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71 
 
Isso contribui para que o educador esteja constantemente analisando a sua 
própria atuação e buscando soluções para os problemas apresentados, em parceria 
com os demais envolvidos. 
7 O COTIDIANO ESCOLAR E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 
É de extrema importância que as atividades pedagógicas estejam 
organizadas e fundamentadas dentro da rotina do professor. Seguindo essa 
concepção, a organização do cotidiano escolar é um aspecto que demanda 
planejamento, discussões e embasamento teórico e prático para subsidiar o trabalho 
docente. (LIBÂNEO,1994). 
 
 
Fonte de: www.saofranciscodoconde.ba.gov.br 
 
O cotidiano das ações do professor serve para planejar, orientar e propor 
atividades diárias que estejam pautadas no propósito da significação da 
aprendizagem e da implementação da autonomia, e na problematização de 
situações que levem o aluno a refletir, questionar e dialogar. 
7.1 O cotidiano escolar para além da sala de aula e do espaço físico 
Um dos papéis da escola é desenvolver a autonomia de seus alunos, 
prepará-los para o futuro e promover vivências, práticas e conhecimentos 
 
72 
 
diversificados. O professor, seguindo essa concepção, também contribui para esse 
importante trabalho, visto que é encarregado de educar para a vida em sociedade, a 
fim de que o aluno se torne uma pessoa crítica, reflexiva, consciente e responsável 
pela transformação da realidade em que está inserido. 
Além disso, é importante que o professor ofereça subsídios aos alunos, 
demonstrando comprometimento e interesse com as questões sobre aprendizagem 
e conscientizando-se sobre o papel que exerce. É fundamental também que ele vise 
ao empenho, contentamento e à participação dos educandos, a partir de 
conhecimentos construídos diariamente no decorrer do processo de ensino. Alarcão 
(1996, p. 177) destaca: 
Ser professor implica saber quem sou, as razões pelas quais faço o que 
faço e consciencializar-me do lugar que ocupo na sociedade. Numa 
perspectiva de promoção do estatuto da profissão docente, os professores 
têm de ser agentes ativos do seu próprio desenvolvimento e do 
funcionamento das escolas como organização ao serviço do grande projeto 
social que é a formação dos educandos. 
 Nesse sentido, é importante pensar na formação de seres humanos críticos, 
pensantes, criativos e que também saibam utilizar a memória como base da 
criatividade, a partir da mediação da aprendizagem e da promoção de aulas voltadas 
para a participação, o pensamento, o diálogo, o comprometimento, o empenho e os 
saberes dos educandos. Colocam-se assim alguns questionamentos: afinal, todo 
esse trabalho acontece somente dentro da sala de aula? Ele está reservado apenas 
a esse ambiente? Como se dá a relação de aprendizagem quando é proposto algo 
que transcende o espaço físico de uma sala? 
Buscando responder essas questões, é importante pensar que o espaço da 
sala de aula acolhe inúmeras realidades, vivências, experiências e conhecimentos. 
Consequentemente, é um cenário em que variadas configurações de docência são 
exercidas. Essa diversidade pressupõe um diálogo entre teoria e prática, bem como 
entre a dimensão interna e externa da docência, no que se refere a o que, a quem e 
para que ensinar. 
Partindo desse pressuposto, a docência no cotidiano escolar transcende os 
limites da sala de aula, revelando outros espaços importantes que são pro motores 
de ensino e aprendizagem. Tais espaços contribuem para que sejam 
 
73 
 
proporcionadas novas experiências, saberes, pensamentos e possibilidades de 
crescimento e discussão. 
Libâneo (1994) destaca que o processo de ensino não deve ser restrito ao 
espaço da sala de aula. O autor ainda acrescenta que: 
[...] o trabalho docente é uma das modalidades específicas da prática 
educativa mais ampla que ocorre na sociedade. Para compreendermos a 
importância do ensino na formação humana é preciso considerá-lo no 
conjunto das tarefas educativas exigidas pela vida em sociedade 
(LIBÂNEO, 1994, p. 15). 
Nesse sentido, é possível afirmar que, além dos conteúdos escolares 
propostos pelos planos de estudo das escolas e mantenedoras, é importante que o 
professor contemple em seu planejamento conhecimentos, saberes e discussões 
relacionados à vida em sociedade, visto que os alunos estão inseridos nesse 
contexto e precisam estar preparados para enfrentar, dialogar e refletir sobre as 
questões que norteiam o seu cotidiano. 
Para isso, é necessário que o professor crie condições de estudo, bem como 
selecione e reorganize os conteúdos de maneira que sejam oportunizadas práticas 
educativas pautadas nas exigências da vida social, e que vão além do espaço da 
sala de aula. Saviani (2011) considera que a educação vai além dos muros da 
escola, partindo da premissa de que o “saber sistematizado” deve ser trabalhado 
dentro das escolas, como um conhecimento mais elevado do cotidiano. 
 
