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Assuntos Gerais 01.....Quase acidentes são sinais de alerta 02.....Ninguém deseja culpar ninguém 03.....Acidentes podem acontecer em qualquer lugar 04.....Os 10 Mandamentos das Relações Humanas 05.....Reflexão II 06.....Credo da segurança Segurança 01.....Segurança no escritório 02.....Fique atento a vidro quebrado 03.....Preparação de áreas seguras de trabalho 04.....Equipamentos de proteção 05.....Teste de segurança para os equipamentos de proteção individual 06.....Proteja suas mãos 07.....Proteção das mãos 08.....O problema com os anéis e alianças 09.....Proteção para os olhos 10.....Fatos sobre ferimentos nos olhos 11.....Equipamentos de segurança 12.....Roupas de proteção contra fogo 13.....Lesões nas costas 14.....Manuseie materiais com segurança 15.....O que os olhos não vêem... o pulmão aspira 16.....O que é acidente de trabalho 17.....Aspecto humano do acidente do trabalho 18.....Aspecto econômico do acidente de trabalho 19.....Comunicação de acidente de trabalho 20.....Os pés 21.....As mãos 22.....Ruído 23.....Inspeção de segurança 24.....A importância de investigar os acidentes 25.....Outras situações consideradas como acidente de trabalho 26.....Critérios para uso e quando usar o EPI 27.....Segurança 28.....Lubrificação e reparos 29.....Outros efeitos provocados pelo ruído 30.....Principais efeitos do ruído 31.....Faça o seguinte teste para cada acidente 32.....Os acidentes são evitáveis Saúde 01.....E a respeito de pequenos ferimentos? 02.....Primeiros socorros para os olhos 03.....Esteja preparado para salvar uma vida com primeiros socorros em casos de estado de choque 04.....Exposição a substâncias potencialmente prejudiciais à saúde ou perigosas 05.....Acidente de trabalho e o alcoolismo 06.....AIDS 07.....Higiene corporal 08.....Doenças profissionais 09.....Arrumação, limpeza e ordenação são bons hábitos 10.....Ordem e limpeza Proteção contra incêndios 01.....Ignição espontânea 02.....Recipiente: líquidos inflamáveis 03.....Como manusear solventes inflamáveis 04.....Como podemos prevenir incêndios 05.....Limpeza de tambores 06.....Precauções com cilindros de oxigênio e acetileno 07.....Conheça o seu equipamento de incêndio Produtos químicos 01.....Alvejante à base de cloro: branqueador ou assassino? 02.....Solventes comuns 03.....Ácidos 04.....Gases liqüefeitos de petróleo 05.....Gases utilizados na indústria 06.....Cuidado com a bomba que está no seu bolso Energia elétrica 01.....Aterramentos por precaução 02.....Cabos de extensão 03.....Choque elétrico 04.....Como reduzir o consumo de energia elétrica Deslocamento de cargas 01.....Levantamento de cargas com segurança 02.....Estrados e paletes vazios 03.....Evite quedas 04.....Quedas 05.....Içamentos mecânicos e outros equipamentos motorizados 06.....Olhe para cima e para baixo 07.....Empilhe da maneira correta 08.....Segurança com cabos de aço 09.....Cabos tensionados 10.....Esteja alerta aos riscos com baterias 11.....Práticas de segurança na utilização de escadas 12.....Pense em segurança quando usar andaimes Segurança em oficinas 01.....Segurança com máquinas operatrizes em oficinas 02.....Esmeril 03.....Segurança com prensas de punção 04.....Segurança com prensa/furadeira para metal 05.....Dicas sobre ferramentas 06.....Por que inspecionar ferramentas e equipamentos? 07.....Chave de fenda - a ferramenta mais sujeita a abusos Muitos incidentes quase viram acidentes... São aqueles que não provocam ferimentos apenas por que ninguém se encontrava numa posição de se machucar. Provavelmente, se nós tivéssemos conhecimento dos fa- tos, descobriríamos que existem muito mais incidentes que não causam ferimentos do que os que os provocam. Você dei- xa algo pesado cair e não acerta o próprio pé. Isto é um inci- dente, mas sem ferimento. Você sabe o que geralmente faz com que um quase aci- dente não seja um acidente com ferimentos? Geralmente é uma fração de segundo ou uma fração de espaço. Pense bem. Me- nos de um segundo ou um centímetro separa você ou um amigo de ser atropelado por um carro. Esta diferença é apenas uma questão de sorte? Nem sempre. Suponha que você esteja voltando para casa à noite e por pouco não tenha atropelado uma criança correndo atrás de uma bola na rua. Foi apenas sorte você ter conseguido frear no último segundo? Não. Um outro motorista talvez tivesse atropelado a criança. Neste caso, seus reflexos podem ter sido mais rápidos, ou talvez você estivesse mais alerta ou mais cuidadoso. Seu carro pode ter freios melhores, melhores fa- róis ou melhores pneus. De qualquer maneira, não se trata de sorte apenas o que faz com que um quase acidente não se torne um acidente real. Quando acontece algo como no caso da criança quase atropelada, certamente você reduzirá a velocidade sempre que passar novamente pelo mesmo local. Você sabe que existem crianças brincando nas calçadas e que, de repente, elas podem correr para a rua. No trabalho, um quase acidente deve servir como aviso da mesma maneira. A condição que quase causa um acidente pode facilmente provocar um acidente real da próxima vez em que você não estiver tão alerta ou quando seus reflexos não estive- rem atuando tão bem. Tome, por exemplo, uma mancha de óleo no chão. Uma pessoa passa, vê e dá a volta; nada acontece. A próxima pes- soa a passar não percebe o óleo, escorrega e quase cai. De- pois de dizer algumas coisas, ela também continua seu cami- nho. Infelizmente, a terceira pessoa que passa escorrega, per- de o equilíbrio e cai – bate com a cabeça ou esfola as costas. Tome um outro exemplo: uma pilha de material não tra- vada. Ela cai, quase pegando alguém que esteja passando por perto. Pelo fato de não ter atingido esta pessoa, ela apenas se refaz do susto e diz: - “Puxa, esta passou por perto !” Quase acidentes são sinais de alerta Mas se a pilha cai em cima de alguém que não conseguiu ser rápido o bastante para sair do caminho e se machuca, faz- se um barulho enorme e investiga-se o acidente. A conclusão é mais do que óbvia. Nós devemos estar em alerta para os quase acidentes. Assim evitamos ser pegos por um acidente de verdade. Lembre-se de que os quase acidentes são sinais claros de que algo está errado. Por exemplo: nosso empilhamento de material pode estar mal feito; a arrumação do nosso local de trabalho, do nosso material e de nossas ferramentas podem estar mal feitas ou em más condições e as proteções no local podem não estar funcionando bem. Assim, vamos ficar de olhos abertos para as pequenas coisas que possam estar erradas. Façamos alguma coisa para corrigi-las. Relate e corrija estas situações. Vamos tratar os quase acidentes como se fossem um acidente grave – vamos descobrir suas causas fundamentais enquanto temos chance. Não podemos deixar de lado o aviso dos quase acidentes. 01 Tentamos fazer um bom trabalho de verifica- ção das inspeções de risco e seguimos as recomenda- ções que saem destas inspeções. Tentamos fazer um traba- lho completo de investigação das causas de todos os aciden- tes. Não fazemos isto para colocar alguém na berlinda ou para culpar alguém. Fazemos isto apenas por um motivo: evi- tar acidentes. Talvez alguns de vocês estejam pensando: “Nenhuma in- vestigação impediu o acidente que está sendo investigado.” Se é isto que estão pensando, vocês estão completamente cer- tos. Porém, boas investigações podem, e muito, ajudar na prevenção do próximo acidente. Todos os acidentes são pro- vocados – eles não acontecem por acaso. Se descobrirmos a causa do acidente, podemos fazer alguma coisa para eliminá- la e impedir que outro acidente como aquele aconteça. Mas se apenas dermos de ombros, se apenas dissermos: “Foi uma coisa desagradável, o que podemos fazer? Estas coisas aconte- cem...”, então podemos estar certos de que outros acidentes como aquele acontecerão. A maioria dos acidentes apresenta mais de uma causa. Por exemplo: um homem perde o equilíbrio e cai de uma esca- da. Se escrevermos no relatório: “O operário não teve cuida- do”, ou “A proteção da máquina não estava no lugar”, estamosparando uma investigação sem termos esgotado todas as pos- sibilidades. Peguemos o caso mais simples: o homem que perdeu o equilíbrio e caiu da escada. Antes de tudo, queremos saber o que fez com que ele perdesse o equilíbrio. A escada estava com defeito? E se estava, por que ela estava sendo usada? O homem sabia que a escada não era boa e relatou isto? Se não sabia, ele foi instruído corretamente como e o que inspecionar numa escada, ou a escada estava em boas condições mas foi usada de maneira inadequada? Ela foi colocada num corredor, onde um passante poderia esbarrar? Se foi, por que não tinha uma pessoa ao pé da escada para manter as outras pessoas afastadas? Ela deveria ter sido presa no topo? Ela tinha o ta- manho correto para o local? Ela foi posicionada com o ângulo certo em relação à parede, ou foi o próprio homem que fez algo inseguro? Ele estava subindo com alguma coisa pesada que poderia ter sido içada por uma corda? Se estava, foi dito a ele para usar uma corda? Ele tentou descer a escada virado de costas para ela? Ele tentou pegar algo que foi jogado para Ninguém deseja culpar ninguém ele e perdeu o equilíbrio? Ele soltou as duas mãos da escada simultaneamente para fazer algum trabalho? Estas são, acreditem ou não, apenas algumas perguntas que podem ser feitas sobre um acidente muito simples. Se tudo que soubermos foi que o homem caiu, realmente não sabemos nada. Mas, se investigarmos fundo em busca da causa ou cau- sas fundamentais, então será provável que descobriremos algo para evitar outros acidentes. Se se ficar satisfeito com um re- latório de acidente que diz apenas: “O trabalhador foi descui- dado”, o problema foi resolvido rápido. Mas a segurança quer saber “Sem cuidado de que maneira?” e “Esta foi a primeira vez em que houve falta de cuidado deste tipo?”. Caso contrá- rio, “O que foi feito para corrigir esta situação?” Acima de tudo, a segurança quer saber se foi totalmente uma questão de falta de cuidado, ou se existiam outras condições que ajuda- ram a provocar o acidente. A investigação de acidente real, sólida, consistente e pro- funda e que atinja todas as circunstâncias que envolvem o aci- dente, é um dos melhores instrumentos que precisamos domi- nar para trabalhar com segurança. Todo mundo sai lucrando com as investigações feitas em outras áreas da empresa. A mesma coisa acontece com as inspeções e acompanhamentos. As inspeções e os acompanhamentos das recomendações de inspeção são preparadas para identificar e eliminar condições muito perigosas, todos os maus hábitos de trabalho, todas as peças defeituosas do equipamento, antes que alguém se ma- chuque. Lembre-se, não estamos atrás da cabeça de ninguém. Não estamos querendo colocar alguém na berlinda. Apenas quere- mos impedir acidentes antes que algum de nós se machuque. 02 Acidentes podem acontecer em qualquer lugar Acidentes podem acontecer em qualquer lu- gar... em casa...no trabalho...numa área de lazer...mesmo numa igreja! Você trabalha num escritório. É um lugar seguro, não é? Não necessariamente. Acidentes podem acontecer a qual- quer pessoa que aja de maneira inadequada ou que seja ex- posta a uma condição insegura. Abaixo estão relacionados acidentes reais que provocaram ferimentos e tomaram tempo de empregados de escritório; pessoas como você ou eu: 1. Um empregado de escritório estava voltando do almoço, escorregou e caiu numa escada. Os degraus estavam mo- lhados. 2. Uma bibliotecária queimou seu braço esquerdo e o lado do corpo, quando estava desligando uma cafeteira. A cafeteira inclinou e derramou café sobre ela. 3. Um arquivista apanhou um jeito nas costas quando um com- panheiro caiu sobre ele tentando pegar alguns cartões numa gaveta de arquivo. 4. Uma empregada de escritório tropeçou num fio elétrico exposto e caiu, atingindo o solo com as mãos. Ela quebrou o braço e torceu o punho. 5. Uma secretária puxou a cadeira de uma mesa de almoço. Ela prendeu seu dedo mínimo num arame ao fundo da ca- deira, quebrando o dedo. 6. Um empregado de escritório estava passando por uma por- ta giratória quando alguém empurrou a porta mais rápido. A porta o atingiu no calcanhar e nas pernas, provocando um sangramento em uma delas. 7. Um empregado deslocou seu braço quando o moveu subi- tamente, enquanto jogava cartas num intervalo de almoço. 8. Um empregado estava tentando abrir uma janela no escri- tório. Ele estava empurrando contra o vidro, quando a ja- nela quebrou e sua mão passou pelo vidro quebrado. So- freu um corte no punho. 9. Uma recepcionista escorregou num salão de refeições que havia sido encerado recentemente e caiu, causando escori- ações nas suas costas. 10. Um empregado de escritório estava correndo pelo estaci- onamento da empresa, tropeçou numa pedra e caiu. Sofreu uma contusão na região lombar. 11. Empregados de uma transportadora trouxeram uma mesa nova para uma empregada. Ela não ficou satisfeita com a posição da mesma. Tentou mudar sua posição, empurran- do-a, e teve lesão de um disco na coluna. 12. Uma recepcionista deu um grito no trabalho. Sua mandí- bula saiu de posição. 13. Uma secretária saiu de sua mesa para ir até a sala de arqui- vos, tropeçou numa caixa de telefones instalada no piso e teve uma torção lombar. 14. Um empregado deixou um copo de café em sua mesa. Quando se virou para pegá-lo, não viu que havia uma abe- lha dentro dele. A abelha ferroou a parte interna de seu lá- bio superior. 15. Um empregado de escritório correu para pegar um eleva- dor. Assim que pisou dentro do elevador, caiu e fraturou seu tornozelo direito. O elevador tinha parado abaixo do nível do piso de fora. 16. Uma recepcionista se sentou num sofá que precisava de reparos. Ela caiu através do estofamento até o chão, ma- chucando suas costas. 17. Uma secretária se levantou para ir de uma mesa a outra. Tropeçou numa gaveta que tinha sido deixada aberta e con- tundiu sua região lombar. Lembre-se de que qualquer destes acidentes poderia ter acontecido com você ou comigo. Assim, se você vir alguém agindo de maneira insegura, fale com a pessoa sobre isto. Se você vir uma condição insegura, relate a situação. Segurança é responsabilidade de todos. ACABE COM OS ACIDENTES! 03 1. Fale com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particular- mente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos amáveis.” 2. Sorria para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 mús- culos para franzir a testa e somente 14 para sorrir. 3. Chame as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é seu próprio nome. 4. Seja amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo. 5. Seja cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com prazer. Os 10 Mandamentos das Relações Humanas 6. Interesse-se sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe, porém não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros. 7. Seja generoso em elogios e cauteloso em críticas. Os líde- res elogiam, sabem encorajar, dar confiança e elevar os ou- tros. 8. Saiba considerar os sentimentos dos outros. Existem 3 la- dos numa controvérsia: o seu lado, o lado daquele que está próximo a você e o lado que está certo. 9. Preocupe-se com a opinião dos outros. Três comportamen- tos de um verdadeiro líder: ouvir, aprender e saber elogiar. 10. Procure apresentar um excelente serviço. O que realmen- te vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros. 04 O TRABALHO Trabalho é sinônimo de nobreza. Não desdenhe do trabalho que lhe coube realizar na vida. O trabalho enobrece aquele que o faz com entusiasmo e amor. Não existem trabalhos humildes, só se distinguem por serem bem ou mal realizados. Dê valor ao seu trabalho, fazendo-o com todo amor e carinho, e estará desta maneira dando valor a si mesmo. Por isso, cada dia é mais uma nova etapa de trabalho; faça dia- riamente, ao despertar, afirmações positivas de alegria, procu- rando construir em torno de si um ambiente de serenidade e de harmonia, preparando-separa executar as suas tarefas do dia de que está encarregado, com alegria e boa vontade. Não deixe de agradecer, o trabalho que lhe proporciona o pão de cada dia, e procure executá-lo da melhor forma que for ca- paz. O trabalho bem executado traz-nos a alegria do dever cumpri- do. Reflexão II O MEIO AMBIENTE DE TRABALHO Aprenda a sorrir de coração para todos, de tal forma que bas- te a sua presença para que a alegria penetre no coração das pessoas que lhe chegam perto e verifique a felicidade que isto lhe causará. Controle o tom de sua voz. Já verificou como é desagradável quando alguém se dirige a você em tom áspero ? Pois faça aos outros o que gosta que os outros façam a você. Mesmo quando repreender, chamar a atenção, faça-o com voz calma e educada, como gostaria que o repreendessem quando você erra. Procure colaborar com todos, sem fazer críticas e sobretudo, procure corrigir os outros através do seu próprio exemplo. Lembre-se que, em geral, podemos ser odiados e amados de acordo com o tom de voz que empregamos e teremos assim o ambiente que você mesmo criou; o trabalho será agradável ou não conforme a atitude quer você tomar. 05 Cremos que todo homem tem dentro de si a responsabilidade incontestável de afastar-se dos cami- nhos inseguros. Este é seu dever para consigo mesmo, sua família, seus colegas e seu trabalho. Cremos que nenhum homem vive ou trabalha completa- mente só. Ele se envolve com todos, é influenciado pelas rea- lizações e marcado pelos fracassos com o próximo/seus com- panheiros. Cada homem que fracassa com o próximo, falha consigo mesmo e partilhará o peso do fracasso. O verdadeiro horror de um acidente é constatar que o homem fracassou. E, mais, que seus companheiros também fracassaram. Cremos que os acidentes são gerados por práticas inse- guras, nascem nos momentos de ações impensadas e cessarão Credo da segurança somente quando a prática segura for suficientemente forte para proeceder a ação, quando a prática correta criar o hábito que controla o ato. Cremos que a prevenção de acidentes é um objetivo que se encontra em todo e qualquer nível hierárquico, organiza- ção e procedimento. Cremos que se livrar dos riscos não é um privilégio, mas a meta a ser atingida e perpetuada, por todos, dia a dia. Cremos que a eliminação do sofrimento ocasionado por acidentes é um dever moral, cuja medida adequada depende diretamente do nosso desempenho. 06 Muitos trabalhadores pensam que, num escri- tório, não estarão expostos a riscos. Isto os leva a um falso sentimento de segurança. Com isto, eles tendem a ne- gligenciar quando estão no escritório. Porém, uma verifica- ção mais apurada dos hábitos no escritório mostram que con- dições de risco existem. As quedas representam os acidentes mais comuns nos escritórios e causam a maioria dos ferimentos incapacitantes. Na realidade, os trabalhadores de escritórios estão duas vezes mais sujeitos a sofrer quedas do que os outros. As pessoas caem enquanto estão andando, subindo escadas e mesmo quan- do sentadas em suas cadeiras. Elas tropeçam em fios elétricos e de telefone, gavetas de arquivos e de mesas abertas e em equipamentos e pacotes deixados por onde andam. Uma boa arrumação é essencial para evitar as quedas. Não suje o piso e enxugue qualquer líquido derramado imedi- atamente. Recolha pedaços de papel, clipes, borrachas, lápis e outros objetos, assim que encontrá-los. Os arquivos representam outra fonte de muitos aciden- tes em escritórios. Tome cuidado quando abrir mais de uma gaveta ao mesmo tempo e não armazene muito material na gaveta superior. Estas duas situações sobrecarregam o topo do arquivo, inclinando-o e fazendo com que caia. Use apenas uma gaveta de cada vez. Abra-a somente a quantidade neces- Segurança no escritório sária, fechando-a assim que a tarefa for concluída. Não bata as gavetas para fechá-las. Muitos dedos já foram esmagados por isto. Nunca corra pelo chão enquanto estiver sentado em ca- deiras com rodinhas, nunca se incline na cadeira para pegar objetos no chão, ou incline para trás para colocar os pés na mesa. Naturalmente, o hábito mais perigoso é subir numa ca- deira – especialmente as equipadas com rodinhas – para al- cançar um objeto mais alto. Eis aqui algumas práticas que lhe ajudarão a manter sua segu- rança no escritório: Observe o caminho. Não leia e caminhe ao mesmo tempo. Não permaneça em frente a portas que abram na sua dire- ção. Não jogue fósforos ou cigarros em cestas de lixo. Saiba onde estão os extintores de incêndio e como usá-los. Um acidente em escritório é tão doloroso e caro quanto um na fábrica ou no campo. Todos nós gastamos uma parte do dia no escritório. Assim sendo, devemos desenvolver e se- guir práticas seguras de trabalho nele também. 01 Recentemente, uma mulher trabalhando num balcão de supermercado teve sua rotina subitamente in- terrompida, quando uma garrafa de soda caiu e estourou perto dela. Ela foi atingida pelos cacos de vidro, mas sofreu apenas pequenos cortes. Um vendedor, numa loja de “shopping”, estava demons- trando uma luminária. O cliente caiu acidentalmente sobre ele, a lâmpada caiu e quebrou, atingindo uma artéria do pulso dele. Um trabalhador de manutenção foi atingido no olho por um caco de vidro, quando uma janela caiu de sua armação. A lista de feridos poderia continuar, passando pelo caso de uma pessoa que tromba com uma porta de vidro até a que- da de um copo de vidro no banheiro. Porém, a história da segurança não termina com os ferimentos. Alguém tem que limpar o vidro quebrado e esta tarefa exige o maior cuidado. Os ferimentos causados ao recolher os cacos de vidro (ou por não recolhê-los) não costumam virar “manchete de jornal”, mas fazem seus estragos com bastante freqüência atra- vés de arranhaduras, cortes, ferimentos que atingem artérias e causam infecções posteriores. Tome cuidado quando lidar com cacos de vidro quebra- do. Se você se cortar, antes de qualquer coisa, busque os pri- meiros socorros imediatamente. Use apenas recipientes especiais para se desfazer de vi- dro quebrado e leve-os para o local adequado. Coloque um rótulo em cada recipiente, identificando seu conteúdo como vidro quebrado. Garrafas quebradas nunca devem ser depositadas em li- xeiras de papel ou recipientes comuns de lixo. Se você estiver trabalhando com maquinário, pare-o antes de remover o vidro quebrado. Os trabalhadores que forem regularmente expostos a vi- dro quebrado devem usar equipamento de proteção individu- al apropriado. Este equipamento inclui óculos de segurança, luvas ou máscara, dependendo do tipo do trabalho. As luvas e protetores de braços, assim como botas de segurança, tam- Fique atento a vidro quebrado bém são necessárias. Ocasionalmente, nós mesmos quebramos um copo de vidro ou um objeto similar. Neste caso, o vidro quebrado pode ser coletado, usando-se um pedaço de papelão ou papel gros- so. As partículas menores podem ser recolhidas com folhas de papel umedecidas, que devem ser enroladas e marcadas como tendo vidro quebrado. Nunca use toalhas ou guardanapos de tecido para coletar partículas de vidro quebrado. Da mesma forma, devem ser evitados retalhos comuns de tecidos para limpar partículas de vidro quebrado. O mate- rial de limpeza de vidro quebrado deve ser separado para lim- peza exclusiva de vidro. O uso de uma pazinha de lixo e de um rodo de borracha também é um método seguro para lidar com esta situação. As pessoas que estiverem trabalhando com maquinário e transportadores, onde a quebra de vidro é um problema co- mum, devem usar ferramentas especiais que geralmente são fornecidas para remoção de vidro nestas situações. As pessoas que trabalham com vidro devem ser alertadas constantemente quanto à quebra, mal empilhamento e caixas defeituosas. Um ferimento sério pode acontecer se você cair ou esbarrar numa caixa ou prateleira onde vidro quebrado possa ter sido deixado. Algum dia você poderá lidar ou tentar abrir recipientes de vidro que podem quebrar. Neste caso, proteja suas mãos comtoalhas grossas. Se você suspeitar da existência de vidro quebrado sob espuma de sabão ou submerso de alguma forma, drene a água antes de tentar remover os cacos de vidro. Seria virtualmente impossível cobrir todos os casos em que você pode se defrontar com o problema de vidro quebra- do. Lembre-se, porém, se que o vidro quebrado deve ser cole- tado e descartado imediatamente e de uma maneira que seja segura para você e para os outros. Se não forem disponíveis instalações especiais para a remoção, um recipiente e luvas grossas podem ser usados. 02 É impossível eliminar todos os riscos à nossa volta. O melhor que podemos fazer é eliminar alguns e minimizar outros. Uma pessoa que tenha que dirigir em estradas escorre- gadias em dias chuvosos, não pode eliminar os riscos devidos à tração deficiente ou má visibilidade, mas pode minimizá-los. Em primeiro lugar, não usará pneus lisos ou colocará corren- tes. Ela verificará os limpadores de pára-brisa e outros aces- sórios quanto à boa condição de operação. Quando chegar à estrada, ela manterá uma velocidade mais baixa, ou quase parando, se necessário. Ela abaixará as janelas com freqüência para diminuir o embaçamento dos vi- dros. Ela ficará a uma distância maior de outros veículos. No geral, o que ela faz é intensificar suas táticas de direção defen- siva, esperando pelo pior, mas dando o melhor de si para evitar um acidente. O que tudo isto tem a ver com a preparação de áreas seguras de trabalho? Tem tudo a ver. É exatamente isto o que é a proteção de áreas de trabalho – eliminação ou minimização dos riscos. Na verdade, o programa inteiro de prevenção de acidentes é apenas isto. Eis aqui um outro exemplo comum. Uma escada numa loja de dois andares é essencial, por razões óbvias. Porém, ela é também altamente perigosa. Muitas pessoas são feridas to- dos os anos em quedas de escadas. Naturalmente, a escada não pode ser eliminada, mas seus riscos podem ser minimizados. Podemos instalar carpetes e revestimentos para evitar escorregões em pisos encerados ou polidos, colocar corrimão e iluminação apropriada. Além dis- to, devemos treinar as crianças para usar escadas com segu- rança, subir e descer um degrau de cada vez, usar o corrimão e não correr. Agora a escada pode ser usada com segurança relativa. Suas condições de risco foram minimizadas e o treinamento apropriado das crianças deve eliminar os atos inseguros. Vejamos como estes princípios se aplicam ao nosso tra- balho. Suponha que temos um projeto que exija de nós repa- ros em instalações subterrâneas num cruzamento movimenta- do. A quebra do asfalto e a abertura de um buraco certamente apresentam muitos riscos que não podem ser eliminados. Mesmo que seja um trabalho de emergência, ele deve ser planejado e avaliado antes de ser iniciado. Todos os membros Preparação de áreas seguras de trabalho da equipe de trabalho são responsáveis pela identificação e análise dos riscos da tarefa. O público e as propriedades pú- blicas, assim como os membros da equipe e equipamentos, devem ser protegidos ao máximo possível. Como nosso trabalho irá interferir no tráfego de veículos e pedestres, temos de iniciar definindo a área de trabalho. Os motoristas devem ser alertados ao máximo e antecipadamente de que há um trabalho sendo executado à frente. Como não podemos eliminar os riscos do tráfego, o melhor que pode- mos fazer é torná-lo mais lento. Reduzir a velocidade do mo- vimento contínuo dos veículos não apenas permite a continui- dade do trabalho e melhora a segurança, como também con- tribui para boas relações públicas. Sinais de alerta, lanternas, bandeiras mostradas em vári- os níveis (mas sem obstruir a visibilidade dos motoristas) e cones ajudam a minimizar os riscos de tráfego. Um ou mais sinaleiros gentis usando sinais facilmente compreensíveis po- dem conduzir o tráfego com segurança, em volta e através da área de trabalho. O movimento seguro do tráfego não é nosso único pro- blema neste cruzamento movimentado. Os pedestres também devem ser considerados. Proteções devem ser colocadas ao longo da área de trabalho. Devem ser colocadas passarelas temporárias em trincheiras abertas, para permitir o movimen- to de pedestres através da área, de forma segura. Após estabelecermos um padrão para um fluxo seguro de tráfego, termos dado proteção aos pedestres e colocado barricadas adequadas em nossa área de trabalho, ainda assim teremos de lidar com os riscos envolvidos na quebra do pavi- mento, escavação do buraco e na execução dos reparos. Muitos riscos com os quais nos defrontamos podem ser eliminados; outros podem ser minimizados. A utilização de equipamento de proteção, como luvas, óculos, protetores faciais, respiradores e máscaras, praticamente eliminarão o perigo de poeira, gás, vapores, pedras arremessadas e concre- to. A utilização de proteção para os dedos dos pés, sapatos e botas de segurança, capa- cetes, reduzirão mais ainda a possibili- dade de ferimentos. Porém, todo o aparato de proteção do mundo não impedirá atos inseguros. Cada um de nós é 03 responsável por seu próprio desempenho em segurança do trabalho. Um bom desempenho em segurança inclui o seguinte: a manutenção de uma barreira a uma distância segura da borda da trincheira, verificação se ferramentas ou rochas podem rolar para dentro do buraco, e termos cuidado para não trabalhar muito perto uns dos outros e nunca fumar em áreas de risco. 