Prévia do material em texto
Centro Universitário das Américas – FAM Curso de Medicina Anahi Arias Rodrigues RA 00346658 Chiara Spilla Casa RA 00346572 Daniel Rocha Venturelli RA 00346572 Nelson da Rocha Soares Neto RA 00346714 Ully Reis Belmok Vieira RA 00346408 UBS – Jardim Fontalis Projeto Integrado de Atenção Básica (PIAB) São Paulo 2022 Anahi Arias Rodrigues RA 00346658 Chiara Spilla Casa RA 00346572 Daniel Rocha Venturelli RA 00346572 Nelson da Rocha Soares Neto RA 00346714 Ully Reis Belmok Vieira RA 00346408 UBS – Jardim Fontalis Projeto Integrado de Atenção Básica (PIAB) Relatório do Projeto Integrado de Atenção Básica - PIAB, como requisito para avaliação do PISCO. Coordenador: Prof. Rodrigo Guilherme Varotti Pereira Supervisora do Estágio: Profª Dra. Maria das Graças de O. Pizzocolo Preceptora/Orientadora: Enf. Celso Evangelista Junior. São Paulo 2022 AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos os envolvidos, professores, coordenadores e integrantes da Unidade Básica de Saúde, nesse processo de aprimoramento e desenvolvimento que nos permitiu conhecer e vivenciar um pouco mais da rotina de um ambiente de saúde, no papel de futuros profissionais de saúde. Em especial a preceptor Enfermeiro Celso que nos orientou de maneira ímpar. Resumo Introdução: A Unidade Básica de Saúde (UBS) onde atuam as ESF pode ser o antigo Centro de Saúde reestruturado ou a antiga Unidade mista – desde que trabalhado dentro de uma nova logica, com maior capacidade de ação para atender as necessidades de saúde da população de sua abrangência. A experiencia de implantação da saúde da família tem demonstrado ao ser o ideal o trabalho das equipes de Atenção Básica convencional e das equipes de Saúde da Família numa mesma estrutura física. Esta coexistência pode trazer confusão na vinculação entre a ESF estão capacitadas a resolver cerca de 85% dos problemas de saúde da comunidade. Portanto, e necessário dispor de recursos estruturais e equipamentos compatíveis que possibilitem a ação dos profissionais de saúde em relação a esse compromisso. E importante que a concepção arquitetônica das UBS se integre ao entorno, de acordo com os valores da comunidade local, que o acesso seja facilitado e que a identificação das unidades seja clara. Objetivo: Descrever como deve ser a estrutura da Unidade Básica de Saúde. Método: A metodologia utilizada por este trabalho foi uma revisão bibliográfica e legislacional com o aporte do Arco de Marguerez. Resultado: Apesar das Unidades de saúde possuírem um manual de estrutura física que devem seguir, o que vemos na prática e que a Unidade de Saúde visitada não se enquadra nos requisitos apresentados. Considerações finais: De acordo com o levantamento realizado durante nossas visitas a UBS durante o período de estágio, realizamos coleta de dados, acompanhamos a rotina de equipe e pudemos perceber que a estrutura física a UBS descrita não atende a requisitos importantes necessários a comunidade adscrita. Palavras Chaves: Ministério da Saúde, Unidade Básica de Saúde, estrutura Física. LISTA DE TABELA Tabela 1- Ambientes que sofrem alterações de acordo com quantidade de ESF trabalhando na UBS. 25 Tabela 2 - Divisões da área de abrangência. 32 Tabela 3 - Relação equipe ESF 32 Tabela 4 - Relação Equipe Multi 33 Tabela 5 - Jornada funcionários da Farmácia 33 Tabela 6 - Jornada Equipe Saúde Bucal. 33 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Subdivisões de áreas por ESF.. 5-38 Figura 2- RAS 7-60 Figura 3 - Comparação Entre Os Modelos Piramidal E Poliárquico Dos Serviços Das Ras 7-63 Figura 4 - Rede Cegonha. 7-64 Figura 5 – SAS 7-65 Figura 6 – NASF 7-67 Sumário 1 Introdução 8 2 Princípios do SUS, Apoio Matricial, Visita Domiciliar, Territorialização; 9 2.1 Princípios do SUS 9 2.2 Princípios Organizativos 9 2.3 Visita domiciliar 13 3 Como deve ser a estrutura da unidade básica de saúde. 22 3.1 Considerações de cada ambiente que integra a unidade de Saúde da Família....................................................................................................................22 4 Composição de Equipe da Saúde 26 5 Perfil 29 5.1 Perfil do Território – UBS Jardim Fontalis 29 5.2 Perfil da População 29 5.3 Área de abrangência da UBS 29 5.4 Divisão da área de abrangência: 30 5.5 Divisão de equipes de acordo com a área: 30 5.6 Atividades desenvolvidas na UBS 31 5.7 Equipe de Apoio para o funcionamento da UBS 32 6 PROGRAMAS E AÇÕES DO SUS 33 6.1 Equipe de Saúde da Família (eSF) 34 6.2 Equipe da Atenção Básica (eAB) 35 6.3 Equipe de Saúde Bucal (eSB) 35 6.4 Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) 36 6.5 Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) 36 6.6 Banco de Leite Materno 37 6.7 Cartão Nacional de Saúde - CNS 38 6.8 Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na Área de Saúde – CEBAS 38 6.9 Centros de Atenção Psicossocial – CAPS 39 6.10 Doação voluntária de sangue 39 6.11 Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) 40 6.12 Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (PER/SUS) 40 6.13 Saúde Bucal 40 6.14 Programa De Volta Para Casa (PVC) 41 6.15 Sistema Nacional de Doação e Transplante de Órgãos 41 6.16 Política Nacional de Humanização - HumanizaSUS 41 6.17 Serviço de Atenção Domiciliar - Melhor em Casa 42 6.18 Programa Pesquisa Para o SUS – PPSUS 42 6.19 Rede Cegonha 42 6.20 Programa de Fitoterápico e Plantas Medicinais 43 6.21 UPA 24h – Unidade de Pronto Atendimento 43 6.22 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192 44 6.23 Programa Mais Médicos 44 6.24 Programa Farmácia Popular 45 6.25 Programa Nacional de Triagem Neonatal 45 6.26 Programa Nacional de Imunizações - Vacinação 46 6.27 Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS.....................46 6.28 Projeto Lean nas Emergências: redução das superlotações hospitalares 47 6.29 Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde 47 6.30 Programa Nacional de Controle do Tabagismo 47 6.31 Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) 47 6.32 2.39. Programa Nacional de Gestão de Custos 48 7 Como a Rede de Atenção à Saúde (RAS) no SUS deve funcionar? 49 8 Considerações Finais 60 9 Referências bibliográficas 61 Introdução Passados mais de trinta anos da promulgação da Constituição de 1988, os desafios da saúde no Brasil permanecem complexos, bem como o seu sistema público, gratuito e universal. É preciso considerar, inicialmente, que a saúde tem uma característica particular, que influencia de modo crucial as políticas públicas: embora seu orçamento seja necessariamente finito, a demanda é infinita e por vezes imprevisíveis. Assim, debates em torno da alocação de recursos ou da gestão do sistema são constantes e conflituosos. O Brasil é um país com dimensões continentais, com expressivas disparidades econômicas, sociais, sanitárias, demográficas e culturais, e uma população de mais de 200 milhões de habitantes. O processo de criação do sistema de saúde do Brasil está relacionado com a redemocratização brasileira. Hoje, o SUS opera em todos os municípios do país e, mesmo com suas muitas deficiências, representa um significativo avanço em relação ao cenário anterior a 1988. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desses postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para outros serviços, como emergências e hospitais. Assim os cidadãos podem ter acesso a ações de promoção, prevenção e tratamento relacionadas a saúde da mulher, da criança, saúde mental, planejamento familiar, prevenção a câncer, pré-natal e cuidado de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, fazer curativos, inalações, tomar vacinas, coletar exames laboratoriais e fazer tratamento odontológico, receber medicações básicas sem a necessidade de frequentar longas filas em hospitais e clinicas especializadas pois possui de uma quantidade mínima de profissionais como um profissional médico, um enfermeiro,um técnico ou auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde que farão atendimentos especializados e individualizados para cada perfil de comunidade . A expansão e qualificação das Unidades Básicas de Saúde tem o objetivo de garantir serviços mais próximos à casa dos cidadãos, na comunidade, com boa estrutura para receber bem e de forma acolhedora o paciente. Princípios do SUS, Apoio Matricial, Visita Domiciliar, Territorialização: Princípios do SUS Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. Princípios Organizativos Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde. O Apoio Matricial, também chamado de matriciamento, é um modo de realizar a atenção em saúde de forma compartilhada com vistas à integralidade e à resolubilidade da atenção, por meio do trabalho interdisciplinar. Na Atenção Básica em Saúde (ABS)/ Atenção Primária em Saúde (APS), ele pode se conformar através da relação entre equipes de Saúde da Família (equipes de SF) e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), configurando-se de diferentes formas através de suas duas dimensões: técnico-pedagógica e assistencial. Na dimensão técnico-pedagógica, estão incluídas as ações conjuntas entre profissionais do NASF e das equipes vinculadas, considerando-se as necessidades de cada indivíduo, família ou comunidade em questão e as possibilidades de integração. Tais ações são importantes estratégias para a educação permanente das equipes de SF, uma vez que o compartilhamento de saberes e práticas promove o “aprender no fazer em conjunto”. São possibilidades de configuração das ações conjuntas: · Reuniões de matriciamento: reuniões periódicas, no mínimo realizadas mensalmente, entre cada um dos profissionais do NASF com cada equipe de SF vinculada, com o objetivo de discutir casos e temas, pactuar ações, avaliar seus resultados e repactuar novas estratégias para a produção do cuidado. É a partir das reuniões de matriciamento que são definidas as ações conjuntas que serão realizadas, assim como as ações desenvolvidas especificamente pelos profissionais do NASF, como, atendimentos individuais realizados apenas com a presença destes profissionais e o usuário. Para que possam ser realizadas, deve haver horário protegido na agenda dos profissionais envolvidos, organização da equipe de SF para definição dos casos ou situações para matricialmente e dos profissionais do NASF para devolutivas de casos acompanhados especificamente pelo NASF à equipe de SF; · Atendimento individual compartilhado: é o atendimento a um indivíduo ou família realizado conjuntamente por pelo menos um profissional do NASF e um profissional da equipe de SF; · Atendimento domiciliar compartilhado: é o atendimento a um indivíduo ou família realizado no domicílio com a presença de pelo menos um profissional do NASF e um profissional da equipe de SF; · Atividade coletiva compartilhada: atividades em grupo realizadas na Unidade Básica de Saúde ou em outros espaços do território, como associações de moradores, contando com a presença de profissionais do NASF e da equipe de SF. Podem ser de coordenação conjunta (por exemplo, fisioterapeuta e técnico de enfermagem coordenando um grupo de postura corporal) ou, de coordenação do profissional do NASF ou da equipe de SF contando com a participação ocasional de outros profissionais da ABS/APS; · Discussão de temas: discussão de temas relacionados ao cuidado e/ou organização da Atenção Básica em Saúde/ Atenção Primária em Saúde, em que os saberes específicos dos profissionais do NASF podem contribuir para a ampliação da capacidade de atuação das equipes de SF (por exemplo, discussão sobre violência entre assistente social e psicólogo do NASF e equipes apoiadas); · Ações compartilhadas no território: participação do NASF na territorialização da área adscrita, desenvolvimento de ações intersetorias, de vigilância em saúde e ações de controle social em conjunto com a equipe de SF. As ações relativas à dimensão assistencial do apoio matricial dizem respeito às intervenções diretas dos profissionais do NASF com os usuários, tais como atendimentos individuais ou atividades coletivas específicas de cada categoria que o compõe. Os profissionais do NASF devem dispor de momentos em sua agenda para realizá-las, considerando-as como parte de um conjunto de ofertas de ações que devem ser disponibilizadas e não sua única e exclusiva forma de atuação na ABS/APS. A periodicidade de realização dos atendimentos na agenda de cada categoria que compõem o NASF pode variar, conforme a necessidade local e as especificidades de cada profissão. Reforça-se que sua disposição na agenda não deve prejudicar a realização de outras ações previstas