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Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani/
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira/
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/ 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / 
Heber Acuña Berger/ 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes/
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................................................................................... 5
CONCEITUAÇÕES E DEFINIÇÕES DA ARTE ............................................................................................................ 6
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA ARTE NA COMUNICAÇÃO ............................................................................. 10
ORIGEM E OS DESDOBRAMENTOS E AS TRANSFORMAÇÕES DA ARTE NO TEMPO ...................................... 13
LINHA DO TEMPO - HISTÓRIA DA ARTE (ATIVIDADES USBORNE) ................................................................... 16
INTRODUÇÃO A
HISTÓRIA DA ARTE
PROF.A DRA AUDREY DUARTE
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Aqui teremos proximidade com uma gama de assuntos relacionados ao ambiente das 
artes. Para percorrer a história da arte e do design nós faremos juntos uma “viagem” onde estará 
destacada a força expressiva e comunicativa das artes plásticas ao longo da história europeia e 
brasileira, como também o papel central da criatividade para o desenvolvimento do homem; 
vamos fornecer a você os subsídios para o reconhecimento de diferentes estilos de arte e as 
suas relações com a evolução social; ainda, vamos contribuir para a formação da percepção das 
diversas possibilidades de manifestações artísticas, visando a ampliação do seu repertório.
Sugerimos a você que se organize previamente a fim de definir o quê e quando estudar, 
pois o planejamento do tempo é fundamental para o seu melhor desempenho e lhe trará 
oportunidades de aprofundamento nos conteúdos da disciplina. Aproveite por completo os 
vídeos, os links para assistir conteúdos disponíveis na internet e as sugestões de leituras. Para se 
tornar um bom profissional de mercado você terá que pesquisar sempre. As leituras de textos, os 
vídeos que assistir, as reflexões que fará... tudo isso será utilizado na construção da sua profissão. 
Vá ao encontro das informações, não fique parado. Sugiro que você escolha, num primeiro 
momento, um determinado movimento artístico para que conheça um pouco mais da trajetória 
dos ilustres mestres que se diferenciaram em seu tempo e que, hoje, tornam-se referências como 
parte da história da arte. Depois, vá passando para outros artistas, outras escolas e leia a respeito 
de contextos diferentes aonde a arte está aplicada. É um universo infinito e extremamente 
envolvente!
Todos os assuntos que tratamos em nossa disciplina estão dispostos numa sequência que 
se baseia na linha do tempo da arte. Cada Unidade de estudos complementa a anterior. Como 
tratamos de “história” da arte, é interessante que você absorva o conteúdo na sequência natural, 
conforme a disciplina é apresentada: Unidade I, Unidade II... e assim por diante.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A história da arte e do design atravessa o tempo, trazendo contribuições para que toda 
área de formação tenha a liberdade de usufruir do passado artístico, já que a arte é patrimônio da 
humanidade. Uma história que se inicia com as inscrições rupestres registradas em pedras e no 
interior das cavernas. Chega até os dias de hoje sempre confirmando a necessidade do homem 
em utilizar representações visuais para expressar-se, pois possui a necessidade de comunicar suas 
ideias ou emoções.
Iniciamos a nossa disciplina com conceituações e definições de “arte” para que seja 
destacada a força expressiva e comunicativa que as artes plásticas possuem ao longo da história 
e também o papel central da criatividade humana para o desenvolvimento da sociedade pós-
industrial.
A seguir vemos quais são os itens que serão tratados nesta unidade: Conceituações e 
definições da arte; A importância do estudo da arte na comunicação; Origem e os desdobramentos 
e as transformações da arte no tempo.
Fazemos uma sugestão de vídeo para auxiliar no entendimento do conteúdo geral da 
Unidade e, abaixo, sugerimos a leitura de um texto para que você, aluno, possa expandir ainda 
mais seu conhecimento e aplicá-lo de acordo com seu interesse e necessidade:
Filosofia no dia a dia com Mário Sérgio 
Cortella. 
https://www.youtube.com/watch?v=3oxP-
wjI4lE 
Acesso em 02 set 2019.
DEMILLY, Christian. Arte em movimentos: e outras correntes do 
século XX. São Paulo: Cosac Naify, 2016.
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CONCEITUAÇÕES E DEFINIÇÕES DA ARTE
Realmente somos TODOS artistas?
Figura 1 - Quem é artista? Somos todos artistas. Fonte: Gompertz (2015, p.9).
ARTE é EXPRESSÃO.
ARTE é LIBERDADE.
ARTE é MANIFESTO.
ARTE é EXPRESSÃO DE UMA SOCIEDADE.
Todos nós necessitamos nos expressar. Sem dúvida, a arte foi a primeira maneira que o 
homem utilizou para este fim e isso pode ser visto na Arte Rupestre, onde os homens primitivos 
desenhavam e pintavam figuras sobre as rochas e nas paredes das cavernas. Em vários lugares 
do mundo encontram-se animais, utensílios e cenas do cotidiano representados ali pela pintura. 
Acredita-se que alguns artistas enchiam uma boca com pigmentos e sopravam para fazer o 
contorno de suas mãos nas pinturas. Alguns materiais como sangue e gordura de animais, como 
também seus excrementos e, ainda, a seiva das plantas eram usados para as pinturas.
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Veja abaixo a imagem de uma representação rupestre e analise como foi realmente 
consistente a nossa evolução, como as artes ajudaram a própria história humana ser documentada 
para que, hoje, tenhamos a possibilidade de olhar para trás e ver o nosso desenvolvimento por 
meio do que nossos antepassados deixaram como legado.
Figura 2 - Arte rupestre em rocha nos EUA. Fonte: Herreid (2017).Já em direção aos tempos atuais, constatamos que com a evolução, o homem opta por 
representar outras figuras que tinham importância naquela sociedade e ali estavam apresentadas 
de acordo com suas crenças. A deusa Vênus, na Era Paleolítica, por exemplo, foi representada 
por uma figura de mulher com formas avolumadas. Assim o homem imaginava que seria a 
representação humana de uma deusa que para ele muito significava e mais: aquela sociedade 
aceitava, então, aquela representação como ideal para a deusa e passava a tratá-la como referência. 
Obs.: muitos pesquisadores modernos não conferem a imagem abaixo à Vênus e, então, passaram 
a chamar a figura de Mulher de Willendorf, ao invés de Vênus de Willendorf.
Figura 3 - Vênus de Willendorf. Fonte: Santana (2017).
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Ora, se nas linhas anteriores atestamos o fato da evolução social ser também a evolução 
artística, podemos perceber, no gráfico a seguir, que desde o início dos tempos comprova-
se a necessidade da expressão pela raça humana – a qual demonstra fortemente próprio 
desenvolvimento da comunicação visual quando analisamos o fato de que saímos de um simples 
pigmento que registrava as pinturas nas pedras das cavernas para muitos outros artefatos que 
permitiram e ainda permitem que continuemos a nos expressar visualmente.
Figura 4 - Evolução da Comunicação Visual. Fonte: Carbajal (2016).
Por outro lado, além dos pigmentos, temos também uma história de suportes diferentes 
para expressar as mensagens, os conteúdos. Partimos das pedras para o papel, para as telas de 
pintura e, atualmente, temos ainda as telas dos equipamentos eletrônicos. 
As tecnologias já com a eletricidade e a mecânica evoluíram as capacidades da fotografia, 
o cinema e a TV, plenas expressões humanas em movimento, sem perder sua autenticidade, assim 
podendo obedecer ao intuito de quem pretendeu se expressar visualmente. Benjamin (2012, p.19) 
contribui a este respeito da seguinte forma:
O aqui e o agora do original constitui o conceito de sua autenticidade e sobre o 
fundamento desta encontra-se a representação de uma tradição que conduziu 
esse objeto até os dias de hoje como sendo o mesmo e idêntico objeto. A esfera 
da autenticidade, como um todo, subtrai-se a reprodutibilidade técnica - e, 
naturalmente, não só a que é técnica. Enquanto, porém, o autêntico mantém sua 
completa autoridade em relação à produção manual, que em geral é selada por 
ele como falsificação, não é este o caso em relação a uma reprodução técnica. 
A razão disso é dupla. Em primeiro lugar, a reprodução técnica efetua-se, em 
relação ao original, de modo mais autônomo que a manual.
Temos a oportunidade de visualizar que, da arte rupestre até a internet, foram 15 passos 
significativos que atestam a evolução da comunicação por meio de ferramentas e suportes, 
comprovando o constante movimento de desenvolvimento paralelo às tecnologias que usam a 
mecânica e a eletricidade chegando até aos devicers (dispositivos) prontos a receber e expandir as 
expressões humanas, estáticas ou em movimento.
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Há quem considere que estes 15 passos não abarcam outros tão importantes quanto eles, 
por exemplo, os murais e grafites – não seriam eles uma expressão artística tangente à arte rupestre 
já que usam as paredes, muros etc? –, mas estes inserem-se no item reservado aos cartazes. De 
toda e qualquer forma, a constância de evolução demonstra também uma não permissividade 
de certas manifestações acabarem, extinguirem-se. Elas podem ser adaptadas a novas formas de 
ver, de fazer. Sem a pretensão de que causemos um determinismo, queremos apenas demonstrar 
que estamos em movimento evolutivo da comunicação visual pela simples vocação do homem 
social em comunicar-se, abrindo caminhos, explorando utilidades de materiais, utilizando-os em 
variadas situações de acordo com suas emoções e necessidades, conforme comenta Canevacci 
(2001, p.63):
É na quebra do caráter imunológico das finalizações e das emoções, das 
racionalizações e das comunicações que se produz uma mutação progressiva. 
Somente a certeza de um retorno das emoções e da possibilidade de fusão com 
a natureza não só me permite gozar o abandonar-se, mas pensá-lo. O modelo 
de uma antropologia alternativa deve ser multiplicador e não deve deixar-se 
envolver pelo fascínio do ato de zerar [...].
A insubordinação da criação humana, nas artes, apresenta momentos de continuidades e 
descontinuidades se quisermos que haja apenas uma linha do tempo, sem considerar os diferentes 
povos e suas necessidades de expressão artística. Porém, lembremo-nos de que o passado sempre 
está presente no futuro pois as escrituras visuais são disruptivas.
Em todos os povos, a arte encontra o seu território. O ensino das artes vem trazendo 
progressos valiosos para a harmonia do cotidiano. Podemos considerar que a arte possibilita 
que as observações que fazemos ao nosso redor sejam expressas sem preconceitos. É importante 
entender que quando alguém está desenhando, dançando, representando uma peça de teatro, 
cantando, enfim, utilizando a arte como forma de expressão, pode caracterizar que ali as 
habilidades e os sentimentos humanos estão sendo aflorados e, conjuntamente, também estão 
sendo vistos por outros - o que provoca uma troca de informações e emoções entre todos, 
causando satisfação e harmonia.
Elencamos aqui algumas definições para Arte, baseadas nas definições de Margareth 
Imbroisi e Simone Martins (2017), em História das Artes. Vejamos:
• Criação humana de valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta etc.) 
que sintetizam suas emoções, sua história, seus sentimentos e sua cultura;
• Capacidade do homem de criar e expressar-se, transmitindo ideias, sensações e 
sentimentos através da manipulação de materiais e meios diversos;
• Atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a 
partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse interesse 
de consciência em um ou mais espectadores, e cada obra de arte possui um 
significado único e diferente;
• Reflexo do ser humano que muitas vezes representam a sua condição social- 
histórica e sua essência de ser pensante;
• Habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática 
ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional;
• Composto de meios e procedimentos realizados pelo homem, através dos quais 
é possível a obtenção de finalidades práticas ou a produção de objetos; técnica 
para criar algo;
•Conjunto de obras de determinado período histórico, nação, povos, movimento 
artístico, por exemplo, Arte Medieval, Arte Africana, Arte Realista etc.
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Há muitos conceitos e definições de arte, mas qual é a ideal? Dentre tantas que atravessam 
todos os tempos temos muitas vezes certezas e incertezas no que pode ser um objeto artístico. 
Sendo assim, consideramos o contexto e o local aonde as obras são realizadas e a sua época, além 
da sua cultura.
Arte é aquela expressão viva de um ser que procura manifestar os seus sentimentos. Arte 
também é aquela condição na qual encontra-se o artista quando parece ter apenas uma forma 
de existir: realizando a sua obra. Acreditamos que a melhor definição que sempre existirá sobre 
“o que é arte” vem a ser a qual define o que cada um sente em relação a um objeto artístico que 
lhe provoca. A reação do espectador pode ser boa, má, desconfortável, inquietante, entre tantas 
outras que venham a emergir do interior humano. Esta expressão artística quando está em uma 
pintura, em uma escultura, na música, na literatura, nas artes cênicas, no cinema, na fotografia, 
entre outras – e comunica-se com você de forma única, é Arte!
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA ARTE NA 
COMUNICAÇÃOPara que possamos fazer uma ligação entre arte e comunicação é importante que 
seja levado em consideração que não haverá o conhecimento da arte sem que a mesma seja 
comunicada - isso, independente do artista informá-la ao público, pois a própria obra de arte 
pode fazê-lo, trocando informações visuais com quem a vê. Assim, a partir do momento em que 
assumimos a arte como participante da comunicação, passamos a também necessitar entender o 
que é a comunicação e ela é o simples fato de compartilhar uma informação.
Em entrevista para a revista Época, a arte-educadora Ana Mae Barbosa fala sobre a 
importância das artes já na educação básica:
As artes são linguagens que complementam a linguagem verbal. Susanne Langer, 
especialista em filosofia da arte, diz que existem três diferentes linguagens: a 
verbal, a científica e a presentacional. A linguagem presentacional é aquela 
que você não consegue traduzir em outras linguagens. Ela está presente na 
arte, que articula a vida emocional do ser humano. Um indivíduo com essas 
três linguagens bem desenvolvidas está apto a conhecer plenamente as outras 
áreas do conhecimento, a aproveitar mais o mundo que o cerca. Tirar o aluno da 
cadeira significa expandir seus sentidos.
As artes visuais desenvolvem a capacidade de percepção visual, importante 
REFLITA
“A arte humaniza o ser humano, por meio do pensamento, do 
planejamento, do fazer, do olhar.”
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desde a alfabetização até a solução de grandes conflitos da adolescência. Para 
dar um exemplo: as palavras “bola” e “bota” têm a mesma configuração, o que, 
durante a leitura, pode dificultar a diferenciação entre elas. O ensino da arte 
contribui para exercitar essa percepção. A dança amplia a percepção do corpo. 
Desenvolve, assim como a música, o ritmo e o movimento. Exercita o equilíbrio, 
não só físico, mas mental. O teatro desenvolve a comunicação.
 Coloca em pauta o verbal, o sonoro, o visual e o gestual. Talvez seja a mais 
completa das artes incluídas na escola. (BARBOSA, 2016)
Figura 5 - As artes na educação da criança. Fonte: Amor de Mãe (2018).
Ora, sendo a arte de fundamental importância no desenvolvimento da criança, podemos 
afirmar então que a arte faz parte do início do nosso em desenvolvimento intelectual, ou seja 
aprendemos também a considerar não só a produção como também o entendimento das imagens 
visuais como parte de nosso intelecto e, portanto, tornamo-nos capazes de exercer, como 
conteúdo, o uso da arte como comunicação entre os seres humanos.
Na comunicação temos por um lado aquele que emite a mensagem e do outro lado 
aquele que recebe a mensagem - respectivamente denominados emissor e receptor. Desta forma, 
a mensagem trafega de um lado ao outro e é compartilhada com aqueles que participam do 
processo.
A arte pode ser considerada pelo público como ele sendo o seu receptor. Ela, a arte, seria a 
mensagem e emissor seria o artista. Porém toda mensagem possui um código e é por meio dele que 
ela é disponibilizada, ou seja, só existe comunicação se o emissor e o receptor compreenderem 
qual é a linguagem (código) que a obra de arte possui. No processo da comunicação visual temos 
presentes os seguintes elementos:
• Emissor: quem produz a imagem;
• Mensagem: o que a imagem pretende transmitir;
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• Canal (meio de comunicação): meio físico por onde se transmite e circula a mensagem 
(telas, cartazes, uma fotografia publicada em um jornal, um grafite em uma parede etc.;
• Receptor: o observador da imagem;
• Ruído: aquilo que pode interferir e alterar a imagem;
• Resultado da comunicação: o que o receptor capta da mensagem.
Vamos fazer uma breve análise sobre uma obra de arte. Veja a seguir e responda: qual a 
MENSAGEM que esta imagem traz a você?
Figura 6 - A Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, realizada de 1503 a 1506. Fonte: Farthing (2009, p.61).
A mensagem que a Mona Lisa traz para você é única. É a “conversa” estabelecida entre a 
obra e aquele que a vê. Você pode sentir que o quadro transmite serenidade, paz, ingenuidade, 
romantismo, ou outras sensações. Verifique o quanto é individual a comunicação entre uma obra 
artística e seu espectador. Este caráter que a arte constrói junto à comunicação é extremamente 
importante e é provável que nele esteja a necessidade de uso de uma pela outra, e vice-versa. Sob o 
ponto de vista do conhecimento, vale lembrar que a área das Ciências Sociais Aplicadas congrega 
a Comunicação Social e também conjuga as Artes, tanto que há a identificação: Comunicação e 
Artes.
Nos estudos da comunicação teóricos trataram e tratam das artes com grande respeito e 