03 b A empresa se utiliza de vários recursos para proteger suas propriedades. Existem dispositivos de combate a incêndio e vigilantes. Porém, existem outros recursos projetados para prote- ger você. Pegue por exemplo um par de óculos ou uma prote- ção facial. Esses dispositivos não impedem que um ladrão roube propriedade da empresa nem podem ser usados para comba- ter ou impedir um incêndio; muito menos impedir danos em equipamentos. É isto mesmo! A proteção para a face e para os olhos serve apenas para uma coisa: impedir que algum material ar- remessado atinja sua vista. Ela foi projetada para proteger você. Entretanto, ela protegerá você apenas se você quiser. Não há nenhum dispositivo automático para proteção dos olhos. Os óculos e outras proteções têm valor apenas quando você os utiliza da forma como foram projetados para serem usa- dos. Com o capacete de segurança é a mesma coisa – prote- ção para sua cabeça. Ele só vai protegê-lo se você usá-lo. As botas de segurança protegerão seus pés, não o meu pé ou o pé do presidente da empresa... apenas os seus. Assim sendo, quando lhe dizemos para usar o equipa- mento de proteção individual, não estamos pedindo um favor para a empresa. Não estamos estabelecendo uma porção de regras só para o nosso benefício. Não estamos querendo amo- lar você com restrições sem sentido. Nós estamos apenas tentando fazer o que é certo e o que é bom para você; somente tentando ajudá-lo a se ver livre de acidentes que podem feri-lo, cegá-lo e até matá-lo. Estamos contentes em ajudar de diferentes maneiras. Nós aprendemos, a partir de experiências próprias, quais são os tipos de equipamento de proteção necessários em diferentes tarefas e passamos esta experiência para você, antes de colocá-lo para trabalhar. O uso de alguns tipos de equipamento é exigido por nor- mas internas. Outros tipos são apenas recomendados, mas não exigidos. Esperamos que você faça uso do bom senso e use também aqueles considerados recomendados. Mas, vamos deixar uma coisa bem clara. Não podemos usar o equipamento por você. Não estaremos o tempo todo ao lado de cada um de vocês, dizendo: - “Use este equipa- mento agora!”. Isto é com você e assim que deve ser, porque o equipamento de proteção individual foi projetado para sua própria segurança e saúde. Equipamentos de proteção Algumas vezes parece ser muito complicado gastar al- guns segundos para colocar e tirar o equipamento de prote- ção para realizar uma tarefa que levará apenas alguns segun- dos – como um trabalho rápido no esmeril. Porém, pare um minuto para pensar sobre o assunto. Quanto tempo leva um “besouro”de uma peça de aço ou pedaço de esmeril para atingir seus olhos? Levar apenas uma fração mínima de segundo, po- dendo acontecer tanto em um trabalho que vai levar 10 se- gundos como num trabalho que dure o dia inteiro. Não usar os óculos de segurança, guardando-os o tempo todo no bolso, é uma estupidez tão grande quanto uma caixa de supermercado dizer: - “Estou saindo para almoçar só por meia hora. Acho que posso deixar a registradora aberta en- quanto isto. Não tem a menor chance de alguém passar por aqui e apanhar o dinheiro”. Na realidade, não usar os óculos de segurança é uma estupidez maior. O pior que poderia acontecer com o caixa é que algum dinheiro fosse roubado e ele fosse demitido por isto. Entretanto, ele ainda teria seu olhos. Por outro lado, se você não usar seus óculos de segurança, você estará correndo o risco de perder a sua visão. Assim, pegue o equipamento de segurança exigido para o seu trabalho e use-o sempre que você estiver trabalhando. Mantenha trancadas as portas dos acidentes que poderiam acontecer com você. 04 Uma parte do nosso trabalho envolve lidar com circuitos energizados. A segurança do trabalho em equi- pamentos e circuitos energizados depende de como estamos protegidos. Como qualquer outro equipamento, o EPI se des- gasta e, o que é pior, quebra-se. Para afastar as falhas de EPI, devemos tomar alguns cuidados. COMO VERIFICAR NOSSAS LUVAS? 1. Alta tensão pode entrar através de pequenos furos e o cho- que pode matar você. 2. Os vazamentos em pequenos furos podem deixar que o suor passe para fora (especialmente em dias quentes) colo- cando você em perigo. COM QUE FREQÜÊNCIA AS LUVAS DEVEM SER TESTADAS POR UMA INSTALAÇÃO DE TESTES? Pelo menos a cada sessenta dias. Teste de segurança para os equipamentos de proteção individual QUANDO FOREM ENCONTRADAS LUVAS COM DEFEITOS, O QUE DEVE SER FEITOS COM ELAS? 1. Desfazer-se delas. 2. Entregá-las para o supervisor ou encarregado. 3. Nunca colocar luvas defeituosas de volta ao lugar onde são guardadas, porque alguém poderia voltar a usá-las. SE UM EMPREGADO ESTIVER USANDO SUAS PRÓPRIAS LUVAS, SEU PRÓPRIO CIN- TO DE SEGURANÇA, ETC., AINDA ASSIM ELE ESTARÁ SUJEITO A SER INSPECIONADO PELO SUPERVISOR? POR QUÊ? Sim. O supervisor é o responsável pela segurança de todos, não apenas dos empregados que estiverem usando equipamento fornecido pela empresa. 05 A maioria dos ferimentos ocorridos no trabalho en- volvem os dedos e as mãos. Suas mãos são essenciais para o seu trabalho e seu bem estar. Como qualquer outra coisa de grande valor, elas devem ser adequadamente protegi- das. Eis aqui alguns procedimentos sensatos para ajudar a evitar ferimentos em suas mãos: Lembre-se de que o uso de luvas corretas pode ajudar você a prevenir muitos ferimentos nas mãos e nos dedos. Mantenha suas mãos e luvas livres de graxa e de óleo. Não fique com as mãos ou dedos em lugares onde possam ser esmagados ou apertados. Antes de manusear qualquer material, verifique a existência de bordas cortantes e mantenha suas mãos afastadas das extremidades destes materiais. Proteja suas mãos Certifique-se de que as proteções para mãos e dedos e ou- tros dispositivos de segurança nas ferramentas, equipamen- tos e maquinários estão no lugar e se são operantes. Não faça “bypass” em chaves e controles de segurança – por exemplo: a chave de “homem morto” em ferramentas e equipamentos. O acionamento de prensas por duas botoei- ras simultâneas. Muitos destes dispositivos de segurança são especialmente projetados para manter suas mãos afas- tadas de peças móveis. Tenha cuidado ao manusear metais líquidos quentes. Você não será capaz de determinar a temperatura de uma peça, apenas olhando para ela. Não pegue em metais com temperatura abaixo do ponto de congelamento; isto poderá ferir a área da pele em contato com o metal. 06 Dois dos instrumentos de projeto mais compli- cados com os quais trabalhamos são nossas mãos. Pro- vavelmente não poderíamos usar qualquer outro dispositi- vo capaz de substituir nossas mãos e ainda mantermos a pre- cisão e a capacidade de manobra delas. Como a maioria das coisas com as quais estamos acostu- mados, costumamos não nos lembrar de nossas próprias mãos – exceto quando uma porta prende um de nossos dedos. Aí sim, lembramos que nossas mãos são sensíveis. Infelizmente, logo nos esquecemos desta experiência e deixamos nossas mãos de lado. Você ficaria surpreso ao saber que os ferimentos nas mãos representam um terço dos dois milhões de acidentes incapacitantes que ocorrem no trabalho a cada ano. A maioria desses ferimentos é causada por pontos de pinçamento – 80% deles, na verdade. Os pontos de pinçamento têm o mau hábito de nos pegar quando não estamos prestando atenção. Podemos evitá-los, fi- cando atentos em relação a sua existência e, então, tomar os cuidados adequados. Um bom cuidado é usar luvas adequadas, quando esti- vermos manuseando materiais ásperos, ou quando estivermos levantando ou movimentando objetos. Outras medidas de se- gurança incluem tirar um tempo para remover ou dobrar pon- tas protuberantes, bordas cortantes, etc. Naturalmente, as proteções das máquinas e as ferramen- tas especiais dadas a você para executar uma determinada ta- refa devem ser usadas. Quando você não toma cuidado com o maquinário com o qual terá que trabalhar, ou quando você remove uma proteção e não coloca no lugar novamente, você estará aumentando as chances de ser ferido. Apostar em você nestas situações é perder na certa. As proteções para as mãos não são nada de novo. Elas têm sido consideradas importantes há anos. Na idade média, os espadachins usavam luvas de proteção especialmente confecci- onadas. Proteção das mãos Apesar dos cuidados que tomamos, nossas mãos rece- berão pequenos ferimentos de tempos em tempos. Faça o tra- tamento desses cortes e aranhões, pois podem se transformar em coisas mais sérias. Para não arrancar a pele de suas mãos, dê uma olhada antes por onde elas devem passar. Por exemplo: se estiver movimentando um objeto, ou transportando-o, certifique-se de que as portas e corredores sejam largos o suficiente para passar com segurança, antes de iniciar o trabalho. Certifique- se de que haja espaço suficiente para suas mãos e seja igual- mente cuidadoso ao depositar sua carga em algum ponto. Mantenha suas mãos livres de graxa e óleo. Mãos escor- regadias podem trazer problemas para você. Assim, se estiver com graxa nas mãos, limpe-as rapidamente. Aqueles que são casados, provavelmente alguma vez já brincaram, dizendo que todos os seus problemas começaram, quando colocaram uma aliança no dedo. Isto realmente pode ser verdade – pelo menos no que diz respeito ao trabalho. Por razões de segurança, não use alianças ou anéis quando estiver trabalhando. Esses objetos podem se prender facilmente no maquinário e em outros objetos, provocando um corte grave no dedo, ou o pior, uma amputação. Polias e correias formam pontos de pinçamento e devem ser cobertas com proteções. Se você precisar recolher vidro quebra- do, pregos ou outros objetos cortantes ou pontiagudos, use luvas para a tarefa, ou varra o material. Nunca tente manusear estas coisas com as mãos nuas. Uma boa coisa a ser lembrada é o fato de que suas mãos não sentem medo. Elas vão aonde você man- dar e se comportarão conforme seus donos mandarem. 07 Um anel não é apenas um círculo de metal usado no dedo de alguém – em muitas situações, representa tam- bém a causa de ferimentos sérios para quem o usa. Muitos desses ferimentos ocorrem no dia-a-dia das pessoas. As vítimas mais comuns são representadas por alguém que pula fora da traseira de uma camioneta e prende sua mão numa projeção, ou por uma mulher que se estica para alcançar algu- ma coisa numa prateleira alta e fica presa num prego que não está à vista. Um cirurgião plástico tratou cerca de vinte e um casos de avulsão anelar (avulsão é o ato de rasgar uma parte do cor- po). Este cirurgião enfatiza a seriedade de tal ferimento, ex- plicando que a destruição de tecido mole pode sertão exten- siva que os pequenos vasos sangüíneos que alimentam os ten- dões, osso e unha não podem ser restaurados. Um outro cirurgião explica que os procedimentos cirúrgicos necessários para restaurar um dedo severamente danificado incluem o enxerto de osso e enxerto de pele. O resultado pode ser um dedo esticado e duro, muitas vezes pouco atraentes para o paciente. Uma boa forma de evitar os ferimentos provocados por anéis é usar daqueles tipos que se abrem sob esforço e que saem do dedo. Qualquer joalheiro, ou alguém com habilidade necessá- ria e uma serra de joalheiro, pode fazer uma abertura. Eis aqui como: 1. A partir da parte interna, faça um pequeno corte na posição de seis horas (a pedra ou a jóia fica na posição de doze horas). O problema com os anéis e alianças 2. Também a partir da parte interna, faça ranhuras com dois terços de espessura em profundidade, nas posições de nove e duas horas. Em caso de agarramento severo, o anel será aberto na posição de seis horas, com as duas partes inferio- res dobrando nas posições de nove e duas horas. O dedo será solto sem ferimento. Contudo, é importante lembrar que os cortes parciais do anel são necessários, assim como o corte completo. O anel poderá não se abrir apropriada- mente sem algum dos três cortes. Algumas pessoas são relutantes, provavelmente por razões afetivas em relação ao anel, em fazer as alterações necessárias para evitar ferimentos. Porém, um anel pode ser reparado a um custo razoável, enquanto a restauração de um dedo pode ficar muito cara. Naturalmente, você também não poderá usar um anel ou aliança num dedo que esteja faltando. De acordo com um cirurgião plástico, que tratou muitas avulsões anelares, uma alternativa possível aos cortes no anel é usar anéis dobráveis que podem ser obtidos em joalheiros. Embora projetados, a princípio, para pessoas com as juntas alargadas, eles podem salvar um dedo, se forem submetidos a um grande esforço. Naturalmente, a melhor forma de evitar um ferimento por anel é não usá-lo. Porém, se você usa um, altere-o conforme des- crito anteriormente ou use um de projeto alternativo (como para o caso de pessoas com artrites). 08 Com tanta conversa a respeito de programas de segurança, algumas vezes nos esquecemos do óbvio. A se- gurança é uma questão pessoal. A máquina com que trabalha- mos pode ter suas proteções, mas se não a usarmos, eles não nos protegerão. O que conta a longo prazo é a crença firme de termos de fazer tudo para podermos trabalhar com segurança. Nós temos de usar o equipamento de proteção individual se quisermos ter um bom desempenho com segurança. Ninguém poderá fazer a segurança por nós. Suponha que você seja um daqueles que acre- ditam na importância de proteger sua visão em qualquer circuns- tância e que aja de acordo com esta idéia o tempo todo. Bem, quando alguém na turma gozar você por estar sendo “maricas” ou excessivamente cuidadoso, o que você faz? Você decide não se envolver numa discussão e se afasta. Você dá uma má resposta à pessoa brincalhona, ou pode tomar a coisa de outra forma e dizer para a pessoa a razão que o faz proteger seus olhos, mesmo que o risco seja pequeno. Talvez, com isso, você leve a pessoa a refletir. Talvez ela chegue à mesma conclusão que você – de que a segurança vale mais do que apenas se esforçar. Talvez, se você fizer seu trabalho bem feito, ela venderá a alguém a mesma idéia. Os dispositivos para proteção dos olhos têm sido emprega- dos nas indústrias desde 1910. Talvez, alguns de vocês conheçam alguém que tenha recebido um ferimento no olho ou que tenha ficado cego por não estar usando óculos de segurança na hora certa. Algumas vezes, uma partícula arremessada pode atingir você com o mesmo impacto de uma bala de revólver. Vários tipos de dispositivos são disponíveis para proteger seus olhos contra tais partículas, assim como de vapores e líquidos corrosi- vos. Dependendo do trabalho, você pode usar óculos, protetores faciais, blindagens e outros dispositivos de proteção. A soldagem requer proteção dos olhos na forma de um ca- pacete para impedir que raios os infravermelho e ultravioleta atin- Proteção para os olhos jam seus olhos. Os soldadores também devem usar óculos que protejam contra o arremesso de partículas. Os óculos de segurança devem ser usados sempre que ma- teriais ou partículas possam ser arremessados ou cair de maneira forçada nos olhos, ou próximo deles. Você sabe que precisa apenas de uma partícula de esmeril para acabar com sua visão? Você sabe que o respingo de um produto químico corrosivo é o suficiente para cegar você? Porém, algumas vezes você arranja uma desculpa para não usar seus óculos de segurança. Uma das desculpas mais freqüen- tes é: “Eles atrapalham a minha visão”; “eles são desconfortáveis”; “eles me fazem parecer ridículo”. Sempre que a proteção para seus olhos o aborrecer, lem- bre-se apenas do seguinte: - você não poderá enxergar através de um olho de vidro. Talvez a pior desculpa de todas seja que o trabalho levará apenas um minuto – a acidente talvez leve muito menos. Ninguém quer perder sua visão ou tê-la danificada. Nin- guém pensa que isso possa acontecer consigo mesmo. Porém, produtos químicos podem espirrar, o esmeril pode quebrar, partí- culas metálicas voam... um acidente pode ocorrer a qualquer ins- tante. Os danos já terão acontecido. Uma das frases mais usadas é: “Eu me esqueci...”. Freqüentemente ela é usada como desculpa para não proteger seus olhos. Não estamos dizendo que podemos nos esquecer uma vez ou outra. Porém, basta que você esqueça uma única vez de colocar os óculos para que este esquecimento, esse lapso de memória, seja o mais caro em toda a sua vida. Portanto, faça do uso dos óculos de segurança uma questão de hábito.Pense no seguinte: não existe uma boa razão para que alguém não proteja os próprios olhos. Os olhos não têm preço. Assim sendo, proteja-os. Use proteção para seus olhos. 09 Você sabia que a cada 30 segundos algum tra- balhador sofre ferimento nos olhos? Você sabia que 36.680 trabalhadores são afastados do trabalho, diariamente, por causa de ferimentos nos olhos e os brasileiros estão ficando cegos ao ritmo de 60 por dia? Você sabia que 80% de suas ações são orientadas por sua visão e que 85% do seu conhecimento vem através dela? Embora os ferimentos nos olhos custem à indústria mais de 200 milhões de reais por ano, fazendo os trabalhadores perderem cerca de 3 milhões de dias de trabalho anualmente, o maior custo ainda é a perda de visão da vítima. O Conselho Nacional de Segurança do Trabalho, nos Estados Unidos, classifica as causas de acidentes com a visão da seguinte maneira: 80% Partículas arremessadas; 8% Ferramentas de maquinário; 7% Respingo de líquidos; 2,5% Explosões; 2% Quedas; 0,5% Infecção. Fatos sobre ferimentos nos olhos Não há uma resposta única, com relação a equipamento de proteção, existente na indústria, para todos os riscos relati- vos à visão. Diferentes riscos requerem tipos distintos de equi- pamento. Tenha o tipo certo de equipamento de proteção para seu trabalho e use-o. Você não pode comprar um bom olho com todo o di- nheiro do mundo. Se seu trabalho for do tipo que pode provo- car sérios ferimentos em seus olhos, então você deve tomar todos os cuidados necessários para sua visão, usando equipa- mento de proteção. Lembre-se de que um cego não deseja outra coisa no mundo a não ser sua visão. 10 PROTETOR AURICULAR (Abafador de Ruído) Tem como finalidade diminuir o nível de ruído recebido pelo trabalhador. Deve ser usado nas áreas próximas aos equi- pamentos ruidosos e locais barulhentos. O não uso deste equi- pamento pode causar: stress, insônia, dificuldade de comuni- cação, surdez profissional. CREMES Têm como finalidade proteger a pele contra produtos químicos agressivos. Devem ser usados em todas as ativida- des onde houver contato com produtos químicos. A falta do creme pode causar doenças na pele, alergias, dermatites. Equipamentos de segurança MÁSCARA CONTRA POEIRA E GASES Protege as vias respiratórias,deve ser usada em ativida- des onde haja concentração de poeiras ou gases. A falta de máscara pode causar doenças do sistema respiratório. 11 As roupas de verão, feitas de material sintéti- co, são preferidas pelas pessoas que precisam trabalhar perto de fontes de calor ou sob o sol. Porém, o conforto não compensa o maior risco a que estão sujeitas. Às pessoas envolvidas em combate a incêndio aconse- lha-se não usar roupas que não podem ser passadas a ferro porque podem derreter sob extremo calor. Esses materiais, sob calor intenso, podem fundir numa massa incandescente, grudando na pele e provocando sérias queimaduras. Mesmo os materiais sintéticos tratados com retardantes de chamas se- rão fundidos e derretidos se expostos a calor intenso ou a chama. Os sintéticos para o inverno também são suspeitos e os testes de materiais de isolamento térmico usados em jaquetas e camisetas mostraram que tendem a derreter sob calor extre- mo. Os pesquisadores descobriram que a espuma de borracha e almofadas feitas de fibras de polipropileno pegam fogo e se queimam após aquecimento artificial num secador de roupas. Todos os tecidos podem queimar, naturalmente, se hou- ver as condições adequadas. O grau de inflamabilidade de- pende do peso das fibras e do tipo de tecido, sua superfície e desenho ou estilo da roupa. Roupas de proteção contra fogo Eis aqui alguns pontos importantes que devem ser lem- brados na escolha de roupas apropriadas para o trabalho per- to de calor ou chama: Tecidos pesados de lã prensada pegam fogo mais lentamen- te do que tecidos leves feitos de lã não prensada. Tecidos que têm superfície lisa e maior densidade são me- nos prováveis de queimar do que outros tecidos. O vestuário justo no corpo é mais seguro perto de calor ou chama do que roupas frouxas. Dentre as fibras básicas, a lã prensada é comparativa- mente mais resistente a chamas. Ela pega fogo, mas queima- se lentamente e o fogo geralmente se apaga quando a fonte de calor for removida. Se a lã for combinada com outro tecido, contudo, ela deixa de ser resistente ao fogo. O algodão e o nailon se queimam facilmente, mas podem ser tratados com produtos químicos para torná-los mais resis- tentes ao fogo. Os tecidos de fibra de vidro e algumas outras fibras artificiais são resistentes ao fogo, mas algumas vezes são misturados ou tratados com acabamentos que os tornam menos resistentes ao fogo. 12 Lesões repetidas nas costas podem se tomar crônicas se afetarem um empregado no trabalho e em casa. Uma lesão nas costas pode causar anos de sofrimento, encurtar os anos produtivos do trabalhador e provavelmente acabar com a alegria da aposentadoria durante muitos anos. Podemos evitar estas lesões nas costas? SIM... se reconhecermos algumas de suas causas. Uma revisão das experiências do passado indica que a maioria re- sulta das seguintes causas: Levantamento de cargas com o corpo em posição errada. Levantamento de objetos abaixo do nível do solo. Tentativa de levantar pesos acima da capacidade da pessoa. Escorregões quando transportando objetos ou operando ferramentas pesadas. Giro do corpo nos calcanhares quando se levanta ou carre- ga objetos. A maioria de nós sabe como levantar um peso correta- mente. Sabemos como ficar na posição correta quando estamos Lesões nas costas levantando um peso. Se ficarmos alerta e observarmos as ori- entações dadas aqui, podemos evitar muitas das lesões causa- das por métodos incorretos de se levantar peso. Tenha ajuda ao levantar objetos que, por causa de suas posições, são difíceis de agarrar. Consiga ajuda para todos os objetos difíceis de segurar. Peça ajuda para objetos pesados. Todos nós temos nos- sas limitações. Conheça as suas. Sua condição física, consti- tuição e estatura têm muito a ver com sua capacidade de le- vantar objetos pesados. Não faça mais do que dá conta. Tenha cuidado especial quando levantar ou transportar objetos em terrenos irregulares ou onde houver perigo de per- der o apoio dos pés sobre pedras, tábuas ou outros objetos. Mantenha sua área de trabalho e passarelas limpas e desobstruídas. Nunca torça seu corpo quando levantar ou transportar um peso. Se tiver que mudar de posição, mude a posição dos pés sem torcer o corpo, para obter o efeito desejado. 13 Mesmo com auxílio mecânico para içamento, encontramos certas coisas que precisam ser levantadas manualmente. Para evitar distensões de mau jeito nas cos- tas, temos que levantar o peso corretamente. Isto já foi dito várias vezes no passado, mas ainda ocorrem muitas lesão por levantamento de peso. Consideremos algumas coisas que temos que levantar ma- nualmente. O que pesa mais? O que é mais difícil de manuse- ar? Pense nisto enquanto falamos nos principais pontos sobre levantamento de peso com segurança. A proteção das mãos é de máxima importância. Quando levantar materiais com bordas cortantes ou superfície áspera, use luvas para proteger suas mãos. Devemos evitar o pinçamento de dedos e corte nas mãos. Mesmo que você esteja usando luvas, deve certificar-se de que suas mãos não correm riscos. Muitas cargas caem quan- do as mãos são atingidas por alguma projeção no momento em que a carga está sendo levantada. Nestes casos, são os pés que normalmente são atingidos. A firmeza nos pés é essencial para se tentar levantar um objeto de qualquer peso substancial. Muitas distensões resul- tam da perda de equilíbrio. Com isto, o peso da carga é lança- do sobre os músculos das costas. A posição dos pés determina se você está ou não bem equilibrado. Eles devem ficar separados um do outro. Pegar corretamente a carga é necessário para firmá-la bem. Segure-a primeiro com as mãos, antes de começar a levantá-la. Se estiver levantando uma caixa, pegue-a pelos cantos diagonalmente opostos. Manter a carga perto do corpo é importante para evitar esforço excessivo. Antes de levantá-la, avalie seu tamanho para certificar-se de que é capaz de erguê-la próxima a seu corpo. Manuseie materiais com segurança Desta maneira, é mais fácil manter seu equilíbrio. Assim você distribui o peso uniformemente sobre todo seu corpo. Dobrar os joelhos para levantar o peso com os músculos das pernas é o requisito básico do levantamento de carga com segurança. Abaixe com seus joelho dobrados. A carga deve ficar entre seus joelhos de forma que fique perto do seu corpo quando erguê-la. As costas devem ser mantidas retas enquanto levanta a carga. Se seus joelhos estiverem dobrados e suas costas esti- verem retas, a carga pode ser levantada. Nesta posição, toda a carga é lançada sobre os pés. Levantar lentamente é outra recomendação básica para segurança. Coloque lentamente sua força no levantamento. Levante lentamente esticando suas pernas, mantendo suas costas rentes e a caixa próxima a seu corpo. Você saberá se a carga é pesada para você. Se for muito pesada, dobre os joe- lhos para colocá-la de volta ao chão. Peça ajuda quando precisar. Este é outro ponto essenci- al. Se qualquer carga for muito pesada para você, não hesite em pedir ajuda. As botas de segurança previnem ferimentos nos pés no caso de quedas de carga. O levantamento de pesos representa muitos problemas no trabalho. Certamente é um problema nacional. Cerca de um afastamento por hora ocorre devido ao manuseio manual de cargas. Podemos eliminar os problemas de levantamento em nos- so departamento apenas observando os cuidados de seguran- ça para levantamento de carga. Assim sendo, lembre-se de levantar com as pernas e não com as costas. Peça ajuda para cargas muito pesadas! 