dentro do escopo de atuação desses profissionais na Atenção Básica em Saúde/ Atenção Primária em Saúde, ao mesmo tempo em que deve considerar as necessidades clínicas dos usuários acompanhados conjuntamente com as equipes apoiadas. Diferentes mecanismos de organização podem facilitar a integração entre NASF e equipes de SF, tais como instrumentos para registro por parte do NASF das ações pactuadas em conjunto com as equipes apoiadas e devolutiva do que foi realizado nas reuniões de matriciamento. Esses profissionais podem utilizar roteiros semi-estruturados para organizar as discussões de casos com as equipes de SF, buscando qualificar essa ação para além do repasse de casos. Existe, ainda, a possibilidade de elaborar listas de acompanhamento de casos compartilhados, que podem favorecer o gerenciamento conjunto dos casos entre equipes deSaúde da Família e NASF. Para isso, as listas devem estar disponíveis para todos os profissionais envolvidos, promovendo comunicação sobre usuários acompanhados pelo NASF após pactuação com as equipes de SF, ações realizadas e encaminhamentos necessários, que deverão ser discutidos continuadamente para a definição de novas estratégias. Lembramos que os Núcleos de Apoio à Saúde da Família foram implantados tendo como principais objetivos ampliar a abrangência e o escopo das ações da ABS/APS, bem como sua resolubilidade. Portanto, a organização do apoio matricial nesse âmbito de atenção deve promover uma atuação que contribua para a integralidade do cuidado aos usuários do Sistema Único de Saúde principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários. De acordo com a Portaria de Nº 37, de 18 de Janeiro de 2021, são estabelecidas novas formas de financiamento para o Núcleo de Apoio à Saúde da Família, em que fica sob a gerencia municipal a sua execução. Visita domiciliar A visita domiciliar é uma “forma de atenção em Saúde Coletiva voltada para o atendimento ao indivíduo e a família ou à coletividade que é prestada nos domicílios ou junto aos diversos recursos sociais locais, visando a maior equidade da assistência em saúde A Organização Mundial da Saúde define Assistência Domiciliar como a provisão de serviços de saúde por prestadores formais e informais com o objetivo de promover, restaurar e manter o conforto, a função e a saúde das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna. Serviços de assistência domiciliar podem ser classificados nas categorias de preventivos, terapêuticos, reabilitadores, acompanhamento por longo tempo e cuidados paliativos. O Ministério da Saúde utiliza o termo Atenção Domiciliar para designar o conjunto de ações integradas em saúde que ocorrem no domicílio destinadas à população em geral. Compreende ações articuladas de vigilância à saúde, Assistência Domiciliar e Internação Domiciliar. Subdivide-se a Atenção Domiciliar em Assistência Domiciliar e Internação Domiciliar. A Assistência Domiciliar constitui um recorte da Atenção Domiciliar que ocorre no âmbito da Atenção Primária em Saúde, vinculada ou não às equipes de Saúde da Família e destinadas a pessoas com perdas funcionais e dependência para as Atividades da Vida Diária (AVD). A modalidade de Assistência Domiciliar pode ser dividida em três subcategorias: Vigilância, Atendimento e Acompanhamento Domiciliares. A Vigilância Domiciliar é o comparecimento de um integrante da equipe para realizar ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa da população, como: · Visitas a puérperas; · Busca de recém-nascidos; · Busca ativa dos programas de prioridades; · Abordagem familiar para diagnóstico e tratamento; · Evolução de egressos hospitalares. O Atendimento Domiciliar é dirigido a pessoas com problemas agudos, temporariamente impossibilitadas de comparecer à UBS. O Acompanhamento Domiciliar (às vezes chamado Monitoramento Domiciliar) é dirigido a pessoas que necessitem de contatos frequentes e programáveis com os profissionais da equipe. Exemplos de condições indicadas: · Pacientes portadores de doença crônica que apresentem dependência física; · Pacientes em fase terminal; · Pacientes idosos, com dificuldade de locomoção ou morando sozinhos; · Pacientes egressos do hospital que necessitem de acompanhamento por alguma condição que os incapacite a comparecer à Unidade; · Pacientes com outros problemas de saúde, incluindo doença mental, que determinem dificuldades de locomoção ou adequação ao ambiente da Unidade de Saúde; · Cuidadores das pessoas incapacitadas. Teoricamente, dificuldades financeiras ou estruturais para acessar a UBS não são uma indicação de Acompanhamento Domiciliar. Devem ser promovidas ações de adequação do espaço urbano e do sistema de transporte e medidas globais de acessibilidade, respondendo às mudanças demográficas das populações para endereçar esses problemas. Entretanto, no dia a dia das equipes de Saúde da Família, a modalidade de Vigilância ou Atendimento Domiciliar é necessária por essas razões. A territorialização da Atenção Básica à Saúde do Sistema Único de Saúde do Brasil O Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil é um sistema público fundamentado num projeto territorial descentralizado, hierarquizado e integrado regionalmente através das redes de atenção à saúde. Toda arquitetura desse projeto é alicerçada nos princípios da universalidade, equidade e integralidade descritos nos dispositivos constitucionais do direito de todos a saúde, não importa em qual ponto do território a pessoa esteja, é dever do Estado de oferecer as possibilidades da sua efetivação. A localização dos serviços no território deve obedecer aos princípios fundamentais da resolutividade e da economia de escala, sendo tanto mais concentrados quanto mais especializados e vice-versa. A atenção básica (ABS) é o único nível da atenção que estará presente em todo o território nacional e através dela, das pactuações intermunicipais e dos sistemas regionais, as pessoas poderão acessar os demais níveis do cuidado, assim designados secundário e terciário. Portanto, todo o projeto territorial do SUS depende da constituição de uma base que deve funcionar como porta de entrada e centro de comando do sistema. Ao município cabe a responsabilidade de desenhar a porta de entrada do SUS, tendo em vista os mesmos princípios constitucionalmente previstos. O documento que regula as responsabilizações e os modos de organização e financiamento é a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), cuja primeira edição ocorreu há mais de dez anos e já uma terceira acabou de ser publicada. Desde a década de 1990 colocava-se a questão de como planejar territorialmente a ABS do SUS. Compreendeu-se que toda a estrutura e o próprio modelo assistencial dependem não apenas de como são alocados os serviços, mas como são organizadas territorialmente suas ações, sobretudo as ações de prevenção e promoção. Por isso, era necessário mais do que apenas delimitar territórios para os serviços, devendo haver uma relação de vinculação e pertencimento entre a população e os serviços. Essa concepção, assim designada territorialização da saúde, ganhou força ainda na implementação dos Distritos Sanitários, foi, depois, incorporada aos programas Agentes Comunitário de Saúde (ACS) e Saúde da Família (PSF) e passou a compor o escopo das políticas estratégicas em torno da Saúde da Família (ESF) e das Redes de Atenção à Saúde (RAS). A territorialização está hoje presente nos documentos reguladores da ABS do SUS e incorpora em si mesma o modelo de atenção que se quer adotar. Mas os contextos político-ideológicos e os processos econômico-institucionais inviabilizaram, até agora, a reorientação para um modelo assistencial territorializado. Por isso, a territorialização da ABS não se completou e, por conseguinte, não se completou também o desenho da porta de entrada do SUS no Brasil. E isso traz inúmeras consequências que jogam contra os princípios da ABS legalmente previstos e historicamente construídos. Poucos estudos, todavia, discutiram a territorialização na sua dimensão político-ideológica, ou seja, como ordenamento político para a construção de um modelo de atenção organizado em redes integradas e coordenadas territorialmente para ABS. Prevaleceram, pelo menos até agora, estudos que exploram sua dimensão teórico metodológica, que são aqueles que propõem modelos teóricos e propostas técnicas e tecnológicas para o planejamento territorial ou territorialização dos serviços. Dessa tradição se construiu uma definição processual do território (território-processo), muito influenciada pela teoria miltoniana do conceito, e se fez uma produtiva aproximação com a proposta do planejamento estratégico situacional de Carlos Matus. Nestes trinta anos do SUS, muitas experiências positivas foramproduzidas como uma proposição teórico-metodológica para a territorialização da saúde. E isso permitiu, além de fornecer metodologias consistentes para o planejamento territorial dos serviços, superar àquela velha ideia materialista e reducionista que vê o território na sua dimensão político-administrativa apenas. Entretanto, sobretudo em momentos de crise político-institucional e de redução do papel social do Estado, é comum que as políticas territorializadas sejam secundarizadas, sobretudo na área da saúde. Por isso, a julgar pelo processo histórico e sobretudo pelas políticas recentes, o SUS convive ora com sua territorialização e ora com sua desterritorialização, e esses processos são bem visíveis na atenção básica. Por isso, é fundamental desnudar essa natureza política da territorialização da ABS, que é também uma forma de tornar esse debate não apenas instrumental, uma vez que a ação política pode produzir arranjos ideológicos próprios a cada novo momento histórico. O processo de territorialização do SUS pode ser compreendido em relação a três movimentos político-institucionais assim designados “municipalizaçãodistritalização”; “municipalização-regionalização” e “municipalização-regionalização e redes de atenção”. Esses movimentos foram produzidos a partir dos instrumentos normativos que vão da própria Constituição, às leis infraconstitucionais, Normas Operacionais, Normas Operacionais de Assistência à Saúde e Pacto pela Saúde. Nos interstícios desses instrumentos legais mais importantes, diversas portarias e normativas vão sedimentar a racionalidade da época, ora privilegiando a municipalização e distritalização, ora a regionalização e ora ainda a organização das redes de atenção. O primeiro movimento, assim designado “municipalização-distritalização”, tem início ainda antes do SUS, na década de 1980, com as propostas feitas a partir dos chamados Sistemas Locais de Saúde (SILOS), no que ficou conhecido no Brasil como Distritos Sanitários (DS). O projeto territorial do SUS nasce, podemos dizer, com os DS, pois eles materializavam o próprio princípio reformador de desconstrução do modelo hegemônico (médico-privatista) para a produção de um sistema descentralizado e apropriado localmente pelos mecanismos democráticos de participação social. Portanto, a discussão de um sistema de saúde distritalizado, pelo menos naquele momento, significava mais que um modo de organização apenas político-territorial dos serviços. De tal forma que seria mais adequado, de acordo com Mendes, falar em distritalização, uma vez que se trata de um processo social de mudanças nas práticas sanitárias. A distritalização foi prevista na Lei Orgânica da Saúde como uma forma de organização do SUS no município. Embora sua inscrição legal seja facultativa, ou seja, cabe ao município decidir se quer ou não estruturar seus serviços dessa forma, é algo bastante significativo da concepção de um SUS territorializado. Por isso, a municipalização-distritalização só poderia ser efetivada por processos de descentralização e empoderamento local, com regras claras dos papeis de cada ente federativo na gestão do SUS. Isso foi feito ainda no início da década de 1990 com a publicação da terceira Norma Operacional Básica, NOB-93, onde foram estabelecidos os procedimentos reguladores da descentralização do SUS no Brasil. Tal como expresso nessa NOB, a descentralização é o ponto de partida para a reformulação do modelo assistencial, que tem como base o planejamento integrado em cada esfera do governo. Os DS representavam, então, essa menor escala de planejamento do SUS onde os processos de descentralização ganhariam concretude e as ações de saúde coletiva seriam efetivamente implementadas. Todavia, a ideia esbarrava num vazio de políticas programáticas para a atenção básica, sobretudo os modos de financiamento e estruturação