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Conservatório Estadual de Música J.K.O. Apostila Reason Oficina Multi Meios Cleverson Natali 1 INTRODUÇÃO O REASON faz parte da família dos sintetizadores virtuais. Ele é útil em qualquer produção que envolva instrumentação. É um parceiro ideal dos estúdios e dos músicos, principalmente daqueles que trabalham sozinhos em seus home-estúdios. Muitos músicos, principalmente tecladistas e DJs, costumam usar o REASON no palco, juntamente com um notebook e um controlador MIDI, fazendo o papel de instrumento virtual ou de sampler, diminuindo o setup de equipamentos e ampliando as possibilidades sonoras. O REASON é formado por módulos que produzem sons como sintetizadores, samplers, baterias eletrônicas e tocadores de loops, através de comandos MIDI. Suas ferramentas servem para fazer música via MIDI em qualquer estilo musical, do clássico ao eletrônico. Os comandos podem ser escritos com a ferramenta lápis ou podem ser gerados por teclados controladores. Estes sons podem ser processados por módulos adicionais de efeitos como reverberadores, delays e etc. Tudo em um ambiente virtual, análogo a uma situação real. ABRINDO O REASON Toda vez que abrimos o REASON pela primeira vez, aparece uma música de demonstração. Aperte play para ouvir a música. Se desejar você pode configurar o REASON para abrir de uma forma diferente. Para isso siga os seguintes passos: 1) Clique em Edit na barra de menu. A janela Preferences abre. 2) Observe se na opção Page está selecionado General. Se não selecione esta opção. 3) Na opção Default Song você pode selecionar Empty Rack (nesta opção o rack aparecerá vazio e você poderá criar tudo do zero.), Built in (esta é a opção da música de demonstração) ou Custom (nesta opção você pode salvar um arquivo e configurar o REASON para sempre abrir este arquivo). 4) Feche a janela Preferences e o REASON. Selecione aqui 2 5) Abra o REASON novamente e ele abrirá conforme você o configurou. CONHECENDO O REASON A estrutura principal do REASON se divide em três telas diferentes. A TELA PRINCIPAL A tela principal do REASON é dividida em três partes diferentes. Na parte superior está o rack onde ficam os instrumentos virtuais, os módulos de efeitos e também outros periféricos. Na parte do meio está a área de edição, também chamada de janela do seqüenciador. Nesta janela ficam todas as informações musicais e as automações dos parâmetros dos módulos. Na parte de baixo temos a região de transporte, onde temos os controles do player do REASON entre outros. Rack Janela do sequenciador 3 FLUXO DE AUDIO Na parte superior do rack encontramos o Hardware Interface que representa as entradas Midi e as saídas de áudio de sua interface. Ele não sai do lugar e não pode ser excluído. É este módulo que deve ser a conexão final dos cabos no seu projeto musical. O sinal de áudio trafega da seguinte forma no REASON: primeiro a informação MIDI é recebida no canal do seqüenciador. Depois a informação é passada para o seu respectivo módulo, que está no rack e será o responsável por gerar o som. Daí o som deverá seguir para o Hardware Interface. Antes de chegar ao Hardware Interface o som gerado pelo módulo pode passar por um periférico, como um reverb, delay e etc. Podemos acrescentar quantos periféricos quisermos no rack, dependendo apenas da capacidade de processamento do computador. O RACK Podemos acrescentar um periférico no rack de duas formas. A primeira é ir no menu Create na barra de menu. Uma janela se abrirá e você poderá escolher um item na lista. Outra forma é clicar com o botão direito do mouse e teremos a mesma janela se abrindo com uma diferença: desta vez teremos a opção Paste Devices and Tracks. Esta janela é organizada em setores diferentes. Temos módulos avançados, mixers (mesas virtuais), módulos de sons (instrumentos virtuais), módulos para masterização, efeitos avançados, efeitos básicos e assim por diante. No setor de instrumentos virtuais existem oito opções disponíveis. Quando selecionamos um módulo para o rack, o REASON cria automaticamente um canal para este periférico na área de edição (janela do seqüenciador), onde vão ficar as informações que iremos gravar ou escrever manualmente. O módulo é inserido no rack com um Patch (timbre) pré-estabelecido. Podemos alterar o Patch (timbre), manualmente, fazendo ajustes nos vários Região de Transporte 4 botões de controle que existem nos módulos ou podemos escolher um Patch clicando no ícone Browse Patch (desenho de uma pasta de arquivos). Exemplo utilizando o módulo Subtractor Analog Synthesizer Clicando no ícone Browse Patch abriremos a janela Patch Browser com o nome do módulo. Todos os Patches do REASON ficam agrupados em pastas chamadas Refills. O REASON possui dois Refills básicos que acompanham o software: o Reason Factory Sound Bank (com Patches para todos os módulos do REASON separados em pastas) e o Orkester Sound Bank (com vários Patches (samplers) de instrumentos acústicos também separados em pastas com o nome das Ícone Browse Patch 5 famílias dos instrumentos: cordas, metais, etc.). Para selecionar um Patch basta selecionar um Refill, depois uma pasta na tela maior, um timbre e clicar em OK. O Patch será carregado para o módulo automaticamente pelo REASON. Existem inúmeros Refills que podem ser adquiridos gratuitamente pela internet no próprio site da Propellerhead (Empresa fabricante do REASON). REGIÃO DE TRANSPORTE Uma das ferramentas mais utilizadas dessa área é o metrônomo. Para habilitar o metrônomo basta clicar em Click. Refills Pastas Patches (timbres) Clique aqui 6 Clicando em Play podemos ouvir o metrônomo. Podemos diminuir ou aumentar o volume do Click no ícone Click Level. OBS: Ao finalizar um projeto, transformando-o em um arquivo de áudio, não podemos esquecer de desabilitar o Click ou o som dele aparecerá no nosso arquivo. Outra ferramenta importante é o ícone Loop. Na janela do seqüenciador aparece o indicador de posição (um tipo de cursor que mostra o ponto que está sendo