 
Fonte de: www.somospar.com.br 
 
74 
 
Moacir Gadotti (2006, documento on-line), em seu artigo A escola na cidade 
que educa, fala a respeito da cidade educadora, conceito que se consolidou no 
início da década de 1990, em Barcelona (Espanha) e dispõe, a partir da aprovação 
de uma carta no Congresso Internacional das Cidades Educadoras, alguns 
princípios básicos que caracterizam uma cidade que educa. Basicamente “[...] é a 
cidade, como espaço de cultura, educando a escola e todos que circulam em seus 
espaços, e a escola, como palco de espetáculo da vida, educando a cidade numa 
troca de saberes e de competências” (GADOTTI, 2006, p. 134, documento on-line). 
A escola, numa perspectiva transformadora, tem como papel: 
[...] contribuir para criar as condições que viabilizem a cidadania, por meio 
da socialização da informação, da discussão, da transparência, gerando 
uma nova mentalidade, uma nova cultura, em relação ao caráter público do 
espaço da cidade (GADOTTI, 2006, p. 138, documento on-line). 
Além disso, Libâneo (2001, documento on-line) afirma que é papel da escola 
e do professor criar condições favoráveis de estudo, que tornem o aluno sujeito ativo 
de sua própria aprendizagem. 
Outra questão importante é compreender que os alunos são parte integrante 
do processo de ensino e aprendizagem. Assim, além de transmitir conhecimentos e 
conteúdos, cabe ao professor mediar e propor discussões, desafios e problemáticas 
que sejam significativas, propícias e pertinentes ao cotidiano da escola, da turma e 
dos estudantes. Libâneo (2011, p. 8, documento on-line) acrescenta: 
O professor põe-se como mediador entre o aluno e os objetos de estudo, 
enquanto os alunos estabelecem com o conhecimento uma relação de 
estudo. A par disso, professores e alunos estão implicados numa relação 
social que se materializa na sala de aula, mas, também, na dinâmica das 
relações internas que ocorre na escola em suas práticas organizativas. 
Para que essas relações sejam pertinentes e produtivas, é fundamental que o 
professor diversifique a rotina escolar a partir de saídas de campo, visitas e 
pesquisas, além de propor atividades que possam ser desenvolvidas em outros 
espaços da escola. Um exemplo são as aulas realizadas em bibliotecas, laboratórios 
de informática, brinquedotecas, entre outros. 
Contudo, é importante destacar que muitas escolas não possuem recursos 
materiais e espaços físicos para oferecer um trabalho diversificado aos alunos, 
dificultando assim a prática docente e a forma como o professor vai planejar as suas 
 
75 
 
aulas. Diante de tais apontamentos, o seu papel é ainda maior, pois ele precisa 
mediar as relações sociais, os conteúdos e as necessidades da turma a partir de um 
cenário que muitas vezes não é favorável para tal. 
Mesmo diante dessas dificuldades, promover atividades no ambiente externo 
à sala ainda é uma forma de fazer com que o aluno vivencie o que aprendeu em 
aula, de maneira que ele faça ligações e relações ao conteúdo e à teoria. Assim,ele 
vivencia, experimenta e aprofunda o que foi aprendido em sala de aula, o que 
contribui para que seja autor de seu próprio conhecimento. (TARDIF, 2012). 
Essa proposta que ultrapassa os limites da sala de aula estimula o 
aprendizado, a vivência em grupo e a descoberta de saberes e experiências ainda 
não vivenciados. Além disso, o professor, ao planejar a sua prática, deve também 
partir de situações cotidianas, adaptando-as aos conteúdos que precisam ser 
trabalhados e aos contextos em que estão inseridos. 
 