do modelo assistencial a ser adotado pelo país. Em outras palavras, era necessário definir as ações para a atenção básica e torná-las operacionalizáveis nesse espaço político-institucional. É esse o contexto político da criação do “Programa Agentes Comunitários da Saúde” (PACS), em 1991, e “Programa Saúde da Família” (PSF), em 1994, no sentido de se resolver o vazio programático da municipalização-distritalização. A consolidação dessa política de municipalização da saúde no Brasil vai ocorrer com a NOB-96. Ali as responsabilidades federativas foram mais bem delineadas. No caso do município, por exemplo, foi um avanço a plena responsabilização pela atenção básica, não importando o modelo de gestão, se plena da atenção básica ou plena do sistema municipal. Essa responsabilização é ainda acompanhada pela sistematização do financiamento, através da criação do Piso da Atenção Básica (PAB fixo e variável) e o incentivo à expansão do PSF. Com a NOB-96 o PSF vai ganhar vida longa, mais que a inicialmente prevista na sua forma programática. Por isso, um ano depois, através da Portaria nº 1.886, passou a ser compreendido como uma possibilidade estratégica para o reordenamento do modelo assistencial e para a própria consolidação do SUS no Brasil. Não por acaso, essa mesma Portaria refere como primeira diretriz organizativa do PSF o seu caráter substitutivo em relação às práticas tradicionais das unidades básicas de saúde. A segunda diretriz é a territorialização. Mencione-se que esse é o primeiro documento normativo do SUS a fazer menção à territorialização dos serviços. Com a expansão do PSF, a distritalização dos serviços foi perdendo importância no debate territorial do SUS no município. Isso aconteceu de maneira bastante evidenciada nos municípios de pequeno e médio porte, pois a gestão territorial dos serviços, dada a dimensão do município, passou a ser viabilizada apenas com a definição das áreas de abrangência das unidades de saúde da família, de tal forma que a territorialização, antes debatida em relação aos DS, passou a ser agora feita em relação ao PSF. O segundo movimento do planejamento territorial do SUS, assim designado municipalização-regionalização, passou a ser mais fortemente debatido a partir da publicação das Normas Operacionais de Assistência Social (NOAS 01 e NOAS 02). Compreendeu-se, naquele momento, que a municipalização, por si só, não é capaz, por razões políticas e organizacionais, de integrar o SUS e oferecer uma atenção universalizada e equitativa. Ao contrário, segundo Santos e Campos, a municipalização acabou fortalecendo ações de caráter clientelistas e privatistas e acentuou a ineficiência do Estado brasileiro em romper com os processos de centralização e o fracionamento municipal. Por isso, a regionalização, embora já prevista constitucionalmente, passou agora a ser o caminho para aglutinar um SUS autarquizado e fragmentado em milhares de municípios assimétricos. Eis, pois, o desafio da territorialização e do debate do planejamento territorial. Com as NOAS 01 e 02 produziu-se, então, um debate mais vigoroso para a conformação de uma nova realidade territorial de gestão do SUS, necessária para a integralidade das ações e serviços hierarquicamente. Essa nova realidade passou a ser consorciada através do Plano Diretor de Regionalização (PDR) e colocou o estado como ente coordenador e regular de um processo de negociação compartilhada de ações e serviços entre municípios. Todavia, embora as NOAS tenham encaminhado soluções importantes, ainda não estava bem delineado, política e administrativamente, como processar tudo isso. Na verdade, as NOAS definem bem as diretrizes da regionalização, mas não os instrumentos técnicos e operacionais. E isso acabou dificultando para superar a fragmentação produzida na autarquização municipal do SUS. Compreendeu-se, então, que os sistemas regionais de saúde, tal como proposto nas NOAS, só poderiam ser implementados mediante processos de pactuação federativa. Era necessário um sistema de gestão compartilhada dessas regiões, sob o risco do fracasso do próprio projeto de descentralização e regionalização do SUS. Era também necessário definir melhor o própriosistema municipal, de maneira especial no que refere aos princípios da atenção básica e sua orientação assistencial. Portanto, apresentavam-se, entre outros, três grandes desafios do planejamento territorial do SUS ainda no início de século, quais sejam: a sistematização da atenção básica no município, a regionalização e a integração e unificação dos sistemas municipal e regional. Esse é o contexto da apresentação de uma série de regulamentações produzidas a partir do “Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e da Gestão”. Com o Pacto pela Saúde é desencadeado, então, um terceiro movimento do planejamento territorial do SUS, a que estamos chamando “municipalização-regionalização-redes de atenção”. Esse momento será também uma fase de amadurecimento e consenso em torno da política baseada na territorialização dos serviços, agora não apenas da atenção básica, mas de todo o SUS regionalizado. Nos termos da Portaria nº 399, o Pacto pela Saúde “reforça a territorialização da saúde como base para organização dos sistemas, estruturando as regiões sanitárias e instituindo colegiados de gestão regional”. Por isso, o terceiro volume da série “Pactos pela Saúde”, refere que a territorialização é o primeiro princípio da regionalização do SUS no Brasil. No âmbito municipal e especificamente da atenção básica, ainda no contexto do Pacto pela Saúde, será também apresentada a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB). Uma segunda versão da PNAB foi apresentada em 2011 para incluir o papel da atenção básica das redes de saúde do SUS (RAS) e uma terceira edição, de antemão criticada pelo momento político da sua apresentação, foi recém-publicada. Nas duas primeiras edições da PNAB a territorialização foi apresentada como atribuição comum a todos os profissionais da atenção básica e na terceira edição passou a figurar também como uma diretriz, não apenas como uma atribuição. Algumas críticas, todavia, foram estabelecidas à regionalização da saúde no Brasil, mesmo a que foi proposta no Pacto pela Saúde. Da mesma forma, reconhece use a dificuldade de integração dos serviços através das RAS. É como se houvesse uma lacuna entre um sistema municipal autarquizado e fragmentado e um sistema regional incompleto e de certa forma ainda confuso, sobretudo sem um direcionamento jurídico adequado. Por isso, duas importantes regulamentações foram desenhadas para tentar resolver parte dessas questões. Uma delas é a Portaria nº 4.279, de 2010, que foi a primeira a estabelecer diretrizes claras para as RAS do SUS no Brasil. Uma segunda normativa importante é o Decreto 7.508, de 2011, que regulamenta o planejamento e articulação interfederativa do SUS. Através desse decreto, a regionalização passou a ser celebrada através do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde, que é, em síntese, um instrumento de planejamento regional. Mas ele avança em relação ao que se propunha no PDR, pois nele são celebradas as responsabilidades sanitárias e financeiras pactuadas entre os três entes federativos. Em suma, o contrato traz a segurança jurídica que até então não existia para a constituição das regiões de saúde, além de integrar mais coerentemente os sistemas municipal e regional. A territorialização do SUS encontra, portanto, novos desafios na segunda década do século XXI. Pela primeira vez, de maneira mais efetiva, inclusive com instrumentos jurídicos, coloca-se a questão de integrar o SUS municipal e regional, articulando-se uma única estrutura hierárquica compartilhada. Todavia, convergem também políticas contrárias ao projeto territorializador, que trazem enorme dificuldade para a unificação do modelo assistencial e sua articulação reticular. Como deve ser a estrutura da unidade básica de saúde. A Unidade Básica de Saúde refere-se a estrutura com condições relativamente estáveis dos serviços de saúde, dentre elas, os instrumentos, recursos materiais, humanos, o contexto físico e organizacional, no qual são realizadas as ações de saúde. Portanto, estruturas adequadas contribuem para o desenvolvimento dos processos de cuidado, influenciam seus resultados e são essenciais para a melhoria e qualidade da prestação de serviços. Unidades Básicas de Saúde (UBS) são construídas de acordo com as normas sanitárias e tendo como referência o manual de infraestrutura do departamento de Atenção Básica/SAS/MS., com intuito de conduzir, contendo as normas técnicas para uma adequada estruturação de uma UBS. A construção da Tipologia de UBS é definida por cinco subdimensões os 5R, que definem as estruturas consideradas eficazes para os processos de atenção acessíveis, resolutivos de qualidade no Brasil que são: equipes (tipos de equipes), profissionais (elenco de profissionais), turnos de trabalho (turnos de funcionamento), serviços disponíveis (de acordo com a região), instalações e insumos (equipamentos de tecnologia de informação e comunicação). Considerações de cada ambiente que integra a unidade de Saúde da Família. Os ambientes que devem ter alterações de acordo com a quantidade de Equipes na UBS, seriam esses mostrados na tabela 2. Os demais espaços na UBS se mantem um ambiente independentemente da quantidade de ESF trabalhando na unidade. Tabela 1- Ambientes que sofrem alterações de acordo com quantidade de ESF trabalhando na UBS. Fonte: Manual De Estrutura Física Das Unidades Básicas De Saúde - 2ª Edição Brasília/DF- 2008 Ambiente 1 ESF 2 ESF 3 ESF 4 ESF 5 ESF Sala de espera Para 15 pessoas Para 30 Pessoas Para 45 Pessoas Para 60 pessoas Para 75 pessoas Consultório com sanitário 1 1 2 3 3 Consultório 1 3 3 4 5 Equipo odontológico 1 2 3 4 4 Sanitário para usuário 1 2 2 4 4 Banheiro para funcionários 1 1 1 2 2 Os espaços e salas definidos têm sua utilização compartilhada por todos os profissionais da Equipe de Saúde da Família, com intuito de caracterizar os ambientes específicos e as dimensões necessárias ao desenvolvimento das ações de Atenção Básica e Saúde da Família. Os espaços destinados a atendimento da UBS são: · Sala de recepção: espaço destinado à informação, registro, agendamento e encaminhamento. · Sala de espera: espaço destinado ao usuário do serviço e seus acompanhamentos que aguardarão o atendimento pelo profissional da Saúde da Família. · Espaço criança: Trata-se de uma sala voltada ao desenvolvimento infantil com livros, brinquedos e materiais que estimulam o desenvolvimento cognitivo, possibilitando que as crianças brinquem enquanto esperam para serem atendidas. · Sala de prontuários: sala de guardar os arquivos de prontuário em segurança, com acesso fácil à recepção e triagem. · Administração e gerência: local destinado às atividades administrativas das UBS. · Sala de fácil acesso a funcionários e acesso controlado aos usuários. · Recepção administrativa: espaço dentro da sala ou área de espera com balcão, guichês com computadores, cadeiras e quadro de avisos, com profissional da administração responsável pelo registro de chegada, escuta e direcionamento correto do usuário ao serviço adequado de acordo com sua demanda, agendamentos e retornos de consultas. · Sala de reuniões: espaço destinado a atividades educativas em grupo. Prever acesso de forma que os usuários não necessitem transitar nas demais dependências da UBS. · Regulação: espaço destinado a agendamento de exames e especialidades médicas e regulação de vagas respectivas a população. · Sala de ACS: espaço destinado aos Agentes de Saúde, em UBS menores, podem ser o mesmo espaço da Área de Reuniões. · Sala de acolhimento: espaço reservado para profissional da saúde que presta atendimento de urgência. · Sala de Coleta: espaço reservado para os profissionais da saúde para a realização de exames laboratoriais. · Consultório Médico: espaço reservado para médicos prestarem o atendimento aos seus respectivos pacientes. · Consultório Odontológico: espaço reservado para dentistas prestarem atendimento odontológico em seus respectivos pacientes.