tocado), o marcador L e o marcador R. Com o ícone Loop habilitado, toda vez que o indicador de posição chegar no marcador R ele voltará ao marcador L. Com o ícone Loop desabilitado, o indicador de posição passará pelo marcador R normalmente. Podemos modificar a posição dos marcadores utilizando os ícones que ficam abaixo do ícone Loop ou simplesmente arrastá-los com o mouse. Também podemos alterar o andamento da música no ícone Tempo. A fórmula de compasso no ícone Time Signature. Saber o tempo exato de execução do ponto onde o indicador de posição está através do ícone Time Position e também o compasso e o tempo que está sendo executado através do ícone Song Position. Neste ícone podemos alterar a posição do indicador de posição, mas também podemos fazer isso clicando sobre ele e o arrastando. ATALHOS BÁSICOS DA REGIÃO DE TRANSPORTE É muito mais fácil utilizar teclas de atalho. Indicador de posição e marcadores Ícone Loop 7 - Para dar Play ou Stop utilize a tecla de espaço. - Para o indicador de posição voltar ao inicio aperte a tecla 0 (zero) do number pad (para esta tecla funcionar a tecla number lock deve estar habilitada). - Para habilitar o REASON para gravação apertamos a tecla * (asterisco) que também fica no number pad. Aperte a tecla de espaço para dar o Play e começar a gravar uma linha musical. JANELA DO SEQUENCIADOR Esse é o lugar onde passamos a maior parte do tempo editando um projeto musical. Aqui ficam todas as ferramentas que necessitamos para trabalhar um projeto. Quando fazemos uma gravação, ou abrirmos um projeto de demonstração do REASON, podemos notar que aparecem algumas linhas coloridasno canal de cada módulo na janela do seqüenciador. Essas linhas representam as informações que estão gravadas em cada canal e servem para nortear o arranjo e tornar mais fácil a organização da composição musical. Do lado esquerdo da janela do seqüenciador fica uma lista com todos os periféricos de instrumentos virtuais que foram criados no rack e também alguns canais de automação de parâmetros. Do lado direito ficam as informações de cada canal. Para direcionar o controlador MIDI para um instrumento específico que está no rack, basta clicar sobre o canal do instrumento desejado no lado esquerdo da janela. Quando fazemos isso, o REASON modifica o rack deixando visível o módulo do instrumento selecionado, facilitando qualquer procedimento de ajuste que seja necessário fazer. Podemos fazer uma gravação ou uma automação habilitando um canal para gravação (Record Enable). Depois é só clicar no botão Record da região de transporte. O REASON vai marcar um compasso de espera e depois começará a gravar. Daí, basta tocar o controlador MIDI para gravar as notas ou fazer a automação desejada. Linhas coloridas que representam as informações gravadas em cada canal. 8 OBS: Essas informações poderão ser editadas separadamente em outra tela. Falaremos sobre isso mais a frente. Podemos organizar os canais da forma que quisermos, facilitando o trabalho de edição. Basta clicar em um dos canais e arrastá-lo para onde desejar. A mesma coisa pode ser feita, com os módulos de instrumentos, no rack do REASON. Podemos também criar mais de uma Note Lane para cada módulo (seria uma nova linha de inserção de notas ou automação, para o mesmo módulo). Para isso, basta clicar com o botão direito do mouse sobre o desenho do módulo. Com isso, abrirá uma janela onde devemos selecionar a opção New Note Lane. Podemos também fazer isso de uma forma mais simples, selecionando o módulo onde queremos acrescentar uma Note Lane e depois clicando na opção Lanes (no sinal positivo), conforme o gráfico abaixo. Depois selecione a opção New Note Lane. Clique com o botão direito aqui. 9 Com isso podemos gravar vários canais para um mesmo módulo. O lado direito da janela do seqüenciador pode ser visualizado de duas formas diferentes utilizando o ícone Edit Mode. Aqui Aqui temos quatro canais para o piano. Clique aqui. 10 Com o ícone Edit Mode desabilitado, o modo de visualização é global, onde podemos ver a música como um todo e fazer arranjos. Podemos, por exemplo, selecionar um compasso de qualquer canal e copiar esse compasso para qualquer outro compasso, inclusive de outro canal (neste caso o timbre utilizado será o do módulo que está no canal onde copiamos o compasso). OBS: Podemos copiar um compasso segurando o botão Ctrl (control) do teclado do computador e clicando sobre o compasso que se quer copiar, arrastá-lo para onde quiser. Com o ícone Edit Mode habilitado, o modo é individualizado possibilitando fazer ajustes finos em cada parâmetro de cada sintetizador, sampler ou módulo de efeito. Nesse modo podem aparecer várias janelas, dependendo do módulo que selecionarmos. Para os módulos de instrumentos como o piano, a flauta, o violão e etc., aparecerá a janela Key Edit. Para a bateria aparecerá a janela Drum Edit. No caso de Loops a janela Rex Edit é a que vai aparecer. Uma dessas três será a primeira janela. A segunda é a janela Velocity, que serve para fazer edições na intensidade das notas. Caso tenha sido feita alguma automação, aparecerá uma terceira janela onde podemos editar essa automação. Janela para edição de automação. (Modulation, Pitch Bend, etc.) Janela Velocity. Janela Piano Roll. 11 FERRAMENTAS DA JANELA DO SEQUENCIADOR A ferramenta Selection Tool é a única que pode ser utilizada no rack, na janela de sequenciamento e na área de transporte. Utilizamos essa ferramenta no rack e na área de transporte para clicar nos botões, movimentar parâmetros em tempo real ou, no caso do rack, para mudar os racks de lugar. Na janela do seqüenciador podemos selecionar eventos e arrastá-los pra outro lugar, selecionar um canal de um modulo e etc.. A ferramenta Pencil Tool só pode ser utilizada na janela do sequenciador. Com ela podemos escrever notas na janela piano roll, clicando e arrastando pelo Grid (Grid é a janela que possui divisão dos compassos e dos tempos de cada compasso). A ferramenta Erase Tool também só pode ser utilizada na