a relevância do assunto é recorrente. A arte é expressão social e, com ela, uma gama de imagens, 
sons, experiências sensoriais avançam sobre os povos traduzindo sua cultura, seus costumes, sua 
identidade. 
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Assim, imagens como a Mona Lisa de Leonardo Da Vinci, atravessam séculos e têm em 
si a identidade de um contexto onde a figura teve o retrato de sua época, mas que, soma a si, a 
expressividade do que comunica. Você já percebeu como, com a presença da internet, imagens 
como a do quadro ao lado, feito em 1893, aparecem em nosso dia-a-dia?
Figura 7 - Skrik (O Grito), de Edvard Munch, 1893. Fonte: À esquerda, Munch (1893); à direita, G1 (2016).
Na matéria publicada pelo G1 (portal de notícias online da Rede Globo), em 2016, com 
base na matéria da BBC Brasil e sob o título: O emoji inspirado em uma obra de arte – e outros 
significados desses símbolos tão populares, vemos um forte exemplo da influência das artes na 
comunicação e, melhor, nos dias atuais (pois uma obra de arte de outra época vem a ser refletida 
na comunicação dos dias de hoje):
O pintor norueguês Edvard Munch não poderia imaginar que o personagem 
anônimo de sua famosa obra O Grito estaria nas mãos de pessoas espalhadas 
pelo mundo todo mais de cem anos depois.
O emoji de uma pessoa gritando com expressão de horror e mãos nas bochechas 
foi inspirado no quadro de Munch. A página da Unicode Consortium inclui o 
nome do artista nas etiquetas para localizar o ícone.
Algumas versões dos aparelhos da Samsung acrescentam um fantasma saindo 
da boca do emoji. A pintura O Grito data do fim do século 19 e existem quatro 
versões dela. O emoji existe desde 2010. (G1, 2016)
Isto vem a confirmar que estamos interligados com toda a produção artística e cultural 
de nossa sociedade. Uma das formas da arte manter-se viva é por meio da COMUNICAÇÃO.
ORIGEM E OS DESDOBRAMENTOS E AS 
TRANSFORMAÇÕES DA ARTE NO TEMPO
Uma linha do tempo sempre serve para nos posicionar a respeito de quando os fatos 
ocorreram num determinado período; é um registro organizado de eventos numa sequência de 
tempo. Quando consideramos a linha do tempo das artes plásticas, vemos que ela se inicia na 
Arte Antiga e percorre os anos, atravessando séculos, até chegar aos movimentos artísticos mais 
recentes. 
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Na verdade, é uma rede formada por movimentos artísticos e artistas que interagiram e 
que permite aos artistas atuais a interação entre si, onde há possibilidades de visitação a estilos e 
mestres que marcaram sua presença da história da arte com um estilo único e com uma presença 
realmente influente. Podemos aproveitar a imagem a seguir para refletir como quão é expressiva 
e comunicativa (interativa) a presença das artes ao longo da história.
Figura 8 - A rede de movimentos artísticos e alguns artistas influentes. Fonte: Demilly (2016, p.6-7).
Os primeiros artistas, há milhares de anos, como dissemos anteriormente, desenhavam 
e pintavam figuras nas cavernas. Hoje vemos que várias mensagens artísticas estão expressasem 
diferentes tipos de suportes para que nós possamos entrar em contato com as obras de arte. A 
seguir apresentamos a linha do tempo das artes plásticas e complementamos com comentários 
importantes a respeito de alguns pontos na sequência.
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Figura 9 - Linha do Tempo - História da Arte. Fonte: Atividades Usborne (2013).
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Podemos constatar ao analisar a linha do tempo anterior que os períodos dos movimentos 
artísticos ocorrem de acordo realmente com o desenvolvimento da sociedade, principalmente a 
sociedade que passa a valorizar a arte e que também passa a possuir formas de expor, comunicar 
e até de produzir materiais artísticos para que os mestres pudessem ocupar-se da aplicação de 
tintas, espátulas, pincéis etc. a fim de proporcionar a realização do que tinham em mente. Até a 
chegada da eletricidade produz grande avanço na produção artística
A seguir, apresentamos a linha do tempo das artes com variados comentários presentes 
no texto de Sarah Coutauld, para o livro sobre a História da Arte (Atividades Usborne). Analise 
cada momento apresentado, cada peculiaridade, cada variação e reflita a respeito de como o ser 
humano abre espaços e utiliza meios para a expressão artística.
LINHA DO TEMPO - HISTÓRIA DA ARTE (ATIVIDADES 
USBORNE).
• CERCA DE 1.700 ANOS ATRÁS
✓ Povos em diferentes partes do mundo pintam nas paredes das cavernas
•2.500 ANOS ATRÁS
✓ Os artistas gregos faziam esculturas e pinturas sobre a vida real.
•800
✓ Monges cristãos confeccionam livros à mão.
• 1.300
✓ Em 1333, Simone Martini e Lippo Memmi pintam “A Anunciação”.
• 1.400
✓ Na Europa, os artistas usavam materiais nobres para fazer pinturas religiosas.
Os artistas holandeses usam tinta à óleo.
Em 1.434, Jan van Eyck pinta “O Retrato dos Arnolfini”.
Na Itália, os artistas se inspiram na antiga arte greco-romana.
Entre 1438-4, o artista italiano Paulo Uccello pinta “A Batalha de São Romano”.
• 1.450
✓ Artistas começam a estudar corpos e cadáveres para dar mais realismo às pinturas.
Leonardo da Vinci pinta “A Virgem dos Rochedos” entre 1491-1508.
• 1.500
✓ Durante o século XVI, pinta-se retratos de pessoas muito ricas.
Em 1533, Hans Holbein pinta “Os Embaixadores”.
• 1.600
✓ Artistas holandeses pintam objetos da vida cotidiana chamados de “naturezas-mortas”.
Gainsborough pinta “Senhor e Senhora William Hallett (Caminhada matinal) em1.785.
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• 1.800
✓ Invenção da fotografia em 1830.
✓ Entre 1.835-40 J. M. W. Turner pinta “Margate (?) do Mar”.
✓ Em 1.841 os tubos de tinta são inventados e mais artistas pintam ao ar livre.
• 1.800
✓ Em 1.874, os impressionistas exibem obras em Paris.
✓ Em 1.888, Vincent van Gogh pinta “Girassóis”.
• 1.910
✓ O artista Marcel Duchamp adota objetos do dia-a-dia, como a roda de uma bibicleta, 
e os apresenta como arte.
• 1.920
✓ Kandinsky é um dos primeiros a pintar cenas que não retratam a vida real, movimento 
conhecido como “Arte Abstrata”.
• 1.930
✓ Os artistas surrealistas, como Salvador Dalí, criam bizarras obras de arte.
• 1.960
✓ Muitos artistas se inspiram em anúncios e na música para criar a Pop Art.
• 1.970
✓ David Hockney faz colagens com fotos de câmera Polaroid.
Muitos artistas usam filmes e fotografias nas obras.
• 1.980 a 1.990
✓ Alguns artistas produzem peças para espaços específicos.
• 2.000
✓ Kapoor cria a peça que atira bombas de cera vermelha contra a parede, em 2008-9.
Agora que discorremos sobre a história das artes, vamos tratar dos movimentos da arte e 
o impacto no design gráfico já que a comunicação visual está presente em nosso cotidiano e o fato 
de estarmos próximos das artes e do design é contexto natural para uma sociedade que absorve 
imagens e que as utiliza também para comunicar-se. Porém, é necessário que façamos alusão à 
relação entre designers e artistas plásticos.
Há quem considere ambos artistas ou ambos designers, de certa forma. Saibamos que 
há uma grande diferença entre o design gráfico e as artes: ele inspira-se nas artes e é funcional, 
enquanto as artes são expressões livres. O design gráfico funciona para atender as necessidades 
industriais e, apesar de também expressar-se esteticamente, objetiva a comunicação planejada 
com seu público a fim de que ele receba as informações que estão contidas em peças gráficas. A 
práxis de um artista plástico é diferente da práxis de um designer gráfico, assim como os produtos 
que desenvolvem e produzem.
Na história, podemos entender que artes e design são áreas de convivência conjuntas 
– mesmo que não tenha sido tão tranquilo o início do posicionamento de ambas enquanto 
localização no âmbito das artes visuais. A história demonstra a decorrência de uma pela outra e 
a necessidade social de existência de ambas. 
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Vejamos o que comenta Oliveira (2009, 2009, p.166), no artigo científico sobre matriz da 
linguagem visual para jornais, onde aborda, entre outros aspectos, a geração deste posicionamento 
supracitado:
Quando a Revolução Industrial começou a gerar produtos em série e em 
grande escala, artistas e artesãos do século XIX passaram a discutir formas de 
apresentação e diferenciação desses produtos. John Ruskin e William Morris 
são representantes do movimento estético artes e ofícios (arts and crafts), que 
expressou essa preocupação com os produtos que as indústrias colocavam 
no mercado. Ruskin não aceitava a separação entre arte e sociedade iniciada 
no Renascimento, o que para ele provocava o isolamento dos artistas, e as 
consequências disso são a falta de senso estético dos engenheiros responsáveis 
pela produção seriada e o declínio da criatividade [...].
A influência das artes no design gráfico é ampla e merece reflexões, as quais não temos 
a pretensão de aprofundar no sentido de discussão filosófica, mas é pertinente registrar esta 
importante influência e dizer que ambos coexistem, cada um exercendo seu papel na sociedade. 
Morris percebeu as novas necessidades da indústria em relação à produção de 
impressos e a busca de formas para seus produtos e fundou, com outros designers, 
em 1851, a Morris and Company com o objetivo atendê-las de maneira criativa, 
opondo-se ao que denominava ‘estética da máquina’ (KOPP, 2002, p.46).
Todos os movimentos artísticos que vêm a compor a linha do tempo do design são 
movimentos, expressões em diálogo com a realidade, em correspondência com os acontecimentos 
sociais. Para o design gráfico, esses momentos refletem questões culturais, políticas, também 
podem ser escolhas estéticas de um determinado artista que inovou na criatividade ou técnica, 
outras vezes foram novas ferramentas que passaram a estar à mão e que revolucionam um modo 
de pensar ou agir. Para se falar dos movimentos que compõem o design, é evidente que nos 
lembremos de determinados artistas e obras de arte que revolucionaram o seu tempo. Sejam 
cubistas, surrealistas, modernistas, todos também traduzem os quereres de uma sociedade. 
No livro O Valor do Design, os diretores da ADG Brasil - Associação dos Designers 
Gráficos do Brasil comentam:
Se estudarmos a revolução bauhausiana [referindo-se à Bauhaus (relativo ao 
estilo da escola de arquitetura e artes decorativas Bauhaus, fundada na Alemanha 
em 1919 e extinta em 1933. Caracterizou-se pela simplicidade do funcionalismo 
das coisas, em direta relação com a estética industrial e com os movimentos 
artísticos de vanguarda)], observaremos sua inestimável contribuição aquilo 
que o construtivismo russo e soviético já tinha alcançado, sem que houvesse a 
sistematização implementada depois pelos alemães ajudados por russos, suíços 
etc. nas artes, no desenho gráfico, arquitetura, nos projetosde móveis e objetos. 
Foi sem dúvida a indústria, já numa fase sofisticada, que abriu caminho para 
fabricação em larga escala dos bens que a humanidade iria usufruir (ADG 
BRASIL, 2003, p.7).
O design gráfico é aquele que demonstra sua determinação apesar de limitações que 
venham a ocorrer: conflitos e mudanças fazem com que o design não só avance, mas que também 
constate o que foi feito e produzido até então como alavanca para os passos seguintes. O design 
é uma expressão ambulante que identifica um momento da sociedade. Seu universo é dotado de 
comunicação ativa, onde o designer que observa o mundo, o traduz, comunicando-o por meio de 
seu trabalho o que ora antes absorveu. Não é somente elaborar um cartaz, por exemplo. É, sim, 
traduzir naquela peça o ambiente, o tempo, a época, a linguagem etc. E o que está à frente? 
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Qual será o próximo movimento artístico? Quem influenciará o design? Vale-nos o 
comentário de Heller e Vienne (2013, p.7): “Conforme o design gráfico continua expandindo-se 
no século XXI, e com os avanços tecnológicos e as integrações de diversas mídias (incluindo som 
e movimento para diversos dispositivos digitais), as grandes ideias ainda são essenciais”.
Figura 10 - O design do século XX. Fonte: Hurlburt (1986, p.44-45).
Após a exposição dos movimentos que influenciaram o design, apresentamos uma linha do 
tempo, da origem das artes até os dias atuais nas figuras abaixo. Pode-se verificar que desde a Arte 
Rupestre até o que se denominou Digitalismo, a expressão humana é traduzida em representações 
visuais que comunicam e constituem o discurso visual de um momento importante da civilização 
humana. O movimento Arts & Crafts foi um movimento também social inglês, onde o artesanato 
era valorizado em reação à produção em massa. Ora, isto é a revelação de que uma sociedade 
reage, busca a valorização de suas características específicas, de sua identidade. O design também 
serve para dar voz e, portanto, ele corresponde a estes movimentos artísticos de maneira que é 
utilizado para representar visualmente o discurso social e contemporâneo.
A evolução do design é resultado da dinâmica entre criatividade, tecnologia e comunicação, 
como já foi dito. A colocação que Steven Heller e Veronique Vienne (2013, p.8) fazem a respeito 
do design gráfico, representam com simplicidade o que queremos dizer que
Enquanto um grande texto evoca imagens mentais, um grande design dará 
ao leitor maiores níveis de percepção. Até mesmo os componentes mais 
rudimentares de design (a textura do papel, a qualidade da tipografia e o estilo do 
cabeçalho) são mais do que apenas minúcias estéticas. O papel do design sempre 
tem sido o de auxiliar o leitor, complementando a narrativa.
A história do design é estudada por autores que preferem dar enfoques diversos. São 
angulações diferentes e que permitem enriquecer o nosso conhecimento. As linhas do tempo 
são consideradas importantes pela maioria daqueles que tratam de comunicação visual com 
a abordagem do design gráfico. Apresentamos duas linhas do tempo elaboradas por designers 
diferentes onde cada uma traduz o conceito das informações e a forma que os designers escolheram 
para transmitir o conteúdo. 
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Uma complementa a outra. Na linha do tempo elaborada por Padraig Cahill (2016), 
logo a seguir, são apresentados exemplos de produções que apontam as épocas onde o design 
gráfico ganhou ocorrência pontuais, as quais na realidade não o “mudaram”, mas expandiram 
sua performance. 
Figura 11 - Linha do tempo do design gráfico (com exemplos). Fonte: Cahil (2016).
A linha do tempo apresentada tem sua primeira ocorrência no 1837 e finaliza em 2015. 
Dentre todos estes acontecimentos pontuais, percebe-se que já em 1835, no Design Vitoriano, a 
tipografia era presente, influenciando letras, sinais e ornamentos para os materiais impressos. A 
partir daí - e até os dias de hoje - a presença tipográfica passa a ter liberdade de aplicação, sendo 
os estilos alterados conforme as necessidades dos designers e as ferramentas disponíveis para a 
produção visual cada vez mais facilitadoras.
A maior contribuição que consideramos haver nesta linha do tempo, além da presença 
tipográfica, obviamente, é o espaço que o design gráfico conquistou. Representativo e de grande 
teor para a expressão visual, ele demonstra continuidade e estabelece contato com a tradução dos 
movimentos de época. Conforme esclarece Cahill (2016), “desde 1830 são 14 estilos diferentes”, 
representando os estilos seminais como por exemplo a Arte Pop dos anos 70, porém vale-nos 
ressaltar que houve muitas outras manifestações do design gráfico, porém, não com o impacto 
dos demais.
 Para efeito de esclarecimento e melhor entendimento, seguem os estilos e períodos 
que a Linha do Tempo apresenta:
• Design Gráfico Vitoriano (1837 - 1901) - Bordas decorativas, tipografia elaborada, 
simetria, imagens altamente ornamentadas e ocupadas, muito poucas retas ou bordas.
• Design Arts & Crafts (1880 - 1910) - Reutilizou os tradicionais recursos de estilo antigo, 
formas simples, tipografia ilustrada, muitas texturas.
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• Art Nouveau (1890 - 1920) - Estilo intrincado desenhado à mão, design linear, uso de 
formas naturais, apresenta a forma feminina.
• Futurismo (1900 - aos anos 30) - Estilo eclético, apresentava e usava novas tecnologias, 
texto deslocado, tinha algumas influências cubistas, sem características tradicionais.
• Art Deco (1920 - 1940) - Formas geométricas arrojadas, uso de linhas de movimento, 
uso de sunburst – Um padrão ou design consistindo de um disco central com espiras radiais que se 
projetam à maneira de raios de sol –, alto contraste em cores, plano (em termos de profundidade).
• Realismo Heróico (1900 - 1940) - Imagens realistas, geralmente com a presença de 
uma pessoa, promove um ideal, possui mensagem forte no texto, fontes limpas e uso de bold.
• Modernismo (1910 - 1935) - Baseado na geometria, abordagem minimalista, maior 
uso de fotos, menor uso de ilustrações.
• Late Modern Design (1945 - 1960) - Uso de formas geométricas distorcidas, layout 
estrutural informal, simples, tipos não decorativos.
• Kitsch (Americano) (1950) - Uso de imagens e fontes contrastantes, cores fortes e 
vibrantes, formas aerodinâmicas, pessoas em poses dramáticas.
• Swiss International (1940 - 1980) - Uso do negativo, muito limpo e simples, uso de 
fontes sem serifas, layouts assimétricos.
• Estilo Psicodélico (1960) - Influenciado pelas drogas alucinógenas, uso de redemoinhos 
abstratos com cores intensas, caligrafia curvilínea, vibração de cor intensa.
• Pós-moderno (1970 - 1980) - Uso de colagens como ilustração, elementos sobrepostos, 
impulsivo e brincalhão, uso de inclinações.
• Grunge (1990 - 2010) - Texturas sujas e uso de imagens de fundo, linhas e quadros 
irregulares, uso de círculos como se estivessem delineados por manchas de café, simula o 
derramamento de líquidos e uso de imagens que simulam escadas, uso de papel rasgado e bordas 
sujas, elementos escritos à mão.
• Flat Design (2010 até o presente) - Minimalista, sem profundidade, uso de linhas retas 
e uso inteligente do negativo.
A linha do tempo a seguir, elaborada por Charlotte e Peter Fiell vem a complementar a 
anterior, conforme dissemos. Esta demonstra a complexa atuação de várias presenças do design 
gráfico no panorama da sociedade e interage com outros movimentos artísticos não apresentados 
na linha do tempo já apresentada.