14 Nas muitas atividades de trabalho, existem inú- meros a microscópios contaminantes que ficam suspensos no ar. Muitas vezes , eles são tóxicos, e, consequentemente, prejudiciais à saúde. QUAIS OS CONTAMINANTES PRESENTES NAS INDÚSTRIAIS? O ar que respiramos é composto de 21% de oxigênio, 78 % de nitrogênio e 1% de outros gases. Certo? Já não foi falado a esse respeito? Nesta combinação, estes gases mantêm a vida. Porém, quando outras substâncias estiverem presentes, o tra- balhadorestará sujeito a irritação, intoxicação, asfixia, narco- se, podendo levá-lo à morte. QUAIS SÃO OS AGENTES QUE PODEM REPRESENTAR ESTAS CONDIÇÕES DE RISCOS PARA O NOSSO APA- RELHO RESPIRATÓRIO? POEIRAS - São formadas quando um material sólido é que- brado, moído ou triturado. FUMOS - ocorrem em operações de fusão em altas tempera- turas, com materiais plásticos ou metálicos, como soldagem e fundição. NEBLINAS ou NÉVOAS - são encontradas em operações de pintura quando os líquidos são pulverizados. GASES E VAPORES - São contaminantes presentes no ar, que por serem minúsculas partículas, passam pelos pulmões, depositam-se na corrente sangüínea e podem chegar ao cére- bro, rins e outros órgãos. Os vapores ocorrem através da eva- poração de líquidos ou sólidos, tais como: Gasolina, querose- ne, solvente de tintas, etc. COMO SE PROTEGER DESTES CONTAMI-NANTES - Através de EPI, respiradores, máscaras com filtros adequa- dos que atraem e retém os contaminantes suspensos no ambi- ente de trabalho. O que os olhos não vêem... o pulmão aspira COMO IDENTIFICAR UM BOM RESPIRADOR: - CONFORTO - Considerando que o trabalhador poderá utili- zar o respirador até 8 horas por dia, é de fundamental impor- tância que seja leve, sem machucar o rosto do usuário; - SELAGEM - Deve ajustar bem a face do usuário, protegendo contra as partículas a gases tóxicos que podem estar presentes no ambiente; - FÁCIL UTILIZAÇÃO - Respiradores de manuseio compli- cado desestimulam e dificultam a utilização freqüente; - DIFICULDADE NA MANUTENÇÃO - Respiradores com- postos de muitos elementos e peças reposicionáveis necessi- tam de cuidados freqüentes e prejudicam a qualidade e efici- ência do EPI, se a manutenção não for bem feita; - FÁCIL COMUNICAÇÃO - Um bom respirador permite, durante sua utilização uma clara e fácil comunicação, sem que seja necessário retirá-lo do rosto. - EFICIÊNCIA - A qualidade do elemento filtrante é muito im- portante para que ocorra a proteção respiratória, bem como o uso do respirador apropriado para cada situação e contaminante. CUIDADOS: - Não suje, nem danifique a parte interna, a qual ficará direta- mente em contato com a boca e o nariz; - Não deixe sobre equipamentos e lugares sujeitos a poeiras ou sujeiras; - No intervalo ou ao final do trabalho, guarde o respirador em saco plástico e coloque-o em lugar apropriado (gaveta, armá- rio, etc); - Quando sentir dificuldades na respiração, cheiro ou gosto do produto com que estiver trabalhando, isto indica que é hora de trocar o respirador; - Para qualquer dúvida ou informação adicional, pro- cure o técnico de segurança. 15 Para entendermos o que é acidente do traba- lho, necessário se faz compreender primeiramente o que é, simplesmente, acidente. O QUE VEM A SER ACIDENTE? Numa conceituação mais ampla, ACIDENTE é toda ocorrên- cia não desejada que modifica ou põe fim ao andamento nor- mal de qualquer tipo de atividade. Pode-se qualificar como acidente uma interrupção no fornecimento de energia elétrica. O QUE VOCÊ CONCLUI? Portanto, o acidente pode ocorrer em qualquer lugar: em casa, na rua, na prática de esportes, numa viagem e, principalmen- te, no trabalho ou em função deste. Para que possa ficar bem entendido, em termos de acidente dentro da empresa, existe um amparo legal, que é definido na lei n.º 8.213, “ACIDENTE TRABALHO É AQUELE QUE OCORRER PELO EXERCÍCIO DO TRABALHO A SER- VIÇO DA EMPRESA, PROVOCANDO LESÃO CORPO- RAL OU PERTURBAÇÃO FUNCIONAL QUE CAUSE A MORTE OU PERDA OU REDUÇÃO, PERMANENTE OU TEMPORÁRIA DA CAPACIDADE PARA O TRABALHO”. COMO INTERPRETAR? O acidente do trabalho é considerado como tal quando ocor- rer nas seguintes circunstâncias: pelo exercício do trabalho a serviço da empresa. Lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capaci- dade para o trabalho? No caso, lesão corporal ou perturbação funcional refere-se aos efeitos de qualquer tipo de acidente que prejudique a inte- gridade física ou mental do trabalhador e que possa causar a perda, ou redução permanente, ou temporária, de sua capaci- dade para o trabalho, que exercia normalmente antes do aci- dente. O que é acidente de trabalho O QUE É REDUÇÃO PERMANENTE DA CA- PACIDADE DE TRABALHO? Ocorre quando o trabalhador , devido a uma lesão grave, tem reduzida, para sempre, sua capacidade de trabalho no desem- penho de sua antiga função ou quando, ainda, devido ao tipo da lesão, ele se torna incapacitado para qualquer outro tipo de trabalho: Ex. Perda das duas vistas, de um braço, mão etc. E A REDUÇÃO TEMPORÁRIA DA CAPACIDA- DE DE TRABALHO? Consiste na perda da capacidade para o trabalho por um tem- po determinado (menos de um ano), permanecendo afastado de sua função, segundo orientação médica. Ex.: Queimou o braço e afastou-se por 2O dias. RESUMINDO - para ser considerado ACIDENTE DE TRA- BALHO, O TRABALHADOR DEVE: Estar exercendo um trabalho, a serviço da empresa, e ocorrer uma lesão que o afaste por algum tempo ou para sempre de sua antiga função. 16 O acidente prejudica a integridade física do tra- balhador. As conseqüências dos acidentes, quando envolvem o trabalhador, são muito mais desastrosas e evidentes, pois, de- pendendo de seu grau de intensidade, por mínimos que eles sejam, sempre requerem cuidados especiais no tocante a readaptação do homem ao trabalho e, num sentido mais am- plo, dependendo do tipo da lesão física, a sua reintegração na própria sociedade. ASPECTO SOCIAL Em referência a este aspecto, deve-se cogitar das conseqüên- cias que, advindas dos acidentes do trabalho, se constituem num agravante dos problemas sociais já existentes. Como o objeto desta análise é o acidente de trabalho e suas conseqü- ências sociais, deve-se estudar o mesmo visando dois aspec- tos: - o acidente do trabalho como efeito; - o acidente do trabalho como causa. QUANDO CONSIDERAR O ACIDENTE DE TRABALHO COMO EFEITO? Quando ele resulta de uma ação imprudente ou de condições inadequadas, isto é, quando resulta da inobservância das nor- mas de Segurança. Aspecto humano do acidente do trabalho QUANDO CONSIDERAR O ACIDENTE DE TRABALHO COMO CAUSA? Quando se tem em vista as conseqüências dele advindas. E NO ASPECTO SOCIAL COMO SE ENQUA- DRA O ACIDENTE DO TRABALHO? No que diz respeito ao aspecto social, o acidente do trabalho se constitui causa ou uma das causas agravantes dos proble- mas sociais já existentes, uma vez que suas conseqüências au- mentam o índice de pessoas marginalizadas na sociedade. Por exemplo, vários acidentados portadores de lesões que os tor- naram permanentemente incapacitados para qualquer tipo de trabalho e agravaram um problema social. Esse fato dá ori- gem a outro problema, a redução dos vencimentos, o que obriga a baixar o padrão de vida mantido até então. Esse aconteci- mento poderá originar tipos de comportamento desajustado das pessoas da família do acidentado, na ação dirigida para manter o padrão de vida a que estavam acostumados ou, mes- mo, na luta pela sobrevivência. Tais comportamentos, depen- dendo de sua proporção, passam a ser consideradas com um problema social. A extensão e proporção das conseqüências não tem dimensões. Mas, o importante para todos nós aqui reunidos é que devemos inteirar dessa realidade, interessan- do-se pela aplicação correta das medidas de prevenção do aci- dente, para não tornarmos vítimas desta realidade. 17 Um dos fatores altamente negativos, resultan- tes dos acidentes do trabalho, é o prejuízo econômico, cujas conseqüências atingem o trabalhador, a empresa, a sociedade e, numa concepção mais ampla a própria nação. POR QUÊ? Apesar de toda a assistência e das indenizações recebidas por ele ou seus familiares através da Previdência Social, no caso de acidentar-se, os prejuízos econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização não lhe garante necessariamen- te o mesmo padrão de vida mantido até então. E, dependendo do tipo de lesão sofrida, tais benefícios, por melhores que se- jam, não repararão uma invalidez ou a perda de uma vida.E PARA EMPRESA? Os prejuízos econômicos derivados dos acidente variam em função da importância que ela dedica à prevenção de aciden- tes. A perda ainda que de alguns minutos de atividade no tra- balho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com a danificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais Aspecto econômico do acidente de trabalho etc. Outro tipo de prejuízo econômico refere-se ao acidente que atinge o trabalhador variando as proporções quanto ao tempo de afastamento do mesmo, devido a gravidade da le- são. As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do trabalho por tempo indeterminado, devido a impossibilidade de substituição do acidentado por um trabalhador treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que atinge os demais trabalhadores e que interfere no ritmo normal do trabalho , levando sempre a uma grande que- da da produção. FINALIZANDO Imagine o custo para o País e pensar que poderia ser utilizado para habitação, saúde, educação e segurança. Queiramos ou não, somos diretamente responsáveis por esse ônus, quando somos envolvidos em algum tipo de acidente e indiretamente quando poderíamos ter feito algo pela prevenção de acidente e não o fizemos. 18 Quando um empregado é acidentado, é respon- sabilidade da Empresa providenciar para que ele receba imediatamente socorro de urgência. A empresa comunica o acidente ao INSS por meio de um impresso “Comunicação de Acidente do Trabalho “ C.A.T. O Comunicação de acidente de trabalho seu preenchimento é obrigatório por Lei, até o primeiro dia útil após o acidente. Se ocorrer a morte do funcionário, a comuni- cação deve ser feita também a autoridade policial. A frente do CAT deve ser preenchida corretamente, pela Empresa. 19 Os pés são um ponto bastante vulnerável e bas- tante propício aos acidentes do trabalho. O chão sobre o qual eles se deslocam freqüentemente é irregular. Sua superfície pode ser áspera ou lisa e escorrega- dia. Pode estar seca ou molhada. E quase sempre existem ob- jetos pérfuro-cortantes (pregos, rebarbas metálicas, etc.). Com relação às superfícies de trabalho, deve-se escolher um calçado que tenha um solado adequado, isto é, projetado de maneira a impedir que algum dano possa afetar o usuário, como por ex., um solado de PVC com um desenho antiderrapante para tarefas em locais escorregadios. O ponto crítico da proteção dos pés, no entanto é a biqueira do calçado de segurança, a grande maioria dos aci- dentes com os pés ocorre por choque contra obstáculos, na parte dianteira dos calçados que podem ocorrer devido: a) Surgimento de um obstáculo imprevisto à frente do trabalhor-degrau, canto vivo, etc.; b) Queda de um corpo sobre o pé – martelo, uma carga, etc.; c) Pressão estática sobre o pé, como a passagem de uma roda de vagão, locomotiva, caminhão ou empilhadeira, etc.. Portanto, a biqueira deve ser resistente. Sendo de aço, este material deverá ser temperado de forma que ofereça uma rigidez que suporte elevadas cargas, mas, ao mesmo tempo, flexibilidade para resistir a um choque dinâmico sem romper- Os pés se e sem deformar-se, de maneira a por em risco a segurança do usuário. É importante, ainda que o calçado de segurança seja con- fortável. A grande maioria dos empregados trabalha em pé e uma forma anatômica, que permita a liberdade de movimen- tos, sem pontos de tensão e compressão é fundamental para permitir um desempenho satisfatório do trabalhador durante a jornada de trabalho. Observe as condições do seu calçado, pois estando em mau estado, logicamente maltratam seus pés. Dê uma olhada em seu calçado, verifique se está com a sola gasta (perigo de escorregar), a sola furada ou as laterais tortas. Se estiver, re- quisite um novo para a proteção dos seus pés. Lembre-se que os sapatos são testados para durar no mínimo 6 meses. Mas caso de não durarem, procure o técnico de segurança. Ele autorizará a retirada de um novo. Calçados limpos dão uma melhor aparência. Tenha-os bem engraxados para proteger o couro. Caso venha a molhar, enxugue-os longe do calor. Procure cuidar dos seus pés. Qualquer anormalidade, pro- cure um médico porque os seus pés trabalham com você. Lembre-se, existem muitas maneiras de destruirmos nos- sos pés e artelhos. Mas, só existe uma maneira excelente de protegê-los, USANDO CALÇADOS DE SEGURANÇA. 20 As mãos A mão, composta de um grande número de ossículos (27), de tendões, de nervos, compreende uma rica rede sangüínea necessária ao seu alto nível de ativida- de. Todos esses elementos formam um conjunto bem definido que contribui para harmonia de seu movimento, de sua sensi- bilidade e de sua destreza. O contato permanente com o mundo exterior e o grande número de agentes agressivos a que é submetida e sua diversi- dade de ação, torna-a frágil e vulnerável, advindo daí um grande número de acidentes. Qualquer que seja a causa de um acidente, sua gravidade não é somente função... mas também, infelizmente, da profis- são do indivíduo, pois a perda de uma certa sensibilidade ou de uma certa destreza pode causar uma simples dificuldade ou trazer sérias conseqüências a exemplo de amputações. Apesar de toda a técnica desenvolvida para substituir o homem pela máquina e de mecanizar ao máximo as operações manuais, o homem e suas mãos continuarão todavia sendo indispensáveis, expondo-se, portanto, a inúmeros riscos, como podemos destacar: golpes, cortes, abrasões, substâncias quí- micas, queimaduras, choque elétrico. Por isso é importante protegê-las. Após um grave acidente não há segunda chance. As mãos são os olhos dos cegos e a voz dos mudos. Elas servem para trabalhar, para julgar e expressar emo- ções, sem as mãos as atividades humanas estariam limitadas em grande parte, mais do que poderíamos imaginar. Como poderíamos escovar os dentes? Como abriríamos uma porta? Como poderíamos amarrar os cordões dos nossos calça- dos, abotoar a camisa, tocar um instrumento musical, digitar um computador, ou aplaudir uma acontecimento que mereça? Difícil, não? É claro que nem todas as lesões na mão implicam em uma amputação total, mas mesmo a imobilização temporária de um dos dedos já traz certa dificuldade. Alguns procedimentos que merecem a nossa atenção: Não opere nenhuma máquina e equipamento sem conhecê- la bem; Verifique se a máquina possui proteções necessárias para proteção de nossa integridade física; Engrenagens, polias, correias e o próprio ponto de opera- ção representam perigo; Às vezes, a proteção foi retirada e esqueceram de recolocar no lugar. Providencie sua reposição; Antes de lubrificar, engraxar, limpar, ou ajustar, certifique- se de que esteja desligada e travada; Os anéis, relógios e pulseiras são um perigo junto à máquina, quando estiver manipulando materiais; Nunca limpe as limalhas com as mãos, use uma escova; Mantenha os seus dedos, fora de perigo ao deixar objetos pesados; PENSE NA IMPORTÂNCIA DE SUAS MÃOS E PRO- TEJA-AS. 21 Em nossa vida diária, seja em casa, no traba- lho, seja viajando ou nos divertindo, existem inúmeras situações nas quais estamos expostos ao barulho. O traba- lho, na maioria das vezes se apresenta como situação mais perigosa em função das muitas máquinas e equipamentos rui- dosos e do tempo considerável que passamos sob estas condi- ções. O barulho é um som prejudicial à saúde humana porque causa sensação desagradável e irritante, que depende de al- guns fatores: 1. Depende da freqüência e intensidade – a freqüência em Hertz e a intensidade em decibéis; 2. Tempo de exposição – quanto maior o tempo exposto, mai- or perigo; 3. Tipo de barulho – contínuo (sem parar); intermitente (ocor- re de vez em quando) ou de impacto (ocorre de repente); 4. Distância da fonte – quanto mais próximo, maior risco; 5. Sensibilidade Individual – varia em função da idade e das resistência do organismo de cada pessoa; 6. Lesões no ouvido – problemas anteriores no ouvido (infec- ções e inflamações). EFEITO DO BARULHO À SAÚDE: Efeitos no trabalho – problemas de comunicação;baixa con- centração; desconforto; cansaço; nervosismo; irritação; baixo rendimento; perdas de reflexo. Efeitos ao organismo – estreitamento dos vasos sangüíneos; aumento da pressão arterial; ansiedade; tensão; insônia; pro- blemas digestivos (úlceras, gastrite); problemas cardíacos. Ruído Efeitos à audição: Trauma acústico – é a perda auditiva repentina causada por barulhos de impacto como explosões; Perda auditiva temporária – ocorre após exposição a barulho intenso, mesmo por curto período de tempo. A audição volta ao normal após algum tempo; Perda auditiva permanente – ocorre pela exposição repetida, durante longos períodos, à barulhos de alta intensidade. É irreversível, porque destrói as células auditivas. SINAIS DE PERDA AUDITIVA - zumbidos ou sons estranhos no ouvido. São notados, geral- mente depois do período de trabalho, em ambientes silenci- osos ou ao dormir. - Incapacidade de ouvir sons baixos ou de alta freqüência. - Dificuldade em ouvir e entender uma conversa ou falar ao telefone. - Os sons são ouvidos de forma abafada. COMO PREVENIR De imediato, fazer uso contínuo de EPI – Protetor auricular. Demais procedimentos devem haver considerações técnicas. 22 MAS POR QUE FAZER INSPEÇÃO? Independente de área, há milhares de coisas que em al- gum momento desgastam (mangueiras, cabos, ferramentas, escadas, etc.). O uso e desgaste normais podem ocasionar uma deterioração gradual que pode ser descoberta antes que se produza um dano pessoal, um dano à propriedade ou uma interrupção do trabalho. Além disso as áreas são informadas dos problemas que podem afetar de modo negativo as opera- ções da empresa. Portanto, a inspeção é um instrumento fun- damental para se obter um retrato qualitativo e fiel do ambi- ente de trabalho e, a partir disto, propor medidas de controle e correção cabíveis. QUAIS OS OBJETIVOS PRINCIPAIS? Remover as interferências na execução das atividades; Buscar falhas nos processos ou métodos de trabalho que pos- sam alterar a condução normal da tarefa; Identificar os riscos no trabalho e no meio ambiente, de uma forma planejada e orientada, pois muitos riscos não são óbvi- os para a maioria das pessoas. QUEM DEVE REALIZAR? Devidamente orientados pela área de segurança, todos po- dem realizar uma inspeção: o supervisor, líder, empregado, membro da Cipa. COMO REALIZAR? 1.º passo – é identificar o que procuramos. Lembrar do ato e da condição insegura. Estes são os elementos fundamen- tais, que devemos eliminar. 2.º passo – através de um impresso próprio ou “check-list”, identificar registrar todas as irregularidades constatadas. 3.º passo – encaminhar para a supervisão da área inspeciona- da os dados registrados para que as não conformidades possam ser solucionadas. 4.º passo – acompanhar as providências. Inspeção de segurança TIPOS DE INSPEÇÃO Rotina – Faz-se uma vistoria de forma rotineira para checar as operações, equipamentos, procurando possibilitar a continui- dade operativa dos processos. Periódica – Realizada de tempos em tempos, dirigida às má- quinas, equipamentos e instalações e procura averiguar alte- rações nos mesmos que podem ocorrer após um período de uso. Especiais – São aquelas feitas em processos, máquinas ou ins- talações novas de modo a descobrir e eliminar riscos antes do funcionamento, bem como aquelas onde há suspeita de pre- sença de substâncias tóxicas e perigosas para a saúde. Muitas vezes o risco está na nossa frente, mas não observamos. A troca de informações, o diálogo, empregados de outras áreas inspecionado, com essas medidas, fatalmente estes riscos se- rão vistos e eliminados. Assim caminha a prevenção de aci- dentes. 23 A importância de investigar um acidente ocor- rido é procurar as causas que o determinaram. Quando um acidente ocorre, quer seja grave ou não, devemos analisá- lo profundamente com o objetivo de agir eficazmente no sen- tido de evitar a sua repetição. É necessário lembrar que a finalidade de investigar não é a de procurar um culpado ou um responsável, mas encontrar as causas que contribuíram direta ou indiretamente para a ocor- rência do acidente. O local da ocorrência deve permanecer sem alteração, para que as condições do momento sejam perfeitamente identificadas pela área de segurança e membros da CIPA, acom- panhado pelo responsável da área. Até a segurança chegar, o responsável deve iniciar a co- leta de dados que servirão como ponto de partida para um exame pormenorizado. Como roteiro básico na investigação, podemos nos valer das seguintes perguntas: O que fazia o acidentado no momento imediatamente ante- rior à ocorrência ? Como aconteceu? Quais foram as conseqüências? Quais as causas que contribuíram direta ou indiretamente para a ocorrência do acidente? Quando ocorreu? (data e hora) Onde ocorreu? (especificando o setor ou seção) Quanto tempo de experiência na função tinha o acidenta- do? Pegar depoimento das testemunhas. Na medida do possível, o acidentado deve ser envolvido na investigação do acidente. A importância de investigar os acidentes IMPORTANTE – O momento melhor e mais oportuno para a investigação é logo após o evento. Quanto menor o tempo entre o acidente e a investigação, mais precisa será a informa- ção obtida. Geralmente, os depoimentos das testemunhas são mais precisos quando elas não têm tempo de serem influenciadas pela opinião dos outros e quando a memória ainda se apresen- ta clara e detalhada. Quando há demora, as condições mudam mais rapidamente que as opiniões. A única condição que pode atrasar a investigação de um acidente é a necessidade de se prestar assistência a uma pessoa lesionada ou de evitar um dano maior ao patrimônio. 24 Equipara-se ao acidente do trabalho o aciden- te sofrido pelo empregado no local e no horário de tra- balho, em conseqüência de: A.Ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de trabalho; B.Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivos de disputa relacionada com o trabalho; C.Ato de imprudência, de negligência o de imperícia de ter- ceiro, inclusive companheiro de trabalho; D.Ato de pessoa privada do uso da razão; E.Desabamento, inundação ou incêndio. Em período destinado a refeição, ou por ocasião de sa- tisfação fisiológica, no local ou durante este, o empregado é considerado a serviço da empresa. FORA DO LOCAL E HORÁRIO DE TRABALHO: A.Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; B.Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito. Ex.: esqueceu de desligar e energia e retornou a noite, sofreu queda cau- sando um ferimento. C.Em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do empregado. Outras situações consideradas como acidente de trabalho ACIDENTE DE TRAJETO: No percurso da residência para o trabalho ou deste para aque- la. No percurso da residência para empresa e vice-versa, durante o intervalo da refeição. Prestem atenção, não se aplica ao acidente sofrido pelo segu- rado que por interesse pessoal tiver interrompido ou alterado o percurso. Entende-se como percurso o trajeto usual da residência ou local de refeição para o trabalho, ou destes para aquele. AINDA EQUIPARA-SE COMO ACIDENTE DE TRA- BALHO: O acidente que ligado ao trabalho embora não tenha sido a causa única, contribui diretamente para a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho. A doença proveniente da contaminação acidental de pessoal da área médica, no exercício de sua atividade. A doença profissional, assim entendida aquela do trabalho, constante de relação organizada pela Previdência Social. 25 O uso do EPI requer certos critérios nos seguintes aspectos: IDENTIFICAÇÃO DO RISCO – Constatar a existência ou não de elementos da operação, de condições de trabalho, ambiente, etc., que sejam ou que possam vir a ser nocivos aos trabalhadores. AVALIAÇÃO DO RISCO CONSTATADO – Determi- nar a intensidade e/ou extensão do risco,quanto às possíveis conseqüências para o trabalhador e com que freqüência ele se expõe à riscos e quantos estão sujeitos aos mesmos perigos. INDICAÇÃO DO EPI APROPRIADO – Indicar o EPI com base nos resultados previamente obtidos, ou baseados nos mesmos resultados, efetuar testes e escolher, entre vários o EPI mais aconselhável para solução do problema que se tem pela frente. Critérios para uso e quando usar o EPI Os EPIs são empregados rotineiramente ou excepcionalmente em quatro principais circunstâncias, a saber: 1. Quando o trabalhador se expõe diretamente a riscos não controláveis por outros meios técnicos: uso de óculos de segurança, máscaras e outros EPIs de operação de solda, manipulações de produtos químicos. 2. Quando o trabalhador se expõe a riscos apenas parcialmen- te controlado por outros recursos técnicos: uso de óculos de segurança em operações de esmerilhamento, mesmo que a máquina disponha dos demais meios convencionais de segurança; uso de máscaras respiratórias em cabine de pin- tura, mesmo provida de ventilação. 3. Em casos de emergência, ou seja, quando a rotina do traba- lho é quebrada por qualquer anormalidade envolvida: uso de máscaras respiratórias para entrada em compartimentos confinados, reparos de vazamentos de contaminantes; uso de luvas para manuseio de peças agressivas. 