janela do sequenciador. Com ela podemos apagar eventos. A ferramenta Razor Tool serve para recortar eventos na janela do sequenciador facilitando a edição. A ferramenta Mute Tool serve para deixar mudo um evento na janela do sequenciador. Temos também as ferramentas Magnify Tool (zoom – clicando normalmente aumentamos a tela e segurando a tecla Ctrl e clicando diminuímos a tela) e Hand Tool (a ferramenta da mãozinha). AUTOMAÇÃO Na janela do seqüenciador, logo abaixo das ferramentas, temos a opção Track Parameter Automation. Com ela podemos selecionar o parâmetro que queremos automatizar: Mod Wheel, Pitch Bend, Sustain Pedal, e outros. Podemos automatizar a rotação de Knobs, habilitar botões, controlar volumes e etc. Para fazer uma automação siga os seguintes passos: 1) Clique no modulo que deseja fazer a automação na janela do sequenciador; 2) Clique no ícone Track Parameter Automation; Ferramentas. 12 3) Selecione o parâmetro que deseja automatizar. O REASON vai criar uma Note Lane para a automação desse parâmetro; 4) Posicione o indicador de posição (cursor que mostra o ponto que está sendo tocado) no local onde se deseja criar a automação; 5) Habilite o ícone Record Enable do canal, caso não esteja habilitado; 6) Clique em Record na região de transporte ou utilize o atalho * (asterisco) do number pad. O REASON vai marcar um compasso de espera e começará a gravar. 7) Faça a automação desejada e quando terminar clique em Stop ou aperte a barra de espaço do teclado do computador. Caso queira editar a automação siga os seguintes passos: 1) Selecione o ícone Edit Mode. A janela do seqüenciador passará para o modo individualizado; 2) Observe que a ultima janela a aparecer no lado direito da janela do seqüenciador, é a janela do parâmetro que foi automatizado. Clique na ferramenta Pencil Tool (Lápis); 3) Utilize a ferramenta Pencil Tool para editar a automação. Se desejar você pode criar a automação diretamente com a ferramenta Pencil Tool. Para isso siga os seguintes passos: 1) Clique no modulo que deseja fazer a automação na janela do sequenciador; 2) Clique no ícone Track Parameter Automation; 3) Selecione o parâmetro que deseja automatizar. O REASON vai criar uma Note Lane para a automação desse parâmetro; 4) Habilite o ícone Edit Mode (caso não esteja habilitado); 5) Observe que a última janela a aparecer no lado direito da janela do seqüenciador, é a janela do parâmetro que foi selecionado para a automatização. Clique na ferramenta Pencil Tool (Lápis); 6) Utilize a ferramenta Pencil Tool para criar a automação. Track Parameter Automation. 13 CABEAMENTO VIRTUAL O REASON possui uma funcionalidade muito interessante que é o cabeamento virtual. Apertando a tecla Tab, o rack é virado para o painel traseiro, nos permitindo manipular as conexões de cabos entre os módulos do REASON, como se estivéssemos em uma situação real. Quando adicionamos um modulo no REASON, ele pluga automaticamente este módulo aos outros equipamentos. Portanto, é importante tomarmos alguns cuidados para que tudo seja conectado corretamente. Quando adicionamos um modulo de efeito ou outro periférico clicando com o botão direito do mouse sobre a parte escura do rack (onde não existem módulos), o REASONvai conectar o novo modulo diretamente no que está logo acima. Se a idéia é conectar um modulo de efeito em um modulo de som que não seja o ultimo no rack, clique com o botão direito no modulo de som onde você quer conectar o modulo de efeito. Isso também serve para um mixer. Podemos fazer isso também clicando no modulo ou mixer, onde desejamos conectar o modulo de efeito, e depois clicar em Create na barra de menu e selecionar na janela que será aberta o modulo de efeito desejado. 14 MODULOS DE SOM E SEQUENCIADORES HARDWARE INTERFACE Como já foi visto, o primeiro modulo que aparece no rack é o Hardware Interface. Já vimos que ele representa as entradas Midi e as saídas de áudio de sua interface. Se estivermos utilizando uma interface com mais do que duas saídas, podemos ligar módulos em mais conectores e assim habilitar mais saídas. Para habilitar mais saídas siga os seguintes passos: 1) Clique no menu Edit na barra de menu; 2) Na janela que será aberta, clique em Preferences; 3) A janela preferences será aberta. No ícone Page selecione a opção Audio; 4) Clique em Channels no ícone Active Output Channels; 5) Habilite os outros canais da sua interface e clique em Ok; 6) Feche a janela Preferences. Agora podemos conectar os módulos ou um mixer do REASON nas saídas que foram habilitadas. Para isso, aperte a tecla Tab do teclado do computador e no painel traseiro do REASON, utilizando o cabeamento virtual, faça as conexões desejadas. MIXERS O REASON possui duas opções de mixers. A mais simples é a Line Mixer com seis canais de entrada e apenas uma mandada auxiliar. Cada canal possui uma entrada estéreo e uma entrada de CD (falaremos mais a frente sobre essa entrada). Um knob para ajustar o volume, outro para ajustar o panorama e botões Mute e Solo. Temos também o volume máster e o retorno do efeito. É um mixer bem simples e limitado, mais útil para ajustes rápidos. A outra opção é chamada de Mixer com catorze canais de entrada e quatro madadas de auxiliar. Possui uma sessão de equalização por canal contendo knobs para graves e agudos (para habilitar a equalização de um canal precisamos clicar no botão EQ, que fica na própria sessão de equalização), botões Mute e Solo, um knob para ajustar o panorama e um fader de volume. Na sessão máster temos os retornos dos canais auxiliares e o volume máster. SUBTRACTOR Este é um sintetizador de subtração que sintetiza som. Se possuímos conhecimento em síntese subtrativa, podemos criar sons utilizando os osciladores e filtros disponíveis neste modulo. Do contrario, podemos utilizar os patches disponíveis no refill Reason Factory Sound Bank. Os timbres mais comuns do subtractor são baixos sintetizados, Leads e Pads. 15 THOR Thor Polysonic Synthesizer é um sintetizador semi-modular com seis slots para filtros