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Figura 12 - Linha do tempo do design gráfico (com datas específicas). Fonte: França (2015).
As ocorrências nesta linha do tempo demonstram como odesign gráfico está em 
constante movimento, de acordo com o contexto social, cultural, econômico e tecnológico, como, 
por exemplo, a influência do pós-guerra (1945-1958) que vem a traduzir-se nas peças gráficas e 
também o reaparecimento do design orgânico, que em seu primeiro momento vai dos anos 30 a 
60 e, depois, retorna a partir dos anos 90 até os dias de hoje.
O simples fato de poder traçar uma linha do tempo sobre determinado assunto já implica 
em sabermos que houve uma ocorrência de fatos em momentos específicos, em dinâmicas com 
o contexto. Não se trata de observar estas manifestações como se a cada momento em que elas 
surgem houvesse um início e fim determinados. Em alguns momentos, podemos observar que 
elas ocorrem paralelamente.
Este é o movimento das artes que se entrelaça com o design gráfico e que, como base, têm 
o movimento social. As artes, por si só, não têm como existir e permanecer se o homem não as 
praticar, utilizar, usufruir. Como participantes desta sociedade é nosso papel aproveitarmos estas 
oportunidades de ampliar nossos olhares e enchê-los de inspiração e tomar as nossas mentes de 
conhecimento para que também pratiquemos a evolução em cada um de nós.
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 24
SEIS LINHAS MESTRAS PARA APRECIAR UMA PINTURA ................................................................................. 26
O REALISMO E A ART NOUVEAU ........................................................................................................................... 27
O IMPRESSIONISMO E O PÓS-IMPRESSIONISMO ........................................................................................... 32
A ESCOLA DE BAUHAUS E O DESIGN MODERNO ................................................................................................ 36
O EXPRESSIONISMO E O CUBISMO ..................................................................................................................... 38
CONCEITUAÇÃO E FATOS DA HISTÓRIA
DA ARTE - CONTEXTUALIZAÇÃO
DOS MOVIMENTOS DAS ARTES
VISUAIS, SUAS INFLUÊNCIAS E
DESDOBRAMENTOS
02
PROF.A DRA AUDREY DUARTE
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INTRODUÇÃO
Todas as obras artísticas estão sempre, a toda hora, discursando sobre uma determinada 
escolha do artista para expressar em sua obra. A vontade artística, lotada de sensibilidade, tem o 
caráter de estar depositada na obra que ele realiza, para que haja a manifestação do conteúdo, da 
mensagem que pretende levar ao outro.
Participante deste processo, aquele que tem contato cm a obra artística, reage de alguma 
forma - passiva ou dinâmica – pois a interpreta por meio dos elementos que o artista ali colocou 
e que, apesar de não haver controle do artista sobre seu espectador, os tais elementos falarão por 
si só por meio de seus significados.
Nesta unidade, nós iniciaremos a apresentação de movimentos artísticos selecionados 
para que você possa conhecê-los e reconhece-los quando os mesmos estiverem ofertados a você 
numa exposição, numa página de um livro, num site de internet etc. É fundamental que você 
tenha noção do que se trata e que possa perceber qual a relação da obra artística com a História 
da Arte.
A seguir vejamos quais são os itens que serão tratados nesta unidade: O Realismo e a Art 
Nouveau; O Impressionismo e o Pós-Impressionismo; A escola de Bauhaus e o design moderno; 
O Expressionismo e o Cubismo; O Dadaísmo e o Surrealismo; As realizações da arte pós-
vanguardas: a Pop-Art e a Op-Art.
Fazemos uma sugestão de vídeo para auxiliar no entendimento do conteúdo geral da 
Unidade e, abaixo, sugerimos a leitura de um texto para que você, aluno, possa expandir ainda 
mais seu conhecimento e aplicá-lo de acordo com seu interesse e necessidade:
GOMPERTZ, Will. Pense como um artista: ... e tenha uma vida mais 
criativa e produtiva. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
O Belo, o sublime e o maneiro
http://bit.ly/2TZ17lo
Acesso em 02 set 2019.
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Vamos começar o conteúdo desta unidade abrindo um espaço an-
tes de entrar diretamente na escola artística pois é necessário que 
você tenha noção de como deve apreciar uma obra artística. Para 
tanto, devemos levar em consideração que isto se torna cada vez 
mais importante porque um grande número de pessoas vem tendo 
acesso a obras dos mais importantes artistas, seja por meio da in-
ternet, seja em exposições que estão circulando o mundo e dando a 
todos nós uma certa facilidade de conhecer pessoalmente as obras.
Muitas vezes nós também temos contato com obras que estão até 
mesmo em peças publicitárias, mas quando essas obras são vistas 
“ao vivo”, nós podemos entender que não é apenas uma questão 
intelectual de compreender o que ali está disposto mas vai além: 
é como se estivéssemos partindo para uma viagem - aquela que 
poderá nos levar para uma outra época, para uma outra atmosfera, 
para um emaranhado de sensações que, com certeza, será gratifi-
cante!
Assim vamos elencar seis linhas mestras, baseadas no livro Para 
Entender a Arte, de Robert Cummings (1995), para que haja um me-
lhor entendimento sobre as obras artísticas e a partir delas você terá 
melhores condições de análise no momento em que estiver diante 
do que vamos trazer para compor o seu conhecimento sobre cada 
movimento artístico, adiante.
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SEIS LINHAS MESTRAS PARA APRECIAR UMA 
PINTURA
1) Tema. Todas as pinturas têm um tema específico, cada um com sua mensagem 
significativa. Com frequência o tema é fácil de se reconhecer; mas em muitos 
casos, em especial nas obras mais antigas, os artistas escolheram histórias 
da Bíblia ou relativas aos deuses da Antiguidade, como aquelas narradas na 
mitologia grega e romana. Ao criar essas obras, os artistas deviam presumir 
que seu público estava familiarizado com essas histórias. Hoje isso não é mais 
verdade, porém redescobrir estes grandiosos mitos e lendas pode ser um dos 
maiores prazeres ao se olhar uma pintura.
2) Técnica. Cada pintura deve ser criada fisicamente, e a compreensão 
das técnicas utilizadas, como o emprego da tinta a óleo ou o uso do afresco 
(aplicação de tintas diluídas em água sobre revestimento de argamassa ainda 
fresco), aumenta muito nossa apreciação da obra de arte. A maioria das obras-
primas são notáveis por suas inovações e seu virtuosismo.
3)Simbolismo. Muitas obras usam extensamente uma linguagem de simbolismo 
e alegoria que na época era compreendida tanto pelos artistas como pelo público. 
Os objetos reconhecíveis, mesmo pintados em detalhe, não representam apenas 
eles mesmos, mas conceitos de significado mais profundo ou mais abstrato. A 
familiaridade com essa linguagem diminui muito, mas ela pode ser redescoberta 
pelo estudo dos quadros e das crenças da sociedade que formou o artista.
4) Espaço e luz. Para os artistas que buscam recriar uma representação 
convincente do mundo na superfície plana de uma tela ou madeira precisam 
adquirir o domínio da inclusão do espaço da luz. É notável a variedade de meios 
pelos quais essa ilusão pode ser criada.
5) Estilo histórico. Cada período histórico desenvolve um estilo próprio, que 
se pode perceber nas obras de seus artistas principais. Os estilos não existem 
isoladamente, mas se refletem em todas as artes.
6) Interpretação pessoal. Qualquer pessoa que embarque na viagem de 
exploração de significados das pinturas logo ficará confusa com a quantidade 
de pontos de vista apresentados. Uma orientação simples é: se você ver alguma 
coisa sozinho, acredite - não importa o que digam. Se não consegue ver, não 
acredite. Cada pessoa tem o direitode levar para uma obra de arte o que quiser 
levar através da sua visão e da sua experiência, e guardar o que decidir guardar, 
no nível pessoal. O conhecimento da história, das habilidades técnicas deve 
ampliar essa experiência pessoal. Mas se a dimensão pessoal (ou “espiritual”) 
se perde, então olhar uma obra de arte não é mais significativo do que olhar um 
problema de palavras cruzadas e tentar resolvê-lo (CUMMINGS, 1996, pp.6-7).
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O REALISMO E A ART NOUVEAU
Temos aqui dois movimentos artísticos que foram essenciais para que chegássemos aos 
eventos da arte após os mesmos. Comecemos pelo Realismo, que tem em si a grande virtuosidade 
de retratar a vida “real”, como o próprio nome do movimento diz.
REALISMO
• História
O realismo surgiu no final do século XIX na França, entre 1850 e 1900, sendo fruto das 
artes que eram produzidas na Europa. Buscava retratar a vida, os problemas e costumes das classes 
média e baixa não inspirada em modelos do passado. Foi influenciado pela industrialização que 
dominava a época: o homem contemporâneo entendeu que precisava ser realista, tendo uma 
visão mais técnica e deixando um pouco de lado as emoções humanas.
• Pintura
A Pintura Realista buscava relatar a objetividade com que os cientistas retratavam os 
fenômenos, esquecendo, assim, os temas antigos, históricos e a imaginação, sendo parte da 
criação, apenas, aquilo que fosse real. Neste período surgem então a pintura social que retrata os 
problemas dos trabalhadores da sociedade contemporânea.
• Principais artistas
Os principais pintores do realismo foram Gustave Courbet e Édouard Manet.
- Gustave Courbet (1819-1877): criador da pintura social, mostrando temas que 
retratavam o cotidiano, as classes sociais mais pobres e os trabalhadores do século XIX.
- Édouard Manet (1832-1883): foi um polêmico pintor francês. Apesar de ser o maior 
representante do impressionismo, foi alvo de muitas críticas e teve muitas obras recusadas para 
participar no Salão Oficial de Paris, o qual recebia as obras de arte após serem selecionadas por 
um júri da Academia.
• Arquitetura
Em busca de atender os nossos desejos e necessidades das pessoas, provenientes da 
industrialização, os arquitetos do movimento Realista foram capazes de criar cidades que tivessem 
fábricas, armazéns, lojas e outros estabelecimentos, para adequar tanto aos trabalhadores quanto 
à classe da época.
•Escultura
Na escultura, o Realismo dominou os artistas, sendo que as obras eram mostradas como 
elas são. Eles retratavam a sociedade e o contexto político da época. Sendo o principal escultor, 
Auguste Rodin (1840-1917), cujas obras desse artista buscaram representar os pequenos gestos 
humanos, destacando as emoções, o romantismo e o lado mais natural do Realismo. Suas obras 
foram alvo de muitas críticas.
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Figura 1 - Os Quebradores de Pedra (II), de Gustave Courbet. Fonte: Courbet (1849).
Figura 2 - O Tocador de Pífaro, de Édouard Manet. Fonte: Manet (1866).
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Figura 3 - O Pensador, de Auguste Rodin. Fonte: Rodin (1902).
ART NOUVEAU
• História
A Art Nouveau “Arte Nova” surgiu na França, na década de 1890 e manteve-se em destaque 
até o final da década de 20. Dotada de um estilo ornamental que utilizado não somente nas artes 
plásticas, mas também na arquitetura, decoração, joalheria, ilustração etc.
A Art Nouveau se caracteriza pelo uso de elementos que muitas vezes lembram as formas 
da natureza, como as linhas longas, ondulantes e assimétricas. Espalhou-se pela Europa, Estados 
Unidos e outros países do mundo, inclusive chegando ao Brasil. Este estilo artístico atingiu vários 
países, começando pelo continente europeu e influenciou diversos setores artísticos (design, 
arquitetura, artes decorativas, artes gráficas e arte mobiliária).
Socialmente, a art nouveau está muito ligada ao crescimento da burguesia industrial, à 
contrariedade relacionada ao movimento romântico e a dar valor para a expressão sentimental 
nas artes. Seus temas eram ligados à natureza (plantas, flores, árvores e animais), retratados 
com linhas em movimento, dando valor às formas; a figura feminina também era retratada com 
frequência (imagens de mulheres) em pinturas e ilustrações; os arabescos também eram muito 
presentes (ornamento de origem árabe, que usava o entrelaçamento de linhas e ramagens, como 
também flores) e as cores tinham tons frios nas pinturas.
• Pintura - Principais artistas
- Alfons Maria Mucha.
- Antoni Gaudí - arquiteto espanhol (1852-1926): arquiteto cujo estilo distinto se 
caracteriza pela liberdade de forma, cor e texturas voluptuosas e na unidade orgânica. Gaudí 
trabalhou quase sempre em Barcelona ou nos seus arredores. Grande parte da sua carreira foi 
ocupada com a construção do Templo Expiatório da Sagrada Família, que ainda não estava 
concluído quando morreu.
- August Endell.
- Emilie Flöge.
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- Emile Gallé - designer e artesão francês (1904-1880): foi um dos expoentes da art 
nouveau. Trabalhou com vidros opacos e semitransparentes, ganhando fama internacional pelos 
motivos florais. Em termos de mobiliário reinaugurou a tradição da marchetaria.
- Ferdinand Hodler.
- Gustav Klimt - pintor e desenhista austríaco (1862-1918): é considerado um dos 
grandes representantes da arte moderna na Áustria. Em 1900, chegou ao auge de sua carreira ao 
ganhar o Grande Prêmio na Feira Mundial de Paris. Foi muito polêmico, recebendo duras críticas 
dos setores mais conservadores da sociedade vienense do começo do século XX. As críticas eram 
direcionadas, principalmente, ao uso de elementos sensuais e eróticos em suas pinturas.
- Hector Guimard.
- Henry van de Velde.
- Jan Toorop.
- Joseph Olbrich.
- Les Vingt.
- Victor Horta.
• Características:
- Utilização de materiais como vidro, madeira e cimento;
- Tinha relação com a produção industrial em série;
- Usava conhecimentos físicos e matemáticos, inclusive valorizando a lógica e o 
conhecimento racional.
Figura 4 - Luminária de Emile Gallé. Fonte: Gallé (1900).
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Figura 5 - O Beijo, de Gustav Klimt. Fonte: Klimt (1907).
Figura 6 - Templo Expiatório da Sagrada Família, de Antoni Gaudí. Fonte: Gaudí (1882).
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O IMPRESSIONISMO E O PÓS-IMPRESSIONISMO
Assim como no item anterior, trataremos aqui primeiro do Impressionismo e, na 
sequência, do Pós-Impressionismo. Assim, respeitando uma ordem cronológica natural da 
história da arte, seguimos adiante não somente com este ítem mas também com os demais, até 
findar esta Unidade.
IMPRESSIONISMO
• História
Impressionismo foi um movimento que trouxe a despreocupação com os contornos e 
a fuga dos tons sombrios. Não há também enquadramentos e ângulos rígidos. Revolucionou 
profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. É originário 
da França.
Nesta escola, a ênfase nos temas da natureza, principalmente de paisagens, passou a ser 
muito valorizada, como também o uso de técnicas de pintura para a valorização da ação da luz 
natural. Os artistas decompunham as cores, faziam pinceladas soltas buscando o movimento da 
cena retratada e usavam efeitos de sombras coloridas e luminosas.
No Impressionismo tudo está dentro de um ambiente de alegria de viver, portanto, temos 
as luzes e os movimentos.
•Principais Artistas
Pintores
Os principais artistas do Impressionismo são Claude Monet, Edgar Degas, Pierre-August 
Renoir e Édouard Manet, Camile Pissaro e Alfred Sisley.
- ClaudeMonet (1840-1926): é o principal e mais dedicado representante do movimento 
Impressionista. Sempre preferiu a pintura ao ar livre, não importando as condições climáticas, com 
a finalidade de capturar todos os efeitos da natureza. No início de sua carreira foi incompreendido, 
especialmente por sua família, o que resultou em dificuldades financeiras por anos. Somente 
por volta dos 40 anos de idade começou a vender seus quadros. Morreu como um artista rico e 
consagrado.
- Pierre-August Renoir (1841-1919): foi um importante artista plástico francês. Fez 
parte do impressionismo e destacou-se por suas lindas pinturas. Seu estilo artístico era marcado 
pela presença de cores fortes e brilhantes, texturas e linhas harmônicas. O sentimento lírico é 
outra característica importante nas obras de Renoir. Em suas pinturas prevaleceram as formas 
humanas individuais, grupos de pessoas e paisagens.
O Templo Expiatório da Sagrada Família, projetado pelo arquiteto 
Antoni Gaudí, é considerado Patrimônio Mundial da Unesco. Loca-
liza-se em Barcelona (Espanha) e, atualmente, ainda está em cons-
trução. 
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Músicos
Como na música também tivemos o movimento Impressionista, os artistas que mais se 
destacaram foram Claude Debussy e Maurice Ravel.
Figura 7 - Impressão, Nascer do Sol, de Claude Monet. Fonte: Monet (1882).
Figura 8 - Luncheon of the Boating Party, de Renoir. Fonte: Renoir (1881).
PÓS-IMPRESSIONISMO
Foi um período posterior ao Impressionismo na pintura. Com ele, vieram as novas escolas 
como o Fauvismo, o Cubismo, entre outras.
• História
Longe de indicar um grupo coeso e articulado, o termo “pós-impressionismo” se 
dirige ao trabalho de pintores que de 1880 a 1890, exploram as oportunidades deixadas pelo 
Impressionismo. A noção é cunhada pelo crítico britânico Roger Eliot Fry (1866-1934) quando 
da exposição Manet e os Pós-Impressionistas, realizada nas Grafton Galleries, em Londres, 1910, 
que incluía pinturas de Paul Cézanne (1839-1906), Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin 
(1848-1903), considerados as figuras centrais da nova atitude crítica em relação ao programa 
Impressionista. 
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Eram chamados de pós-impressionistas aqueles que não seguiam os conceitos do 
Impressionismo, o qual consideravam superficial, sem dar importância aos sentimentos e nem à 
política. Alguns achavam a técnica impressionista limitada.
• Principais Artistas
- Georges Seurat.
- Henri Rousseau.
- Paul Cézanne.
- Paul Gauguin (1848- 1903): “Quando a tua mão direita estiver hábil, pinta com a 
esquerda; quando a esquerda ficar hábil, pinta com os pés.” Essa frase só poderia ser de Gauguin, 
um dos principais pintores do pós-impressionismo, que exerceu profunda influência em toda a 
arte moderna voltada para o exótico e o primitivo. Eugène-Henri-Paul Gauguin era filho de um 
jornalista francês e de uma escritora peruana.
- Paul Signat.
• Toulose-Lautrec (1864-1901): Henri-Marie-Raymonde de Toulouse-Lautrec-Monfa 
nasceu em uma família aristocrática, recebeu educação artística e foi um menino normal até 
