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1 Laís Flauzino | OTORRINOLARINGOLOGIA | 7°P MEDICINA 
Laringe 
4M1 – LARINGE 
EMBRIOLOGIA: 
6° semana de gestação: 
• Endoderma forma epitélio de revestimento da 
laringe, pavimentoso estratificado nas pregas 
vocais, ventrículos, pregas vestibulares e face 
laríngea da epiglote. 
• Cartilagem Tireóidea – 4 arco branquial 
• Cartilagem Cricoidea – 5 arco branquial 
 
ANATOMIA: 
 
 
Esqueleto da laringe: 
• Entre C3-C6 
• Consiste em nove cartilagens unidas por 
ligamentos e membranas 
• 3 são ímpares – tireóidea, cicróidea e epiglótica 
• 3 pares – aritenóidea, corniculada e cuneiforme 
 
 
Cartilagem tireóidea: 
• É a maior das cartilagens 
• Os 2 terços inferiores se suas 2 lâminas, se fundem 
anteriormente no plano mediano para formar a 
proeminência laríngea (pomo de Adão) 
• A margem posterior da cada lâmina se projeta 
superiormente como corno superior e 
inferiormente como corno inferior. 
 
Cartilagens aritenoideas: 
• Pares de pirâmides, se articulam com as partes 
laterais da margem superior da lâmina cricoidea. 
• Angula anterior forma a apófise vocal (inserção 
posterior das pregas vocais) 
• As articulações cricoaritenoideas permitem às 
cartilagens aritenoideas deslizarem, inclinarem 
para frente e para trás e girarem. 
 
 
Cartilagem cricóidea: 
• Anel de sinete com aro olhando anteriormente 
• Posterior é a lâmina e a anterior é o arco 
• Menor do que a tireóidea, mais espessa e mais 
resistente. 
• É o único anel completo de cartilagem a envolver 
parte da da via aerífera 
• Se fixa na margem inferior da cartilagem tireóidea 
por meio do ligamento cricotireóideo mediano e 
no primeiro anel traqueal por meio do ligamento 
cricotraqueal 
 
 
Cartilagem epiglótica: 
• Cartilagem recoberta com mucosa 
• Atrás da raiz da língua e do osso hióide, na frente 
do ádito da laringe, forma a parte superior da 
parede anterior e a margem superior do ádito da 
laringe. 
 
 
2 Laís Flauzino | OTORRINOLARINGOLOGIA | 7°P MEDICINA 
Rima: 
• O formato da rima varia de acordo com a posição 
das pregas vocais. 
• Respiração em repouso, a rima é estreita e 
cuneiforme. 
• Respiração forçada é larga. 
 
 
MÚSCULOS: 
Extrínsecos – movem a laringe como um todo 
• Levantadores da laringe: m. tireo-hióideo, 
m.estilo-hióideo, m. milo-hióideo, digástrico, 
estilofaríngico e palatofaríngico 
• Abaixadores da laringe: m. omo-hióideo, 
esterno-hióideo e esternotireóideo 
 
 
Intrínsecos: movem as partes laríngeas, fazendo 
alterações no comprimento e tensão das pregas 
vocais e no tamanho e formato da rima. 
• Adutores: aproximam as pregas vocais – 
cricoaritenóideos laterais, ariaritenóideos 
• Abdutor: afasta as cordas vocais – 
cricoaritenóideos posteriores (CAP – capitão, 
único abdutor, único que abre passagem) 
• Tensões: tireoaritenóideos lateral e medial (m. 
vocalis) – cricotireóideos 
 
 
NERVOS: 
Nervo vago (X) 
• Ramo laríngeo superior – gânglio inferior do nervo 
vago – divide-se em ramo interno (sensitivo e 
autônomo) e ramo externo (motor para o 
cricotireóideo) 
• Ramo laríngeo inferior – continuação do nervo 
laríngeo recorrente – motor para todos os 
músculos, exceto cricotireóideo 
 
 
FISIOLOGIA DA LARINGE: 
• Respiração 
• Fonação 
• Esfíncter 
 
3 Laís Flauzino | OTORRINOLARINGOLOGIA | 7°P MEDICINA 
 
 
LARINGOSCOPIA: 
• Forma (abaulamentos, retrações, assimetrias, 
edemas) 
• Superfície (irregularidade, alterações de cor, 
espessamentos, vasculodisgenesias) 
• Fonação (paralisias, fendas) – se está respirando 
ou não; pregas não se movimentam entrou em 
apneia 
• Distúrbios de vibração (redução, assimetria, 
assincronia) 
Faz a nasofibrolaringoscopia – pede para o pct 
inspirar fundo e observa se as duas pregas estão 
simétricas abertas, ou se uma está paralisada e a outra 
se move etc. 
 