e osciladores, sendo possível carregar três slots de filtros e três slots de osciladores ao mesmo tempo. Clicando em Show Programmer abrimos uma janela que nos dá total controle sobre o fluxo de sinal, permitindo modular qualquer coisa dentro do Thor. É nessa janela que estão os slots para filtros e osciladores. Os osciladores e os filtros podem ser selecionados clicando no botão com seta para baixo que fica dentro de cada espaço referente aos osciladores (Osc 1, Osc 2 e Osc 3) ou filtros (Filter 1, Filter 2 e Filter 3). Os osciladores podem ser desabilitados na opção Off e os filtros na opção Bypass. Assim como os outros módulos do REASON, podemos selecionar patches para o Thor usando o ícone Browse Patch. Depois selecionamos o refill Reason Factory Sound Bank e procuramos a pasta Thor Patches. Nesta pasta encontraremos vários timbres para o Thor. O Thor também possui um seqüenciador analógico que pode ser utilizado como uma ferramenta de modulação, criar arpejos e linhas de percussão. MALSTROM Este é um sintetizador, um sampler e um processador de efeito ao mesmo tempo. Com ele podemos criar sons inusitados. Ele trabalha com um tipo de síntese chamada de Granular, onde podemos definir de que forma vai 16 ser reproduzido um sample, por exemplo, se ele vai ser reproduzido do começo, do fim, se vai reproduzir do meio para o começo e etc. Podemos trabalhar com patches disponíveis no refill Reason Factory Sound Bank ou carregar samples nos osciladores A e B, podendo trabalhar com um dos osciladores apenas ou com os dois ao mesmo tempo. Podemos selecionar os samples para cada oscilador clicando sobre o nome do sample nos osciladores. Vai abrir uma janela onde podemos selecionar o sample desejado. Podemos fazer ajustes utilizando o botão motion. Com o slider Index podemos definir de que forma o sample vai ser reproduzido. Se ele estiver todo para a esquerda vamos reproduzir o sample do começo e assim por diante. Podemos fazer ajustes também, utilizando os filtros A e B, principalmente utilizando os botões res e freq (lembre-se que é necessário habilitar os filtros). O Malstrom também serve para processar outros módulos. Por exemplo, se ligarmos o Dr. Octo Rex no Malstrom, podemos utilizar os filtros A e B e também o campo Shaper para modificar o som do Dr. Octo Rex. Para isso, é necessário fazer uma modificação nas conexões no painel traseiro do REASON. Siga os seguintes passos: 1) Abra um Malstrom no rack do REASON. Se estivermos utilizando um mixer, o REASON vai conectar o malstrom automaticamente no mixer, do contrario o REASON vai conectar o Malstrom automaticamente na Hardware Interface; 2) Abra um Dr. Octo Rex no rack do REASON. Se estivermos utilizando um mixer o REASON vai conectar o Dr. Octo Rex no mixer, do Habilite aqui o oscilador A Habilite aqui o oscilador B Clique aqui 17 contrario o Dr. Octo Rex não será conectado a nenhum outro modulo; 3) Caso o Dr. Octo Rex tenha sido conectado ao mixer, desconecte-o; 4) Plug a saída MAIN OUTPUT do Dr. Octo Rex na entrada AUDIO INPUT do Malstrom (os dois cabos). Pronto agora é só manipular o som do Dr. Octo Rex no Malstrom. NN-19 Este é um sampler, portanto este é um modulo que reproduz samples, que são amostras reais de sons que foram gravados e arquivos em formato de arquivo de áudio. Este sampler pode tocar qualquer sample, mas um smpler normalmente reproduz mais do que uma amostra, recriando de forma mais realística um instrumento. Normalmente, os instrumentos sampleados são elaborados com inúmeros samples, em intervalos harmônicos curtos, portanto soam muito mais reais. O NN-19 também tem filtros, envelopes e osciladores para modificar o timbre, assim como os outros módulos de instrumentos. Se o sample escolhido for um sample harmônico, podemos definir a nota base usando o botão ROOT. Se desejamos um som de ré é só posicionar o som na nota ré do display do NN-19 (no desenho das teclas do piano). NN-XT Este também é um sampler. Como ele foi criado para as versões mais atuais do REASON, ele praticamente substitui o NN-19. O NN-XT é muito mais avançado do que o NN-19, portanto, praticamente não utilizamos mais o NN- 19. Um dos grandes diferenciais é que no NN-XT nos conseguimos carregar samples e organizar tudo de acordo com a velocidade. Por exemplo, se tocarmos leve sai um determinado sample, se tocarmos um pouco mais forte sai outro. Desta forma conseguimos ter emulações muito mais fieis, tanto no que diz respeito ao som como também a dinâmica. Todos os módulos do REASON podem ser minimizados utilizando os triângulos que ficam do lado esquerdo do modulo. Alguns módulos possuem algumas partes minimizadas. É o caso do NN-XT. Se observarmos a parte de baixo do modulo, vamos encontrar escrito NN-XT REMOTE EDITOR. Esta é uma janela que está minimizada, chamada de janela de remote. Nela encontramos vários knobs e um display que mostra os samples carregados no NN-XT. Para abrir esta janela doremote basta clicar sobre o triangulo na lateral esquerda do modulo. Abrindo a janela de remote do NN-XT, podemos notar que no display aparecem vários samples, organizados por velocidade. Para ouvir cada um desses samples basta segurar a tecla Alt do teclado do computador e clicar com o mouse sobre o sample. 