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Dr. Luiz Francisco Pianowski PhD
 FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
Alguns exemplos de formas farmacêuticas líquidas:
Soluções
Colutórios
Aerossóis
Xaropes e edulitos
Colírios
Elixires
Suspensões
Emulsões
Soluções oleosas
Tinturas
Extratos
Soluções injetáveis
Suspensões injetáveis
Soros
Segundo a farmacopéia americana (USP 31, 2008) a estabilidade:
É definida através do tempo em que o medicamento ou mesmo a matéria prima considerada isoladamente, se
mantém dentro dos limites especificados e durante todo o período de estocagem e uso,nas mesmas condições e características físicas e químicas que possuía quando da época de sua fabricação.
A estabilidade de produtos farmacêuticos depende de fatores ambientais como
temperatura, umidade e luz, e de outros fatores relacionados ao próprio produto como propriedades físicas e químicas de substancias ativas e excipientes farmacêuticos, forma farmacêutica e sua composição, processo de fabricação e tipo de propriedade dos materiais de embalagem (BRASIL, 2005). 
A degradação dos produtos pode resultar diminuição da atividade esperada ou toxidade, portanto, este estudo se revela muito importante, pois, servirá como fonte para mais estudos sobre estabilidade, contribuindo assim para ampliar as pesquisas em farmacovigilância. 
PRINCIPAIS INIMIGOS DE UM MEDICAMENTO:
TEMPERATURA
LUZ (A luz UV afeta as ligações químicas)
ÁGUA (relatar exemplo que fui contratado para estabilizar)
OXIGÊNIO
pH
MICROORGANISMOS 
No estudo de uma formulação buscar:
1- Formulações na literatura
2- Importância de embalagem. (plástico, vidro) (âmbar) 
Alguns Fármacos sujeitos à fotólise:
Vitaminas (A, B1 , B12, D, E) 
Ácido fólico 
Corantes 
Dipirona 
Metotrexato 
Corticóides: hidrocortisona, metilprednisolona
Fármacos oxidáveis: uso de antioxidantes e
quelantes, proteção contra O2
Temperatura:
Armazenagem adequada. 
Como prevenir os efeitos da ação da luz:
Material de acondicionamento opaco ou âmbar.
 PARA EVITAR A OXIDAÇÃO
Quelantes
EDTA (edetato de sódio, ác. edético) dipirona usa???
Ácido cítrico
Antioxidantes
Ácido ascórbico
Sulfitos (sulfito e metabissulfito de sódio)
Ácido ascórbico e seus ésteres,
Tocoferóis
BHT (butilhidroxitolueno), 
BHA (butilhidroxianisol)
Sulfoxilato
Como evitar a perda de estabilidade microbiológica:
Uso de matérias-primas dentro dos limites microbianos especificados (CQ)
Boa qualidade microbiológica da água. Osmose reversa somente?? 
Produção dentro das GMPs – qualidade ambiental adequada, higiene pessoal, etc. 
Uso de conservantes quando necessário.
Controle e validação de processos de esterilização (injetáveis)
Soluções:
São formas farmacêuticas que possuem dispersão homogênea, com duas ou mais espécies de substâncias. 
Podem ser:
soluções orais, soluções auriculares, soluções oftálmicas ou soluções tópicas 
As soluções orais são preparações cujo fármaco (soluto) está completamente dissolvido em um veículo adequado (solvente ou mistura de solventes)
EXEMPLO SIMPLES
TODA SOLUÇÃO ORAL DEVE OBEDECER AS REGRAS JÁ COLOCADAS DE ESTABILIDADE. 
A BUSCA PELO EXCIPIENTE IDEAL FAZ PARTE DO DESENVOLVIMENTO FARMACOLÓGICO. HÁ LITERATURAS VASTAS PARA PESQUISAS. MAS O NOSSO CONHECIMENTO NOS LEVA A EVITAR ERROS PRIMÁRIOS, COMO POR EXEMPLO COMPATIBILIDADE DO FARMÁCO COM OS SOLVENTES.
O P&D ASSOCIADO AO BOM CQ E LEITURA DE LITERATURA NOS AJUDAM NA FORMULAÇÃO.
OBS: COMO A ESTABILIDADE É DEMORADA FAZER MAIS DE UMA FORMULAÇÃO PARA TESTES.