PRINCIPAIS PATOLOGIAS LARÍNGEAS: 
• Disfonias funcionais: fonastenia, afonia histérica, 
disfonia epásticas 
Gritou muito, fez edema de prega vocal. 
Fonastenia – fala por muito tempo, cansaço fonatório 
Afonia – não produz som 
Disfonia – não produz som de maneira adequada 
• Malformações congênitas: laringomalácea (a 
criança não tem maturidade de todo sistema da 
laringe), diafragma laríngeo (membrana 
diafragma a mais fechando o espaço) laringocele 
• Lesões estruturais mínimas – alteração da 
irrigação, nódulos 
• Laringites agudas e crônicas – inflamação da 
laringe 
• Tumores 
• Perturbações da motilidade – pregas não se 
movimentam de maneira adequada. 
 
LARINGITE AGUDA INESPECÍFICA: 
Inflamação da laringe – pegou uma chuva, resfriado 
etc. 
Congestão, edema (não chega a fechar a laringe), 
alterações histológicas (principalmente quando tem 
duração maior), vasodilatação, infiltrado leucocitário, 
exsudato e eritema. 
Duração: +/- 8 dias, autolimitada 
Clínica: tosse 
• Crianças: maior gravidade (pq a laringe da 
criança é muito pequena), dispnéia grave Ex: 
epiglotite (a epiglote fica edemaciada também e 
não consegue mais abrir o suficiente para 
acontecer a respiração) 
• Adultos: menor gravidade: disfonia) 
Etiologia: 
• Bacteriana + frequente: Branhamella catarrhalis 
e Haemophilus influenzae 
• Viral (+ frequente na infância): rinovírus, 
coronavírus 
Tratamento: 
• Repouso vocal 
• Hidratação 
• Eliminação dos fatores pré-disponentes: DRGE 
(refluxo – ácido aumenta edema, lesão), tabaco, 
abuso da voz 
• ATB amplo espectro – levofloxacino (500mg 
1x/dia), amoxicilina com clavulanato (pode ter 
chance do pct usar errado e causar resistência 
bacteriana), ceftriaxona (hospitalar, quadro mais 
grave) 
• CTC em casos mais graves 
• Nebulização – controverso: pode usar só com SF 
0,9%, mas no caso de uma criança pode fazer 
inclusive com adrenalina. 
 
LARINGOTRAQUEÍTE, 
LARINGOTRAQUEOBRONQUITE OU CRUPE: 
Clínica: 
• Tosse ladrante 
• Estridor inspiratório 
• Graus variados de angustia respiratória 
Mais comum nas crianças. 
Etiologia: 
• Viral 
• Parainfluenza tipo 1 e 2 – eram comuns, mas 
existe vacina 
• Vírus sincicial respiratório (VSR) – ainda comum 
• Rinovírus e enterovírus – ainda comum 
 
 
 
Só para ter noção de dose. 
Dexametasona é boa – ação rápida, atravessa a 
barreira hematocefálica. 
 
 
Para saber se o pct está grave ou não em uma 
insuficiência respiratória aguda. 
Leve: pode ter um pouco de tiragem, mas nada 
importante 
Respiração normal Inspiração forçada Expiração ou fonação 
Expiração ou fonação 
 
4 Laís Flauzino | OTORRINOLARINGOLOGIA | 7°P MEDICINA 
Moderada: Agitação – entrando em hipóxia. 
Grave: agitação e rebaixamento do nível de 
consciência pq o pct está fazendo hipercapnia 
(aumento de CO2) e hipóxia. 
Ameaça à vida – cianose primeiro de extremidades e 
depois central. 
Leve – enfermaria ou casa se estiver compensado. 
Moderada, grave – deixa internado, monitorizado, 
saturação. 
Crianças passam muito rápido do estado moderado 
para o grave, mas ao mesmo tempo elas também tem 
uma resposta metabólica muito boa à medicação – 
consegue um resgaste muito bom. 
 
SÍNDROME DE OBSTRUÇÃO SUBGLÓTICA: 
Subglote (porção abaixo da glote, abaixo das pregas 
vocais, porção mais estreita das vias aéreas) inflamada 
edemaciada 
Edema de subglote 
• Causa mais comum de estridor agudo em criança 
• D diferencial laringomalacia: estridor crônico 
Laringomalacia = imaturidade da laringe da criança. 
O estridor na síndrome de obstrução subglótica é 
mais agudo. 
• Criança de 1 a 6 anos de idade – pico aos 18 
meses. 
Nesse período a laringe ainda é menor. 
• Incidência bianual (Viral) – inverno e outono. 
Troca muito importante da temperatura – maior índice 
de viremia e viroses em crianças. 
 
