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Prévia do material em texto

APERFEIÇOAMENTO PEDAGÓGICO EM 
LÍNGUA PORTUGUESA
Professor Doutor Luiz Fernando Martins de Lima
Professora Especialista Juliana Spadoto
Reitor
Márcio Mesquita Serva
Vice-reitora
Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva
Pró-Reitor Acadêmico
Prof. José Roberto Marques de Castro
Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação 
Comunitária
Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva
Pró-reitor Administrativo
Marco Antonio Teixeira
Direção do Núcleo de Educação a Distância
Paulo Pardo
Coordenação Pedagógica do Curso
Fabiana Aparecida Arf
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico
B42 Design
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos 
que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A 
violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Universidade de Marília 
Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001 
CEP 17.525–902- Marília-SP
Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia
F385m sobrenome, nome
 nome livro / nome autor. nome /coordenador (coord.) - Marília: 
Unimar, 2021.
 PDF (00p.) : il. color.
 ISBN xxxxxxxxxxxxx
 1. tag 2. tag 3. tag 4. tag – Graduação I. Título.
 CDD – 00000
2
BOAS-VINDAS
Ao iniciar a leitura deste material, que é parte do apoio pedagógico dos 
nossos queridos discentes, convido o leitor a conhecer a UNIMAR – 
Universidade de Marília.
Na UNIMAR, a educação sempre foi sinônimo de transformação, e não 
conseguimos enxergar um melhor caminho senão por meio de um ensino 
superior bem feito. 
A história da UNIMAR, iniciada há mais de 60 anos, foi construída com base 
na excelência do ensino superior para transformar vidas, com a missão 
de formar profissionais éticos e competentes, inseridos na comunidade, 
capazes de constituir o conhecimento e promover a cultura e o intercâmbio, 
a fim de desenvolver a consciência coletiva na busca contínua da valorização 
e da solidariedade humanas.
A história da UNIMAR é bela e de sucesso, e já projeta para o futuro novos 
sonhos, conquistas e desafios.
A beleza e o sucesso, porém, não vêm somente do seu campus de mais de 
350 alqueires e de suas construções funcionais e conectadas; vêm também 
do seu corpo docente altamente qualificado e dos seus egressos: mais 
de 100 mil pessoas, espalhados por todo o Brasil e o mundo, que tiveram 
suas vidas impactadas e transformadas pelo ensino superior da UNIMAR.
Assim, é com orgulho que apresentamos a Educação a Distância da UNIMAR 
com o mesmo propósito: promover transformação de forma democrática 
e acessível em todos os cantos do nosso país. Se há alguma expectativa 
de progresso e mudança de realidade do nosso povo, essa expectativa 
está ligada de forma indissociável à educação.
Nós nos comprometemos com essa educação transformadora, 
investimos nela, trabalhamos noite e dia para que ela seja 
ofertada e esteja acessível a todos. 
Muito obrigado por confiar uma parte importante do seu 
futuro a nós, à UNIMAR e, tenha a certeza de que seremos 
parceiros neste momento e não mediremos esforços para 
o seu sucesso! 
Não vamos parar, vamos continuar com investimentos 
importantes na educação superior, sonhando sempre. 
Afinal, não é possível nunca parar de sonhar! 
Bons estudos!
Dr. Márcio Mesquita Serva
Reitor da UNIMAR
3
Que alegria poder fazer parte deste momento tão especial da sua vida! 
Sempre trabalhei com jovens e sei o quanto estar matriculado 
em um curso de ensino superior em uma Universidade de 
excelência deve ser valorizado. Por isso, aproveite cada 
minuto do seu tempo aqui na UNIMAR, vivenciando o ensino, 
a pesquisa e a extensão universitária. 
Fique atento aos comunicados institucionais, aproveite as 
oportunidades, faça amizades e viva as experiências que 
somente um ensino superior consegue proporcionar.
Acompanhe a UNIMAR pelas redes sociais, visite a sede 
do campus universitário localizado na cidade de Marília, 
navegue pelo nosso site unimar.br, comente no nosso blog 
e compartilhe suas experiências. Viva a UNIMAR!
Muito obrigada por escolher esta Universidade para a 
realização do seu sonho profissional. Seguiremos, 
juntos, com nossa missão e com nossos valores, 
sempre com muita dedicação. 
Bem-vindo(a) à Família UNIMAR.
Educar para transformar: esse é o foco da Universidade de Marília no seu 
projeto de Educação a Distância. Como dizia um grande educador, são 
as pessoas que transformam o mundo, e elas só o transformam 
se estiverem capacitadas para isso.
Esse é o nosso propósito: contribuir para sua transformação 
pessoal, oferecendo um ensino de qualidade, interativo, 
inovador, e buscando nos superar a cada dia para que você 
tenha a melhor experiência educacional. E, mais do que isso, 
que você possa desenvolver as competências e habilidades 
necessárias não somente para o seu futuro, mas para o seu 
presente, neste momento mágico em que vivemos.
A UNIMAR será sua parceira em todos os momentos de 
sua educação superior. Conte conosco! Estamos aqui para 
apoiá-lo! Sabemos que você é o principal responsável pelo 
seu crescimento pessoal e profissional, mas agora você 
tem a gente para seguir junto com você. 
Sucesso sempre!
Profa. Fernanda 
Mesquita Serva
Pró-reitora de Pesquisa, 
Pós-graduação e Ação 
Comunitária da UNIMAR
Prof. Me. Paulo Pardo
Coordenador do Núcleo 
EAD da UNIMAR
4
008 Aula 01:
014 Aula 02:
021 Aula 03:
028 Aula 04:
042 Aula 05:
052 Aula 06:
060 Aula 07:
076 Aula 08:
086 Aula 09:
098 Aula 10:
104 Aula 11:
112 Aula 12:
124 Aula 13:
135 Aula 14:
Pré-Escrita
Primeiro Rascunho
Reescrita
Revisão
Redação técnica
Estratégias de Escrita
Coesão e Coerência
Inadequações Entre Fala e Escrita
Homônimose Parônimos 
Formas de Porquês
Verbos Problemáticos
Vícios de Linguagem: Você Tem?
Erros Comuns da Língua Portuguesa
O Novo Acordo Ortográfico
5
Introdução
Olá, estudante!
Iniciamos esta disciplina com o desejo de que você se surpreenda ao ver como é bom
rever língua portuguesa, comunicação, produção de textos e gramática com outro
olhar!  
Muitos graduandos se perguntam: “Por que tenho que estudar comunicação ou língua
portuguesa se não vou utilizar o texto como ferramenta principal do meu ofício?” - será
que não vai? Esse questionamento é justamente nosso ponto de partida nesta
disciplina.
Neste material você vai re�etir sobre a necessidade de ter consciência de que a boa
comunicação, além de ser nosso cartão de visitas, é prova de que tivemos estudo em
nível superior e somos indivíduos que necessitam de uma boa comunicação para o
sucesso tanto pessoal quanto acadêmico e pro�ssional. O tratamento dado à língua
enfatiza seu conhecimento de mundo e suas diferentes formas de interagir. O jeito que
você usa as modalidades oral e escrita, formal e informal, é o que dá status a cada uma
delas, conferindo-lhes poder de expressão e de convencimento em dada circunstância.
Além disso, escrever pode ser um desa�o para muitas pessoas, inclusive para você que
está no Ensino Superior. Como começar aquele texto que o professor pediu ou o artigo
que queremos submeter a uma revista? Se você, um dia, já se sentou diante da tela em
branco do Word e se sentiu intimidado por aquele cursor piscando que parecia zombar
de sua inabilidade de colocar palavras na tela, saiba que você não é o único. Mas saiba
também que há modos de fazer aquele pequeno cursor simplesmente continuar se
movendo, que há um jeito relativamente fácil de palavras acabarem encontrando seu
lugar.
Hesitar na hora de escrever qualquer texto é comum porque muitas pessoas �cam
preocupadas demais com o resultado, já pensando no produto �nal da escrita antes
mesmo de começarem. Contudo, escrever é uma jornada, é um processo, e você não
precisa saber exatamente aonde esse caminho o levará antes mesmo de dar o primeiro
passo, a�nal, enquanto escreve, você vai pensando sobreo assunto e testando ideias,
formando o que será o produto �nal.
6
Quanto à presente disciplina, vamos pensá-la em duas partes: nas quatro primeiras
aulas detalharemos o processo de escrita e mostraremos como esse processo acaba
transformando qualquer produção textual em algo simples e que resulta em um bom
texto. Na sequência abordaremos assuntos gramaticais tais como escrita técnica,
problemas de concordância, vícios de linguagem e erros comuns da língua portuguesa.
Esperamos que você faça bom uso deste material. Aproveite o momento para re�etir
sobre o jeito como você se comunica e para se conscientizar da importância da leitura,
além de sanar eventuais dúvidas acumuladas ao longo do tempo.
Bons estudos! 
7
01
Pré-Escrita
8
Escrever sempre esteve presente em nosso dia a dia, seja no ato de redigir um
bilhete, uma mensagem para um amigo, um e-mail, um status nas redes sociais.
Contudo, no contexto do ensino superior, escrever se reveste de uma nova
importância, e, desse modo, essa atividade que nos é tão familiar e que fazemos sem
nenhuma di�culdade pode se tornar uma fonte de preocupação e estresse. Muitas
vezes, durante nossa vida acadêmica, precisaremos escrever sob uma certa pressão,
pois não estamos escrevendo apenas por que queremos, mas por que precisamos
entregar um trabalho para receber nota em alguma matéria, queremos escrever um
artigo para uma certa revista ou até mesmo precisamos entregar nosso trabalho �nal
para conseguirmos nossa titulação.
Porém, há certos aspectos fundamentais no processo de escrita que facilitam a vida
de todos que os conhecem, assim como também ajudam aqueles que têm di�culdade
em começar a escrever ou se sentem desconfortáveis em apresentar um texto já
pronto. E são esses aspectos que iremos abordar a seguir. 
Procurando um Tema
É óbvio que você não pode simplesmente se sentar e começar sem ter ideia alguma
sobre o que irá escrever. Contudo, você não precisa já saber exatamente como seu
texto será no ponto de chegada, tudo o que você precisa nesse momento é saber qual
é o seu ponto de partida.
Em nossa carreira acadêmica, o mais comum é que, quando nos propomos a
escrever, já sabemos, de modo geral, o assunto que deve ser tratado no texto. Os
professores pedem trabalhos, as revistas acadêmicas abrem chamadas para
publicação sobre um assunto especí�co, os trabalhos de conclusão seguem um tema
já previamente escolhido. E apenas esse tema geral já é o su�ciente para ser nosso
ponto de partida.
Com base nessa proposta de texto, de�niremos o tema especí�co. Para tomar essa
decisão, há várias coisas que você pode fazer. Por exemplo, pode conversar com
colegas e professores sobre o assunto e, talvez, em meio à conversa, uma ideia para o
tema do seu texto surja. Você também pode pesquisar em livros ou em sites
con�áveis na internet, e, entre todas as informações que conseguir, provavelmente
um ângulo que o agrade para abordar o assunto surgirá.
9
Contudo, há também um terceiro modo de se eleger um tema para seu texto, um
método chamado de “escrita livre”.
Escrita Livre
Ideias constantemente passam em nossa mente, nós nunca estamos pensando em
nada, e a escrita livre é um meio de colocar essas ideias, que podem parecer caóticas,
no papel. Desse modo, �ca muito mais fácil organizá-las, analisá-las e desenvolvê-las.
A escrita livre é muito simples. Consiste apenas em escrever tudo o que passa pela
sua cabeça sobre certo assunto por alguns minutos. Escreva por mais ou menos dez
minutos, sem parar para julgar, melhorar ou corrigir. A forma do texto não é
importante nesse momento. Se obrigue a continuar escrevendo até o �m do tempo
estipulado, mesmo se achar que já esgotou tudo o que podia dizer sobre o tema
escolhido. Se for necessário, olhe-o por um novo ângulo e continue escrevendo.
Quando estiver fazendo isso e encontrar uma ideia que lhe agrade, concentre-se
nessa ideia, tentando colocar nela quantos detalhes conseguir.
Depois, releia tudo e marque as ideias que gostou. Escolha uma ou mais entre elas
para ser o tema especí�co do seu texto. Agora que você encontrou o verdadeiro
objeto da sua escrita, está na hora de seguir em frente. 
Você está Realmente Pronto
para Seguir em Frente?
É possível julgar que, uma vez ciente do assunto especí�co do texto, já seja possível
continuar o processo da escrita. Porém, antes de passar para a próxima fase, o
melhor é fazer a si próprio as seguintes perguntas:
1 – A ideia me interessa pessoalmente?
Lembre-se de que você terá de pesquisar bastante e escrever e reescrever várias
vezes sobre o assunto escolhido. Todo o projeto será bastante tedioso, e
provavelmente fadado a ser abandonado ou a ter um resultado inferior, se você se
propuser a escrever sobre algo que não lhe interessa ou agrada.
10
O fato de o tema geral já ser pré-determinado, por um professor ou revista ou projeto
previamente escolhido, não é motivo para que você decida que não irá gostar de
escrever sobre ele e nem ao menos ir pesquisar para descobrir os diferentes pontos
de vista sob os quais o tema pode ser abordado. Lembre-se que qualquer assunto
que exista tem tantas rami�cações e pode ser estudado por tantos ângulos que é
virtualmente impossível nenhum deles despertar sua curiosidade.
Além disso, sua audiência provavelmente irá perceber sua falta de comprometimento
com o assunto quando ler o produto �nal e �cará tão entediada ao ler seu texto
quanto você estava ao redigi-lo.
2 – Tenho tempo su�ciente para escrever sobre esse tema como ele
demanda?
Algumas vezes, uma boa ideia, para ser desenvolvida de modo apropriado, precisa de
mais tempo do que o prazo que temos. Nesse caso, volte ao início e encontre outra
ideia, uma que você consiga tratar adequadamente no prazo estabelecido.
3 – Tenho tudo o que preciso?
Certi�que-se que você tenha acesso aos livros necessários para realizar sua pesquisa.
Você pode ter esses livros em sua casa, ou pegá-los de uma biblioteca ou emprestá-
los de um amigo.
No caso de o assunto que você irá abordar no texto necessitar de um componente
prático ou experimental, veri�que se todo o material está à sua disposição. Você pode
consultar o laboratório de sua faculdade para saber se ele possui tudo o que você
precisa e perguntar como funciona o acesso de estudantes a ele. Claro que o único
modo de você saber o que irá precisar é se pesquisar sobre o assunto. Então, nesse
ponto, seu estudo do objeto sobre o qual irá escrever já está se aprofundando.
Caso você descubra que não poderá reunir todo o material que precisa para sua
pesquisa, retorne um passo e encontre outro tema. É melhor descartar um tema que
não pode ser abordado de modo satisfatório agora, do que ter como resultado um
texto com ideias ou argumentações fracas. 
11
Antes de passar da fase de pré-escrita para a produção do primeiro
rascunho, certi�que-se que está contente com o assunto sobre o qual irá
escrever e que tem o tempo e material necessários para abordá-lo de modo
satisfatório.
Desenvolvendo um Plano de
Escrita
Agora que você já tem seu tema e sabe que tem acesso a todo o material necessário,
tudo o que você precisa é de um plano. Organizar suas ideias é muito importante,
principalmente se você estiver escrevendo um trabalho acadêmico ou artigo cientí�co.
O primeiro passo é rever todos os detalhes que conseguiu juntar até agora (seu tema,
suas ideias, o material necessário) e ver se consegue deslumbrar como o produto �nal
pode ser. Se tudo ainda estiver muito vago, talvez seja melhor pesquisar um pouco
mais sobre o assunto ou retornar à escrita livre e ver o que mais consegue com ela.
Mas, se você já consegue ter uma ideia de como seu texto vai �car no �nal, signi�ca
que já tem tudo o que precisa para seguir em frente.
Depois, organize suas ideias. Você pode criar uma lista, apenas colocando as ideias
em tópicos; um agrupamento, no qual as ideias se juntam umas às outras como
galhos de uma árvore; ou já fazer um esboço, no qual você coloca seu tema principal
e os subtemas que nasceram dele, com as ideias para apoiaremsuas a�rmações ou
ponto de vista. Claro que você não pode organizar ideias e argumentos que ainda não
tem. Nesse estágio, sua pesquisa sobre o tema escolhido estará bastante avançada e
você precisa dominar o assunto sobre o qual irá escrever. 
12
Fonte: Disponível aqui
O Portal de Periódicos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), é uma biblioteca virtual que reúne e disponibiliza a
instituições de ensino e pesquisa no Brasil o melhor da produção cientí�ca
internacional. Ele conta com um acervo de mais de 45 mil títulos com texto
completo, 130 bases referenciais, 12 bases dedicadas exclusivamente a
patentes, além de livros, enciclopédias e obras de referência, normas
técnicas, estatísticas e conteúdo audiovisual.
Por �m, escreva um único parágrafo. Ele lhe dará uma ideia da direção para qual seu
texto está indo, ajudará a clarear suas ideias e a julgar se você já se preparou o
su�ciente para começar a escrever sobre o assunto ou se está com di�culdades e
precisa retomar a pesquisa. Nele, tente ser claro em relação ao tema que será tratado
no decorrer do texto.
Se você chegou até aqui e já selecionou seu assunto principal, já sabe como irá tratá-
lo, arrumou seu material de apoio e ainda por cima tem seu parágrafo escrito, isso
signi�ca que você está pronto para começar a escrever seu primeiro rascunho.
13
http://www.periodicos.capes.gov.br/
02
Primeiro Rascunho
14
Chegou o momento de efetivamente começar a escrever seu texto. Toda a sua
pesquisa e ponderação sobre o assunto o trouxeram até aqui. Neste momento, você
começará a ver como será seu produto �nal.
Quando começar seu primeiro rascunho, tente escrever o máximo possível de uma
vez só, enquanto toda a sua pesquisa e ideias geradas na pré-escrita ainda estão
frescas em sua cabeça. Enquanto escreve, baseie-se no plano que traçou, mas
lembre-se de que ele é apenas um guia. Se sentir que seu plano deve ser modi�cado,
não tenha medo de fazer isso. Talvez uma ideia mais interessante surja enquanto
estiver escrevendo, ou mesmo um ponto de vista novo. Não ignore isso apenas
porque não fazia parte do seu plano original. Se você perceber que essa nova
perspectiva pode melhorar seu texto, mude seu plano para acomodá-la; se sentir que
apenas estará se perdendo no caminho, saindo pela tangente em um assunto que
não necessariamente trará nada de importante para o seu texto,  mantenha-se no seu
plano.
Agora que você está começando a escrever o que futuramente se tornará seu texto
pronto, pode ser que tudo esteja indo bem. Você conhece o assunto, sabe como tratá-
lo, sabe que caminho seguir e, desse modo, sua escrita está �uindo e você não está
tendo di�culdades.
Contudo, pode acontecer também de você não estar achando tão fácil assim colocar
aquelas primeiras palavras no papel, por mais que já saiba sobre o que quer escrever
e de que modo. Nesse caso, há algumas dicas para sair desse momento inicial de
hesitação. 
Escreva Naturalmente
Uma ótima dica para você começar e escrever é escrever como se ninguém estivesse
lendo, pois, na verdade, ninguém está mesmo. Lembre-se que esse é apenas o
primeiro rascunho, não o texto �nal que será lido por outras pessoas (e, também,
provavelmente julgado). Se, nesse momento do processo da escrita, você se importar
demais com as opiniões que seu futuro interlocutor terá sobre seu texto, você pode
�car tão preocupado em achar a palavra perfeita, a cadência adequada da frase,
cumprir todas as regras gramaticais, que provavelmente irá travar diante do papel em
branco.
15
Então, se isso acontecer, pense que ninguém lerá o que você está escrevendo nesse
momento. Depois do primeiro rascunho, o texto pode passar por quantas melhorias
forem necessárias antes de que a primeira pessoa, além de você, o leia. Então, não se
preocupe tanto. Isso já pode ser o su�ciente para soltá-lo e permitir que você comece
a colocar as palavras no papel. 
Seja Honesto
Não tente mentir para seu leitor. Se você não conhece algum assunto o su�ciente
para escrever sobre ele, volte para a pesquisa e aprenda mais. Não tente �ngir saber
algo que realmente não sabe, pois, desse modo, seus leitores irão perceber e sua
escrita irá perder credibilidade. Além disso, é muito mais difícil escrever sobre algo
que você não conhece. Nesse caso, você terá que parar de escrever a cada momento
para conferir se sua informação está certa ou não, ou, pior ainda, irá apenas juntar
um monte de palavras umas atrás das outras, sem muito signi�cado, pois estará
tentando apenas colocar a quantidade de palavras na folha que sua tarefa pede, ao
mesmo tempo que tenta transmitir o mínimo de informações possíveis, para diminuir
a chance de escrever algo absurdo.