4. A título precário, em período de instalação, reparos ou subs- tituição dos meios que impedem o contato do trabalhador com o produto ou fator de risco: uso do protetor facial e outros EPIs adequados enquanto não se isola uma determi- nada fonte de calor radiante; uso de luvas para proteção das mãos na manipulação de peças quentes enquanto não se dispõe de equipamentos para esse manuseio. 26 Segurança SEGURANÇA – É a ausência do perigo no curso do trabalho; PREVENÇÃO ATIVA – Prevê o acidente antes que o mesmo ocorra impe- dindo-o. Ex.: você observa que o seu colega opera o esmeril sem óculos, alerta-o, e ele começa a fazer uso do EPI; PASSIVA – Toma medidas para que não se repita um acidente já ocorrido. PERIGO – É a exposição relativa a um risco que favorece a sua materialização; RISCO – É a possibilidade de ocorrer um evento indesejável, causador de danos; INCIDENTE – Uma ocorrência que não tenha causado víti- mas, ou danos materiais. Mas que pela sua gravidade, poderia ter graves conseqüências. DANO – Perda funcional, material ou econômico decorrente de acidente. FALHA – Mau desempenho que pode resultar em risco em acidente; CUSTOS DIRETOS – São os custos que se vêem e podem ser contabilizados: indenização, prêmios de seguros, gastos com assistência médica e socorro, salário do empregado, etc.; CUSTOS INDIRETOS – São as conseqüências que resultam para a organização e produção da empresa: tempo perdido, pelo acidentado, por seus companheiros, administração; pro- dução perdida, pelo acidente em si, pelas reparações materi- ais, instrução do substituto, perda da moral, insegurança, da- nos materiais, comentários, etc.. 27 Não existe máquina que não precise ser lubrificada de vez em quando. Muitas máquinas preci- sam de uma limpeza regularmente e todas as máquinas, de vez em quando, precisam de reparos ou ajustes. Algumas ve- zes, achamos que podemos lubrificar, limpar ou ajustar uma máquina em movimento. Porém, maquinário em movimento pode esmagar, cortar, ferir ou matar. Por isso, é importante desligar a máquina completamen- te e esperar que esteja totalmente parada antes de iniciar qual- quer trabalho próximo a peças móveis. Os segundos a mais de produção que você poderia obter mantendo a máquina funci- onando não valem o risco que você assume, por se colocar perto de dentes ou rolos não protegidos da máquina. Um cor- te que exija tratamento no setor de saúde consumirá mais tempo que o economizado por manter a máquina em funcionamento. Um ferimento que leve você ao hospital custará muito mais para você mesmo e, para a empresa, muitas vezes mais do que você poderia ganhar numa vida inteira de pequenas paradas. Porém, não é suficiente você apenas desligar a máquina antes de começar o trabalho. Se você precisar fazer qualquer trabalho que coloque qualquer parte do seu corpo perto de peças móveis ou de corrente elétrica, sua segurança exige que você tome alguns cuidados especiais para assegurar o não religamento acidental da energia. Algumas máquinas e circuitos possuem dispositivos es- peciais. Se sua máquina não os possui, tenha em mente os seguintes pontos: Lubrificação e reparos Tome as medidas especiais para manter a máquina desliga- da quando você estiver trabalhando nela. Coloque uma eti- queta de advertência na chave ou comando. Coloque um empregado perto da chave ou controle, a fim de manter outras pessoas afastadas. Remova um fusível que desligue completamente o circuito ou alerte aqueles que estejam pró- ximos ou que possam se aproximar do que você está para fazer. Nunca deixe chaves ou outras ferramentas sobre a máquina onde uma partida súbita possa arremessá-las. Se seu trabalho exige que você permaneça dentro ou perto de um corredor ou passagem onde caminhões entram, co- loque uma placa de advertência ou barricada, ou coloque alguém para alertar os motoristas sobre a sua presença na passagem. Nunca ligue qualquer parte do maquinário ou circuito elé- trico, a menos que você esteja absolutamente certo de que nenhum outro empregado está trabalhando nela. Nunca opere qualquer máquina a menos que você seja autorizado para operá-la. Nunca lubrifique, ajuste ou repare uma máquina, a menos que você esteja autorizado a fazer este trabalho em particu- lar. Muitos destes trabalhos devem ser feitos apenas por pes- soal de manutenção especialmente treinado para a tarefa. 28 Durante a execução de suas funções, o empregado exposto ao ruído pode sofrer outros efeitos negativos e portanto, prejudicar o bom funcionamento e desempenho das atividades profissionais. Irritação, fadiga e mal-estar; Úlcera e outros distúrbios digestivos; Reação muscular; Aumento da produção de adrenalina e corticotrofina; Aumento do ritmo de batimento cardíaco; RUÍDO X CÉREBRO Um ruído pode não acusar surdez em quem é constantemente submetido a ele, mas pode provocar alterações outras, como aumento da pressão arterial, úlcera no estômago, etc.. RUÍDO X EQUILÍBRIO O órgão que dá equilíbrio, ou seja, permite a pessoa ficar nas mais diversas situações, sem ter tonturas é o vestíbulo. Este órgão está situado no ouvido em estreito relacionamento com a parte propriamente auditiva, o caracol, e que é também atin- gido pelo ruído. RUÍDO X SISTEMA NERVOSO O ruído pode provocar alterações tais como: aparecimento de tremores nas mãos, diminuição da reação e estímulos visuais, zumbido no ouvido. PRODUTIVIDADE E PERFORMANCE O ruído interfere negativamente na realização de tarefas físi- cas e mentais. Com relação ao trabalho intelectual, o ruído afeta a memorização e, em tarefas complexas que exigem con- centração e leitura, o ruído provoca erros e diminuição da velocidade do trabalho. Outros efeitos provocados pelo ruído RUÍDO X SONO O ruído produzido durante o sono pode acordá-lo, principal- mente se estiver na fase do sono leve (onde há sonhos). O ruído pode provocar insônia, diminui a fase do sono profundo ocasionando cansaço (já que o sono profundo é o que descan- sa). RUÍDO X ACIDENTE Pelas alterações psíquicas que pode produzir, pela dificuldade de comunicação que produz: o ruído é um fator que contribui para o aumento do acidente. RUÍDO X COMUNICAÇÃO ORAL O ruído prejudica a comunicação com outras pessoas que es- tejam por perto, pois além de ter que se falar alto, a pessoa tem dificuldades de se fazer entender e de compreender o que lhe falam. 29 Ao sair de um ambiente excessivamente ruido- so, depois de nele permanecer durante algum tempo, a pessoa pode experimentar uma dificuldade de ouvir, cha- mada surdez temporária. Porém, a audição volta ao normal após algumas horas. Quando se permanece exposto a altos níveis de ruído, diariamente por vários anos, pode ocorrer uma diminuiçãoda audição. CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS Podemos então classificar os efeitos de uma forma precisa e elucidativa, da seguinte forma: Hipoacusia transitória – Diminuição passageira da acuidade auditiva (horas, dias, meses) produzida por: exposição curta (minutos, horas, dias) a níveis elevados (90 a 120 dB). Surdez Profissional – Perda progressiva da audição inicial- mente para freqüências de 4000 Hertz e , aos poucos, para freqüências vizinhas. É praticamente irreversível. Produzida por exposição prolongada (meses, anos) de indivíduos sus- ceptíveis, a nível elevado (95 a 120 dB) ou exposição curta a níveis muito elevados (120 a 150 dB). Ruptura do Tímpano – Lesões do ouvido médio e hipoacusia, geralmente passageira, produzida por exposição repentina a ruídos estrondosos (explosão) ou por grandes pressões (mer- gulho em água profundas). Principais efeitos do ruído A surdez pode também ser causada por outros fatores, tais como: - Idade avançada; - Infecções; - Drogas e remédios. O médico, através de exames especializados, tem condi- ção de identificar o tipo e a origem da perda auditiva. O fato é que, a severidade, grau ou porcentagem de redução depende primordialmente da intensidade da exposição ao ruído e que a pessoa exposta ao ruído intenso, sem uma devida proteção, pode sofrer uma perda da audição. 30 Nas pesquisas sobre acidentes, passamos do efei- to para a causa. Geralmente as causas de acidente são combinações de condições inadequadas e ou atos inadequa- dos. É muito raro que apenas uma condição inadequada ou um ato inadequado seja o responsável por um acidente. De modo geral, só acidentes que causam lesões pessoais são levados à atenção para fins de investigação. Assim, ao efetuar a investigação, partimos da lesão, depois remontamos ao tipo do acidente, como “quedas”, “contato com”, “batida contra”, “colhido por”, “atingido entre”, etc.. Depois, passa- mos a investigar os atos ou condições que precederam imedi- atamente o acidente. Anotamos cuidadosamente “o que realmente aconteceu”. Fa- zemos, então, o seguinte teste: 1. Qual foi a condição inadequada que figurou o acidente? 2. Qual foi o ato inadequado que também figurou o acidente? 3. Por que era inadequada a condição? 4. Por que era inadequado o ato? 5. Fazemos, então, recomendações para corrigir a condição e ou ato inadequado que levaram ao acidente. É importante determinar não só a causa do acidente, como a razão da causa. Isso pode revelar muitas condições gerais do ambiente que requerem correção. Faça o seguinte teste para cada acidente OS TRABALHADORES QUE CONHECEM A OCUPAÇÃO TÊM DE TER CONHECIMENTO DOS RESPECTIVOS RISCOS. Para poder realizar suas tarefas com segurança e eficiên- cia, todo trabalhador deve ter não só uma boa compreensão, como deve conhecer os riscos que poderá encontrar em seu trabalho. A segurança faz parte do serviço que está sendo realiza- do tanto quanto a qualidade e a quantidade da produção. Se- gue-se daí que se deve ensinar o trabalhador a maneira de realizar seu trabalho com segurança. Deve-se então dizer-lhe, como mostrar-lhe a maneira de realizar as tarefas com segurança, rapidez e eficiência. Deve- se mostrar-lhe as razões de cada fase da tarefa, tornando cla- ros os riscos envolvidos e explicando meios de evitá-los. De- pois ele deve realizar as tarefas sob imediata supervisão e deve ser inspecionado periodicamente, para se ter certeza de que compreendeu bem e está agindo corretamente. Deve aprender não só a rotina de seu trabalho regular, mas o que fazer (e o que não fazer) em qualquer situação de execução ou de emergência. 31 A administração pode proporcionar uma fábri- ca, oficina, etc., moderna e bem planejada, métodos e condições eficientes e seguros, gerência eficiente, coopera- ção do sindicato e, no entretanto, não conseguir o máximo de resultados sob prevenção de acidentes. Não basta fornecer muitas proteções para as máquinas, é necessária a cooperação de todas as pessoas implicadas para assegurar que as prote- ções estejam no lugar e sejam adequadamente usadas. O treinamento adequado dos trabalhadores e chefias é muito importante. A segurança do trabalho deve figurar em todos os cursos de treinamento, pois ela é tão importante quan- to a qualidade e a quantidade da produção. A administração tem o dever de empregar supervisores treinados, humanos, com “mentalidade de segurança” que com- preendam que a operação eficiente requer que se dê conside- ração à segurança. A atitude dos trabalhadores é muito importante em todas as fases da produção, qualidade, quantidade e segurança. Pode- se conseguir um moral elevado mediante cooperação e a par- ticipação ativa dos trabalhadores no programa de segurança que constitui um fator de máxima importância para evitar aci- dentes. Os acidentes são evitáveis “OS ACIDENTES SÃO EVITÁVEIS” Muitas empresas grandes reduziram consideravelmente a incidência de perda de tempo por lesões desde o início do movimento organizado pró-segurança, em 1913, nos Estados Unidos. Algumas delas são: redução de 96% numa enorme usina de aço; redução de 98% numa grande e complexa indús- tria química; e redução de 90% em duas grandes fábricas de equipamento elétrico, etc. Isso se consegue mediante: CONHECIMENTO DE MÉTODOS SEGUROS – este co- nhecimento, baseado em anos de experiência, resulta de mui- tos estudos dos processos de produção, que foram seguidos de aperfeiçoamento incorporando a segurança à produção. OFERECIMENTO DE CONDIÇÕES SEGURAS – uma das pedras angulares de um bem sucedido programa de segurança é que a administração proporcione condições seguras na fá- brica. LIDERANÇA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO – é essencial que a segurança comece de cima. Para assegurar êxito, deve dar apoio ativo e de todo coração ao programa de segurança e deixar bem clara a sua posição. APOIO DOS TRABALHADORES – a participação ativa dos trabalhadores é indispensável para seu êxito. Eles podem aju- dar, tomando parte nas comissões de segurança (CIPA), ins- peções de segurança, pesquisa dos acidentes, etc. 32 Quando dizemos que o João se machucou on- tem, queremos dizer que algo de sério aconteceu com ele. Normalmente não consideramos arranhão, uma panca- da na coxa ou na cabeça como machucado ou ferimento. Ao pensarmos assim, estamos parcialmente certos, mas parcialmente errados também. Os pequenos ferimentos não nos preocupam porque não nos afastam do trabalho nem nos remetem para o hospital. Isto é verdade, desde que tomemos medidas simples para evitar que pequenos ferimentos se tor- nem coisa grave. Há muitos anos atrás, quando Calvin Coolidge foi presi- dente dos Estados Unidos, seu filho teve uma bolha no pé. Doía um pouco, mas ele pensou que não fosse coisa séria. Ele estava parcialmente certo em não achar que uma bolha no pé fosse motivo para desespero. Mas estava parcialmente errado porque esqueceu-se de que, mesmo um pequeno ferimento pode se tornar sério, se não for tratado de forma correta. Ele não recebeu o tratamento correto a princípio. A bo- lha infeccionou e, com o tempo, ele teve que procurar um médico. A infecção foi combatida muito tarde e o rapaz mor- reu. Existem milhares de casos como este... e, para cada mor- te, existem centenas de outros casos em que ferimentos mal tratados se tornaram problemas sérios. Não são apenas cortes e infecções que são perigosos. Algumas vezes uma pessoa toma uma pancada na cabeça que a nocauteia, deixando-a zonza. Em alguns instantes ela se le- vanta, sentindo-se bem e acha que não precisa de um médico. Porém, em alguns casos podem ter havidos danos no cérebro. Se a pessoa não receber tratamento certo, seu ferimento apa- rentemente pequeno pode matá-la. E a respeito de pequenos ferimentos? A mesma coisa acontece com os ferimentos em outras partes do corpo. Um jogador de futebol recebeu uma forte pancada no corpo no meio do campo. Ele foi tirado do jogo, mas sentia-se muito bem depois de algum tempo e foi para casa. Ele morreu antes que amanhecesse o dia seguinte devi- do a uma ruptura de baço. Por mais estranhoque possa parecer, algumas vezes uma pessoa pode até sofrer uma fratura sem que se perceba disto. Com isto negligência o tratamento, dando grande trabalho aos médicos quando resolve procurá-los. Estes são apenas alguns dos motivos que nos levam a querer que você relate todos os ferimentos imediatamente e que receba o tratamento de primeiros socorros. Isto significa todos os ferimentos – qualquer corte, qual- quer coisa que caia nos olhos, qualquer pancada, particular- mente na cabeça que tenha tonteado você, mesmo que seja apenas durante um segundo. Significa também pequenos cor- tes, arranhões e escoriações de menor extensão. Nada disto é muito sério em si mesmo. Mas qualquer deles pode iniciar algo que se torne sério devido a uma infec- ção ou negligência. Provavelmente a unidade de saúde, com alguns cuidados de primeiros socorros, deixará você novo em um minuto ou dois. Porém, não jogue com sua vida ou sua saúde se automedicando ou achando que não precisa de tratamento por- que não está se sentindo muito mal. Um outro ponto: a menos que você esteja treinado em primeiros socorros e que esteja autorizado a lidar com estes casos, não brinque de médico amador tratando outras pessoas que tenham se machucado ou que não estejam se sentindo bem. Você poderá provocar muito mais mal do que bem. 01 QUEIMADURAS QUÍMICAS: Danos nos olhos por queimaduras químicas podem ser extremamente sérios. Em todos os casos de contato de produtos químicos com os olhos: LAVE os olhos com água imediatamente, de forma contí- nua e gentil durante pelo menos 15 minutos. Fique com a cabeça debaixo de uma torneira ou coloque água nos olhos usando um recipiente limpo. Mantenha os olhos abertos o máximo possível durante a lavagem. NÃO COLOQUE tampa-olho. NÃO USE bandagens nos olhos. Os recipientes de “sprays” representam fontes cada vez mais comuns de acidente químico com os olhos. Os danos são am- pliados pela força de contato. Se esses recipientes contiverem produtos cáusticos ou irritantes, devem ser usados com cui- dado e ser mantidos afastados do alcance de crianças. PARTÍCULA NOS OLHOS: Levante a pálpebra superior para fora e para baixo sobre a pálpebra inferior. Se a partícula não sair, mantenha o olho fechado, coloque uma bandagem leve e busque ajuda médica imediatamente. Não esfregue os olhos sob hipótese alguma. Primeiros socorros para os olhos EM CASO DE SOPRO DE AR COMPRIMIDO NOS OLHOS: Aplique compressas frias imediatamente e deixe durante 15 minutos; aplique novamente de hora em hora, conforme ne- cessário para reduzir a dor e o lacrimejamento. Em caso de descoloração ou olho preto, que poderia signi- ficar danos internos, consulte um médico imediatamente. CORTES E FUROS NOS OLHOS OU PÁLPEBRAS: Faça uma bandagem leve e consulte um médico imediata- mente. Não lave o olho com água. Não tente remover qualquer objeto que esteja cravado no olho. 02 O choque é provocado por um estado de de- pressão de várias das funções vitais... uma depressão que poderia ameaçar a vida, mesmo que os ferimentos da vítima não sejam por si mesmo fatais. O grau do choque é aumentado por alterações anormais na temperatura do corpo e por uma baixa resistência da vítima ao “stress”. O primeiro socorro é dado a uma vítima em estado de choque para (1) melhorar a circulação do sangue, (2) assegu- rar um suprimento adequado de oxigênio e (3) manter a tem- peratura normal do corpo. Uma coisa que não deve ser feita é manter uma vítima de choque aquecida para não sentir frio. Isto elevará a tempera- tura da superfície do corpo, o que é prejudicial. Durante os últimos estágios de choque, a pele da vítima pode parecer molhada. Isto é provocado por vasos sangüíneos congestionados na pele e indica que a pressão da vítima caiu a um nível muito baixo. Os sintomas mais notáveis dos primeiros estágios do choque são: Pele pálida e fria Pele úmida e fria Fraqueza Pulso acelerado Taxa de respiração aumentada (respiração rápida) Falta de ar Vômito Esteja preparado para salvar uma vida com primeiros socorros em casos de estado de choque Uma vítima de choque deve ser mantida deitada para melhorar a circulação do sangue. Sua cabeça deve ficar nive- lada com o resto do corpo. Uma vítima com ferimentos faciais severos, ou que este- ja inconsciente, deve ser deitada de lado para permitir que os fluídos internos possam drenar, mantendo as vias aéreas desobstruídas. Não deve ser dado líquidos a vítima em estado de choque que: Esteja inconsciente Tenha vômitos Tenha convulsões Possa precisar de cirurgia ou anestesia geral Tenha ferimentos abdominais ou cerebrais Os líquidos devem ser dados somente se a ajuda médica for atrasada em mais de uma hora e não haja complicações dos ferimentos. 03 As substâncias prejudiciais geralmente são ig- noradas porque seus efeitos não são observados imedia- tamente. Se a exposição for súbita e acidental ou constante, o resultado será sempre o mesmo – dor, sofrimento, custos, per- da do trabalho, etc. Examinemos alguns dos fundamentos deste problema. COMO AS SUBSTÂNCIAS PREJUDICIAIS PENETRAM EM NOSSO CORPO? Comendo ou bebendo delas – não de propósito, é claro. Geralmente isto ocorre quando comemos uma comida que tenha sido manuseada com as mãos sujas. Por absorção através da pele. Certos produtos químicos podem entrar na corrente sangüínea através da pele. Pela respiração. Gases, fumaça, vapores, poeira podem cau- sar problemas respiratórios. QUAIS SÃO AS TRÊS FORMAS BÁSICAS DAS SUBS- TÂNCIAS PREJUDICIAIS? Sólida – como o cal, cimento, fibras de vidro, asbesto e chumbo. Líquida – incluindo a gasolina, álcool, ácidos, conservantes, solventes e soluções de limpeza. Gasosa – muitos líquidos também formam vapores que po- dem ser prejudiciais, quando inalados. Exposição a substâncias potencialmente prejudiciais à saúde ou perigosas O QUE PODEMOS FAZER PARA EVITAR EXPOSIÇÃO A SUBSTÂNCIAS PREJUDICIAIS? Lave as áreas empoeiradas, incluindo as entradas de servi- ço, áreas de demolição e de trabalho com areia e cascalho. Certifique-se de que haja boa ventilação ou ventiladores de exaustão no lugar onde está sendo feito trabalho de soldagem ou quando motores a gasolina estiverem ligados. Evite contato da pele com concreto úmido. Use boas botas de borracha e luvas quando lançar concreto ou fizer acaba- mento. Proteja-se ao máximo possível contra fumaça tóxica e poei- ra. Se você não puder cobrir a face completamente, use um creme protetor na área exposta. Use um respirador quando necessário. Use um que seja ade- quado para suas necessidades. 04 FATORES DIRETOS DO ALCOOLISMO PARA SOFRER UM ACIDENTE Falta de reflexo; Falta de raciocínio; Perda da coordenação motora; Falta de firmeza na mão; Perda do senso de responsabilidade; Falta de equilíbrio; Perda do senso de perigo. FATORES INDIRETOS Falta de recursos financeiros; Irritação; Nervosismo; Problema de relacionamento - chefia, colegas, família; Higiene - falta de asseio corporal, falta de conservação do seu material de segurança. Personalidade - desleixo, machismo, exibicionismo, desatenção, brincalhão, agressivo, impulsivo Estado de fadiga - Não se alimenta adequadamente; dorme pouco. Acidente de trabalho e o alcoolismo ALCOOLISMO E O TRABALHO As dificuldades encontradas por um alcoólico em seu ambiente de trabalho são diversas, qualquer que seja a função. Geralmente diminui o tempo dedicado ao trabalho, seja por doença seja por faltas, deixa o serviço para outros, tem um grande número de faltas. O alcoólico representa um perigo real para si e para os outros pela maneira inadequada de lidar com máquinas e equi- pamentos, causando graves acidentes de trabalho. O alcoolismo pode impedir a promoção. 05 Se o HIV (vírus da AIDS) está presente no san- gue de um portador ou aidético, fica lógico dizer que para que a doença seja transmitida a outra pessoa é neces- sário o contato sangue a sangue. Não existe nenhum risco de contaminação nos afazeres cotidianos. Todos os estudos fei- tos na África e nas famílias de hemofílicosaidéticos confir- mam: não há transmissão de vírus em vasos sanitários, xíca- ras, copos, apertos de mão, etc. Desta maneira, as principais formas de transmissão da doença são: ATO SEXUAL (através do esperma, secreção vaginal e microferimentos). A sodomia hétero como homossexual é que leva a maior possibilidade de transmissão, embora também ocorra a transmissão nas relações heterossexuais clássicas. Em 1988, houve anúncio público de cinco casos de transmissão do vírus por sexo oral. AGULHAS E INSTRUMENTOS CONTAMINADOS - Se- ringas, agulhas usadas e contaminadas tem levado o vírus a muitas pessoas. Em uma publicação francesa, notificou-se dois casos de contaminação via navalha de barbear, alicate de cutícula e etc., mas existe o risco teórico de contaminação. AIDS TRANSFUSÃO DE SANGUE – A utilização de sangue que seja infundido sem nenhum estudo sorológico é uma das gran- des fontes de contaminação. GRAVIDEZ - A contaminação pode se efetuar das mães para o bebê na hora do parto e durante a gravidez (em 50% dos casos). Em relação ao leite materno, há possibilidade de trans- missão. A doença é uma realidade, não há cura, portanto deve- mos prevenir para que não sejamos vítimas do vírus. Assim como no acidente de trabalho, a AIDS também é questão de prevenção. 06 A higiene do corpo é indispensável à conserva- ção da saúde, pois a poeira e impurezas acumuladas em nossa pele favorecem o desenvolvimento de micróbios pre- judiciais ao nosso organismo. Por isso: a) Devemos conservar o corpo asseado, tomando banho dia- riamente com sabonete e água limpa; o banho diário propi- cia bem estar; b) Lave bem a cabeça e faça a barba, evitando assim, a procri- ação de piolhos e outros parasitas; c) Use sempre toalhas limpas e individuais; d) Limpe os ouvidos com cotonete. Apare as unhas; e) Lave os pés todos os dias. Ande sempre calçado, pois são os pés que sustentam o corpo, estando expostos a traumatismos; f) Troque sua roupa pelo uniforme da empresa. Retire jóias e ornamentos que atrapalham o desempenho do serviço, além de evitar preocupações com possíveis danificações de aci- dentes; g) Lave suas mãos e braços antes de começar o trabalho, para retirar todos os germes aí instalados, como também, antes de qualquer refeição ou descanso; h) Complete sua higiene corporal, usando roupas limpas e adequadas ao clima. HIGIENE ORAL A boca, porção inicial do aparelho digestivo, por desempe- nhar importante função na digestão dos alimentos, através da mastigação. Deve ser mantida limpa, exigindo especial aten- ção aos dentes. A 1.ª dentição (dentes de leite) ou dentição temporária, ocor- Higiene corporal re a partir do 6.º mês de vida, devendo estar completa por volta dos dois anos. A 2ª dentição, ou dentição permanente, surge a partir do 6.º ano de vida. A falta de higiene na boca acarreta as cáries, gengivite (infla- mação na gengiva), perda dos dentes e insuportáveis dores. O cuidado com os dentes se constitui na: - Limpeza dos mesmos, escovando-os ao levantar, após as refeições e antes de deitar; - Usar o fio dental diariamente após as refeições; - Visitas periódicas ao dentista (a cada 3 meses). HIGIENE DA ROUPA POR QUÊ? A higiene da roupa ajuda a proteger a saúde. ROUPA LIMPA é aquela isenta de sujeiras, bem passada e em condições de uso. ROUPA BEM LAVADA – é aquela que se lava com água boa, sabão ou detergente, leva-se ao sol para quarar, enxagua-se em duas ou três águas, até ser retirada todo o sabão e seca-se ao ar livre. ROUPA BEM PASSADA – é aquela que se passa, não só para deixá-la mais apresentável, como, também para eliminar os ger- mes, com ferro elétrico ou de brasa, em temperatura elevada. ROUPA BEM GUARDADA – deve-se manter em gavetas, em guarda-roupa, arejada e protegida para evitar a penetra- ção de ratos, aranhas, baratas, traças, etc. ROUPA ADEQUADA é aquela que satisfaz exigências: - fácil limpeza; - permeabilidade e cor segundo a temperatura ambiente; - tamanho e qualidade apropriados. 