os 14 anos, quando sofreu um acidente e quebrou o fêmur esquerdo. Menos de um ano depois, 
quebrou o direito. Os traumatismos, aliados a uma doença óssea congênita atrofiaram suas pernas 
e ele se tornou praticamente um anão, com dificuldades locomotivas. Passou, então, a dedicar 
cada vez mais tempo à pintura. Em 1872, em Paris, ingressou no Liceu Fontanes e, em 1881, 
depois de bacharelar-se, decidiu tornar-se pintor. Um de seus primeiros mestres, Léon-Joseph-
Florentin Bonnat, defensor das normas acadêmicas e contrário aos impressionistas, não gostava 
dos desenhos do aluno. Em 1883, Toulouse-Lautrec passou ao estúdio de Fernand Cormon, 
onde conheceu Van Gogh e Émile Bernard. Apesar do apoio do novo mestre, sentia a estética 
acadêmica como algo cada vez mais restritivo. Montou seu próprio estúdio e passou a frequentar 
o bairro boêmio de Montmartre em Paris, que tornaria célebre em sua obra. Ao contrário dos 
impressionistas, Toulouse-Lautrec tinha pouco interesse pelas paisagens e preferia os interiores. 
Pintou “Moulin Rouge”, “Au salon de la rue des Moulins” e inúmeros retratos.
• Vincent Van Gogh (1853-1890): durante sua vida foi pouquíssimo conhecido e até 
marginalizado. Depois, tornou-se um dos mais reconhecidos pintores do mundo, principalmente 
depois que 71 de suas obras foram expostas em Paris, no ano de 1901. O uso de cores fortes 
expressava seus sentimentos. Ele dizia: “Pinto o que sinto e não apenas o que vejo”.
• Características
- Ultrapassou as tendências artísticas do impressionismo.
- Utilização de cores vivas.
- Retratação de temas da vida real.
- Visão subjetiva do mundo.
- Uso da técnica do pontilhismo por alguns pintores pós-impressionistas, entre eles Paul 
Signac e Georges Seurat.
- Tendência de experimentação da força da imagem, o contorno de segurança e a liberdade 
de cor.
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Figura 9 - O Cristo Amarelo, de Gauguin. Fonte: Gauguin (1889).
Figura 10 - Au Moulin Rouge, de Toulouse-Lautrec. Fonte: Toulouse-Lautrec (1895).
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Figura 11 - A Noite Estrelada, de Vincent Van Gogh. Fonte: Gogh (1889).
A ESCOLA DE BAUHAUS E O DESIGN MODERNO
A ESCOLA DE BAUHAUS
•História
A arte é criada, mas também pode ser aprendida... A Bauhaus, uma escola de arte e 
arquitetura, foi fundada em 1919, na Alemanha. Bauhaus, encarna o ideal e o projeto de unir 
engenheiros, arquitetos, pintores, artesãos, designers e artistas industriais, pesquisando e 
construindo protótipos à serem produzidos em escala industrial, atendendo, por um lado as 
necessidades da sociedade alemã, por outro o ideal comunitário de levar a arte moderna a todos 
os níveis sociais criando assim o artista-artesão.
Constituída na Alemanha, em 1919, após a fusão das Escolas de Artes e Ofício e Belas 
Artes de Weimar, teve como principal idealizador e articulador o arquiteto Walter Gropius, que 
no famoso programa da Escola de Bauhaus, lançava as bases da nova arquitetura, que marcaria o 
século XX, além do desenvolvimento de designers ligado à produção industrial.
Em 1923, a proposta da Bauhaus foi divulgada em uma vasta exposição, cuja proposta 
podia ser resumida em “Arte e técnica, uma nova unidade”. Esta exposição foi chamada de 
Staatliches Bauhaus. A Bauhaus foi dividida em dois setores de ensino: a Academia de Arte 
Pictórica e a Academia de Artes e Ofícios. O principal objetivo era acumular um maior número 
de pessoas em pouco espaço, provendo moradias para os sobreviventes de guerra em 1932. Neste 
ano, nenhum outro país construiu mais moradias populares erguidas com dinheiro proveniente 
de impostos em sua maioria.
Sttatliches Bauhaus  (Casa de Construção), assim denominada pelo fundador, muda-
se de Weimar, em 1925, para Dessau, sendo instalada em um edifício projetado por Gropius, 
de arquitetura industrial moderna e arrojada, lá permanecendo até o início da década de 30, 
intensificando ainda mais sua produção com o lançamento de publicações e organização de 
exposições. 
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Mesmo durando apenas 14 anos, deixou um legado sem precedentes, fundou os conceitos 
do design moderno e um estilo único de se adaptar aos tempos. Seu fechamento fez com que seus 
alunos e professores se espalhassem por todo o mundo, as portas foram fechadas, mas felizmente 
suas ideias continuaram vivas na cabeça daqueles que a frequentaram e continuam vivas até hoje.
• Princípios
A Bauhaus tinha como princípio não somente propor uma nova estética, mas também de 
promover uma mudança social com modernidade einteligência de projetos e recursos. A escola 
era norteada por três princípios:
Direcionamento da nova arquitetura para os trabalhadores;
Rejeição a todos os objetos e adereços burgueses;
Retorno aos princípios básicos da arquitetura ocidental, definindo uma forma clássica de 
moradia social racional.
 • Principais Artistas (instrutores da Bauhaus)
- Gerhard Marcks.
- Gerog Muche.
- Johannes Itten.
- Lyonel Feininger.
- Oskar Schlemmer.
- Paul Klee.
- Wassily Kandinsky.
Figura 12 - Fachada da Bauhaus, 1930. Fonte: Gropius (1930).
Figura 13 - Imagens do design moderno. Fonte: Bahaus (1965).
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O EXPRESSIONISMO E O CUBISMO
EXPRESSIONISMO
• História
No início do século XX, na Alemanha e no norte da Europa, muitos artistas decidem 
deformar e modificar a realidade para mostrar melhor a intensidade de seus sentimentos. Seus 
estados de alma são expressos de maneira franca e direta, e invadem a tela.
Para os expressionistas, pintar vai além de representar: é conseguir exprimir as sensações, 
as ideias que a realidade inspira e as traduzir da maneira mais direta possível. É fazer do sentimento 
a matéria-prima de sua arte; materializar as alegrias, as dores e as angústias em uma obra. A 
pintura expressionista parece seguir diretamente os meandros da alma humana.
• Principais Artistas
- Amedeo Modigliani (1884-1920): foi um importante pintor e escultor italiano. Nasceu 
em 12 de julho de 1884 na cidade de Livorno (Itália) e faleceu em 24 de janeiro de 1920 na 
cidade de Paris. Sua família pertencia à burguesia judaica. A mãe Eugénie Garsin, descendia de 
uma família de judeus estabelecida em Marselha, na França. A figura materna representou com 
certeza, papel importante na formação do menino, o último e mais frágil dos irmãos.
Esse artista italiano completo, de referências tão distintas como as pinturas renascentistas 
de Siena e esculturas africanas, na verdade, nunca seguiu um estilo determinado. Entre esculturas 
e pinturas, sua característica maior é a exposição da alma humana. Nas principais obras, retratou 
mulheres em imagens longilíneas, onde os pescoços eram compridos e os rostos ovais. Entretanto, 
sua principal marca para humanidade foram os “olhos de Modigliani”: na maioria das vezes, 
pintados como olhares vazios ou apenas borrões.
- Cândido Portinari (1903-1962): inicia sua formação artística em 1919, onde estuda 
com Lucílio de Albuquerque, Rodolfo Amoedo, Baptista da Costa e Rodolfo Chambelland. 
Obtém o prêmio de viagem ao exterior em 1928 e segue para a Europa no ano seguinte. Tem 
contato com as obras dos mestres italianos Giotto e Piero della Francesca e da cena européia: 
Henri Matisse, Amedeo Modigliani, Giorgio de Chirico e Pablo Picasso. Retorna ao Brasil no 
início de 1931. Trabalha com intensidade, pintando principalmente retratos, sua maior fonte de 
renda. Revela forte preocupação social, procurando captar tipos populares e enfatizar o papel dos 
trabalhadores.
- Chaim Soutine (1893-1943).
- Constant Permeke (1886-1952).
- David Siqueiros (1896-1974).
- Diego Rivera (1886-1957).
- Edvard Munch  (1863-1944): foi um pintor norueguês, nascido em Oslo no ano de 
1863. Suas obras inspiraram uma corrente artística moderna, sendo considerado o precursor 
do expressionismo alemão. Teve uma vida familiar muito conturbada, pois sua mãe e uma irmã 
morreram quando ele ainda era jovem. Outra irmã tinha problemas mentais (bipolaridade). 
Seu pai tinha uma vida marcada pelo fanatismo religioso. Para complicar, Munch ficou muito 
doente durante a infância. Já adulto, começou a apresentar um quadro psicológico conturbado e 
conflituoso, alguns estudiosos afirmam que o pintor, provavelmente, possuía transtorno bipolar. 
Abordava temas relacionados aos sentimentos e tragédias humanas (angústia, morte, depressão, 
saudade). 
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Além disso, retratava pinturas de imagens desfiguradas, passando uma sensação de 
angústia e desespero, pela forte expressividade no rosto das personagens retratadas. 
- Georges Rouault (1871-1958).
- José Orozco (1883-1949).
- Marc Chagall (1887-1985).
- Paul Klee (1879-1940).
- Vincent Van Gogh (1853-1890).
- Wassily Kandinsky (1866-1944).
Características
Entre as principais características da arte expressionista, destaca-se a distorção linear, 
isto é, os traçados espessos e angulosos das formas retratadas, seja de seres humanos, seja de 
objetos, o que produz uma simplificação radical das formas. Destaca-se também o emprego de 
cores intensas, com pinceladas bem marcadas, deixando evidente o efeito do traçado sobre a tela.
Figura 14 - Jeanne Hébuterne Apoiada em uma Cadeira, de Modigliani. Fonte: Modigliani (1919).
No Brasil, a técnica expressionista esteve presente na arte de nomes 
como Anita Malfatti, Lasar Segall, Portinari, Oswaldo Goeldi e Iberê 
Camargo.
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Figura 15 - O Lavrador de Café, de Portinari. Fonte: Portinaria (1934).
Figura 16 - Skrik (O Grito), de Edvard Munch. Fonte: Munch (1893).
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CUBISMO
Ao invés de apenas representar o que era visto, alguns artistas subvertem esta concepção, 
alguns deles decompondo as formas da natureza em formas geométricas.
• História
A partir de 1908, na França, alguns artistas vão subverter a concepção que se tinha da 
pintura. Em vez de simplesmente representar o que era visto, eles decidem representar aquilo 
que não podia ser visto: os rostos de perfil têm dois olhos, a natureza se decompõe em formas 
geométricas… A realidade se revela em todas as suas facetas, como um cubo achatado.
Tudo começa em 1907, quando o jovem pintor espanhol Pablo Picasso cria Les Demoiselles 
d’Avignon. Os amigos do pintor que, como ele, também moravam em Paris, ficam estupefatos 
com esse estranho quadro: os corpos e as pregas dos tecidos são angulosos e extremamente 
simplificados, dois rostos de mulheres parecem máscaras africanas. Mais estranho ainda: o corpo 
da personagem em baixo à direita está ao mesmo tempo de frente e de costas, e seu rosto está, 
ao mesmo tempo, de frente e de perfil… O caminho está aberto para uma nova pintura, que 
questiona uma nova maneira de representar a realidade.
• Principais Artistas
- Fernand Léger (1882-1963): de origem modesta, de família de camponeses normandos, 
desde cedo se interessou pelo desenho, o que o leva a Caen, capital da Alta Normandia, França, aos 
dezesseis anos, onde trabalhou como aprendiz de arquiteto. Em 1900, mudou-se para Paris, onde 
em um escritório de arquitetura e retoques fotográficos trabalhou como desenhista. Reprovado 
no exame de ingresso da Escola de Belas-Artes de Paris, estudou na Escola de Artes Decorativas 
e na Academia Julien; frequentando ainda vários ateliês, entrando em contato com a arte de 
Cézanne. Aproxima-se dos cubistas em 1909, conhecendo os poetas Apollinaire, Max Jacob, Blaise 
Cendrars, os pintores Albert Gleizes, Robert Delaunay e, mais tarde, Georges Braque e Pablo 
Picasso. Em 1911, expôs no Salão dos Independentes e, no ano seguinte, participa da Section D’Or, 
e publica seu ensaio Les Origines de la Peinture Contemporaine, na revista Der Sturm. Em contato 
com o Cubismo, Léger não aceitou sua representação exclusivamente conceitual: suas abstrações 
curvilíneas e tubulares contrastavam-se com as formas retilíneas preferidas por Picasso e Braque, 
e preconizavam uma aproximação às imagens orgânicas surrealistas.
- Georges Braque.
- Juan Gris.
- Pablo Picasso  (1881-1973): foi pintor, escultor e desenhista espanhol, naturalizado 
francês, e um dos maiores mestres da arte do século XX. Além de renomado, Picasso também 
demonstrou uma versatilidade técnica e uma produtividade artística dificilmente igualada.Produziu milhares de trabalhos, entre pinturas, esculturas e cerâmica, nas quais empregava 
diversos materiais. Também foi um dos fundadores do Cubismo, onde buscou desconstruir 
geometricamente a imagem e, com isso, adicionar ao real novas possibilidades além da mera 
reprodução. Sofrera grande influência das artes grega, ibérica e africana, as quais são facilmente 
visíveis em suas obras. Nas obras de Picasso podemos notar as diferenças de um período e outro, 
sendo que as fases de produção mais conhecidas são as fases Azul e Rosa. Além disso, alguns 
estudiosos ainda dividem as obras em fase Africana, fase do Cubismo Analítico e fase do Cubismo 
Sintético.
- Robert Delaunay.
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 • Características
- Geometrização das formas e volumes.
- Renúncia à perspectiva.
- O claro-escuro perde sua função.
- Representação do volume colorido sobre superfícies planas.
- Sensação de pintura escultórica.
- Cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um 
castanho suave.
Figura 17 - Woman Holding a Vase, de Léger. Fonte: Léger (1927).
O cubismo ganhou espaço no Brasil somente depois da Semana de 
Arte Moderna de 1922, no entanto, não existem no País artistas que 
apresentaram obras com características exclusivas do Cubismo. Os 
artistas brasileiros receberam fortes influências, mas apenas mos-
trando características mescladas do cubismo com outras expres-
sões artísticas em suas obras. Nessas condições, podemos citar 
obras dos artistas Vicente do Rego Monteiro, Anita Malfatti, Antonio 
Gomide, Tarsila do Amaral, dentre outros. O aprendizado de Tarsila 
do Amaral com André Lhote, Gleizes e, principalmente, com Fernand 
Léger reverbera nas tendências construtivas na sua obra, em espe-
cial na fase pau-brasil. A pintora vai encontrar em Fernand Léger, 
especialmente em suas paisagens animadas, motivos ligados ao 
espaço da vida moderna (máquinas, engrenagens, operários das 
fábricas etc.) e o aprendizado de formas curvilíneas. Não se pode 
mencionar o impacto do cubismo no Brasil sem lembrar ainda de 
parte das produções de Clóvis Graciano e de um segmento consi-
derável da obra de Candido Portinari, evidente em termos de inspi-
ração de Picasso.
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Figura 18 - Les Demoiselles d’Avignon, de Picasso. Fonte: Picasso (1907).
O DADAÍSMO E O SURREALISMO
• Dadaísmo
Resposta ao absurdo da Primeira Guerra Mundial, o Dadaísmo responde a este absurdo 
com uma arte absurda, no seio de um movimento absurdo e com um nome absurdo: “Dadá”.
• História
Em plena Primeira Guerra Mundial, a Europa é um grande campo de batalha. O único 
refúgio de paz é a Suíça ela que jovens artistas e intelectuais revoltados com a guerra vão se 
encontrar para escapar daquele absurdo. E não há nada melhor para responder ao absurdo do 
que criar uma arte absurda, no seio de um movimento absurdo com um nome absurdo: Dadá...
“Dadá”, em francês, significa “cavalinho de brinquedo”; em alemão: “que se dane, até logo, 
até a próxima”; em romeno: “sim, sim, você tem razão, é isso, concordo, realmente, a gente cuida 
disso etc.”, diz o escritor e filósofo Hugo Ball (1826-1927), um dos fundadores do movimento. 
Dadá é uma palavra infantil, é uma palavra boba que não significa nada… Porém aqui, antes de 
tudo, é uma palavra de revolta. Em 1916, em Zurique, jovens artistas alemães, suíços, romenos, 
franceses, que se recusam a ir morrer no campo de batalha, criam um lugar onde possam se 
exprimir: o Cabaret Voltaire. Nele, organizam exposições, espetáculos em que, com trajes 
extravagantes, cantam, dançam, declamam poesias fonéticas (sons sem nenhum sentido não 
pronunciados). Eles se divertem como crianças, crianças brincalhonas, que zombam de tudo. 
Dadá é um movimento artístico, literário, musical, poético…
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• Principais Artistas
- Tristan Tzara;
- Marcel Duchamp (1887-1968): foi um dos precursores da arte conceitual, do dadaísmo, 
do surrealismo, do expressionismo abstrato e o inventor dos “ready-made”. Seu modo de vida 
boêmio e paixão pelos jogos de xadrez, dos quais participou em torneios, podem ser vistos ao 
longo de sua carreira artística, na qual temos obras de inspiração romântica e expressionista, até 
aquelas de natureza cubista e futurista. Não obstante, Duchamp era contra a “arte retiniana”, ou 
seja, aquela arte que agrada à vista. Os ready-made foram talvez a maior criação de Duchamp. 
Eles são objetos prontos e banais que foram esvaziados de sua função prática, tendo como efeito 
sua remoção dos contextos habituais. Assim, os ready-mades, rompem com o cartesianismo, 
num gesto que dessacraliza a obra de arte, transportando fatores da vida cotidiana sem valor 
artístico para o âmbito das artes, combatendo assim aquela “arte retiniana”, uma vez que exige a 
participação ativa do público.
- Hans Arp;
- Francis Picabia;
- Max Ernst;
- Raoul Hausmann (1886-1971): foi um artista plástico, poeta e romancista austríaco. 
Com o pseudônimo Der Dadasophe exerceu um destacado papel como dadaísta, participando dos 
grupos de Zurique e posteriormente de Berlim. Foi crítico às instituições da Alemanha durante 
os anos transcorridos entre as duas guerras mundiais. Ele também editou a revista dadaísta Der 
Dada (1919–1920), que adotou uma posição política de esquerda. Apresentando um design e 
uma tipografia não convencionais, a Der Dada era repleta de artigos, poemas, fotomontagens, 
caricaturas satíricas, fotografias falsas e palavras sem sentido espalhadas ao acaso. Hausmann 
começou a criar fotomontagens satíricas em 1918, como forma de protesto contra as convenções 
e os valores de uma sociedade burguesa. Usava materiais do cotidiano, como fotografias, 
recortes de jornal e uma tipografia extrema para criar obras que abordavam eventos políticos 
contemporâneos e ao mesmo tempo desafiavam o estilo mais representativo dos expressionistas;
- Hugo Ball;
- Richard Huelsenbeck;
- Sophie Täuber.
• CARACTERÍSTICAS
- Rompeu com a tradição e o clássico;
- A vanguarda e o protesto estavam sempre presentes;
- Arte espontânea, irreverente e de improvisação;
