstruação por 3 ciclos regulares ou 6 meses se
irregulares.
Mulher se desenvolve na TPM → primeiro telarca, depois pubarca e depois menarca.
obs: se teve telarca e não teve pubarca 5 anos depois = amenorreia
Investigação da amenorréia secundária:
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1) Excluir gestação → beta HCG (quantitativo)
Se excluída a gestação…
2) Dosar TSH e prolactina → hiportireoidismo e hiperprolactinemia → trate o hipoT
porque muito provavelmente a hiperprolactinemia é por conta dele.
- Se hiperprolactinemia → prolactinoma (RM, o tratamento é inicialmente
clínico, tamanho não é uma indicação isolada a cirurgia. Se não responde, aí
pensamos em cirurgia. Uso agonistas dopaminérgicos - cabergolina e
bromocriptina), medicamentosa (antagonistas dopaminérgicos,
metoclopramida, neurolépticos, tricíclicos, ranitidina, ACO) e outras
(gestação, hipotireoidismo, aumento do TRH, estimulação, estresse).
Se excluídas…
3) Teste da progesterona: avaliar os níveis de estrogênio e o trato de saída. Só vai
menstruar se tiver estímulo prévio de estrogênio e se tem saída pérvia. Aplicação de
medroxiprogesterona 10 mg por 5-10 dias. Se houve sangramento em até 7 dias,
tava faltando progesterona, ou seja, anovulação!! Se não sangrar, eu não sei se é
lesão do endométrio, se é obstrução do fluxo… Vou prosseguir com a investigação.
Se não sangrou…
4) Teste do estrogênio + progesterona: avaliar o endométrio e o trato de saída.
Estrogênio 21d + progesterona 5d. Se a paciente sangrou, era falta de estrogênio,
exclui causas uterovaginais (não é anatômico, mas eu não sei qual dos outros
compartimentos está afetado). Se não sangrou, eu posso afirmar que é
compartimento I (vou fazer exames de imagem).
Sangrou… Qual compartimento afetado?? II, III ou IV??
5) Dosagem de FSH → saber se a causa é ovariana ou central. Se o FSH está acima
de 20, ou seja, alto, posso dizer que a causa é ovariana (o ovário não está
respondendo), se abaixo de 5, penso em problema central.
No problema central, qual dos compartimentos é afetado? III ou IV
6) Teste do GnRH → administrar o GnRH e vejo a resposta da hipófise. Se no estímulo
há aumento de LH e FSH eu penso em causa hipotalâmica. Se não há aumento de
FSH e LH penso em causa hipofisária.
Investigação da amenorréia primária:
O exame físico já traz muitas informações pra gente! Estigmas de turner, hímen
imperfurado, desenvolvimento de caracteres sexuais secundários…
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A primeira pergunta que eu faço é: tem a presença de caracteres sexuais secundários?
porque isso já dá uma dica muito boa para a gente que a produção estrogênica está
bombando. Ovário funciona, gata.
Se a paciente não tem a presença de caracteres sexuais secundários, eu sei que o ovário
não funciona. E então eu preciso saber se a causa é ovariana ou central. O que eu faço?
vou dosar as gonadotrofinas: FSH e LH! Se elas estão altas, ou seja, hipogonadismo
(gônada não funcionante) hipergonadotrófico (gonadotrofinas altas), muito provavelmente
eu tenho um problema no cariótipo. A principal hipótese é disgenesia gonadal.
Se FSH e LH baixos, faço o teste do GnRH para saber se a causa é hipotalâmica ou
hipofisária. Se após dar o GnRH a paciente sobe os níveis de gonadotrofinas, significa que
o problema é hipotalâmico, ou seja, o hipotálamo não estava produzindo GnRH
adequadamente, LOGO, não conseguia estimular a hipófise. Se eu dou o GnRH e ainda
assim as gonadotrofinas não sobem, pensamos em problema hipofisário, pois teoricamente,
o hipotálamo está produzindo normal, oproblema é a hipófise que não responde.
Se a paciente TEM caracteres sexuais e ainda não menstruou: eu sei que ovários
funcionam, hipotálamo e hipófise funcionam. Como eu sei isso? porque eu tenho
ESTROGÊNIO. Para eu ter estrogênio, significa que até o ovário o eixo funcionou
perfeitamente! Então, pode ter certeza, a alteração é UTEROVAGINAL, baby! Investigue
malformação mulleriana, hímen imperfurado ou septo vaginal transverso (tem cólica todo
mês e não sai nada).
→ Causas hipotalâmicas (Compartimento IV):
- Tumores: craniofaringiomas;
- Sd de Kallmann: falha na migração das células germinativas que acontece junto
com a migração da placa olfatória → amenorreia primária + infantilismo sexual +
anosmia (podendo haver cegueira para cores - mais comum no homem). Teremos
uma falta da secreção do GnRH.
- Estresse, anorexia, exercícios, amenorreia da atleta, distúrbio alimentar
→ Causas hipofisárias (compartimento III):
- Tumores: prolactinomas
- Sd de Sheehan: amenorreia secundária por necrose hipofisária pós-parto (HPP). A
mulher pode fazer agalactia.
