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87 Tipo de doença: Nesta coluna são especificadas as doenças ocupacionais que ocorreram nos setores Setor A – pneumoconiose, agente causador: cromo; Número absoluto de casos: Corresponde ao número de empregados com a doença no setor; Setor A – 1 caso;Total do estabelecimento = 1; Número relativo de casos (% total de empregados): Este valor é definido pela expressão que corresponde ao número total de casos x 100 e dividido pelo número dos empregados do setor (considerar média aritmética do ano); Preenchimento do Quadro IV: Tipo de doença Nú m er o ab so lu to d e ca so s Se to re s de a tiv id ad es d os p or ta do re s Nú m er o re la tiv o de c as os (% to ta l d e em pr eg ad os ) Nú m er o de ó bi to s Nú m er o de tr ab al ha do re s tra ns fe rid os pa ra o ut ro s et or Nú m er o de tr ab al ah do re s de fin iti va m en te in ca pa ci ta do s Pneumoconiose 1 Setor A 0,50% 0 0 1 Total do estabelecimento 1 (*) 0,50% 0 0 1 (*) Codificar no verso os nomes dos setores QUADRO IV 88 Número relativo casos = n° absoluto casos doenças x 100 número de empregados setor Setor A = = 0,5% 1 X 100 200 Total do estabelecimento = 0,5%; Número de óbitos: Quantidade de óbitos decorrentes da doença ocupacio- nal naquele setor; Setor A = 0;Total do estabelecimento = 0; Número de trabalhadores transferidos para ou- tro setor: Quantidade de trabalhadores transferidos para outro setor por motivo de saúde; Do Setor A = 0;Total do estabelecimento = 0; Número de trabalhadores definitivamente inca- pacitados: Expressa o número de trabalhadores que, em virtude da doença, estão incapacitados para o trabalho ou aposen- tados por invalidez. Setor A – 1 caso; Total do estabelecimento = 1 89 Setor Setor A 200 QUADRO V Agentes identificados Intensidade ou concentração Número de tabalhadores expostos cromo grau máximo Preenchimento do Quadro V: Setor: Nesta coluna, aparecem os nomes dos setores onde há o agente insalubre; Neste estudo, Setor A. Agentes identificados: Aqui estão expressos os agentes que causam insalubri- dade; Setor A – agente químico cromo; Intensidade ou concentração: Apresenta o grau de insalubridade do agente existen- te no setor, segundo sua classificação estabelecida pela Norma regulamentadora 15 – Atividades e operações insalubres; Número de trabalhadores expostos: Apresentar o número médio de trabalhadores do setor expostos ao agente identificado; Setor A = 200 90 Preenchimento do Quadro VI: Setor: Nomes dos setores nos quais ocorreram acidentes com e sem afastamento; Neste estudo: Setor A e Setor B; Número de acidentes: Número absoluto de acidentes por setor; Setor A = 10; Setor B = 5; Total do estabelecimento = 15; Perda material avaliada (R$ 1.000,00): Custo total da paralisação decorrente do acidente, con- siderando: pagamento do salário ao empregado aciden- tado até 1 dias, reparos em máquinas e instalações, pre- juízos por conta da paralisação por causa do acidentes, por exemplo; Setor A = R$ 23.000,00, Setor B = 2.000,00; Total do estabelecimento = R$ 25.000,00 Acidentes sem vítimas / Acidentes com vítimas: São expressos em fração ordinária o número de aciden- tes sem afastamento sobre o número de acidentes com 91 afastamento; Setor A = 7/3 = 2,33; Setor B = 3/2 = 1,5; Total do estabelecimento = 10/5 = 2,0. 3.1.3 Custos de acidentes Já foram apresentados valores de acidentes de tra- balho e outros a ele equiparados fornecidos pelo Minis- tério da Previdência Social, conforme registros efetua- dos junto a este Ministério. Cabe agora apresentarmos como levantar o custo de um acidente para a empresa. O Fundacentro recomenda que o cálculo dos cus- tos de acidentes seja efetuado por meio de equação de- nominada Custo Efetivo dos Acidentes, como segue: Ce = C – i Ce – custo efetivo do acidente; C – custo do acidente; i–valores relativos a indenizações e ressarcimentos rea- lizados por seguro ou terceiros (valor líquido); Para o cálculo do custo, segue a expressão: C = C1 + C2 + C3 C1–corresponde ao custo do tempo de afastamento dos 15 primeiros dias decorrentes de acidentes com lesão; C2–custo relativo aos reparos e reposições de máquinas, equipamentos e materiais danificados, caracterizando 92 os danos à propriedade; C3 –custos complementares relacionados às lesões: pri- meiros socorros e assistência médica e aos danos à pro- priedade: custo operacionais resultantes da paralisação, da manutenção e lucros cessantes. Estas informações podem ser reunidas em docu- mentos que possibilitem consultas posteriores para, com maior agilidade, serem pesquisados os custos en- volvidos no acidente. Apresentadas as estatísticas oficiais de acidentes do trabalho ocorridos no Brasil, nos anos de 2011 e 2012, e os custos envolvidos, pode-se verificar que os valores são elevados. Os gastos com acidentes do tra- balho refletem-se na Previdência Social, nas empresas, onerando a sociedade, se mencionarmos apenas os va- lores financeiros envolvidos. O acidentado sofre em virtude do acidente e este sofrimento se reflete em sua família. E tal sofrimento pode ser mais profundo se o acidente de trabalho ou doença ocupacional resultar em óbito do trabalhador. Considerando os aspectos mencionados, deve- mos, como profissionais da Segurança do Trabalho, envidar esforços para identificando e reconhecendo os riscos, desenvolver e implementar medidas de contro- le para garantir a integridade do trabalhador, promo- ver sua saúde e segurança, modificar as estatísticas de acidentes apresentando redução nos casos de aciden- tes de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais e como efeito reduzir os gastos decorrentes destes. 