07 O QUE SÃO? São doenças causadas por, diretamente relacionadas com o trabalho, sendo a eles inerentes (ligadas). QUAIS OS FATORES QUE DEVEM SER OBSERVADOS PARA QUE REALMENTE UM AGENTE AGRESSIVO CAUSE DANO A NOSSA SAÚDE? Grau de Concentração – quanto maior a concentração do agen- te no ar, maior será a probabilidade de contaminação; Tempo de Exposição – é o tempo em que o trabalhador fica em contato com o agente contaminante; Via de Penetração – via digestiva (boca), via respiratória (nariz) e via cutânea (pele); Sensibilidade Individual – cada indivíduo é diferente do outro, sendo mais sensível ou não ao agente agressivo; O Quanto a Substância é Tóxica – é o outro fator a ser conside- rado, dependerá do grau de toxidade do agente presente no ar. Doenças profissionais RELACIONAMOS ALGUMAS DOENÇAS COM O AGENTE AGRESSIVO: Saturnismo – chumbo; Silicose – sílica; Bissinose – algodão; Siderose – óxido de ferro; Bagaçose – cana-de-açúcar; Asbestose – asbestos (amianto); Baritose – bário; Estaniose – estanho; Beriliose – berílio; Hidrargirismo – mercúrio; “Asma do Padeiro” – farinha; “Mal do Caixão” – pressão anormal; Surdez Profissional – ruído; Catarata Térmica – luz infravermelha; Fadiga Visual – iluminação; Leucemia – benzeno. MEDIDAS PREVENTIVAS: Exames médicos periódicos; Uso dos equipamentos de proteção individual; Limitação do tempo de exposição; Controle ambiental através de aparelhagem, métodos técni- cos; Treinamento. 08 Todos os empregados têm suas tarefas para fa- zer. Os 5S (arrumação, limpeza, ordenação, asseio e dis- ciplina) fazem parte de suas obrigações. Mas o que é isto afinal? “Arrumação, limpeza, ordenação, asseio e disciplina” sig- nifica manter as coisas arrumadas e ordenadas, o chão limpo, sem papel, óleo e assim por diante. É o empilhamento correto de materiais e a eliminação de “armadilhas” perigosas. É a condição das áreas escondidas, a posição e a condição de “pallets”, estrados e recipientes. A boa arrumação significa ter livre acesso a primeiros socorros e a equipamentos de combate a incêndio. Significa também máquinas, ferramentas e equipamentos limpos. Signi- fica muitas coisas, mas a definição mais curta é: “Um lugar apropriado para cada coisa e cada coisa em seu devido lugar.” Todos os empregados podem ajudar no esforço de arruma- ção, fazendo o seguinte: üManter pisos, corredores e áreas de trabalho razoavelmente livre de itens desnecessários, incluindo óleo excessivo e outros líquidos. Manter tudo dentro das linhas marcadas nos corredores. üConfinar resíduos em geral em áreas e em recipientes desig- nados. üColocar toalhas, luvas, trapos e semelhantes em recipientes fornecidos, em vez de deixá-los nas máquinas. O que mais indica uma área desorganizada, desarrumada e suja, são os copos de papel, restos de lanches espalhados em bordas, em cima de material empilhado, dentro de recipientes de peças, em bancadas de trabalho, em passarelas e assim por diante. Os recipientes para lixo estão espalhados por todos os lugares. Use-os! A boa “arrumação, ordenação, limpeza, asseio e discipli- na” não é obtida por mutirões de limpeza. Ela é o resultado de um esforço diário. Se cada empregado arrumasse pelo menos uma coisa todos os dias, os resultados seriam surpreendentes. A hora de fazer limpeza é toda hora. UMA OFICINA LIMPA É UMA OFICINA SEGURA Todos nós já ouvimos algum dia que uma oficina limpa é uma oficina segura. Mas como podemos manter nossa oficina limpa e segura? É só uma questão de um pouco de atenção com a arrumação, com cada um de nós fazendo a sua parte. Uma faxina geral é uma boa idéia. Toda oficina ou casa Arrumação, limpeza e ordenação são bons hábitos precisa de uma faxina geral ocasionalmente. Entretanto, “arru- mação, ordenação, limpeza, asseio e disciplina” é mais do que isto. 5S significa limpeza e ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Significa também recolher e limpar tudo depois de cada tarefa. Se uma tarefa provocar muita ba- gunça, tente manter a mesma a nível mínimo, tomando umpouco de cuidado. Todos nós temos muito a ganhar mantendo uma oficina limpa. Uma oficina suja é um convite ao incêndio. Se manti- vermos nossa área de trabalho limpa, o risco de incêndio será mínimo. Lixo e óleo incendeiam facilmente. Podem até ser fonte de ignição espontânea e ajudam a aumentar o fogo de outras áreas. Um incêndio sério pode acabar com o nosso negócio. Sujeira é apenas material fora do lugar. O óleo que der- ramou tinha um papel a cumprir na máquina. No chão é ape- nas mais uma fonte de risco. Limpe-o ou cubra a mancha com absorvente de óleo, de forma que não se espalhe pela área toda. Use os coletores de óleo sempre que posível. Com isto, você pode estar evitando que alguém tenha um tombo feio – esse alguém pode ser você mesmo. Recolha as coisas espalhadas e mantenha os corredores limpos. Use latas de lixo, caixas para resíduos metálicos e re- cipientes para resíduos oleosos de diferentes tipos. Observe onde você deixa ferramentas ou materiais. Nunca os coloque num chassi de máquina ou numa peça móvel da máquina. Man- tenha-os longe de escadas e bordas. Não empilhe coisas em cima de armários. Observe os espaços sob as bancadas e escadas, em armários, vestiários e lanchonetes. Mantenha estes lugares livres de refugos e entulhos. A estocagem de material deve ser bem ordenada! Sem pilhas inseguras ou projeção de bordas. Mantenha portas, cor- redores e equipamentos contra fogo livres de obstruções. O verdadeiro segredo de uma oficina limpa e segura é nunca deixar para depois o trabalho de lim- peza e arrumação, fazendo-o imediata- mente enquanto dá pouco trabalho. Vá fazendo a limpeza a e coleta de coisas espalhadas enquanto for saindo do lo- cal de trabalho, quando concluir uma tarefa ou quando seu turno estiver ter- minado. 09 Quanto ao armazenamento de materiais, além de ter de apresentar as condições seguras necessárias de empilhamento, deve-se observar se as passagens estão desobstruídas e, principalmente, se estão instalados extintores de incêndio e os locais de saída. Note-se que este cuidado deve merecer especial atenção em todas as dependências da Empresa pois, no caso de ocorrer um incêndio, tanto as saídas para o escoamento dos empregados como os extintores de- vem estar livres de quaisquer obstáculos e com a sinalização bem demarcada. Neste aspecto, a sinalização é de fundamen- tal importância, devendo ser conservada e, quando necessá- rio, renovada. Em todos os outros lugares, a sinalização me- rece igual cuidado pois desempenha importante papel no campo da prevenção de acidentes, servindo de alerta para os riscos existentes em determinados lugares e para os cuidados neces- sários na realização de certas tarefas. E A ORDEM E A LIMPEZA NOS REFEITÓRIOS? Também é indispensável, pois a alimentação deve realizar-se em ambi- ente tranqüilo e limpo, e que proporcione uma sensação de bem-estar, promovendo um relacionamento agradável entre os trabalhadores. Os vestiários também exigem atenção quanto à ordem e lim- peza, assim como as instalações sanitárias. É medida de higi- ene que preserva a saúde de possíveis doenças transmissíveis. Além disso, os sanitários devem ser rigorosamente limpos e desinfetados com produtos de limpeza apropriados. Ordem e limpeza E OS EPIs? Em relação aos Equipamentos de Proteção Individu- al, ordem e limpeza também devem ser observadas. Certos EPIs necessitam cuidados especiais de limpeza, visando o aspecto de higiene e devem ser desinfetados após o seu uso, como no caso de protetores auriculares tipo plug, protetores das vias respiratórias, etc. A ordem e a limpeza também contribuem para a sua conservação e este é um estado que contribui para a segu- rança do usuário. COMO ATINGIR? Oportuno observar que para atingir esse objetivo é necessária a cooperação de todos aqueles que traba- lham no mesmo local. É o desdobramento de esforços de cada empregado que trabalha, mesmo no desempenho das mais sim- ples tarefas, que baseia a realização de grandes empreendimen- tos. Para que haja cooperação, é necessário que todos saibam o porquê dessa cooperação e cabe a conscientização de todos para a importância da ordem e da limpeza no ambiente de tra- balho para que os benefícios possam ser usufruídos por todos os empregados. 10 Você já viu um pintor recolher trapos ensopados com óleo de linhaça, tinta e terembentina ao término do trabalho? Se já viu, você viu na verdade uma demonstração de prevenção de incêndio no trabalho. Isto também vale para o mecânico que coloca pedaços de pano com óleo num recipi- ente de metal equipado com tampa automática. Latas para trapos com óleo devem ser colocadas em todos os lugares onde eles precisam ser usados. Estas medidas de precaução são geralmente tomadas no trabalho, mas não em casa. Por que esses pedaços de pano ou trapos representam risco de incêndio? Representam risco porque um fósforo ou cigarro aceso poderia ser jogado sobre eles, causando incên- dio? Bem, esta é realmente uma das razões. Um outro fator muito importante é a auto- ignição. Sob certas condições, es- tes materiais podem pegar fogo sem a presença de chama. A ignição espontânea é um fenômeno químico, no qual há uma lenta geração de calor, a partir da oxidação de materi- ais combustíveis. Como “oxidação” significa a combinação com oxigênio, devemos nos lembrar de que o oxigênio é um dos três fatores necessários para fazer fogo: combustível, ca- lor e oxigênio. Quando a oxidação é acelerada o suficiente sob condi- ções adequadas, o calor gerado atinge a temperatura de igni- ção do material. Assim, haverá fogo sem a ajuda de uma cha- ma externa. Alguns materiais entram em ignição mais rapidamente que outros. Por exemplo: sob a mesma aplicação de calor, papel incendeia mais rápido que madeira; madeira mais rápido que carvão; carvão mais rápido que aço e assim por diante. Naturalmente, quanto mais finas forem as partículas de um combustível, mais rapidamente ele queimará. Voltemos aos trapos com óleo. Os investigadores de in- cêndio já provaram que muitos incêndios industriais ( e alguns incêndios domésticos sérios ) foram causados quando trapos oleosos empilhados juntos geraram calor suficiente para pe- gar fogo. Estes mesmos especialistas em incêndios nos ensinam duas formas de evitarmos a auto-ignição de trapos com óleo: manter o ar circulando através deles ou colocando-os num local onde não teriam ar suficiente para pegar fogo. A designação de uma pessoa especialmente para ficar revirando uma pilha de trapos para evitar que queimem seria ridículo. Assim sendo, a segunda idéia parece ser Ignição espontânea melhor...coloque-os onde não possam ter ar suficiente para pegar fogo. O lugar para isto é uma lata de metal com tampa automática, isto é, que feche por si mesma. A exclusão do oxigênio da lata pode evitar a ignição dos materiais. Naturalmente, se enchermos o recipiente até a boca, a ponto da tampa não fechar totalmente, a finalidade do reci- piente estará comprometida. O oxigênio penetrará na lata e fornecerá o item que falta para causar o incêndio. Alguns óleos são piores do que outros, no que diz res- peito à capacidade de iniciar incêndios. O óleo de linhaça e outros óleos secantes usados para pintura são especialmente perigosos. A temperaturas ambientes normais, algumas substâncias combustíveis oxidam lentamente até atingirem o ponto de ig- nição. Exemplos incluem óleos e gorduras vegetais e animais, carvão mineral, carvão vegetal e alguns metais em pó muito finos. Em pilhas de carvão, temperaturas acima de 60 graus centígrados são consideradas perigosas. Quando as tempera- turas se aproximam rapidamente deste valor, ou o excedem, é aconselhável remover a pilha ou arrumá-la, de forma a ter uma melhor circulação de ar para arrefecimento. Os fazendeiros conhecem muito bem os riscos de serra- gem, feno, cereais, juta e sisal... especialmente quando estão sujeitos a calor ou a alternação de umedecimento e secagem. A circulação de ar, a remoção de fontes externas de calor e o armazenamento em quantidades menores sãoos cuidados de- sejáveis. O carvão vegetal pode entrar em combustão espontânea sob as condições certas e a umidade ajuda. Em um teste, um saco de 10 kg de briquetes de carvão vegetal foi colocado num porão úmido, mas bem ventilado. Ele pegou fogo em pouco tempo. Eis aqui uma boa advertência para os amantes do churrasco: armazene apenas pequenas quantidades de car- vão em lugares secos e bem ventilados. Tenha em mente os perigos da combustão espontânea e pratique a segurança jogando trapos com óleo e lixo em recipientes adequados, tanto no trabalho quanto em casa. Faça da segurança o seu mais im- portante projeto pessoal, aquele do tipo “faça você mesmo”. 01 Muitas instalações industriais e estabelecimen- tos comerciais compram líquidos inflamáveis em tam- bores de 200 litros. Para uso rotineiro, eles transferem estes líquidos para recipientes menores. Os tambores devem satisfazer os rígidos padrões para que possam estar qualificados como recipientes para trans- porte de líquidos inflamáveis. Porém, estes padrões não ser- vem para qualificar os tambores como recipientes de armazenamento de longo prazo. Muitos usuários assumem que é seguro armazenar tam- bores fechados exatamente como foram recebidos. Um tam- bor para ser seguro para o armazenamento, deve ser protegi- do contra a exposição a riscos de incêndio ou explosão. O armazenamento externo deve ser preferido em relação ao in- terno. Porém, os tambores devem ser protegidos contra luz solar direta e contra outras fontes de calor. O tampão deve ser substituído por um respiro de alívio vácuo-pressão, tão logo um tambor fechado seja aberto. Este tipo de respiro deve ser instalado num tambor de líquido inflamável vedado se houver qualquer possibilidade de que ele seja exposto a luz solar direta ou se for exposto a variações consideráveis de temperatura. Se um tambor vazar ou for danificado de qualquer maneira, seu conteúdo deve ser imediatamente transferido para um recipiente em bom estado que esteja limpo ou que tenha sido usado para guardar o mes- mo tipo de líquido anteriormente. O recipiente substituto deve ser do tipo que satisfaça as exigências necessárias de seguran- ça. Todo tambor deve ser verificado quanto à presença de rótulo identificando seu conteúdo. É importante que este ró- Recipiente: líquidos inflamáveis tulo permaneça claramente legível, para evitar confusão de conteúdo com outro inflamável, combustível ou líquidos não inflamáveis e também para facilitar o descarte seguro. Talvez os equipamentos mais comuns para armazenar pequenas quantidades de líquido inflamável sejam os recipien- tes portáteis variando de meio a 15 litros. Os recipientes segu- ros são feitos de várias formas. Recipientes especiais podem ser usados para líquidos viscosos, como os óleos pesados. Os recipientes para uso final também são fabricados de muitas formas, para diferentes aplicações. Somente os recipientes de segurança reconhecidos de- vem ser considerados aceitáveis para o manuseio de líquidos inflamáveis, seja para armazenamento, transporte ou utiliza- ção final. Os recipientes geralmente devem ser pintados de vermelho e ter rótulos claramente visíveis e legíveis, que iden- tifiquem os conteúdos e indiquem os riscos existentes. O aço inoxidável ou recipientes não pintados podem ser usados para líquidos corrosivos ou de dissolução de tinta. Os líquidos inflamáveis geralmente são comprados em pequenos recipientes com tampas de roscas. Emboras eles satisfaçam rígidos padrões para se qualificarem como recipi- entes para transporte, não oferecem necessariamente prote- ção contra fogo, o que é exigido de recipientes para armazenamento e transporte de líquidos combustíveis e infla- máveis. Conseqüentemente, recomenda-se que, em cada caso onde um grau maior de segurança deva ser obtido, todos os líquidos inflamáveis sejam transferidos para recipientes “reco- nhecidos”, tão logo os recipientes de transporte vedados se- jam abertos. 02 Siga estes cuidados sempre que você precisar usar solventes inflamáveis: Proteja os tanques de limpeza de acordo com o padrão recomendado. Isto significa instalar “esguichos (sprinklers)” automáticos, sistemas de proteção fixos, drenos de nível superior, ventilação especial e isolamento de fogo. Use recipientes de segurança para pequenas operações ma- nuais de limpeza. Use esguicho ventilado para operações de limpeza onde o solvente deve ser esguichado no trabalho. Ventile o tanque de solvente para o lado externo e, se necessário, equipe o respiro de ventilação com abafador de fogo. Não use solvente inflamável em equipamento desengraxante a vapor. Coloque, no local, extintores de incêndio para fogo em lí- quido inflamável. Posicione-os em locais apropriados. Como manusear solventes inflamáveis Evite fumar próximo a fontes de ignição. Ventile para evitar a formação de misturas explosivas. Se possível use solventes com pontos de ignição acima de 450C e não os aqueça acima de 30C abaixo do ponto de ignição. Mantenha a quantidade de solvente em uso no mínimo ne- cessário para o trabalho. Arranje recipientes metálicos tampados para trapos de lim- peza usados e remova-os do local de trabalho ao final do dia. Use ferramentas que não soltem fagulhas (feitas de alumí- nio, latão ou bronze). 03 Você já parou para pensar no quanto todos nós perderíamos no caso de um incêndio grave? Se nossas instalações fossem danificadas, alguns de nós poderíamos perder o emprego... e até nossas vidas. Nossos clientes perderiam porque dependem de nossos produtos. Eles teriam que aumentar seus preços e, em alguns casos, talvez precisassem demitir alguns de seus empregados. Isto criaria um círculo vicioso. Assim, o que pode ser feito em relação a incêndios? Pri- meiro, temos que compreender que o controle de incêndio depende de nosso conhecimento acerca de princípios funda- mentais. Os três ingredientes fundamentais essenciais a todos os incêndios comuns são: 1. Combustível: papel, madeira, óleo, solventes, gás, etc. 2. Calor: o grau necessário para vaporizar o combustível, de acordo com sua natureza. 3. Oxigênio: normalmente, deve haver pelo menos 15% de ar para sustentar um incêndio. Quanto maior for a concentra- ção, mais brilhante será a brasa, e mais rápida será a com- bustão. Para extinguir um incêndio, é necessário remover apenas um dos itens essenciais para sua manutenção. Isto pode ser feito por: 1. Arrefecimento (controle da temperatura e do calor) 2. Sufocação (controle do oxigênio) 3. Isolamento (controle do combustível) 4. Interrupção da reação química em cadeia, em certos tipos de incêndio. Os incêndios são classificados de acordo com o que es- tão queimando. Os incêndios de classe A envolvem combustíveis em ge- ral, como a madeira, tecidos, papel ou entulhos. Geralmente este tipo de incêndio é controlado por arrefecimento. Por exem- plo: uso de água para esfriar o material. Os incêndios de classe B envolvem fluídos inflamáveis, como gasolina, óleo, graxa ou tinta. Geralmente eles são “sufo- cados” através do controle de oxigênio que os alimenta, usando espuma, dióxido de carbono ou pó químico seco. Os incêndios de classe C envolvem equipamentos elétri- cos e geralmente são contidos através do controle do oxigê- nio. Os extintores de dióxido de carbono ou de pó químico – não condutores de eletricidade – são usados. Como podemos prevenir incêndios Os incêndios de classe D ocorrem em metais combustí- veis, como magnésio, lítio ou sódio e requerem extintores e técnicas especiais. Eis aqui algumas formas que podem ajudar a evitar incêndios: 1. Manter uma área de trabalho limpa, evitando o acúmulo de entulhos. 2. Colocar trapos sujos de óleo e tinta em recipientes metáli- cos tampados. 3. Observar os avisos de “NÃO FUMAR”. 4. Manter todos os materiais combustíveis afastados de forna- lhas ou outras fontes de ignição. 5. Relatar qualquer risco de incêndio que esteja além do nosso controle – especialmente os riscos elétricos. Finalmente, eis alguns pontos a serem lembrados: 1. Evite os incêndios atravésda arrumação, limpeza e ordena- ção e através do manuseio correto de inflamáveis. 2. Saiba onde estão os extintores de incêndio e o tipo de cada um, onde podem ser aplicados e como operá-los. 3. No caso de incêndio, dê o alarme imediatamente e certifi- que-se de que a brigada de incêndio seja informada correta- mente do local do incêndio. Se necessário, acione o Corpo de Bombeiros. 4. Mantenha portas contra fogo, saídas, escadas, saídas de in- cêndio e equipamentos de combate a incêndio livres e desim- pedidos. 5. Use o equipamento de combate a incêndio portátil disponível para controlar o fogo até que chegue ajuda. Se necessário, saia do prédio onde está. Não pare para pegar qualquer coisa – apenas saia! Podemos prevenir incêndios? Certamente podemos... se tentarmos. Assim podemos preser- var nosso bem-estar e nosso trabalho. 04 Um ponto a ser lembrado quando limpar um tambor é que, embora você ache que tirou dele todo o líquido, dificilmente conseguirá esvaziá-lo completamente – isto se ele contiver líquidos inflamáveis. O tambor nunca é esvaziado porque o vapor permanece, depois que o líquido é retirado. Este vapor se mistura com o ar dentro do tambor e enche o espaço vazio. Esta mistura de vapor e ar algumas vezes produz explo- sões. Esta combinação explode no motor do seu carro quan- do você dá a partida. É também o que explode quando você acende um fósforo para ver se um tanque de combustível está vazio. Você tem apenas de se lembrar que qualquer tambor usa- do para estocar líquido inflamável – gasolina, óleo, solventes e assim por diante – é uma bomba armada, apenas esperando que você cometa um erro, se manuseá-la incorretamente. As- sim sendo, antes de usar um tambor velho, limpe-o completa- mente antes de qualquer trabalho de reparo de soldagem ne- cessário. Eis aqui o procedimento correto para a limpeza de um tam- bor: Remova todas as fontes de incêndio, centelhas ou calor da área em que você vai abrir tambores velhos. Isto inclui interruptores e lâmpadas elétricas desprotegidas. Se as fon- tes de ignição não puderem ser removidas, faça o trabalho numa área onde não estejam presentes. Use somente lâm- padas de extensão à prova de explosão. Use vestuário de segurança requerido. Isto inclui botas de borracha e avental, luvas de borracha ou asbetos. Limpeza de tambores Retire os tampões com uma chave de boca longa e deixe o líquido drenar totalmente. (Em alguns tambores, este mate- rial pode requerer manuseio especial. Você deve ser instru- ído nestes casos.) Use uma lâmpada à prova de explosão para inspecionar o interior do tambor quanto à presença de trapos, ou outros materiais que possam impedir a drenagem total. Drene o tambor por mais cinco minutos. Isto deve ser feito colocando o tambor numa prateleira de vapor ou de cabeça para baixo apoiado em algum suporte. Deixe-o drenar, cer- tificando-se de que o tampão fica na parte mais baixa. Apli- que o vapor durante pelo menos dez minutos. Alguns mate- riais podem exigir mais tempo de aplicação de vapor. Você será informado sobre isto. Coloque uma solução cáustica e gire o tambor durante pelo menos cinco minutos. Martele o tambor um pouco com um malho de madeira, para soltar as escamações. Lave o tambor com água quente, deixando toda a água dre- nar pelo tampão. Lave o lado externo do tambor com vapor d’água. Seque o tambor com ar quente. Após secá-lo, inspecione-o cuidadosamente para certificar- se de que esteja limpo, usando uma lâmpada à prova de explosão. Se não estiver, lave-o novamente a vapor. Faça sempre um novo teste antes de começar qualquer soldagem no tambor, mesmo se ele foi limpo e testado anteriormente. 05 PRECAUÇÕES COM CILINDROS DE OXIGÊNIO Evite armazenar cilindros nas imediações de materiais com- bustíveis ou onde possam sofrer pancadas; Nunca deixe que os cilindros entrem em contato com fios eletrificados, ou com equipamentos de solda elétrica em fun- cionamento ou com objetos que estejam sendo soldados à eletricidade; Não derrube os cilindros e nem os role pelo chão, empre- gando-os como roletes ou suportes; Sempre feche as válvulas depois de usá-los; Oxigênio não é ar; Cuidado com óleos, graxas, gorduras e materiais combustí- veis, principalmente com as mãos sujas de graxa; Evite a todo custo a contaminação dos cilindros com óleos ou graxas; Nunca use oxigênio como ar comprimido para pistolas de pintura, partidas de motores a diesel, limpeza de recipien- tes, para tirar pó de roupas, etc.; Nunca use martelo ou chaves para abrir válvulas de cilin- dros; Sempre que abrir a válvula, tenha um regulador de pressão instalado na saída; Não altere a cor do cilindro, pois este indica o tipo de gás nele contido. Esteja a par das normas de pintura dos tubos; Não tente consertar a válvula do cilindro carregado ou va- zio. Deixe para o pessoal habilitado; Não transporte cilindros de gases (cheios ou vazios) sem a respectiva tampa; Abra a válvula do cilindro lentamente para não danificar o regulador de pressão. Precauções com cilindros de oxigênio e acetileno PRECAUÇÕES COM CILINDROS DE ACETILENO Chame o acetileno pelo seu próprio nome, não o chame de gás. Mistura com ar são explosivas quando incendiadas; Coloque o cilindro sempre de pé; Use-o de maneira normal, através do regulador. Nunca trans- fira o acetileno de um cilindro para outro; Nunca se utilize de um cilindro que esteja vazando acetileno; Em caso de vazamento, leve o cilindro para local ventilado, livre de chamas e avise a empresa fornecedora; Nunca deixe o acetileno escapar em recinto fechado; Não abra uma válvula de cilindro de acetileno mais do que ¼ da volta; Mantenha o cilindro longe do calor (sol, fornos, estufas, etc.); Os cilindros não devem ser derrubados ou rolados, mas podem ser movimentados em pé, rolando-os sobre a sua base de apoio; As canalizações devem ser de ferro ou aço; Nunca emende mangueiras para acetileno com pedaços de cano de cobre (podem formar compostos explosivos). 