- Usava de anarquismo e niilismo;
- Buscava o caos e a desordem;
- Era ilógico e irracional;
- Tinha caráter de ironia, agressividade e pessimismo, além de ser radical;
- Era avesso à guerra e aos valores da burguesia;
- Rejeitava o nacionalismo e o materialismo;
- Criticava o consumismo e o capitalismo.
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Figura 19 - Bycicle Wheel, de Marcel Duchamp. Fonte: Duchamp (1913).
No Brasil, o dadaísmo influenciou o movimento modernista brasilei-
ro. Na obra dos escritores Mario de Andrade e Manuel Bandeira po-
de-se perceber sua presença, assim como no teatro de experiência 
de Flávio de Carvalho e nas pinturas de Ismael Nery.
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Figura 20 - ABCD, de Raoul Hausmann. Fonte: Demilly (2016, p.42).
• Surrealismo
História
Em 1920, na França, grupo de artistas, revoltados contra uma sociedade asfixiante, decide 
devolver à arte sua espontaneidade, seu mistério, sua loucura. Com eles, a poesia entra na vida 
cotidiana para chegar a uma outra forma de realidade, nem real, nem irreal: surreal. No período 
da Primeira Guerra Mundial, em Paris, três jovens poetas decidem questionar o mundo em que 
vivem e que não querem mais. São eles André Breton, Louis Aragon e Philippe Soupault. Estão 
convencidos de que a arte pode transformar o mundo e as ideias que as pessoas têm dele. Criam 
uma revista e logo são seguidos por outros poetas e também por pintores, escultores, fotógrafos. 
Os “surrealistas” - termo inventado por Guillaume Apollinaire, poeta que o grupoadmirava - são, 
no início, um grupo de amigos como uma pequena comunidade: eles se reúnem com frequência 
para escrever ou conversar; publicam panfletos e revistas, organizam exposições. Participam 
também, ativamente, do movimento Dadá.
Os surrealistas estão convencidos de que nossos sonhos revelam, mesmo sem a nossa 
intenção, os pensamentos mais íntimos, mais secretos. O que fascina surrealistas no sonho é o 
fato de ser um fantástico reservatório de imagens e visões. Nos sonhos tudo é possível, e as cenas 
mais estranhas, os encontros mais loucos podem acontecer. Assim, algumas obras surrealistas 
parecem ter saído diretamente de visões noturnas.
Principais Artistas
- Salvador Dali (1904-1986): o surrealista mais reconhecido. Teve amizade com Garcia 
Lorca (poeta e escritor), Luis Buñuel (cineasta), Pablo Picasso e André Breton. Suas primeiras 
obras são influenciadas pelo cubismo de Gris e pela pintura metafísica de Giorgio De Chirico. 
Interessou-se pela psicanálise de Freud, de grande importância ao longo de toda a sua  obra. 
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Criou o conceito de “paranoia crítica” para conceituar aqueles que recusam a lógica que rege a 
vida comum das pessoas. Segundo ele, é preciso “contribuir para o total descrédito da realidade”. 
De 1970, até sua morte, dedicou-se ao desenho e à construção de seu museu. Além da pintura ele 
desenvolveu esculturas e desenhos de jóias e móveis.
- Max Ernst (1891-1976)
- René Magritte (1898-1967)
- André Masson (1896-1987)
- Joan Miró (1893-1983): iniciou sua formação como pintor na escola de La Lonja, em 
Barcelona. Fez amizade com Picabia e com Picasso e seus amigos cubistas. Mais adiante, conhece 
Masson, Leiris, Artaud e Lial. Breton se permitiu destacar o artista como um dos grandes gênios 
solitários do século XX e da história da arte. O gênio de Miró está nas telas de traços nítidos e 
formas sinceras na aparência, mas difíceis de serem elucidadas, embora se apresentem de forma 
amistosa ao observador. Miró também se dedicou à cerâmica e à escultura.
- Frida Kahlo (1907-1954): alguns críticos e autores da arte associam o nome da artista 
ao movimento Surrealista, no entanto a própria artista não se considerava uma surrealista, pois 
estava interessada em retratar suas dores e tragédias pessoais.
Características
O surrealismo propõe a valorização da fantasia, da loucura e a utilização da reação 
automática. Nessa perspectiva, o artista deve deixar-se levar pelo impulso, registrando tudo o 
que lhe vier à mente, sem se preocupar com a lógica. Note que o maior objetivo dos artistas 
surrealistas foi usar o potencial do subconsciente como fonte de imagens fantásticas e de sonhos. 
Assim, a arte plástica e a literatura eram vistas como um meio de expressar a fusão dos sonhos e 
da realidade em um tipo de realidade absoluta, uma “surrealidade”.
No Brasil, o Surrealismo exerceu considerável influência sobre o 
movimento Modernista. O escritor Oswald de Andrade  foi um dos 
maiores expoentes. Em seu Manifesto Antropófago, no romance Se-
rafim Pontes Grande e nas peças O Homem e o Cavalo e a Morta, 
podemos notar elementos que se relacionam com as técnicas de 
criação surrealista. Além da literatura, destacam-se nas artes plásti-
cas: Tarsila do Amaral, Ismael Nery e Cícero Dias.
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Figura 21 - A Persistência da Memória, de Salvador Dalí. Fonte: Dalí (1934).
Figura 22 - Femmes et oiseau dans la nuit, de Joan Miró. Fonte: Miró (1974).
AS REALIZAÇÕES DA ARTE PÓS-VANGUARDAS: A POP-ART E A OP-ART
• Pop-Art
Nos anos 60, nos Estados Unidos, a sociedade de consumo está em alta velocidade. Os 
bens materiais e a publicidade estão em expansão. Alguns artistas decidem, então, resgatar seus 
símbolos para representar a banalidade.
História
Nos anos 60, os Estados Unidos já eram uma superpotência, uma sociedade de consumo, 
de abundância, na qual a publicidade e os bens materiais reinavam. Essa sociedade é observada 
pelos artistas norte-americanos, meio fascinados, meio temerosos, os quais resgatam seus 
símbolos para representar a banalidade, a excepcionalidade.
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 É também o aparecimento de uma verdadeira cultura popular de massa para várias 
linguagens: o cinema, a história em quadrinhos, a televisão, a música. Valores, modo de vida e 
cultura que são exportados e invadem a Europa. 
Na Inglaterra, alguns artistas olham com fascínio e ironia para esses novos códigos que se 
instalam, e se inspiram em suas obras.
Principais Artistas
- Andy Warhol (1927-1987): foi o mais conhecido e mais controvertido representante da 
pop-art. Trouxe o conceito da reprodução mecânica da imagem, substituindo o trabalho manual 
na série de serigrafias retratando ídolos da música popular americana e do cinema, como Elvis 
Presley e Marilyn Monroe. Ele entendia que estas figuras eram impessoais e vazias, apesar de 
serem celebridades. Além de celebridades, fez uso também de produtos de consumo como Coca-
Cola e sopas Campbell’s, além de carros, dinheiro etc. Também produziu filmes, uma revista 
mensal e foi incentivador do trabalho de outros artistas.
- Robert Rauschenberg.
- Tom Wesselmann.
- Jasper Johns.
- Roy Lichtenstein  (1923-1997): Usava as características de histórias em quadrinhos 
e anúncios publicitários para reproduzir, à mão, com tintas à óleo e acrílica - e com grande 
fidelidade, os procedimentos dos processos gráficos. A reprodução de reticulas (pontos pretos das 
histórias em quadrinhos) era feita com uma técnica de pontilhismo. Usava cores fortes, planas e 
dentro de contornos em preto. A intenção era provocar uma reflexão sobre a linguagem daquelas 
imagens e as formas artísticas. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características 
das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, 
os procedimentos gráficos. Seus quadros são símbolos do mundo moderno, combinando arte 
comercial e abstração.
Características
Linguagem figurativa e;
Temática extraída do meio ambiente urbano das grandes cidades, de seus aspectos sociais 
e culturais;
Ausência de planejamento crítico;
Representação de caráter inexpressivo;
Combinação da pintura com objetos reais integrados na composição da obra;
Formas e figuras em escala natural e ampliada (os quadros de Lichtenstein);
Preferência por referências ao status social;
Uso de matérias como tinta acrílica, poliéster e látex;
Reprodução de objetos do cotidiano transformando o real em hiper-real.
NO BRASIL: Os principais artistas brasileiros que representam a 
Pop-Art são: Wesley Duke Lee, Baravelli, Fajardo, Nasser, Resende, 
De Tozzi, Aguilar e Antonio Henrique Amaral.
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Figura 23 - Campbell’s Soup Can I, de Andy Warhol. Fonte: Demilly (2016, p.64).
Figura 24 - The Melody Haunts My Reverie, de Litchenstein. Fonte: Litchenstein (1991).
•Op-Art
Um movimento artístico que teve início na década de 30. Também conhecido 
como Arte Óptica, é um estilo artístico que provoca ilusões óticas, utilizando recursos visuais 
(cores, formas etc.).
História
As pesquisas feitas pelos artistas abstratos antes da guerra tentavam chegar a uma arte 
pura. Uma beleza universal fundada não na realidade, mas nas formas, nas cores, nas linhas: 
elementos compreensíveis e suscetíveis de comover a todos. No final dos anos 50, alguns irão 
mais longe ainda explorando um fenômeno comum: a percepção visual.
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É um fenômeno físico que faz com que determinadas cores vibrem entre si, que 
acreditamos ver em três dimensões lá onde só há duas, que nos faz hesitar entre o côncavo e oconvexo. Sobre o princípio das ilusões de ótica, artistas como Victor Vasaarely, Bridget Riley ou 
Jesús Rafael Soto concebem obras que jogam com o fenômeno universal da percepção. Obras que 
não criam a ilusão de movimento, mas provocam no espectador a sensação real de movimento. 
Combinando formas geométricas e cores simples, a arte cinética (arte do movimento) e a op-art 
(arte ótica) perturbam nossa visão e nos fazem mergulhar em um universo de sensação pura.
•Principais Artistas
- Victor Vasarely  (1908-1997): artista húngaro, considerado o precursor da Op Art. 
Influenciado pela arte cinética, construtivista e abstrata e ao movimento Bauhaus. As suas 
composições se constituem de diferentes figuras geométricas, coloridas ou em preto e branco.
- Alexander Calder.
- Bridget Riley (1931): artista londrina, estudou na Golsmith´s school of Art em Londres 
e foi uma das principais protagonistas da pintura britânica dos anos 70. Muito influenciada por 
Victor Vasarely, liderou, junto a ele, o começo da Op Art. O estilo de Riley é marcado por listras 
que se sobrepõem às curvas onduladas, discos concêntricos e quadrados ou triângulos que se 
repetem.
- Jesús Rafael Soto (1923-2005): artista venezuelano famoso pelos seus “penetráveis”, 
obra destinadas a penetração do público como forma de interagir com o produto artístico. Teve 
trabalhos expostos em vários museus importantes.
- Ad Reinhardt.
- Kenneth Noland.
Características
Explorar o uso de ilusões de óticas;
Defender “menos expressão e mais visualização”;
O público interage com as obras pela visão + ilusão de ótica;
As cores têm a finalidade de ampliar as ilusões ópticas.
No Brasil, os principais artistas são Israel Pedrosa. Ivan Serpa, Lo-
thar Charoux e Luiz Sacilotto.
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Figura 25 - Gestalt 4, de Vasarely. Fonte: Vasarely (1970).
Figura 26 - Movement in Squares, de Bridget Riley. Fonte: Riley (1961).
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Figura 27 - Gestalt 4, de Jesús Rafael Soto. Fonte: Soto (2004).
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 55
A ARTE BARROCA BRASILEIRA ............................................................................................................................. 56
A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 ............................................................................................................. 59
O ABSTRACIONISMO, O CONCRETISMO E A ARTE CONCEITUAL ..................................................................... 62
O MURALISMO MODERNO E A EXPRESSÃO DE RUA ......................................................................................... 70
CONTEXTUALIZAÇÃO DAS
MANIFESTAÇÕES DAS ARTES NO
BRASIL E A INFLUÊNCIA NO 
COTIDIANO DESDOBRAMENTOS
03
PROF.A DRA AUDREY DUARTE
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INTRODUÇÃO
A importância do Brasil no cenário das artes é reconhecida internacionalmente e também 
dentro do território nacional. Ao falarmos assim até parece que é óbvio, mas para que um país 
tenha a sua produção artística reconhecida, é porque ela realmente é relevante.
O artista brasileiro, com todas as influências que recebe em sua formação, torna-se um 
expoente de um peculiar produto artístico pela percepção, sensibilidade e dose cultural que 
imprime em seus trabalhos. Desta forma, nesta Unidade III, vamos tratar de pontuais assuntos 
relacionados à arte no Brasil e aos movimentos artísticos, para que você, aluno, passe a ter 
propriedade da arte do seu país e também do que é fruto de um contexto onde você mesmo 
habita, além das influências que você poderá identificar num determinado contexto artístico ou 
profissional em que esteja e, assim, ter condições de fazer uma análise de todo o cenário aonde 
uma obra, um artista e o movimento artístico esteve ou está inserido.
Assim como na Unidade anterior, queremos que você utilize as seis linhas mestras 
que foram descritas no início da Unidade II (Tema, Técnica, Simbolismo, Espaço e Luz, Estilo 
Histórico e Interpretação Pessoal) para observar uma obra artística Faça uso destas informações 
para ter o melhor aproveitamento possível do conteúdo desta Unidade. Acreditamos que você 
esteja cada vez mais tornando-se um conhecedor do vasto mundo da História da Arte e que a sua 
visão artística está sendo ampliada.
Vejamos quais são os itens que serão tratados nesta unidade: A Arte Barroca Brasileira; 
A Semana de Arte Moderna de 1922; O Abstracionismo, o Concretismo e a Arte Conceitual; 
O Muralismo Moderno e a Expressão de Rua. Fazemos uma sugestão de vídeo para auxiliar no 
entendimento do conteúdo geral da Unidade e, abaixo, sugerimos a leitura de um texto para que 
você, aluno, possa expandir ainda mais seu conhecimento e aplicá-lo de acordo com seu interesse 
e necessidade:
Como foi feito o maior mural de grafitti do 
mundo. Olimpic Channel. Disponível em: 
http://bit.ly/2Q7Hir5
Acesso em 29 jan 2018.
CANTON, Katia. Temas da arte contemporânea. São Paulo: Martins 
Fontes, 2010.
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A ARTE BARROCA BRASILEIRA
BARROCO NO BRASIL
Um estilo que foi dominante durante a maior parte do período colonial.
Foram os missionários católicos que os trouxeram ao Brasil, no início do século XVII, 
principalmente os jesuítas.
• História
Os jesuítas tiveram grande importância, no período do Brasil Colonial, quando 
disseminavam o cristianismo católico na colônia. Eles trouxeram da Europa as influências da 
estética com cunho religioso para aperfeiçoar suas ações missionárias e isto acaba por marcar 
o estilo barroco. Geralmente este estilo, este tipo de criação estava manifestado nas construções 
das igrejas e das imagens religiosas, as quais ampliavam o campo nos centros urbanos do Brasil.
Ao chegar no Brasil as construções de traço barroco chegavam aos olhos de uma população 
mista (alfaiates, ambulantes, indígenas, escravos, funcionários públicos e vadios). Na maioria das 
vezes esta população só conseguia compreender os valores religiosos impostos pela catequese 
com a presença das imagens ricas e complexas em ornamentação, as quais tinham a pretensão de 
reafirmar o caráter sagrado dos santos e dos templos religiosos.
A pedra-sabão, o barro cozido e a madeira policromada ou dourada eram a base da 
fabricação das obras e construções barrocas. Também havia a preocupação na reprodução de 
conteúdos dramáticos com o uso de linhas curvas, construções de grande porte e o uso do 
impacto visual para chamar atenção de quem os apreciava. A religiosidade medieval somada à 
sofisticação da arte renascentista eram a expressão que o barroco buscava exprimir.
 Antônio Francisco Lisboa (escultor), conhecido como Aleijadinho e Manuel da Costa 
Ataíde (pintor) foram os principais representantes desta arte. Na passagem do século XVIII 
para o século XIX tivemos o auge do barroco no Brasil, onde os dois artistas estavam presentes, 
vivenciando o momento e promovendo um estilo próprio que procurava afastar alguns excessos 
que estavam presentes no barroco desenvolvido no Velho Mundo.
É nas obras da arte barroca que percebemos a dinâmica dos elementos que estão 
trabalhados nas obras principais. A tensão entre o medieval e o renascentista é observada na 
combinação de ornamentos sofisticados com imagens austeras. Ao mesmo tempo, em paralelo, 
os itens acessórios tinham valor narrativo e o observador poderia identificar um santo e a sua 
história por meio da chave dos céus que é carregada por São Pedro ou o dragão de São Jorge.
A partir do século XVIII as vilas e as cidades enriqueciam materialmente pordecorrência 
da exploração do ouro e, assim, os artistas eram presentes neste período colonial. Figuras como 
os mulatos e outros que eram marginalizados, em muitos casos, conseguiam alcançar prestígio 
ou formas interessantes de se sustentar em muitos casos.
Assim, vemos interessantes situações históricas ocorrendo pelo próprio desenvolvimento 
da arte barroca no Brasil. Uma das que são mais intrigantes é a formação de um mercado 
consumidor deste tipo de arte – que é de caráter fortemente religioso (as irmandades, as igrejas 
e os particulares eram os principais consumidores das imagens barrocas e das construções 
arquitetônicas). Hoje, o barroco traz em si um grande valor estético e histórico; suas obras 
concentram-se principalmente no interior de Minas Gerais e no Nordeste.
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PRINCIPAIS ARTISTAS
- Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa), escultor (1738-1814): nasceu em Vila Rica, 
atualmente Ouro Preto, em Minas Gerais. Não se sabe muitas coisas sobre sua vida, porém, 
de acordo com a maioria das biografias ele nasceu em 1738. Em torno dos 40 anos o artista 
começa a desenvolver uma doença degenerativa, embora não se saiba com certeza qual a doença 
que o debilitou (muitos historiadores sugerem que tenha sido hanseníase). Aleijadinho pedia 
que amarrasse as ferramentas em seus punhos para conseguir trabalhar, demonstrando grande 
paixão pelo trabalho. Mesmo sofrendo preconceitos em função da sua condição de mestiço, sua 
arte e genialidade o consagraram como grande artista barroco brasileiro. Morreu pobre e doente 
na cidade de Ouro Preto, no dia 18 de novembro de 1814.
- Bento Teixeira - poeta
 
