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1. TIPOS DE INTERVENÇÃO Ao longo da história do Direito Económico a intervenção não tem sido uniforme em termos quantitativos e qualitativos. QUANTO A SUA ABRAGÊNCIA ELA PODE SER: a) Intervenção global Estaremos perante este tipo de intervenção quando o estado adopta normais gerais, fixa de margens de comercialização ou de encorajamento do investimento global b) Intervenção sectorial Quando o estado concede créditos bonificados a um sector de economia, adoptada medidas de organização e disciplinamento de determinado sector de produção ou adopta medidas de desenvolvimento de um dado sector. c) Intervenção pontual ou avulsa Neste tipo de intervenção o estado determina a intervenção ou desintervenção de uma empresa ou celebra com ela contrato - promessa. Estas intervenções pela sua natureza devem merecer e obedecer a critérios estratégicos gerais de ordem objectiva. QUANTO AOS EFEITOS, ELA PODE SER: d) Intervenção imediata Os poderes públicos intervêm directamente na economia para resolver uma situação concreta. Por exemplo, as medidas de polícia adoptada pelo estado para resolver uma questão que criação ou que perturba a harmonia social. e) Mediata As medidas interventivas do estado não têm apenas objectivos econômicos, mas repercutindo-se embora sobre a economia, por exemplo, medidas de policia fiscal, empréstimo que visa absorver o poder de compra, bonificação de juros ou abertura de linhas de créditos a favor da construção social, definição de certos regimes jurídicos de fixação de renda, etc, com efeitos imediatos no regulamento da economia. QUANTO A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE, ELA PODE SER: f) Intervenção unilateral O estado pode intervir por via unilateral, proibindo ou autorizando certas actividades em determinado sectores. Temos intervenção unilateral cujo veículo de normas são os regulamentos e os actos administrativos de eficácia externa. Meios por excelência do exercício da autoridade. Estas intervenções são ainda hoje maioritárias, mas desenham-se hoje uma tendência manifesta nos países de economia de mercado para formais convencionais e contratuais do exercício da autoridade, procurando-se a previa adesão dos parceiros sociais. g) Intervenção bilateral A adesão as intervenções por via contratual devem-se ao facto de eles assegurarem uma maior eficácia da intervenção estatal, pois a contraparte está a partida comprometida para além de garantirem um clima de paz social em todo o processo de intervenção. Este fenômeno é usualmente chamado de economia contratual o seu completamento natural, pois melhora o processo de institucionalizar a concentração é o recurso aos instrumentos contratuais. As intervenções por via contratual cifram-se em geral na oferta pelos poderes públicos de certas vantagens fiscais creditícias, etc., às empresas em troca da execução por estas de uma política de investimentos conforme orientação geral de planificação ou não da política econômica escolhida pelos poderes públicos. QUANTO A ACTUAÇÃO, ELA PODE SER: h) Intervenção directa Existe quando é o próprio estado que assume o papel de agente produtivo, criando as empresas públicas ou controlando sociedades comerciais, através dos quais actua intervindo nos circuitos de comercialização se adquire produtos através dos organismos de coordenação econômica. i) Intervenção indirecta Quando as empresas privadas mistas ou mesmo públicas, forem objecto de medidas de caracter fiscalizador ou de estimulo.