16
Acredite, enrolar é muito mais trabalhoso (tirando ser inútil e uma perda do seu
tempo) do que simplesmente ir pesquisar para conhecer melhor o assunto. Além
disso, não tente escrever com a linguagem de outra pessoa. Tentar imitar as
construções de frase ou escolha vocabular de outra pessoa não irá ajudá-lo a escrever
seu primeiro rascunho. Se você não acha que seu texto está formal o su�ciente para a
tarefa pedida, não se preocupe. Não se importe com isso agora. Será possível
adequar melhor o texto para seu público mais adiante. 
No primeiro rascunho, não se preocupe com a forma do seu texto, mas
somente no conteúdo. Coloque suas ideias no papel e se preocupe com a
linguagem adequada para expressá-las apenas na próxima etapa.
Como Começar
O primeiro parágrafo é muito importante, pois ele deve mostrar qual será o assunto
tratado, despertar a curiosidade do leitor para que ele continue lendo, estabelecer a
linguagem e o tom usados pelo resto do texto. Contudo, você não precisa se
preocupar com tudo isso agora, pois ainda está escrevendo o primeiro rascunho. A
linguagem, por exemplo, pode ser re�nada e ajustada na reescrita. Mas seria bom,
nesse momento do processo, pensar em como apresentar o tema para seu leitor e
como despertar o interesse para o resto do texto. Há algumas maneiras de compor
esse parágrafo inicial que podem ajudá-lo a alcançar esses objetivos.
17
Citação
Você pode começar seu texto com uma citação, desde que ela seja relevante para o
assunto que será tratado. Mas tome cuidado com citações da internet. Muitas delas
são simplesmente inventadas e atribuídas, quase aleatoriamente, a alguém
conhecido. Você pode encontrar uma boa citação no próprio material que juntou para
sua pesquisa.
Mostre a Conclusão
Dê a seu leitor uma pequena dose da sua conclusão, para que, desse modo, ele �que
curioso para acompanhar seu raciocínio e ler sobre o seu processo.
Faça uma Pergunta
Você também pode provocar seu leitor com uma pergunta. Essa pergunta pode não
ter resposta, desde que ela seja ornamental em relação ao assunto. Por exemplo,
você poderia escrever: “Não é um prazer, uma vez que se aprendeu algo, colocá-lo em
prática nas horas certas?” Contudo, não faça uma pergunta que pode ser respondida
se não for respondê-la em seu texto.
Simplesmente Comece
Se você conhece seu assunto, sabe o que quer escrever, aonde quer chegar, mas,
ainda assim, não parece conseguir sair da hesitação inicial e o papel em branco ainda
o intimida demais, simplesmente comece. Você pode começar com a primeira coisa
que lhe vem à cabeça, como: “Presta atenção, porque pelas próximas páginas eu vou
te ensinar tudo que eu sei sobre o livro 1984, de George Orwell. Então, sente-se aí,
�que quieto e aproveite a viagem”. Obviamente, essa não é uma frase que irá sair do
18
primeiro rascunho. Contudo, se você não tem a mínima ideia de como começar a
escrever, talvez escrever algo informal pode lhe dar o empurrão inicial que precisa
para ir em frente.
Você está Realmente Pronto?
Se você chegou até aqui e assim mesmo não está conseguindo escrever seu primeiro
rascunho, eu tenho uma má notícia. Talvez não estivesse tão pronto como achava que
estava para seguir em frente depois da pré-escrita. Pode ser que precise pesquisar e
conhecer mais seu assunto, ou desenvolver melhor suasideias, ou delinear mais uma
vez seu plano.
Mas não se preocupe. Isso é normal. Algumas vezes nós só percebemos que temos de
pesquisar melhor sobre algum tema quando já estamos escrevendo sobre ele e
vemos o quão complexo ele pode ser. Ou simplesmente percebemos que nosso plano
inicial não está dando tão certo quanto achávamos que daria.
Nesse caso, apenas pesquise mais, aprenda mais, trace melhor seu plano, depois
volte a escrever. Não tente ir em frente sem estar preparado. Você não apenas
perderá seu tempo, �cando horas olhando para a tela do computador sem ter a
mínima ideia do que digitar, como seu trabalho não �cará tão interessante quanto
poderia ser. Sem contar o estresse e desgaste pela frustração de não estar
conseguindo seguir em frente. É muito mais difícil, entediante e estressante lidar com
um assunto desconhecido do que com algo que você entende e sobre o qual quer
aprender mais. 
19
Fonte: Disponível aqui
A Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) integra e
dissemina, em um só portal de busca, os textos completos das teses e
dissertações defendidas nas instituições brasileiras de ensino e pesquisa. O
acesso a essa produção cientí�ca é livre de quaisquer custos.
No caso de ter sido bem-sucedido em escrever seu primeiro rascunho e se estiver
satisfeito com o resultado, pode passar para a próxima etapa: a reescrita.
20
http://bdtd.ibict.br/vufind/
03
Reescrita
21
Nesta etapa, você já tem todas as suas ideias no papel. Contudo, o texto não deve
estar com um aspecto formal muito bom. Você escreveu mais preocupado em
expressar o que sabia sobre o assunto e o que queria escrever sobre ele, e não em
como seria a aparência estrutural do seu texto. O produto �nal, até agora, não era sua
prioridade. Contudo, desta etapa em diante, começaremos a nos preocupar em como
seu texto será apresentado ao leitor.
Pense que você está criando algo e já tem a estrutura, só falta o acabamento externo.
Seu primeiro rascunho era a sua matéria bruta, e agora vamos começar a lapidá-lo até
seu texto se tornar algo que você possa ter orgulho de apresentar a um professor ou
ao editor de alguma revista.
A partir desta etapa, você precisa ser mais detalhista do que havia sido
anteriormente. Na escrita livre e no primeiro rascunho, você pôde se dar ao luxo de
escrever de um modo mais espontâneo (principalmente na escrita livre). Contudo,
agora, chegamos a um ponto no qual você precisará pensar com mais cuidado em
como será seu texto, em todos os seus aspectos, sejam eles relativos ao conteúdo ou
à forma.
Mas antes de passar para a reescrita propriamente dita, é necessário analisar o
material bruto que tem em mãos. 
Avalie o Potencial do Primeiro
Rascunho
Releia o que escreveu. Não se preocupe com erros gramaticais, se aquela frase não
soa como gostaria, ou se há palavras que não se encaixam muito bem no contexto.
Tudo isso você poderá arrumar mais tarde. Nesta etapa, o que você precisa
questionar é se o seu primeiro rascunho tem potencial para se transformar em um
bom texto �nal ou não. Então, para avaliar seu rascunho faça a si mesmo as seguintes
perguntas:
22
1 – Meu conteúdo é interessante?
Pense se você tratou o assunto de modo a chamar a atenção do seu leitor, ou apenas
escreveu mais do mesmo. Você não precisa ter uma ideia inédita para fazer seu
conteúdo interessante. Algumas vezes, é necessário apenas um ponto de vista novo,
mostrar o que somente você poderia ter visto sobre um determinado assunto.
2 – Eu cumpri o que era esperado?
Muitas vezes, você irá criar um texto porque está realizando uma tarefa para alguma
aula ou porque quer publicar em alguma revista. Nesses casos, con�ra os requisitos
que seu professor ou a revista exigiram e certi�que-se de que os cumpriu. Veja se o
texto precisa ter resumo ou descrever a metodologia, por exemplo; ou mesmo se o
número de páginas ou de caracteres necessários foram cumpridos.
3 – Há lacunas?
Veri�que se não deixou nenhuma ideia sem concluir, ou se pulou de um tópico para o
outro sem a devida transição. Algumas vezes, as conclusões às quais
chegamos, ou a defesa de nosso ponto de vista fazem completo sentido para nós
mesmos, mas podem parecer um pouco confusas quando tentamos explicá-las para
outras pessoas. Entenda que o seu leitor não saberá qual foi seu processo de
raciocínio se você não demonstrar para ele o caminho que percorreu.
Se possível, deixe seu primeiro rascunho descansando por um ou dois dias. Isso
poderá lhe dar uma nova perspectiva quando o ler novamente. Desse modo, os
pontos que precisam ser melhor explicados �carão mais explícitos. 
Para saber se seu primeiro rascunho �cou bom o su�ciente para ser
reescrito, se pergunte se o seu conteúdo é interessante, se cumpriu tudo o
que era exigido e se há lacunas ou trechos confusos.
23
Reescrevendo
Agora é o momento de debruçar-se sobre sua matéria bruta, a qual você julgou ser
boa o su�ciente, e começar a lapidá-la. É extremamente raro para qualquer um
conseguir o texto que deseja como produto �nal na primeira reescrita. Você
provavelmente terá de reescrever seu texto algumas vezes.
O grande segredo da reescrita é fazer seu leitor acreditar que você sabia exatamente
o que estava fazendo desde o início. Faça-o pensar que todas as transições de ideias,
o modo como a introdução se encaixa perfeitamente com a conclusão e como tudo
está explicado aconteceram naturalmente.
Nesta fase, modi�que seu texto até ele se tornar o produto �nal que esperava. Você
pode, por exemplo, perceber que há a necessidade de mudar a ordem de certos
trechos. Talvez uma argumentação ou uma de�nição se encaixe melhor se vier um
pouco antes ou um pouco depois. Também considere a possibilidade de tirar
fragmentos ou acrescentar novo material. Se perceber que uma parte não contribui
realmente para o assunto que está sendo expondo, considere eliminá-la.
Reescreva e modi�que seu texto quantas vezes achar necessário. É nesse momento
do processo da escrita que você está re�nando seu material. 
Avaliando seu Texto
Antes de determinar que trabalhou o su�ciente no seu texto e ele está pronto para
passar pela revisão �nal, avalie-o assim como fez com o primeiro rascunho. Para fazer
isso, faça a si mesmo as seguintes perguntas:
1 – Eu escrevi tudo que queria?
Certi�que-se de que tudo o que você pensou em escrever está no papel. Se perceber
que certa ideia não está ali, tente achar o melhor lugar para ela e a inclua. Se isso
acontecer, provavelmente você terá de reescrever seu texto mais uma vez, de
maneira que essa nova ideia não pareça desconexa do resto.
24
2 – Meus argumentos são consistentes?
Veri�que se suas ideias receberam bom tratamento argumentativo. Um bom modo de
fazer isso é prever perguntas que um futuro leitor poderia fazer baseado no que você
escreveu. Se a resposta para essa pergunta imaginária não estiver no texto, isso
signi�ca, provavelmente, que há lacunas em seu raciocínio. Nesse caso, melhore a
fundamentação de seus argumentos.
3 – Minhas ideias estão expostas em uma ordem lógica?
Tome cuidado se você, durante o texto, avisou seu leitor que a explicação de certa
ideia viria adiante ou que a de�nição de algo já foi dada anteriormente. Em um bom
texto, as ideias irão se juntar umas às outras de modo que não deve ser necessário
avisar seu leitor para qual trecho do texto ele deve se remeter para acompanhar seu
raciocínio.
4 – Meu texto está chato?
Se você ainda está escrevendo apenas para agradar um professor, para obter uma
nota ou para conseguir uma publicação, é bem provável que seu texto não será nada
além do que uma fonte de tédio para todos. Para você mesmo, para seu professor,
para o parecerista da revista. Se esse for o caso, comece de novo, mas dessa vez, se
esforce para aprender alguma coisa nova durante o processo. Escrever um texto
apenas para cumprir um objetivo, sem se importar realmente com seu conteúdo ou
com o produto �nal, no fundo, é apenas uma perda de tempo. Você perdeu tempo
escrevendo algo que, a longo prazo, não lhe trará benefícioalgum, enquanto poderia
ter aprendido alguma coisa no processo de escrita. Quando você se entusiasma com
seu próprio texto, não apenas ele será muito mais fácil e agradável para você mesmo
escrevê-lo, como também será mais interessante para seu leitor. 
Parágrafos Inicial e Final
Depois de modi�car o corpo do seu texto até se contentar com o resultado, é bem
provável que você terá também de mudar os parágrafos inicial e �nal. Esses
parágrafos estão tão intimamente ligados ao restante do texto que você não pode
mudar um sem ter de mudar os outros. Certi�que-se de chamar a atenção do seu
leitor para o resto do seu texto com seu parágrafo inicial e, na conclusão, amarre
qualquer ponta solta que possa existir. 
25
Nível de Formalidade
No primeiro rascunho, você escreveu do modo que o deixava mais à vontade, sem se
preocupar muito com a linguagem. Contudo, na reescrita, você tem de ter consciência
de que tudo é escrito com o propósito de ser lido. Logo, nesta etapa, busque adequar
o nível de formalidade do texto segundo sua �nalidade, ou seja, é preciso ajustar a
linguagem pensando em seu futuro leitor.
Os principais níveis da linguagem são: 
1 – Norma culta/padrão: segue as regras da gramática-normativa da língua e evita
informalidades.
2 – Linguagem informal/coloquial: por ser mais espontânea, não se preocupa em
seguir todas as regras da gramática-normativa, assim como lança mão de léxico
informal
3 – Linguagem vulgar: não segue as regras da gramática normativa e recorre
constantemente a informalidades. 
26
Na sua carreira acadêmica, na maioria das vezes, você usará a norma padrão da
língua. Isso não signi�ca que seu texto precisa ser extremamente rebuscado.
Contudo, gírias e coloquialismos devem ser substituídos por palavras e estruturas
escolhidas com mais cuidado.
Um bom modo de conseguir elevar a formalidade do seu texto é com a escolha
vocabular adequada. A melhor maneira de se adquirir vocabulário é lendo bons
textos, pois assim você não apenas compreende o signi�cado de uma palavra nova,
como também a vê em uso dentro do contexto. Entretanto, você também pode usar
um dicionário de sinônimos para mudar uma palavra que julgue comum demais por
outra que deixará sua frase mais requintada.
Fonte: Disponível aqui
O Dicionário de Sinônimos é o maior e mais completo dicionário on-line de
sinônimos de português do Brasil. Com mais de 30 mil sinônimos de
palavras e expressões disponíveis para consulta, é revisto e atualizado
constantemente para disponibilizar a todos uma informação correta, precisa
e atual.
Agora seu texto deve estar quase pronto. Se o compararmos com uma joia, ela já está
lapidada, mas precisa daquele polimento �nal para realmente brilhar. Estamos
entrando na última fase do processo de escrita: a revisão.
27
https://www.sinonimos.com.br/
04
Revisão
28
Agora, seu texto está quase pronto. Todas as ideias estão nele, na ordem em que têm
de estar; tudo que é irrelevante foi retirado, tudo o que faltava foi acrescentado. Você
também adequou a linguagem para o seu futuro leitor, levando em consideração a
circunstância da produção do texto. Portanto, o que falta ser feito é reler e revisar
atentamente tudo o que escreveu, prestando atenção em erros tanto de ortogra�a
quanto de gramática.
Se tiver tempo, este é o momento de deixar seu texto descansar mais uma vez. É
normal nossa mente se acostumar com o texto que estamos redigindo e
simplesmente começar a ignorar os erros que normalmente não teríamos di�culdade
em perceber. Portanto, nesta etapa, se tiver tempo su�ciente para deixar seu texto
descansando e se esquecer dele por alguns dias, faça isso, pois, quando voltar a ele,
notará erros que não havia visto antes.
Outra dica importante na fase de revisão é ler seu texto em voz alta. Desse modo, não
apenas você terá uma ideia melhor da cadência da sua escrita, como certos erros que
podem passar despercebidos em uma leitura silenciosa serão não apenas vistos como
também escutados durante uma leitura em voz alta. Portanto, leia seu texto em voz
alta, sem pressa, e tente perceber como ele soa e os pequenos erros que possa ter. 
Correção Gramatical
Apesar de a gramática não ser o único ponto ao qual terá de prestar atenção durante
a revisão, ele é um dos mais importantes. Serão muito raras as pessoas que
conhecem todas as regras gramaticais da língua portuguesa de cabeça:
provavelmente apenas aqueles que convivem com esse assunto em seu dia a dia,
como os gramáticos. Para o resto de nós, é preciso ter em mãos uma boa gramática
para podermos consultar sempre que precisarmos. Você pode consultar a internet
também, mas, como com tudo que está na rede, não con�e na postagem do primeiro
blog que encontrar. Tente achar sites con�áveis. 
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Fonte: Disponível aqui
Ciberdúvidas da Língua Portuguesa é um espaço de esclarecimento,
informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspectiva de
a�rmação dos valores culturais dos oito países de língua o�cial portuguesa,
que completou 22 anos de existência em 15 de janeiro de 2019. A partir de
maio de 2019, o site passou a ser propriedade do ISCTE-Instituto
Universitário de Lisboa.
No início, é bem provável que várias construções do seu texto lhe causem dúvidas
quanto a sua correção. Contudo, como o melhor modo de se aprender as regras
gramaticais é usando-as, com o tempo, você terá de consultar cada vez menos certas
regras, pois as terá internalizado por intermédio do uso. A seguir, listaremos algumas
regras básicas que podem ajudá-lo na revisão do seu texto. Atenção para os exemplos
sublinhados, pois eles sempre terão desvios gramaticais.
Concordância Verbal
Como regra geral, o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito (que é o
termo da frase sobre o qual se faz uma declaração). Ou seja, se o sujeito for a terceira
pessoa do singular, por exemplo, o verbo estará na terceira pessoa do singular.
A �or murchou.
A �or = 3ª pessoa do singular (ele/ela)
Murchou = verbo murchar na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito
30
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/
Fonte: Disponível aqui
O conjugacao.com.br é uma ferramenta online para conjugar os verbos
regulares e irregulares da língua portuguesa.
Contudo, há alguns casos particulares que serão expostos a seguir
Com Coletivo Partitivo
O verbo pode �car tanto no singular, concordando com o coletivo, quanto no plural,
concordando com o termo determinante:
A maioria dos adolescentes gosta de �lmes.
A maioria dos adolescentes gostam de �lmes.
Com a expressão “um dos que” ou “uma das que”:
Normalmente, o verbo �ca no plural. Contudo, pode �car no singular se a intenção for
destacar algum elemento:
Ele foi um dos que mais falaram.
Ele foi um dos que mais falou.
Com a expressão que denota quantidade aproximada (“mais de...”,
“menos de...”, “cerca de...” ou similares)
O verbo concorda com o numeral:
31
https://www.conjugacao.com.br/
Mais de um aluno chegou atrasado.
Menos de dez provas foram corrigidas.
Contudo, o verbo �ca no plural quando a expressão vem repetida ou expressa a ideia
de reciprocidade:
Mais de um pai, mais de uma mãe se preocupam com seus �lhos.
Mais de um político se criticaram no momento.
Com pronome relativo “quem”
O verbo pode �car na 3ª pessoa do singular, ou concordar com o pronome pessoal:
Não fui eu quem o salvou?
Não sou eu quem digo.
Com os verbos impessoais “fazer/haver” com sentido de existir ou
tempo decorrido
O verbo �ca sempre no singular, mesmo nas frases formadas com verbo auxiliar:
Haverá novas provas.
Deverá haver novas provas.
Faz dez anos que viajamos.
Deve fazer sete dias que chegamos aqui.
Concordância Nominal
O artigo, o numeral, o pronome e o adjetivo concordam com o substantivo em gênero
(masculino ou feminino) e número (singular ou plural). Contudo, assim como na
regência verbal, há alguns casos particulares.
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Com “obrigado”, “mesmo”, próprio” e “quite”
Essas palavras têm valor de adjetivos e concordam com o substantivo a que se
referem:
Ele mesmo disse: “Obrigado”
Elas própriasdisseram: “Obrigadas”
Ele está quite com a escola
Eles estão quites com a escola.
Observação: quando a palavra “mesmo” tiver o sentido de “realmente” está
funcionando como advérbio e, por isso, é invariável:
Elas queriam mesmo estudar (=elas realmente queriam estudar)
Com “anexo”, “incluso”
Têm valor de adjetivos e concordam com o substantivo a que se referem:
Seguem anexos os documentos
Seguem inclusas as declarações
Observação: a expressão “em anexo” é invariável.
Seguem em anexo as declarações.
Seguem em anexo os documentos.
Com “bastante”, “muito”, “pouco”
Quando essas palavras têm função de adjetivo, concordam com o substantivo a que
se referem:
Há bastantes crianças no parque.
Há poucas crianças no parque.
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Há muitas crianças no parque.
Quando essas palavras têm função de advérbio, �cam invariáveis:
Vocês falaram bastante
Vocês falaram pouco
Vocês falaram muito.
Com “é proibido”, “é necessário”, “é bom”, “é permitido”
São expressões variáveis quando há determinante:
É proibida a entrada
É bom o livro.
São expressões invariáveis quando não há determinante:
É proibido entrada
Livro é bom
Crase
Crase, identi�cada pelo acento grave (`), é a fusão entre a preposição “a” e o artigo “a”:
O trem chegou à estação. (O trem chegou a + a estação).