 Como misturar água e óleo????
EMULSÕES 
 Maionese
Embora falaremos de outros tipos de líquidos,
a Maionese é um exemplo para começarmos a falar de EMULSÕES.
A EMULSÃO na maionese: Citarei a maionese como um exemplo de se fazer uma EMULSÃO e também sobre o uso de alguma substância ácida (limão ou vinagre) que atuam na estabilidade da EMULSÃO. Temos como constituinte da gema do ovo uma substância chamada lecitina, que é um tensoativo, que tem afinidade tanto pelo óleo quanto pela água. A lecitina funciona como uma ponte que liga a molécula de água à molécula de óleo. 
A maionese apresenta uma fase interna composta de gotas de óleo dispersas e uma fase externa de vinagre, ovos e outros ingredientes. A rigidez da emulsão depende parcialmente do tamanho das gotículas de óleo e da proximidade com que estão agrupadas. ESSE CONCEITO SE APLICA A OUTRAS SUSPENSÕES.
Com esse exemplo podemos notar a importância da Lecitina, bem como outros tensoativos.
Obs: Há várias fontes de Lecitina, como a soja por exemplo.
Podemos definir como formas farmacêuticas constituídas por duas fases líquidas imiscíveis, em geral água e óleo, e que podem apresentar consistência líquida ou semi-sólida.
As formas líquidas são empregadas para uso interno (oral ou injetável) ou externo, e as semi-sólidas para uso externo. As apresentações de uso externo são denominadas loções, quando líquidas, ou cremes quando semi-sólidas.
EMULSÕES 
A principal atividade de um TENSOATIVO é a produção e manutenção de emulsões, essencialmente misturas de óleo e água.
 encontramos principalmente três opções:
Óleo/água, água/óleo e óleo-água/óleo. 
As emulsões são produzidas pela dissolução de um emulsificante com a fase aquosa (no caso de emulsões óleo/água), sendo que, em seguida, ambas as fases são misturadas por meio de um misturador de alto poder de mistura e formação de cisalhas, ou um homogeneizador. O tensoativo deve, então, ser adsorvido rapidamente gotículas na interface óleo/água. Considerando que a emulsão inicial contém gotículas relativamente grossas (maiores que 1 mm de diâmetro), a capacidade de redução da tensão superficial do emulsificante faz com que as gotículas se quebrem em outras menores. Ao revestir essas gotículas, o emulsificante evita a sua quebra e coagulação. Em geral, o tamanho da gota é um indicador da estabilidade de uma emulsão, quanto menor o tamanho, mais estável é a emulsão. 
Obs: Temos aqui um principio de nanotecnologia, micropartículas, melhor absorção.
Classificação das emulsões, quanto ao tamanho, fases e disposição das fases:
Tamanho das gotículas: microemulsões e emulsões;
Número de fases: Veremos só as bifásicas.
Disposição das fases: emulsões água em óleo (A/O) ou óleo em água (O/A).
A grande maioria das emulsões utilizadas na terapêutica constituem emulsões do tipo O/A, ou seja, a fase interna (descontínua ou dispersa) é a oleosa, e a externa (contínua ou dispergente) a aquosa. Geralmente apresentam melhor biodisponibilidade
Como descobrir qual é a fase interna e qual a externa:
Condutometria: apenas emulsões em que a fase contínua é a aquosa conduzem corrente elétrica.
Uso de corantes: corantes hidrofílicos colorem de maneira uniforme emulsões O/A, enquanto corantes lipofílicos colorem emulsões A/O.
Adição de veículo: a incorporação de veículo, seja água ou óleo, só será fácil se este corresponder à fase externa da emulsão.
Microscopia: pode-se avaliar, inclusive, a uniformidade dos tamanhos das gotículas
Fonte https://slideplayer.com.br/slide/9538484/
TENSOATIVOS NÃO IÔNICOS 
 Ésteres do glicol e glicerol – MEG (monoestearato de glicerila); MOG (monooleato de glicerila); DEG (diestearato de glicerila); MEPPG (monoestearato de propilenoglicol); MOPPG (monooleato de propilenoglicol)
 Ésteres do Sorbitan - Monolaurato de sorbitan (Span 20); Monopalmitato de sorbitan (Span 40)
 Polissorbatos - monooleato de polioxietilenossorbitan (Tween 80); monolaurato de polioxietilenossorbitan (Tween 20)
 Álcoois graxos etoxilados (álcool laurílico; álcool cetílico; álcool estearílico)
Obs: maior classe de compostos usados na indústria farmacêutica, tópico oral e parenteral
INTERVALO DE 15 MINUTOS
 SUSPENSÕES
Suspensão são agregados que constitui de sólidos dispersos em líquidos no qual o sólido não é solúvel. 