· Sala de vacina: sala destinada para a aplicação de vacinas sazonais, periódicas e medicamentos de uso contínuo injetável. · Almoxarifado: local destinado à guarda de materiais diversos. · Farmácia: espaço destinado à dispensação e de orientação quanto ao uso correto de medicamentos; de execução das ações de atenção farmacêutica e de seguimento farmacoterapêutico; de recepção e de guarda dos medicamentos e de planejamento e gestão da assistência farmacêutica local. · WC para pacientes: banheiro masculino, feminino e PNE para uso dos pacientes. · WC para funcionários: banheiros de utilização compartilhada por todos os profissionais da Equipe de Saúde da Família. · Sala DML: espaço destinado aos funcionários da limpeza, depósito de material de limpeza, estando com o estoque correto de produtos, fundamental na manutenção da saúde nos ambientes da UBS. · Sala de utilidades ou expurgo: Ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos materiais e roupas utilizadas na assistência ao paciente e poderá ser utilizado para a guarda temporária de resíduos. Composição de Equipe da Saúde Equipe de saúde da família (eSF), sua composição mínima é: · 1 médico · 1 enfermeiro(a) · 1 Auxiliar e/ou técnico de enfermagem · Agentes comunitários de saúde também podem compor a equipe: · Profissionais de combate a endemias · Profissionais da saúde bucal Atribuições dos profissionais que compõem a eSF de acordo com a regulamentação do Ministério da Saúde Médico: · Prestar assistência médica às pessoas e familiares por ela responsáveis; · Realizar consulta clínica, pequenas cirurgias e atividades em grupo em UBS, e quando necessário, em domicílio e / ou outros espaços comunitários; de acordo com o contrato, diretrizes clínicas e terapêuticas e normas técnicas formuladas pela operadora, em atendimento às legislações do setor e regulamentos; · Encaminhar pacientes para outros locais de consulta quando necessário, respeitando a mobilidade local e mantendo a responsabilidade de supervisionar o plano de tratamento prescrito; · Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, sendo responsável pelo acompanhamento do paciente. · Desempenhar outras funções de sua competência. Enfermeiro: · Prestar atendimento ao paciente e seus familiares, em casa ou em outros espaços da comunidade, quando necessário; · Consulta, procedimentos de enfermagem, solicitação de exames complementares e prescrição de medicamentos de acordo com o que preceitua a legislação ocupacional, de acordo com convênios, clínicas e tratamentos ou outros regulamentos técnicos estabelecidos por autoridades federais, estaduais, municipais ou distritais federais; · De acordo com o contrato estabelecido, realizar e / ou supervisionar o recebimento por meio de escuta qualificada de classificação de risco; · Colaborar com os demais membros da equipe na estratificação de riscos e no desenvolvimento de planos de cuidados aos portadores de doenças no território; · Realizar atividades em grupo e orientar os usuários para outros serviços estabelecidos pela rede local quando necessário; · Supervisionar a conduta dos técnicos e auxiliares de enfermagem; · Implementar e manter atualizados os procedimentos, acordos e processos de rotina relacionados à sua área na UBS; · Desempenhar as demais atribuições nos termos da lei e no âmbito das suas atribuições. Técnico e / ou auxiliar de enfermagem: · Envolver-se em procedimentos padronizados para as atividades de saúde em casa e / ou outros espaços da comunidade, a fim de exercer sua profissão, e quando instruído ou necessário; · Executar as atividades de enfermagem, como coleta de curativos, medicamentos, vacinas, materiais de inspeção, limpeza e desinfecção de materiais, e demais atividades encomendadas de acordo com suas áreas de atuação e regulamentos; · Desempenhar outras atribuições que pertençam à sua área de atuação. Agente comunitário de saúde (ACS): · Com o apoio da equipe, cadastrar os indivíduos de forma geográfica clara e cadastrar toda a sua área, manter os dados mais recentes do sistema de informação da atenção básica vigente, sistematicamente, com o apoio da equipe, realizar análises de saúde, levando em consideração a sociedade, as características econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território e o monitoramento prioritário do planejamento local; · Coleta de informações para obter dados demográficos e socioculturais da comunidade; · Para efeito de planejamento e monitoramento das ações de saúde, cadastrar dados sobre óbitos, doenças e demais agravos à saúde, de forma a garantir o sigilo ético; · Levando em consideração as características e objetivos do trabalho de monitoramento de indivíduos e grupos sociais ou comunidades, formular ações que busquem a integração entre a saúde e a população cadastrada na UBS; · Participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e prevenção das doenças bucais; Técnico em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucal (ASB): · Acompanhar, apoiar e realizar as atividades de saúde bucal colaborando com os demais profissionais da equipe, buscando reunir e integrar as ações de saúde de forma multidisciplinar; · Apoiar as atividades na prevenção e promoção da saúde bucal; · Participar de atividades educativas voltadas à promoção da saúde e prevenção de doenças bucais; · Acolhimento de pacientes em serviços de saúde bucal; · Auxiliar na instrumentação do Cirurgião dentista. · Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, tratamento e descarte de produtos e resíduos odontológicos. · Exercer outras funções que sejam de seu campo de atuação. Perfil Perfil do Território – UBS Jardim Fontalis A UBS se encontra numa área acidentada, com ruas asfaltadas, próxima ao terminal de ônibus na principal,lateral a rua principal de entrada do bairro e do comercio e igrejas. Apresenta comércios de pequeno e/ou médio porte, com poucas farmácias de grandes redes. Perfil da População De acordo com o que foi relatado pela Unidade, a população total estimada é de 70.000 habitantes, sendo 16.284 indivíduos cadastrados e 5.548 famílias estão cadastradas na unidade, distribuídas em 4 equipes. Área de abrangência da UBS Figura 1- Subdivisões de áreas por ESF. Fonte: Mapa com a delimitação das áreas de abrangência de UBS – Prefeitura de São Paulo. Divisão da área de abrangência: A área de abrangência é dividida em 6 Equipes de Saúde da Família composta por 1 Médico, 1 Enfermeira, 2 Auxiliares de Enfermagem e 6 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) Tabela 2 - Divisões da área de abrangência. Fonte: Própria. ESF – Por região Cor Famílias Cadastradas 01 – Esmeralda Verde 1.323 02 – Safira Azul 1.379 03 – Topázio Amarelo 1.406 04 – Rubi Vermelha 1.440 Total de famílias cadastradas na região 5.548 Total de indivíduos cadastrados 16.284 Divisão de equipes de acordo com a área: Tabela 3 - Relação equipe ESF Fonte: -Própria. Área / Equipe Número de médicos Número de enfermeiras Número de auxiliares de enfermagem Número de Agente de Saúde Comunitário 1 1 1 2 6 2 1 1 2 6 3 1 1 2 6 4 1 1 2 6 Tabela 4 - Relação Equipe Multi Fonte: Própria NASF ou Equipe Multi Categoria profissional Quantidade Jornada Assistente social 01 7 as 13h Médico psiquiatra 01 Médico pediatra - Psicólogo - Fonoaudiólogo 01 7 as 16h Terapeuta ocupacional 01 8 as 12h Nutricionista 01 8 as 17h Fisioterapeuta 01 8 as 12h Tabela 5 - Jornada funcionários da Farmácia Fonte: Própria Farmácia Categoria profissional Quantidade Jornada Farmacêutico 01 07 as 16h Técnico em farmácia 02 07 as 16h / 10 as 19h Tabela 6 - Jornada Equipe Saúde Bucal. Fonte: Própria Saúde Bucal Categoria profissional Quantidade Jornada Odontologista 03 10 as 19h / 08 as 17h / 07 as 16h Técnico em assistência bucal 04 07 as 16h / 10 as 19h Assistente em saúde bucal 03 07 as 16h / 10 as 19h Atividadesdesenvolvidas na UBS De acordo com o relatado pelos profissionais da unidade, ocorrem o grupo de diabético, grupo de pressão arterial, grupo de gestante, grupo de ginástica, coral, terapia comunitária, terapia ocupacional, ginástica terapêutica chinesa (Liang Gong), caminhada, grupo de adolescentes, ações educativas de odontologia, planejamento familiar, tabagismo, fisioterapia, mulheres deficientes, homens deficientes e crianças. Equipe de Apoio para o funcionamento da UBS As equipes de apoio presentes na UBS são o consultório na rua, a equipe de regulação, recepção, recursos humanos, manutenção, limpeza, segurança, administrativo e farmácia. PROGRAMAS E AÇÕES DO SUS Os fatos comprovam que o processo de produção saudável é multifatorial e multifacetado, o que requer uma ampla gama de debates em diferentes áreas do conhecimento, principalmente saúde e educação. Sob essa premissa, a avaliação de usuários, profissionais de saúde e gestores no processo é vista como uma estratégia para atingir esses objetivos. (SILVA, 2021) As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem como objetivo atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para outros serviços, como emergências e hospitais (BRASIL_za, 2021). E dentro dela o cidadão poderá ter acesso a ações de promoção, prevenção e tratamento relacionadas a saúde da mulher, da criança, saúde mental, planejamento familiar, prevenção a câncer, pré-natal e cuidado de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, fazer curativo, fazer inalações, tomar vacinas, coletar exames laboratoriais, ter tratamento odontológico, receber medicação básica e caso seja necessário ser encaminhado para atendimentos com especialistas (BRASIL_za, 2021). De acordo com a PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL_zb, 2017). “3.2 Tipos de unidades e equipamentos de Saúde São considerados unidades ou equipamentos de saúde no âmbito da Atenção Básica: a) Unidade Básica de Saúde Recomenda-se os seguintes ambientes: consultório médico e de enfermagem, consultório com sanitário, sala de procedimentos, sala de vacinas, área para assistência farmacêutica, sala de inalação coletiva, sala de procedimentos, sala de coleta/exames, sala de curativos, sala de expurgo, sala de esterilização, sala de observação e sala de atividades coletivas para os profissionais da Atenção Básica. Se forem compostas por profissionais de saúde bucal, será necessário consultório odontológico com equipo odontológico completo; a. área de recepção, local para arquivos e registros, sala multiprofissional de acolhimento à demanda espontânea, sala de administração e gerência, banheiro público e para funcionários, entre outros ambientes conforme a necessidade. b) Unidade Básica de Saúde Fluvial Recomenda-se os seguintes ambientes: a. consultório médico; consultório de enfermagem; área para assistência farmacêutica, laboratório, sala de vacina; sala de procedimentos; e, se forem compostas por profissionais de saúde bucal, será necessário consultório odontológico com equipo odontológico completo; b. área de recepção, banheiro público; banheiro exclusivo para os funcionários; expurgo; cabines com leitos em número suficiente para toda a equipe; cozinha e outro ambientes conforme necessidade. c) Unidade Odontológica Móvel Recomenda-se veículo devidamente adaptado para a finalidade de atenção à saúde bucal, equipado com: Compressor para uso odontológico com sistema de filtragem; aparelho de raios-x para radiografias periapicais e interproximais; aventais de chumbo; conjunto peças de mão contendo micro-motor com peça reta e contra ângulo, e alta rotação; ga- binete odontológico; cadeira odontológica, equipo odontológico e refletor odontológico; unidade auxiliar odontológica; mocho odontológico; autoclave; amalgamador; fotopolimerizador; e refrigerador.” Dentro da Atenção Básica, devem conter tipos de equipes: a Equipe de Saúde da Família, a Equipe da Atenção Básica, Equipe de Saúde Bucal Equipe de Saúde da Família (eSF) Esta é uma estratégia prioritária em saúde que visa reorganizar a atenção básica do país de acordo com as normas do SUS. É também considerada uma estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica, pois facilita o reposicionamento dos processos de trabalho, além de proporcionar importantes relações custobenefício, também melhora a resolutividade e impacta o estado de saúde das pessoas e comunidades (BRASIL_zb, 2017). Composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal (BRASIL_zb, 2017). Equipe da Atenção Básica (eAB) Essa equipe tem como objetivo atender aos princípios e diretrizes propostas para a Atenção Básica e a gestão municipal poderá compor equipes de Atenção Básica (eAB) de acordo com características e necessidades do município, tendo como modelo prioritário a ESF, as equipes de Atenção Básica (eAB) podem posteriormente se organizar tal qual o modelo prioritário (BRASIL_zb, 2017). As equipes deverão ser compostas minimamente por médicos preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro preferencialmente especialista em saúde da família, auxiliares de enfermagem e ou técnicos de enfermagem, podendo agregar outros profissionais como dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal, agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias (BRASIL_zb, 2017). Equipe de Saúde Bucal (eSB) Nessa equipe, além da equipe que atuam na atenção básica, devem ser acrescentado um cirurgião-dentista e um técnico em saúde bucal e/ou auxiliar de saúde bucal e devem estar vinculados à uma UBS ou a Unidade Odontológica Móvel e podem se organizar nas seguintes modalidades (BRASIL_zb, 2017): · Modalidade I: Cirurgião-dentista e auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB) e; · Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, ou outro TSB. Independentemente da modalidade adotada, os profissionais de Saúde Bucal são vinculados a uma equipe de Atenção Básica ou equipe de Saúde da Família, que além de compartilhar a gestão e o processo de trabalho da equipe, possuem a responsabilidade sanitária pela mesma população e território adstrito que a equipe de Saúde da Família ou Atenção Básica a qual integra (BRASIL_zb, 2017). Outas estratégias estão presentes no rol do Ministério da Saúde, dentre elas a Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde, Equipe multidisciplinar e outras. Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) A Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas UBS é tida como uma possibilidade de reorganização da Atenção Básica com o objetivo de implantação gradual da Estratégia de Saúde da Família ou mesmo como uma forma de agregar os agentes comunitários a outras maneiras de organização da Atenção Básica. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) O Núcleo Ampliado de Saúde da Família, atualmente conhecido como equipe multidisciplinar é constituído por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, de forma complementar às equipes que atuam na Atenção Básica. É formada por diferentes ocupações (profissões e especialidades) da área da saúde e tem com o objetivo atuar de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB). Deve estabelecerseu processo de trabalho a partir dos problemas, necessidades e necessidades de saúde das pessoas e grupos sociais de seu território, bem como das dificuldades na análise e gestão das diversas equipes de profissionais da atenção básica. Para tanto, faz-se necessário o compartilhamento de saberes, práticas intersetoriais e gestão em rede de enfermagem, bem como educação permanente e gestão coletiva no território de responsabilidade dessas equipes. Vale ressaltar que o Nasf-AB não constitui um serviço com unidade física independente ou especial e não pode ter acesso gratuito ao atendimento individual ou coletivo. Além de outros equipamentos sociais públicos / privados, redes sociais e comunitárias, também devem atuar de forma integrada com a rede de saúde e seus diversos pontos de atenção a partir das necessidades determinadas no trabalho com a equipe. As ações e programas preconizados pelo Ministério da Saúde são: o Banco de leite humano, o cartão nacional de saúde, Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS), Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, Doação de sangue, Força Nacional do SUS, Plano de Expansão da Radioterapia no SUS, Programa Saúde Bucal, Programa de Volta Para Casa, Sistema Nacional de Doação e Transplante de Órgãos, Política Nacional de Humanização – HumanizaSUS, Serviço de Atenção Domiciliar - Melhor em Casa, Programa Pesquisa Para o SUS – PPSUS, Rede Cegonha, Programa de Fitoterápico e Plantas Medicinais, UPA 24h – Unidade de Pronto Atendimento, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192, Programa Nacional da Triagem Neonatal, Programa Nacional de Imunizações – Vacinação, Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS - Proad-SUS, Projeto Lean nas Emergências: redução das superlotações hospitalares, Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde, Tabagismo, Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), Programa Nacional de Gestão de Custos, Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). (BRASIL, 2021) Banco de Leite Materno O leite materno é de suma importância para todos os bebês, principalmente para os que estão internados e/ou não podem ser amamentados pela própria mãe. Dados apontam que todos os anos, aproximadamente 150 mil litros de leite humano são coletados, processados e distribuídos a recém-nascidos de baixo peso, internados em unidades neonatais no Brasil (BRASIL_a, 2021). O Brasil possui a maior e mais complexa Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) do mundo e é modelo para a cooperação internacional em mais de 20 países das Américas, Europa e África, estabelecida por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) (BRASIL_a, 2021). Cartão Nacional de Saúde - CNS O Cartão Nacional de Saúde-CNS é um documento de identificação dos usuários do SUS. O cadastro contém informações sobre a pessoa, tais como: dados pessoais (nome, nome da mãe, data de nascimento etc.), pessoa de contato (telefone, endereço, e-mail) e documentos (CPF, RG, certidão etc.). Atualmente, os números do CNS estão incluídos nos sistemas informatizados de saúde que precisam identificar os indivíduos, sejam eles usuários, operadoras ou profissionais de saúde (BRASIL_b, 2021). Atualmente, com a informatização, o CNS faz parte da política de e-saúde do Ministério da Saúde, que visa disponibilizar consultas nas seguintes bases de dados: pessoal, instituições, procedimentos e outros, e vincular essas informações para propor ações estratégicas para a formulação de políticas de saúde de forma integrada, e para prover uma rede de atenção à saúde. A organização administrada pelo SUS promove a saúde do cidadão e realiza avaliação da qualificação do trabalho de gestores e profissionais da área de saúde. Diante disso, as pessoas podem perceber o impacto e a amplitude da tecnologia da informação e das telecomunicações na gestão da saúde pública. Além disso, o acesso a essas informações dá ao cidadão a oportunidade de participar da fiscalização e melhoria do SUS (BRASIL_b, 2021). Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na Área de Saúde – CEBAS O Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na Área de Saúde - CEBAS, é concedido pelo Ministério da Saúde à pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecida como Entidade Beneficente de Assistência Social com a finalidade de prestação de serviços na Área de Saúde, cumpridas as condições definidas pela Legislação (BRASIL_c, 2021). Sendo que as últimas mudanças decorrentes da Legislação em vigor dão um novo olhar para a certificação na área de saúde, com foco no fortalecimento da gestão do SUS e na melhoria do acesso aos serviços, com a potencialização das ações para a estruturação das Redes de Atenção à Saúde (RAS) (BRASIL_c, 2021). Outro importante aspecto a ser observado é a inserção de ações prioritárias de saúde no conjunto de critérios para a comprovação da prestação de serviços ao SUS, para fins de certificação (BRASIL_c, 2021). A pactuação dessas ações ocorre no âmbito dos Estados e Municípios e abrange as áreas de Atenção Obstétrica e Neonatal, Oncológica, Urgências e Emergências, Usuários de Álcool, Crack e outras Drogas e Hospitais de Ensino (BRASIL_c, 2021). Centros de Atenção Psicossocial – CAPS Os Centros de Atenção Psicossocial - CAPS nas suas diferentes modalidades são pontos de atenção estratégicos da Rede de Atenção Psicossocial, que são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, sendo constituído por equipe multiprofissional atuando sobre a ótica interdisciplinar e realizando de forma prioritária atendimentos às pessoas que estão em sofrimento ou transtorno mental, incluindo as pessoas que fazem o uso de álcool e outras drogas de forma excessiva, dentro de uma região delimitada (área territorial), que estão em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial e são substitutivos ao modelo asilar (BRASIL_d, 2021). É importante saber que caso o seu o seu município não possua CAPS a pessoa ou o profissional de saúde deve recomendar que ocorra a procura pela atenção básica de saúde. Doação voluntária de sangue A doação voluntária de sangue é uma ação promovida pelos estados em campanhas e articulações locais, com critérios que permitem ou impedem uma doação de sangue são determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, visando à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue (BRASIL_e, 2021). O Sistema Único de Saúde depende de doações não remuneradas e voluntárias de sangue para manter a autossuficiência sanguínea. Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) é um programa de cooperação criado em novembro de 2011 e voltado à execução de medidas de prevenção, assistência e repressão a situações epidemiológicas, de desastres ou de desassistência à população quando for esgotada a capacidade de resposta do estado ou município. Dentro desse programa, fora criada pelo mesmo decreto dispositivos que permitem a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) (BRASIL_f, 2021). Assim a Força Nacional pode ser acionada por solicitação do Comitê Gestor da FN-SUS, por solicitação dos entes Federados e para integrar ações humanitárias e em resposta internacional coordenada, quando solicitada pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) e/ou Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS) (BRASIL_f, 2021). Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (PER/SUS) O Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (PER/SUS), tem como principal objetivo ampliar e criar serviços de radioterapia em hospitais habilitados no SUS visando a redução dos vazios assistenciais e atender as demandas regionais de assistência oncológica em consonância com os Estados e Municípios (BRASIL_g, 2021). Saúde Bucal Com a criação do Programa Brasil Sorridente, o acesso dos brasileiros à Saúde Bucal vem aumentando desde 2003 e como parte do programa o governo federal reúne uma série de medidas para garantir ações de promoção, prevenção e recuperaçãoda saúde bucal dos brasileiros, pois sabe-se que a saúde da boca é fundamental para a saúde geral e para a qualidade de vida da população (BRASIL_h, 2021). A reorganização da Atenção Básica em Saúde Bucal conta com a implantação das equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família, na ampliação e qualificação da atenção especializada e na viabilização da adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público (BRASIL_h, 2021). Programa De Volta Para Casa (PVC) Programa veio com a Lei 10.708 de 2003, que garante o auxílio-reabilitação psicossocial para a atenção e o acompanhamento de pessoas em sofrimento mental, egressas de internação em hospitais psiquiátricos, inclusive em hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, cuja duração tenha sido por um período igual ou superior a dois anos, visando a restituição do direito de morar e conviver em liberdade nos territórios e a promoção de autonomia e protagonismo do/a usuário/a (BRASIL_i, 2021). E visa reduzir de forma progressiva os leitos em hospitais psiquiátricos; qualificar, expandir e fortalecer a rede extra-hospitalar – como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) e leitos de saúde mental em Hospitais Gerais – e incluir as ações da saúde mental na Atenção Básica (BRASIL_i, 2021). Sistema Nacional de Doação e Transplante de Órgãos O transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação. O Sistema Nacional de Doação e Transplante de Órgãos do SUS é o maior programa público de transplantes do mundo, no qual quase 90% dos transplantes de órgãos são feitos com recursos públicos (BRASIL_j, 2021). Política Nacional de Humanização - HumanizaSUS A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003 visando a efetivação dos princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil, de forma a promover a comunicação entre todos os grupos e esferas de poder com o objetivo de gerar debates que direcionem mudanças proporcionando uma melhor forma de cuidar e organizar o trabalho (BRASIL_j, 2021). A humanização nada mais é do que a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de produção de saúde, ou seja, a enaltecendo todos os sujeitos gerando maior autonomia, ampliando a capacidade de transformar a realidade em que vivem (BRASIL_h, 2021). Serviço de Atenção Domiciliar - Melhor em Casa A Atenção Domiciliar (AD) é uma forma de atenção à saúde, que é oferecida na moradia do paciente e caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e integrada à Rede de Atenção à Saúde (BRASIL_k, 2021). Os tipos de atenção domiciliar podem ser, dentro da Atenção Básica aqueles pacientes que possuam problemas de saúde