- Gregório de Matos - poeta
 
- Manuel da Costa Ataíde (Mestre Ataíde), pintor (17--, 17--): é considerado a 
principal figura da pintura barroca mineira. Foi contemporâneo de Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, e teve produção artística fecunda e significativa. Não se sabe ao certo quando Ataíde 
começou a pintar. Seu primeiro trabalho conhecido é a encarnação de duas imagens de Cristo 
para o santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo (1781). Dos 
painéis e telas que deixou em 18 igrejas de Minas Gerais, sua obra mais famosa é a pintura do 
teto da igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto - para a qual Aleijadinho fez estuques e 
esculturas -, representando a ascensão da Virgem. Como seus contemporâneos, Ataíde inspirou-
se em estampas e gravuras de missais, mas com imaginação soube enriquecer seus modelos, 
usando recursos oferecidos pelo Barroco: colunas, frontões, volutas, conchas, vasos e flores.
- Eusébio de Matos e Guerra (pintor)
 
- José Joaquim da Rocha (pintor)
 
- Jesuíno do Monte Carmelo (pintor, arquiteto e escultor)
 
- Manuel de Jesus Pinto (pintor)
 
- José Teófilo de Jesus (pintor)
 
- Agostinho de Jesus (escultor)
 
- Francisco das Chagas (escultor)
 • Características
O  Barroco  usava a ideologia da contrarreforma para tentar convencer, converter e 
catequizar o povo através das obras de arte. As criações artísticas tinham objetivo de ensinar 
valores religiosos;
Também tem como característica a contraposição entre teocentrismo e antropocentrismo. 
Ressalta a oposição entre céu e inferno;
Apresenta conflito entre a ética cristã e os valores renascentistas;
Demonstra a incerteza e a fragilidade humanas, se apresentando de forma tumultuosa;
Há presença de riqueza de detalhes, especialmente na pintura, arquitetura e escultura. A 
linguagem usada na literatura é rebuscada;
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Observa-se presença de Cultismo, emprego de palavras rebuscadas, linguagem culta, 
extravagante, com emprego assíduo de figuras de linguagem;
Percebe-se o conceptismo retratado em jogo de ideias, conceitos e retórica. Ocorre na 
prosa;
Demonstra constante divergência e conflito entre corpo e alma;
Apresenta questões conflitantes sobre a passagem do tempo: Questionamento entre 
aproveitar a vida efêmera ou aguardar a plenitude da eternidade.
Figura 1 - Cena do carregamento da cruz, de Aleijadinho. Fonte: Aleijadinho (1799).
Figura 2 - Assunção da Virgem, de Mestre Ataíde. Fonte: Ataíde (1823).
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A presença do barroco é marcante nos Estados de Minas Gerais 
e Bahia. O Barroco Brasileiro está muito presente na arquitetura e 
principalmente no interior das igrejas, onde pinturas e esculturas 
mostram claramente a presença do estilo.
A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922
Por que a Semana de Arte Moderna? Seu objetivo era mostrar as novas tendências 
artísticas que já vigoravam na Europa. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor 
Di Cavalcanti. A Semana ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922.
HISTÓRIA
Durante três dias – entre 13 e 17 de fevereiro – o Teatro Municipal de São Paulo foi 
tomado por sessões literárias e musicais no auditório, além da exposição de artes plásticas no 
saguão, com obras de diversos artistas (pintores, escultores, literatos, arquitetos e intelectuais). 
As manifestações causaram impacto e foram muito mal recebidas pela plateia formada pela elite 
paulista. A Semana de 22 marcou a emergência do Modernismo Brasileiro.
PRINCÍPIOS
A Semana de Arte Moderna teve como principal propósito renovar, transformar o 
contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura 
e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira, 
embora em sintonia com as novas tendências europeias, essa era basicamente a intenção dos 
modernistas. Durante uma semana, a cidade entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração 
de novas linguagens, de experiências artísticas, de uma liberdade criadora sem igual, com o 
consequente rompimento com o passado. Novos conceitos foram difundidos e despontaram 
talentos artísticos.
ARTISTAS PARTICIPANTES
• Artes Plásticas
- Anita Malfatti (pintora)
- Tarsila do Amaral (1886-1973), pintora: foi uma artista plástica brasileira do movimento 
modernista. Junto à Anita Malfatti, ela ficou conhecida como uma das mais importantes pintoras 
da primeira fase do modernismo. E, ao lado dos escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, 
Tarsila inaugurou o movimento denominado “Antropofagia”. Em 1922, ano da Semana da Arte 
Moderna, Tarsila participou do “Salão Oficial dos Artistas da França”. Ao retornar, conheceu o 
escritor modernista Oswald de Andrade, romance que durou de 1926 a 1930.
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Ao lado de Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia, 
eles formaram o Grupo dos Cinco. Essa aliança de artistas visava mudar o cenário histórico-
cultural e artístico do país, bem como trazer à cultura brasileira as influências das vanguardas 
europeias.
De 1934 a 1951, Tarsila estabeleceu um romance com o escritor Luís Martins.
Em 1965, foi submetida a uma cirurgia na coluna, entretanto, devido a um erro médico 
ficou paralítica. No ano seguinte, morre sua filha Dulce. Com 86 anos, Tarsila falece na cidade de 
São Paulo, no dia 17 de janeiro de 1973.
- Di Cavalcanti (pintor) 
- Vicente do Rego Monteiro (pintor) 
- Inácio da Costa Ferreira (pintor) 
- John Graz (pintor) 
- Alberto Martins Ribeiro (pintor) 
- Oswaldo Goeldi (pintor) 
- Victor Brecheret (escultor) 
- Hidelgardo Leão Velloso (escultor) 
- Wilhelm Haarberg (escultor)
 
• Literatura
- Mario de Andrade (escritor) 
- Oswald de Andrade (escritor) 
- Sérgio Milliet (escritor) 
- Plínio Salgado (escritor) 
- Menotti Del Picchia (escritor) 
- Ronald de Carvalho (poeta e político) 
- Álvaro Moreira (escritor) 
- Renato de Almeida (escritor) 
- Guilherme de Almeida (escritor) 
- Ribeiro Couto (escritor)
 
• Música
- Heitor Villa-Lobos(músico) 
- Guiomar Novais (músico) 
- Frutuoso Viana (músico) 
- Ernâni Braga (músico)
 
• Arquitetura
- Antônio Garcia Moya (arquiteto) 
- Georg Przyrembel (arquiteto)
 
• Outras áreas
- Eugênia Álvaro Moreyra (atriz e diretora de teatro)
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A Semana de Arte Moderna não teve grande repercussão, tampouco 
recebeu a devida atenção dos jornais da época, que se limitaram a 
dedicar poucas colunas em suas páginas sobre o evento. Entretan-
to, aos poucos a Semana foi ganhando uma enorme importância 
histórica.
Figura 3 - Abaporu, de Tarsila do Amaral. Fonte: Amaral (1930).
Figura 4 - Os artistas organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Fonte: Varella (2017).
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Figura 5 - Cartaz da Semana de Arte Moderna de 1922. Fonte: Di Cavalcanti (1922).
O ABSTRACIONISMO, O CONCRETISMO E A ARTE 
CONCEITUAL
ABSTRACIONISMO
E se a pintura decidisse não mais mostrar a realidade? Ser somente a pintura em si? O 
Abstracionismo dá o passo para ignorar totalmente a figuração e livrar-se dos vestígios dos temas 
reais.
• História
Na Europa, os artistas continuam a explorar caminhos traçados pelos pintores abstratos 
antes da guerra. Mas a abstração deles não é geométrica: sua pintura não representa nenhuma 
realidade, tampouco procura reproduzir formas precisas, como o quadrado, o círculo ou o 
triângulo. Cada artista inventa sua própria linguagem. Cores, formas, luz e gestos são explorados, 
desenvolvidos e invadem as telas. Preto luminoso, universos radiantes e celestes, transparências 
vibrantes, traços vivos e dinâmicos. Para cada um, uma abstração.
O abstracionismo refere-se às formas de arte não regidas pela figuração e pela imitação 
do mundo. Em acepção específica, o termo liga-se às vanguardas europeias das décadas de 
1910 e 1920, que recusam a representação ilusionista da natureza. A decomposição da figura, 
a simplificação da forma, os novos usos da cor, o descarte da perspectiva e das técnicas de 
modelagem e a rejeição dos jogos convencionais de sombra e luz, aparecem como traços 
recorrentes das diferentes orientações abrigadas sob esse rótulo. Inúmeros movimentos e artistas 
aderem à abstração, que se torna a partir da década de 1930, um dos eixos centrais da produção 
artística no século XX.
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• Principais Artistas
Mundo
- Piet Mondrian (1872-1944): pintor holandês nascido em 7 de março de 1872, em um 
ambiente calvinista. Seu verdadeiro nome era Pieter Cornelis Mondriaan. Resolveu suas grandes 
dificuldades econômicas realizando cópias nos museus e aceitando encomendas de desenho 
industrial. Realiza suas primeiras exposições e maravilha seu professores pelo rigor de sua 
disciplina no trabalho. Com rigidez calvinista dirige o grupo Abstraction-Création, que reúne 
numerosos artistas de vanguarda. Mondrian expõe raramente e vende só a colecionadores bem 
informados. Contudo, o seu nome começa a soar mundialmente nos meios artísticos. Morreu, 
em 1º de fevereiro de 1944, possivelmente feliz, na nova capital da arte presidida pela estátua da 
Liberdade.
- Paul Klee: pintor alemão 
- Kandinsky: pintor russo 
- Robert Delaunay: pintor francês 
- Jorge Oteiza: escultor espanhol 
- Frank Stella: pintor norte-americano 
- Georges Mathieu: pintor francês 
- Kazimir Malevich: pintor russo 
- Henry Moore: escultor inglês 
- Pierre Soulages: escultor francês
Brasileiros
- Iberê Camargo: pintor e gravurista gaúcho. 
- Tomie Othake: pintora e escultora nascida no Japão (naturalizada brasileira). Sua 
carreira artística foi desenvolvida no Brasil. 
- Hélio Oiticica: pintor e escultor carioca. 
- Lygia Clarck: pintora e escultura mineira. 
- Manabu Mabe (1924-1997): pintor, tapeceiro e desenhista nascido no Japão e 
naturalizado brasileiro. De Kobe, Japão, emigra com a família para o Brasil em 1934, para dedicar-
se ao trabalho na lavoura de café no interior do Estado de São Paulo. Interessado em pintura, 
começa a pesquisar, como autodidata, em revistas japonesas e livros sobre arte. Nos anos 1950 
toma parte nas exposições organizadas pelo Grupo Guanabara. Em 1957 vende seu cafezal em 
Lins e muda-se para São Paulo para dedicar-se exclusivamente à pintura. No ano seguinte, recebe 
o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea. Em 1959, é homenageado com o artigo intitulado 
The Year of Manabu Mabe [O ano de Manabu Mabe], publicado na revista Time, em Nova York. 
Conquista prêmio de melhor pintor nacional na 5ª Bienal Internacional de São Paulo e prêmio 
de pintura na 1ª Bienal de Paris.
- Waldemar Cordeiro: artista plástica, designer e paisagista nascido na Itália, com 
nacionalidade brasileira. 
- Ivan Serpa: pintor, desenhista e gravador carioca. 
- Luiz Sacilotto: pintor, desenhista e escultor paulista.
• Características
Embora tenham em comum o idealismo e a mística, há duas principais tendências neste 
movimento: a) a lírica, subjetiva e espiritual, onde o pintor russo Wassily Kandinsky (1886-1944) 
é um dos que melhor a representa; b) a intelectual, da regra, da geometria, onde Piet Mondrian, 
holandês (1872-1944), é que, melhor representa o abstracionismo geométrico.
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Figura 7 - Ohne Titel, de Mondrian. Fonte: Mondrian (1921).
Imagem 6 - Manabu Mabe, 1994, de Manabu Mabe. Fonte: Mabe (1994).
No Brasil, as obras de Manabu Mabe (1924-1997) e Tomie Ohtake 
(1913-2015) aproximam-se do abstracionismo lírico, que tem 
adesão de Cicero Dias (1907-2003) e Antonio Bandeira (1922-1967). 
Nos anos 80, observa-se uma apropriação tardia da obra de Koon-
ing na produção de Jorge Guinle (1947-1987). O pós-minimalismo, 
por sua vez, ressoa em obras de Carlos Fajardo (1941), José Res-
ende (1945) e Ana Maria Tavares (1958). Em termos de abstração 
geométrica, são mencionados os artistas reunidos no movimento 
concreto de São Paulo (Grupo Ruptura) e do Rio de Janeiro (Grupo 
Frente) e no neoconcretismo.
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• Concretismo
Nele, a arte deve concretizar/materializar visualmente os conceitos intelectuais. Para 
que isto ocorra, utiliza as formas geométricas em movimento e cores artificiais, abandonando a 
representação do real e do emocional que ainda dominara a Arte Moderna.
• História
Nos idos de 1930, tornou-se impróprio dizer “arte abstrata”, já que a mesma não abraçava 
representações diversificadas. O movimento concretista encontra os holandeses Piet Mondrian 
e Theo Van Doesburg, que rejeitam a subjetividade e criam uma linguagem plástica universal. 
Max Bill, suíço, seguidor de Doesburg, a partir de 1936, dá continuidade ao Concretismo. Com 
sede na Suíça, o movimento atinge a Alemanha e também a América Latina, chegando na 
Argentina e, depois, no Brasil. O MASP (Museu de Arte de São Paulo), em 1950, organiza uma 
exposição do com obras de arquitetura, escultura e pintura de Max Bill, que foi fundamental para 
o conhecimento da arte concreta em nosso país.
Principais Artistas
- Os precursores do Concretismo
Max Bill (artes plásticas)
Pierre Schaeffer (música)
Vladimir Mayakovsky (poesia)
- Artistas relacionados ao Concretismo
- Theo van Doesburg: pintor e arquiteto holandês.
- Max Bill: pintor, escultor, desenhista, designer e arquiteto suíço.
- Gottfried Honegger: pintor, escultor e designer gráfico suíço.
- Wassily Kandinsky (1866-1944): foi um artista russo, professor da Bauhaus e introdutor 
da abstração no campo das artes visuais. Apesar da origem russa, adquiriu a nacionalidade 
francesa. Em constante contato com os artistas da vanguarda, passa a lecionar na Bauhaus até 
1933 quando a escola é fechada pelo governo nazista. Muda-se para Paris e aí viveu até o fim desua vida. Faleceu em Neuilly-sur-Seine em 1944. Desenvolveu a arte abstrata até o fim de sua 
vida. Junto a Piet Mondrian e Kasimir Malevich, Wassily Kandinsky faz parte do “trio sagrado” 
da abstração, sendo o mais famoso. Kandinsky foi igualmente espiritualmente influenciado por 
Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), o mais importante exponente da Teosofia nos tempos 
modernos. A teoria teosófica solicitou que a criação é uma proporção geométrica, começando 
num único ponto. O aspecto criativo das formas é expressado por uma série descendente de 
círculos, triângulos e quadrados. Os livros de Kandinsky ecoam estes princípios básicos teosóficos.
- Hélio Oiticica
- Décio Pignatari (1927-2012): poeta, ensaísta, tradutor, contista, romancista, dramaturgo 
e professor. Filho de imigrantes italianos, pouco depois do seu nascimento, a família se transfere 
para Osasco, onde Pignatari  mora até os 25 anos. Publica seus primeiros poemas na  Revista 
Brasileira de Poesia, em 1949. No ano seguinte, estreia com o livro de poemas, Carrossel, e, em 
1952, funda o grupo e edita a revista-livro Noigandres, com os amigos, os poetas irmãos Haroldo 
de Campos (1929-2003) e Augusto de Campos (1931). Forma-se em direito pela Universidade 
de São Paulo - USP, em 1953, e em seguida viaja para a Europa, onde permanece por dois anos. 
Com o grupo Noigandres, em 1956, lança oficialmente o movimento de poesia concreta, durante 
a Exposição Nacional de Arte Concreta no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP/SP), que 
é consecutivamente realizada no saguão do Ministério da Educação e Cultura - MEC, no Rio de 
Janeiro. O grupo publica, em 1956, o Plano-piloto para Poesia Concreta, traduzido em diversas 
línguas. 
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Em 1965, ainda com Haroldo e Augusto de Campos, lança o livro  Teoria da Poesia 
Concreta. Além da produção crítica e literária, faz pesquisas na área de semiótica -  em 1969, 
ajuda a fundar L’Association Internationale de Sémiotique - AIS, na França, e participa, em 1975, 
do lançamento da Associação Brasileira de Semiótica - ABS.
• Características
Busca de uma linguagem de comunicação universal;
Integração da arte na produção industrial;
Crença na tecnologia;
Função social (informação para todos, aplicando em todas as áreas da comunicação 
visual o conceito de socializar a boa forma, o design, a tipografia etc.);
Uso de materiais industrializados, produzidos como ferro, alumínio, tinta esmalte etc. no 
suporte e na matéria prima;
Uso de rigor geométrico e matemática;
 