 
Fonte de: www.sinepe-rs.org.br 
 
Pereira (2015, documento on-line) complementa dizendo que o grande 
desafio é motivar com criatividade, de maneira que a escola não seja vista como um 
espelho fixo de conteúdos direcionados a uma sociedade previsível e distante. Em 
vez disso, é importante que esteja aberta às mudanças, seja representada pelas 
figuras do professor e do aluno e tenha como base o comprometimento e a reflexão 
entre teoria e prática no cotidiano escolar. Tardif (2012, p. 128) aponta: 
 
76 
 
Os professores não buscam somente realizar objetivos; eles atuam, 
também, sobre um objeto. O objeto do trabalho dos professores são seres 
humanos individualizados e socializados ao mesmo tempo. As relações que 
eles estabelecem com seu objeto de trabalho são, portanto, relações 
humanas, relações individuais e sociais ao mesmo tempo. 
Nesse sentido, embora os professores trabalhem com grupos sociais, é a 
partir do trabalho com os indivíduos e das diferenças existentes entre eles que a 
aula vai se delineando, ganhando riqueza e significado. Dessa maneira, o 
profissional do ensino constrói o seu próprio espaço pedagógico de trabalho e 
resolve de forma cotidiana as situações que lhe são postas, apoiado a partir de uma 
visão de mundo, de homem e de sociedade (TARDIF, 2012). 
7.2 Os elementos constitutivos da aula e suas relações 
A forma pela qual o processo de ensino-aprendizagem é organizado e 
sistematizado passa pelo planejamento de uma aula. É por meio dela que o 
professor poderá propor e trabalhar com diferentes conteúdos, metodologias e 
recursos que promovam a interação e a construção de novos conhecimentos, com 
vistas ao protagonismo estudantil e à implementação de uma postura crítica 
reflexiva, inerente à formação humana. 
Contudo, para que a aula assuma o papel de interação mútua, propício à 
construção do pensamento crítico e reflexivo e ao desenvolvimento de novos 
saberes e habilidades, é fundamental que sejam proporcionados espaços de 
questionamentos, indagações e investigações, cuja proposta principal seja a 
constante busca dos alunos enquanto sujeitos ativos, autônomos e pesquisadores. 
Nesse contexto, existem alguns elementos constitutivos da aula que são 
importantes e devem ser levados em consideração antes de se pensar em 
atividades, conteúdos e propostas de trabalho, por estarem relacionados entre si e 
contribuírem para uma aprendizagem mais significativa. Entre eles, destacam-se a 
ação docente, tendo o professor como mediador, interlocutor e promotor do diálogo; 
o aluno como parte integrante do contexto e responsável por buscar novos saberes; 
o processo de construção do conhecimento e como se dá a relação entre o ensino e 
a aprendizagem; o planejamento da prática, que permite delinear e nortear os 
caminhos para se alcançar a aprendizagem que se deseja; os recursos didáticos 
que serão utilizados durante todo o andamento do trabalho. 
 
77 
 
Para especificar melhor cada um desses itens, é importante pensar que todos 
eles, em suas especificidades, trabalham de forma integrada e conjunta, visto que 
precisam estar interligados para garantir uma educação que esteja pautada na 
formação integral do sujeito. Nesse sentido, para compreender melhor os elementos 
constitutivos da aula, vale explicitar a importância de cada um deles no decorrer do 
processo educativo, a partir de exemplos que nortearão as discussões acerca dessa 
temática. 
Quando remetemos o nosso pensamento à escola ou às áreas da educação, 
logo vem à nossa mente a ação do professor. Esse sujeito, conforme afirma Alarcão 
(1996), sem dúvida desempenha um papel de extrema importância na produção e 
estruturação do conhecimento pedagógico, visto que é ele o responsável por 
contribuir para a formação de um cidadão mais humano, crítico e consciente. 
Vasconcellos (2006) complementa dizendo que a atuação do educador contribui 
para provocar, desequilibrar e estimular um grupo, no sentido de que este rompe o 
seu estágio cognitivo, tornando-o aberto e sensível aos fatos da realidade que 
precisa compreender e na qual deve intervir. Além disso, Freire (1996, p. 42) 
ressalta: “[...] a prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o 
movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer”. 
O professor, nesse contexto, tem a oportunidade de proporcionar momentos 
de reflexão, construção e participação de todos. Ele é um mediador e facilitador do 
processo de ensino-aprendizagem, oportunizando a construção de conhecimentos 
significativos, preparando os alunos para a vida em sociedade e auxiliando-os a se 
tornarem cidadãos conscientes de suas responsabilidades. 
Nessa perspectiva, o educador deixa de ser informante do saber e assume 
papel de mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento, fazendo com que os 
estudantes reflitam e explorem as suas ideias. Reforça-se assim a consciência 
crítica em relação a tudo o que é desenvolvido em sala de aula. 
Por meio desse trabalho orientado pelo professor mediador, cabe refletir 
sobre outro importante elemento constitutivo da aula: o aluno. Toda a ação do 
educador, e da escola como um todo, gira em torno desses sujeitos, bem como das 
estratégias que serão oportunizadas para se alcançar uma educação de qualidade, 
visando a ampliação dos conhecimentos que vão além dos conteúdos escolares. 
Libâneo (1994, p. 65) reafirma que “[...] o centro da atividade escolar não é o 
 
78 
 
professor nem a matéria, é o aluno ativo e investigador. O professor incentiva, 
orienta e organiza situações de aprendizagem, adequando-as às capacidades de 
características individuais dos alunos”. 
 