Diagnóstico: 
• Primariamente clínico – quanto tempo tem, se 
está indo para escola, se irmão está com sintomas 
tb 
• Exames complementares: 
videofaringolaringoscopia flexível (ambiente 
controlado) ou rígida. 
Ambiente controlado – a glote é muito pequena, se 
encosta e faz um broncoespasmo numa criança é 
muito pior.Então se for fazer é necessário ter material 
de reanimação, adrenalina disponível etc. 
 
Tratamento: 
• Umidificação do ar 02 (Tendas de O2) com 
monitorização 
Normalmente é um quadro que se arrasta, mas depois 
ele melhora. 
• Tranquilizar a criança e pais, manter o ambiente 
tranquilo 
• Corticóides (maioria autores: CTC o mais rápido 
possível após o dx: dexametasona 0,15 – 0,6 
mg/kg / budesonida 2 mg via inalatória) 
CTC pode ser usado. Dexametasona é preferível. Se 
não melhorar com corticoide, é necessário fazer 
adrenalina. 
• Adrenalina 
• Sedação é contra-indicada (piora da IRA). 
Normalmente não faz sedação para fazer a analgesia 
– pq se faz a sedação os músculos intrínsecos da 
laringe ficam relaxados e fecham piorando ainda mais 
a respiração da criança. Então evita a sedação, a não 
ser que tenha que ser intubada. 
 
EPIGLOTITE (SUPRAGLOTITE): 
• Infecção aguda que envolve estruturas 
superiores as pregas vocais (epiglote, 
aritenoideas e prega ariepiglótica) 
Bem típico ver a criança em insuficiência respiratória 
acaba ficando mais sentada e com o tórax para frente 
pq a epiglote cai um pouco para frente e a criança 
consegue respirar melhor. 
• Etiologia – bacteriana 
• Haemophilus influenzae tipo B (principal)- Gram -
. A grande redução dos casos pela vacina em 
1985 (hoje rara em crianças porém constante em 
adultos) 
• Staphylococcus aureus, streptococcus grupo A e 
B 
 
Clínica criança: 
• Instalação abrupta de angustia respiratória 
• Sintomas iniciais de dor de garganta e febre baixa 
• Disfagia, odinofagia intensa e febre alta – 
progessão doença 
• Dispneia grave com estridor inspiratório 
Clínica adulto: 
• Odinofagia, disfagia, aumento da salivação 
• Dispneia, rouquidão, adenopatia cervical 
Epiglote edemaciada, fechando o ádito da laringe, 
com hiperemia importante. Normalmente associada a 
estridor, pode evoluir para cianose. 
Em crianças a dispneia pode ser bem grave. 
Em adulto não é tão grave – faz uma rouquidão, 
disfagia – as vezes o repouso é suficiente. Adulto tem 
o sistema imune mais estruturado então pode fazer 
adenopatia cervical associada. 
 
Diagnóstico: 
• Emergência – principalmente em criança. 
• Clínico 
• Confirmação: laringoscopia direta flexível/rígida 
ou VDL - epiglote edemaciada, vermelho-cereja 
+ inflamação em aritenoides e pregas 
ariepiglóticas 
 
Tratamento: 
• Criança sentada (se deitada: queda epiglote 
piora a respiração) 
• Oxigenioterapia 
• ATB (ceftriaxona EV se intra-hospitalar) 
• CTC (indicada pela maioria dos autores: dexa IM) 
• Sempre hospitalar 
 
5 Laís Flauzino | OTORRINOLARINGOLOGIA | 7°P MEDICINA 
• IOT, TQT – intubação e traqueo se necessário 
 
 
Raio x cervical perfil – epiglote edemaciada sinal do 
polegar – a epiglote que era bem fina em folha, fica 
gordinha igual um polegar. 
 
LARINGITE CRÔNICA INESPECÍFICA: 
Inflamação da laringe arrastada que pode ter várias 
causas 
• Hipertrofia, metaplasia do epitélio + fibrose 
• Adultos 
• Sexo masculino 
Exposição aos fatores de risco: 
• Consumo abusivo de cigarro e álcool 
• Uso abusivo da voz 
• DRGE 
• Uso crônico de esteroides inalatórios (bombinhas, 
salbutamol) 
• Trabalho com exposição a agentes poluentes (pó 
de cimento, alcatrão, asbesto, níquel, cromo, 
pesticidas) 
• HPV (16) – piora a região e faz inflamação crônica 
 
Professores – uso abusivo da voz 
 
Avermelhado, pregas vestibulares edemaciadas. 
 