93 Vamos realizar exercícios que vão possibilitar o de- senvolvimento de cálculos relacionados às estatísticas e custos de acidentes. 1) Uma empresa de alimentos congelados tem 300 fun- cionários distribuídos em três setores. Esta quantidade de funcionários se manteve durante todo o ano de 2012. O setor da produção (recebimento da matéria-prima, pre- paro das refeições, e acondicionamento) tem 230 fun- cionários com jornadas de 8 horas diárias; o setor admi- nistrativo, responsável também pelas compras e vendas dos produtos, atendimento ao cliente e administração propriamente tem 40 funcionários dos quais 30 têm jor- nada diária de 8 horas e 10 têm jornada diária de 6 horas; e o setor da Expedição, com 30 funcionários desenvolve jornadas de 8 horas diárias, Considerar 22 dias trabalha- dos por mês. Calcular H – horas-homem de exposição ao risco para o ano de 2012 de cada setor e o total do estabelecimento. A empresa de confecção de roupas infantis, com 550 funcionários com jornada diária de 8 horas e traba- lhando 22 dias por mês, apresentou a seguinte situação: No ano de 2013, período em avaliação, foram realizadas 38.000 horas extras no segundo semestre, em virtude de um novo contrato celebrado. Durante o ano ocorreram os seguintes acidentes com lesão, distribuídos por mês: Exercícios propostos 94 Mês Acidente Causa Afastamento janeiro . fratura do braço direito queda da escada fixa durante manu- tenção predial 30 dias fevereiro . não houve acidente - - março . cozinheiro teve corte na mão ao preparar as refeições cortar alimentos sem apoiá-los na superfície de trabalho 8 dias abril . entorse pé esquer-do escorregar no piso molhado no saguão do prédio 8 dias maio . lesão no olho direito por partícula volante empregado da ma- nutenção fazendo instalação de duto para água sem pro- teção para o rosto 30 dias junho . não houve acidente - - julho . não houve acidente - - agosto . fratura da mão e escoriações múlti- plas; . corte na mão atropelamento quando retornava para casa, após expediente; 40 dias setembro . não houve acidente - - outubro . amputação da falange distal do polegar empregado da manutenção utili-zava serra circular sem proteção de máquina 75 dias novembro . escoriações múl-tiplas empregado caiu da escada ao realizar limpeza de janelas 14 dias dezembro . dorsalgia manuseio de matéria-prima sem auxílio de carrinho 10 dias 95 2) Calcular as taxas de frequência para o primeiro e se- gundo semestres; 3) Calcular as taxas de gravidade para o primeiro e se- gundo semestres; 4) Calcular as taxas de frequência e gravidade para o ano avaliado. 5) Numa empresa de limpeza em condomínios com 450 empregados, em outubro/2013 houve 82000 ho- ras-homem de exposição ao risco, sendo 2800 horas extras. Neste período, ocorreram quatro acidentes com lesão, assim descritos: - 1 acidente com luxação do pé esquerdo, dia 10/ out/13, com 10 dias de afastamento; funcionário escor- regou durante lavagem dos sanitários; - 1 acidente com escoriações múltiplas em 8/out/13 com 8 dias de afastamento; empregado tropeçou num desní- vel de piso na área externa quando efetuava varrição; - 1 acidente com fratura de braço, funcionário caiu da moto quando se deslocava de sua residência para o local do serviço antes do expediente no dia 22/out/13, resul- tando em 30 dias de afastamento; - 1 acidente com perda de audição do ouvido esquerdo, em virtude de colisão entre veículos, quando funcioná- rio estava indo inspecionar serviços no cliente no dia 2/ out/13; o empregado ficou 25 dias afastado. Calcular a Taxa de Gravidade do mês de outubro/2013. 97 UNIDADE 04 SEGURANÇA DO TRABALHO 99 Caro aluno, Chegamos à Unidade 4. Nesta unidade de estudo você terá acesso aos pon- tos fundamentais que proporcionam a segurança no trabalho. São tópicos específicos que serão futuramen- te explorados por outras disciplinas possibilitando-nos neste momento entender como conduzir a solução de problemas para que sejam desenvolvidas medidas de controle adequadas ao risco existente e atendendo as- pectos legais. Conteúdos da Unidade Os pontos estudados serão os seguintes: segurança nas atividades extra-empresa, sistema de proteção coleti- va e equipamentos de proteção individual, como se dá o controle de agentes agressivos no ambiente de trabalho e os aspectos ergonômicos e ecológicos que devem ser observados pelas empresas. Estudará, ainda, os sistemas de controle combate a incêndios e as atividades que se desenvolvem em laboratórios. Para melhor entender que as medidas de controle são desenvolvidas por pessoas para pessoas apresentare- mos aspectos relativos à Seleção, Treinamento e Motiva- ção Pessoal, Produtividade e por fim uma breve aborda- gem sobre Controle de Perdas. Esta é a unidade mais longa e mais complexa: é o 100 “coração” deste livro! Leia atentamente e ao término de cada subitem resuma em poucas palavras o que você en- tendeu. Com toda certeza vai ajudá-lo na formulação de conceitos e domínio do vocabulário necessário ao profis- sional da área. Avante!