A partir da própria de�nição de crase, podemos compreender que não ocorre crase
antes de palavras masculinas nem de verbos, pois nenhum deles é usado juntamente
com o artigo “a”. Portanto “à rigor”, “à respeito”, “à partir” e “à combinar” estão
incorretos. Podemos também criar um truque para determinar se em dada frase há
crase ou não. Já que não ocorre crase antes de palavras masculinas, um bom truque é
alterar a frase usando uma palavra masculina.
“Vou a escola” ou “Vou à escola”?
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No exemplo, o que você precisa fazer é substituir a palavra “escola” por uma palavra
masculina.
Vou ao colégio.
O “ao” da frase acima indica que há uma junção da preposição “a” e o artigo “o”,
portanto, se no lugar de uma palavra masculina fosse uma feminina, teríamos a fusão
da preposição “a” com o artigo “a”. Desse modo, podemos perceber que o correto é
“Vou à escola”.
A expressão “à moda de”
Ocorre crase com a expressão “à moda de”, mesmo quando ela estiver subentendida:
Filé à Osvaldo Aranha (Filé à moda de Osvaldo Aranha)
Observação: a acentuação grave indicadora de crase pode mudar completamente o
sentido de uma frase:
“Cantou à Tim Maia” signi�ca “Cantou à moda de Tim Maia”
“Cantou a Tim Maia” signi�ca “Cantou para Tim Maia”, uma vez que esse “a” é a
preposição pedida pelo verbo “cantar”.
Palavras femininas no plural
A crase pode ou não ocorrer antes de palavras femininas no plural, dependendo se há
ou não o artigo “a”.
O trecho faz referência a cartilhas.
O trecho faz referência às cartilhas.
No primeiro exemplo há apenas a preposição “a” exigida pela palavra “referência”. Já
no segundo ocorre a junção da preposição “a” com o artigo “as” que antecede as
cartilhas e, portanto, é necessário usar a crase.
Incorreto: O trecho faz referência à cartilhas.
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Locuções adverbiais
Ocorre a crase em locuções adverbiais prepositivas e conjuntivas formadas por
palavras femininas.
Exemplos: à direita, à esquerda, à noite, à risca, às pressas, à toa, à venda, à vista, à
solta, às custas de, à espera de, à beira de, à medida, à mão, à mingua, etc.
Palavras repetidas
Não ocorre crase entre palavras repetidas ligadas pela preposição “a”.
Exemplos: ponto a ponto, uma a uma, frente a frente, gota a gota, passo a passo, de
mais a mais, cara a cara, face a face etc.
Observação: contudo, tête-à-tête é escrita com o acento grave indicativo de crase, pois
é uma expressão de origem francesa.
Hífen
A verdade é que a utilização do hífen para ligar elementos de palavras compostas é
mais uma convenção do que uma ciência exata. Há várias regras, mas, algumas vezes,
mesmo decorar todas não será de grande utilidade, pois elas podem apresentar
confusão. Como exemplo, vejamos este trecho retirado do Novo Acordo Ortográ�co:
Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas,
pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se
emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas
pelo uso. (SENADO FEDERAL, 2014, p. 25)
Como determinar quais são as expressões consagradas pelo uso? É difícil explicar por
que “pé-de-moleque” não está consagrado pelo uso, o que faz com que sua gra�a
correta seja “pé de moleque”, sem hifens, enquanto “cor-de-rosa” mantém os seus.
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Portanto, o melhor a se fazer em relação ao hífen não é tentar decorar regras e sim
consultar caso a caso até que as gra�as das palavras sejam internalizadas. Há várias
gramáticas e sites con�áveis que ajudam a determinar se uma expressão ou palavra é
escrita com hífen ou não. Um modo fácil de descobrir se uma palavra possuí hífen ou
não é consultando o VOLP, o Vocabulário Ortográ�co da Língua Portuguesa, tanto na
sua versão impressa quanto on-line.
Fonte: Disponível aqui
O sistema de busca do Vocabulário Ortográ�co da Língua Portuguesa, quinta
edição, 2009, contém 381.000 verbetes, as respectivas classi�cações
gramaticais e outras informações conforme descrito no Acordo Ortográ�co.
O Uso do “Por que”, “Porque”, “Por quê” e
“Porquê”.
Uma boa dica para se determinar qual dos “porquês” usar em uma frase é substituí-lo
por uma palavra ou locução. Dependendo da palavra ou locução que se encaixar na
frase preservando seu sentido, você sabe qual dos “porquês” é o adequado para
aquela situação.
Por que = “por qual motivo” ou “por qual razão”
Porque = “pois”, “já que” ou “uma vez que”.
Por quê = “por qual motivo” (no �nal da frase)
(O) porquê = “motivo”, “causa”, “razão” (sempre acompanhado de um
determinante) 
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https://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario
Exemplos:
1 – Desejo saber por que você veio aqui = Desejo saber por qual motivo você veio
aqui.
2 – Vou ao supermercado porque preciso fazer compras = Vou ao supermercado
pois/já que/uma vez que preciso fazer compras.
3 – Fiquei acordada até tarde ontem à noite. Sabe por quê? = Fiquei acordada até
tarde ontem à noite. Sabe por qual motivo?
4 – Não consigo entender o porquê de você ter vindo até aqui = Não consigo
entender o motivo/a causa/ a razão por você ter vindo até aqui.
Onde/Aonde
“Onde” é um advérbio de lugar (que também pode exercer a função de pronome
relativo); enquanto “aonde” é a junção da preposição “a” com “onde”. Desse modo,
“onde” só pode ser usado quando se referir a um lugar físico ou geográ�co.
Onde aquele gato se meteu?
Aquela foi a cidade onde nasci.
Observação: é comum lermos e escutarmos “onde” ser usado de modo equivocado.
Isso acontece porque “onde” equivale a “em que” e “no qual”, podendo ser substituído
por tais locução. Contudo, o contrário nem sempre é permitido:
No texto, há trechos onde �ca evidente quem o escreveu.
No exemplo, “texto” não é um lugar físico, portanto, o uso de “onde” está errado. O
correto seria:
No texto, há trechos nos quais �ca evidente quem o escreveu.
Também é possível ver “onde” ser usado em relação a tempo:
Estava muito contente naquela manhã. Foi onde percebi que gostava dele.
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Como “onde” está se referindo a “aquela manhã”, o correto seria usar “quando”, não
“onde”:
Estava muito contente naquela manhã. Foi quando percebi que gostava dele.
Já “aonde”, uma vez que é formado pela junção da preposição “a” com “onde”, só pode
ser usado quando vem acompanhado de outro termo que exige a preposição “a”.
Aonde você quer chegar com isso tudo?
Uma vez que o verbo “chegar” exige a preposição “a”, ocorre a união entre o “a” e o
“onde”.
Outros Casos
A gramática normativa da língua portuguesa tem diversas regras, tantas que não é
possível expor todas aqui. A boa notícia, contudo, é que consultá-las cada vez que
uma dúvida surgir não é difícil. Há várias gramáticas ou sites que poderão sanar a
maioria das questões que você possa ter. Além disso, a gramática acaba sendo
internalizada por meio do uso.Você pode ter certeza de que só precisará consultar
determinada regra duas ou três vezes antes de dominá-la. Portanto, não se preocupe
muito quando chegar a hora de revisar seu texto. Se você se planejou bem durante a
pré-escrita, terá tempo para pesquisar qualquer dúvida que tiver.
Checklist
Os quatro passos do processo de escrita se focam em diferentes etapas da
composição de um texto. A pré-escrita é o momento da pesquisa, enquanto a
confecção do primeiro rascunho é quando se faz possível deslumbrar todo o
potencial do tema escolhido e do estudo realizado. Por �m, tanto a reescrita quanto
a revisão irão polir o material bruto criado no primeiro rascunho. A seguir, há uma
pequena checklist que o ajudará a se lembrar dos passos de cada etapa:
Pré-escrita:
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1 – Encontre uma ideia interessante sobre a qual escrever, uma que se adeque ao
objetivo �nal do texto e que, ao mesmo tempo, proporcione uma experiência
agradável de aprendizado
2 – Procure essa ideia em livros, em conversas ou na escrita livre.
3 – Aprenda o máximo que puder sobre o assunto escolhido.
4 – Pondere sobre tudo o que reuniu até o momento e avalie o potencial de sua ideia.
5 – Desenvolva um plano de escrita, que será seu guia para a próxima fase.
Escrevendo o primeiro rascunho
1 – Escreva seu primeiro rascunho enquanto toda pesquisa que fez na pré-escrita
ainda está fresca em sua mente.
2 – Siga seu plano, mas lembre-se que ele é apenas um guia, e que pode ser mudado
3 – Escreva naturalmente, se concentrando em ideias, não na forma do texto.
Reescrevendo
1 – Avalie o primeiro rascunho e determine se ele tem potencial para se tornar um
bom texto �nal
2 – Reescreva o primeiro rascunho e o modi�que da maneira que achar necessário.
3 – Reescreva os parágrafos inicial e �nal, de modo que eles se articulem bem com o
resto do texto
4 – Re�ne seu estilo de escrita, adequando-o ao nível de formalidade requerido pela
tarefa.
Re�são
1 – Leia atentamente seu texto procurando por erros ortográ�cos, gramaticais ou
inadequações no estilo.
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2 – Certi�que-se de ter acesso a gramáticas, dicionários e sites con�áveis para a
consulta.
3 – Releia tudo mais uma vez antes de entregar seu texto.
Seguindo esses passos quando for produzir um texto, todos eles simples em si
mesmos, no �nal, terá em mãos um bom produto �nal. Além disso, por compreender
que escrever é um processo, você não se sentirá tão pressionado para conseguir o
texto perfeito logo de início. O mais importante é continuar escrevendo, mesmo se
não for tão fácil no começo, e, assim como com qualquer habilidade, você se tornará
cada dia melhor.
41
05
Redação técnica
42
Tenho certeza de que quando você leu a palavra “redação”, sentiu aquele calafrio se
lembrando das aulas do ensino médio, certo? Mas não se trata exatamente da mesma
coisa agora que estamos em um curso superior.
Em algum momento da nossa vida, somos cobrados a escrever um texto técnico.
Pode ser um relatório, um abaixo-assinado, um e-mail que �cará registrado como
documento, um atestado, declaração, memorando, ofício, procuração, recibo,
relatório, requerimento, etc. Conceituando, segundo Medeiros (apud França, 2013),
Redação Técnica “é qualquer espécie de linguagem escrita que trate de fatos ou
assuntos técnicos ou cientí�cos”.
Os princípios básicos da redação técnica são os mesmos de qualquer tipo de redação:
clareza, correção, coerência, e ordenação lógica, embora sua estrutura e seu estilo
apresentem algumas características próprias. Assim, a Redação Técnica é
necessariamente objetiva quanto ao ponto de vista, logo, opiniões pessoais,
experiência pessoal, crenças, �loso�a de vida e deduções são necessariamente
subjetivas.
Objeti�dade e subjeti�dade
textual
Ser objetivo em um texto é basicamente ser imparcial, característica essencial em
textos técnicos. É ter um ponto de vista neutro sobre o assunto ou o objeto descrito,
sem dar opiniões pessoais. Para isso, o texto deve ser uma constatação, uma
comprovação, algo concreto que pode ser observável de forma igual por todos.
Já a subjetividade tem a ver com as impressões pessoais do emissor da mensagem. É
um texto cheio de adjetivos de valor, que varia de acordo com o julgamento de
cada pessoa, e que cada um pode interpretar da sua maneira.
Qual conceito combina mais com a área de exatas? -  a objetividade, claro!
Veja os dois enunciados seguintes: 
43
Adaptado de: Disponível aqui
Percebe, estimado(a) aluno(a), como os adjetivos (barulhento, negligente,
assustadoras, etc.) transformam um relato objetivo em subjetivo? Pois quanto mais
direto for o texto, mais objetivo ele é.
Vamos fazer um teste? Imagine que você precisa descrever uma sala qualquer. Você
tem dois caminhos: ser objetivo (descrever o cenário de forma que não permite que
ninguém discorde do que você relatou) ou ser subjetivo (descrevê-lo com palavras,
principalmente adjetivos, que demonstre a sua opinião).
Como EXERCÍCIO , pegue uma folha de papel ou abra o bloco de notas do Word e
descreva o ambiente abaixo, com o máximo de elementos possíveis, das duas formas:
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https://www.srzd.com/brasil/moradores-de-predios-da-rua-dos-invalidos-organizam-manifestacao/
ATENÇÃO: NÃO EXISTE UMA ÚNICA FORMA CERTA OU ERRADA! Faça a sua anotação
e, depois, clique para comparar com as sugestões dadas.
Sugestão de descrição objetiva: A sala tem paredes brancas, com três janelas grandes e
piso de taco (madeira). Ao centro, uma mesa branca, provavelmente de laca, com oito
cadeiras de estilo moderno com pés de madeira mais escura. Em cima da mesa, há três
enfeites, dois com um tipo de planta. No canto, há uma televisão de plasma, e uma das
paredes tem um relógio pendurado entre duas janelas. O teto tem estruturas de metal ou
aço.
Sugestão de descrição subjetiva: A sala é linda/não é tão bonita, tem paredes brancas,
com três janelas grandes sem cortina, o que causa certo desconforto/o que a deixa mais
moderna, e um elegante piso de taco (madeira)/ e piso de taco, que é meio cafona. Ao
centro, uma mesa branca, provavelmente de laca – material muito versátil/muito ruim de
limpar. A mesa tem oito cadeiras de estilo moderno com pés de madeira mais escura que
não combinam/que combinam. Em cima da mesa, há três enfeites, dois com um tipo de
planta. No canto, há uma televisão de plasma, e uma das paredes tem um discreto/
superchique relógio, que poderia ser maior, pendurado entre duas janelas. O teto tem
estruturas de metal ou aço, o que deixa o ambiente mais arrojado/o que desvaloriza a
sala. 
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Relatório
Em algum momento da sua vida pro�ssional, vou vai ter que escrever um relatório.
Trata-se de uma descrição objetiva de fatos, acontecimentos ou atividades, seguida de
uma análise com o objetivo de tirar conclusões ou tomar decisões (ALMEIDA E
ALMEIDA, 2008). Por isso, o relatório deve ser claro e �el aos acontecimentos.
Podemos encontrar várias espécies de relatório, depende do que é pedido que se
faça, mas os principais são:
1. Relatórios administrativos: de gestão, sociais, de rotina, de inspeção,
informativos, etc. Esses relatórios podem ser anuais, mensais, semanais,
provisórios, progressivos, gerais e parciais.
2. Relatórios técnicos ou cientí�cos: relatório de estágio, trabalhos de pesquisa,
resumos de livros, comunicados cientí�cos, etc.
Características do relatório
1. Um relatório deve responder primeiro a uma pergunta: O que
acontece/aconteceu (o fato ou fatos)? No relatório, devemos de�ni-los e
descrevê-los, trabalho que exige uma observação cuidadosa. Mas a descrição
deve se limitar ao essencial e ao útil, tendo em vista o objetivo de selecionar as
melhores informações.
2. Depois, deve responder: Qual é a conclusão sobre o acontecido? Aqui pode
haver a interferência do autor do relatório, pois ele vai contribuir com sua
experiência e conhecimento para analisar os fatos, classi�car seus elementos
de forma imparcial e apresentar conclusões e soluções possíveis.
3. Ao �m, deve-se responder: O que fazer? São sugestões para a solução dos
problemas (se esse for ocaso), com suas devidas justi�cativas.
Di�são do relatório
1. O relatório deve ter uma introdução com:
local e data,
título (assunto)
46
vocativo (para quem é destinado)
motivo
2. Desenvolvimento
data e local do fato relatado (quando for relatório de ocorrência, por exemplo)
método utilizado para o levantamento das informações (quando for o caso)
discussão do assunto ou exposição dos fatos pela ordem apropriada
3. Conclusão
considerações e recomendações de medidas ou providências necessárias a
serem tomadas
assinatura 
Em relatórios e outras redações técnicas, não chame o destinatário de
“vossa senhoria” (V. Sª.) ou “digníssimo”, pois se trata de vocativos arcaicos,
antigos. Pre�ra “senhor(es)”, “senhora(s)” e, no máximo, “ilustríssimo” (Ilmo.)
Cuidados na hora do en�o
Pense na seguinte situação: você precisa redigir algo importante. Esmera-se no
conteúdo, consulta gramáticas, faz a revisão do texto. Como é comum hoje em dia, o
envio deve ser feito por e-mail. Mas na hora de escrever o e-mail, você descuida da
linguagem, usa vocativos errados e apresenta uma comunicação ruim. É grande a
probabilidade de o destinatário colocar em dúvida a credibilidade do conteúdo do
texto enviado.
Assim, é importante que haja cuidado em todas as etapas do processo de troca de
informações, do começo ao �m. E falando especi�camente do e-mail, que é o meio de
envio mais comum tanto na esfera acadêmica quanto pro�ssional, veja algumas dicas
valiosas para a elaboração de seu e-mail, listadas por Brasileiro (2016):
47
Independentemente de quem seja o seu interlocutor, seja sempre cordial. A
apresentação inicial de seu e-mail colaborará para o interesse por parte do
destinatário, bem como para a dedicação de retorno.
 Os e-mails corporativos devem sempre ser mais formais e, muitas vezes, são
considerados documentos. Nada impede que você seja mais informal com quem
tenha a�nidades, porém dentro dos limites pro�ssionais.
 É importante evitar a linguagem utilizada na internet, ou seja, usar abreviaturas,
símbolos e emojis que demonstram falta de pro�ssionalismo.
 Atente para o conteúdo que você vai desenvolver. Na maioria das vezes, o texto
do e-mail deve ser claro e objetivo. No entanto, em algumas eventualidades,
você poderá vir a ser mais abrangente, detalhando as informações para que
�quem mais claras ao destinatário. Tudo dependerá do assunto a ser tratado e
da facilidade de entendimento do destinatário.
 Evite escrever com todas as letras em caixa alta (maiúscula). Elas representam
que você está sendo indelicado e/ou gritando.
 Demonstre no campo “assunto” a informação que conterá no e-mail de forma
clara e objetiva. Não deixe o título do assunto em branco.
 Sempre avise no corpo do e-mail quando estiver enviando documentos
anexados.
 Para �nalizar um e-mail, utilize termos formais como “atenciosamente” e, caso
haja contexto, pode padronizar com “um abraço”, “abraço” etc.;
 Não se esqueça de “assinar” seu e-mail com seu nome, cargo, empresa e
telefone, se julgar adequado. Evite, porém, excesso de informações após a
assinatura. Elas poluem o texto e ainda podem confundir o leitor.
48
Adaptado de França, 2013.
Como NÃO escrever um e-mail:
Olá, Bom dia!
Escrevo para lembrar sobre o e-mail que passei no outro dia, assunto de seu
interesse. Espero que já tenha resolvido aquilo e já esteja resolvendo outro sobre
o qual conversamos pessoalmente.
Nesse exemplo, �ca impossível saber do que se trata e quem enviou. Assim,
não use palavras inde�nidas e demonstrativas sem referências: “no outro
dia”, “aquilo”, “outro”, “seu colega de trabalho”. Outra Informação
interessante é sobre as saudações “Bom dia, Boa tarde e Boa noite”. Se o e-
mail é uma correspondência digital, não se pode prever quando e em que
horário o receptor irá ler. Por isso, pre�ra o horário em que você, emissor,
está escrevendo, independentemente do período em que o receptor vai ler.
O “Olá” é totalmente aceito nesse tipo de correspondência, bem como
desfechos tais como “Abraços” e “Saudações”. Formalidades que vão além
dessas formas (“Estimas de consideração”, “Meus votos de respeito e
felicidades”, etc.) podem parecer arrogante demais - ou no mínimo mostra
que a pessoa ainda vive em uma variação histórica antiga” E é importante
destacar que responder mensagens muito tempo depois demonstra
ine�ciência.
49
50
Fonte: elaborado pela autora.
NÃO USE! PREFIRA:
Venho/viemos
através deste e-
mail ou
Venho/viemos por
meio do presente
e-mail
 Vá direto à intenção do e-mail:
solicito/envio/peço/compartilho/convido, etc.
Acusamos o
recebimento do e-
mail
Recebi/recebemos o seu e-mail.
Sem mais para o
momento.
Só use em comunicações que não exige
resposta do destinatário, tais como em cartas
de cobrança ou similares.
Fico no
aguardo/No
aguardo/Estou no
aguardo.
Aguardo.
ou
Fico à espera de respostas/retorno.
51
06
Estratégias de Escrita
52
“A linguagem existe para que nos sirvamos dela, não para que
sirvamos a ela” - 
Fernando Pessoa, poeta.