Desenhos feitos com régua e compasso. O gesto humano, os sinais feitos com a mão são 
eliminados;
Seu período mais produtivo foi nos anos 50.
Figura 8 - Fuga, de Kandinski. Fonte: Kandinski (1914).
O marco histórico na Arte Concreta no Brasil é o Grupo Ruptura, 
paulista, que apresenta um manifesto em 1952, Manifesto Ruptura, 
lançado na exposição do MAM de São Paulo, e assinado por: Walde-
mar Cordeiro, artista e porta voz do grupo, Luiz Sacilotto, Lothar 
Charoux, Anatol Wladyslaw, Kazmer Féjer, Leopold Haar e Geraldo 
de Barros. Este grupo queria criar formas novas de princípios novos, 
baseavam-se numa teoria rigorosa.
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Figura 9 - O Concretismo no poema Beba Coca-Cola, de Décio Pignatari. Fonte: Pignatari (1917).
ARTE CONCEITUAL
É aquela que considera o conceito por trás de uma obra artística. 
A partir de 1960, essa forma de encarar a arte espalha-se pelo mundo inteiro, abarcando 
várias manifestações artísticas.
• História
Vanguarda surgida na Europa e nos Estados Unidos no fim da década de 1960 e meados 
dos anos 1970, a Arte Conceitual tem o conceito em si ou a atitude mental como prioridade em 
relação à aparência da obra. O termo “arte conceitual” foi usado por Henry Flynt, em 1961, pela 
primeira vez, em uma das atividades do Grupo Fluxus. Ali o artista defendia que os conceitos 
são a matéria da arte e por isso ela estava vinculada à linguagem. Para a Arte Conceitual o mais 
importante são as ideias; a execução da obra tem pouca relevância e fica para o segundo plano. 
Ainda, caso o projeto venha a ser realizado, ele pode ser construído por outras mãos (não há 
exigência de que a obra seja construída pelas mãos do artista, o trabalho físico pode ser delegado 
a uma pessoa com habilidade técnica específica). O que importa é o conceito elaborado antes de 
sua materialização, a invenção da obra.
• Principais Artistas
• No Mundo
• Marcel Duchamp (1887-1968)
• Joseph Beuys (1921-1986)
• Joseph Kosuth (1945)
• Daniel Buren (1938)
• John Cage (1912-1992)
• Nam June Paik (1932-2006)
• Wolf Vostell (1932-1998)
• Yoko Ono (1933)
• Lawrence Weiner (1942)
• Robert Barry (1936)
• Keith Arnatt (1930-2008)
• Robert Rauschenberg (1925-2008)
• Charlotte Moorman (1933-1991)
• Sol LeWitt (1928-2007)
• Genco Gulan (1969)
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No Brasil
• Cildo Meirelles (1948): artista plástico, inicia seus estudos em arte em 1963, na Fundação 
Cultural do Distrito Federal, em Brasília, orientado pelo ceramista e pintor peruano Barrenechea 
(1921). Começa a realizar desenhos inspirados em máscaras e esculturas africanas. Em 1967, 
transfere-se para o Rio de Janeiro, onde estuda por dois meses na Escola Nacional de Belas Artes 
(Enba). Nesse período, cria a série  Espaços Virtuais: Cantos, com 44 projetos, em que explora 
questões de espaço, desenvolvidas ainda nos trabalhos Volumes Virtuais e Ocupações (ambos de 
1968-1969). É um dos fundadores da Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna do Rio de 
Janeiro (MAM/RJ), em 1969, na qual leciona até 1970. Em algumas obras, explora questões acerca 
de unidades de medida do espaço ou do tempo, como em Pão de Metros (1983) ou Fontes (1992). 
Em 2000, a editora Cosac & Naify lança o livro  Cildo Meireles, originalmente publicado, em 
Londres em 1999, pela Phaidon Press Limited. Recebe, em 2008, o Prêmio Velázquez de Las 
Artes Plásticas, concedido pelo Ministério de Cultura da Espanha. Em 2009, é lançado o longa-
metragem Cildo, sobre sua obra, com direção de Gustavo Moura.
• Artur Barrio (1945): artista luso-brasileiro
• Carlos Fajardo (1941): artista multimídia
• José de Moura Resende Filho (1945): escultor e arquiteto
• Mira Schendel (1919-1988): artista suíça radicada no Brasil
• Antônio José de Barros de Carvalho e Mello Mourão “Tunga” (1952-2016): artista 
performático, escultor e desenhista. De 1969 a 1974 - Cursou a Faculdade de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, aonde deu início à sua carreira 
artística, produzindo desenhos e esculturas. A primeira exposição individual que realizou foi no 
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), em 1974. Na segunda metade da década 
produziu objetos tridimensionais e realizou instalações, nas quais utilizava-se de uma grande 
variedade de materiais (lâmpadas, fios elétricos, materiais isolantes), justapondo-os com rigor 
formal. Sua obra ganhou repercussão internacional, levando-o a expor em importantes espaços 
destinados às artes plásticas na Europa e nas Américas. Em 1997 Roberto Moreira retratou sua 
trajetória no vídeo “Tunga: 100 Redes e Tralhas” e também no livro “Tunga: Barroco de Lírios”, 
lançado pela editora Cosac & Naify, que em 2007 publicou a caixa “Tunga”, que documenta a 
trajetória do artista.
• Waltércio Caldas (1946): artista gráfico, escultor e desenhista
• Características
- Valorização do conceito e da ideia da obra de arte, que se tornam mais importantes do 
que o objeto e sua representação física.
- Uso de diversos meios como, por exemplo, performances, instalações artísticas, vídeos, 
textos e fotografias.
- Forte desenvolvimento da arte ambiental, arte postal e grafite (principalmente em áreas 
públicas).
- Ideal de volta do figurativismo (arte figurativa), valorizandoa forma humana, elementos 
da natureza e objetos criados pelo homem.
- Rompimento com o formalismo artístico.
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Figura 10 - Projeto Coca-Cola, de Cildo Meireles. Fonte: Meireles (1970).
Figura 11 - Tacape, de Tunga. Fonte: Tunga (1987).
Arte conceitual no Brasil e artistas: Vários elementos da arte con-
ceitual chegaram ao Brasil nas décadas de 1970 e 1980. Neste con-
texto, podemos observar estes elementos, principalmente, nas in-
stalações artísticas e obras de arte de Lygia Clarck, Cildo Meireles, 
Iole de Freias, Amilcar de Castro e Hélio Oiticica.
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O MURALISMO MODERNO E A EXPRESSÃO DE RUA
O MURALISMO MODERNO
O Muralismo é uma corrente artística do século XX. É caracterizada pela execução de 
grandes pinturas murais sobre temas populares.
• História
Muralismo também conhecido como pintura mural ou arte mural. É um movimento que 
propicia a proximidade com o público. Isso vai ocorrer na medida em que as obras são vistas nas 
ruas e apresentam teorias abordando os problemas sociais e também temas históricos. 
O papel social da arte muralista é bastante forte, já que há a crítica social em suas obras, 
conforme dito acima. As primeiras manifestações artísticas que poderiam vir a ser o Muralismo 
são as pinturas rupestres, mas o surgimento oficial deste movimento ocorre no México, onde 
o maior representante é Diego Rivera (1886-1957), artista que promoveu a popularidade do 
Muralismo. Suas obras podem ser vistas nos Estados Unidos, na Polônia e na China.
No Brasil
Cândido Portinari (1903-1962) é o artista brasileiro que tem maior representatividade no 
movimento muralista. Porém, é preciso ressaltar que as características de nosso Muralismo são 
bem diferentes do Muralismo Mexicano.
• Principais Artistas
Os três principais mexicanos
- Diego Rivera (1886-1957)
- David Alfaro Siqueiros (1896-1974)
- José Clemente Orozco (1883-1949)
Os brasileiros
- Cândido Portinari (1903-1962): nasceu em Brodoswki, no Estado de São Paulo. Filho 
de imigrantes italianos, de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária. Desde criança, 
manifesta vocação artística. Aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado 
mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1928, 
conquistou o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição 
acadêmica. Foi para Paris (França), onde permaneceu durante todo o ano de 1930. Foi o único 
artista brasileiro a participar da exposição “50 Anos de Arte Moderna”, no Palais des Beaux Arts, 
em Bruxelas (Bélgica), em 1958. Como convidado de honra, expôs 39 obras em sala especial na 
I Bienal de Artes Plásticas da Cidade do México, em 1958. Candido Portinari morreu no dia 6 de 
fevereiro de 1962, quando preparava uma grande exposição de cerca de 200 obras a convite da 
Prefeitura de Milão (Itália), vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava.
- Clóvis Graciano
- Eduardo Kobra (1976): nascido em São Paulo e começou em 1987, junto com a 
segunda geração do grafite sob a influência do hip hop. Suas criações são ricas em detalhes, frutos 
de pesquisas detalhadas. Kobra trabalha em parceria com Márcio Rodrigues Luiz, arquiteto, 
urbanista e especialista em projeto e execução de trabalhos bi e tridimensionais para espaços 
públicos, o qual lhe dá uma visão técnica.
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No Brasil, alguns nomes podem ser inseridos nesta história, ainda no 
século XX, embora sua expressividade tenha se dado mais na arte 
em geral a arte muralista acabou também sendo abordada. Desta-
cam-se João Câmara, Maria Bonomi, Athos Bulcão, Paulo Werneck, 
Roberto Magalhães, Emanoel Araújo, Yataka Toyota, Mário Gruber, 
Rubens Gerchman, Francisco Brennand, Haroldo Barroso, Lula Car-
doso Ayres, João Rossi, Miguel dos Santos e Carybé, entre outros.
• Características
- Usa como suporte as paredes e os painéis permanentes (está sempre ligado à arquitetura);
- Tem proximidade com o público;
- Como as obras costumam ser manifestos com temas políticos, sociais e/ou históricos, o 
papel social que possui é significativo.
• No México
Segundo os pintores do período, a nova arte que surgia no México deveria ser das camadas 
populares, ou seja, o povo teria acesso a essa arte. A influência revolucionária seria expressa em 
grandes murais nos edifícios públicos, que foram a principal tela dessa nova arte. As principais 
representações da nova arte vieram do revivamento da criatividade da antiga cultura mexicana, 
portanto, a sua principal proposta era o “retorno” às origens indígenas.
No Brasil
Além de nossas características serem diferentes do Muralismo Mexicano, conforme 
comentamos anteriormente, é Cândido Portinari quem melhor nos representa, o qual fazia uso 
dos temas sociais em suas obras.
No Brasil, influências do muralismo mexicano podem ser sen-
tidas na obra de Di Cavalcanti (1897-1976), Candido Portinari (1903-
1962). Portinari associa a pesquisa de temas nacionais, com forte 
acento social e político em trabalhos como Mestiço, de 1934, Mulher 
com Criança (1938) e O Lavrador de Café, em 1939. Nas décadas de 
1940 e 1950, o artista realiza diversos projetos para painéis: Cate-
quese dos Índios (1941), para a Library of Congress [Biblioteca do 
Congresso] em Washington D.C., Jangada do Nordeste (1953) e Se-
ringueiro (1954), encomendados pelos Diários Associados.
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Figura 12 - Obra de Portinari, na Igreja da Pampulha, Belo Horizonte (MG). Fonte: Portinari (1946).
Figura 13 - Mural para as olimpíadas Rio 2016, de Eduardo Kobra. Fonte: Kobra (216).
A EXPRESSÃO DE RUA
A Expressão de Rua - também conhecida como Arte de Rua, ou Street Art - refere-se a 
manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se das manifestações de 
caráter institucional ou empresarial, bem como do vandalismo.
• História
A Arte de Rua ou Street Art é a expressão artística voltada a manifestações em espaço 
público, diferentes de eventos de caráter institucional ou empresarial, bem como de vandalismo. 
A street art foi, no começo, um movimento underground, mas com o tempo foi abrangendo várias 
modalidades e constituindo-se como forma do fazer artístico.
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Arte de rua só precisa da rua, não carece de tempo, espaço, movimento cultural nem tão 
pouco de reconhecimento para acontecer. Está nos lugares menos esperados, nos guetos, nos 
lixões, debaixo de pontes, em paredes estragadas e em lugares abandonados. 
Surgiu nos Estados Unidos, na década de 70, mas pesquisadores dizem que ela remonta 
a períodos muito antigos, já que gregos e romanos transmitiam suas mensagens pelas ruas das 
cidades e também tinham muitos artistas praticantes de música, teatro e dança.
No Brasil, a arte de rua surge na década de 70, com o grafite nas paredes de São Paulo, 
mesmo período da Ditadura Militar. Apesar de ser considerada uma arte marginalizada, adquiriu 
posição de destaque no mercado de arte, com diversos artistas de nosso país sendo consagrados 
pelo mundo.
• Principais artistas
- Banski
- Keith Haring
- OSGEMEOS (1974): Gustavo e Otávio Pandolfo sempre trabalharam juntos. Quando 
crianças, nas ruas do tradicional bairro do Cambuci (SP), desenvolveram um modo distinto de 
brincar e se comunicar através da arte. Com o apoio da família e a chegada da cultura Hip Hop 
no Brasil nos anos 80, OSGEMEOS encontraram uma conexão direta com seu universo mágico 
e dinâmico e um modo de se comunicar com o público. Exploravam com dedicação e cuidado 
as diversas técnicas de pintura, desenho e escultura, e tinham asruas como seu lugar de estudo. 
Realizaram inúmeras mostras individuais e coletivas em museus e galerias de diversos países, 
como Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Lituânia e Japão. 
Para entender a obra de OSGEMEOS é necessário deixar que a razão de lugar ao imaginário – 
atravessar portas, se permitir perceber as sutilezas e embarcar numa experiência que excede a 
visual. Sentir, antes, para entender depois.
- Natalia Rak
- Shepard Fairey
- Christina Angelina
- Oakoak
- Clet Abraham
- Eduardo Srur
- Daan Botlek
- Etam Cru
- Joe Lurato
- Filthy Luker
- Levalet
- Dan Bergeron
• Exemplos de Expressão Urbana
Diversas técnicas são utilizadas pelos artistas de rua, embora a intervenção “grafite” seja a 
mais associada ao tema de arte de rua. Segue abaixo alguns exemplos de arte urbana.
Grafite;
Estêncil;
Poemas;
Autocolantes e Colagem;
Cartazes;
Estátuas vivas;
Apresentações teatrais, circenses (individuais ou em grupos);
Instalações.
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Figura 15 - O grafitti de OSGEMEOS. Fonte: Guerra (2014).
Figura 14 - Yarn Bomb, uma forma de arte urbana. Fonte: Bomb (2011).
Existe a proibição de eventos artísticos em locais públicos, mas se-
gundo a Constituição Brasileira, no artigo nº 5, todo cidadão é livre 
para se manifestar artisticamente. Algumas leis existem em algu-
mas cidades. A aprovação do Decreto Nº 52.504 regulamentou as 
manifestações artísticas na cidade de São Paulo, assim como a Lei 
Nº 10.277/11, por meio do Decreto Nº 14.589, regulamenta mani-
festações artísticas em Belo Horizonte (MG).
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 76
A PÓS-MODERNIDADE E A PERSPECTIVA DA ARTE ........................................................................................... 77
REFLEXÕES SOBRE A ATUALIDADE DAS ARTES ................................................................................................. 80
CONSIDERAÇÕES SOBRE FUTUROS MOVIMENTOS ARTÍSTICOS .................................................................... 85
O PAPEL DO ARTISTA NA 
CONTEMPORANEIDADE
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PROF.A DRA AUDREY DUARTE
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INTRODUÇÃO
Um dos critérios que podemos utilizar para analisar a importância que um artista 
possui na sociedade é simplesmente tentar imaginar esta mesma sociedade sem ele. Como se 
comportaria a dinâmica social sem ter consigo a presença daquele que é o responsável natural 
pela arte que é produzida nos dias de hoje? Certamente a permanência e a evolução da arte 
estariam prejudicadas.
O artista contribui para a formação e a percepção das diversas possibilidades de 
manifestações criativas. Ele, no papel do agente que promove a arte, que traduz em si as questões 
emocionais e racionais, que em sua(s) obra(s) apresenta seus manifestos - seja por meio de uma 
pintura, uma gravura, uma escultura, uma música etc. - retém a história da arte em si para que a 
mesma possa avançar por meio de sua expressão.
É fundamental a contemporaneidade para o artista porque é nela que ele encontra também 
importância no meio aonde vive. Ser contemporâneo é uma questão de naturalidade para a arte 
pois ela atravessa os dias e sabemos de sua presença por meio das notícias/informações que 
chegam pelos meios de comunicação.
Lembremo-nos de que a arte é única e exclusivamente expressão e, assim, o contemporâneo 
necessita dessa pulsação, onde o artista expira suas obras e o público inspira a emoção, sendo 
esta uma dose de oxigênio. Vejamos quais são os itens que serão tratados nesta unidade: A pós-
modernidade e a perspectiva da arte; Reflexões sobre a atualidade das artes; Considerações sobre 
futuros movimentos artísticos.
Fazemos uma sugestão de vídeo para auxiliar no entendimento do conteúdo geral da 
Unidade e, abaixo, sugerimos a leitura de um texto para que você, aluno, possa expandir ainda 
mais seu conhecimento e aplicá-lo de acordo com seu interesse e necessidade:
Arte e tecnologia - Expresso Futuro com 
Ronaldo Lemos.
Disponível em: 
http://bit.ly/3aOecEW
Acesso em 29 jan 2018.
PRETTE, Maria. C. Para entender a arte: história, linguagem, época 
e estilo. São Paulo: Globo, 2009.
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A PÓS-MODERNIDADE E A PERSPECTIVA DA ARTE
A palavra  pós-modernidade  é o termo utilizado para referir a imensa gama de 
movimentos culturais, artísticos, filosóficos e literários que surgiram no século passado, mais 
precisamente entre as décadas de 70 e 80, com o claro objetivo de contrastar ao predominante 
movimento da Arte Moderna.
Com a invasão da tecnologia eletrônica nas artes e na sociedade, trazendo as informações 
e serviços com várias simulações frente à realidade, os meios de comunicação passam a satisfazer 
ainda mais a sociedade de consumo que, distanciando-se daqueles desejos que até então a 
alimentavam, passa a querer cada vez mais viver uma realidade que a transforma em algo distante 
de suas raízes (ou de suas verdadeiras e originais necessidades).
Quando o pós-modernismo avança reagindo sobre os conceitos modernistas no campo 
das artes, é a Pop-Art que o expressa ativamente. Ela nasce na Inglaterra, mas ganha força nos 
EUA, mais propriamente em Nova Iorque, brincando com os ícones de consumo que aquela 
sociedade estava, de certa forma, tratando com mais importância do que devia, na visão dos 
artistas. Junto com a dinâmica acelerada que a ampliação da tecnologia trazia aos meios de 
comunicação de massa, o público passava cada vez mais a assimilar a informação e as artes, 
aumentando a interação e sendo mais bem assimilada - até porque passava a tratar, em seu 
conteúdo, de símbolos do próprio cotidiano ao qual o público estava imerso e assim, portanto, 
reconhecíveis. Quando a Pop-Art se estabelece, verifica-se que ela reduz e quase põe fim aos 
códigos estéticos do modernismo que até então eram tratados como superiores na arte. A Pop-
Art valoriza latas de sopa, celebridades, objetos etc. dentro do seu manifesto contra o consumo 
desenfreado.
Assim também vemos as manifestações na Arte Conceitual, proeminente da década 
de 70, chamando atenção para o vazio que o pós-moderno semeou. Vai desmaterializando a 
arte praticamente, dando sumiço aos objetos. Tudo se torna quase supérfluo, pois neste caso 
quem tem mais valor é a ideia em comparação com a obra de arte em si. É o pensamento do 
artista que se traduz no discurso impetrado na obra de arte. É o valor do discurso que traz o 
artista mesmo que esteja registrado em um simples objeto, ou em um esboço. Todo o clima de 
incerteza, a sensação de decadência dos valores humanos, que acaba por ser apresentado na arte 
contemporânea, aquela que constrói suas obras para manifestar a(s) necessidade(s) do artista 
que se sente oprimido por um sistema que reúne uma soma resultante dos poderes políticos e 
econômicos que provocam e modificam a sociedade.
Apesar de toda a desordem, saibamos que ela pode ser fértil para um artista. Permitirá 
o uso de várias técnicas utilizadas nas obras de arte: uso de materiais, suportes e artistas com 
diferentes pensamentos. Assim, constrói-se um sentido, um conceito para impactar o público e 
manter vivo o movimento da arte, que vai se retroalimentando diariamente. E isto fundamenta o 
que podemos considerar o contemporâneo nas artes.
Ao buscar os livros de arte para tentar responder perguntas a respeito do que seria a arte 
contemporânea, encontramos várias colocações que nos levam a uma situação de enxergar a 
arte no universo, a arte como um todo. Constatamos assim que a arte ela é evolutiva, pois ela foi 
gerada no início da civilização humana e atravessou os tempos, nasmais variadas condições – 
boas ou ruins – para estar presente nos dias de hoje.
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 Podemos visualizar numa sequência cronológica natural a arte que é produzida e encontra 
lugar para existir em nossa sociedade. Hoje vemos uma linha do tempo das artes organizada, mas 
lembremo-nos de que os movimentos da sociedade é que a fizeram traçar uma reta, organizando 
a sequência da existência humana, para uma arte que evolui, sem hierarquias. Assim para que 
possamos esclarecer sobre o conceito de contemporaneidade aplicada ao ambiente das artes, 
buscamos as palavras de Andrea Giunta (2014, p.8), em seu livro Cuando empieza el arte 
contemporáneo?:
Contemporâneo, con-tempus, estar com o próprio tempo, mesclados com o 
vértice da mudança, mas buscando percebê-la. Veloz, simultâneo, confuso, 
anacrônico, o tempo vivido não é, definitivamente, homogêneo. O termo 
“contemporâneo”, em princípio, carece de poder ser definido: todo tempo é a 
respeito daqueles que o vivem. No entanto, além da contradição que envolve 
o significado da palavra, existe um relativo consenso em sua utilização para 
denominar a arte do presente (tradução nossa).
Assim, concluímos que o homem é realmente dono do seu tempo. Apropria-se do tempo, 
do território, dos materiais, da história, dos relacionamentos, das informações trocadas etc. 
e converge tudo no sentido de sua existência. O que encontramos nas artes atualmente é 
um resultado do que é acolhido pelo artista, tradutor e manifestante da consciência e da ebulição 
emocional que os fatos trazem em si.
Figura 1 - Exemplo de celebridade retratada na Pop-Art, no caso, Marylin Monroe, ícone do cinema. 
Serigrafia do artista Andy Warhol. Fonte: Warhol (1964).
 