06 VAMOS APRESENTAR O EXTINTOR DE CO2: Possui na extremidade da mangueira um dispositivo denominado difusor; Não possui manômetro. E os seus cuidados: Não direcione o jato na direção de outras pessoas; Após utilizar em recinto fechado, não permanecer no local; Não posicionar o extintor próximo ou em local de forte calor (gelo seco perde pressão); Não segurar ou encostar a mão no difusor (congela com a saída do agente); Verificar se o lacre não está violado: Caso apresente esta irregularidade, comunicar ao técnico de segurança; Recarga anual, observando o mês de vencimento; Reteste (teste no cilindro a cada 5 anos). QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO EXTINTOR DE PÓ QUÍ- MICO SECO? Possui manômetro, válvula e gatilho; Pela cor da mangueira (não é azul); Tem em diversos tamanhos, podendo haver confusão entre o PQS 12 kg com o extintor de água portátil. E os seus cuidados: Observar o manômetro, caso esteja indicando na faixa ver- melha deve ser pressurizado novamente (caiu a pressão); Verificar se o lacre não está violado. Caso esteja, o que deve- mos fazer: Verificar a condição da mangueira; Não utilizar em equipamento elétrico sensível, pois o pó penetra na parte interna, podendo danificar, motivar mal contato; Recarga anual; Reteste a cada 5 anos. Conheça o seu equipamento de incêndio VAMOS RELEMBRAR O EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA Cuidados: Verificar o manômetro (o que acontece quando está na faixa vermelha?); Verificar a condição da mangueira; Não utilizar em incêndio envolvendo equipamentos elétri- cos energizados (água conduz eletricidade); Não utilizar em incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, pois a água não se mistura, esparramando mais ainda o fogo (somente utilize água se o jato for neblina); Verificar a condição do lacre; Recarga anual; Reteste a cada 5 anos. Observação – Como você observou, os extintores de pó quí- mico seco e água possuem manômetros. Neste manômetro tem a indicação de três cores: faixa vermelha, verde, branca ou amarela. O que indicam as cores? Vermelha – você já sabe? Perda de pressão, deve ser pressurizado;Verde – o extintor está na faixa de operação; Branca ou Amarela – há excesso de pressão. Nesta condição, deve-se ter o máximo de cuidado para não bater ou derrubar o extintor. LEMBRE-SE: O extintor de incêndio também é um equipa- mento sob pressão, e como tal não deve sob hipótese nenhu- 07 A ignorância sobre os efeitos letais de misturar alvejante comum à base de cloro com outros produtos de limpeza incapacita milhares de trabalhadores todos os anos. O perigo é bem conhecido. Ainda assim, há sempre al- guém que erroneamente acredita que a mistura de dois alvejantes poderosos faz o trabalho de maneira melhor. Não é bem assim. A verdade é que estas misturas podem provocar um grande prejuízo. A mistura de alvejantes à base de cloro com produtos de limpeza que contenham amônia produz cloramina, um gás ir- ritante que é quase tão mortal quanto o gás de cloro. As equipes de vigilantes, de manutenção e de limpeza, ou qualquer um que trabalhe com produtos químicos de lim- peza, devem usá-los com muito cuidado. Primeiro, verifique os rótulos quanto a alertas de “PERI- GO”, “ADVERTÊNCIA” e “CUIDADO” que devem se indi- cados quando o material é potencialmente perigoso. Se o alvejante à base de cloro (hipoclorito de sódio) for um dos ingredientes do produto de limpeza, então não misture este Alvejante à base de cloro: branqueador ou assassino? produto com outro que contenha um ácido (vinagre comum, algum outro produto de limpeza para banheiros e alguns abrasivos e limpadores) ou com um produto que contenha uma substância alcalina (amônia, e alguns abrasivos ou limpa- dores). Se os recipientes com substâncias de limpeza não forem rotulados, não os use até saber o que contém. Quando um trabalhador é envolvido por gases como clo- ro ou cloramina, administre oxigênio, se possível, ou remova o acidentado para um local com ar puro e busque ajuda médi- ca. Respirar estes gases pode causar problemas respiratórios superiores severos e interferir na respiração, irritar os olhos e nariz, causar inconsciência, podendo até mesmo levar até a morte se a vítima não for tratada imediatamente. Lembre-se de que a mistura de produtos de limpeza rara- mente resulta em um produto que realize melhor o trabalho. A maioria das combinações neutralizam ou diluem um ao outro. O mais importante é lembrar que a combinação de alvejante de cloro com um ácido ou álcali pode até mesmo matar. 01 Os solventes são líquidos que podem dissolver substâncias sem alterar a sua natureza. Por exemplo: a água dissolve o sal. Se você ferver a água até secar, você terá o sal de volta, normal como antes. A água é o mais co- mum dos solventes, mas não funciona bem com graxas, óleos ou gorduras que fazem a poeira grudar nas coisas. Assim, pre- cisamos de solventes que sejam bons na dissolução destas subs- tâncias, para lavar a sujeira acumulada. Todo solvente – álcool, nafta e assim por diante – têm suas vantagens e desvantagens. É esta a razão pela qual temos misturas. Todo solvente é perigoso, dependendo de como é usado. Muitos solventes orgânicos queimam. Eles podem cau- sar incêndios e explosões se mal utilizados. Muitos deles são tóxicos. Alguns são inflamáveis, explosivos e tóxicos. Todos são úteis e todos podem ser usados se cuidados de segurança forem tomados. Não é difícil fazer isto – se você souber os riscos e a forma de controlá-los. Alguns solventes evaporam muito rapidamente, outros mais lentamente. Quanto maior for a área de contato entre o solvente e o ar, maior evaporação será produzida. Solventes comuns Suponha que você deixe uma lata de solvente aberta. Você terá apenas um pequeno fluxo de evaporação. Se você pudesse retirar a parte superior inteira da lata, haveria mais evaporação. Se você colocar o solvente num recipiente largo, grande e descoberto, a evaporação será maior ainda. Os solventes evaporam mais rapidamente com o ar em circulação do que com o ar parado. Quanto mais quente um solvente estiver, mais rapidamente evaporará. É difícil encon- trar uma boa razão para que um solvente seja aquecido. En- tretanto, já houve casos deste, causando problemas e perigo. Antes de manusear qualquer solvente, primeiro conheça seus riscos. Observe a situação à sua volta e planeje a tarefa cuidadosamente, usando a cabeça. Lembre-se de como os va- pores de solventes atuam e certifique-se de que os solventes não possam evaporar a ponto de se tornarem perigosos. Não se esqueça de que eles se espalham muito rapidamente pelo ar e movem-se conforme suas correntes, da mesma forma que acontece com a fumaça de cigarro. Conheça seu solvente. Saiba se ele é inflamável e/ou tó- xico. Nunca use gasolina como solvente, por ser extremamente volátil e altamente inflamável. 02 Houve uma época em que apenas os trabalha- dores da indústria química trabalhavam com ácidos. Po- rém, essa época já passou. Em qualquer instalação industrial de hoje em dia, podemos deparar com eles. A maioria deles é mais ou menos prejudicial quando manuseados, ou podem cau- sar danos só de se chegar perto deles. Todos eles podem ser manuseados com segurança, mas você deve saber como. Você tem que respeitar essa substân- cia. Os dicionários dizem que os ácidos têm um gosto azedo e que atacam os metais. A parte relativa ao gosto azedo não é tão importante para nós, mas a parte que fala da capacidade de atacar os metais é, porque esta é a característica que os torna perigosos. O dicionário menciona que eles também ata- cam a pele e os tecidos orgânicos, além de outras coisas. Al- guns deles podem iniciar incêndios e alguns produzem gases venenosos ou inflamáveis. Sendo assim, é uma boa idéia saber algumas coisas a respeito dos ácidos que você precisa manu- sear. Qualquer um que trabalhe com um ácido (ou ácidos) deve ter o conhecimento mais completo e possível e o mais atuali- zado sobre esta substância. Entretanto, se você, em linhas gerais, conhece os riscos envolvendo ácidos e as práticas de segurança que você deve seguir, estará em segurança. Isto é, você estará em segurança se usar a cabeça sempre que preci- sar manusear ácidos. Lembre-se sempre se que qualquer ácido ataca, isto é, queima a pele e os tecidos abaixo dela. Os ácidos são mortais para os olhos. A rapidez e a profundidade com que atacam depende do tipo de ácido e do quanto seja forte, seu nível de concentração. De qualquer maneira, o primeiro princípio de segurança no manuseio de qualquer ácido é mantê-lo afastado de você. Se ele entrar em contato com você, lave-o imediata- mente. É aí que a maioria das pessoas tem problemas com os ácidos. As pessoas têm contato com um ácido fraco, como a Ácidos solução de baterias por exemplo. A pele arde um pouco, mas não muito. Elas vão e lavam o local. A pele fica um pouco vermelha e inflamada, mas nada demais acontece. Com isto, elas pensam que não foi nada. Assim vão ficando mais descuidadas. Mais cedo ou mais tarde, o ácido acaba atingindo os olhos delas. A menos que os lave imediata e completamente, acabarão com, no mínimo, uma redução e visão. Dependendo do ácido, provavelmente causará uma cegueira permanente. A maioria dos ácidos corrói os metais rapidamente, liberando hidrogênio durante a reação. O hidrogênio é altamente inflamável. Uma centelha ou uma chama pode iniciar um incêndio. Misturado com o ar, torna-se altamente explosivo. Um outro exemplo é o da bateria comum dos automóveis. Dentro dela, o ácido sulfúrico combina com um composto de chumbo, liberando hidrogênio. Com isto, se usar um fósforo para ver se uma bateria precisa de água (ou mesmo se chegar um cigarro próximo da bateria), você estará pedindo que uma labareda seja lançada, jogando ácido em seu rosto. Muitas pessoas já passaram por este tipo de acidente. A maioria dos ácidos vem como líquidos. Com exceção de um deles (ácido hidrofluórico), eles não atacam os vidros e a borra- cha. Assim sendo, devem ser mantidos em garrafas e vidro ou em tanques e tambores revestidos por borracha. O ácido sulfúrico for- te (muito concentrado) ataca o aço tão lentamente, a ponto de tamboresde aço serem usados. Mas lembre-se, esse ácido pode gerar um pouco de hidrogênio. Assim, seja seguro e sempre trate os tambores de ácido sulfúrico como se o espaço vazio estivesse cheio de hidrogênio. Manuseie os recipientes contendo ácido com muito cui- dado. A queda de um deles representa uma péssima maneira de alcançar uma vida longa e saudável. Um outro jeito certo de arranjar encrenca é aquecer um ácido ou deixá-lo esquentar. Alguns ácidos são piores do que outros, mas todos eles desprendem gases e vapores terríveis. Os ácidos sulfúrico e clorídrico liberam gases capazes de quei- 03 mar a pele e os olhos, assim como de atacar seus pulmões. O ácido nítrico libera gases de cor amarelo-amarronzado muito venenoso. Eles podem danificar bastante seus pulmões antes que você perceba isto. Se você for exposto a uma concentra- ção pesada sem o equipamento de proteção adequado, você morre em um dia ou dois. Assim, eis aqui o ABC da segurança para o manuseio de áci- dos: Não dê chance a eles Proteja seus olhos totalmente Use vestuário resistente ao ataque ácido, incluindo luvas Manuseie o ácido de forma a evitar derramar ou quebrar o recipiente que o contém Mantenha-os afastado do calor e fora do alcance de subs- tâncias com as quais possam reagir. Tudo isto significa que, se for trabalhar com ácidos, você deve conhecer os riscos e as práticas seguras para usá-los. Os ácidos podem ser manuseados com segurança. 03 b Quais os principais gases liqüefeitos do petróleo? Propano e Butano. Estes gases, como vimos anteriormente, são usados em sol- das, corte, isqueiros e no lar. Qual o principal risco no manuseio com os mesmos? Sendo mais pesado do que o ar, quando houver vazamentos, ficarão acumulados no nível do chão. Poderá haver explosões caso alguém utilize qualquer chama ou provoque faísca. Conseqüência – o aumento da temperatura aumenta os possí- veis vazamentos, incêndios e explosões. Quais os critérios para estocagem destes botijões. As áreas devem ter boa ventilação; Os botijões devem estar distantes dos cilindros de oxigênio; Devem ficar na posição vertical. Gases liqüefeitos de petróleo Por que deve-se evitar o contato destes gases com a pele? Estes gases tem a propriedade de se evaporar muito rapida- mente e na evaporação, absorvem calor que pode provocar queimadura na pele pelo frio. Recomendações Um isqueiro à gás butano, caso venha a explodir, equivale a 3 bananas de dinamite. Por isso todo o cuidado, evitando utili- zar para acender o forno, fogão, maçarico, perto de chama, ao portá-lo no bolso da camisa ou da calça. 04 Podemos identificar a presença de gases através dos seguintes exemplos: Quando enchemos o pneu de um carro – há uma compres- são de ar; Quando estouramos um balão – há uma expansão de ar. Qual seria a composição do ar, quando está no estado gaso- so? Observe o seguinte exemplo: se pegarmos 100 litros de ar, teremos a seguinte divisão: 78% de nitrogênio, 21% de oxi- gênio e 1% de gás carbônico e outros gases. Quais ao gases que são utilizados na indústria? OXIGÊNIO, NITROGÊNIO, HIDROGÊNIO, ACETILENO, GLP, GÁS CARBÔNICO, ARGÔNIO Quais os mais usados e que oferecem maiores riscos? OXIGÊNIO E ACETILENO – fornecidos em cilindros; GLP – fornecido em botijões. Onde são mais usados? OXIGÊNIO E ACETILENO – na solda e corte oxiacetilênica; GLP (GASES LIQÜEFEITOS DE PETRÓLEO) – soldas e uso doméstico. Vamos dar alguns pontos importantes e esclarecedores sobre os tipos de gases mais usados nas empresas. ACETILENO É obtido misturando carbureto de cálcio com água, o gás não tem cheiro, nem cor, quando puro. A mistura deste gás com o oxigênio vai nos dar a chama “mais quente da Terra”. Medida de precaução do fabricante do gás: Quando o fabricante distribui acetileno para as indústri- as, são acrescentados produtos que dão ao mesmo um cheiro característico (cheiro de alho). Essa medida faz com que pos- Gases utilizados na indústria samos sentir a presença do gás, identificando-o em caso de vazamento. O cilindro de acetileno é um tubo com aproximadamente 0,5 cm de espessura. Dentro deste cilindro, coloca-se uma massa de carvão vegetal, amianto e cimento formando uma massa porosa. Como o acetileno é um gás que explode facilmente, o fabricante torna a superfície interna do cilindro parecida com uma esponja, ou seja, uma massa porosa, cheia de pequenos buracos. Com isto, diminui o perigo de explosão, pois a mes- ma não se propaga pelos pequenos buracos existentes. Den- tro do cilindro, é colocada também acetona, que absorve o acetileno, tornando-o menos perigoso. COMO PROCEDER NO MANUSEIO DO CILINDRO DE ACETILENO - Devemos sempre deixar o cilindro na posição vertical, nunca deitado. Qual a conseqüência? A acetona tenderá a sair da massa porosa junto com o acetileno. Qual o risco? Haverá um aumento de pressão e um desgaste rápido do con- teúdo. - Devemos ter cuidado com o cilindro evitando pancadas e choques usando sempre a tampa de proteção da válvula. Qual a conseqüência? Haverá um deslocamento da massa porosa da parede do cilin- dro ou rompimento da válvula. Qual o risco? Existirá um maior perigo de explosão, e com o rompimento da válvula, o cilindro tornará um “foguete”. - Quando formos verificar algum vazamen- to utilizar sempre água e sabão. Risco existente Qualquer outro processo tal como, uti- lizar óleo e fogo, haverá um perigo de explosão. 05 - Quando armazenamos, procurar sempre evitar misturar cilin- dros de outros gases, bem como o local deve ser protegido do calor e ter boa ventilação. Qual a conseqüência? O calor elevará a pressão interna. Não havendo ventilação, haverá concentração de gases (no caso de vazamento). Qual o risco? Perigo de explosão, principalmente quando há uma mistura de vários gases. - Quando o acetileno contido no cilindro estiver acabando, devemos observar que jamais poderemos esgotar totalmente o gás, pois poderá acontecer o seguinte: A PRESSÃO IN- TERNA FICA MENOR QUE A PRESSÃO EXTERNA. Qual a conseqüência? Você terá exatamente 10 segundos para sair do local pois ha- verá a explosão do cilindro. Qual o risco? A chama na ponta do maçarico de solda vem para dentro do cilindro. RECAPITULAR Os gases mais usados são – ACETILENO, OXIGÊNIO E GLP. - OXIGÊNIO + ACETILENO – Utilizado na solda e corte oxiacetilênica. - O cilindro tem uma massa porosa que contém acetileno e acetona. - Transportar com cuidado o cilindro evitando pancadas ou choques. - Jamais esgotar todo o gás do cilindro. - O local de armazenamento deve ser protegido do calor e com boa ventilação. - Usar sempre água e sabão para verificar vazamentos. OXIGÊNIO Como é obtido o oxigênio? O oxigênio é um gás sem cor, sem cheiro e sem sabor. Na maioria das vezes é obtido no ar, fazendo com que o ar se transforme em líquido, recuperando o oxigênio puro por um processo que se chama destilação fracionada. O oxigênio oferece algum risco? O oxigênio quando puro não queima, nem explode, mas faz outras substâncias queimarem muito depressa. Qual o risco? Misturando oxigênio com outros gases, como graxa, óleo ou qualquer derivado do petróleo, teremos violentas explosões. Precauções Toda tubulação, mangueiras, cilindros que contenham oxigê- nio não podem estar sujos de óleo, etc. O oxigênio nunca deve ser usado para soprar máquinas ou roupas pois poderá haver incêndio. Existe muita pressão dentro do cilindro de oxigênio? Para se ter uma idéia da alta pressão que está contida dentro de um cilindro de oxigênio, basta sabermos que: - A pressão é aproximadamente 10 vezes maior que o cilindro de acetileno. - Um canhão ao ser disparado tem uma pressão muito menor que a pressão dentro do cilindro de oxigênio. Então, quais são os principais inimigos dos cilindros de oxigê- nio? CHAMA – perigo de explosão e aumento da pressão interna. ÓLEO E GRAXA – perigo de incêndio. PANCADAS – deformação do metal. CHAVES – danos nas válvulas. 05 b Há cerca de alguns anos, em uma estrada de ferro nos EUA, ocorreram dois acidentes por isqueiros a gás (butano). Um ocorreu quando um soldadorestava soldando uma peça. Ele estava com seu isqueiro no bolso quando uma partí- cula incandescente, proveniente da solda atingiu o isqueiro derretendo o invólucro plástico do gás e liberando butano, que explodiu violentamente, causando a morte do emprega- do. O outro acidente ocorreu de maneira semelhante e a ex- plosão amputou o braço do operário, que faleceu dias depois. Cuidado com a bomba que está no seu bolso Deve-se ressaltar que o volume de gás existente nesses isqueiros tem a potência de força explosiva equivalente a três bananas de dinamite, dependendo da situação em que explo- dir. Recomenda-se aos empregados que trabalham com sol- da ou perto do calor (fornalhas, forja, maçarico, etc.) que tro- quem seus isqueiros por fósforos de segurança. Às donas de casa, recomendamos a substituição do isqueiro a gás por fósforos, pela mesma razão. 06 A eletricidade pode matar você. A maioria das pessoas sabe muito pouco sobre eletricidade, apesar de a usarmos amplamente no trabalho e em nossas próprias residências. Nós acionamos um interruptor e a luz acende ou uma máquina é ligada. Trocamos uma lâmpada quando ela se quei- ma. Consideramos a eletricidade e suas muitas aplicações como seguras, pelo fato de nos prestarem muitos serviços de manei- ra simples e fácil. As estatísticas indicam que muitos trabalhadores foram mortos em circuitos de 115 volts. Um choque resultante de um contato com apenas 15 miliampéres de corrente pode ser fatal. A 115 volts, uma lâmpada de 6 velas puxa 50 miliampéres de corrente. Consequentemente, a quantidade de corrente usa- da por uma lâmpada desta puxa corrente o bastante para ma- tar três seres humanos. Para se proteger contra os riscos de eletricidade quando manusear furadeiras, serras elétricas, lixadeiras ou cabos de extensão, tome conhecimento dos fatos básicos relacionados com as causas do choque e da eletrocussão. Por exemplo: a condição do corpo do indivíduo tem muito a ver com as chances de ser morto por choque elétrico. Se as mãos estiverem suadas, os sapatos e meias estiverem úmidos ou se o piso estiver molhado, a corrente pode passar mais facilmente através do corpo e aumentar a severidade do cho- que. Aterramentos por precaução Quando estiver trabalhando com ferramentas ou aplica- ções elétricas, lembre-se das seguintes regras de preservação da vida: Certifique-se de que a conexão do pino terra esteja intacta antes de ligá-lo a qualquer receptáculo. Tenha extremo cuidado quando trabalhar com ferramentas elétricas portáteis em lugares úmidos ou molhados, ou pró- ximos a estes locais. Isto inclui tanques e caldeiras ou tubu- lações e outros objetos aterrados que você possa eventual- mente tocar, permitindo a passagem da eletricidade através do seu corpo até o terra. Relate cabos desfiados ou quebrados. Se você tomar um choque de algum equipamento que esti- ver usando, relate isso a seu supervisor para que mande fazer os reparos necessários. Deixe os reparos elétricos para os especialistas. Certifique-se de estar usando apenas equipamento aterrado ou isolamento duplo aprovado. 01 Não há nada a respeito dos cabos de extensão que possa sugerir algum perigo. Não há peças móveis, não há chamas e nem barulho. Eles são inofensivos... mas podem ser perigosos, se mal usados. Somente bons cabos devem ser usados. De preferência aqueles que são testados e aprovados por laboratórios de tes- tes de equipamentos elétricos. Os cabos que apresentarem des- gaste devem ser reparados ou jogados fora. Você pode controlar alguns dos riscos associados ao uso de cabos de extensão. Antes de mais nada, nenhum cabo de extensão pode suportar uma utilização abusiva. Se você dobrá- lo, der um nó, cortá-lo, amassá-lo ou mesmo curvá-lo, você poderá estar danificando seu revestimento isolante. Isto po- derá causar um curto-circuito ou um incêndio, ou mesmo um choque elétrico. A maioria dos cabos elétricos transporta eletricidade co- mum de 110 volts. Sem dúvida, você já recebeu, alguma vez, um choque de uma rede de 110 volts sem grandes problemas, a não ser uma sensação de tomar um puxão. Sob certas condi- ções, uma rede de 110 volts pode matar. Tais condições podem ser representadas por um toque, num cabo sem revestimento com as mão molhadas ou suadas, ou pisar em superfície molhada, em contato com um tubo de água ou de vapor, ou outra conexão elétrica. Assim sendo, proteja o cabo de extensão que estiver usan- do. Enrole-o em grandes laçadas. Não o dobre desnecessaria- mente. Não o submeta a tensão. Um cabo nunca deve ser dei- xado pendurado numa passagem ou sobre a superfície, onde as pessoas possam pisar. Os motivos são simples: evitar arma- dilhas que podem causar acidentes e evitar danos ao próprio cabo. Cabos de extensão Se um cabo de extensão mostrar sinais de desgaste, ou se você souber que ele já foi danificado, troque-o por outro novo. Não conserte cabos por sua conta. Em situações especiais, são necessários tipos especiais de cabos. Alguns são resistentes à água, outros não. Alguns são isolados para resistência ao calor, outros são projetados para suportar a ação de solventes e outros produtos químicos. Não use cabos de extensão próximos à umidade, calor (incluindo equipamentos de aquecimento elétricos) ou produ- tos químicos, que possam danificar o isolamento, a menos que você tenha certeza de que o cabo em questão seja do tipo apropriado para esta situação em particular. A utilização adequada de cabos de extensão não é difícil nem complicada. O uso correto não toma muito tempo e pode livrá-lo de um choque terrível. Estas regras devem ser aplicadas na utilização segura de ca- bos de extensão: Manuseie o cabo gentilmente, evitando tensioná-lo, dobrá- lo, amassá-lo ou cortá-lo. Pendure-o num local onde não perturbe a passagem ou possa representar riscos. Se mostrar sinais de desgaste, troque-o por outro novo. Se estiver na presença de calor, de umidade ou de produtos químicos, certifique-se de que seu cabo seja do tipo correto para resistir às condições existentes. 02 Choque elétrico O fluxo de corrente é que causa danos ao or- ganismo em caso de choque elétrico. Quando uma pes- soa se torna parte de um circuito elétrico, a severidade do choque é determinada por três fatores básicos: 1) a taxa de fluxo através do corpo; 2) o percurso da corrente através do corpo; 3) o tempo com que o corpo foi parte do circuito. A eletricidade pode se deslocar somente quando há um circuito completo. O choque pode ocorrer quando o corpo faz contato com ambos os fios de um circuito (o fio preto positivo e o fio branco neutro), um fio de um circuito energizado e terra, ou uma parte metálica de um dispositivo elétrico que tenha sido energizado. As mulheres possuem menor tolerância ao choque elétri- co do que os homens. Fatores tais como o tamanho, a condi- ção física e a condição de umidade da pele podem determinar a quantidade de eletricidade que um corpo humano pode tole- rar. Infelizmente, o corpo humano não possui qualquer pro- teção interna contra o fluxo de corrente elétrica. A superfície da pele fornece a maior parte da resistência razoavelmente alta, mas a pele úmida é muito menos resistente. Quando a resistência da pele é interrompida, a corrente flui facilmente através da corrente sangüínea e dos tecidos do corpo. Qual- quer que seja a proteção oferecida pela resistência da pele esta diminui rapidamente com um aumento da voltagem. A morte ou ferimentos causados por choque elétrico podem resultar do seguinte: 1. Contração dos músculos peitorais, podendo interferir na respiração a tal ponto que resultará em morte por asfixia. 2. Paralisia temporária do sistema nervoso central, podendo causar parada respiratória, uma condição que freqüentemente permanece, mesmo depois de a vítima ter sido desconectada do circuito. 3. Interferência no ritmo normal do coração, causando fibrilação cardíaca, uma condição na qual as fibras do mús- culo cardíaco, em vez de contraírem de maneira coordena- da, contraem separadamente e em diferentes momentos. A circulaçãodo sangue pára e ocorre a morte. 4. Parada cardíaca por contração muscular (em contato com alta corrente). Neste caso, o coração pode reassumir seu ritmo normal, quando a vítima é libertada do circuito. 5. Hemorragias e destruição de tecidos, nervos e músculos do coração devido ao calor provocado pela alta corrente. 03 Substitua, se possível, os difusores transparentes, amarelados ou opacos por difusores de acrílico claro, com boas propriedades contra o amarelecimento, pois es- tas permitirão melhor distribuição da luz; Substitua luminárias antiquadas ou quebradas por luminári- as mais eficientes, de fácil limpeza e, de preferência, com lâmpadas expostas, que desse modo poderão ser de menor potência; Quando o fator estética não tiver importância, retire o acrí- lico e o globo, que absorvem grande parte do fluxo lumino- so; Não use lâmpadas incandescentes de bulbo fosco dentro de globos. É preferível utilizar lâmpadas com bulbo transpa- rente. As lâmpadas de bulbo fosco foram criadas para minimizar o efeito ofuscante e apresentam uma luz confor- tável, suave e difusa, mas também absorvem uma parte da luz emitida pelo filamento; Como o globo elimina o ofuscamento, o uso da lâmpada de bulbo fosco acarretará menor iluminação e poderá exigir lâmpadas de maior potência; Refaça, se possível, a instalação de interruptores, para per- mitir o desligamento parcial de lâmpadas em desuso ou des- necessárias; Em locais onde houver muitas lâmpadas acesas, verifique a possibilidade do desligamento alternado; Se há luminárias com lâmpadas fluorescentes comandadas em grupo, estuda-se a possibilidade de instalar interrupto- res individuais comuns ou do tipo pêra, eles permitirão o desligamento parcial de determinadas lâmpadas, evitando- se a iluminação plena todo o tempo; Como reduzir o consumo de energia elétrica Ao desativem uma ou mais lâmpadas fluorescentes, não esqueça de desligar também o reator, caso contrário, ele continuará consumindo energia elétrica, reduzindo-se a sua vida útil; Onde for possível, use uma única lâmpada de maior potên- cia no lugar de várias lâmpadas de menor potência; Utilize sempre que possível a iluminação natural, abrindo janelas, cortinas, etc.; Instrua as pessoas a desligarem as lâmpadas de ambiente não ocupados, salvo aquelas que contribuem para a segu- rança; Limpe regularmente paredes, janelas, pisos e forros, lumi- nárias e lâmpadas. Uma superfície, luminárias e lâmpadas limpas refletem melhor a luz o que permite manter em nível menos intenso a iluminação artificial, como também a sujei- ra acumulada reduz a iluminação; Ao fazer uma reforma na pintura, evite pintar com cores escuras as paredes e corredores, pois desta maneira, exigi- rão lâmpadas mais fortes, com maior consumo de energia; Utilize somente lâmpadas de voltagem compatível com a voltagem da rede da concessionária. 