É inegável que hoje, na atualidade, com os avanços tecnológicos, nós escrevemos à
mão muito menos do que a geração anterior, que cresceu sem computador, internet,
Word ou corretor de textos. Por outro lado, vivemos uma geração que nunca recebeu
e transmitiu tanta informação ao mesmo tempo. E onde �ca o cuidado com a
gramática, a gra�a e a língua portuguesa em si?
Como alunos e pro�ssionais, precisamos de algumas estratégias para escrever melhor
ou ao menos não cometer erros considerados bobos, crassos. Aprender a se
autocorrigir é uma atividade constante, pois quem relaxa de sua comunicação, relaxa
do modo como aprende.
Para começar, sabia que ser organizado (ou desorganizado!) re�ete muito na maneira
como você escreve, aprende, recebe e passa informações? Seguem algumas dicas de
como melhorar a comunicação verbal escrita por meio da organização prática: 
53
Fonte: Brasileiro, 2016.
Enquanto anota algum recado, tenha atenção e organização.
Evite papéis soltos: números de telefones anotados em qualquer papel branco ou
em beiradas de cadernos signi�cam desorganização e atrapalham o andamento
do trabalho.
Organização é um hábito: tenha um caderno, além de uma agenda com horários,
para que seja seu diário. Anote tudo o que precisar somente nesse caderno, com
data sempre atualizada. Assim, você terá um amigo �el que lhe ajudará a lembra-
se de situações que, muitas vezes, não são registradas nas agendas ou no
computador.
Anotações nas mãos, nem pensar! Não existe coisa mais deselegante, pois seu
interlocutor sabe que aquele lembrete irá apagar.
Ao redigir um recado, e-mail ou solicitação, tenha cuidado com as normas de
escritas. Lembre-se de que a obrigação de se fazer entender é de quem inicia a
interação!
Correção gramatical
“A nível de, menas, concerteza”? Você já notou esses erros ou será que é você
quem os comete? Erros grosseiros e muitos outros são cometidos no
cotidiano com clientes e parceiros de negócio, por isso, é preciso saber
eliminá-los e ter uma boa redação, pois isso re�ete até mesmo no resultado
pro�ssional.
Você assinaria um contrato cheio de erros? Não dá para con�ar, certo? Então
aprimore sua escrita.
54
Vamos a algumas expressões comuns que levam ao erro na escrita (ou na
fala) cotidiana. Comece a notar como você os escreve ou fala!
1. Viemos solicitar à sua empresa – o correto é SOLICITAMOS
2. Haviam dez pessoas na reunião – o correto é HAVIA
3. Espero evoluir a nível pro�ssional – o correto é EM NÍVEL.
4. Eles pediram para mim entrar em contato – para EU
5. Moro à rua João da Silva 23 – Moro NA RUA. (verbos que indicam
localização – residir, morar, situar, localizar etc. são regidos por EM,
nunca A)
6. Assistimos o vídeo com atenção – ASSISTIMOS AO vídeo
7. Viso o cargo de gerente – VISO AO cargo
8. Passou por nós desapercebido – DESPERCEBIDO.
9. Vou na empresa hoje – VOU À
10. É proibido a permanência sem uso de EPIs - PROIBIDA A
PERMANÊNCIA
11. Contrata-se eletricistas - CONTRATAM-SE / Vende-se materiais de
reuso - VENDEM-SEmateriais.
12. Ele já devia ter chego - TER CHEGADO
13. Essa tarefa é meia complicada - MEIO COMPLICADA
14. Não é difícil, ainda sim, vou explicar - ainda assim
15. Parabéns à todos pelo sucesso do projeto. - Parabéns A TODOS.
16. Não nos falamos a uma semana - HÁ uma semana
Adaptado de: França, 2013.
Estimados (as), veremos muitos outros tópicos de correção gramatical ao
longo desta disciplina, inclusive com aulas dedicadas especialmente aos erros
comuns, certo?
55
Duas notas: uma mulher ou alguém que se identi�ca como mulher sempre
fala “obrigada”, e um homem ou alguém que se identi�ca como homem
sempre fala “obrigado”. Assim, é errado um homem falar “obrigada”
quando estiver falando com uma mulher e vice-versa. É o mesmo que
acontece com “grata” e “grato”.
Ruídos na comunicação
Toda situação de comunicação está sujeita a falhas devido a ruídos ou interferência –
todo e qualquer fator que inter�ra no processo de comunicação, como por exemplo,
distrações físicas, erros gramaticais, diferenças culturais, etc. Cada um de nós
processa informações de maneiras diferentes, assim, falhas na comunicação podem
gerar con�itos, improdutividade, prejuízos e até ressentimentos.
Os ruídos na comunicação são erros bastante comuns no dia a dia de qualquer
pro�ssional, porém, muito prejudiciais para a credibilidade de que os comete. E
embora cada pessoa tenha uma maneira própria de se comunicar, existem práticas
simples que podem ser adotadas para reduzir ao máximo a possibilidade de ruídos.
Vejamos algumas: 
1 – Documente os acordos – registre sempre por e-mail decisões acordadas em
reuniões presenciais, on-line ou por telefone. Não se esqueça de deixar claro quem
�cou responsável por cada tarefa, datas de novas reuniões ou eventos e prazos
estipulados.
2 –  Mantenha os envolvidos informados – certi�que-se de que todos os envolvidos
em determinado projeto ou processo estão a par de todas as informações necessárias
copiando todos eles nos e-mails enviados, por exemplo.
56
3 – Seja didático – é melhor pecar pelo excesso do que pela falta de explicações.
Quando for instruir alguém, repasse até as informações que lhe parecerem mais
óbvias, pois para o interlocutor, podem não ser.
4 – Estipule prioridades e esclareça prazos – sempre que designar tarefas, deixe
claro qual é a prioridade de cada uma e estipule prazos exatos, ou seja, nunca utilize
termos como “o quanto antes”, por exemplo. Dê a data e, se necessário, o horário em
que você precisa receber o material desejado.
5 – Envie lembretes – nas vésperas de entregas importantes, veri�que se está tudo
certo com o andamento das tarefas e se o prazo acordado está mantido, assim, você
tem tempo hábil para partir para um plano B, se necessário. O mesmo vale para
reuniões agendadas, a con�rmação evita deslocamentos e janelas desnecessárias na
agenda.
Fonte:http://www.redatoria.com/6-atitudes-para-evitar-falhas-na-comunicacao-
empresarial/
Orientações de escrita
Erros na escrita são comuns. Às vezes, pode se tratar de um erro de digitação, mas
outras vezes, talvez você apenas não conheça a gra�a correta de alguma palavra.
E mais: todos nós sabemos que o português não é dos idiomas mais fáceis, mas com
as ferramentas de correção automática de texto disponíveis em softwares, não existe
desculpa para não dar aquela revisada antes de enviar o seu e-mail. Veja:
Repetir palavras
Quem trabalha com projetos de engenharia, por exemplo, está acostumado a ter a
rotina interrompida inúmeras vezes ao longo do dia. Por isso, nem sempre é fácil
sentar para escrever um e-mail, um relatório ou outro texto com calma sem receber
uma ligação no meio do processo. Como consequência, na hora de retomar a
mensagem, você pode acabar repetindo palavras que já havia escrito sem nem
perceber. Nada que uma rápida releitura não resolva.
57
Utilizar parágrafos longos
O parágrafo funciona como um pedaço do discurso que expressa um mesmo
pensamento, e quebrar o texto em parágrafos ajuda bastante na leitura. Se você já
precisou ler um longo bloco de texto, vai concordar que a experiência não é das
melhores.
Utilizar discurso vago
Vamos ser honestos: ninguém gosta quando a caixa de mensagens está cheia de
ofertas ou propostas de produtos e serviços. Você até pode acabar adquirindo aquilo
que foi oferecido no e-mail, mas a reação inicial não costuma ser positiva.
Talvez por isso que tantos prestadores de serviço tenham receio de escrever
mensagens tipo mala direta. É como se o vendedor estivesse com vergonha de
demandar a atenção do seu possível cliente. Ao invés de escrever “Você, por um
acaso, estaria interessado em agendar uma conversa para debatermos melhor a
questão?”, busque ser objetivo e honesto em relação às suas intenções, optando por
algo como “Podemos agendar uma conversa de 15 minutos para eu te apresentar
meus serviços?” Ah: e apresente o objetivo da mensagem logo no início, deixando
tudo claro e facilitando o entendimento!
Fonte: adaptado de https://blog.staging.agendor.com.br/blog/os-10-erros-mais-
comuns-na-redacao-de-um-email-de-vendas/ 
Exercícios!
Teste seus conhecimentos gramaticais e identi�que o erro de cada oração - pode ser
de gra�a, acentuação, concordância, vírgula, crase... As respostas se encontram logo
em seguida!
1. Quando eu ver o mestre de obras, perguntarei se ele está melhor da renite.
2. Vamos assistir o jogo pela televisão as 20 hs.
3. De 1968 à 1980, o modelo econômico Brasileiro mudou.
4. A obra está atrazada mas, devemos.
5. O problema da segurança no Rio está sendo discutido a nível federal, pois
envolve iminentes autoridades. A uma semana, só lemos sobre violência na
cidade maravilhosa.
6. O pro�ssional melhor preparado visa bons salários.
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https://blog.staging.agendor.com.br/blog/os-10-erros-mais-comuns-na-redacao-de-um-email-de-vendas/
7. Construíram a estrada, localizada à cidade de Bom Jesus.
8. Houveram muitos jornalistas que derão a notícia incompleta.
9. Se você ver o João, diga a verdade.
10. O Globo já atua no jornalismo fazem mais de 50 anos.
11. Comprei duzentas gramas de mussarela. Se você quizer, comprarei mais
amanhã.
12. É um previlégio conhecer você..
13. O Iraque foi arrazado pelos EUA. Análizes realizadas no país demostra que
levarão muito tempo para reconstrui-lo.
14. Não diga-me que não avisei, aquela loja não vende à prazo, só à vista.
15. O mixto de sensações tomou conta dos homenageados. Pretenciosos, eles
contavam seus feitos.
16. A descriminação, qualquer que seja, é malé�ca a sociedade.
17. Não �camos lisongeados com sua atenção, tão pouco com seus presentes.
Adaptado de: França, 2013.
GABARITO: 
1. Quando eu vir o mestre de obras, perguntarei se ele está melhor da rinite.
2. Vamos assistir ao jogo pela televisão às 20h.
3. De 1968 a 1980, o modelo econômico brasileiro
4. A obra está atrasada, mas devemos esperar.
5. O problema da segurança no Rio está sendo discutido em nível federal, pois
envolve eminentes Há uma semana, só lemos sobre violência na cidade
maravilhosa.
6. O pro�ssional mais bem preparado visa a bons salários.
7. Construíram a estrada, localizada na cidade de Bom Jesus.
8. Houve muitos jornalistas que deram a notícia incompleta.
9. Se você vir o João, diga a verdade.
10. O Globo já atua no jornalismo faz mais de 50 anos.
11. Comprei duzentos gramas de muçarela. Se você quiser, comprarei mais amanhã.
12. É um privilégio conhecê-lo.
13. O Iraque foi arrasado pelos EUA. Análises realizadas no país demonstram que
levará muito tempo para reconstruí-lo.
14. Não me diga que não avisei, aquela loja não vende a prazo, só à vista.
15. O misto de sensações tomou conta dos homenageados. Pretensiosos, eles
contavam seus feitos.
16. A discriminação, qualquer que seja, é malé�ca à
17. Não �camos lisonjeados com sua atenção, tampouco com seus presentes.
Adaptado de: França, 2013.
59
07
Coesão e Coerência
60
Coesão e coerência são elementos fundamentais para a construção de um bom texto.
Para que um discurso tenha êxito, seja oral ou escrito, ele deve construir um
signi�cado,ou seja, precisa ter coerência. Para tanto, deve-se usar elementos que
estabeleçam ligação entre as partes, isto é, que con�ram coesão ao discurso.
Chamamos de coesão os elementos conectivos que criam as relações de sentido
dentro do texto. O uso inadequado desses elementos pode causar a falta de
coerência. Podemos dizer então que o elemento conectivo tem o poder de
determinar a coerência textual. Vejamos o exemplo de duas informações transmitidas
separadamente:
1. Ontem fez sol.
2. Fui à praia.
Apesar de haver sentido entre as orações, não há nenhum elemento conectivo para
estabelecer uma ligação entre elas. O ponto �nal faz uma separação entre as duas
orações. Vamos acrescentar um elemento coesivo para que o texto �que articulado.
Temos duas opções:
1. portanto
2. entretanto
Qual é o conectivo correto?
Se a sua escolha foi a alternativa a), você acertou, pois o conectivo “portanto” indica
uma conclusão. “Entretanto” é uma adversativa e quer dizer “mas, porém, todavia”.
1. Ontem fez sol, portanto fui à praia - há coerência.
2. Ontem fez sol, entretanto, fui à praia - não há coerência.
E se eu quisesse usar o conectivo “entretanto”, faria sentido? Não. Para isso, eu teria
que alterar a oração, assim:      
     Ontem choveu, entretanto, fui à praia - há coerência.
Podemos então resumir que coesão tem a ver com a estrutura da oração e coerência
tem a ver com o sentido dela - e, claro, uma está ligada à outra. 
61
TEXTO 1: Sem conectivos TEXTO 2: Com conectivos
Fui à padaria comprar pão. Fui
assaltado na esquina. Voltei para casa
sem dinheiro. Voltei pra casa sem pão.
Fui à padaria comprar pão, mas fui
assaltado na esquina, por isso voltei
para casa sem dinheiro e sem pão.
Os conectivos são responsáveis por estabelecer relações de sentido entre segmentos
de um texto (palavras, frases, parágrafos, etc.). Os principais conectivos são as
conjunções e as locuções conjuntivas. Antunes (apud Silva, 2017), apresenta duas
funções fundamentais para o estudo da coesão e dos conectivos: a) entender que os
conectivos são elementos de ligação de partes do texto e b) esses elementos indicam
uma relação de sentido e de orientação argumentativa.
Vamos estudar essas relações de sentido:
Relações lógico-discursivas (coesão)
Relação de causalidade
É aquela que expressa uma causa para o fato apresentado. As conjunções aqui
utilizadas são: porque, pois, por isso, já que, visto que, uma vez que, etc. 
NÃO VOU AO CINEMA PORQUE ESTOU SEM DINHEIRO. 
CAUSA: ESTOU SEM DINHEIRO 
CONSEQUÊNCIA (FATO APRESENTADO): NÃO VOU AO CINEMA.
Os elementos conectivos
62
Relação de condicionalidade
A relação se condicionalidade se dá quando um segmento expressa uma condição
para que outra coisa aconteça. São orações com conjunções condicionais: se, caso,
contanto que, a menos que, salvo se, desde que, etc. 
SE EU TIVESSE DINHEIRO, IRIA AO CINEMA. 
CONDIÇÃO ANTECEDENTE: SE EU TIVESSE DINHEIRO 
CONSEQUÊNCIA HIPOTÉTICA: EU IRIA AO CINEMA
Relação de temporalidade
Expressa uma relação de tempo por meio de conectivos tais como quando, assim
que, logo que, enquanto, cada vez que, etc. 
QUANDO EU TIVER DINHEIRO, EU IREI AO CINEMA. 
CONDIÇÃO: TER DINHEIRO 
CONSEQUÊNCIA: IR AO CINEMA
Relação de �nalidade
A �nalidade se estabelece quando há uma relação intenção x objetivo, �nalidade,
propósito. Os conectivos usados são os do grupo do “para”: para, para que, a �m de,
a �m de que, etc. 
QUERO TER DINHEIRO PARA IR AO CINEMA 
OBJETIVO: TER DINHEIRO 
FINALIDADE: IR AO CINEMA
63
Relação de oposição ou de adversidade
É quando um conteúdo expresso em um segmento se opõe ao conteúdo do outro
segmento. A relação de oposição está em frase que contenham conjunções
adversativas e concessivas, tais como mas, porém, no entanto, embora, apesar de,
etc. 
QUERO IR AO CINEMA, PORÉM, NÃO TENHO DINHEIRO. 
CONTEÚDO 1: DESEJO DE IR AO CINEMA 
CONTEÚDO DE OPOSIÇÃO: NÃO TER DINHEIRO
Relação de conclusão
Como o nome deixa claro, essa relação de coesão tem a ver com a conclusão de um
algo a partir das proposições presentes em um segmento anterior do texto. É o grupo
do “portanto”: logo, sendo assim, dessa forma, então, etc. 
EU TENHO DINHEIRO, PORTANTO, VOU AO CINEMA. 
PROPOSIÇÃO: TENHO DINHEIRO
CONCLUSÃO: VOU AONDE EU QUISER
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O estudo dos conectivos é cobrado em praticamente todos os concursos
públicos. Nos editais, a matéria a ser estudada aparece com o nome de
“Relações Lógico-Discursivas”, e também é o que deve ser estudo quando
exigem o tópico “Coesão e Coerência”. Conectivos podem aparecer tanto em
questões de gramática quanto serem cobrados na escrita das questões
dissertativas - as temidas redações. Quer um exemplo? Nunca se deve
começar o último parágrafo da redação com uma conjunção adversativa, por
exemplo. Esse parágrafo é chamado de “Conclusão”, logo, deve ser iniciado
com uma conjunção conclusiva. Do contrário, a argumentação perde a
coerência por não ter um elemento de coesão correto e o candidato perde
pontos na prova.
Veja abaixo uma tabela com os principais conectivos e suas respectivas relações. A
maioria já foi explicada neste presente tópico; o restante, deixo com vocês, estimados!
65
Fonte: Silva, 2017
Tipo de relação Alguns conectivos
Casualidade porque, uma vez que, visto que, já que, desde que, como
Condicionalidade
se, caso, desde que, contanto que , a menos que, sem que,
salvo que, exceto que
Temporalidade
quando, enquanto, apenas, mal, antes que, depois que ,
logo que, assim que, sempre que, até que, desde que, todas
as vezes que, cada vez que
Alternância ou
Conformidade de acordo, conforme, consoante, segundo, como
Complementação que, se , como
Delimitação ou
restrição
pronomes relativos
Adição e, ainda, também, não só... mas também, além de, nem
Oposição
mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, embora, se
bem que, apesar de
Justi�cativa ou
explicação
isto é, quer dizer, ou seja, pois
Conclusão logo, portanto, pois, por conseguinte, então, assim como
Comparação como, mais... do que, menos... do que, tanto... quanto
66
Acesse: Disponível aqui
O link nos leva ao texto “Coerência textual: um estudo com jovens e adultos”,
um artigo que examinou se o estabelecimento da coerência textual está
relacionado à aquisição da leitura e da escrita com jovens e adultos, em
processo de alfabetização, em uma situação de produção de texto.
Coerência
Como já falamos, coerência é relação lógica entre as ideias de um texto. Vamos a uma
breve de�nição dos linguistas Platão e Fiorin (2007):
A palavra coerência, da mesma família de aderência e aderente,
provém do latim cohaerentia (formada pelo pre�xo co = junto com,
mais o verbo haerere = estar preso). Signi�ca, pois, conexão, união
estreita entre várias partes, relação entre ideias que se harmonizam,
ausência de contradição. É a coerência que distingue um texto de um
aglomerado de frases.
Ou seja: quando você transmite uma mensagem, certamente leva em consideração
quem vai recebê-la. Provavelmente você também se lembra de que alguns cuidados
devem ser tomados para que o receptor compreenda a mensagem. Nessa tentativa
de se fazer compreendido, você deve estabelecer alguns padrões mentais que
diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido, certo?
67
http://www.scielo.br/pdf/prc/v16n1/16796.pdf
Intuitivamente, você está seguindo um princípio básico para uma boa escrita,
chamado de coerência textual. A coerência é uma conformidade entre fatos ou
ideias, é aquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de
construção de sentidos do texto e à articulação das ideias.  
“Frase assim escreve uma coerência sintática, mas ninguém ainda que conheça não”. Não
entendeu nada, certo? Pois é, ninguém escreve uma oração assim... Esse é o princípio
básico da sintaxe: construir frases nas quais os elementos da oração estejam
dispostos na ordem correta. Além disso, a coerência sintática evita a ambiguidade e
garante o uso adequado dos conectivos.
Duas placas que viralizaram nas redes sociais e que exempli�cama falta de coerência
são aquelas em que se lia PINTAMOS CASA A DOMICÍLIO e CORTAMOS CABELO AO
VIVO. Alguém aí consegue explicar? 
Sintaxe (pronuncia-se “sintásse”) é a parte da gramática que estuda a relação
das palavras dentro das frases e das orações. Estuda, também, a oração
dentro do período, permitindo que a frase tenha sentido e que as palavras
estejam na ordem certa dentro da oração.