 
Fonte de: www.novaescola.org.br 
 
Para que tal proposta seja fundamentada, é preciso integrar o aluno nessa 
construção, propondo um ensino pautado na autonomia, no diálogo e na criticidade. 
A partir dessa relação recíproca entre professor e aluno, muitas possibilidades de 
trabalho podem ser fundamentadas, visto que o educando é estimulado e instigado a 
refletir sobre as suas ações cotidianas, visando a um pensamento reflexivo acerca 
do contexto em que está inserido. Alarcão (1996, p. 181) afirma: “O pensamento 
reflexivo é uma capacidade. Como tal, não desabrocha espontaneamente, mas pode 
desenvolver-se. Para isso, tem de ser cultivado e requer condições favoráveis para o 
seu desabrochar”. 
Nesse sentido, é por meio dos conhecimentos construídos no decorrer do 
processo escolar que os alunos se tornarão capazes de exercer o seu pensamento 
reflexivo e saberão distinguir melhor o seu papel na sociedade, lutando pelos seus 
direitos e conquistando diferentes espaços. Freire (1996, p. 35) destaca: 
A curiosidade como inquietação indagadora, como inclinação ao 
desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de 
esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta faz parte 
integrante do fenômeno vital. Não haveria criatividade sem a curiosidade 
que nos move e que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo 
que não fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos. 
 
79 
 
Quando a relação recíproca entre professor e aluno está bem fundamentada, 
é possível garantir que os conhecimentos sejam construídos, ampliando a relação 
entre o ensino e a aprendizagem, elemento que também faz parte da aula e que 
caminha ao encontro da proposta da educação de qualidade. É possívelafirmar que 
os conhecimentos são construídos a partir do momento em que há o diálogo entre 
os conteúdos formais e as vivências, histórias e individualidades que cada estudante 
possui. 
Freire (1996) complementa essa ideia dizendo que os professores devem 
respeitar os saberes que os educandos trazem à escola e discutir com eles a razão 
de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos. 
Cabe lembrar que o ato de ensinar não ocorre de forma mecânica e estanque. 
Pelo contrário, ele deve ser constantemente revisto, avaliado, aprofundado e 
pensado, como forma de buscar uma aprendizagem efetiva. 
Nesse sentido, Libâneo (1994, p. 81) destaca: “[...] ensino e aprendizagem 
são duas facetas de um mesmo processo. O professor planeja, dirige e controla o 
processo de ensino, tendo em vista estimular e suscitar a atividade própria dos 
alunos para a aprendizagem”. 
A aprendizagem pode ser desenvolvida a partir de qualquer atividade que 
uma pessoa possa estar praticando ou vivendo. Voltando esses saberes ao 
ambiente escolar, pode-se afirmar, de acordo com Libâneo (1994, p. 83), que a 
aprendizagem: 
[...] é um processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos 
de ação física e mental, organizados e orientados no processo de ensino. 
Os resultados da aprendizagem se manifestam em modificações na 
atividade externa e interna do sujeito, nas suas relações com o ambiente 
físico e social. 
A aprendizagem escolar, assim, não é algo casual e espontâneo, e sim uma 
atividade planejada e dirigida, carregada de intencionalidades. Trata-se de um 
processo gradativo em que o conhecimento é construído a partir da mediação da 
relação cognitiva entre o aluno, as matérias de estudo e a experiência sociocultural 
concreta que os estudantes trazem do seu meio social (LIBÂNEO, 1994). 
Freire (1996, p. 98) destaca que “[...] o exercício da curiosidade convoca a 
imaginação, a intuição, as emoções, a capacidade de conjecturar, de comparar, na 
busca da perfilização do objeto ou do achado de sua razão de ser”. 
 