• Epitélio das pregas vocais exposto a agentes 
irritativos 
• Áreas de queratose (substituição do epitélio por 
queratina) 
• Progressão: Displasia leve → moderada → 
acentuada → carcinoma in situ → carcinoma 
infiltrativo 
 
Hipertrofia, metaplasia do epitélio + fibrose 
 
Sintomas: 
• Disfonia (mais frequente, início-intermitente) 
• Excessiva produção de muco 
• Tosse crônica, necessidade de limpar a garganta 
• Dispneia 
• Dor de intensidade variável – mas não é comum, 
normalmente é mais rouquidão 
 
Diagnóstico: 
• História clínica 
• Exame indireto (videolaringoscopia) 
• Videolaringoscopia direta com biópsia: Casos 
selecionados (se tiver lesão infiltrativa, displasia) 
 
Tratamento: 
• Abolir cigarro, álcool 
• Tratar RLF (refluxo – com pantoprazol 20mg dose 
dobrada - 40mg - no mínimo de manhã e a noite) 
e alergia respiratória 
• Interromper uso de CTC inalatórios 
Caso a pessoa tenha a necessidade de continuar 
usando o corticoide, uma alternativa é bochechar 
toda vez que fizer o uso do CTC inalatório para 
diminuir o risco de virar carcinoma. 
• Evitar exposição a poluentes 
• Fonoterapia – repouso vocal, melhorar a maneira 
como usa a voz e as pregas 
• Casos refratários ao tratamento clínico: biópsia 
excisional 
Hidratação também é importante. 
 
Seguimento: 
• Acompanhar recidiva 
• Cirurgia na suspeita de transformação maligno 
 
LARINGITE CRÔNICA – CANDIDÍASE 
• Hiperemia e edema de mucosa, placas brancas 
exudativas na superfície 
• Candidíase oral e faríngea (+ frequentes que 
laríngea) 
Corticoide piora, doenças imunológicas também 
pioram. 
 
Tratamento: 
• Suspender CTC inalatório quando possível 
(melhora 4-6 semanas após) 
• Candidíase laríngea: + antifúngicos orais 
• Prevenção em caso de uso obrigatório de CTC: 
uso de espaçador, bochechos e gargarejos após 
uso do inalante 
 
PARALISIAS LARÍNGEAS: 
• 2ª causa mais frequente de estridor em RN 
• Incomum, grande morbidade 
• Bilateral – gravidade é maior e pode gerar 
quadros aspirativos, 
pct pode não conseguir fazer a abertura e se não fizer 
a ventilação positiva o pct não consegue respirar 
sozinho. 
 
6 Laís Flauzino | OTORRINOLARINGOLOGIA | 7°P MEDICINA 
• Unilateral – disfonia ou choro fraco, pode ser 
oligossintomáticas 
Pct consegue respirar sozinho. 
• Congênitas/adquiridas 
Adquiridas – inervação do X, o laríngeo recorrente 
direito e esquerdo, do lado esquerdo passa por baixo 
do arco aórtico, então em cirurgias com manipulação 
cardiológica aumenta o risco de paralisia laríngea. 
Quando tira a tireoide também pode provocar essa 
paralisia. 
 
Clínica: 
• Estridor 
• Cianose 
• Apnéia 
• Dificuldade de mamada – aspiração 
• Retração intercostal 
• Disfonia 
• Alterações do choro e da fala 
 
 
 
Paralisa unilateral: o lado direito não está funcionando 
– está mais reto – posição paramediana. 
 
Paralisia unilateral: lado esquerdo paralisado, 
posição paramediana (quase ao meio) – posição 
mediana da prega vocal. 
 
Causas: 
Infecciosas: 
• Meningite 
• Encefalite 
• Poliomielite 
Traumáticas: 
• Intraparto, cirúrgicas, hipóxia 
• Distocia de ombro 
• Pós IOT (compressão do nervo laríngeo 
recorrente pelo balão ou pela própria cânula na 
parte superior da cartilagem tireóidea) 
 
Diagnóstico: 
• Laringoscopia rígida e videonasolaringoscopia 
(flexível) 
• Eletromiografia laringea: prognóstico da 
paralisia 
• Tomografia – pct pode alguma outra alteração 
estrutural pós intubação por exemplo. 
 