controlados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade básica de saúde, além daqueles que necessitam de cuidados de menor intensidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência de visitas, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento de todos os tipos de equipes que compõem a atenção básica. Sendo que a indicação para o atendimento domiciliar pode vir de diferentes serviços da rede de atenção (BRASIL_k, 2021). A prestação de assistência à saúde é de responsabilidade da equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e da equipe multiprofissional de apoio (EMAP), sendo o cuidado compartilhado com a família e/ou cuidador responsável (Brasil, 2021). Programa Pesquisa Para o SUS – PPSUS O Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) tem como objetivo descentralizar o fomento no campo de pesquisa na área da saúde nas unidades federativas, promovendo o desenvolvimento científico e tecnológico, visando atender as peculiaridades e especificidades de cada unidade federativa e contribuir para a redução das desigualdades regionais (BRASIL_l, 2021). E é considerado uma iniciativa inovadora pois adota um modelo de gestão descentralizado e participativo, ao qual há o envolvimento de gestores, profissionais de saúde, pesquisadores e representantes da sociedade civil (BRASIL_l, 2021). Rede Cegonha O objetivo deste programa, lançado em 2011, pelo governo federal, é garantir que toda mulher tenha o direto ao planejamento reprodutivos e atenção humanizada à gravidez ao parto e ao puerpério (pós-parto), bem como as crianças têm o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis (BRASIL_m, 2021). Além disso, proporcionando saúde, qualidade de vida, bem-estar durante a gestação, no parto, pós-parto e no desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida, reduzindo a mortalidade materna e infantil e garantindo os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes (BRASIL_l, 2021). Um instrumento que veio junto foi a Caderneta da Gestante que é utilizado para o registro das informações de acompanhamento da gestação e deve ser parte essencial do processo de trabalho dos profissionais de saúde, sendo utilizada em todas as consultas do pré-natal (BRASIL_l, 2021). Programa de Fitoterápico e Plantas Medicinais O objetivo da Política e do Programa é “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional” (BRASIL_n, 2021). Alguns medicamentos fitoterápicos são ofertados pelo SUS com indicações para casas como, por exemplo: para uso ginecológico, tratamento de queimaduras, auxiliares terapêuticos de gastrite e úlcera, além de medicamentos com indicação para artrite e osteoartrite (BRASIL_n, 2021). A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi criada em 2006, pelo Decreto nº 5.813. As diretrizes da política foram detalhadas como ações no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Portaria Interministerial nº 2.960/2008 (BRASIL_n, 2021). UPA 24h – Unidade de Pronto Atendimento A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) faz parte da Rede de Atenção às Urgências e tem como objetivo concentrar os atendimentos de saúde de complexidade intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a atenção básica e a atenção hospitalar, diminuindo as filas nos prontos-socorros dos hospitais (BRASIL_o, 2021). É um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária, articulado com a Atenção Básica, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192, a Atenção Domiciliar e a Atenção Hospitalar, a fim de possibilitar o melhor funcionamento da RAU (BRASIL_o, 2021). A UPA 24h oferece uma estrutura simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação, sendo que cerca de 97% dos casos são resolvidos nessas UPAs e se necessário, o usuário do pode ser encaminhado para um hospital da rede de saúde, para realização de procedimento de alta complexidade (BRASIL_o, 2021). Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192 O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou emergência que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte, podendo ser urgências de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras (BRASIL_p, 2021). O SAMU 192 é um serviço gratuito, que funciona 24 horas, por meio da prestação de orientações e do envio de veículos tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número "192" e acionado por uma Central de Regulação das Urgências (BRASIL_p, 2021). Ele realiza os atendimentos em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas, e conta com equipes que reúne médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e condutores socorristas (BRASIL_p, 2021). Programa Mais Médicos O Programa Mais Médicos (PMM) tem comoobjetivo a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), visando, levar mais médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais e mais investimentos para construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de novas vagas de graduação, e residência médica para qualificar a formação desses profissionais, de forma a garantir um atendimento qualificado e um atendimento humanizado (BRASIL_q, 2021). O Programa Mais Médicos uniu-se a uma série de ações e iniciativas governamentais para fortalecer a atenção primária à saúde no país. A atenção básica é a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS), que existe em todos os municípios e próximo a todas as comunidades. É neste serviço que 80% dos problemas de saúde são resolvidos (BRASIL_q, 2021). Programa Farmácia Popular O Programa Farmácia Popular tem como objetivo oferecer uma alternativa de acesso da população aos medicamentos considerados essenciais, possuindo duas etapas de implantação: a Rede Própria funcionando como uma parceria entre o Ministério da Saúde e prefeituras municipais e governos estaduais, sendo que as unidades próprias contam com medicamentos e o preservativo masculino, com dispensa pelo valor de custo, uma redução de até 90%, tendo como condição para a aquisição dos medicamentos disponíveis nas unidades a apresentação de documento com foto, no qual conste seu CPF, juntamente com uma receita médica ou odontológica (as receitas prescritas por dentistas são aceitas apenas na Rede Própria).; e o Aqui tem Farmácia Popular que pertence a rede privada de farmácias e drogarias comerciais credenciadas com o intuito de levar o benefício da aquisição de medicamentos essenciais a baixo custo a mais lugares e mais pessoas (BRASIL_r, 2021). Programa Nacional de Triagem Neonatal O Programa Nacional de Triagem Neonatal tem como objetivo fornecer diagnóstico precoce, tratamento adequado e acompanhamento médico de doenças que podem prevenir a morte, invalidez e proporcionar uma melhor qualidade de vida ao recém-nascido (BRASIL_s, 2021). Programa Nacional de Imunizações - Vacinação O Programa Nacional de Imunizações do Brasil está avançando ano a ano para proporcionar às pessoas uma melhor qualidade de vida por meio da prevenção de doenças (BRASIL_t, 2021). Assim como os países desenvolvidos, o calendário nacional de vacinação do Brasil inclui não apenas crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas (BRASIL_t, 2021). Um total de 19 vacinas são fornecidas no programa de imunização, e seus efeitos protetores começam até no recém-nascido e podem durar por toda a vida (BRASIL_t, 2021). As vacinas são seguras e podem estimular o sistema imunológico para proteger as pessoas de doenças infecciosas e quando adotados como estratégia de saúde pública, são considerados um dos melhores investimentos do setor saúde em termos de custo-efetividade (BRASIL_t, 2021). Este programa é um dos maiores do mundo, fornecendo 45 imunobiologias diferentes para toda a população, com vacinas aplicáveis a todas as faixas etárias e atividades para atualizar o manual de vacinação todos os anos (BRASIL_t, 2021). Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS - Proad-SUS O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) foi desenvolvido para ajudar no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), e é financiado com recursos de isenção fiscal (COFINS e cota patronal do INSS), concedida aos hospitais filantrópicos de excelência reconhecidos pelo Ministério da Saúde, além de apoiar o SUS na promoção da melhoria das condições de saúde da população brasileira (BRASIL_u, 2021). Os projetos de apoio devem estar enquadrados nos Temas e Objetivos Prioritários definidos pelo Ministério da Saúde para cada triênio do Programa (BRASIL_u, 2021). Projeto Lean nas Emergências: redução das superlotações hospitalares O Projeto Lean nas Emergências foi desenvolvido por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS - Proadi/SUS, executado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, que visava atingir (até 2020) 100 serviços de urgência reestruturados/450 profissionais capacitados e 180 protocolos clínicos implantados (BRASIL_v, 2021). Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde O Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde, Criado pela Portaria nº 1.378/GM/MS, de 08 de julho de 2013 e tem como objetivo buscar a melhoria das ações e serviços de Vigilância em Saúde, como iniciativa para o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde, tendo como metas a garantia do acesso integral e de forma oportuna às ações e serviços de qualidade visando contribuir para a melhoria das condições de saúde da população, a redução das iniquidades e a promoção da qualidade de vida dos brasileiros, e ainda, constituem-se como objetivos gerais do Ministério da Saúde (BRASIL_x, 2021). Programa Nacional de Controle do Tabagismo O Programa Nacional de Controle do Tabagismo tem como objetivo a redução da prevalência de fumantes no Brasil e a consequente morbimortalidade associada ao consumo de produtos do tabaco, através de um modelo lógico de educação, comunicação, ações de saúde e apoio à adoção ou cumprimento de medidas legislativas e da economia, com foco especialmente entre crianças, adolescentes e jovens além de promover a cessação do tabagismo e proteger o público da exposição à fumaça ambiental do tabaco (BRASIL_y, 2021). Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi criado para contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional, sendo que a segurança do paciente é um dos seis atributos da qualidade do cuidado e mundialmente vem ganhando grande importância para os pacientes, famílias, gestores e profissionais de saúde com a finalidade de oferecer uma assistência segura (BRASIL_w, 2021). 2.39. Programa Nacional de Gestão de Custos O Programa Nacional de Gestão de Custos-PNGC é composto por um conjunto de ações que visam promover a gestão unificada dos custos do sistema de saúde no SUS, a partir da geração, melhoria e disseminação de informações de custos relacionados e correlatos, utilizados como suporte aos serviços e unidades de saúde para sua otimização. a atuação do SUS, Região e rede (BRASIL_z, 2021). Dentre todos os programas apresentados acima estão presentes na UBS a Equipe de Saúde da Família, Equipe de Atenção Básica, Equipe de Saúde Bucal, Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde, Grupo Multidisciplinar, Política de Nacional de Humanização, Melhor em Casa, Programa Farmácia popular, Programa Nacional de Triagem Neonatal, Programa Nacional de Imunizações e o Programa Nacional de Controle do Tabagismo. Outros programas compõe o cronograma da UBS, como o Alô mamãe, Academia da Saúde, Saúde da Mulher, homem e da criança, e outros que são realizados de acordo com o calendário municipal, estadual e federal. Como a Rede de Atenção à Saúde (RAS) no SUS deve funcionar? Antes de refletirmos sobre como a RAS deve funcionar, é importante compreender alguns conceitos, além de seu significado e sua importância para o Sistema Único de Saúde, o nosso SUS. De acordo com a Constituição Federal Brasileira de 1988: Art 198º CF/88: “as ações e os serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único organizado de acordo com as diretrizes de descentralização, atendimento integral e participação da comunidade”. Também é importante destacarmos o que a Lei 8.080 de 1990, a Lei Orgânica da Saúde e também “criadora” do SUS, diz em seus seguintes artigos: Art 7º, inciso II: “(...) integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e dos serviços preventivos, curativos, individuais e coletivos (...)” Art 10º: “arranjos organizacionais para as redes loco-regionais através de consórcios intermunicipaise distritos de saúde como forma de integrar e de articular recursos e aumentar a cobertura das ações desenvolvidas.” A implantação da RAS, esse novo mecanismo foi fruto de um grande acordo tripartite que envolveu o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) publicado em 30 de dezembro de 2010 através da Portaria nº 4.279. Após analisar evidências tanto brasileiras como mundiais em relação ao custo efetividade que a implantação das RAS traria, também houve o convencimento de o tão citado princípio da Integralidade só teria a chance de ser conquistado por completo por meio destas Redes de Atenção à Saúde nos mais diversos territórios nacionais, e construindo regiões de saúde articuladas entre si de maneira supramunicipal. A fragmentação do sistema de saúde que víamos no Brasil até então, com a ineficiência e a concorrência dos serviços, mostrava claramente a necessidade de ser rompida com as RAS. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, as Redes de Atenção à Saúde são como “arranjos” organizados de saúde com diferentes densidades tecnológicas e que, ao estarem integradas através de sistemas de auxílio técnico, de gestão e também logístico, visam garantir a integralidade do cuidado à pessoa e, também, maior custo-benefício para a RAS e o próprio indivíduo. Um sistema de saúde tão complexo quanto o brasileiro precisa das mais diversas estratégias para que seja promovida a descentralização, a geração de capilaridade e, por fim, proporcione um atendimento de qualidade e seguro para toda a população. Portanto, é nesse contexto que as RAS (lideradas pelo MS desde 2011), representam um avanço imprescindível na organização do SUS. Essas Redes buscam atender às necessidades populacionais em todos os seus níveis de complexidade, ampliando o acesso e em tempo oportuno e de forma integral. Apesar do caminho não ser nem um pouco fácil e sim bem complexo, as RAS vêm demonstrando desde sua implementação sua capacidade de promover maior eficácia na produção de saúde, melhora na eficácia e também na eficiência do sistema de saúde em espaço regional e, inclusive, contribuem para o avanço do processo de efetivar cada vez mais o SUS. A transição entre o ideal de um sistema integrado de saúde em um sistema de redes e a concretização do mesmo passam pela permanente construção em cada território na qual estas RAS estão inseridas, nos permitindo conhecer o real valor de uma proposta inovadora para a melhor organização e gestão do sistema de saúde brasileiro. A importância das RAS também traz benefícios como a diminuição da fragmentação do Sistema de Saúde, promoção de melhor orientação aos usuários, diminuição de custos no uso adequado dos serviços e a promoção da intersetorialidade entre todas as redes para que possam avaliar e monitorar os usuários da melhor forma possível. Como algumas das maiores características das RAS, podemos citar: · Criação de relações horizontais entre os pontos de atenção (tendo sempre a Atenção · Básica como o centro de comunicação); · Centralização das necessidades de saúde da população; · Responsabilização pela atenção continuada e integral; · Cuidado Multiprofissional; · Comprometimento com resultados econômicos e sanitários; - Cuidado Multiprofissional. Além das citadas acima, não podemos deixar de considerar menos importante que sejam observados e analisados sempre aspectos como a definição territorial de maneira clara, realização de diagnóstico situacional, a articulação do público privado, o planejamento pelas necessidades efetivas, a criação de um sistema de suporte e logístico, o investimento tanto nas equipes como nos indivíduos, a criação de um sistema de governança e regulação para o melhor funcionamento da rede e, por fim, um financiamento sustentavelmente suficiente e vinculado à metas e resultados. Figura 2- RAS Fonte: Ministério da Saúde, 2012 As Redes de Atenção a saúde possuem nove fundamentos-chave e podemos entendê-los da seguinte forma: · Economia de Escala: está presente quando custos médios de longo prazo são reduzidos, a medida em que o volume das atividades aumenta e outros custos fixos são alocados por um número maior dessas atividades; · Suficiência de Qualidade: busca oferecer o manejo adequado das condições de saúde identificadas em nível local (ou seja, recursos financeiros, humanos e tecnológicos em quantidade suficiente para atender a demanda de determinada população com qualidade para atingir níveis e parâmetros preconizados pelo Ministério da Saúde); · Acesso: as barreiras na saúde englobam diversas dimensões, podendo ser geográficas, disponibilidade de serviços ou de profissionais, graus de acolhimento e/ou vínculo, condição socioeconômica do usuário, etc. Assim, é necessário que os serviços de saúde oferecidos sejam de fácil acesso, de qualidade adequada e em quantidade suficiente; · Disponibilidade de recursos: relacionada aos recursos físicos, financeiros, tecnológicos e também aos recursos humanos. Estes recursos são imprescindíveis tanto em sua existência como em sua alocação mais custo-efetiva, além de sua disponibilidade ser o fator determinante para o grau de concentração; · Integração Horizontal: se refere entre as unidades produtivas iguais, objetivando adensar a cadeia produtiva e, assim, obter maior produtividade; · Integração Vertical: se refere à articulação e à coordenação das diversas organizações de saúde responsáveis por ações de natureza diferenciada (primária, secundária ou terciária). O objetivo da integração vertical é agregar maior valor aos serviços prestados, ou seja, fazer com que o serviço se torne integrado e integral do ponto de vista da Atenção e das tecnologias que ela tem disponíveis, para fim de concretizar um dos principais objetivos do SUS; · Processos de Substituição: são o reagrupamento contínuo dos recursos entre e dentro dos serviços disponíveis em Saúde, para que estes possam proporcionar melhores resultados tanto sanitários como econômicos (levando em consideração os aspectos relacionados às equipes e aos processos de atenção à saúde); · Região de Saúde ou de Abrangência: é a área geográfica que abrange a cobertura de uma determinada Rede de Atenção à Saúde. · Níveis de Atenção: são os arranjos produtivos segundo as densidades tecnológicas individuais, que variam do menor nível de densidade (APS), ao de densidade intermediária (Atenção Secundária à Saúde), e que vai até o nível de maior densidade tecnológica (o de Atenção Terciária à Saúde). Uma vez que pudemos observar acima o básico sobre as RAS, podemos pensar nessas redes como rendados cujas linhas se interconectam, integrando os estabelecimentos de saúde de um determinado território. Os pontos formados se organizam em diferentes níveis e densidades de atenção, articulando-se para o atendimento ao usuário e para a promoção de saúde. E, como visto também acima de maneira breve, pudemos observar os componentes principais dessa malha rendada (como territorialização, população, serviços e ações de saúde com diferentes densidades tecnológicas, diferentes características com o apoio diagnóstico e terapêutico da assistência farmacêutica, o transporte, etc, logística, regulação). A RAS é uma proposta para a inovação do processo de organização do atual sistema de saúde, com o redirecionamento de suas ações e serviços para que seja produzido o impacto mais positivo possível nos indicadores de saúde da população. Na Atenção Primária à Saúde, vemos que existe uma maior complexidade porque se trabalha com mudanças de comportamento, estilos de vida (ex: hábito de fumar, alimentação saudável, atividade física, etc). Já quando falamos em densidade tecnológica, os serviços de Atenção Secundária e Terciária apresentam uma menor complexidade em relação à Atenção Primária, mas tem uma maior densidade tecnológica. Articulando os pontos levantados acima, tem-se o que chamamos de Modelo de Atenção. Este consiste em um modo de ver as coisas,é uma “visão de mundo” assim como um paradigma. Se fizermos uma analogia, podemos dizer que o paradigma desse modelo das RAS é como se fosse um aquário no qual estamos todos inseridos dentro dele. Nem sempre nos damos conta de que somos apenas somente mais um peixe dentro desse aquário. Expandindo a forma de pensar o processo saúde-doença e as formas de intervenção, muda-se então o paradigma. Assim, mudase então o Modelo de Atenção. Porém, a mudança de paradigma é difícil e lenta, afinal a mudança de premissas implica no colapso de toda uma estrutura de ideias. Na RAS, observamos que a concepção hierárquica e piramidal passa para um modelo em que a Atenção Primária em Saúde é o centro, tornando-se então um modelo poliárquico. Este é integrado por sistemas de apoio, logística e de governança. Ou seja, não existe uma hierarquização entre os diferentes pontos de atenção e nem mesmo entre eles e o centro de comunicação. Existe apenas uma diferenciação causada pelas suas funções específicas e por suas densidades tecnológicas respectivas. Figura 3 - Comparação Entre Os Modelos Piramidal E Poliárquico Dos Serviços Das Ras Fonte: As Redes De Atenção À Saúde - Eugênio Vilaça Mendes, 2011 Como vemos no ilustrado acima, a primeira imagem nos faz alusão a uma rede de constituição hierárquica, como se cada nível fosse dependente e subordinado ao outro para que seu bom funcionamento seja garantido e para o encaminhamento do usuário. Já a segunda imagem nos remete ao já citado modelo poliárquico, no qual a rede é horizontalizada, seus componentes são interdependentes, porém complementares. Também nos traz a ideia de que, caso algum dos elos se fragilize ou seja rompido, a rede poderá também ser enfraquecida e então a integralidade do cuidado seja abalada de certa forma. Com isso, percebemos que a Atenção Primária é a ordenadora do cuidado nas RAS. Melhor dizendo, é ela que, na maior parte das vezes, vai ter o contato inicial com o indivíduo, a família ou cm a comunidade, para assim atender as suas demandas e as direcionar sempre que necessário. Apesar disso, podemos dizer que a proposta da RAS não é o modo de pensar biomédico que tanto aprendemos sobre. A diferença deste novo modelo para o antigo é que, agora, ao invés do cuidado ser puramente pontual, a ideia principal passa a ser a da continuidade do cuidado, da atenção. Com a pactuação tripartite publicada em 2011 e citada inicialmente, observou-se que as seguintes redes temáticas foram priorizadas: - RAS Materna e Infantil – REDE CEGONHA: busca garantir o fluxo adequado tanto para o atendimento como para o planejamento da vida sexual e da vida reprodutiva, além do pré-natal, o parto e o nascimento, como também o puerpério e a primeira infância. A Rede também objetiva qualificar a assistência e enfrentar com o fim de reduzir a mortalidade materna, fetal e também a mortalidade infantil. Essa Rede está vinculada ao programa federal Rede Cegonha, ao programa estadual Primeira Infância Melhor (PIM) e também a outros financiamentos do estado como o Ambulatório da Gestante de Alto Risco (AGAR), o Ambulatório de Egressos de UTI Neonatal, incentivos estaduais para atendimento de alto risco e casa para a gestante, além de outros tipos de incentivos. As Diretrizes da Rede Cegonha visam garantir o acolhimento com classificação de alto risco, ampliar o acesso e a melhoria da qualidade dos cuidados pré-natal, garantir o vínculo da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro, garantir as boas práticas e a segurança na Atenção ao Parto e no nascimento, garantir a ampliação do acesso ao planejamento reprodutivo e também visa a garantia da atenção à saúde de crianças de 0 a 24 meses de idade com a maior qualidade e resolutividade possível. Figura 4 - Rede Cegonha. Fonte: Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) / Ministério da Saúde. - Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE): esta rede busca a ampliação e a qualificação do acesso humanizado e integral aos usuários em situações tanto de urgência como de emergência de maneira ágil e oportuna. A RUE está organizada em dois componentes: o pré-hospitalar (móvel e fixo) e o hospitalar. Seus componentes e suas interfaces são: a promoção e prevenção, UBS, UPA e outros serviços com funcionamento 24h, SAMU, portas hospitalares de atenção às urgências e emergências, enfermarias de retaguarda e unidades de cuidados intensivos, atenção domiciliar, inovações tecnológicas nas linhas de cuidado prioritárias (como, por exemplo, AVC, traumas e IAM) e o “Melhor em Casa”. Figura 5 – SAS Fonte: Secretaria De Atenção À Saúde (Sas) / Ministério Da Saúde Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (SPD): no âmbito do SUS, essa Rede visa proporcionar atenção integral à saúde da população com deficiência, desde