80 
 
Já o ensino, de acordo com Libâneo (1994, p. 89) “[...] é uma combinação 
adequada entre a condução do processo de ensino pelo professor e a assimilação 
ativa como atividade autônoma e independente do aluno”. Logo, esse autor afirma 
que o ensino é uma atividade mediada para que os alunos se tornem sujeitos ativos 
na assimilação de conhecimentos, a fim de desenvolver a preparação para a vida 
social (LIBÂNEO, 1994). 
No entanto, o ensino não pode ser visto como algo estanque. Freire (1996) 
parte do termo “inacabamento do ser humano” para expressar que estamos em 
constante aprendizado, e que os saberes acontecem em todas as situações nas 
quais o sujeito está inserido. O mesmo autor complementa: “É na inconclusão do 
ser, que se sabe como tal, que se funda a educação como processo permanente. 
Mulheres e homens se tornaram educáveis na medida em que se reconhecem 
inacabados” (FREIRE, 1996, p. 64). 
Nesse contexto, se pensarmos de que forma é possível impulsionar o 
processo de ensino e aprendizagem dos alunos, voltamos para o próximo elemento 
constitutivo da aula: o planejamento. O planejamento diário é necessário para a 
prática de um educador, pois é por meio da sua organização, juntamente com 
combinações preestabelecidas com os alunos, que a aprendizagem se tornará 
significativa. O professor deve fazer uma avaliação contínua de sua prática, 
reestruturando sempre que necessário o seu planejamento, atendendo as falas dos 
alunos e suprindo as suas necessidades. 
 
 
Fonte de: www.educabrasil.blog.br 
 
81 
 
O educador precisa adequar a prática pedagógica às possibilidades de 
aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, visando promover espaços de 
socialização do conhecimento e ampliação de novos saberes, derivados não 
somente das experiências cotidianas, mas de outras áreas do conhecimento. 
Para isso, é preciso pensar no currículo, integrado e flexível, como um 
instrumento de formação humana, em que o professor, por meio de situações que 
problematizem conhecimentos, possa planejar, propor e coordenar atividades 
significativas e desafiadoras. É importante, contudo, que haja objetivos claros do que 
se deseja alcançar com o trabalho, a fim de ampliar as experiências e práticas 
sociais, culturais e pedagógicas. 
[...] os currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos. 
São uma construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em 
contextos concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, 
intelectuais e pedagógicas. Conhecimentos e práticas expostos às novas 
dinâmicas e reinterpretadas em cada contexto histórico. As indagações 
revelam que há entendimento de que os currículos são orientados pela 
dinâmica da Sociedade. Cabe a nós, como profissionais da Educação, 
encontrar respostas (LIMA, 2007, p. 9, documento on-line). 
Desse modo, os professores deixam de lado exercícios repetitivos e adotam 
métodos diversificados, que farão com que o aluno sinta interesse em permanecer 
na escola. Gandin e Cruz (1995, p. 64) destacam que “[...] quem compreender o 
conceito de necessidade e puder trabalhar eficientemente com ele descobriu a 
essência do planejamento”. Fusari (1988, p. 9) complementa: 
O planejamento da educação escolar pode ser concebido como processo 
que envolve a prática docente no cotidiano escolar, durante todo o ano 
letivo, onde o trabalho de formação do aluno, através do currículo escolar, 
será priorizado. Assim, o planejamento envolve a fase anterior ao início das 
aulas, o durante e o depois, significando o exercício contínuo da ação-
reflexão-ação, o que caracteriza o ser educador. 
No entanto, o termo planejamento não se restringe unicamente àquele 
elaborado pelo professor para o trabalho em sala de aula. É importante destacar o 
Projeto Político-Pedagógico (PPP) da instituição, cuja intenção é organizar o 
trabalho da escola e considerar as necessidades e os anseios da comunidade 
escolar. É um processo de planejamento participativo, em que se aperfeiçoa e se 
define em qual tipo de ação educativa se quer realizar, a partir de um 
posicionamento diante da leitura da realidade e do embasamento estrutural e legal. 
 
82 
 
Todavia, somente terá significado se construído por todos os integrantes da 
instituição, de maneira a valorizar as opiniões e buscar respostas às indagações da 
comunidade. 
Caldieraro (2006, p. 18) destaca: 
A construção do Projeto Pedagógico é uma oportunidade para a tomada de 
consciência dos principais problemas da escola e das possibilidades de 
solução. É também oportunidade para definição das responsabilidades 
coletivas e pessoais, na eliminação ou abrandamento dos problemas 
detectados. 
Para isso, ele deve apresentar alguns pressupostos fundamentais, que 
caracterizam a sua elaboração, como prever condições para o seu desenvolvimento 
a partir das problemáticas e da realidade da instituição; articular as ações com todos 
os segmentos envolvidos, respeitando as diversidades; ser construído coletivamente 
e de forma integrada; buscar a democratização da escola. 
Assim, os recursos didáticos completam os elementos essenciais para uma 
boa aula. São eles que farão com que o planejamento do professor seja posto em 
prática, de maneira que haja uma maior compreensão dos conteúdos escolares. 
Nesse sentido, haverá a relação, apropriação e construção do processo de ensino e 
aprendizagem, a partir da interação entre educador, educando e objeto de 
conhecimento. 
A utilização de materiais, ferramentas e recursos diversificados é de extrema 
importância para a vida escolar do educando, pois a aula se torna mais prazerosa 
quando o aluno possui variedades e recursos a seu favor, auxiliando na 
compreensão dos exercícios propostos e facilitando a aprendizagem. 
 