18 Um grande diferencial desse modulo é que podemos criar nossos próprios samples. Suponhamos que eu quisesse samplear meu próprio violão. Primeiro eu abro um programa de gravação (que pode ser o Sonar, o Pro-Tools, o Sound Forge, etc.) e gravo notas do meu violão (cada nota deve ser um arquivo de áudio diferente). Podemos gravar uma escala, por exemplo. Dessa forma ficaremos com vários arquivos de áudio que podemos carregar para dentro do NN-XT. Para carregarmos sample para o NN-XT, primeiramente temos que reiniciá-lo. Para isso siga os seguintes passos: 1) Clique com o botão direito do mouse sobre o NN-XT, em um ponto onde não existem botões; 2) Abrirá uma janela onde iremos clicar em Initiale Patch. Observe que todos os samples sumiram. Agora podemos carregar os nossos samples para o NN-XT. Para carregar os samples siga os seguintes passos: 1) Clique em Browse Sample; Segure Alt e clique aqui 19 2) Vá até a pasta onde estão os seus arquivos, meus documentos, desktop, etc; 3) Selecione todos os samples que serão carregados para o NN-XT e clique em Ok; 4) O NN-XT vai carregar todos os samples, mas ele carrega esses samples definindo que todas as teclas do controlador vão tocar esses arquivos ao mesmo tempo. Dessa forma não é possível utilizar esses samples. Sendo assim precisamos ajustar cada arquivo para sua respectiva nota. Uma forma de fazer isso é definindo a zona de cada nota individualmente, clicando na nota e ajustando o ponto onde ela deve soar. Clique aqui Clique aqui e ajuste para a tecla desejada 20 É evidente que dessa forma teremos muito trabalho, afinal são muitos samples. Uma forma mais simples é deixar o NN-XT reconhecer cada sample e programá-lo em sua zona automaticamente. Fazemos isso da seguinte forma: 1) Clique em Edit na barra de menu; 2) Na janela que vai abrir, clique em Set Root Notes From Pitch Detection. O NN-XT vai analisar todos os arquivos e definir a zona de cada sample; 3) Clique novamente em Edit na barra de menu; 4) Na janela que foi aberta clique em Automap Zones. Pronto. O NN-XT vai organizar todas as notas de acordo com sua zona no teclado. Outra vantagem desse sampler é que ele tem 16 saidas de áudio independentes. Suponhamos que vamos utilizar um Patch de bateria. Podemos enviar cada peça da bateria por um canal diferente. Para isso siga os seguintes passos: 1) Selecione uma peça da bateria no display da janela de remote; 2) No botão Out (que fica no canto direito, logo abaixo do display) selecione o canal por onde será enviada aquela peça da bateria; 3) Faça isso com todas as peças da bateria. Pronto. Agora é só conectar o cabeamento virtual no painel traseiro do REASON, ligamento as saídas do NN-XT aos canais de um mixer. Dessa forma temos controles independentes de volume, panorama e auxiliares para cada sample. Clique aqui 21 DR. OCTO REX Este é um tocador de loops. Ele abre um tipo de arquivo que é *.drex. Este arquivo é feito utilizando um outro programa chamado RECYCLE (também da Propellerhead) que é vendido separadamente. A função deste programa é abrir um arquivo de áudio e dividi-lo em vários pedaços permitindo diminuir ou aumentar o tempo deste arquivo, ou seja, sincronizá- lo com o nosso projeto. Dentro do REASON existem vários arquivos para o Dr. Octo Rex, mas também é possível baixar vários arquivos gratuitamente do site da Propellerhead. Diferentemente dos samplers, o Dr. Octo Rex vai sincronizar qualquer trecho de áudio no nosso projeto. Abrindo a janela de programmer do Dr. Octo Rex (algo parecido com a janela de remote do NN-XT), vamos encontrar vários filtros, envelopes e osciladores que servem para modificar o som do loop. Também encontraremos um display com vários knobs e botões próximo a ele. Alguns desses knobs são muito importantes, como por exemplo, o LOOP TRANSPOSE que serve para transpor o Loop para outra tonalidade. Também encontraremos o botão COPY LOOP TO TRACK, que copia o loop para o canal do Dr. Octo Rex na janela do seqüenciador. Para copiar o loop para o canal do Dr. Octo Rex na janela do seqüenciador, devemos utilizar os marcadores L e R para indicar o local onde o loop será copiado. Daí é só clicar no botão COPY LOOP TO TRACK e o loop será copiado para o espaço entre o marcador L e R. Podemos fazer edições no loop, na janela do seqüenciador, usando o modo de visualização Edit Mode. REDRUM Este modulo funciona como uma bateria que possui dez canais de samples. Assim podemos carregar dez samples diferentes, cada um no seu canal. Podemos montar um groove de bateria do jeito que quisermos. Para isso temos que carregar os samples no Redrum, que pode ser feito de duas formas: escolhendo um patch inteiro com todos os samples ou carregando samples individualmente para cada canal. Para carregar um patch inteiro basta clicar em Browse Patch e escolher um patch na janela Patch Browser. Para carregar um sample para cada canal basta clicar em Browse Sample (de cada canal do Redrum) e na janela Sample Browser selecionar o sample desejado. Neste caso, é interessante utilizar a pasta xclusive drums-sorted que fica dentro da pasta Redrum Drum Kits no refill Reason Factory Sound Bank. Nesta pasta estão todos os samples do Redrum divididos em pastas com o nome de cada peça da bateria. Cada canal do Redrum tem parâmetros individuais que podem ser manipulados alterando o som. Existem também botões de Mute e Solo. Podemos tocar esses samples utilizando um teclado MIDI, escrevendo as notas na área de edição ou utilizando o seqüenciador que vem com o Redrum. 22 Esse sequenciador está conectado com a nossa música, ou seja, ele sempre estará sincronizado, tocando de acordo com o tempo definido do nosso projeto. Na área do seqüenciador, o Redrum tem quatro bancos com oito opções de variações cada, ou seja, trinta e duas opções de variações. Essas variações se chamam patterns. Apertando o botão Run, começam a ascender os leads dos quadradinhos da parte inferior direita do sequenciador do Redrum. Esses quadradinhos servem para a inserção de notas e vêm definidos como semicolcheias podem ser alterados no ícone Resolution. Para inserirmos um dos samples, como o bumbo por exemplo, temos que habilitar o botão SELECT do canal do Redrum (caso este não esteja habilitado) onde o bumbo foi carregado. Depois é só selecionar os quadradinhos que correspondem aos tempos desejados (lembrando que os quadradinhos vêm definidos como semicolcheias). Daí, basta fazer o mesmo com os outros canais. É possível escolher a intensidade do toque de cada quadradinho utilizando o ícone Dynamic (Hard=forte, Medium=normal e Soft=leve). Observe que conforme a intensidade selecionada a cor do quadradinho fica diferente. Existe uma particularidade que envolve o canal oito e o canal nove que é muito importante. Esses canais são utilizados normalmente