No Carnaval de 2014, a prefeitura de Porto Nacional, em Tocantins, lançou uma
inusitada campanha cuja faixa viralizou nas redes sociais. Ela dizia:
68
Nesse caso claro de falta de coerência, percebe-se que a prefeitura queria passar
duas informações distintas: 1) que foliões da cidade usassem camisinha para se
prevenir do vírus HIV, 2) que os foliões combatessem o mosquito da dengue. Porém, o
uso do conectivo  “e” dá a ideia lógica-discursiva de adição, de acréscimo de ideias que
se complementam, e não cabe no caso de duas ideias que não têm nada a ver. A faixa,
obviamente, virou piada.
Coerência Temática
É quando o texto discorrido - seja escrito ou falado - está de acordo com a proposta.
Esse é o princípio da coerência temática, que privilegia apenas ideias que sejam
relevantes para o bom desenvolvimento do tema.
Lembra-se do candidato do Enem que, na redação cujo tema era “Imigração Legal”,
escreveu uma receita de macarrão instantâneo do desenvolvimento? É um exemplo -
mesmo que exagerado e sem noção da parte do “engraçadinho” - de falta de
coerência temática.
Coerência Estilística
A coerência estilística diz respeito à variedade linguística adotada em um texto. Se o
emissor escolhe uma linguagem formal, é coerente que ele a use no texto inteiro. Não
faz o menor sentido começar uma redação utilizando uma linguagem culta e de
repente alterar o estilo e empregar a linguagem coloquial (ou informal).
69
Coerência Genérica
A palavra “genérica”, aqui, quer dizer “de gênero”; de gênero textual, ou seja, dos
estilos que existem (narrativo, informativo, descritivo, etc.) Tem a ver com a escolha
adequada do gênero textual. Existe um gênero para cada ato de fala e escrita: por
exemplo, se a intenção de quem escreve é anunciar algum produto para a venda,
provavelmente ele optará pela linguagem informativa, e não um poema. Se a intenção
é contar uma história, o conto ou a crônica são opções possíveis.
No exemplo abaixo, temos a transcrição de uma placa real de estrada com duas
informações coerentes e uma incoerente com o gênero informativo “placa de
sinalização”. Fica óbvio qual está fora de contexto, não é?
CRUZAMENTO PERIGOSO 
REDUZA A VELOCIDADE 
DOE LEITE MATERNO
Cabe aqui fazer uma observação: há casos em que o emissor da mensagem faz uso da
falta de coerência propositalmente para causar algum efeito poético ou de humor.
Leia o trecho abaixo:
Subi a porta e fechei a escada.
Tirei minhas orações e recitei meus sapatos.
Desliguei a cama e deitei-me na luz
Tudo porque
Ele me deu um beijo de boa noite...
(Anônimo)
 Fonte: Antunes, 2005.
Neste texto anônimo, a desordem das palavras é proposital, pois o “sentido” do
poema está justamente na desorganização da forma como as coisas foram ditas. A
intenção do autor era transmitir que as pessoas perdem o sentido; perdem a lógica
das coisas quando se apaixonam e subvertem a ordem natural dos eventos. As
pessoas �cam bobas, incoerentes de uma forma poética quando estão apaixonadas.
70
Acesse: Disponível aqui
Assista a um bem-humorado vídeo da galera do Porta dos Fundos sobre
problemas de falhas na comunicação, inclusive com o uso incorreto dos
conectivos e a falta de coerência gerada na fala.
Exercícios!
Complete com conjunções e locuções conjuntivas:
Você (aditiva) ______ eu temos muito em comum.
Você E eu temos muito em comum.
_______ (aditiva) de original, é interessante o que você diz.
ALÉM DE de original, é interessante o que você diz.
Uma coisa é certa: (aditiva) ________ os professores (aditiva) _______ os alunos
estudaram matemática.
Uma coisa é certa: NEM os professores NEM os alunos estudaram matemática.
71
https://www.youtube.com/watch?v=jPSnhvG5fQ
Eu acho o seguinte: (alternativa) _________ �ca calado, (alternativa) _____ enfrenta o
problema de uma vez.
Eu acho o seguinte: OU �ca calado OU enfrenta o problema de uma vez.
Só nos resta reclamar (alternativa) __________ obedecer.
Só nos resta reclamar OU obedecer.
Ora compremos, (alternativa) ______ vendamos, nunca teremos o bastante.
Ora compremos, ORA vendamos, nunca teremos o bastante.
Trabalhei muito, (adversativa) ___________, aguento um pouco mais.
Trabalhei muito, mas/porém/contudo/todavia, entretanto, aguento um pouco mais.
Os alunos se queixam das tarefas, (adversativa) __________, fazem-nas.
Os alunos se queixam das tarefas, mas/porém/contudo/todavia, entretanto, fazem-
nas.
Penso, (conclusiva) _________ existo.
Penso, logo/portanto, assim, dessa forma existo.
Ele disse com bastante convicção, (conclusiva) _______ é verdade.
Ele disse com bastante convicção, logo/portanto, assim, dessa forma é verdade.
72
Errei, (conclusiva) ______________ estou disposto a pagar as consequências.
Errei, logo/portanto, assim, dessa forma estou disposto a pagar as consequências.
Obedecerei as suas ordens, (adversativa) _________, antes direi o que penso.
Obedecerei as suas ordens, mas/porém/contudo/todavia, entretanto, antes direi o
que penso.
Escolha uma possibilidade (alternativa) ________ outra, não faço restrições.
Escolha uma possibilidade OU outra, não faço restrições.
Os juízes têm que ser objetivos. (aditiva) ___________ eles têm que ser imparciais.
Os juízes têm que ser objetivos.  ADEMAIS, ALÉM DISSO eles têm que ser imparciais.
Plantas (aditiva) ________ ervas são muito úteis quando usadas com critério.
Plantas  E  ervas são muito úteis quando usadas com critério.
É inadmissível que tenha fugido; (adversativa) ___________ não ouso censurá-lo.
É inadmissível que tenha fugido; mas/porém/contudo/todavia, entretanto, não ouso
censurá-lo. 
Complete com conjunções e locuções conjuntivas subordinativas: 
Levantei-me (temporal) _________ o prefeito terminou o discurso.
Levantei-me QUANDO/LOGO QUE/ASSIM QUE o prefeito terminou o discurso.
Escrevi um carta (temporal) __________ meu �lho jantava.
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Escrevi um carta ENQUANTO meu �lho jantava.
Deitei-me (temporal) _____________ terminou o jornal das dez.
Deitei-me QUANDO/LOGO QUE/ASSIM QUE terminou o jornal das dez.
Fiquei na sala de jantar (temporal) ____________ meu �lho terminou a sobremesa.
Fiquei na sala de jantar  ENQUANTO meu �lho terminou a sobremesa.
Só quero saber (temporal) ___________ meu pai vai chegar.
Só quero saber QUANDO meu pai vai chegar.
Vou terminar o relatório (temporal) _____________ André me chame para o jantar.
Vou terminar o relatório ANTES QUE André me chame para o jantar.
Insistirei na petição (temporal) __________ a de�ram.
Insistirei na petição ATÉ QUE a de�ram.
Impediram a minha inscrição no concurso (causal) ________ sabiam que eu passaria em
primeiro.
Impediram a minha inscrição no concurso PORQUE sabiam que eu passaria em
primeiro.
Você é muito mais esforçada (comparativa) ___________ a sua irmã.
Você é muito mais esforçada QUE / DO QUE a sua irmã.
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Impediam que ela depusesse perante o tribunal, (causal) ______ era uma �gura pública
e notória.
Impediam que ela depusesse perante o tribunal, POIS/ PORQUE era uma �gura
pública e notória.
Descreveu o aparelho nos seus mínimos detalhes (�nal) __________ ninguém duvidasse
da sua paternidade.
Descreveu o aparelho nos seus mínimos detalhes PARA QUE/A FIM DE QUE ninguém
duvidasse da sua paternidade.
Arrumou-se (consecutiva) __________ que chamou a atenção de todo mundo.
Arrumou-se tanto/de tal modo que chamou a atenção de todo mundo.
Farei o que você quiser (condicional) _____ primeiro me relatar o que aconteceu
naquela noite.
Farei o que você quiser SE primeiro me relatar o que aconteceu naquela noite.
Vou ler o manuscrito inteiro, (concessiva) ________ prejudique a visão.
Vou ler o manuscritointeiro, MESMO QUE prejudique a visão.
Tal atitude é intolerável, (concessiva) _________ fosse compreensível.
Tal atitude é intolerável, se bem que/embora  fosse compreensível. 
75
08
Inadequações Entre Fala e 
Escrita
76
Existem várias ferramentas às quais podemos recorrer em caso de dúvida gramatical
tais como dicionários, gramáticas ou uma simples busca no Google. Mas sabemos que
a maioria dos estudantes e pro�ssionais não consultam o dicionário quando se
deparam com uma palavra desconhecida ou não buscam uma gramática para sanar
dúvidas de gra�a.
Por isso, é muito comum o indivíduo aprender uma a palavra ou expressão e depois
repeti-la sem conferir como é a escrita, causando uma inadequação entre o que se
ouve - ou o que se fala -  e como se escreve.
Vamos a um exemplo: a expressão “por ora”, muito usada em correspondências,
artigos cientí�cos e relatórios, que signi�ca “agora”, “no momento”. Não existe “h” no
termo: “Por ora, nossa pesquisa teve resultados parciais”, ou seja, por enquanto,
até agora, nossa pesquisa teve resultados parciais.  Já “por hora” também existe, mas
quer dizer “por um período de 60 minutos”: “O estacionamento cobra por hora.”
A questão, então, é que essa expressão (e outras que são foco desta aula) são
idênticas ou parecidas na fala, mas diferentes na forma escrita.
Veja a seguinte placa: 
Muitos acham exagero corrigir quem confunde “um simples ‘há’, ou ‘a’, ou ainda ‘à’... é
tudo igual!”. Mas certamente deixam de achar besteira quando esse tipo de problema
cai em concursos, processos seletivos ou avaliações das quais você depende para dar
77
um passo importante na vida, além de ser um erro grave de gramática nas redações
cotidianas.
No exemplo acima, a placa está incorreta; e o certo seria:
“HOMENS TRABALHANDO A 300m”.
“A” indica avanço para frente no tempo ou no espaço. Por exemplo: “Moro a dois
quarteirões daqui”, “Vamos nos ver daqui a dois dias”. O “há” refere-se ao passado:
“Falei com ela HÁ duas semanas”.
Vejamos algumas dessas confusões geralmente causadas porque são iguais ou quase
iguais na fala, mas diferentes na forma de escrever.
MAU é um adjetivo, o oposto de bom:
Exemplo: Estou de bom humor./ Estou de mau humor.
Logo, temos: mau hálito, mau caráter, mau caminho, lobo mau, que podem
ser todos substituídos por “bom” para fazer o antônimo.
MAL é um advérbio, o oposto de bem:
Exemplo: Todos falaram mal do �lme. / Todos falaram bem do �lme.
Logo, temos: mal estar, passar mal, mal amado, mal visto, que podem ser
todos substituídos por “bem” para fazer o antônimo.
PERDA é um substantivo: a perda, as perdas, uma perda, sua perda, minha
perda...
Exemplo 1: Falar desse assunto é perda de tempo.
Exemplo 2: Sinto muito pela sua perda.
PERCA é verbo no imperativo (o modo domando, do pedido) ou no
subjuntivo:
Confusões entre fala e escrita
Vejamos algumas dessas confusões geralmente causadas porque são iguais ou quase
iguais na fala, mas diferentes na forma de escrever. 
78
Exemplo 1: Não perca a promoção de sábado!
Exemplo 2: Mesmo que eu perca, não vou desistir!
TAMPOUCO signi�ca “nem”, “também não”.
Exemplo 1: Ele fez o jantar, tampouco varreu a casa!
Exemplo 2: Você não trabalha, tampouco estuda. ( ATENÇÃO: “nem
tampouco” é redundância).
TÃO POUCO quer dizer muito pouco, pouquíssimo.
Exemplo 1: Havia tão pouco entusiasmo naquele grupo que eu me
desanimei.
Exemplo 2: Eu como tão pouco e mesmo assim não perco peso!
SENÃO signi�ca “caso contrário" ou “exceto”.
Exemplo 1: O contrato precisa estar assinado, senão será inválido.
Exemplo 2: Trabalhamos todos os dias, senão aos domingos.
SE NÃO introduz uma condição, usado quando o "se" é uma conjunção
condicional (substituível por "caso").
Exemplo 1: Se não receber a ata por e-mail, avise-me.
Exemplo 2: Amanhã começam as obras se não chover.
MAS é uma conjunção adversativa, substituível por “porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto”.
Exemplo 1: É preciso trabalhar, mas é preciso se divertir também.
Exemplo 2: Liguei várias vezes, mas ninguém atendeu.
MAIS indica intensidade (em oposição a “menos”), soma ou aumento de
quantidade.
Exemplo 1: Pretendo ir mais vezes à Bahia.
Exemplo 2: Quanto mais estudo, mais aprendo.
ONDE é usado quando se fala de um lugar estático, parado, e pode ser
substituído por “em que” ou “em que lugar”.
79
Exemplo 1: O local onde a nova escola será construída é agradável.
Exemplo 2: Você sabe onde ela está?
AONDE deve ser usado em frases com verbos de movimento tais como “ir” e
“encaminhar-se” e pode ser substituído por “para onde”, “para qual lugar”.
Exemplo 1: Aonde João foi com tanta pressa?
Exemplo 2: Ninguém viu aonde se encaminhou o estagiário.
Aonde x Onde
“Aonde” é usado quando a frase tem algum verbo de deslocamento, como é
o caso de “ir” e outros que pedem a preposição “a”: ir a, dirigir-se a,
encaminhar-se a, etc. Corresponde a “para onde você foi?”. Com outros
verbos, é apenas “onde”, no sentido de “em que lugar”. Assim, o correto é
“Onde você colocou as chaves?” e não “Aonde você colocou as chaves?”,
“Onde você trabalha?” e não “Aonde você trabalha?”. Mas é correto “Eu sei
aonde ele foi.”, por exemplo.
Certo ou errado?
Além das inadequações causadas porque existem palavras parecidas (como vimos no
tópico anterior), há também o equívoco em si: palavras e expressões que comumente
as pessoas ou aprenderam errado e repassaram adiante ao longo da vida. Vale
lembrar que mesmo que na linguagem coloquial as pessoas dizem o que é
“considerado” certo, se não estiver de acordo com a gramática ou com o dicionário,
está errado.
80
Então pegue uma caneta ou um lápis, puxe uma folha em branco e vá anotando o que
você sempre falou e escreveu certo e o que você deve se autocorrigir   a partir de
agora!
COMO É FALADO / COMO É O CERTO
às custas / à custa:
Falado: Ele vive às custas do irmão.
Certo: Ele vive à custa do irmão.
a nível / em nível
Falado: É a melhor escola a nível estadual.
Certo: É a melhor escola em nível estadual.
ao par / a par
Falado: Joana estava ao par de tudo.
Certo: Joana estava a par de tudo.
rúbrica / rubrica
Falado: Faça uma rúbrica no contrato.
Certo: Faça uma rubrica no contato (sem acento, sílaba tônica “bri”).
todo país / todo o país
A instituição atua em todo país.
A instituição atua em todo o país.
*A frase quer dizer que a instituição atua no país inteiro. Assim, o artigo depois de todo,
toda (Ele comeu toda a comida), todos (Preciso de todos os relatórios), todas (Todas as
alunas estão convidadas) é obrigatório. Sem o artigo, todo passa a ser sinônimo de
"qualquer", como na frase "todo homem é igual perante à Lei.”
81
consigo / com você
Falado: Vou consigo até a cidade.
Certo: Vou com você até acidade.
*Inverta a forma para conferir: de todas as que menos falaram, ela foi uma.
renite / rinite
Falado: Tenho renite.
Certo: Tenho rinite.
�orescentes / �uorescentes
Falado: Lâmpadas �orescentes.
Certo: Lâmpadas �uorescentes.
quites / quite
Falado: Eu estou quites com você.
Certo: Eu estou quite com você.
*QUITE é adjetivo e, portanto, deve concordar com a palavra a que se refere: Eu estou
quite. Eles estão quites.
vende-se / vendem-se
Falado: Vende-se duas casas na praia.
Certo: Vendem-se duas casas na praia.
interviu / interveio
Falado: O professor interviu na briga.
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Certo: O professor interveio na briga.
germinada / geminada
Falado: Casa germinada.
Certo: Casa geminada.
*A casa não germina como planta. “Geminado” vem de gêmeas, unidas, iguais.
descriminação / discriminação
Falado: Diga não à descriminição!
Certo: Diga não à discriminação!
calabreza e portugueza / calabresa e portuguesa
Falado: Pizza calabreza e portugueza.
Certo: Pizza de calabresa e portuguesa.
hipocresia / hipocrisia
Falado: Pare com essa hipocresia.
Certo: Pare com essa hipocrisia.
bene�ciente / bene�cente
Falado: Faremos um bazar bene�ciente.
Certo: Faremos um bazar bene�cente. 
83
Acesse: Disponível aqui
Está on-line e pintou uma dúvida de como escrever umapalavra ou veri�car
se ela existe na língua portuguesa? Pesquise no VOLP, o Vocabulário
Ortográ�co o�cial da Língua Portuguesa. 
Exercícios Práticos
O gabarito está no exercício. Mas não se autossabote! Não espie a resposta certa para
fazer, ok? Vamos lá: 
1. Escolha a forma correta: 
a) Estou cansado, (mas/mais) sairei com vocês.
b) A equipe falou muito (mal/mau) do último gestor.
c) Sou bem saudável: não fumo, (tampouco/tão pouco) bebo.
d) Espero que você nunca (perda/perca) a vontade de se atualizar!
e) Você não vai perder seus medos (se não/senão) tentar superá-los.
f) (Onde/aonde) Lilian colocou os �chários?
g) É preciso acabar com o (mal/mau) habito do sedentarismo.
h) Foi uma (perda/perca) irreparável a saída dele.
i) Não nos satisfaremos com (tampouco/tão pouco) na vida.
84
https://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario
j) Alguém sabe (onde/aonde) ela foi ontem à noite?
k) A entrada para a cidade �ca (a/há) 1km daqui.
l) Comece a fazer o relatório agora, (se não/senão) você vai atrasar. 
2. Assinale C (certo) ou E (errado) para a gra�a da palavra em destaque:
a) O projeto foi levado a todo o pais, de norte a sul. (   )
b) A conta foi paga e estamos quite. (   )
c) A hipocresia é uma das piores atitudes do ser humano. (   )
d) Sabemos que sucesso vem à custa de esforço. (   )
e) Em nível acadêmico, esta instituição é a melhor! (   )
f) Descriminação racial é crime. (   )
g) A polícia fez certo quando interveio na contenda dentro da escola? (   )
h) A �lial �ca a 200km daqui. (   )
i) Algumas substâncias provocam renite. (   )
j) A coroa portugueza foi símbolo de poder até o �m da monarquia. (   )
h) Estou na correria, mas, por ora, consigo um horário para atendê-lo. (   )
Gabarito 1: a) - mas; b) - mal; c) - tampouco; d) - perca; e) - se não; f) - onde; 
g) - mau; h- perda; i) - tão pouco; j) - aonde; k) - a; l) - senão.
Gabarito 2: a) - C; b) - E; c) - E); d) - C; e)- C); f) - E); g) - C; h) - C; i) - E; j - E; k - C. 
85
09
Homônimose Parônimos 
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Fonte: elaborado pela autora
Quantas vezes você parou para pensar qual a gra�a correta de alguns termos e
expressões da língua portuguesa? Se foram muitas vezes, não se preocupe: nosso
idioma é cheio de pegadinhas na gra�a, mesmo. Mas chegou a hora de estudar em um
nível conceitual, mais aprofundado, para que, da próxima vez que a dúvida surgir, você
saiba onde procurar reposta e se corrigir. 
A diferença entre eminente e iminente é um exemplo clássico da confusão entre
algumas palavras que são quase idênticas e têm signi�cados diferentes, e não é raro
vermos pessoas consideradas estudadas - jornalistas, repórteres, professores, etc. -
usarem-nas de forma trocada. Mas por que isso acontece? Porque vai de cada
indivíduo descobrir um jeito de guardar qual é um e qual é outro, pois não há uma
regra gramatical que justi�que tal semelhança.
No caso, EMINENTE, segundo o dicionário on-line Priberam, signi�ca “ilustre,
excelente, que excede os outros”. Já IMINENTE quer dizer “imediato, próximo, que
está para acontecer”. Logo, são comuns expressões do tipo:
perigo iminente
risco iminente
partida iminente
morte iminente
derrota iminente
personalidade eminente
posição eminente
deputado eminente
região eminente
eminente diretora
guerra iminente eminente obra
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Homônimos
Homônimos são palavras que têm a mesma pronúncia - às vezes, a mesma gra�a - ,
mas que possuem signi�cados diferentes.