 
 
83 
 
Desse modo, recursos didáticos diversificados podem ser facilmente 
utilizados paraenriquecer as discussões teóricas, servindo como suporte para as 
práticas pedagógicas. Tais possibilidades permitem que as experiências cotidianas 
dos alunos ganhem significado, propiciando um maior entendimento acerca dos 
conteúdos propostos. É fundamental, nesse sentido, que a escola também 
proporcione espaços de integração e auxilie o professor na construção do seu 
planejamento, para que ele possa elaborar aulas às quais os alunos sintam prazer 
em assistir. 
Portanto, são muitos os fatores que contribuem para o bom andamento da 
aula e para a efetivação da aprendizagem. Libâneo (1994, p. 93) aponta que “[...] o 
professor planeja, dirige, organiza, controla e avalia o ensino com endereço certo: a 
aprendizagem ativa do aluno”. No entanto, o mesmo autor destaca que não se trata 
de uma tarefa fácil; é preciso resolver a contradição entre o ensino e a 
aprendizagem, além de detectar as dificuldades apresentadas pelos alunos na 
assimilação ativa dos conteúdos, de maneira que sejam encontrados procedimentos 
que os auxiliem a progredir no desenvolvimento intelectual. 
7.3 A importância da organização do trabalho do professor em sala de aula 
para a aprendizagem dos alunos 
Questões referentes ao processo de aprendizagem, à maneira como o aluno 
aprende e aos meios que serão utilizados para se alcançar essa aprendizagem sem 
dúvida fazem parte das discussões de escolas e professores de todos os cantos do 
Brasil. A busca constante por formas diversificadas de ensinar, assim como a 
preocupação com objetivos, conteúdos e avaliação, também está entre os anseios 
desses profissionais. 
Para buscar atender a todas essas questões e melhor refletir sobre a sua 
prática docente, o professor deve pesquisar, dialogar, aperfeiçoar os seus 
conhecimentos e buscar constantemente a sua formação continuada. A formação, 
nesse sentido, assume um papel fundamental na caminhada teórica e prática do 
profissional da educação, pois ela permite que o professor articule os seus saberes, 
conhecimentos e experiências com a possibilidade de “formação-transformação” 
(VASCONCELLOS, 2001, p. 181) advinda da prática pedagógica. Essa formação 
 
84 
 
permite analisar os resultados e possibilita a tomada de consciência da realidade 
vivenciada, gerando intervenções e possíveis mudanças. 
Seguindo essa concepção, a partir da formação enquanto articulação dos 
saberes e do trabalho docente, uma questão de extrema importância deve ser 
considerada: a organização do trabalho pedagógico. A partir dele, o professor pode 
sistematizar os conteúdos e manter a sua prática centrada na efetivação da 
aprendizagem, visando atender a toda a demanda e diversidade de saberes 
existentes na sala de aula. 
Dentro dessa organização, é importante destacar alguns aspectos relevantes 
que devem ser levados em consideração pelos professores. Entre eles estão os 
espaços de trocas, discussões e interações concretas com seus pares, que 
possibilitam atingir os objetivos propostos pela escola em relação ao processo de 
ensino-aprendizagem; a questão do planejamento das atividades que serão 
oferecidas aos alunos; o tempo estimado para desenvolver a proposta de trabalho; a 
rotina diária, que auxilia tanto professores quanto alunos a sistematizar os seus 
conhecimentos e compreender como será decorrida a aula em cada dia. 
Contudo, antes de tratar sobre o trabalho pedagógico do professor, é 
necessário apontar a importância do trabalho coletivo, para que os profissionais 
repensem a sua identidade docente e reflitam sobre novas possibilidades e práticas 
de formação continuada. 
A partir dessas redes coletivas, o educador busca as informações necessárias 
para o seu aperfeiçoamento e crescimento intelectual. Por meio de leituras, 
pesquisas, grupos de estudos e formações com os demais docentes, podem ser 
levantadas algumas discussões pertinentes ao cotidiano da escola. 
Uma dessas discussões diz respeito ao planejamento, que é um dos fatores 
mais relevantes para auxiliar o professor na organização do seu trabalho. Conforme 
afirma Libâneo (1994, p. 222), o planejamento: “[...] é um processo de 
racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade 
escolar e a problemática do contexto social”. O mesmo autor ainda complementa, 
dizendo que: 
[...] o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções 
e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao 
nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos 
interesses dominantes da sociedade (LIBÂNEO, 1994, p. 222) 
 