para o cymbal. No canal oito utilizamos normalmente o cymbal fechado e no canal nove o cymbal aberto. Se habilitarmos o botão CHANNEL 8-9 EXCLUSIVE, que fica na parte inferior esquerda do modulo Redrum, o Redrum tocara apenas as notas do canal nove caso existam notas no mesmo ponto para os dois canais. Isso é importante para evitar sons esquisitos, como de cymbal fechado e aberto tocando ao mesmo tempo. Após criar um pattern, por exemplo o pattern A1, podemos criar uma variação utilizando outro pattern, que pode ser o A2. Podemos criar a variação da mesmo forma que criamos o primeiro pattern, ou então,podemos copiar o pattern A1 e colar no pattern A2, utilizando os atalhos Ctrl+C e Ctrl+V e depois fazer as alterações necessárias. Quando habilitamos o ícone Edit Mode na janela do seqüenciador, notamos que a primeira janela não é mais a Key Edit e sim a Drum Edit. Podemos criar automações para diversos parâmetros utilizando o ícone Track Parameter Automation. Para criar uma automação onde aconteça a mudança de um pattern para outro, utilizamos o ícone Create Pattern Lane. O Redrum cria uma Note Lane, onde podemos indicar, com a utilização da ferramenta Pencil Tool, onde deve ser tocado o pattern A1, o A2 e assim por diante. Sequenciador do Redrum 23 KONG Sintese analógica, modelagem física, REX loops, geradores de som de apoio, efeitos, roteamento flexível e muito mais. O Kong Drum Designer não é apenas um modulo de bateria comum, mas um modulo que lhe permite obter um som requintado de cada peça da bateria. O Kong possui 16 Pads (blocos) onde podemos contruir cada peça da bateria individualmente utilizando nove módulos diferentes. Para selecionar o modulo que será aplicado em cada Pad, clique em Show Drum and FX, selecione o Pad (o numero 1, por exemplo), que ficará com a borda azulada, depois clique no botão com seta para baixo na janela Drum Module e selecione o modulo desejado entre os nove possíveis. Os nove módulos do Kong são: Synth Bass Drum: bumbo de modelagem analógica; Synth Snare: caixa de modelagem analógica; Synth Hi-Hat: chimbal de modelagem analógica; 24 Synth Tom Tom: tambores de modelagem analógica; Physical Bass Drum: bumbo de modelagem física; Physical Snare Drum: caixa de modelagem física; Physical Tom Tom: tambores de modelagem física; NN-Nano Sampler: modulo que trabalha com amostras de sampler; 25 Nurse Rex Loop Player: tocador de loop. O Nurse Rex Loop Player tem uma características interessante que é a possibilidade de tocar todo o loop, um pedaço do loop ou uma fatia do loop. Fazemos isso na janela Pad Settings (que fica ao lado dos 16 pads), no ícone Hit Type. Para tocar um pedaço do loop, utilizamos o ícone Drum Assignment onde podemos atribuir a um pad o mesmo modulo utilizado em outro pad. Por exemplo, se utilizamos um Nurse Rex Loop Player no pad 1 com um loop de bongo, podemos utilizar o mesmo modulo no pad 2 selecionando o botão 1 em Drum Assignment. Neste caso, quando utilizamos a opção Chunk Trig, o visor do Nurse Rex é dividido em duas partes (pad 1 e pad 2). Com o mouse podemos diminuir uma das partes aumentando a outra. É possível fazer isso com vários pads, dividindo o loop em várias partes. Além dos módulos o Kong oferece a possibilidade de adicionar outros equipamentos como Noise e Tone ou efeitos (Compressor, filter, Overdrive/Resonator, Parametric EQ, Rattler, Ring Modulator, Room Reverb, Tape Echo e Transient Shaper) conectados individualmente a cada modulo. MATRIX O Matrix é um modulo que funciona como o sequenciador do Redrum. Ele pode ser o sequenciador de qualquer modulo do REASON que não tenha sequenciador. Apertando a tecla Run o Matrix começa a tocar o som do modulo ao qual ele estiver conectado. No display, na parte de cima, temos as orientações das notas. Nele podemos escrever uma linha musical. Na parte de baixo definimos a intensidade da nota. Se clicarmos em Tie colamos uma nota na outra, criando notas mais longas. Podemos também criar um misto entre notas longas e curtas. Em cima do botão Tie, temos o slide que define a região da escala que estamos visualizando. Tie 26 Outra função do Matrix é controlar parâmetros. Para isso viramos o rack ao contrario. No painel traseiro conectamos a saída Curve CV do Matrix a alguma entrada de parâmetros de um modulo que queremos que o Matrix controle. Vire o rack para o painel frontal e mude o slide que está na opção Keys para a opção Curve. Agora é só desenhar a curva no display do Matrix que irá controlar o parâmetro do modulo de som. Se precisarmos de valores negativos na curva viramos o modulo novamente ao contrario e mudamos o slide, no painel traseiro do Matrix, da opção Unipolar para Bipolar. RPG-8 O RPG-8 Monophonic Arpeggiator é um arpejador usado para gerar ritmos monofônicos, linhas melódicas e acordes. Com uma ampla gama de controles e seletores de modo e uma tela grande mostrando valores e posições, este dispositivo nos dá total controle sobre o arpejo. No primeiro setor do modulo temos o knob Velocity que permite controlar um valor de velocidade (intensidade) entre 0 e 127 para as notas controladas por CV. Se girarmos este knob para o modo manual a velocidade é definida a partir do controlador midi ou o que você atribuir na janela Velocity da janela do seqüenciador (Edit Mode). Com os controles Octave Shift podemos alterar a oitava em que o arpejo está sendo tocado. No segundo setor temos o botão On que liga o arpejador. Temos também os controles Mode, Octave e Insert que controlam a forma como será feito o arpejo. No knob Rate definimos o tempo de execução do arpejo (se mais rápido ou mais lento). Com o botão Sync selecionado definimos os tempos através de figuras de valor (1/4 = semínima, 1/8 = colcheia, etc.) e com o botão Free selecionado definimos os tempos em Hertz. No terceiro setor temos um painel onde podemos definir o padrão rítmico do arpejo utilizando o botão Pattern. Para que o RPG-8 crie os arpejos precisamos definir as notas base que podem ser escritas na janela do seqüenciador no