Exemplo 1: Acender (colocar fogo) / ascender (subir)
Exemplo 2: Acento (sinal grá�co) / assento (lugar em que se senta)
Veja alguns exemplos no quadro a seguir: 
88
acender (colocar fogo) ascender (subir)
acento (sinal grá�co) assento (local onde se senta)
apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido)
bucho (estômago) buxo (arbusto)
caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito)
cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar)
cela (pequeno quarto) sela (forma do verbo selar; arreio)
censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo)
céptico (descrente) séptico (que causa infecção)
cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar)
cerrar (fechar) serrar (cortar)
cervo (veado) servo (criado)
chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de
pagamento)
xeque (lance no jogo de xadrez)
círio (vela) sírio (natural da Síria)
cito (forma do verbo citar) sito (situado)
concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir)
concerto (sessão musical) conserto (reparo)
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Fonte: Disponível aqui
coser (costurar) cozer (cozinhar)
esotérico (secreto) exotérico (que se expõe em público)
espectador (aquele que
assiste)
expectador (aquele que tem esperança, que
espera)
esperto (perspicaz) experto (experiente, perito)
espiar (observar) expiar (pagar pena)
espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)
estático (imóvel) extático (admirado)
esterno (osso do peito) externo (exterior)
estrato (camada) extrato (o que se extrai de algo)
estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar)
incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido)
incipiente (principiante) insipiente (ignorante)
laço (nó) lasso (frouxo)
ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno) taxa (imposto, tributo)
tachar (atribuir defeito a) taxar (�xar taxa)
90
https://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman6.php
Você já deve ter ouvido essa expressão, certo? Mas o correto é que alguém foi
o bode ESPIATÓRIO ou o bode EXPIATÓRIO?
O correto é “expiatório”, do verbo “expiar”, que quer dizer pagar por um erro,
remir-se de uma culpa; e não “espiatório”, de quem está espiando. “Bode
expiatório” é uma expressão usada para de�nir uma pessoa sobre a qual
recaem as culpas alheias, quando alguém é acusado de um delito que não fez.
É quando alguém leva sozinho a culpa de algo errado.
Parônimos
Parônimos são palavras com gra�as ou pronúncias parecidas, mas com signi�cados
diferentes e por isso facilmente confundidas:
Exemplo 1: Absolver (perdoar, inocentar) / absorver (sorver, aspirar).
Exemplo 2: Cavaleiro (que cavalga) / cavalheiro (homem cortês, educado). 
EMIGRAR: Deixar um país, sair da sua
pátria. 
Fonte: Disponível aqui
IMIGRAR: Estabelecer-se em um país
estrangeiro, geralmente em de�nitivo. 
Fonte: Disponível aqui
91
https://pixabay.com/pt/photos/adulto-avi%C3%A3o-aeroporto-casal-3974292/
https://pixabay.com/pt/photos/passaporte-visto-imigra%C3%A7%C3%A3o-2510290/
absolver (perdoar, inocentar) absorver (aspirar, sorver)
apóstrofe (�gura de linguagem) apóstrofo (sinal grá�co)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (onde se guardam
mantimentos)
dispensa (ato de dispensar)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
eminência (elevado)
iminência (qualidade do que está
iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
Veja alguns exemplos no quadro a seguir:
92
Fonte: Disponível aqui
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estada (permanência em um lugar)
estadia (permanência temporária em um
lugar)
�agrante (evidente) fragrante (perfumado)
�uir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
in�ação (alta dos preços) infração (violação)
in�igir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
peão (domador de cavalos) pião (tipo de brinquedo)
precedente (que vem antes) procedente (que tem fundamento)
rati�car (con�rmar) reti�car (corrigir)
recrear(divertir) recriar (criar novamente)
soar (produzir som) suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) suster (sustentar)
tráfego (trânsito) trá�co (comércio ilegal)
93
https://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman7.php
Ao encontro de tem sentido positivo, signi�ca “em busca de”, “em direção a”,
“para junto de”: Ele foi ao encontro do sucesso. 
De encontro a tem sentido negativo, signi�ca “em oposição a”,  “para chocar-
se com”: O motorista foi de encontro ao muro.
Acerca de signi�ca “sobre”, “a respeito de”: Falei acerca de política. 
A cerca de: indica aproximação: Estava a cerca de 3 km daqui.
E ainda temos Há cerca de: indica tempo decorrido: Brigamos há cerca de um
mês.
A princípio signi�ca no começo, para começar: A princípio, pensei em desistir. 
Em princípio signi�ca de maneira geral, sem entrar em detalhes, de forma
geral: Em princípio, todos deveriam ter acesso à educação.
Assistir ao signi�ca ver, olhar: Hoje vou assistir ao jogo/ à novela. 
Assistir signi�ca tomar conta, cuidar, dar assistência: O médico assistiu a
paciente/ o paciente.
Cessão: ato de ceder; A cessão do local pelo município tornou possível a
realização da obra. 
Seção: setor, subdivisão de um todo, repartição, divisão: Em qual seção do
ministério ele trabalha?
E ainda temos Sessão: espaço de tempo que dura uma reunião, um congresso;
reunião; espaço de tempo durante o qual se realiza uma tarefa: A próxima
sessão legislativa será iniciada em 1º de agosto.
Expressões parônimas
Além de palavras, existem também expressões incluídas no conceito do que é
parônimo: escritas ou pronunciadas de forma parecidas, mas com signi�cados
diferentes.
Vamos às mais problemáticas:
94
Conjectura: suspeita, hipótese, opinião. 
Conjuntura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.
Despercebido: que não se percebeu, não observado, não notado. Meu
aniversário passou despercebido, que triste. 
Desapercebido: desprevenido, que não está preparado, sem provisões:
Quando viu que ela estava desapercebida, ele lhe roubou a bolsa.
Traz: do verbo “trazer”. Todo dia ele traz um livro novo para casa. 
Trás: atrás, na parte posterior, detrás. Falar por trás das costas é fácil. Tente
cara a cara!
Fonte: adaptado de "Parônimos" em Só Português. Disponível aqui
Exercícios Práticos
Hora de pegar folha e papel!
1. Escolha o termo correto para o contexto:
a) O político foi (caçado/cassado) por irregularidades parlamentares.
b) É preciso ter (censo/senso) de coletividade para viver em sociedade.
c) A idoneidade do diretor foi colocada em (cheque/xeque).
d) A impressora precisa de (concerto/conserto) urgentemente.
e) O (estrato/extrato) bancário pode ser adquirido via internet.
f) Julia foi (tachada/taxada) de inconsequente.
g) Luis sabe (coser/cozer) muito bem, mas ainda não sabe cozinhar.
h) Todos querem (acender/ascender) social e pro�ssionalmente na vida.
95
https://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman7.php
i) Os (estratos/extratos) sociais mais baixos são sempre os mais afetados durante crises
econômicas. 
2. Veja os parônimos do quadro e coloque-os nas orações corretas:
PRECEDENTES PROCEDENTES
EM PRINCÍPIO A PRINCÍPIO
DE ENCONTRO AOS AO ENCONTRO DOS
DISCRIÇÃO DESCRIÇÃO
ASSISTIU O ASSISTIU AO
EMINENTE IMINENTE
SEÇÕES SESSÕES
a) _____________ , segundo a Constituição, todos somos iguais.
b) A enfermeira ___________ o jovem enfermo durante a tarde toda.
c) Jacques Chirac era um ____________ político, ex-presidente da França.
d) Peço a sua total __________ sobre esta entrevista de emprego.
e) Todos os ________ dele indicam que se trata de uma ótima pessoa.
f) Nós não concordamos politicamente: suas convicções vão _____________ meus ideais.
g) Existem tantas _________ eleitorais que nem sei em qual eu voto.
h) Seus argumentos têm ____________ sólidos. Parabéns!
i) Pensei em desistir ____________, mas logo recobrei a vontade de fazer exercícios físicos.
j) Nunca pensei que fôssemos tão parecidos! Meus planos vão _______________ seus!
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k) A __________ das mercadorias deve vir na nota �scal.
l) Você ______________ curso exibido via internet?
m) É _________ tomar uma decisão acertada: não temos mais margem para equívocos.
n) Quantas ____________ de terapia serão necessárias para me darem um diagnóstico?
Gabarito exercício 1: a) - cassado; b) - senso; c) - xeque; d) - conserto; e) - extrato; f) -
tachada), g) - coser; h) - ascender; i) -  estratos. 
Gabarito exercício 2:
a) Em princípio
b) assistiu o
c) eminente
d) discrição
e) precedentes
f) de encontro aos
g) seções
h) procedentes
i) a princípio
j) ao encontro dos
k) descrição
l) assistiu ao
m) iminente
n) sessões
97
10
Formas de Porquês
98
PORQUE 
Segundo Martins e Zilberknop (2019), escreve-se porque, em uma só palavra,
quando se trata de uma conjunção causal ou explicativa. Signi�ca por causa
de, pois: 
Exemplo 1: Vamos nos apressar, porque o ônibus vem vindo. 
Exemplo 2: Sou feliz porque tenho quem cuide de mim.m sentido positivo,
signi�ca “em busca de”, “em direção a”, “para junto de”: Ele foi ao encontro do
sucesso.
POR QUE 
Usa-se quando for "o motivo pelo qual" (geralmente usado junto dos verbos
do tipo “saber, entender, descon�ar, imaginar, supor”) e no começo ou meio
de perguntas.
Exemplo 1: Agora eu sei por que você sempre vai embora mais cedo.
Exemplo 2: Por que a gente nunca vai jantar no restaurante japonês?
Exemplo 3: Não entendo por que ele saiu e nem deu tchau.
PORQUÊ 
É um substantivo que pode ser substituído pela palavra “motivo”.  Vem junto
de artigo (O/UM PORQUÊ = O/UM MOTIVO), de um pronome possessivo (MEU
PORQUÊ = MEU MOTIVO) e tem plural (OS PORQUÊS).
Olá, estimados(as)!
Já que estamos na aula passada falamos de palavras e expressões fáceis de confundir,
vamos dar continuidade ao conteúdo com as quatro formas de porquês.
Na língua portuguesa, existem quatro formas de usar o porquê:
PORQUE (junto
e sem acento)
POR QUE
(separado e sem
acento)
PORQUÊ (junto
e com acento)
POR QUÊ
(separado e com
acento)
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Exemplo 1: Você só arruma desculpa para não sair, é um porquê atrás do
outro!
Exemplo 2: A infância é a fase dos porquês.
 POR QUÊ 
Quando o "que" estiver em �nal de sentença ou interrogação, ou seja, ao
lado da pontuação (seja ponto �nal ou vírgula), precisa sempre ter o acento,
em todos os casos.
Exemplo 1: Ele está triste por quê? Por quê?
Exemplo 2: Ninguém me explicou por quê, mas não vamos receber aumento.
Fonte: arquivo pessoal
Veja esta capa:
100
O livro acima era uma famosa enciclopédia de perguntas e respostas dos anos de
1960 e 70; uma espécie de “minigoogle” da era pré-internet. Mas talvez não fosse bom
fazer a esse oráculo perguntas sobre gramática ou uso dos porquês – a própria capa
estampa o uso errado. Qual seria a gra�a certa? É “por quê” separado, por se tratar de
uma interrogativa isolada, sozinha e sem complemento (�nal da pergunta).
Enquanto isso, na internet...
A cantada pode até ser boa (será?), mas o “por que” deveria ser separado: mesmo
estando no meio da frase, trata-se de uma interrogativa.
101
Exercícios
Complete com POR QUE, POR QUÊ, PORQUE, PORQUÊ: 
a) ....................................... você não �ca mais um pouco?
b) Ele não faz os exercícios ........................... não quer.
c) Não entendo o ............................ dessas atitudes rudes.
d) Gostaria de saber o motivo ........................... você não veio ontem.
e) Não sei ........................... ele não gosta dela.
f) Você não mandou a fatura.....................?
g) Nem sempre chegamos a saber o ................. das coisas.
h) Sua atitude era elogiável ....................... era sincera.
i) Estes são os direitos ...................estamos lutando.
j) Falta saber............ estamos sem luz elétrica.
k) Eles estão revoltados ............?
l) Não fui ............ não tive tempo.
Gabarito
a) POR QUE você não �ca mais um pouco?
b) Ele não faz os exercícios PORQUE não quer.
c) Nãoentendo o PORQUÊ dessas atitudes rudes.
d) Gostaria de saber o motivo POR QUE você não veio ontem.
e) Não sei POR QUE ele não gosta dela.
102
f) Você não mandou a fatura POR QUÊ?
g) Nem sempre chegamos a saber o PORQUÊ das coisas.
h) Sua atitude era elogiável PORQUE era sincera.
i) Estes são os direitos POR QUE estamos lutando.
j) Falta saber POR QUE estamos sem luz elétrica.
k) Eles estão revoltados POR QUÊ?
l) Não fui PORQUE não tive tempo. 
103
11
Verbos Problemáticos
104
Olá a todos!
Nesta aula, vamos falar sobre alguns verbos problemáticos quando se trata de
conjugação.
Um exemplo: o verbo “caber”, no presente, na primeira pessoa do singular (“eu”), �ca
“caibo”. O verbo medir �ca “meço”. São formas irregulares, mas mesmo assim, pela
frequência do uso, é mais fácil de responder. Mas e o verbo “explodir”? “Eu explodo,
eu expludo?” E “abolir?” “Eu abulo?”
Antes de irmos à matéria, adianto que esses dois verbos (explodir e abolir) não têm
forma de presente na primeira pessoa do singular (eu). 
Verbos defectivos
Defectivo vem de “defeituoso”. Assim, verbos defectivos são aqueles que possuem
uma conjugação incompleta, ou seja, não se conjugam em todos os modos, tempos e
pessoas.
Os motivos pelos quais esse fato ocorre são variados: alguns verbos se fossem
conjugados iriam se confundir com outros, como é o caso de “falar” e “falir”, que na 1ª
pessoa do indicativo (eu) �cariam do mesmo modo (“falo”). Assim, somente o verbo
“falar” tem conjugação na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Para
expressar o verbo “falir”, é preciso usar outra expressão, como “Estou indo à
falência” ou “Vou falir”. 
Além do problema de equívoco que os verbos defectivos poderiam causar, há ainda
outras causas: algumas formas são repudiadas porque causam sons desagradáveis,
por não serem comuns no cotidiano ou por terem conotações pejorativas. 
Porém, vale destacar que o fato de um verbo ser caracterizado como defectivo hoje
não quer dizer que será assim para sempre. A língua é viva, e nós, como falantes
nativos, podemos adaptar a escrita à fala de acordo com a necessidade da época em
que estamos.
105
Defectivos inexistentes com o pronome “eu”
no presente
Vejamos uma lista de verbos defectivos inexistentes no presente, na 1ª pessoa do
singular (eu): 
abolir  compelir  �orir* 
adir demolir  ganir 
banir  discernir  imergir 
bramir  esbaforir  latir* 
brandir  exaurir  munir 
carpir  explodir  retorquir 
colorir  extorquir  ruir 
comedir-se falir submergir
*verbos unipessoais, ou seja, que não são atribuídos a pessoas (chover, ventar, nevar, 
miar, rugir, mugir...) são usados apenas em linguagem �gurada ou poética por razões 
óbvias.
106
Agora, vamos a uma lista de verbos que existem na 1ª pessoa do presente do
indicativo, mas que podem causar dúvidas quanto à sua forma por soarem estranhos:
Fonte: Adaptado de Almeida, 1985.
ACUDIR – EU ACUDO RESSARCIR - EU RESSARÇO
ADERIR – EU ADIRO COMPUTAR - EU COMPUTO
CABER – EU CAIBO EXPRIMIR - EU EXPRIMO
COMPETIR - EU COMPITO COIBIR - EU COÍBO
AGUAR – EU ÁGUO DIVERGIR - EU DIVIRJO
MEDIR – EU MEÇO VALER - EU VALHO
ADEQUAR – EU ADÉQUO AQUECER - EU AQUEÇO
MEDIAR – EU MEDEIO PERDER - EU PERCO
INTERMEDIAR – EU INTERMEDEIO POLIR  - EU PULO
ANSIAR – EU ANSEIO JAZER - EU JAZO
REQUERIR – EU REQUEIRO ROER - EU ROO
FREAR – EU FREIO (RE)ERGUER – EU (RE)ERGO
RIR – EU RIO ABRANGER - EU ABRANJO
SACAR – EU SACO PENTEAR - EU PENTEIO
MAQUIAR - EU MAQUIO
Defectivos existentes com o pronome “eu” no
presente
107
Você viu na lista anterior que “intermediar” é “eu intermedeio”? Embora
estranho, isso acontece com alguns verbos com a mesma terminação, e para
você memorizar, pense na regra do MÁRIO, que reúne as iniciais dos
principais verbos com esse padrão de conjugação:
Mediar
Ansiar
Remediar
Incendiar
Odiar
Ter, pôr, �r e ver (e derivados)
A maior di�culdade em relação aos verbos TER, PÔR, VIR E VER é a conjugação deles
em certos tempos e modos.  O certo é "quando eu pôr" ou "quando eu puser"? "Se eu
vir ao colégio" ou "Se eu vier ao colégio?". 
108
ter – deter, reter, conter, entreter . 
pôr – propor, supor, depor, opor, expor, compor, antepor, contrapor,
recompor, transpor .
vir – intervir, sobrevir, convir, desavir .
ver – prever, antever, rever, prover .
Errado: Se mantermos contato, será legal. 
Certo: Se mantivermos contato, será legal.
Errado: Esperava que você se oponhasse ao cargo.              
Lembra-se do modo subjuntivo?
O tempo verbal denominado pretérito do subjuntivo indica hipótese e
condição, e é iniciado pela conjunção "se" ou pela conjunção "caso". São
aqueles que terminam na desinência "-sse": "Se eu estudasse”, "Caso
estudássemos mais".
O tempo verbal denominado futuro do subjuntivo indica possibilidade
futura. É iniciado pela conjunção "quando" ou pela conjunção "se" e
caracterizado pela desinência "ar", "er" ou "ir" e geralmente acompanhado
de outro verbo no futuro do presente do indicativo: "Se eu estudar mais,
conseguirei melhores notas"; "Quando estudarmos mais, conseguiremos
melhores notas".
Agora analisemos os verbos apresentados como problemáticos - ter, pôr, vir e ver e
derivados:
Certo: Esperava que você se que você se opusesse ao cargo.
109
Errado: Se a empresa o mantesse , seria um desastre. 
Certo: Se a empresa o mantivesse , seria um desastre.
Errado: Quando pormos dinheiro na conta, nós avisamos. 
Certo: Quando pusermos dinheiro na conta, nós avisamos.
Errado: Se o IR reter minha declaração, terei que refazê-la.
Certo: Se o IR retiver minha declaração, terei que refazê-la.
Errado: Se você ver a professora, mande um abraço.
Certo: Se você vir a professora, mande um abraço.
Errado: Ela iria embora se suposse o que aconteceria.
Certo: Ela iria embora se supusesse o que aconteceria.
Errado: Embora eu prevesse minha nota, foi pior ainda!
Certo: Embora eu previsse minha nota, foi pior ainda!
Errado: Se ele composse algo bom, eu escutaria.
Certo: Se ele compusesse algo bom, eu escutaria.
Errado: Vou devolver a caixa se ela conter nove unidades.
Certo: Vou devolver a caixa se ela contiver nove unidades.
Errado: Quando ela vir , peça que traga um casaco.
Certo: Quando ela vier , peça que traga um casaco.
110
Acesse: Disponível aqui
Um recurso bastante prático é o conjugador online. É só digitar o verbo
sobre o qual você tem dúvida e aparece a conjugação completa, em todos os
tempos, modos e pessoas.
111
http://www.conjugador.com.br/
12
Vícios de Linguagem: Você 
Tem?
112
Algumas incorreções acontecem com mais frequência na escrita; outras, mais na fala. O
fato é que é necessário cuidado constante para evitar vícios de linguagem em qualquer
situação comunicativa, pois em algum momento você será testado. Um exemplo são as
redações e respostas dissertativas que muitas entrevistas de emprego e processos
seletivos exigem. Nessas situações, mais do que testar seu nível de conhecimento, o
que se analisa é a sua capacidade de se expressar na linguagem escrita com menor
número possível de erros gramaticais e vícios de linguagem.
Assim, vamos abordar aqui os principais vícios de linguagem com o propósito de
fornecer suporte para que você, aluno(a), identi�que se possui algum desses hábitos
ruins na fala ou na escrita. Vamos lá? 
Pleonasmo ou redundância
Pleonasmo é uma �gura de linguagem que signi�ca usar as palavras de forma
redundante, por isso é também chamado de redundância.