→ Causas ovarianas (Compartimento II):
- Falência ovariana precoce/prematura: mulher abaixo de 40 anos com folículos
esgotados. Sd climatérica. Não tem folículos.
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- Sd. de Savage: clínica parecida com falência ovariana. Tem folículos que são
resistentes às gonadotrofinas → pode ser tanto primária (associada à infantilismo
sexual) quanto secundária. Para diferenciar da falência, seria necessária a biópsia,
mas não é necessário invadir a paciente, pois o tratamento é o mesmo!
- Disgenesia gonadal: gônada em fita sem célula germinativa. Maior causa de
amenorréia primária com infantilismo sexual. O FSH estará muito alto e terei que
pedir cariótipo.
→ Sd. de turner: principal disgenesia gonadal, que chamamos de gonadosomático
por ter alteração no corpo. O cariótipo é 45,XO (podemos ter alguns casos de
mosaicismo também - e sempre que tiver Y tenho que retirar a gônada). Estigmas de
turner: pescoço alado, tórax em escudo, micrognatia, hipertelorismo mamário, baixa
estatura (DM, tireoide, dç autoimune).
→ Causas Uterovaginais (Compartimento I):
- Malformações mullerianas:
→ Rokitansky → 46 XX (se tem X, tem ovário) vagina curta/fundo cego e sem útero
ou útero rudimentar.
→ Sd. de Asherman → lesão endometrial por infecção, trauma, curetagem →
traves de fibrose
Obs: Principal diagnóstico diferencial com Rokitansky:
→ Sd de Morris → 46 XY (TEM TESTÍCULO - retirar!!!)→ vagina curta,
presença de mamas (androgênio vira estrogênio → estrona), infantilismo
pubiano. É uma falha, deficiência no receptor androgênico.
ROKITANSKY MORRIS
46,XX 46, XY
Agenesia mulleriana defeito nos receptores androgênicos
amenorreia primária, com
caracteres sexuais secundários,
sem útero/útero rudimentar, vagina
curta e pubarca
amenorreia primária, mama
pequena, sem útero, vagina curta,
mas sem pelos!!
Tem ovários Tem testículos (podem se confundir
com hérnias inguinais - tentando
descer)
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QUESTÃO 1: Menina, 17 anos, procura atendimento médico por não ter menstruado.
Ao exame: mamas M2 e vulva P2 e ausência de hirsutismo. Traz exame laboratorial
com FSH de 130 mUI/mL (valor de referência na menacme 1,5 a 33,5 mUI/mL) e
estradiol de 20 pg/mL (valor de referência na menacme 19,5 a 355,0 pg/mL). US
pélvico evidenciando útero. Qual o diagnóstico mais provável?
a) disgenesia gonadal
b) sd de Morris
c) Adenoma hipofisário
d) Hiperplasia adrenal congênita
A síndrome de Morris cursa com cariótipo XY, mas com insensibilidade aos andrógenos.
Assim, as gônadas vão produzir testosterona, porém sem desenvolver os ductos de Wolff,
bem como produzirão o hormônio antimulleriano (não afetado), com regressão dos ductos
de Müller, e, por isso, a genitália interna é ausente, ao contrário do caso em questão.
O tipo de adenoma hipofisário mais comum é o prolactinoma, que cursa com elevação da
prolactina, o que causa amenorréia. Entretanto, na questão não se fala em prolactina.
Ademais, não cursa com hipogonadismo hipergonadotrófico (FSH elevado), geralmente é
normogonadotrófico.
Na hiperplasia adrenal congênita ocorre defeito na enzima 21-hidroxilase, cursando
geralmente com genitália ambígua e em casos de manifestação tardia, com virilização.
Além do mais, não cursa com elevação de FSH.
QUESTÃO 2: Sobre a síndrome de Morris, assinale a alternativa correta.
A) Virilização de um indivíduo 46, XX.
B) Fenótipo masculino com genótipo feminino.
C) Hermafroditismo verdadeiro.
D) Determina a resistência periférica a androgênios.
E) Hermafroditismo feminino.
QUESTÃO 3: Mulher, 23 anos de idade, foi encaminhada pelo médico de família com
diagnóstico de síndrome da insensibilidade aos androgênios forma completa. O que
se espera encontrar no exame ginecológico?
A) Útero normal e vagina curta
B) Útero aumentado e vagina curta.
C) Ambiguidade da genitália externa e ausência de mamas.
D) Ausência de útero e genitália externa feminina.
E) Ambiguidade da genitália externa e presença de mamas.
QUESTÃO 4: Paciente de 27 anos de idade procura o ambulatório de ginecologia por
estar há 6 meses sem menstruar. Antes estava apresentando ciclos menstruais com
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intervalos longos. Ao examina-la você constata uma altura de 1,72 m e peso de 42 Kg.
Sua principal hipótese diagnóstica para este caso é:
A
a) Anovulação por retrocontrole impróprio.
b) Falência ovariana prematura.
c) Amenorreia hipofisária por hiperprolactinemia.
d) Amenorreia hipotalâmica.