modo Edit Mode. Basta Define a região da escala Unipolar ou Bipolar 27 utilizar a ferramenta lápis (Pencil Tool) e escrever as notas que servirão de base para o RPG-8. COMBINATOR O Combinator, como o próprio nome diz, combina módulos. Funciona como se fosse um rack do REASON dentro do próprio REASON. Ele é muito utilizado para combinar timbres. Para isso basta seguir os seguintes passos: 1) Clique com o botão direito do mouse no espaço vazio do modulo Combinator; 2) Na janela que abre, arraste o mouse até a opção Create e depois, na tela que será aberta, clique para criar um mixer; 3) Após criar o mixer, crie também os módulos com os timbres que deseja combinar; 4) Faça a mixagem dos módulos no mixer e pronto. Todos os módulos serão conectados ao mixer e o mixer ao Combinator na entrada From Devices. Combinator será conectado a um mixer principal ou diretamente na Hardware Interface através da saída Combi Output. É assim quando criamos um Combinator de instrumentos. Os conectores Combi Input e To Devices são úteis para criar um Combinator de efeitos. Clicando com o botão direito do mouse no rack ou clicando no menu Create da barra de menu temos uma opção de Combinator chamada MClass Mastering Suite Combi. Este é um ótimo exemplo de como podemos criar um modulo de efeitos. Vire o rack para visualizar o painel traseiro. Observe que os módulos que estão dentro do Combinator estão conectados em série e que o último esta conectado em From Devices no Combinator. O conector To Devices está conectado no primeiro equipamento dentro do Combinator. No conector Combi Input estarão ligados os módulos que queremos processar. Este modulo Combinator serve para masterização, portanto é interessante começar o nosso rack a partir dele, pois assim, ele fica no ultimo estágio de processamento. EFEITOS Para processar os sons podemos conectar módulos de efeitos em um mixer ou diretamente nos módulos de som. Os módulos de efeito ficam no menu Create, assim como os módulos de som, e são divididos em três partes diferentes. Os primeiros que aparecem são os módulos de masterização (que Clique aqui 28 possuem MClass no nome), logo abaixo os módulos de efeitos avançados e abaixo desses, os módulos de feitos mais simples.Todos os módulos de efeito tem um medidor de sinal e uma chave com as posições Bypass, On e Off. A posição Bypass deixa o som original passar sem modificação. A posição On mistura o sinal original com o sinal processado. Na posição Off não passa nenhum sinal, nem o original e nem o processado. RV-7 O RV-7 Digital Reverb cria uma espacialidade para o som dando-lhe a característica de um ambiente. No primeiro campo definimos qual será o ambiente escolhido. Por exemplo, em Large Hall o ambiente será uma sala bem ampla, ao passo que em Medium Room o ambiente será um quarto. No knob Size mudamos o tamanho do ambiente. No knob Decay ajustamos a duração do efeito. O knob Damp atenua as freqüências altas (totalmente virado para a direita parece que o som está em um ambiente com paredes porosas; virado totalmente para a esquerda parece que o som está em um ambiente de azulejos, por exemplo). O knob Dry/Wet é onde ajustamos a relação de volume entre o sinal limpo e o processado (totalmente para a esquerda ouvimos apenas o sinal limpo enquanto que totalmente para a direita ouvimos apenas o sinal processado). DDL-1 O DDL-1 Digital Delay Line cria um eco que simplesmente vai repetir as notas que são tocadas. Assim como no RV-7, o knob Dry/Wet é onde ajustamos a relação de volume entre o sinal limpo e o processado. Podemos escolher o tempo de repetição das notas. Se estiver em Steps ele estará sincronizado a música. Sendo assim, podemos escolher a divisão do delay no display. Também é possível clicar em Unit selecionando a opção MS e escolher um valor no display em milisegundos. O knob Feedback vai controlar a quantidade de repetições e o knob Pan vai controlar a posição dessa repetição de acordo com o campo estéreo. Steps selecionado Selecionar a divisão do delay 29 D-11 O D-11 Foldback Distortion é um efeito de distorção. O knob Amount aumenta ou diminui a quantidade de distorção. O knob Foldback dá a característica de distorção, tornando a onda mais complexa conforme ela é distorcida. ECF-42 O ECF-42 Envelope Controlled Filter é um modulo de efeito que atua filtrando freqüências em valores fixos, com possibilidade de fazer isso com envelopes. Os envelopes atuam seguindo uma ordem cronológica, ou seja, é necessário ter eventos para ele trabalhar, seja escrevendo eventos na trilha Midi deste canal ou utilizando um seqüenciador como o Matrix. Se não enviarmos informações Midi para este efeito, ele irá trabalhar estático. O knob Freq muda a freqüência que está sendo processada e o knob Res controla a ressonância. Dica: Esse modulo fica muito interessante com um Delay conectado a ele. CF-101 O CF-101 Chorus/Flanger é um modulo que cria efeitos que vão modulando com o tempo. Para termos um som mais de Flanger utilizamos o Knob Delay para a esquerda e se quisermos um som mais de Chorus, utilizamos o knob para a direita. O knob Feedback vai realimentar o efeito criando uma modulação ainda maior. O campo LFO (Low Frequency Oscilator) vai ajustar a vibração do efeito. Podemos sincronizar o efeito com a musica clicando no botão Sync e ajustando o knob Rate (tempo do efeito) e o knob Mod Amount (quantidade). PH-90 O PH-90 Phaser é um modulo deslocador de fase ou efeito de temporização. Ele permite modular o som utilizando controles de freqüência (Freq), Split, Largura (Width), Feedback, LFO Rate, e LFO F.Mod. UN-16 O UN-16 Unison é um modulo similar ao CF-101. A diferença é que ele cria várias copias do som original, sendo que cada uma é um pouco desafinada. No botão Voice Count podemos escolher quantas cópias queremos (16, 8 ou 4). No knob Detune selecionamos o quanto serão desafinadas essas copias. O knob Dry/Wet funciona como em outros módulos de efeito que já vimos. 