Fugindo um pouco do “subir pra cima”, “descer pra baixo”, “sair pra fora” e “entrar pra
dentro”, note que as pessoas falam coisas do tipo “encarar os fatos de frente” (tem
como encarar de lado ou de costas?), “dar ré para trás” (tente dar ré para o lado!), ter
“hemorragia de sangue” – sem comentários – e “repetir de novo” (seriam três vezes
então?). 
113
PUXE
PARA FORA
Veja e marque quais dessas redundâncias você já falou ou já viu por aí:
Abismo sem fundo
Abusar demais
Acabamento �nal
Adega de bebida
Adiar para depois
Amanhecer o dia
Anexarjunto
Arvore oca por dentro
Avançar para frente
Batom na boca
Canja de galinha
Comparecer em pessoa
Hemorragia de sangue
Hepatite do fígado
Individual de cada um
Introduzir dentro
Labaredas de fogo
Lágrimas nos olhos
Lançamento novo
Manter o mesmo
Massa polar fria
Minha opinião pessoal
Monopólio exclusivo
Negociata suja
114
Consenso geral
Conviver juntos
Criar novos
Crise caótica
Decapitar a cabeça
Dé�cit negativo
Descoberta de novos
Devolvido de volta
Duas metades iguais
Elo de ligação
Empréstimo temporário
Encarar de frente
Engolir pela boca
Exportar para fora
Exultar com alegria
Fato verídico
Ganhe grátis
Novidade inédita
Orbitar ao redor
Perpetuar-se para o futuro
Planejar antecipadamente
Plebiscito popular
Pomar de frutas
Preconceito intolerante
Principal protagonista
Recuar para trás
Reincidir de novo
Repetir outra vez
Safra agrícola
Sorriso nos lábios
Surpresa inesperada
Útero materno
Vereador municipal
Voar pelos ares
115
Errado: SE CASO você quiser, podemos marcar uma aula.  
Certo: SE você quiser , podemos marcar uma aula. 
Ou: CASO você queria, podemos marcar uma aula. 
Errado: HÁ um ano ATRÁS , mudei-me para cá.  
Certo: HÁ um ano, mudei-me para cá. 
Ou: Um ano ATRÁS , mudei-me pra cá! 
Errado: Ela NEM SEQUER me deu tchau ao sair.  
Certo: Ela NEM me deu tchau ao sair. 
Ou: Ela SEQUER me deu tchau ao sair. 
Acesse: Disponível aqui
Para complementar a leitura, veja um vídeo clássico do “Nós na Fita” - a dupla
Marcius Melhem e Leandro Hassum - abordando alguns pleonasmos com
muito humor.
Redundância sintática
A redundância não acontece apenas em nível de sentido, mas também de estrutura.
Veja:
116
https://www.youtube.com/watch?v=Qbm2w_T4laY
Errado: Nós NUNCA JAMAIS enfrentamos um processo judicial.  
Certo: Nós NUNCA enfrentamos um processo judicial. 
Ou: Nós JAMAIS enfrentamos um processo judicial. 
Errado: O assunto AINDA vai CONTINUAR em discussão por muito tempo.  
Certo: O assunto AINDA vai �car em discussão por muito tempo. 
Ou: O assunto vai CONTINUAR em discussão por muito tempo.
Errado: AMBOS OS DOIS candidatos foram bem na prova. 
Certo: AMBOS OS candidatos foram bem na prova. 
Ou: OS DOIS candidatos foram bem na prova. 
Errado: TODOS da classe foram UNÂNIMES na escolha do representante.  
Certo: TODOS da classe escolheram o representante. 
Ou: A classe foi UNÂNIME na escolha do representante.
117
Certamente você já deve ter visto a placa acima em algum elevador, certo? E
por que ela está em um material sobre erros da língua portuguesa? Por causa
do pronome “mesmo”. Há uma tendência equivocada principalmente na
linguagem escrita de se utilizar esse termo para substituir um substantivo. Por
exemplo: “Consultei vários autores, e os mesmos indicaram a solução da
questão” está errado. O correto é: “Consultei vários autores, e eles indicaram
a solução da questão.”
“Li a crônica e tirei conclusões da mesma” (Errado).
“Li a crônica e tirei conclusões dela” (Correto).
Assim, antes de escrever o termo “o mesmo” ou “a mesma”, pare e analise se
há outro jeito de escrever a frase. No caso da placa do elevador, uma opção
seria a frase “ANTES DE ENTRAR, VERIFIQUE SE O ELEVADOR ENCONTRA-SE
PARADO NESTE ANDAR”.
Ah: e se você tem idade para lembrar do extinto Orkut, você talvez se lembre
de que lá havia uma comunidade chamada “Eu tenho medo do mesmo”
satirizando esse aviso do elevador.
118
A transcrição acima é da embalagem de um produto e ilustra bem o que é
ambiguidade: quando uma mensagem está escrita de tal maneira que causa certa
estranheza quanto ao signi�cado, geralmente relacionado à ordem das palavras.
Nesse caso, a expressão “em pó” está no lugar errado na frase, causando a sensação
imediata de que os atletas são em pó. Obviamente, sabemos que tal coisa não existe,
mas demonstra um despreparo linguístico e leva a um problema de coesão e
coerência. O adequado seria “suplemento energético em pó para atletas”.
Outros exemplos de ambiguidade:
O garoto está sentado perto do banco. (banco, aqui, é um assento ou uma
agência bancária?)
Uma construção como "O garoto está sentado perto do banco da praça" não deixaria
esta dúvida.
O sargento estava precisando do cabo. (este cabo é relativo à patente de um
militar ou ao cabo de uma vassoura, por exemplo?)
Tomei o isqueiro de João. (tomei o isqueiro que estava com João ou o isqueiro que
pertencia a João?)
Preciso da chave do armário que estava na cozinha. (quem estava na cozinha, a
chave ou o armário?)
Ambiguidade
119
Pedro disse a Jorge que seus argumentos convenceriam seu pai. (os argumentos
de quem convenceriam: de Pedro ou de Jorge?)
Crianças que comem doces frequentemente têm cáries. (crianças que
frequentemente comem doces ou crianças têm cáries frequentemente?)
A ambiguidade também pode acontecer por uso incorreto dos pronomes possessivos.
Hoje, estabeleceu-se na mídia (jornalismo, legendagem, etc.) que é melhor utilizar o os
pronomes dele e dela no lugar de “seu” quando se refere a uma terceira pessoa. Veja:
O enunciado diz “seu cão”, ou seja, do dono do cão (ou tutor, como as associações de
proteção a animais sugerem), o que está correto. Mas o erro foi usar “suas fezes” no
lugar de “as fezes dele”, ou simplesmente “recolha as fezes” – obviamente as fezes do
cachorro.
120
Bom, se é para cumprir a lei, então ninguém mais anda no Trianon em São Paulo,
parque em que se encontra a placa de onde a transcrição acima foi tirada: nem
bicicleta, nem adulto, nem criança.
Gerundismo
Quando se fala em gerundismo - e se fala bastante! -, é comum as pessoas
apresentarem muitas dúvidas sobre esse conceito gramatical. Há até quem pergunte se
a forma verbal do gerúndio não é mais usada ou se é errado usá-la. Mas é muito
importante salientar que gerúndio e gerundismo são coisas distintas! Então, antes
que se comece a tomar o certo pelo duvidoso e o errado pelo certo, vamos nos lembrar
de algumas regras:
GERÚNDIO é o nome dado à forma verbal que termina em “-NDO”: estudando,
escrevendo, sorrido, propondo, etc. Essa forma expressa uma ação em curso no
presente ou no passado, e pode ser usado sozinho ou com outro verbo (composto):
1. Vi as crianças brincando na pracinha.
2. Os alunos estavam conversando enquanto a professora explicava a matéria.
3. Ela chegou alegrando o escritório.
4. Este ano, estou estudando com a�nco.
121
O problema, contudo, é que o gerúndio passou a ser utilizado para conferir ao verbo
uma ideia de progressividade no futuro e, conforme a norma culta, isso caracteriza
erro ou vício de linguagem:
1. Eu vou estar fazendo um bolo para o seu aniversário.
2. Eu estarei telefonando para a escola para conversar com a professora.
3. Você pode estar depositando o valor amanhã.
4. Nós vamos estar resolvendo o problema assim que possível.
O segredo é ter cuidado dobrado quando você usar verbos no gerúndio.
Exercícios
1) Leia este aviso, comumente encontrado em locais público:
O segredo é ter cuidado dobrado quando você usar verbos no gerúndio.
122
Fonte: elaborado pela autora
Como vimos, criou-se recentemente a palavra “gerundismo” para designar o uso
abusivo do gerúndio. Na sua opinião, esse tipo de desvio ocorre no aviso acima?
Explique.
Resposta: No aviso em questão, não há desvio de gerundismo, pois a forma verbal de
gerúndio foi empregada de forma correta. A construção “está sendo �lmado” dá a ideia
correta de continuidade. Errado seria “você pode estar sendo �lmado”, com ideia no futuro. 
123
13
Erros Comuns da Língua 
Portuguesa
124
“Um bom professor de português quer formar bons usuários da
língua escrita e falada, e não prováveis candidatos ao Prêmio Nobel
de literatura!” - Marcos Bagno, professor, sociolinguista e �lólogo
brasileiro.
Não é novidade nenhuma que o nosso idioma é complexo por natureza, e que é
exatamente a essa complexidade que devemos prestar atenção e começar a nos
corrigir, a nos acostumar com o correto. É o que chamamos de “pegadinhas” nas
avaliações, mas quena verdade é um ponto que os avaliadores têm para medir o grau
de contato do candidato com o idioma.
Ninguém, nem mesmo pro�ssionais da área de Letras, é obrigado a saber de tudo –
para isso existe o auxílio de livros, dicionários e gramáticas. Mas o que se espera é
que o aluno, em algum momento da sua vida, estude português em um nível tal que
seja capaz de se destacar de outros que nunca buscaram saber como falar e escrever
corretamente. Uma pequena informação a mais que o concorrente e você já está um
passo à frente dele.
Assim, a intenção é oferecer um panorama dos problemas mais comuns observados
na população média e tentar saná-las. Preparado? 
Acesse: Disponível aqui
Antes de iniciarmos esta discussão, assista a uma reportagem que revela um
número surpreendente: em cada dez pessoas que passam por uma
entrevista de emprego, sete são reprovadas porque falam e escrevem
errado. Vá lá:
125
https://www.youtube.com/watch?v=ygNTfjFScjg
Errado: Fazem 12 anos que não viajo ao exterior. 
Certo: Faz 12 anos que não viajo ao exterior.
Errado: Aquele foi o tempo onde mais fomos felizes.  
Certo: Aquele foi o tempo em que/quando mais fomos felizes. 
Errado: Acusamos o recebimento do email. 
Certo: Con�rmamos o recebimento do email. 
Errado: Este livro é para mim ler , não é?  
Certo: Este livro é para eu ler , não é? 
Errado: Ela devia ter chego antes, mais está atrasada.  
Certo: Ela devia ter chegado antes, mas está atrasada. 
Errado: Diga que volto daqui há pouco.  
Certo: Diga que volto daqui a pouco. 
Errado: Ele comprou trezentas gramas de mussarela .  
Certo: Ele comprou trezentos gramas de muçarela . 
Errado: Quando nós vamos se ver denovo ?  
Certo: Quando nós vamos nos ver de novo ? 
Erros genéricos
A comparação abaixo é uma coletânea de erros comumente encontrados em escritos
de diferentes gêneros: pro�ssionais, acadêmicos, empresariais e pessoais. Con�ra e
corrija-se! 
126
Errado: Houveram vários acidentes ontem. 
Certo: Houve vários acidentes ontem. 
Errado: Haviam dez alunos na sala. 
Certo: Havia dez alunos na sala. 
Errado: Ela mesmo arrumou a sala. 
Certo: Ela mesma arrumou a sala. 
Errado: Agente não vamos faltar amanhã. 
Certo: A gente não vai faltar amanhã. 
Errado: Entre eu e ele não há conversa nem acordo. 
Certo: Entre mim e ele não há conversa nem acordo. 
Errado: A energia falhou derrepente, porisso perdemos o trabalho.  
Certo: A energia falhou de repente, por isso perdemos o trabalho digitado.
Fonte: elaborado pela autora.
127
MENAS E MEIA 
É o seguinte: “menas” NÃO EXISTE. Nunca. Em contexto nenhum. O advérbio
é sempre masculino, logo, “Hoje eu tenho MENOS MATÉRIA para estudar”,
ou “Ela está MENOS CANSADA que ontem.”
Quanto à palavra “meia”, o termo não tem feminino quando dá uma
quantidade; um nível para o adjetivo que o acompanha: “A bebê está MEIO
SONOLENTA.”
Porém, tem feminino quando quer dizer metade: “Comi apenas MEIA
MAÇÔ, “Agora são meio dia e MEIA (hora)”.
Outro caso é quando “meia” se refere ao substantivo “pedaço de pano
costurado que se põe nos pés para aquecê-los”.
O particípio
O particípio é uma das chamadas formas nominais do verbo (Lembra-se? São
aqueles que, na maioria, terminam em -ado e -ido: amado, comprado, pagado, aliado,
completado, falido, partido...). É assim chamado por não apresentar modo e tempo ou
número e pessoa, parecendo mais um adjetivo do que uma forma verbal.
Por isso, a principal função do particípio é  expressar uma ação concluída, terminada,
mas há muitos casos em que ele faz a função de adjetivo:
O rapaz chegou em casa todo molhado.
Os sapatos estavam jogados no canto da sala.
128
Exemplos: 
falar - falado: O senador não deveria ter falado besteira no discurso.
caminhar - caminhado: Nós já  tínhamos caminhado pela manhã.
morrer - morrido: A mãe dele havia morrido fazia três meses.
comer - comido: Se você tivesse comido mais, passaria mal!
chegar - chegado: Ela já deveria ter chegado.
Aquelas mulheres não eram amadas, mas maltratadas pelos maridos
Nas suas formas regulares, o particípio termina em –ADO ou –IDO, e é usado junto
com os verbos TER e HAVER em qualquer tempo, modo ou pessoa, formando uma
locução: 
Particípio irregular
Alguns particípios apresentam duas formas de particípio: a REGULAR, terminada em -
ADO ou -IDO, e a IRREGULAR, que é uma forma reduzida. Veja:
129
INFINITIVO REGULAR IRREGULAR
Aceitar Aceitado Aceito
Entregar Entregado Entregue
Expressar Expressado Expresso
Expulsar Expulsado Expulso
Matar Matado Morto
Salvar Salvado Salvo
Acender Acendido Aceso
Benzer Benzido Bento
Eleger Elegido Eleito
Morrer Morrido Morto
Prender Prendido Preso
Suspender Suspendido Suspenso
Exprimir Exprimido Expresso
Extinguir Extinguido Extinto
Imprimir Imprimido Impresso
Tingir Tingido Tinto
130
Alguns particípios não têm as duas formas (regular e irregular), mas apenas
a irregular:
Abrir – aberto
Cobrir – coberto
Descobrir - descoberto
Dizer – dito
Escrever – escrito
Fazer – feito
Pôr – posto
Ver – visto
Vir – vindo
Voltando à regra, com os verbos TER e HAVER usa-se os regulares (primeira coluna), e
com os verbos SER e ESTAR, os irregulares (segunda coluna).
Exemplos:
A professora HAVIA IMPRIMIDO as provas. As provas ESTÃO IMPRESSAS.
Você deveria TER SALVADO os arquivos. Nenhum FOI SALVO.
Assim sendo, estão erradas frases do tipo:
A professora havia chego fazia muito tempo. 
O 13º foi empregue na reforma da casa. 
Ela podia ter trago o bolo. 
Você podia ter impresso a matéria antes! 
131
O correto é: 
A professora havia chegado fazia muito tempo. 
O 13º foi empregado na reforma da casa. 
Ela podia ter trazido o bolo. 
Você podia ter imprimido a matéria antes! 
COM OS VERBOS TER E HAVER COM OS VERBOS SER OU ESTAR
pagado pago
entregado entregue
gastado gasto
aceitado aceito
salvado salvo
prendido preso
morrido morto
matado morto
fritado frito
elegido eleito
132
Há uma grande discussão sobre algumas formas, principalmente
GANHADO/GANHO, PAGADO/PAGO e PEGAR/PEGO com ter e haver. Já se
nota nas ruas, na tevê e na imprensa em geral o uso de estruturas tais
como: “Ela devia ter pego o ônibus” e “Eu tinha ganho um dinheiro”, o que
pode vir, no futuro, a se tornar regra. Porém, algumas referências
consagradas como o Manual de Redação e Estilo do Estado de São Paulo e
obras de gramáticos in�uentes garantem que na norma culta, aquela que
nos é exigida em provas e concursos, ainda vale as formas “ter pagado”, “ter
pegado”, etc. “Chego” não existe como particípio! O correto é “tinha
chegado”.
A PLANILHA SEGUE ANEXA.  – singular e feminino. 
AS PLANILHAS SEGUEM ANEXAS.  – plural e feminino. 
O ARQUIVO SEGUE ANEXO. – singular e masculino. 
OS ARQUIVOS SEGUEM ANEXOS. – plural e masculino. 
Porém, a expressão adverbial “em anexo” não faz a concordância: 
A PLANINHA SEGUE EM ANEXO / AS PLANILHAS SEGUEM EM ANEXO.
A concordância de “anexo”
Vamos pensar na palavra “anexo”.  “Anexo” é adjetivo, logo, deve concordar emgênero
e número com os substantivos: 
133
SEGUE ANEXA A PLANILHA / SEGUEM ANEXAS AS PLANILHAS. 
SEGUE ANEXO O ARQUIVO / SEGUEM ANEXOS OS ARQUIVOS.
Em emails, no caso da expressão “segue anexo”, geralmente iniciamos a frase com o
verbo “segue” e esquecemos de concordá-lo com o sujeito, ou seja, a coisa anexada.
Logo, as frases do exemplo acima �cam:
“Fui eu que �z” ou “Fui eu quem �z”? Quem nunca teve essa dúvida de
concordância, não é? Qualquer que seja o verbo, são duas as formas
corretas, mas a diferença está no uso dos pronomes QUE e QUEM. Veja:
1 – Fui eu QUE ENVIEI o relatório. = eu enviei.
2 – Fui eu QUEM ENVIOU o relatório. = quem enviou? Eu.
134
14
O Novo Acordo Ortográfico
135
"En�m consegui familiarizar-me com as letras quase todas. Aí me
exibiram outras vinte e cinco, diferentes das primeiras e com os
mesmos nomes delas. Atordoamento, preguiça, desespero, vontade de
acabar-me. Veio terceiro alfabeto, veio quarto, e a confusão se
estabeleceu, um horror dequiproquós.” - Graciliano Ramos.
Nossa aula de hoje trata de um tópico que tem causado polêmica e dor de cabeça em
alunos e professores: o acordo ortográ�co da Língua Portuguesa, ou simplesmente a
nova ortogra�a.
Polêmica porque muitos não veem sentido prático para as alterações e simplesmente
as ignoram, preferindo escrever ainda da forma como aprenderam tempos atrás; e dor
de cabeça porque, no geral, a população reclama que em muitos casos nem sabia a
forma correta de usar o hífen, por exemplo, e agora precisam estudar regras que as
confundem ainda mais.
Mas não há motivo para preocupação! Basta ter a consciência de que o acordo tem
caráter o�cial e deve ser respeitado. Assim, não podemos ignorá-lo ou achar que são
mudanças pequenas; que só um hífen ou um acento agudo não faz diferença na
escrita.  Pois faz, e são essas diferenças que podem excluir ou aprovar um candidato
em um processo seletivo ou concurso. 
136
Fonte: Disponível aqui
Em resumo, o Acordo Ortográ�co está em vigor no Brasil desde 1º de janeiro
de 2009, mas foi proposto inicialmente em 1990, quando assinado em Lisboa
(Portugal) e só aprovado em 1995. A rati�cação de Portugal ocorreu em 2008
e no ano seguinte o acordo foi decretado no Brasil. A princípio, havia sido
determinado um prazo até 2013 para que as editoras e os brasileiros em geral
absorvessem todas as mudanças que, en�m, tornar-se-iam normas
obrigatórias. Mas esse prazo foi estendido pelo governo brasileiro até 2016, o
que não nos desobriga de estudá-lo e usá-lo.
O Portal da Língua Portuguesa traz uma explicação das questões diplomáticas
do acordo, que envolve os sete países de língua o�cial portuguesa (além do
Brasil e de Portugal, também Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique
e São Tomé e Príncipe). Traz também o link para que você conheça as
reformas que o português sofreu desde 1911. É puro conhecimento,
aproveite!