Tratamento: 
• PRIORIDADE → Boa VA e garantir nutrição 
adequada 
Sonda pq pct pode broncoaspirar. 
• Traqueostomia é necessária em 50 – 80% com PL 
bilateral 
• 20% em PL unilateral 
• SNG e Gastrostomia – PL Bilateral 
• PL BILATERAIS – traqueostomia, lateralizacão 
(cirurgia para as pregas ficarem abertas), 
medialização e reinervação 
 
• Dilatação glótica via endoscópica – balão para 
dilatar a região 
• Aritenoidectomia a laser – retira as aritenóideas 
para tentar ter mais espaço 
• Cordotomia Posterior 
• Aritenoidopexia – abertura e fixação das 
aritenoideas 
• Interposição de enxerto de cartilagem costal na 
lâmina posterior da cricoide 
• Traqueotomia 
• Botox – o CAP abre, se colocar botox no anterior 
ele fica mais aberto. 
 
LARINGOMALÁCIA: 
• Causa mais frequente de estridor inspiratório em 
lactentes (45-75%) 
Imaturidade da laringe das crianças. Quando nascem 
a laringe é muito pequena ainda, até consegue 
 
7 Laís Flauzino | OTORRINOLARINGOLOGIA | 7°PMEDICINA 
mamar, é uma baixa utilização de oxigênio. Quando 
ela começa a mamar com mais vigor, depois do 10° 
de vida, a criança vai ter um esforço respiratório 
aumentado e ela pode evoluir com 8 meses de vida 
com estridor inspiratório importante – o bebê respira 
e a epiglote cai. 
• Fisiopatologia: alteração anatômica, cartilaginosa 
e neuromuscular 
• Piora durante esforço 
• Início nas primeiras semanas de vida, piora entre 
4-8 meses e remissão 18-24 meses 
• Laringoscopia: colabamento das estruturas 
supraglóticas durante inspiração 
 
Classificação Olney: 
• I: prolapso da mucosa redundante das 
aritenoides e acessórias (cuneiformes e 
corniculadas) 
• II: encurtamento das pregas ariepiglóticas 
• III: queda posterior da epiglote sobre o ádito 
 
Tipo I: aritenóideas maiores acabam caindo sobre o 
ádito da laringe e a criança não consegue respirar 
bem. 
Tipo II: as pregas ariepiglóticas são encurtadas – sinal 
de ômega. Também diminui o ádito. 
Tipo III: colabamento total da epiglote para dentro 
das estruturas. Fecha o ádito. 
Então se no tipo I o pct tiver peso adequado, tem 
estridor, mas consegue se alimentar, não faz cirurgia. 
Se ele começa não conseguir se alimentar, faz mais 
estridor, perde peso ai pensa em cirurgia. 
Tipo II e III normalmente são mais graves. 
 
tipo II 
 
Diagnóstico endoscópico: 
• Pregas ariepiglóticas curtas, difícil visualização 
das pregas vocais, edema de glote posterior, 
epiglote longa e retroposicionada, hipertrofia dos 
tecidos posteriores da laringe. 
Consenso Internacional Laringomalácia: 
• Leve: estridor inspiratório sem outros achados 
• Moderada: tosse, engasgos, regurgitação, 
dificuldade alimentar 
• Grave: apneia, cianose, dificuldade de ganho 
ponderal, hipertensão pulmonar, cor pulmonale 
• Fatores de risco: APGAR, comorbidades, lesão 
sincrônica, saturação O2 basal em repouso 
 
Tratamento: 
• Benigno: expectante, fonoterapia, DRGE 
• Casos graves: supraglotoplastia, laser CO2, 
bons resultados (90%) 
• Vit D e Ca 
Vitamina D e Cálcio – vit d melhorar a maturação da 
cartilagem e cálcio ajuda na absorção. 
 
CASO CLÍNICO: 
Pct sexo feminino, 8 meses de idade, chega no pronto 
atendimento com os pais – refere estridor inspiratório 
quando a criança chora, começou a mais ou menos 
um dia. Dieta adequada, não teve perda de peso. 
Ganho ponderal normal. 
Hipótese diagnóstica: laringite aguda inespecífica, 
paralisia laríngea (mas teria a clínica desde que 
nasceu), laringomalácia, epiglotite aguda. 
Conduta: raio x de perfil para saber se é epiglotite, 
laringoscopia se disponível. Hemograma (se 
bacteriana ou viral) 
A naso veio com o padrão ômega - encurtamento, 
edemaciado, hiperemiado – laringomalácia associado 
a um quadro viral.

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