30 COMP-01 O COMP-01 Compressor/Limiter é um compressor. Ele cria um ganho automaticamente, aumentando o som com menos dinâmica. Ele possui ajustes clássicos de compressores que são: Ratio, Threshold, Attack e Release. Existe também um dispaly em led para que possamos ver o ganho de redução. Dica: Este modulo é muito bom para fazer ajustes em peças de bateria. PEQ-2 O PEQ-01 Two Band Parametric EQ é um equalizador paramétrico de duas bandas. No knob Gain definimos o ganho ou a redução que desejamos fazer. No knob Freq definimos a freqüência. No knob Q definimos a qualidade da onda. Clicando no botão passamos para a segunda freqüência (B). RV7000 O RV7000 Advanced Reverb é um reverberador estéreo que cria ambientações muito verdadeiras. Ele possui um programador que podemos abrir através do ícone Remote Programmer. Nele temos vários parâmetros que podem ser ajustados. Tudo depende do algoritimo escolhido. Utilizando o algoritimo Plate, por exemplo, podemos apenas ajustar o Damp das freqüências baixas (Low frequency Damp) e o Predelay. Mudando o algoritimo podem aparecer outras opções. No algoritimo Hall, por exemplo, podemos controlar, nos knobs que ficam a esquerda, o tamanho da sala (Size), a difusão da sala (Diffusion) e a forma da sala (Room Shape). Nos knobs que ficam a direita podemos controlar as reflexões primarias (ER->Late), a quantidade delas (ER Level), o Predelay e a quantidade de modulação (Mod. Amount). Outro recurso do RV7000 é equalizador. Para ligar o equalizador basta clicar em EQ Enable. Para visualizar os controles do equalizador basta clicar no botão Edit Mode deixando o led na opção EQ. Daí é só manipular os valores nos knobs que ficam do lado direito que são os mesmos do modulo PEQ-2. Do lado esquerda temos ajustes específicos de graves nos knobs Low Gain e Low Freq. No RV7000 também existe um Gate que pode ligado clicando no botão Gate Enable. Para visualizar os controles do Gate clicamos em Edit Mode deixando o led na opção Gate. O gate vai fechar ou abrir de acordo com a marcação do knob Threshold (limiar). O RV7000 possui vários Presets no refill Reason Factory Sound Bank, que podem ser escolhidos através do ícone Browse Patch. SCREAM 4 O SCREAM 4 Distortion é apenas um saturador de sinal. No segundo botão podemos escolher o algoritimo deixando o led na opção desejada. Os botões P1 e P2 servem para diferentes coisas, conforme o que está escrito ao lado do algoritimo que foi selecionado. Existem vários outros botões de ajuste, assim como também podemos selecionar presets utilizando o ícone Browse Patch. 31 BV512 O BV512 Digital Vocoder é um instrumento muito importante principalmente para a musica eletrônica. Todos os sons de vozes sintetizadas é feito com o vocoder. Para que ele funcione é necessário utilizar dois sons, um que module o outro. O som que vai dar qualidade final ao timbre tem que ser conectado na opção Carrier Input no painel traseiro e o som que vai modular esse timbre deve ser conectado em Modulator Imput. Para funcionar é necessário criar um evento na pista do modulo que vai agir como modulador utilizando a ferramenta Pencil Tool e ligar o ícone Loop na região de transporte, não se esquecendo de utilizar os marcadores L e R. EFEITOS PARA MASTERIZAÇÃO Os efeitos MClass Equalizer, MClass Stereo Imager, MClass Compressor e MClass Maximizer podem ser utilizados de forma agrupada dentro de um Combinator chamado MClass Mastering Suite Combi, mas também podem trabalhar separadamente. Eles módulos são próprios para masterização. O MClass Equalizer é um misto de equalizador paramétrico e shelving. São duas freqüências paramétricas (Param 1 e Param 2), Duas freqüências de shelving (Lo Shelf e Hi Shelf) e um Lo Cut. O MClass Stereo Imager manipula a imagem estéreo da música. Em Lo Band trabalhamos os graves e em Hi Band trabalhamos os agudos. Por exemplo, se queremos os graves em mono e os agudos abertos, giramos o knob Lo Band todo para a esquerda e o knob Hi Band para a direita. O knob X- OVER FREQserve para selecionar o ponto de corte (entre a atuação dos dos knobs graves e agudos) das freqüências. O MClass Compressor é um compressor com todos os recursos. O MClass Maximizer é um modulo que pode dar mais corpo a musica aumentando o volume sem deixar o sinal Clipar. SPIDER AUDIO E SPIDER CV Os Spiders (Spider Áudio Merger & Splitter e Spider CV Merger & Splitter) são modulos muito simples, porém muito interessantes, pois podem ser utilizados de várias maneiras: Criação de sub-grupos - o encaminhamento de sinais múltiplos a um canal único da mesa; Mesclando os sinais de entrada de efeito - tocando sinais múltiplos em uma unidade de efeito única; Divisão de um único sinal para destinos alternativos - quando você precisa que um único sinal seja encaminhado para pontos diferentes; Criar "pseudo" efeitos estéreo - dividir um sinal mono em dois, aplicar efeitos, pan esquerda e direita. O Spider Audio trabalha com sinais de áudio e o Spider CV com sinais CV utilizado para conexões de seqüenciadores. 32 REWIRE O rewire é uma tecnologia desenvolvida para a comunicação entre softwares, possibilitando por exemplo abrir o REASON dentro de outros softwares como o Pro-tools, Cubase, Sonar, etc. Existem dois tipos de rewire: O rewire de áudio e o rewire de midi. Quando utilizamos o rewire de áudio significa que o nosso projeto no REASON já está pronto e desejamos abrir este projeto dentro de um software multi- pista para gravarmos instrumentos acústicos. Quando utilizamos o rewire de midi estamos utilizando o REASON como um simples modulo de som. Assim não precisamos gravar as informações midi dentro do REASON, fazemos isso direto no software multi-pista. O rewire permite que os dois softwares fiquem totalmente sincronizados no tempo e nos marcadores. Para iniciarmos o rewire devemos definir qual software é o máster, que no caso, sempre vai ser o software multi-pista. O REASON sempre vai ser o slave, sendo assim, deve ser aberto depois do software multi-pista. Na hora de fechar o projeto sempre fechamos o slave primeiro para depois fechar o máster.