Definição FB 5 ed.: “ É a forma farmacêutica líquida que contém partículas sólidas dispersas em um veículo líquido, no qual as partículas não são solúveis. Abrev.: sus.”
 FASE INTERNA– fármaco insolúvel ou pouco solúvel finamente dividido 
 FASE EXTERNA – veículo líquido contendo adjuvantes dissolvidos
CLASSIFICAÇÃO  Orais  Tópicas  Parenterais  Oftálmicas
 SUSPENSÕES ORAIS
Veículos como xarope, sorbitol ou água
 espessada com polímeros
Sabor e sensação ao paladar são
 importantes. Adição de edulcorantes e flavorizantes.
Misturas secas para reconstituição podem
 ser preparadas quando houver problemas de
 estabilidade
 EXEMPLOS DE QUANDO ESCOLHER FORMA DE SUSPENSÕES
 Veicular fármaco insolúvel na forma líquida
 Aumentar a estabilidade (penicilinas, cefalosporinas)
 Obter formas de ação prolongada (injetáveis)
(acetato de dexametasona, penicilina G benzatina,
insulina-zinco)
 Aumentar tempo de contato por exemplo,
suspensões oftálmicas
 Mascarar sabor desagradável de fármacos
(ibuprofeno)
 Possibilitar administração de fármacos insolúveis na
forma líquida (preparações pediátricas e geriátricas)
FONTE: file:///C:/Users/Dell/Downloads/SUSPENSA%CC%83%E2%80%A2ES%20FARMACA%CC%83%C5%A0UTICAS%20(1).pdf
 Veículos:
 Água
 Óleos: óleo de milho, óleo de soja,
vaselina líquida
 Sorbitol
 Xarope
 Base emulsiva
AGENTES SUSPENSOR: usados para aumentar a viscosidade do sistema, mas também evitam a flutuação (têm afinidade pela interface) e favorecem a redispersibilidade (colóides protetores, formando uma película ao redor das partículas)
 Agentes suspensores
 Tipos 
 Polissacarídeos: gomas arábica (5 a 15%), adragante (1 a 2%), caraia; alginatos (de sódio); pectina, gelatina;
  Celuloses solúveis em água: metilcelulose (0,5 a 2,0%); etilcelulose; hidroxietil celulose; CMC (2 a 3%), celulose microcristalina; 
 Argilas: bentonita (2 a 5%); atapulgita, Veegum®  Polímeros sintéticos: carbomeros (Carbopol de 0,1 a 0,4%); álcool polivinílico (Kollidon®); dióxido de silício coloidal (1,5 a 4%) 
 Outros: Viscosol® (amidoglicolato de sódio – 2%), lecitina, povidona A
FONTE: file:///C:/Users/Dell/Downloads/SUSPENSA%CC%83%E2%80%A2ES%20FARMACA%CC%83%C5%A0UTICAS%20(1).pdf
 Conservantes
 Uso interno:
 Metilparabeno/propilparabeno
 Benzoato de sódio
 Ácido benzóico (pH < 5)
 Sorbato de potássio
 Ácido sórbico (pH < 6)
OBS: sempre pensar que um excipiente pode ser um fator sinérgico num medicamento. Benzoato de sódio por ex.
 Estabilizantes:
 Antioxidantes
 Sulfito e metabissulfito de sódio
 Ácido ascórbico
 BHT
 Vitamina E
 Quelantes de metais
 EDTA
 Ácido cítrico
Edulcorantes e Corretivos de aroma e sabor: 
 Xarope simples  Sorbitol  Sacarina  Ciclamato  Glicerina
Que dos nossos sonhos surjam realidades para ajudar a vida de muitos que só têm pesadelos.
Luiz F. Pianowski
lfpianowski@gmail.com
Até aqui nos ajudou o Senhor

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