a Atenção Primária (APS) até a reabilitação, além de incluir o fornecimento de próteses e outros meios que possam auxiliar sua locomoção (quando for necessário). Seu maior objetivo é proteger a saúde e reabilitar pessoas com deficiências em suas capacidades funcionais (físicas, auditivas, intelectuais e visuais). Além disso, a criação da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência oportunizou que passasse a haver a implantação das Redes Estaduais de Assistência à Pessoa com Deficiência (especialmente as ações de reabilitação) através de legislações específicas para a habilitação de Serviços de Mobilidade Única (habilitados para atender apenas um tipo de deficiência – auditiva, física, intelectual ou visual). Os objetivos dessa Rede visam a ampliação do acesso e a qualificação do atendimento às pessoas portadoras de deficiência no âmbito do SUS, a ampliação da integração e articulação dos serviços de reabilitação com a Rede de Atenção Primária e outros pontos de Atenção Especializada e também o desenvolvimento de ações de prevenção de deficiências tanto na infância como na vida adulta. Em relação ao que compõe a Rede de Reabilitação, temos: o CER (Centro Especializado em Reabilitação), os Centros-Dia, as Oficinas ortopédicas (tanto locais como itinerantes), atenção hospitalar, Serviços de Atenção Odontológica para pessoas com Deficiências e Serviço de Atenção Domiciliar no âmbito do SUS. Rede de Atenção Psicossocial (RAPS): a RAPS foi criada pela portaria 3.088 no ano de 2011 com o intuito de melhor acolher e acompanhar no âmbito do SUS as pessoas com sofrimentos ou transtornos mentais, além das com necessidades decorrentes do abuso de álcool e outras drogas. As Diretrizes da RAPS incluem: o respeito aos Direitos Humanos visando a garantia da autonomia, da liberdade e do exercício da cidadania; a promoção da equidade através do reconhecimento dos determinantes sociais de saúde; garantia ao acesso e à qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional; ênfase nos serviços de base territorial e comunitária, com a diversificação das estratégias de cuidado, com a participação e o controle social dos usuários e também de seus familiares; a organização dos serviços em RAS regionalizadas e com o estabelecimento de ações intersetorializadas a fim de garantir a integralidade do cuidado; e, por fim, o desenvolvimento da lógica do cuidado nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, além dos decorrentes do abuso de substâncias psicoativas. As RAS são organizadas e sistematizadas para responder a condições específicas de saúde, através de um ciclo completo de atendimentos e que implica na continuidade e na integralidade da Atenção à Saúde nos mais diversos níveis de atenção (primária, secundária, terciária) e estas devem ter a população como foco de forma integral, visando sempre a promoção da saúde. Figura 6 – NASF Fonte: Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) / Ministério da Saúde Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas (RASPC): esta rede vem sendo criada a partir das mais diferentes tecnologias e são estruturadas em serviços territorializados, que são construídos em Serviços Assistenciais em Oncologia e Linha de Cuidado de Sobrepesoe Obesidade. Sua finalidade é realizar a atenção de forma integral a usuários com estas e outras condições crônicas, realizando ações e serviços de promoção, prevenção de agravos, proteção da saúde, diagnóstico e tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde. Tendo em vista o objetivo das RAS e como funcionam, pudemos observar também seus desafios e conclui-se que essas Redes precisam se redesenhar todo o tempo, se adaptando a diversos fatores (tanto internos como externos) e não existe um modelo pronto para ser copiado, aplicado e utilizado de maneira sempre igual. Mais uma vez fazendo uma analogia, “tecer” as Redes de Atenção à Saúde é um trabalho que exige também paciência, criatividade e obstinação. É necessário unir diversos pontos através de linhas que guiam e conduzem para o cuidado integral na promoção da saúde da população brasileira. Considerações Finais Concluímos que a Unidade Básica de Saúde Jardim Fontalis, mostrou que a estrutura da UBS não está de acordo com o que é preconizado pelo Ministério da Saúde, com elevadores inadequados para o transporte de macas, mesmo o atendimento sendo feito no segundo andar, os funcionários sem sala de reunião pois está sendo usada para guardar insumos, os consultórios odontológicos sem ventilação e compartilhados e uma farmácia interna, aglomerando o atendimento. Porém percebemos esforços e projetos futuros por parte da administração e alternativas sendo usadas pelos médicos e ACS como parcerias com igrejas que cedem salas e espaços para atividades conjuntas e individuais para a população, principalmente em lugares mais afastados da UBS para que pacientes que tem dificuldade em ir até a UBS possam ser atendidos nesses locais. Com tudo, mesmo a unidade não possuindo uma infraestrutura dentro dos padrões recomendados pelo Ministério da Saúde, mesmo com os problemas estruturais e uma área de atendimento extensa e populosa, a UBS permanece com uma equipe trabalhando de maneira respeitosa com os pacientes, exercendo equidade e respeito por todos. Referências bibliográficas BRASIL. 2021. Ministério da Saúde. Ações e Programas. [Online] 2021. [Citado em: 03 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas. BRASIL_a. 2021. Ministério da Saúde. Banco de Leite Humano. [Online] 2021. [Citado em: 03 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/banco-de-leite-humano. BRASIL_b. 2021. Ministério da Saúde. Cartão Nacional de Saúde. [Online] 2021. [Citado em: 03 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/cartao-nacional-de-saude. BRASIL_c. 2021. Ministério da Saúde. Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na Área de Saúde - CEBAS,. [Online] 2021. [Citado em: 03 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-eprogramas/cebas. BRASIL_d. 2021. Ministério da Saúde. Centro de Atenção Psicossocial. [Online] 2021. [Citado em: 04 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acessoa-informacao/acoes-e-programas/caps. BRASIL_e. 2021. Ministério da Saúde. Doação de sangue. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/doacao-de-sangue. BRASIL_f. 2021. Ministério da Saúde. Força Nacional do SUS. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/forca-nacional-do-sus. BRASIL_g. 2021. Ministério da Saúde. Plano de Expansão da Radioterapia no SUS. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/ptbr/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/plano-de-expansao-da-radioterapia-nosus. BRASIL_h. 2021. Ministério da Saúde. Programa Saúde Bucal. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/saude-bucal. —. 2021. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização - HumanizaSUS. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/ptbr/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/politica-nacional-de-humanizacaohumanizasus. BRASIL_i. 2021. Ministério da Saúde. Programa de Volta Para Casa. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/programa-de-volta-para-casa. BRASIL_j. 2021. Ministério da Saúde. Sistema Nacional de Doação e Transplante de Órgãos. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/sistemanacional-de-doacao-e-transplante-de-orgaos. BRASIL_k. 2021. Ministério da Saúde. Serviço de Atenção Domiciliar - Melhor em Casa. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/servico-deatencao-domiciliar-melhor-em-casa. BRASIL_l. 2021. Ministério da Saúde. Programa Pesquisa Para o SUS - PPSUS. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/ptbr/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/ppsus. BRASIL_m. 2021. Ministério da Saúde. Rede Cegonha. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-eprogramas/rede-cegonha. BRASIL_n. 2021. Ministário da Saúde. Programa de Fitoterápico e Plantas Medicinais. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programade-fitoterapico-e-plantas-medicinais. BRASIL_o. 2021. Ministério da Saúde. UPA 24h – Unidade de Pronto Atendimento. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/ptbr/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/upa-24h-unidade-de-prontoatendimento. BRASIL_p. 2021. Ministério da Saúde. [Online] 2021. [Citado em: 05 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-eprogramas/servico-de-atendimento-movel-de-urgencia-samu-192. BRASIL_q. 2021. Ministério da Saúde. Programa mais médicos. [Online] 2021. [Citado em: 06 de novembro de 2021.] http://maismedicos.gov.br/conheca-programa. BRASIL_r. 2021. Ministério da Saúde. Programa Farmácia Popular. [Online] 2021. [Citado em: 06 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/programa-farmacia-popular. BRASIL_s. 2021. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Triagem Neonatal. [Online] 2021. [Citado em: 04 de novembro de 2021.] https://antigo.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-da-triagemneonatal. BRASIL_t. 2021. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações - Vacinação. [Online] 2021. [Citado em: 06 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programanacional-de-imunizacoes-vacinacao. BRASIL_u. 2021. Ministério da Saúde. Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS - Proad-SUS. [Online] 2021. [Citado em: 06 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-eprogramas/programa-de-apoio-ao-desenvolvimento-institucional-do-sus-proad-sus. BRASIL_v. 2021. Ministério da Saúde. [Online] 2021. [Citado em: 06 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-eprogramas/projeto-lean-nas-emergencias-reducao-das-superlotacoes-hospitalares. BRASIL_w. 2021. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). [Online] 2021. [Citado em: 06 de novembro de 2021.] https://antigo.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-seguranca-dopaciente-pnsp. BRASIL_x. 2021. Ministério da Saúde. Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde. [Online] 2021. [Citado em: 06 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programade-qualificacao-das-acoes-de-vigilancia-em-saude. BRASIL_y. 2021. Ministério da Saúde - INCA. Programa Nacional de Controle do Tabagismo. [Online] 2021. [Citadoem: 06 de novembro de 2021.] https://www.inca.gov.br/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo. BRASIL_z. 2021. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Gestão de Custos. [Online] 2021. [Citado em: 06 de novembro de 2021.] https://www.gov.br/saude/ptbr/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/pngc. BRASIL_za. 2021. Ministério da Saúde - Mais médicos. O que tem numa UBS. [Online] 2021. [Citado em: 06 de novembro de 2021.] http://maismedicos.gov.br/o-quetem-na-ubs. BRASIL_zb. 2017. Portaria n2436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasilia : s.n., 2017. SILVA, André Santos da, el al. 2021. Acolhimento em saúde no Brasil: uma revisão sistemática. REVASF. 01 de 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação GM/MS Nº 3, de 28 de setembro de 2017. CAPÍTULO I - DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (art. 2º ao art. 3º) Anexo I Diretrizes para Organização da Rede de Atenção à Saúde do SUS. Disponível em; http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/Matriz-3-Redes.html BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Implantação das Redes de Atenção à Saúde e outras estratégias da SAS / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.160 p. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/implantacao_redes_atencao_saude_sas.pdf BRASIL.. PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). BRASIL. Decreto 7.508. DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011. Regulamenta a Lei no 8.080. MENDES, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p. Silva SF, Carvalho G, Magalhães Júnior HM, Medeiros J, Souto Júnior JV, Santos L, et al. Redes de atenção à saúde no SUS: o pacto pela saúde e redes regionalizadas de ações e serviços de saúde. Campinas: Saberes; 2011. Protocolos e diretrizes terapêuticas : SES/Santa Catarina disponível em: www.saude.sc.gov.br Acesso ícone Regulação. http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3507&Itemid=544 https://www.scielo.br/j/csc/a/jSZ7b65YpPSTwLfYWpRhg5z/?lang=pt https://aps.bvs.br/aps/como-o-apoio-matricial-pode-ser-desenvolvido-na-atencao-basica-em-saudeatencao-primaria-em-saude/ https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/1/unidades_casos_complexos/unidade25/unidade25_ft_atencao.pdf