04 As pessoas não treinadas geralmente fazem o trabalho da forma mais difícil. Como resultado, cansam- se mais rápido, o ritmo de trabalho é mais lento ou acabam acidentando-se. O levantamento de cargas está entre os trabalhos que, com mais freqüência, são executados de maneira errada. Atra- vés da utilização de métodos corretos de levantamento de cargos, os empregados podem não apenas fazer o trabalho de forma mais fácil, mas também sem acidentes. DISPOSITIVOS MECÂNICOS Apesar dos dispositivos mecânicos não serem adequados para todo o tipo de levantamento de cargas, podem ajudar a evitar ferimentos causados pelo manuseio de cargas. Guinchos, guin- dastes, elevadores, transportadores, empilhadeiras e disposi- tivos similares são feitos para esta finalidade. LIMITES DE PESO PARA LEVANTAMENTO SEGURO A condição física, constituição e estatura de um indivíduo têm muito a ver com sua capacidade de levantar objetos pesados ou de executar tarefas com levantamento repetitivo de obje- tos. O TRABALHO EM EQUIPE EXIGE PRÁTICA Quando uma carga é muito pesada para uma pessoa le- vantar sozinha e o equipamento mecânico não pode ser usado para o trabalho, devem ser designados quantos trabalhadores forem necessários para fazer o levantamento. Isto acarreta um outro problema: trabalho em equipe. Trabalhadores mais ou menos do mesmo tamanho devem ser escolhidos e devem ser treinados para fazer levantamento de peso em equipe. Se um dos trabalhadores levantar a carga antes dos ou- tros, deslocá-la ou abaixá-la incorretamente, ele ou seu parcei- ro podem ser sobrecarregados e sofrerem uma distensão. Uma pessoa deve ser designada para dar as ordens necessárias para obter a coordenação do grupo. FORMA CORRETA DE FAZER UM LEVANTAMENTO Dimensione a carga primeiro - não tente levantá-la sozinho, se houver qualquer dúvida sobre sua capacidade de execu- tar a tarefa. Levantamento de cargas com segurança Certifique-se de que está com os pés firmes no chão. Esteja bem equilibrado, mantenha seus pés separados ( de 20 a 30 centímetros um do outro). Coloque seus pés perto da base do objeto a ser levantado. Isto é importante porque evita colocar toda a carga sobre os músculos das costas. Dobre seus joelhos, mantendo suas costas rentes e na po- sição mais vertical possível. Se necessário, abra os joelhos ou abaixe um deles para chegar mais perto do objeto. Comece agora a esticar as pernas, desdobrando os joelhos. Com isto estará usando seus músculos mais fortes. Mante- nha a carga perto do seu corpo na medida em que você se levanta. Levante o objeto até a altura de transporte. Se você precisar mudar de direção depois que estiver de pé, tenha cuidado para não torcer o corpo. Gire o objeto mudando a posição de seus pés. Se você colocar a carga numa bancada ou mesa, coloque-a na borda da mesa para ajudar a suportar o peso e então empurre-a para frente usando os braços ou, se necessário, com parte de seu corpo virado para frente. Para colocar a carga no chão, dobre os joelhos e, com a costas rentes e a carga perto de seu corpo, abaixe-a com os músculos dos braços e das pernas. POSIÇÃO CORRETA PARA LEVANTAR OBJETOS PESADOS Ficar na posição correta e usar os músculos mais capa- zes de fazer o trabalho são os pontos mais importantes na aplicação de métodos corretos de levantamento seguro de cargas. Existem dicas em todo trabalho. Por exemplo: os carregado- res de cereais sabem o jeito de agarrar e balançar os sacos para jogá-los nos ombros. Pessoas inexperientes mal conseguem mover estes sacos. Eis aqui um resumo dos pontos a serem lem- brados para levanta- 01 mento seguro de cargas: Carregue a carga sempre perto do corpo; Mantenha as costas na posição mais reta possível; Use os músculos mais fortes: das pernas e dos braços; Tenha uma visão ampla de toda a carga; Se a carga não lhe permitir andar normalmente, peça ajuda; Nunca tenha receio de pedir ajuda para manusear uma car- ga; Quando julgar que o uso de um auxílio mecânico pode aju- dar, faça esta sugestão; Remova os obstáculos no caminho das cargas e outros itens que podem se transformar em armadilhas. 01 b O manuseio de estrados e de paletes vazios pode parecer, para a maioria de vocês, apenas mais um trabalho de rotina, pelo menos no que diz respeito à segu- rança. Não se deixe enganar. Esse tipo de trabalho pode causar acidentes facilmente, se os cuidados de segurança não forem tomados. O manuseio de materiais causa mais acidentes do que qualquer outro tipo de trabalho. O içamento representa a principal situação em que ocor- rem acidentes. Naturalmente, o içamento é uma manobra bá- sica no manuseio de estrados e paletes. Vamos tomar algum tempo para repassar alguns dos pas- sos que podemos tomar para manter a freqüência de acidentes no mínimo. Primeiro, inspecione os estrados e paletes com os quais você vai trabalhar, quanto a pregos soltos e outros de- feitos. Se você encontrar uma unidade insegura, deixe-a de lado e marque-a para jogar fora ou reparar. Levante materiais com cuidado. O empilhamento ou o descarte de estrados geralmente requer duas pessoas. Estas devem executar esta tarefa de maneira coordenada, como se fossem uma só pessoa.Use o mesmo procedimento para le- vantar paletes que sejam pesados ou robustos. Levante-os do- brando seus joelhos e esticando as pernas. Mantenha suas cos- tas retas e use os músculos das pernas, não os músculos das costas. Como medida de segurança adicional enquanto manu- seia objetos, use o equipamento de proteção correto. Luvas de couro protegerão suas mãos e, naturalmente, calçados de segurança protegerão seus pés. Provavelmente, você já percebeu o quanto é importante uma área de trabalho limpa para a sua segurança e para a se- gurança dos outros. O mesmo se aplica ao caso dos estrados e paletes. Empilhe-os com cuidado, de forma que as pilhas se- jam estáveis. As pilhas devem ter uma altura limitada de apro- ximadamente 1,20m e as unidades devem ficar planas e nunca empilhadas pelas extremidades. As pilhas e unidades individu- Estrados e paletes vazios ais devem ser mantidas afastadas de corredores, passagens e portas e não devem obstruir caixas ou painéis elétricos, extin- tores de incêndio e outros equipamentos de segurança. Evite caminhar ou pisar sobre os estrados e paletes, pois isso pode facilmente causar um acidente. Quando empilhar unidades, considere a capacidade de peso do piso. Certifique-se também de avaliar a resistência das unidades com as quais você está trabalhando, para que não seja excedida. Se você estiver trabalhando com papelão, considere sua menor resistência, que o tomaria mais difícil de danificar do que se fosse de madeira. Além disto, ele absorve- rá mais umidade, o que pode enfraquecê-lo. Os estrados e paletes podem parecer resistentes, mas quando você os deixa cair, eles podem enfraquecer. A queda de estrados e de paletes também provoca muito barulho. Algumas vezes, são usadas plataformas e estrados de ar- rasto separados. Neste caso, as plataformas devem ser empilhadas retas numa prateleira com altura inferior ao equi- valente a 32 unidades. Novamente, tome cuidado quando re- mover as plataformas da prateleira. Coloque um trabalhador em cada lado. Pode ser neces- sário jogar fora certas unidades. Neste caso, use caminhões ou pick-ups, especialmente se a carga precisar ser movimen- tada, qualquer que seja a distância. As cargas das unidades a serem descartadas devem ser empilhadas cuidadosamente. Esteja alerta quanto a pregos e lascas. Se você for se desfazer das unidades queimando-as, observe todo o fogo e a regras de segurança. Cobrirmos aqui alguns dos pontos principais de seguran- ça no manuseio de estrados e paletes vazios. Eles são todos essenciais - os cuidados que devem ser tomados em muitos trabalhos. Porém, esta é a maneira que deve ser quando se trata de segurança. Desenvolva práticas e atitudes seguras no trabalho, que os resultados serão obtidos em tudo que você fizer. 02 As quedas são a segunda causa de morte nos Estados Unidos. Somente os acidentes de automóveis superam esta causa. Nas empresas, 20 % de todos os ferimentos e fatalidades sérias são causados por quedas. Estas estatísticas sozinhas dão uma boa razão para tentar- mos descobrir por que as pessoas caem e o que pode ser feito para evitar isso. As quedas podem acontecer a qualquer momen- to, em qualquer lugar. A maioria delas poderia ser evitada. As pessoas caem porque o corpo fica inesperadamente descontrolado e numa postura instável. Quando algo não es- perado acontece, interrompendo o padrão normal de manu- tenção do equilíbrio, o centro de gravidade é deslocado e o corpo cai. Tais situações normalmente são provocadas por “armadilhas”, escorregões ou por empurrões ou esbarrões. Provavelmente, a medida preventiva mais importante para evitar as quedas seja ensinar as pessoas a reconhecerem, cor- rigirem e/ou evitar “armadilhas”, piso escorregadio e outros riscos de quedas. Olhar onde se pisa. Este é um bom conse- lho. As quedas são causadas mais por desatenção do que qual- quer outra coisa. Quantas vezes você já ouviu alguém dizer: “Eu não tinha visto!”? Áreas escuras ou mal iluminadas são um convite a que- das. Escadas e áreas congestionadas devem ser especialmente verificadas quanto à iluminação apropriada. O transporte de artigos que são muito grandes ou empilhados muito alto para nós, impedindo-nos de ver por cima ou à volta, é uma boa forma de provocar quedas no chão. A arrumação da área é vital para a prevenção de quedas. Abaixo apresentamos algumas áreas a serem verificadas para impedir quedas de óleo, graxas, etc.: 1. Pontos escorregadios, provocados por derramamentos na superfície de trabalho ou de passagem; Evite quedas 2. “Armadilhas”- restos de materiais espalhados na área de trabalho ou de passagem, vários tipos de fios (elétricos e de telefone), gavetas de arquivos abertas, objetos em corredo- res e passagens; 3. Buracos, pontos altos ou quaisquer outros defeitos na su- perfície da área de trabalho/passagens; 4. Degraus de escada mal construídos ou desgastados; 5. Corrimãos faltando ou inadequados em escadas e aberturas em paredes e pisos. Numa área ou situação em que o risco não pode ser elimi- nado, a necessidade de cuidado deve ser indicada por cartazes e/ou código de cor. O MTb especifica o amarelo como a cor básica para designar cuidado e para marcar riscos físicos. Inspeções periódicas de equipamentos e de veículos po- dem identificar muitos riscos de quedas. Por exemplo: degraus ou plataformas em caminhões e equipamentos podem se des- gastar e se tomar escorregadios. Algum tipo de revestimento abrasivo pode ser aplicado para evitar que fiquem escorrega- dios. Em alguns equipamentos, as alças de pega e para subir podem ser um importante dispositivo de segurança. Elas de- vem ser verificadas quanto a desgaste, superfície muito lisa ou se estão frouxas. O vestuário e o calçado podem representar um fator de queda. Alguns estilos atuais de sapatos são conhecidos por terem contribuído para quedas que provocaram sérios ferimentos. O calçado e o vestuário corretos para o trabalho que está sendo executado devem ser considerados exigências de segurança. 03 Ano após ano, as quedas ficam atrás apenas dos acidentes com automóveis como causa do maior número de mortos em acidentes! Nós tendemos a associar uma queda fatal somente com quedas de locais muito altos, mas isto não é necessariamente verdadeiro: as quedas fatais ocorrem às vezes de alturas muito baixas, até inferiores a um metro. De fato, algumas ocorrem ao nível do solo. A fatalida- de dependerá de como você tocará o chão em que sua cabeça vai bater e de muitos outros fatores contributivos. Algumas quedas são o resultado de uma falta de cuidado ou ato insegu- ro, enquanto outras são provocadas por condições inseguras ou equipamentos defeituosos. Subir e trabalhar em posições elevadas faz parte do tra- balho de muitos empregados. Equipamentos especiais foram projetados de forma que possamos fazer este trabalho com segurança e eficiência. Po- rém, devemos inspecionar estes dispositivos de segurança para ter certeza de que estejam em boas condições. Os cintos de segurança devem ser verificados quanto a defeitos em locais onde eles possam desfiar ou mostrar des- gaste excessivo. Quedas Os dispositivos de segurança para subir e para trabalho em locais altos são projetados especificamente para sua segu- rança pessoal. Quando em boas condições, eles podem evitar uma queda séria. Arranje tempo e inspecione regulamente esse equipamento. Se seu trabalho exigir uma escada, certifique-se de que esta esteja em boas condições e pegue a escada certa para o trabalho. Não improvise com qualquer outra coisa. Isto pode- ria provocar sua queda. Quando você estiver executando um trabalho que envol- va muitas pessoas e muitas atividades diferentes, olhe à sua volta antes de se movimentar. Tenha cuidado com ferramen- tas e equipamentos no chão e evite buracos, trincheiras e coi- sas similares. Uma boa arrumação da área de trabalho é uma forma ex- celente de eliminar causas potenciais de quedas. Lembre-se: quedas matam um número enorme de pesso- as todos os anos. Não acredite ter alcançado o máximo desegurança possível. Certifique-se de que alcançou a seguran- ça requerida. 04 Os guinchos, talhas e lanças são alguns dos equipamentos de içamento que normalmente utilizamos. O desenvolvimento destes equipamentos envolve muita ex- periência de campo e testes de engenharia. Quando finalmen- te são liberados para utilização geral, estes dispositivos serão tão seguros quanto a moderna tecnologia pode nos oferecer; entretanto, todos eles requerem operação com inteligência e manutenção adequada para permanecer na condição de ope- ração segura. Devemos verificar esses equipamentos sempre antes de usá-los. Devemos verificar quanto ao abastecimento de com- bustível, vazamentos de óleo e de fluido hidráulico, mecanis- mos de embreagens emperrados ou danificados, desgaste anor- mal, trincas por fadiga e outras condições inseguras. Sempre que você observar uma condição insegura, relate isto e certi- fique-se de que seja reparado prontamente. A utilização de guinchos e de outros equipamentos mo- torizados em nossos trabalhos é uma operação meticulosa. Mesmo a maioria desses equipamentos sendo simples o bas- tante para que uma criança possa operá-los, somente uma pes- soa habilitada, qualificada e autorizada pode fazê-lo de forma correta e com segurança. O operador qualificado nunca abusa de seu equipamen- to. Ele evita paradas e partidas rápidas, que provocam des- gaste excessivo. Ele sempre faz um teste de levantamento para verificar se o gancho ou a amarração está correta e no local certo. O operador escolhe uma pessoa para os sinais manuais necessários e aceita os sinais somente dessa pessoa indicada e apenas os claramente indicados. Entretanto, a manutenção das distâncias de afastamento é de responsabilidade do operador. Se ele achar que há moti- vo para questionar o julgamento da pessoa que está sinalizan- do, ele mesmo deve verificar estas distâncias antes de conti- nuar. Ele deve dar atenção particular aos espaçamentos em relação a fios aéreos que poderiam energizar o veículo. Se qualquer coisa sair errada, o operador deve parar o equipamento e não reiniciar até que o problema tenha sido esclarecido e um novo plano tenha sido desenvolvido. Quando estamos trabalhando com este equipamento ou deslocando-o, temos que ter a certeza a respeito de todos os cuidados para não danificá-lo. Eis aqui algumas ações em que podem ocorrer danos facilmente: Içamentos mecânicos e outros equipamentos motorizados Quando uma escada em lança é mantida ereta com o ve- ículo movimentando-se de um local para outro. Ela pode ser danificada pelo contato com pontes, galhos de árvores e fios. Muitos outros exemplos poderiam ser citados, mas to- dos mostrariam que poucos riscos, se é que existe algum, es- tão incorporados no projeto destes equipamentos. Os riscos normalmente são decorrentes de abusos e negligência. Existem várias proteções que devem ser usadas, depen- dendo do tipo do equipamento. Em alguns casos, estas prote- ções são parte integrante do equipamento. Por exemplo: cer- tas proteções, que fazem parte dos sistemas hidráulicos, per- mitem que uma plataforma desça suavemente, em vez de cair abruptamente quando há um vazamento hidráulico. Os procedimentos de operação segura devem ser sempre utilizados. Por exemplo: quando há uma possibilidade de con- tato com fio energizado, use luvas de borracha. Este cuidado se aplica não apenas às pessoas que estejam diretamente en- volvidas com o trabalho em eletricidade, mas também a todas aquelas que estejam trabalhando próximas de redes elétricas e de equipamentos que possam fazer contato com fios energizados. Dentre outros procedimentos de operação segura que sempre devem ser seguidos, indicamos os seguintes: fique afas- tado de cabos ou redes elétricas; não fique em baixo de cargas suspensas; use cabos de controle para guiar a carga. Prova- velmente, você mesmo poderá se lembrar de muitas outras. Novos equipamentos estão sendo desenvolvidos a cada dia. Entretanto, eles somente serão seguros dependendo do operador. Um bom operador testa continuamente o equipamento com o qual trabalha. Ele descobre suas limitações e nunca o força ou o danifica, exigindo dele mais do que pode fazer. O bom operador - o operador seguro - sabe que equipamentos motorizados são, na realidade, extensões de seus braços. 05 Objetos que caem e acertam pessoas embaixo representam uma das causas mais sérias de acidentes industriais e são responsáveis por muitas fatalidades todos os anos. Vejamos a questão sobre como evitar objetos que caem. Primeiramente, o trabalho está sendo realizado em locais ele- vados? Como os acidentes podem ser evitados? Eis aqui al- guns cuidados básicos a serem seguidos: Alerte os que estão abaixo de que você vai começar um trabalho acima de suas cabeças, sinalizando, fazendo barri- cadas e adotando bons meios de comunicação; Não carregue ferramentas ou materiais ao subir escadas. Use um cabo ou corda, recipientes ou balde para içar o material; Antes de içar as ferramentas ou materiais com uma corda ou um cabo guincho, esteja absolutamente ciente de que estejam bem presos e que não possam deslizar; Quando empilhar materiais em andaimes, certifique-se de que o andaime e as plataformas estejam equipados com cha- pas de piso laterais (10cm) para impedir a queda de obje- tos; Nunca arremesse materiais ou ferramentas; Certifique-se de que a carga que está sendo içada por corda ou andaime esteja equilibrada e que não há qualquer pessoa sob a carga que está sendo içada; Mantenha as ferramentas e materiais afastados das bordas das plataformas e escadas e de aberturas; Não coloque ferramentas nos bolsos, porque, quando se curvar, elas podem cair; Pratique a boa arrumação e ordenação em locais elevados e mantenha as ferramentas e materiais que não estão sendo usados reunidos e guardados adequadamente; Se a natureza do trabalho em locais elevados envolver o perigo de queda de objetos, proteja a área embaixo e colo- que placas de advertência no local. Isole a área com uma corda. Olhe para cima e para baixo É muito importante que as pessoas embaixo estejam aten- tas para o trabalho que está sendo feito acima de suas cabeças e que obedeçam às placas de advertência e às barricadas. Um outro problema do mau empilhamento em armazéns, pátios, caminhões ou no local de trabalho. Os materiais de- vem ser empilhados somente a uma altura razoável e com a base plana. O melhor é fazer travamentos cruzados e cobrir os materiais para proteção adicional e maior segurança. Nem todos os objetos em queda vêm de grandes alturas. Provavelmente, os objetos que caem de pequenas alturas se- jam os que mais atingem pessoas. O trabalhador não prevê o peso do objeto e o deixa cair - geralmente sobre suas pernas ou sobre os pés. Uma outra situação comum de queda de objetos causan- do ferimentos ocorre quando dois trabalhadores estão trans- portando um pedaço de tubulação ou algum outro objeto pe- sado. A sinalização é inadequada e um dos trabalhadores dei- xa cair seu lado da carga. Você adivinhou: são pés que serão castigados pela falha. Um outro exemplo: alguém apoia um pedaço de aço ou de tubo contra uma parede e vai embora. Quando outra pes- soa se aproxima, o objeto escorrega e cai. Nesta situação o objeto poderá atingir qualquer parte do corpo. Tais ferimentos são evitáveis se usarmos nossos capace- tes e botas de segurança e se aplicarmos procedimentos cor- retos de içamento e de manuseio de carga, além de usarmos os sinais corretos e trabalharmos em equipe. Além disto tudo, es- ses acidentes poderão ser evitados se guardarmos as ferramen- tas e materiais que não estão sendo usados no local apropriado. Se você estiver trabalhando em local elevado, ou sob ele, você pode eliminar a queda de objetos como fonte de perigo. Tudo que sobe tem que descer... mais cedo ou mais tar- de. Devemos nos assegurar de que descerão em segurança. 06 Gastamos uma boa parte de nosso trabalho empilhando coisas e depois desfazendo estas pilhas, quan- do precisamos novamente do material empilhado.Isso é uma coisa tão natural de fazer que algumas vezes nos esquecemos de que estamos empilhando muito alto, tornando a pilha um perigo para nós e para outras pessoas. Suponha que esteja empilhando material do jeito antigo. Você joga as coisas grandes sobre as pequenas; você deixa par- tes enfiadas ou penduradas. Algumas vezes as coisas caem en- quanto você está empilhando, mas se você não se importar de levantar algumas coisas duas ou três vezes, em vez de uma vez só, você consegue fazer o serviço do jeito mais desleixado. Mas o que pode acontecer depois disto? Provavelmente, quando você estiver passando por esse “amontoado de coisas”, elas simplesmente venham abaixo sobre você, ou sobre alguma outra pessoa que não tem nada a ver com a arrumação de uma pilha tão mal feita - verdadeiro trabalho de lambão. Ou, o que mais provavelmente pode acontecer é, alguém precisar de algo que está naquela pilha. Começa então a tirar e a pilha inteira cai no chão. É uma situação muito engraçada com coisas leves, mas coisas pesadas certamente provocarão pés esmagados e alguns ossos quebrados. Existe uma outra forma de empilhar errado: deixar o material amontoado em corredores e em locais de trabalho. Em seguida, alguém vem passando e tropeça ou bate com a cabeça naquela coisa toda. Agora podemos listar a forma certa de empilhar material. Diferentes materiais tem que ser empilhados de diferentes ma- neiras. Existem diferentes formas de empilhar caixas de pape- lão, barris, tubos e outros materiais. Assim, vamos aprender a melhor forma de empilhar o que temos para empilhar. Vamos definir o local de empilhar e então fazer o empilhamento da forma que sabemos ser a correta. Empilhe da maneira correta Porém, há alguns pontos que se aplicam a diferentes ca- sos de empilhamento. Primeiro, faça travamentos cruzados sem- pre que possível. Isto se aplica a caixas, barris e muitas outras coisas de formas regulares. Em segundo lugar, certifique-se de que esteja empilhando sobre uma fundação sólida. Em terceiro lugar, empilhe o que for mais pesado embaixo. Nunca empilhe objetos pesados sobre os mais leves. Se você se encrencar e a pilha começar a se desfazer, ou a se inclinar, ou se os objetos não se encaixarem ou ficarem difíceis de tirar sem derrubar a pilha, refaça a pilha da maneira correta, não importa quanto tempo vai levar. Não deixe uma pilha mal feita. Não vá embora pensando que voltará depois para consertá-la. Conserte-a na hora. Cada minuto em que a pilha ficar mal arrumada, será como uma bom- ba pronta para explodir e ferir ou matar alguém. Nosso principal interesse está em boas práticas de empilhamento. Elas podem evitar acidentes. Porém, existe um outro argumento a nosso favor. O bom empilhamento ajuda a obter eficiência. Ele torna mais fácil conseguirmos o que quere- mos quando precisarmos, com o menor esforço. Assim sendo, para tornarmos nosso trabalho mais seguro e mais fácil, deve- mos seguir as regras abaixo: Empilhe material no lugar certo e não o deixe amontoado em corredores e em locais de trabalho; Siga as regras corretas de empilhamento para o tipo de mate- rial que você está arrumando; Não abandone uma pilha instável ou mal arrumada, sem an- tes corrigi-la; Faça a pilha de forma que os itens no topo possam ser remo- vidos sem ter que puxar os itens que estão embaixo. 