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Figura 2 - Exemplo de produto industrializado e, na época, consumido em larga escala pelos americanos: 
as sopas Campbell’s. Serigrafia de Andy Warhol. Fonte: Demilly (2016, p.64).
Figura 3 - O produto que traduz a ideia/manifesto do artista. “Fonte”, obra de Marcel Duchamp. Fonte: 
Duchamp (1917).
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Dentro do que se estabelece como a união da pós-modernidade e a perspectiva da arte, 
encontramos em Will Gompertz (2015, p.120), um comentário no mínimo peculiar que pode 
nos fazer avançar nas reflexões que fazemos a respeito:
A criatividade, como a sociedade, prospera quando elementos individuais se 
ajustam em um contexto mais amplo e contribuem para melhorá-lo. Ernest 
Hemingway às vezes passava horas construindo uma única frase. Não porque 
estivesse tentando escrever a solitária e perfeita linha de texto, mas porque 
buscava fazer aquela sentença singular ligar-se adequadamente à anterior e 
conduzir à próxima com fluidez - e ao mesmo tempo acrescentar algo à sua 
história. Ele tinha em mente o contexto amplo é o detalhe mínimo.
REFLEXÕES SOBRE A ATUALIDADE DAS ARTES
Em todo os tempos, para todas as sociedades, sempre houve dificuldade em definir o 
que é arte! Hoje, com a evolução tecnológica, há quem diga que estamos passando por um novo 
Renascimento, já que pincéis viraram mouses e telas de tecido viraram telas de retina, ou ambos 
viraram uma câmera para gravar imagens.
Partindo do pressuposto de que vivemos um momento de grandes mudanças relacionadas 
à nossa sociedade, não só nos padrões estéticos, mas também nos padrões econômicos que 
implicam no acesso à cultura e ao seu próprio desenvolvimento. Sim, existem países que têm 
sérios dificuldades para evoluir culturalmente; são países aonde a informação ainda tem várias 
problemáticas para chegar até a população e que estão submetidos a um jogo de interesses 
políticos e econômicos.
Devemos considerar que a arte, além de ser ampla e híbrida, possui diferentes intensidades 
e é imbuída de informações decorrentes do vasto universo de interações às quais estamos 
sujeitos todos os dias parcial ou integralmente. Existem várias formas de considerarmos a arte 
na atualidade, mas gostaríamos de partir de dois elementos principais aos quais ela está ligada: 
o emissor e o receptor. Sim, vamos recorrer ao processo da comunicação para que possamos 
estabelecer uma linha de raciocínio para este momento.
Figura 4 - O processo da comunicação. Fonte: Science Blogs Brasil, 2014.
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Pelo processo da comunicação sabemos que a mensagem trafega entre dois polos: o 
emissor e o receptor. Se considerarmos que o emissor é o artista e que o receptor é o seu público, 
a mensagem em si é então a obra de arte. A partir do momento em que este emissor está sofrendo 
as mudanças sociais, e a arte é uma maneira de expressão, de manifestação, consideremos então 
que ele está genrando mensagens e alimentando o processo da comunicação social por meio de 
sua obra de arte - a qual é resultado de um contexto social atual. Straubhaar e LaRose demonstram 
em uma imagem – vide a seguir – a divisão da sociedade nas suas três grandes eras: a Era da 
Agricultura, a Era Industrial e a atual Era da Informação.
Figura 5 - Estágios básicos do desenvolvimento econômico e da comunicação. Fonte: Straubhaar e Larose 
(2004, p.27).
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Bombardeado por uma avalanche de informações cotidianas, principalmente o artista 
que tem sua obra acessível nos meios de comunicação e pode acessar ao seu público pelos mesmos 
caminhos, é capaz de produzir e reproduzir obras artísticas imbuído de todas informações 
que cheguem a ele. Isso não significa, obviamente, que a sua obra esteja cheia de informações. 
Lembramo-nos de que o discurso do artista, principalmente na arte contemporânea, comumente 
apresenta o vazio, centrando apresentação de suas obras no conceito, numa ideia e não no objeto 
em si.
Figura 6 - O artista Henrique Kalckmann, que usa as imagens das ruas para que sirvam de suporte para 
uma proposta plástica, reflexo de sensações. Fonte: Kalkmann (2018).
Sendo assim é interessante analisar o contraditório da arte atual, pois enquanto o artista 
e a sociedade estão lotados de informação, é na obra de arte que parece estar o silêncio. Assim, 
numa leitura sociocultural consideramos que esse artista, o emissor das mensagens, está em 
franca ebulição, trabalhando com seu raciocínio e emoção, despertando a sua sensibilidade a 
cada interatividade da tecnologia, e usufruindo de espaços que respeitosamente a sociedade 
oferece para que ele para expor as suas obras.
Figura 7 - Intervenção urbana, de Oakoak. Fonte: Oakoak (2015).
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Figura 8 - Obra de Nino Cais. Fonte: Cais (2006).
Diferente do que era a Mona Lisa de Leonardo da Vinci, hoje temos as suas reproduções 
em manifestos atuais, como de Vic Muniz no qual a Mona Lisa é reproduzida em pasta de 
amendoim e geleia, ou em várias transformações que a mesma está submetida.
Figura 9 - Mona Lisa (geleia e pasta de amendoim), de Vic Muniz. Fonte: Muniz (1999).
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Figura 10 - Exemplos de transformações da Mona Lisa. Fontes : 1) Blue Bus (2013); 2) Ucart100 (2018).
Tudo nos oferece uma reflexão para a sociedade e a arte atual: muitas informações 
em trânsito + repertório baseado na história da arte + o avanço natural ao que nos permite à 
sociedade. Para o “emissor/artista” é o que temos? Ou é o sempre tivemos? Eis uma reflexão a 
fazer, pois sendo artista emissor de seus discursos artísticos, torna-se fundamental para que a 
arte se atualize na sociedade já que ele é como se uma “antena” que capta tudo o que ocorre na 
sociedadee reverbera manifestando suas ideias e conceitos a respeito do ambiente, do mundo 
em que vive.
Falando a respeito do receptor, julguemos o público pelo seu principal equipamento de 
recepção: os olhos. Intermediários visuais (do objeto visto ao nosso cérebro), os olhos passeiam 
por telas iluminadas, recepcionando a maior parte das imagens que vê e assiste por meio dos 
computadores, da televisão, dos aparelhos celulares. Alguns podem pensar que o público 
é passivo, talvez preguiçoso, que possa acomodar-se por ter acesso a obras de arte através da 
internet. Engana-se quem pensa assim pois é um público que também se desloca para ir até 
museus ou para participar de manifestações artísticas que estão acontecendo.
As pouco as capacidades de percepção estão todas à disposição, pois existe neste público a 
predisposição ao conhecimento, à visitação, a participação da manifestação cultural que o artista 
antes propôs. Sendo assim sabemos que o número de visitantes no museu hoje em comparação aos 
visitantes em museus em anos anteriores é superior, apesar de haver um número desproporcional 
de museus divididos por região do país.
Hoje, principalmente em nosso país, muito acreditariam que as pessoas não sairiam de 
seus lares ficariam apenas expostas ao que a internet vem até a trazer, mas diferente disso o 
que vemos, comprovado por pesquisas é que o público se dirige aos ambientes aonde está o 
evento cultural (vídeos no YouTube, fotos no Instagram, posts no Facebook etc.). Assim podemos 
considerar que o público vai aonde a arte está disponível.
De alguma forma, de acordo com o seu nível de conhecimento, atenção, percepção, esse 
público interage com as obras de arte. Está, portanto, feto o processo da comunicação, está feito o 
processo artístico aonde o artista atinge o seu objetivo – parcial ou integralmente - de comunicar 
suas ideias, mesmo que esteja exposto a reações que ele pode não ter controle, mas sabe que de 
alguma forma a provocação, a interação, o discurso de sua obra foi feito ao espectador.
A atualidade da arte se faz em um ambiente, o qual possui o artista e o seu público: é a 
realização do que antes vinha acontecendo durante toda a história da arte com a ampliação dos 
meios pelos quais ela se comunica. Isto é a atualidade da arte que continua a afirmar: uma obra 
exposta, é uma obra vista.
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Figura 11 - Visitantes do MASP (Museu de Arte de São Paulo). Fonte: Oficina Pequeno Pintor, 2014.
CONSIDERAÇÕES SOBRE FUTUROS MOVIMENTOS 
ARTÍSTICOS
Para iniciarmos este tópico, é fundamental que antes analisemos o que é considerado um 
movimento artístico. Não é possível que nós apenas caracterizaremos alguns itens para que ele 
possa ser identificado, pois para toda regra existe uma exceção. Um movimento artístico caminha 
além da questão da estética porque ele se trata de uma reação política, uma ideologia que é capaz 
de permanecer influenciando artistas e pessoas, as quais simpatizam com ele ou não, mesmo após 
o seu fim.
Podemos ver que um movimento artístico é híbrido porque contextualiza um cenário 
aonde vivem os criadores daquele movimento e aqueles que ali participam; a história da arte está 
aí para comprovar.
Nas artes, um movimento artístico é datado desde o seu princípio até quando um outro 
movimento se inicia e, como podemos ver ao pesquisar os movimentos que existiram e existem, 
identificamos que são resultados do seu tempo.
Recheado por mudanças significativas na história que afetaram a política, a economia, 
enfim, a sociedade como um todo, o século XX foi aquele onde as diferenças entre os ricos e 
os pobres ficou acentuada e com a grande força da sociedade de consumo, vinda com o pós-
guerra – lembremo-nos dos movimentos sindicais reagindo ao capitalismo - tivemos uma série 
de acontecimentos que foram cheios de teor, contradições, influências sobre os artistas.
Ora, são estas as condições consideradas um terreno fértil para que no campo das artes 
sejam feitos manifestos. Todos os movimentos e as tendências artísticas que vemos abaixo, as 
quais estão elencadas como os principais movimentos artísticos do século XX, apresentam em 
seu fundamento a complexidade na qual a sociedade está instalada e confirma que todos eles são 
contemporâneos à sua época.
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Os 8 Principais Movimentos Artísticos do Século XX
Expressionismo;
Fauvismo;
Cubismo;
Futurismo;
Abstracionismo;
Dadaísmo;
Surrealismo;
Pop Art.
Uma questão de cunho relevante a refletirmos é aonde estes movimentos encontram 
espaços? Como os movimentos eles são “desenhados” nós já vimos anteriormente, porém, analisar 
sobre uma certa “aceitação”, mesmo com resistência no início, mas, depois, com a existência 
de um novo movimento já constatada, é questão bastante interessante pois considera-se que a 
sociedade se alimenta do que produz e, portanto, a arte é fruto daquilo que a gerou. Vejamos as 
palavras de Demilly (2016) a respeito dos limites artísticos:
Tudo é permitido! No início do século XX, os entraves e limites artísticos 
são rígidos: ir contra eles não é fácil. Para acusar o academismo, a harmonia 
clássica, a maneira tradicional de representar o mundo, é preciso, sem dúvida, 
que as pessoas se unam. Não se faz uma revolução sozinho. Mas foram tantos 
os caminhos abertos que, naquele momento, tudo parece ser possível! Cabe a 
cada um achar o seu próprio caminho. Desde os anos 60, artistas continuaram, 
entretanto, a formar grupos para reagir melhor à arte em vigor, à sociedade em 
que vivem. Cada época provoca suas vontades, suas reações… Ideias pairam no 
ar e, no mesmo momento, artistas apoderam-se delas para criar, sozinhos ou 
em grupo, visões singulares. A arte está em perpétuo movimento: as pessoas 
inspiram-se naquilo que veio antes delas: admiram, rejeitam ou menosprezam, 
criam novas formas, novos procedimentos que, por sua vez, irão inspirar, serão 
admirados, rejeitados ou menosprezados… A arte parece não ter mais nada a 
ver com a arte do passado. No entanto, permanece a vontade de criar formas que 
provoquem reações, suscitem emoções, façam refletir e nos levem a ver o mundo 
de uma maneira diferente (DEMILLY, 2016, p.81).
A seguir, temos três formas diferentes de representação artística. Vejamos o quanto são 
diferentes entre si e o quanto o discurso é impactante. Desde o museu sob as águas do mar em 
Cancun, como os novos nomes de expoentes artistas como o inglês Damien Hirst e Banksy, 
alcançando o status de ídolos pop com obras atraentes e provocadoras, vemos que obras e ideias 
que estão mudando radicalmente a nossa maneira de entender o que é arte.
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Figura 12 - Museu Subaquático de Arte (MUSA), em Cancun. Fonte: Caires (2012).
Figura 13 - Intervenção urbana de Banski. Fonte: Banski (2012).
Figura 14 - Obra de Damien Hirst. Fonte: Hirst (1991).
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Talvez uma forma de olharmos para o futuro da arte deva ser através de uma pergunta 
apenas, uma pergunta simples, mas de grande profundidade: o que a arte do futuro deve ser? 
Muitos talvez tenham respostas voltadas para o lado da tecnologia, imaginando que tudo será 
exposto em painéis eletrônicos, com movimentos vertiginosos, onde as imagens irão tentar se 
comunicar com uma multidão de pessoas que, frenéticas, andam de um lado para outro. Galerias 
de arte a céu aberto, instalações das mais diferentes maneiras de impactar os cidadãos, a busca da 
atenção de qualquer pessoa a qualquer custo!
Algumas áreas das artes têm dinâmicas diferentes, assim como ocorreu com a música 
erudita que de certa forma reduziu a velocidade de sua dinâmica, de seu avanço no tempo. 
Diferente dela, a música pop não para de acrescentarritmos diferentes onde, ainda, vemos a 
fusão de vários gêneros de forma inédita.
Todas as vezes que nos debruçamos para orar para o futuro, vemos que as crises 
de identidade e a não permissão de seguir caminhos antes já traçados e percorridos pelos 
movimentos artísticos, não são suficientes para nos dizer o que pode vir a seguir. O que nós 
podemos considerar é que todos os gadgets tecnológicos talvez não sejam os mais usados pelos 
artistas da atualidade.
Então, onde podemos ver que qual é realmente a melhor maneira do ser humano expressar 
os seus movimentos? Dotado de inteligência, sensibilidade, e talento, o ser humano vê que dentre 
todas as ocorrências que já foram vistas na História da Arte, o olhar para o futuro tem no homem 
o seu principal instrumento, a sua bússola, a lente que enxerga de forma peculiar.
Com o uso de suas mãos e de sua mente o homem artista pode escolher entre um pincel 
e uma ferramenta digital. Temos um futuro a ser escrito e que naturalmente o homem, como já 
dissemos, tem a sua disposição tanto a naturalidade como a artificialidade. Temos nos artistas 
o encontro do discurso ideal para refletir qual é o caminho certo para acomodar os nossos 
sentimentos e alertar-nos sobre os rumos que estamos seguindo. Lembremo-nos: o homem ainda 
é a ferramenta mais sofisticada que temos à disposição, uma criação divina.
 
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ENSINO A DISTÂNCIA
REFERÊNCIAS
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