85 
 
Vasconcellos (2006, p. 36) aponta que o ato de planejar remete a: 
1) querer mudar algo; 2) acreditar na possibilidade de mudança da 
realidade; 3) perceber a necessidade da mediação teórico-metodológica; 4) 
vislumbrar a possibilidade de realizar aquela determinada ação. Para que a 
atividade de projetar seja carregada de sentido, é preciso, pois, que, a partir 
da disposição para realizar alguma mudança, o educador veja o 
planejamento como necessário (aquilo que impõe, que deve ser, que não se 
pode dispensar) e possível (aquilo que não é, mas poderia ser, que é 
realizável). 
Cabe destacar que o planejar consiste na forma como o professor vai 
organizar e reorganizar o seu trabalho, levando em consideração aspectos 
referentes à realidade da turma e à forma como ela é composta. Nesse sentido, o 
planejamento deve ser flexível, claro, objetivo e coerente, visto que a educação está 
em constante movimento, e os conteúdos, saberes e habilidades que precisam ser 
desenvolvidos estão sempre sujeitos a alterações. 
Porém, para que o plano proposto pelo professor seja realmente significativo, 
é necessário que ele esteja intimamente ligado à prática diária, de maneira que 
sejam registradas as situações, conhecimentos e experiências relevantes durante 
cada etapa desse processo. Libâneo (1994, p. 225) destaca que “[...] agindo assim, 
o professor usa o planejamento como oportunidade de reflexão e avaliação da sua 
prática”. 
Outra questão importante dentro do planejamento é a possibilidade de um 
trabalho conjunto entre as diferentes áreas do conhecimento, na medida em que 
promove a interação, colaboração e participação entre os envolvidos num processo 
coletivo de saberes. Corsino (2007, p. 59) destaca que “[...] o conhecimento é uma 
construção coletiva e é na troca dos sentidos construídos, no diálogo e na 
valorização das diferentes vozes que circulam nos espaços de interação que a 
aprendizagem vai se dando”. 
A interdisciplinaridade, assim, nasce como uma proposta pedagógica cujo 
objetivo é envolver as diferentes áreas do currículo de forma integrada, 
estabelecendo relações entre as áreas do conhecimento, com o propósito de 
aprimorar o processo de aprendizagem. Souza (2012, p. 9) destaca: 
Uma abordagem interdisciplinar no tratamento da diversidade de temáticas 
relacionadas às diversas áreas do saber constitui, portanto, algo de extrema 
relevância e tal concepção propicia a concordância de que o tempo escolar 
não deve ser dividido por áreas de conhecimento. O desejo é a integração 
dessas diferentes áreas. 
 
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Depois de proposto e elaborado o planejamento, seguindo a proposta 
interdisciplinar, é importante que o professor o organize dentro do período que 
possui para trabalhar com seus alunos. Assim, a temática tempo é outra questão de 
extrema relevância para a organização do trabalho pedagógico em sala de aula. 
 
 
Fonte de: www.odebate.com.br 
 
É preciso, no entanto, que fique claro que todo esse processo deve acontecer 
de forma flexível, sem que a aula seja fragmentada ou que os conteúdos que estão 
sendo trabalhados sejam interrompidos. Para isso, o professor deve propor uma 
forma diversificada de conduzir as atividades, de maneira que elas sejam 
interligadas e relevantes no processo de ensino. 
Rodrigues (2009, p. 36) traz algumas considerações sobreo professor, 
quando se pensa no tempo escolar: 
Na sala de aula, ele produz, em conjunto com seus alunos, o tempo e o 
trabalho real de ensino, por meio da implementação das atividades e da 
dinâmica da turma. Essa produção não segue uma ordem, nem uma 
frequência. Não tem duração. Ela se transforma em experiência e ajuda o 
professor a organizar o tempo no seu trabalho diário. 
A sala de aula, no que diz respeito ao tempo, deve ser vista como um 
ambiente propício à aprendizagem, em que os conteúdos sejam trabalhados de 
forma integrada, sem compartimentações. São os professores, a partir do seu 
planejamento diário, os principais responsáveis em conhecer a realidade e as 
necessidades que precisam ser trabalhadas, discutidas e fundamentadas durante 
todo o decorrer de sua aula. 
 