Acesse: Disponível aqui
Como preparatório para o material que aqui estudaremos, deixo um vídeo em
que o Profº Sérgio Nogueira faz um “resumão” e relembra as regras de
acentuação (monossílabos, oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas). Isso vai
nos ajudar imensamente a entender a nova ortogra�a:
137
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/acordo.php
http://www.youtube.com/watch?v=4v0YnGCrruA%E2%80%8D
Para facilitar nossos estudos e principalmente para que você tenha um material de
consulta, vamos separar as mudanças quanto aos acentos e outros sinais (trema e
hífen).
Comecemos pelo ACENTO AGUDO.
Acento Agudo
O acento agudo deixa de existir em alguns poucos casos, vejamos: 
Paroxítonas: CAI O ACENTO DE “EI” E “OI” E DE HIATOS COM “I” E “U”
1. Nas palavras paroxítonas, ou seja, naquelas cuja sílaba tônica recai na penúltima
sílaba, os ditongos abertos ei e oi que eram acentuados, não são mais. Assim,
alguns termos que hoje se escreve de um jeito, tomam novos formatos
ortográ�cos, como: assembleia, ideia, jiboia, proteico, heroico, etc. Já outros,
continuam como sempre foram: cadeia, cheia, apoio, baleia, dezoito, etc.
Como era 
alcalóide 
alcatéia 
andróide 
apóia 
apóio 
asteróide 
bóia 
celulóide 
clarabóia 
colméia 
Coréia 
debilóide 
epopéia 
estóico 
estréia 
estréio (verbo estrear) 
geléia 
heróico 
Como �ca 
alcaloide 
alcateia 
androide 
apoia (verbo apoiar) 
apoio (verbo apoiar) 
asteroide 
boia 
celuloide 
claraboia 
colmeia 
Coreia 
debiloide 
epopeia 
estoico 
estreia 
estreio 
geleia 
heroico 
138
idéia 
jibóia 
jóia 
odisséia 
paranóia 
paranóico 
platéia 
tramóia
ideia 
jiboia 
joia 
odisseia 
paranoia 
paranoico 
plateia 
tramoia  
Porém, o acento agudo permanece nas oxítonas (palavras cuja sílaba tônica incide na
última sílaba) e nos monossílabos tônicos com ditongos abertos -éi,  -éu ou -ói,
seguidos ou não de –s: papéis, herói, remói, anéis, ilhéus, chapéu, etc. = todos
continuam igual
2. Nas palavras paroxítonas com hiatos formados com i e u, sendo que a vogal
anterior a estas faz parte de um ditongo, ou seja, quando são precedidas de
ditongo. Dessa forma, feiúra passa a ser feiura, baiúca passa a ser baiuca. 
Acento Circun�exo
Não existe mais circun�exo nos pares dobrado de “e” e “o”. Assim, antes era:
crêem, dêem, lêem, vêem, relêem, prevêem e agora �ca: creem, deem, leem, veem,
releem, preveem.
De igual modo, o acento circun�exo deixa de existir na vogal tônica “o” de palavras
paroxítonas, assim como: enjoo, voo, abençoo, perdoo.  
Como era 
abençôo 
crêem (verbo crer) 
dêem (verbo dar) 
dôo (verbo doar) 
enjôo 
lêem (verbo ler) 
magôo (verbo magoar) 
perdôo (verbo perdoar) 
povôo (verbo povoar) 
Como �ca         
abençoo 
creem 
deem 
doo 
enjoo 
leem 
magoo 
perdoo 
povoo 
139
vêem (verbo ver) 
vôos 
zôo
veem 
voos 
zoo
Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára (verbo)/para (preposição),
pêlo(s)(substantivo)/pelo(s)(preposição), pólo(s)/polo(s)
Como era 
Ele pára o  carro. 
Ele foi ao pólo Norte.
Ele gosta de jogar pólo. 
Esse gato tem pêlos brancos. 
Comi uma pêra.   
Como �ca       
Ele para o carro. 
Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar polo. 
Esse gato tem pelos brancos. 
Comi uma pera.  
Atenção: permanece o acento diferencial em pôde/pode.Pôde  é a forma do
passado do verbo poder. Pode é a forma do presente do indicativo.
Veja : Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir,
assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir
etc.). Exemplos: 
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. 
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. 
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. 
Exemplo 1: Vocês têm muito o que aprender! 
Exemplo 2: Os pais sempre intervêm nas escolhas dos �lhos.  
Exemplo 3: Será que eles vêm de carro ou de ônibus? 
Exemplo 4: As caixas contêm dez unidades cada.
140
O acento diferencial de número (plural) permanece na terceira pessoa do
plural dos verbos TER e VIR e dos respectivos derivados. Nesse aspecto, não
houve alteração, ou seja, a regra foi mantida:
 TER - Ele tem / Eles têm
VIR- Ele vem / Eles vêm
Trema
Sim, podemos dizer adeus ao trema (¨)!
Assim sendo, palavras que normalmente eram grafadas com o trema, como lingüiça,
tranqüilo, lingüística, bilíngüe, freqüentar, cinqüenta, agüenta, etc., não possuem mais
o trema.  
Essa nova regra justi�cou-se no fato de que há ditongos na língua que não precisam
do trema para indicar a quem lê o fato do “u” ter que ser pronunciado ou não, como
em: língua e quente. No primeiro caso, sabe-se que o “u” deve ser pronunciado e no
segundo não. Este fato não tem a ver com gra�a e sim com fonética, ou seja, com o
modo de dizer e não com o de escrever, tornando o trema desnecessário. 
Hífen
Usa-se hífen com substantivos compostos cujas palavras quando separadas continuam
fazendo sentido isoladamente: guarda-chuva (guarda e chuva), boa-fé (boa e fé),
segunda-feira (segunda e feira), mesa-redonda (mesa e redonda), porta-malas (porta e
141
malas), etc. Esses substantivos continuam iguais, ou seja, não perderam o hífen.
Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos
de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-
glu, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre. Esses
substantivos também continuam iguais, ou seja, não perderam o hífen.
Não se usa o hífen – e nunca se usou – em compostos como pé de moleque, pé de
vento, pai de todos, dia a dia, cara a cara, �m de semana, cor de vinho, ponto e vírgula,
camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
O acordo também se refere a palavras formadas por pre�xos (anti, super, ultra, sub,
etc.) ou por elementos que podem funcionarcomo pre�xos (aero, agro, auto, eletro,
geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo, etc.).
Casos Gerais do Hífen
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: 
anti-higiênico
anti-histamínico
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
2. Usa-se o hífen se o pre�xo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra
palavra. Exemplos:
micro-ondas
anti-in�amatório
sub-bibliotecário
micro-ônibus
inter-racial
142
3. Não se usa o hífen se o pre�xo terminar com letra diferente daquela com que se
inicia a outra palavra. Exemplos:
autoescola
autoestima
antiaéreo
superinteressante
intermunicipal
agroindustrial
supersônico
aeroespacial
geopolítica
anticoncepcional
semicírculo
Atenção: segundo a nova ortogra�a, se o pre�xo terminar por vogal e a outra palavra
começar por r ou s, essas letras dobram:
minissaia / autorretrato / antirracismo / ultrassensível / ultrassom / antisséptico /
semirreta
4. Usa-se o hífen com os pre�xos ex, sem, além aquém, recém, pós, pré, pró, vice.
Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
vice-reitor
5. O “não” usado como pre�xo.
143
De acordo com a reforma ortográ�ca vigente, o pre�xo “não” passou a ser grafado sem
hífen. Assim, temos:
ANTES
não-fumante
não-verbal
não-autorizado
não-concluído
não-regulamentado
DEPOIS
não fumante
não verbal
não autorizado
não concluído
não regulamentado
Exemplo: Foi criada um ala de não fumantes naquele restaurante.
Mudanças no Alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras, já que foram reintroduzidas as letras k, w e y. O
alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários
da nossa língua, são usadas em várias situações, como:
na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma),
W (watt)
na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy,
playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. 
144
Acesse: Disponível aqui
A Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados disponibilizou um guia de bolso
do acordo ortográ�co em PDF.
Exercícios
Leia as frases a seguir e analise se a palavra destacada está certa ou errada, de acordo
com a nova ortogra�a. Quando terminar, con�ra o seu desempenho, consultando o
gabarito. 
1) As idéias revolucionárias deixaram os estudantes irritados.
(  ) certo                     (  ) errado 
2) O equipamento de ultrassonogra�a do hospital se encontra inativo.
(  ) certo                     (  ) errado 
3) Iniciaram-se os jogos interregionais na cidade de Marília.
(  ) certo                     (  ) errado
4) Preciso tomar um remédio anti-in�amatório com urgência.
(  ) certo                     (  ) errado
5) Os manifestantes não agüentaram a pressão dos policiais.
(  ) certo                     (  ) errado
145
http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2912/reforma_ortografica.pdf?sequence=2
6) Será que os pais não vêem que os jovens estão viciados na internet?
(  ) certo                     (  ) errado
7) Atitudes anti-higiênicas não devem ser praticadas diante de crianças.
(  ) certo                     (  ) errado
8) As garotas de minissaia foram impedidas de entrar na igreja.
(  ) certo                     (  ) errado
9) Os jovens que assistem a �lmes de �cção têm tendências paranóicas?
(  ) certo                     (  ) errado
10) O preço do micro-ondas despencou naquele magazine.
(  ) certo                    (  ) errado
11) No contexto da globalização, o que são órgãos não-governamentais?
(  ) certo                    (  ) errado
12) Os bombeiros de Brumadinho praticaram gestos heroicos no resgate às vítimas.
(  ) certo                   (  ) errado
13) O presidente da empresa não pôde ir ao coquetel devido à agenda cheia.
(  ) certo                    (  ) errado
14) A empresa terá mudanças na sua infraestrutura a partir de hoje.
(  ) certo                   (  ) errado
15) O jovem ator apresentou conduta anti-social perante o juiz.
(  ) certo                   (  ) errado 
16) Atente para as indicações e contra-indicações para evitar riscos à saúde.
(  ) certo                   (  ) errado 
146
17) Os professores tiveram uma microcapacitação antes da reunião com os pais.
(  ) certo                   (  ) errado
18) Nossa universidade apresenta variados cursos de graduação e pós-graduação.
(  ) certo                   (  ) errado
19) Existem muitos povos que vivem em condições sub-humanas no
(  ) certo                   (  ) errado
20) As mini-bibliotecas dos bairros receberam centenas de livros das ONGs.
(  ) certo                   (  ) errado
GABARITO
1) Ideias
2) Ultrassonogra�a
3) Inter-regionais
4) Anti-in�amatório
5) Aguentaram
6) Veem
7) Anti-higiênicas
8) Minissaia
9) Paranoicas
10) Micro-ondas
11) Não governamentais
12) Heroicos
13) Pôde
147
14) Infraestrutura
15) Antissocial
16) Contraindicações
17) Microcapacitação
18) Pós-graduação
19) Sub-humanas
20) Minibibliotecas 
148
Conclusão
Caro(a) estudante,
Ao chegar ao �nal desta disciplina, esperamos que você tenha aproveitado o máximo.
Ao longo dela, estudamos assuntos que ampliaram o seu conhecimento e que,
certamente, lhe serão úteis em várias etapas do seu crescimento pessoal e pro�ssional.
Todo conhecimento é válido; nada que se aprende é em vão. Mais do que corrigir erros
de português, e saber as formas de porquês, é preciso ter consciência de que se
comunicar de forma simples e direta, tanto na escrita quanto na fala, garante seu
sucesso no caminho que você pretende percorrer.
Uma comunicação mal apresentada signi�ca muito mais do que a falha em si. Ela pode
ser um fator que altera a percepção das pessoas sobre você, o cuidado que você toma
ao divulgar informações, a sua atenção aos detalhes... Escrever um e-mail mal redigido
ou falar um erro grosseiro de português, por exemplo, pode levantar todas essas
questões na mente de quem vai receber sua mensagem.
Fica aqui nosso desejo de contínuo estudo e crescimento pessoal - e sucesso sempre! 
149
Material Complementar
Livro
Comunicação em prosa moderna
Autor: Othon M. Garcia
Editora: FGV Editora
Sinopse: Publicado em 1967, Comunicação em prosa moderna
chega aos 50 anos como uma das principais referências para o
ensino da escrita no Brasil. Mas se a língua está sempre em
transformação, e se o mesmo pode ser dito dos modos de
sentir, perceber e expressar de uma determinada cultura, como
explicar que o livro de Othon Moacir Garcia permaneça atual
decorrido tanto tempo de sua publicação? A resposta parece
estar na abordagem única de Othon, ancorada sobretudo em
sua convicção de que para aprender a escrever é preciso
primeiro aprender a pensar. Esta obra é fruto do esforço
obstinado de transformar essa crença em um método. Após
meio século, ainda é o melhor guia em direção a um texto
preciso e arguto como o de seu autor.
Comentário: Livro que ensina não apenas a escrever com a
clareza necessária para fazer da linguagem um veículo de
comunicação, como também a pensar com e�cácia e
objetividade.
Livro
Preconceito Linguístico
Autor: Marcos Bagno
Sinopse: O preconceito, seja ele de que natureza for, é uma
crença pessoal, uma postura individual diante do outro.
Qualquer pessoa pode achar que um modo de falar é mais
bonito, mais feio, mais elegante, mais rude do que outro. No
entanto, quando essa postura se transforma em atitude, ela se
torna discriminação e esta tem de ser alvo de denúncia e de
combate. No caso da língua, é imprescindível que toda cidadã e
150
todo cidadão que frequenta a escola (pública ou privada) receba
uma educação linguística crítica e bem informada, na qual se
mostre que todos os seres humanos são dotados das
mesmíssimas capacidades cognitivas e que todasas línguas e
variedades linguísticas são instrumentos perfeitos para dar
conta de expressar e construir a experiência humana neste
mundo. Este livro já é um clássico brasileiro sobre esse assunto
tão delicado de se abordar. Vale a pena ler.
Livro
Manual de Redação e Estilo do Estado de S. Paulo
Autor: Eduardo Martins
Sinopse: Consagrado conjunto de normas da imprensa
brasileira, que ultrapassa a fronteira do papel para o mundo
online, o Manual de redação e Estilo do Estado cumpriu essa
trajetória exatamente porque sua utilidade não é restrita às
redações de jornais e revistas.
De autoria do jornalista Eduardo Martins, com 40 anos
dedicados ao ofício de moldar textos na Redação do Estado, o
Manual chega agora à terceira edição impressa. Cada um dos
seus verbetes traz a experiência de quem che�ou incontáveis
editorias no jornal, foi seu secretário de Redação e já por oito
anos auxilia a Direção da Redação no controle de qualidade dos
textos publicados. Indispensável para que quer aprimorar sua
escrita,  pois funciona como um tira-dúvidas rápido e e�caz.
Livro
Gramática da Língua Portuguesa para Leigos
Autor: Magda Bahia Schlee
Sinopse: É muito comum ouvirmos dizer por aí que o português
é uma língua difícil. Curioso é que muitas das pessoas que dizem
isso usam o português no seu dia a dia para interagirem umas
com as outras sem maiores problemas. Mas então que
português é esse tão difícil assim? Na verdade, a grande
di�culdade que muitos falantes têm em relação à língua
portuguesa se concentra em uma de suas variedades, a
chamada variedade padrão.
151
Este livro aqui trata justamente dessa variedade, que costuma
nos dar uma certa dor de cabeça. Isso ocorre porque esse é o
padrão de linguagem usado em situações formais, mais
distantes do uso coloquial que fazemos da nossa língua. Essa
variedade se deduz fundamentalmente dos usos da língua em
textos escritos e dos usos de grupos sociais com alto grau de
escolarização, e também das situações de interação em que há
maior formalidade entre os interlocutores.
Em linguagem acessível, este manual apresenta os mecanismos
básicos que constituem a língua portuguesa.
Filme
Língua - Vidas em Português
Ano: 2003
Sinopse: Língua - Vidas em Português é um documentário de 105
minutos co-produzido por Brasil e Portugal e �lmado em seis
países (Brasil, Moçambique, Índia, Portugal, França e Japão).
Dirigido por Victor Lopes, o longa-metragem é um mergulho nas
muitas histórias da língua portuguesa e na sua permanência
entre culturas variadas do planeta. Em "Língua", a lusofonia é,
sobretudo, fala, surpreendida do cotidiano de personagens
ilustres e anônimos de quatro continentes. Em cada um deles, o
português amalgamou deuses, melodias, climas, ritmos;
misturou-se aos alimentos e às paisagens; foi reinventado
centenas de vezes e alimentado sucessivas vezes por
colonizadores, imigrantes e descendentes. O �lme é um
documentário permanentemente em trânsito. Ao entrar e sair
da vida dos personagens, o �lme desvia-se das suas rotas
cotidianas para encontrar cerimônias, casais, locais de trabalho,
esquinas e paisagens, traçando retratos reveladores da cultura
de cada um dos países visitados
Comentário: Documentário de�nitivo sobre a língua
portuguesa, indispensável para aqueles que apreciam o idioma e
buscam entender a natureza de sua grandeza.
152
Filme
A Chegada
Ano: 2016
Sinopse: Em “A Chegada”, Amy Adams interpreta Louise Banks,
uma linguista brilhante convocada pelo governo americano para
se comunicar com os alienígenas que estacionaram suas naves
em diversos pontos do mundo. A Dra. Banks lidera a equipe que
tenta desvendar o que eles querem. “Seria maravilhoso ter uma
língua universal. Mas estamos bem longe disso”, diz Adams. “O
que temos em comum são as emoções e nossa experiência
humana. Somos todos iguais. Todos temos medos, compaixão,
amor, raiva. Mas não sabemos nos comunicar.”
Web
A Academia Brasileira de Letras é uma instituição cultural
inaugurada em 20 de julho de 1897 e sediada no Rio de Janeiro,
cujo objetivo é o cultivo da língua e da literatura nacional. Seu
website contém não apenas informações sobre grandes
escritores, como normas gramaticais, informações sobre léxico,
e um sem-número de outras informações relevantes sobre a
Língua Portuguesa.
Acesse o link
Web
Você gosta de �lmes e séries? Veja aqui 14 �lmes que o Guia de
Estudantes listou para quem gosta ou quer entender um pouco
mais dos mecanismos de comunicação nas áreas sociais,
políticas, empresariais, virtuais e jornalísticas.
Acesse o link
153
https://www.academia.org.br/
https://guiadoestudante.abril.com.br/orientacao-profissional/14-filmes-e-series-para-quem-gosta-da-area-de-comunicacao/
Web
Indispensável para quem escreve em uma base diária, o
dicionário da língua portuguesa também serve como gramática e
conjugador verbal. Veja na página do link abaixo 5 dicionários
online gratuito, entre eles o Michaellis, o Aurélio e o Priberam:
Acesse o link
154
http://portuguesonline.net/5-dicionarios-de-portugues-online-gratis/
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. 33. ed.
São Paulo: Saraiva, 1985.
ALMEIDA, Antonio Fernando Almeida; ALMEIDA, Valéria Silva de. Português básico:
gramática, redação, texto. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. [Minha Biblioteca].
ANTUNES, Irandé. Lutar com as palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005.
BORDENAVE, Juan E. Díaz. O que é comunicação. São Paulo: Brasiliense, 1996.
BRASIL. Senado Federal. Acordo ortográ�co da língua portuguesa: atos
internacionais e normas correlatas. 2. ed. Brasília, 2014. Disponível em:
https://www2.senado.leg.br/. Acesso em: 20 out. 2020.
BRASILEIRO, Ada Magaly Matias. Comunicação e Expressão. Porto Alegre: SAGAH,
2016.
CÂMARA JR., Joaquim Matoso. História e estrutura da língua portuguesa. 2. ed. Rio
de Janeiro: Padrão, 1979.
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: Leitura e redação.
18. ed. São Paulo: Ática, 2007.
FRANÇA, Ana Shirley. Comunicação Escrita nas Empresas: teorias e práticas. São
Paulo: Atlas, 2013.
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. L&PM. Porto Alegre,
2018.
INFANTE, Ulisses. Do Texto ao Texto: Curso Prático de Leitura e Redação. 6. ed. São
Paulo: Scipione, 1991.
KOCH, Ingedore; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Escrever: estratégias de produção textual.
São Paulo: Contexto, 2009.
MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português Instrumental. 30. ed.
São Paulo: Atlas, 2019.
MASIP, Vicente. Gramática Sucinta de Português. Rio de Janeiro: LTC, 2018. [Minha
Biblioteca].
MEDEIROS, João Bosco. Redação cientí�ca: a prática de �chamento, resumo e
resenhas. São Paulo: Atlas, 2000.
TELLES, Venícius. Redação e Gramática. Curitiba: Bolsa Nacional do Livro Ltda, 2009.
Referências
155
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/508145/000997415.pdf?sequence=1&isAllowed=y
TERCIOTTI, Helena S. Comunicação Empresarial na Prática. 3. ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2013.
TERSARIOL, Alpheu. Biblioteca da língua portuguesa. 14. ed. São Paulo: Editorial
Irradiação S.A., 1970.
156

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