QUESTÃO 5: Paciente procura atendimento apresentando quadro clínico de
amenorreia. Os exames físico e ginecológico foram normais. A dosagem quantitativa
de B-HCG foi negativa. Após teste do estrogênio e da progesterona, a mulher não
apresentou sangramento. Nesse contexto, a melhor explicação para o caso é uma
lesão do compartimento:
a) Ovariano.
b) Uterino.
c) Hipofisário.
d) Hipotalâmico.
e) Hipotalâmico e hipofisário.
QUESTÃO 6: Durante a vida embrionária, a ausência de hormônio antimulleriano
resulta em:
A) Regressão do sistema de ductos paramesonéfricos.
B) Diferenciação da região medular em gônada em células de Sertoli.
C) Desenvolvimento do sistema de ductos mesonéfricos.
D) Desenvolvimento do sistema de ductos paramesonéfricos.
E) Descida dos ovários.
QUESTÃO 7: Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando as síndromes às suas
respectivas manifestações.
Coluna 1:
1 - Síndrome de Morris.
2 - Síndrome de Savage.
3 - Síndrome de Turner.
4 - Síndrome de Rokitansky.
5 - Síndrome de Kallmann.
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Coluna 2:
( ) Amenorreia hipergonadotrófica, alteração no receptor de gonadotrofinas, ausência de
mamas e presença de pelos pubianos.
( ) Amenorreia hipogonadotrófica, anosmia, ausência de mamas e presença de pelos
pubianos.
( ) Amenorreia hipergonadotrófica, disgenesia gonadal, ausência de mamas e presença de
pelos pubianos.
( ) Amenorreia hipergonadotrófica, ausência de pelos pubianos e presença de mamas.
( ) Amenorreia normogonadotrófica, defeito mulleriano, presença de mamas e de pelos
pubianos.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 1 - 2 - 3 - 4 - 5.
b) 2 - 5 - 3 - 1 - 4.
c) 3 - 1 - 4 - 5 - 2.
d) 5 - 1 - 3 - 4 - 2.
e) 4 - 3 - 1 - 2 - 5.
TEMA: DISMENORREIA E TPM
Aprenda com V OU F sobre a SPM:
( ) Os transtornos pré-menstruais não podem mascarar transtornos psiquiátricos pois a
apresentação clínica é completamente diferente.
( ) Na idade reprodutiva a mulher tem 3 vezes mais riscos de depressão do que os
homens. Além de transtornos do humor como disforia menstrual, depressão pós parto e
depressão perimenopausica.
( ) No transtorno disfórico pré menstrual há uma sensibilidade exacerbada nas oscilações
bruscas do estrogênio sérico em mulheres geneticamente vulneráveis ou predispostas
( ) Constelação de sintomas emocionais, comportamentais e físicos, que ocorrem na fase
folicular do CM, resolvendo-se com o início da menstruação.
( )TDPM, o transtorno disfóricopré-menstrual, é uma forma mais grave da SPM,
marcadas por sintomas adversos relacionados ao humor
( ) Os sintomas variam entre as mulheres e na mesma mulher nos diferentes ciclos
( ) algumas doenças que podem se exacerbar nesse período são: enxaquecas, epilepsia,
transtornos psiquiátricos, síndrome do intestino irritável, asma, síndrome da fadiga crônica e
alergias
( ) Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) são a primeira linha para
pacientes com sintomas predominantes do humor
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Aprenda com V OU F sobre a Dismenorreia:
( ) a dismenorreia primária está associada a qualquer desordem pélvica que a justifique e
que surge após 6 a 24 meses da menarca, coincidindo com o início dos ciclos ovulatórios.
( ) a Secundária é quando está associada a alguma condição ou doença pélvica que seja
causa de dor no período menstrual. Nesse caso, costuma ter início alguns anos após a
menarca, habitualmente após os 20 anos de idade.
( ) Classificada como grave quando não respondem a analgésicos simples e/ou são causa
de absenteísmo.
( ) Principais fatores de risco são História familiar e o stress relacionado com o trabalho
ou à vida em geral.
( ) Os partos e abortamentos diminuem o risco de dismenorreia
( ) a teoria etiológica de maior evidência é a elevada produção de prostaglandinas (PGF2α)
e os leucotrienos em mulheres predispostas
( ) a dismenorreia primária tem início habitualmente após 6 a 24 meses após a menarca,
embora possa haver um retardo até 10 anos.
( ) a dismenorreia primária se inicia imediatamente antes ou durante o primeiro dia do
ciclo menstrual e duram cerca de 12 a 72 horas. Ocorrem em ciclos ovulatórios e
anovulatórios.
( ) A dismenorreia secundária é progressiva e não se acompanha do cortejo
sintomatológico da exmenorréia (diarréia, vômitos, cefaléia, fadiga, insônia, mal estar e
tremores). A dor pode se iniciar vários dias antes da chegada da menstruação e se
prolongar após o final do fluxo.

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