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É importante ressaltar que o professor não deve utilizar esse tempo para 
regular, controlar ou deter as atenções para si próprio, tampouco centrar a aula em 
suas explicações ou impor o que deve ser realizado em cada momento do dia. Pelo 
contrário, o aluno deve ser envolvido nesse processo e ser parte integrante da 
organização, tornando-se um sujeito ativo de sua aprendizagem e contribuindo para 
que a aula transcorra de forma prazerosa e significativa. 
Seguindo essa proposta de organização em que o aluno é envolvido, a rotina 
aparece para nortear o andamento da aula, pois é a partir dela que as atividades 
serão pensadas e desenvolvidas de acordo com uma sequência. A partir da rotina, o 
aluno participa das atividades e conhece o que vai acontecer ao longo do dia, o que 
contribui para que sejam desenvolvidas a sua autonomia e a sua iniciativa, 
colaborando para o bom andamento da proposta de trabalho do professor, levando 
assim à melhoria do ensino como um todo. 
Mas, afinal, o que é uma rotina? Como ela deve ser organizada? Para melhor 
exemplificar o seu conceito, Barbosa (2006, p. 37) destaca: “[...] as rotinas podem 
ser vistas como produtos culturais criados, produzidos e reproduzidos no dia a dia, 
tendo como objetivo a organização da cotidianidade”. A autora ainda complementa, 
dizendo que “[...] a rotina pedagógica é um elemento estruturante da organização 
institucional e de normatização da subjetividade das crianças e dos adultos que 
frequentam os espaços coletivos de cuidados e educação” (BARBOSA, 2006, p. 45). 
Contudo, quando se pensa na terminologia rotina, logo se tem a ideia de que 
esta é realizada a partir da repetição e sequência de ações que organizam o 
cotidiano. Para fugir dessa visão, é preciso considerar que, a partir de uma rotina, é 
possível proporcionar às crianças a noção e compreensão de tempo, além de 
desenvolver a construção do contexto em que está inserida, possibilitando a 
construção da autonomia e da identidade. 
A rotina, nesse sentido, auxilia no cumprimento das metas diárias, propostas 
pelo professor a partir do seu planejamento, e caminha em parceria com a 
organização do tempo escolar, visto que: 
[...] é produto de uma construção histórica e cultural, produzida e 
reproduzida pela escola e pelo professor como processo de aprendizagem e 
de organização das atividades de ensino. Podemos visualizar a rotina, 
então, como sendo parte integrante e enraizada do trabalho, ressignificada 
todos os dias no espaço da sala de aula (RODRIGUES, 2009, p. 35). 
 
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É preciso, portanto, priorizar a aprendizagem do aluno, seja por meio do 
planejamento, da construção da rotina ou do estabelecimento do tempo necessário 
para cada proposta de trabalho. Esse processo requer um repensar constante da 
prática. Trata-se de características importantes para quem quer investir e 
transformar a sala de aula em um espaço prazeroso de aprendizagem. Assim, o 
educando se sentirá estimulado a frequentar a escola com motivação; a escola, por 
sua vez, poderá alcançar a qualidade do ensino e a educação para todos, sem 
discriminações. 
Com certeza o trabalho docente é repleto de ambiguidades, incertezas e 
desafios, mas também é pleno de esperanças, aprendizados e transformações. Por 
meio de erros e acertos, o professor poderá mobilizar conhecimentos, criar um clima 
positivo e promissor, impulsionar ações e canalizar o trabalho conjunto, favorecendo 
o crescimento dos alunos em relação à sua aprendizagem. 
8 A DIDÁTICA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES 
A ação educativa não se restringe apenas aos espaços escolares e às 
instituições de ensino. Ela pode transcorrer em diferentes esferas e nas mais 
variadas situações. Diante do atual cenário da educação, a atuação e o papel do 
pedagogo também sofrem modificações, visto que ele deve estar preparado para 
atuar em diferentes áreas e campos de trabalho, preocupando-se com o 
desenvolvimento social e intelectual do grupo no qual está inserido, promovendo 
transformações na sociedade e refletindo constantemente sobre a sua prática. 
8.1 A didática existente e a atuação do pedagogo em espaços não escolares 
Quando discutimos em quais espaços é oportunizada a educação e de que 
maneira ela acontece, logo nos vem à mente o ambiente escolar, a sala de aula e o 
profissional preocupado e envolvido com os problemas da educação formal. No 
entanto, a partir das ideias de Brandão e Bonamino (1994), não há um único modelo 
de educação, e a escola, nessa visão, não é o único lugar em que ela acontece. Da 
mesma forma, o ensino escolar não é a única prática, e o professor não é o seu 
único praticante.

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