07 Os cabos de aço são amplamente usados em vez das cordas de fibras, porque possuem maior resistência para o mesmo diâmetro e peso. Sua resistência é constante, molhado ou seco. Sua resistência permanece a mesma sob condições climáticas variáveis e possuem maior durabilidade. Inspecione os cabos de aço diariamente quanto a desgaste, ara- mes partidos e dobras. Uma inspeção completa deve cobrir os se- guintes pontos: Há evidências de corrosão, desgaste ou dobraduras? Um cabo que foi dobrado não pode ser reparado. Existem arames quebrados? Se houver, substitua o cabo de aço, se o mesmo não satisfizer os padrões de segurança estabelecidos. O cabo foi lubrificado corretamente? O cabo deve ser mantido adequadamente lubrificado para evitar a corrosão. Qual é a condição das emendas e conexões? Qualquer observação de danos exige a substituição imediata. Existem proteções para os olhais, onde necessário? O fator de segurança correto é sempre observado? Há evidência de que o cabo de aço tenha sido esmagado, achatado ou aberto formando gaiolas ou apresenta qualquer outro dano causando sua torção? Se houver, o cabo deve ser removido do serviço. Quando não estiverem sendo usados, guarde-os corretamente para protegê-los contra sujeira, para permitir o pronto acesso a eles e de maneira a permitir uma inspeção visual completa e precisa. Manu- seie os cabos de aço de maneira a evitar dobraduras ou torções. A importância da lubrificação periódica deve ser enfatizada. Um cabo de aço é uma máquina que possui muitas pegas móveis. Toda vez que um cabo é dobrado e esticado, os arames nas pernas do cabo devem deslizar uns contra os outros. Segurança com cabos de aço Conseqüentemente, deve haver uma camada de lubrificante em cada peça móvel. Um segundo motivo importante para lubrificação do cabo de aço é evitar a corrosão dos arames e a deterioração do núcleo ou alma. Um cabo enferrujado é um perigo, porque nenhuma inspeção visual é capaz de determinar a resistência remanescente de um cabo corroído. Nestas condições ele é muito perigoso, pois a ferrugem reduz a área de corte transversal do aço bom restante. Com isto, ele pode partir sem aviso prévio. O lubrificante pode ser aplicado com uma lata de óleo, escova ou qualquer outro método conveniente. O objetivo é aplicar uma camada uniforme na extensão total do cabo. Para instalar os clipes nas laçadas de extremidades dos cabos de aço, utilize o seguinte método: Aplique o primeiro clipe a uma distância da extremidade morta do cabo, com o parafuso “U” sobre a extremidade morta e com a extremidade viva se apoiando na sela do clipe. Aperte as porcas uniformemente com o torque recomendado. Aplique o segundo clipe o mais próximo possível da laçada, com o parafuso “U” sobre a extremidade morta. Gire as porcas até que fiquem firmes no lugar; não aperte. Espace todos os outros clipes igualmente entre os dois primeiros - eles não devem ficar separados numa distância superior à largura da base do clipe. Gire as porcas, tire a folga do cabo e aperte as porcas uniformemente com o torque recomendado. Todas as sapatas dos clipes devem assentar na extremidade do cabo e ter o tamanho adequado para o diâmetro do cabo. A distância entre os clipes num cabo de aço deve ser igual a seis diâmetros do cabo. 08 Vamos rever alguns dos perigos com cabos em situações que qualquer um de nós pode encontrar. Sabemos do efeito chicote se um cabo tensionado for solto subitamente. Ele chicoteia com grande velocidade e for- ça. Qualquer um que estiver na sua trajetória pode ser ferido gravemente. Fique atento ao cabos tensionados. Uma ruptura do cabo ou de qualquer de suas conexões significa perigo para todos à volta. Suspeite de todos os cabos tensionados. Fique fora da área em que poderia ocorrer o chicoteamento, caso ele se par- ta subitamente. Observe também quanto à presença de laça- das ao longo do cabo. Elas geralmente ocorrem em cabos no chão devido a alguma obstrução, como uma pedra ou tronco de árvore. Quando um cabo pula livre, ocorre uma violenta chicotada lateral. Cabos tensionados A melhor forma de evitar ferir-se é ficar a uma distância segura da área de perigo. Nunca se aproxime de um cabo tensionado nem o cruze. Uma liberação súbita pode ocorrer em um cabo tensionado, devido à deterioração ou sobrecarga. Geralmente, os cabos fixos são instalados enquanto dura o trabalho e se destinam a suportar uma carga. Entretanto, verifique-os para certificar-se de que suas resistências sejam mantidas. É uma boa idéia verificar escoras, cabos de ancoramento e todos os outros cabos fixos, sempre que preci- sar aproximar-se deles. Os ferimentos causados por cabos geralmente aconte- cem, porque a vítima se expõea riscos. Portanto, não seja a vítima de sua própria negligência e advirta qualquer um que estiver aproximando-se de um cabo de trabalho. 09 As baterias comuns de automóveis parecem bastante inofensivas. Porém, isto pode representar seu maior perigo, porque muitas pessoas que trabalham com elas ou próximas delas parecem desatentas em relação a seus riscos em potencial. O resultado é um crescente número de ferimentos no trabalho, relacionados com o mal uso ou abuso das baterias. Muitos destes acidentes podem ser evitados se respeitarmos os principais riscos da bateria. O elemento eletrolítico nas células das baterias é ácido sul- fúrico diluído que pode queimar a pele e os olhos. Mesmo a borra corrosiva que se forma devido a ácido derramado é muito prejudicial para a pele e os olhos. Quando uma bateria está carregada, o hidrogênio pode se acumular no espaço vazio próximo da tampa de cada célula e, a menos que o gás possa escapar, uma centelha pode infla- mar o gás aprisionado e explodir a bateria. O controle desses riscos é bastante simples. Quando você estiver trabalhando sob o capô do compartimento do motor do veículo ou debaixo do motor, use ferramentas metálicas com muito cuidado. Isto é especialmente importante se você estiver perto da bateria, porque uma centelha provocada pelo impacto de metal com metal, ou devido a um aterramento elé- trico acidental de uma ferramenta, pode inflamar o hidrogênio da bateria. Pelo mesmo motivo, nunca acenda um fósforo ou fume perto de uma bateria. Ao abastecer a bateria com ácido, não encha em excesso ou derrame o eletrólito. Se derramar um pouco, limpe-o ime- diatamente, tomando cuidado para proteger os olhos e a pele exposta, assim como para jogar fora o pano ou papel usado para que outras pessoas não fiquem expostas ao ácido. Nunca instale uma bateria veicular até que esta tenha sido totalmente inspecionada quanto à pólos enfraquecidos, late- rais partidas ou células vazando. A estrutura de suporte da bateria no veículo não deve ser excessivamente rígida. Caso contrário, as paredes da bateria podem ser enfraquecidas, per- mitindo o vazamento do ácido. Nunca trabalhe em torno de uma bateria que possua um acúmulo de ácido na forma de pó ou massa seca até que o acúmulo tenha sido removido. O pó é tão potencialmente pre- judicial quanto o eletrólito e pode se deslocar e ser soprado contra seus olhos e face ou cair sobre qualquer um que estiver trabalhando sob o veículo. Esteja alerta aos riscos com baterias Óculos de segurança ou outros tipos de protetores para os olhos podem proteger contra esta poeira ácida ou eletrólito quando você precisar ficar perto destas substâncias perigo- sas. Um curto entre placas pode eventualmente causar vaza- mentos de ácido e vazamentos de hidrogênio que encurtam sua vida e que possam ser perigosos para qualquer um que esteja trabalhando perto de uma bateria defeituosa. O recarregamento da bateria provoca o acúmulo de hidro- gênio que é altamente inflamável. Assim faça o recarregamento ao ar livre ou numa área bem ventilada, com as tampas da bateria removidas. Primeiro, ligue os conectores tipo jacaré do carrega- dor nos terminais da bateria e ligue depois o carregador na toma- da de alimentação. Qualquer fonte de centelhas durante ou imediatamente após o recarga pode causar uma explosão. Fique atento, espe- cialmente em relação ao centelhamento quando se tentar jumpear uma bateria descarregada. Estas pontes (jumpers) podem provocar um arco voltaico e centelhas que podem in- flamar o hidrogênio. Sempre que tentar dar partida num veículo usando fios pon- tes, siga os seguintes passos: SE O CARRO COM PROBLEMA TIVER UM TERRA NEGA- TIVO: Ligue uma extremidade do cabo ponte ao pólo positivo da bateria descarregada; Ligue a outra extremidade deste mesmo cabo ao pólo posi- tivo da bateria boa; Ligue uma extremidade do outro cabo ao pólo negativo da bateria boa; Ligue a outra extremidade do mesmo cabo ao chassi com problema. NUNCA LIGUE CABOS PONTES DOS TERMINAIS POSITIVOS AOS TER- MINAIS NEGATIVOS. Ao fazer isto, os componentes elétricos serão queimados se for feita uma tentativa de dar partida no veícu- lo. 10 Nunca ligue os terminais da bateria com cabos pontes enquanto o motor estiver funcionando. A colocação dos ter- minais em curto pode criar centelhas que podem inflamar o hidrogênio criado pelo carregamento. Finalmente, nunca verifique uma bateria colocando-a em curto com uma chave de fendas ou qualquer metal. As cente- lhas podem inflamar o hidrogênio na bateria. 10 b Nosso trabalho exige que utilizemos vários ti- pos de escadas. Se elas não forem usadas corretamente, tornam-se perigosas e podem causar acidentes sérios e até fatais. Por serem instrumentos de trabalho comuns, os riscos associados a elas normalmente não são levados muito em conta. Para eliminar estes riscos e reduzir os acidentes, recomenda- mos as seguintes práticas: 1. Use sempre a escada certa para o trabalho. Não improvise usando uma escada muito longa ou muito curta. 2. Inspecione todas as escadas periodicamente quanto à ferru- gem, trincas, partes quebradas e corrimão enfraquecido. 3. Mantenha todas as escadas com a ferragem bem firme e verifique quanto a empenamento ou peças quebradas. 4. Quando possível, providencie um local de armazenamento adequado para as escadas. Considere os fatores: calor, umi- dade e possíveis danos por ferramentas e máquinas. 5. Remova as lascas que aparecerem. Lixe estas áreas e pinte novamente. 6. Rotule as escadas identificando o comprimento e o local onde elas devem ser guardadas ou usadas. Práticas de segurança na utilização de escadas 7. Mantenha todos os cabos que forem usados com escadas em boas condições. 8. Providencie apoio suficiente para manter as escadas presas quando transportadas em veículos. Prenda-as numa posi- ção que minimize os efeitos dos choques nas estradas. 9. Mantenha as escadas livres de graxa. 10. Posicione-as corretamente. Mantenha um quarto do com- primento da escada afastado do pé da parede. 11. Quando em uso, amarre a parte superior da escada ou mantenha-a no lugar, com a ajuda de alguém segurando na base. 12. Nunca use escadas de metal para trabalhos em circuitos elétricos. Essas escadas podem ser energizadas. 13. Coloque sinais de alerta ou barricadas, nas bases das esca- das quando estiverem sendo usadas em áreas de trabalho intenso, locais públicos ou onde possam atrapalhar as pes- soas, movendo máquinas e equipamentos. 14. Remova do serviço todas as escadas defeituosas, até que tenham sido reparadas ou substituídas. 11 Quando for usar andaimes, siga as seguintes dicas: Antes de usar, inspecione o andaime no qual você vai trabalhar. Se você precisar subir escadas para alcançar o andaime, pres- te atenção nos degraus. Observe todas as regras de segu- rança relativas a andaimes. Segure nos corrimãos da escada quando subir e descer da plataforma de trabalho do andaime e não transporte materi- al ao subir ou descer a escada. Mantenha o andaime livre de material não usado ou desne- cessário que possa causar um tropeção ou um acidente por queda. Certifique-se de que os corrimãos e as chapas de piso este- jam presas. Verifique se os pranchões do andaime não se projetam mais de 15 cm além das barras transversais. Se forem muito lar- gos, eles podem inclinar. Nunca pule de um andaime ao chão. Nunca fique num andaime enquanto ele estiver sendo movi- mentado. Certifique-se de aplicar os freios e calçar os roletes nos an- daimes móveis antes subir neles para trabalhar. Para eliminar os riscos de queda de objetos, siga as seguintes regras: 1. Observe as boas regras de arrumação e ordenação nas pla- taformas do andaime. 2. Certifique-se de que as tábuas estejam no lugar para evitar que o material possa ser chutado. Pense em segurança quando usar andaimes 3. Não deixe ferramentas ou material solto na plataforma do andaime. Limpe a plataforma ao final de cada turno de tra- balho. 4. Se alguém estiver trabalhando acima de você, certifique-se de que hajaproteção acima da sua cabeça - use capacete de segurança. 5. Nunca arremesse uma ferramenta ou outro objeto para uma outra pessoa. 6. Sempre passe o material que deve ser entregue de pessoa a pessoa; se os materiais ou as ferramentas forem levantados ou abaixados, use uma corda com um cesto ou sacola de lona. 7. Certifique-se de que uma pessoa ao nível do solo, que está içando uma carga com a corda manual, ou que esteja abai- xando uma carga de uma plataforma do andaime, permane- ça afastada para o caso de a corda romper e deixar a carga cair. 8. Se estiver sendo feito algum trabalho de demolição ou de alvenaria, coloque uma tela de arame no espaço entre a pla- taforma e o corrimão superior. 9. Certifique-se de usar as plataformas presas. 10. Mantenha à disposição uma boa escada. 11. Certifique-se de que a plataforma possua proteção lateral e chapas de piso. 12. Desça sempre que movimentar o andaime. 13. Certifique-se de que nada possa cair. Se mantivermos estes pontos em mente, estaremos razoavel- mente certos de que não haverá acidentes envolvendo a utili- zação do andaime. 12 Não opere máquinas operatrizes a menos que você seja qualificado e autorizado para operá-las. Não remova proteções nem as torne inúteis. Use proteção para os olhos, para a cabeça e outros dispo- sitivos de proteção (onde houver uma probabilidade razoá- vel de que sejam evitados ferimentos por eles) quando tra- balhando com ou perto de máquinas ou ferramentas elétri- cas. Use vestuário na sua medida exata. Não use anéis, jóias frouxas, luvas largas, vestuário folga- do, gravatas e cabelos excessivamente longos quando esti- ver trabalhando com máquinas operatrizes. Use a ferramenta correta e adequadamente presa para tra- balhar em furações, modelagem, etc. Não limpe ou lubrifique máquinas enquanto em movimento. Não pare as máquinas colocando as mãos em correias ou outras peças móveis. Segurança com máquinas operatrizes em oficinas Inspecione todas as ferramentas regularmente para ver se estão em boas condições. Limpe moldes metálicos e outras partículas metálicas das máquinas diariamente (ou conforme necessário, se a máqui- na não for usada muito freqüentemente). Aplique meios para manter o piso da oficina seco. Antes de montar uma pedra de esmeril numa lixadeira, tes- te sua circularidade. Mantenha o apoio da ferramenta a 3 mm da pedra de esmeril em bancadas e em pedestais e a proteção a 6 mm. 01 Os homens de antigamente afiavam suas ferra- mentas e armas, roçando-as contra uma pedra. O ho- mem moderno usa o mesmo princípio para afiar ferramen- tas na indústria. O esmeril é uma das ferramentas mais comuns e úteis que temos. Sem o esmeril, nossos altos níveis de eficiência industrial e de produção nunca seriam possíveis. Como todos os melhoramentos modernos dos antigos processos, o esmeril elétrico de hoje não é só uma bênção. Caso práticas seguras não sejam seguidas, e salvaguardas apro- priadas não sejam adotadas, podem ocorrer muitos ferimentos graves. Trabalhadores qualificados, como os fabricantes de fer- ramentas e operadores de esmeril sofrem o maior número de ferimentos causados por esmeril. Estes ferimentos são os mais severos dentre a maioria. É claro que os cuidados sensatos não estão sendo segui- dos, porque a maioria destes ferimentos não precisaria acon- tecer. Um estudo sobre ferimentos provocados por esmeril re- velou dois fatos altamente significativos: oito em dez ferimentos ocorrem no ponto de operação ou próximo dele e cinco em dez ferimentos atingem os olhos. O fato de a metade de todos os ferimentos com esmeril ser nos olhos enfatiza o quão importante é usar proteções ade- quadas para os olhos. A falha em usar óculos de segurança pode ser desastrosa. Uma partícula arremessada pode cegar um olho desprotegido. Óculos mal usados e a utilização de óculos errados re- presentam outros fatores importantes nos ferimentos provo- cados por esmeril. Assim sendo, os óculos de segurança de- vem encaixar bem e devem ser do tipo certo para o trabalho em questão. Porém, o mais importante: eles devem ser usados. Eles não poderão salvar seus olhos se estiverem no armário ou no bolso. A maioria dos esmeris são projetados para ficarem presos entre flanges. Não opere um esmeril que não esteja montado em flanges apropriados e adequados. Coloque faces de material compressivo entre o esmeril e seu flange. Esmeril Não use esmeril defeituoso. O esmeril que foi desativado nunca deve ser usado novamente para esmerilhar qualquer coisa. Antes de montar o esmeril, inspecione-o cuidadosamen- te quanto a trincas ou marcas que indiquem danos. Além dis- to, faça o teste de circularidade. Teste a pedra tocando-a gen- tilmente com um martelo de madeira ou cabo de uma chave de fenda. Se a roda não estiver com defeito, um círculo perfei- to será traçado. Salvaguardas apropriadas fazem parte das operações se- guras de esmerilhamento. As práticas seguras representam a outra parte. Se umas poucas práticas seguras forem totalmen- te observadas, os ferimentos por esmeril serão poucos e mui- to menos severos. Antes de iniciar, verifique a pedra quanto a flanges trin- cados ou quebrados. Certifique-se também de que a pedra não está trincada ou quebrada. Verifique se a pedra é do tamanho correto, assim como suas especificações para o trabalho a ser feito. Pedras excêntricas ou desbalanceadas são altamente pe- rigosas. Um grande esforço é imposto se uma lateral da pedra estiver mais desgastada do que a outra ou se a pedra estiver montada fora de centro. Nestas condições, a pedra pode ex- plodir em pedaços. Apoio de trabalho (ou ferramentas) mal ajustadas cau- sam muitos acidentes e ferimentos. Os apoios de trabalho de- vem ser mantidos firmemente ancorados no lugar, não a mais do que 3 mm da pedra. Quando a pedra estiver perigosamente desgastada, os apoios de trabalho devem ser reparados ou substituídos. Pedras com velocidade excessivamente altas represen- tam outra das principais causas de ferimentos. Uma pedra de esmeril não deve ser operada acima da velocidade recomen- dada pelo fabricante. Conheça o limite seguro de velocidade da pedra que você utiliza. Acima de tudo, não monte uma pedra que você usa em outra máquina que possa exceder o limite se- guro de velocidade para a pedra em questão. 02 Executando o trabalho de uma maneira segura, você pode proteger seus dedos e suas mãos contra a pedra. Segure a peça de trabalho firmemente, não muito perto da pedra. Use o apoio de trabalho sempre que possível. Não trabalhe com a peça muito perto da borda da pedra. Não force a peça de tra- balho contra uma pedra ainda fria; aplique o trabalho gradual- mente para aquecer a pedra. Não saia e deixe o esmeril sozi- nho enquanto a pedra estiver em movimento. Lembre-se de seguir estas recomendações. Com isto você evitará um ferimento. 02 b Você já parou para pensar quantas maneiras di- ferentes existem para alguém se machucar no trabalho? As estatísticas de ferimentos indicam que existem pelo menos 20 maneiras diferentes para ser ferido enquanto se tra- balha com prensas. Pelo menos, este é o número de categorias registradas para 651 acidentes com prensas durante um ano em apenas um estado. Os principais tipos de ferimentos são as amputações, lacerações e esmagamentos. As principais categorias são “prensamento de partes do corpo” e “falta de proteção”. Mas, em vez de considerarmos as muitas formas diferen- tes de nos ferirmos, discutiremos as muitas formas que temos para não nos ferir. Em outras palavras, vejamos os cuidados de segurança com os quais todos devem estar familiarizados. Existem várias regras básicas de segurança que se apli- cam a todo trabalho. O trabalho de operador de prensa de puncionamento não é exceção à regra. Só para começar, nunca opere uma prensa que não esteja equipada com as proteções adequadas, ou com dispositivos de segurança. Não ajuste ou remova as proteções e os dispositivos de segurança, ou faça reparos em sua prensa sem a autorização de seu supervisor.Relate todo barulho incomum ou peças sol- tas em sua prensa. Estas regras são valiosas, não apenas porque enfatizam a segurança mas também porque reforçam a importância de manter seu supervisor informado sobre tudo que está relacio- nado com seu trabalho. A prontidão mental é importante em qualquer trabalho, particularmente se este trabalho precisar ser feito com segu- rança. Assim sendo, dê plena atenção a seu trabalho e não se distraia enquanto estiver trabalhando. A evidência da necessidade de manter uma comunicação estreita com seu supervisor é vista nas seguintes medidas de segurança: não use luvas enquanto estiver operando uma pren- sa, a menos que seja absolutamente necessário e apenas após obter a permissão de seu supervisor. Diga a seu supervisor se os controles estão agarrando ou se estão frouxos, ou se atuam quando movimentam uma quantidade menor do que a especificada pelo fabricante. Segurança com prensas de punção A organização segura do local de trabalho é um outro principio básico importante para todas as tarefas. Mantenha as ferramentas e outros materiais afastados de sua prensa e mantenha a área de trabalho limpa e livre de objetos que pos- sam provocar uma queda. Além disto avise ao seu supervisor se sua área de trabalho ou ponto de operação estiver mal ilu- minado. Alguns outros pontos que devem ser lembrados: veja se sua prensa está lubrificada e se suas peças estão em boas con- dições de trabalho. Se você usar uma ferramenta, verifique-a regularmente para certificar-se de que esteja firme no lugar e que não vai inclinar inesperadamente. Resumindo tudo, fique alerta no trabalho e não tente ajus- tar ou reparar uma prensa sem a permissão de seu supervisor. Muitos ferimentos sérios são provocados por disfunções me- cânicas. Assim sendo, é importante ter uma pessoa competen- te fazendo a manutenção da prensa. Esta é uma grande lista de cuidados, mas não significa muito em si mesma. Porém, junte a ela a sabedoria e o bom senso de um bom operador de prensa. Com isto você obterá segurança. 03 Use apenas ferramentas adequadamente afiadas. Verifique se soquetes e encaixes estão em boas condi- ções. Prenda a peça de trabalho no apoio e fixe-o na mesa da prensa. Nenhum trabalho deve ser feito segurando a peça manual- mente enquanto perfura. Não aperte a morsa ou braçadeira enquanto a máquina esti- ver em movimento ou quando a máquina estiver sendo lubrificada ou ajustada. Use um capacete justo para manter o cabelo afastado das peças móveis. Não use roupas folgadas ou jóias - elas podem ser presas por peças rotativas. Não use luvas, gravatas, camisas ou blusões abertos. Use óculos de segurança que impedirão lascas ou outras partículas voadoras de atingir seus olhos. Use também cal- çados de segurança. Segurança com prensa/furadeira para metal Remova as partículas metálicas da mesa e da área de trabalho com uma escova ou instrumento apropriado. Não use ar com- primido ou as mãos para fazer este tipo de trabalho. Não opere furadeiras com velocidades maiores do que as especificações do fabricante para os materiais que estive- rem sendo furados. Mantenha a mesa livre de ferramentas e de outros itens sol- tos. Mantenha o piso em volta da prensa livre de objetos que possam causar tropeções. Antes de começar a trabalhar com a máquina, certifique-se de que a peça de trabalho esteja firmemente presa; de que as brocas, soquetes e encaixes estejam em boas condições e se estão firmes no lugar. Verifique se a máquina foi lubrificada apropriadamente e se todas as condições estão corretas para utilização segura e se as chaves de trava foram removidas. Antes de deixar a máquina, desligue-a e certifique-se de que ela tenha parado. Relate qualquer condição insegura imediatamente. 04 Reserve um tempo para verificar suas ferramen- tas manuais e elétricas antes de utilizá-las. Se suas fer- ramentas estiverem gastas ou precisarem de reparos, elas poderão ferí-lo. Certifique-se de que estejam limpas e de que as ferra- mentas de corte estejam afiadas. Um corte cego pode fazer a ferramenta escapar de posi- ção. Use a ferramenta certa para o trabalho. Saiba a finalida- de de cada ferramenta e use-a da maneira correta. Não use chave de fenda como alavanca ou ferramenta de bater. A utilização incorreta de uma ferramenta pode quebrá-la ou causar um ferimento. Use a ferramenta como ela foi projetada para ser usada. Corte no sentido contrário a você, não em sua direção. Se uma ferramenta possuir dois cabos, use ambos. Quando usar uma chave ajustável, puxe o cabo em vez de empurrá-lo. Se você não estiver certo sobre como usar a ferramenta, não adi- vinhe - verifique o manual de utilização. Não trabalhe com impaciência. Prenda os materiais numa bancada ou num torno e mantenha as mão, cabelos e vestuá- rio afastados de peças móveis. Não teste a fiação da ferra- menta com os dedos. Dicas sobre ferramentas Use a roupa apropriada para o trabalho que estiver fa- zendo. Se estiver serrando, lixando ou martelando, use óculos de segurança para proteger os olhos. Se estiver usando uma serra elétrica, Use uma máscara contra pó para evitar a inala- ção de poeira. Se você estiver trabalhando num espaço pequeno com uma ferramenta elétrica barulhenta, use proteção para os ou- vidos. Se você estiver usando equipamento pesado, use sapa- tos apropriados. Não use braceletes, gravatas ou vestuário folgado, quando estiver usando ferramentas elétricas, pneu- máticas ou hidráulicas. Quando estiver com o trabalho concluído, limpe as fer- ramentas. Transporte-as com as bordas cortantes apontadas para baixo. Providencie um lugar para guardar cada ferramenta. Não deixe uma ferramenta fora do lugar porque você está planejando usá-la novamente no dia seguinte. Tomando cui- dado com suas ferramentas manuais ou motorizadas e saben- do como usá-las, você pode eliminar os riscos e se proteger contra ferimentos. 05 Por que inspecionar ferramentas e equipamentos? Os pequenos e grandes acidentes geralmente acontecem da mesma maneira. Os eventos que acabam em acidentes são os mesmos, porém os resultados são bas- tante diferentes. Suponhamos, por exemplo, que um martelo esteja frou- xo no cabo. Um dia um trabalhador tenta usá-lo, batendo em um objeto em cima da bancada. A cabeça do martelo salta longe, batendo em uma parede de concreto, caindo ao chão, não ferindo ninguém e não causando qualquer dano à propri- edade. Porém, em outra ocasião, quando a cabeça do martelo sai do cabo, ela vai de encontro a uma outra pessoa que esta- va passando par perto, ferindo-a seriamente. As circunstânci- as foram inicialmente as mesmas em ambos os casos, mas os resultados foram diferentes. O que é desagradável nesta história é que nunca sabemos quando a cabeça frouxa vai sair do cabo e ferir alguém. As- sim, a importância da inspeção regular de ferramentas e equi- pamentos se toma evidente. Uma inspeção regular significa que você verificou uma ferramenta ou um equipamento antes de usá-lo. A inspeção de ferramentas é uma parte programada de cada tarefa. É tão indispensável para o trabalho a ser feito quanto a sua habilidade e qualificação para executá-lo. A veri- ficação se as ferramentas e equipamentos estão em ordem é o primeiro passo não apenas para uma operação segura, mas também para uma operação eficiente. Quantas vezes você ouviu alguém dizer que um melhor trabalho poderia ter sido feito se ferramentas e equipamentos melhores fossem disponíveis? Ou se as ferramentas e equipa- mentos estivessem em melhores condições? Talvez um formão mais afiado tivesse facilitado o encai- xe de uma trava numa porta ou talvez uma gota de óleo num mancal pudesse ter evitado uma perda de produção dispendiosa quando o maquinário teve que ser parado. Talvez os produtos não tivessem sido danificados e o guindaste não tivesse apre- sentado falha - se tivessem sido inspecionados e reparados antes. Naturalmente, todos esses exemplos estão relacionados com coisas materiais. Eles aumentam a falta de eficiência, di- minuem os padrões de produção eaumentam o custo. Um novo mancal, mais umas poucas outras peças de re- posição colocarão o maquinário de volta ao trabalho. Os pro- dutos danificados podem ser jogados fora e novos devem ser produzidos. Mas quando falamos sobre uma pessoa que foi ferida por causa de uma destas falhas, o quadro muda rapidamente. Nada é mais importante em nossa operação do que evitar que al- guém saia ferido. A perda de um olho, de um braço, de uma perna ou de uma vida é exatamente isto - uma perda. Não há peça de reposição que devolva a condição normal. Um homem forte e saudável passou anos de sua vida explicando como perdeu um olho devido a sua falta de cuida- do. Não foi apenas porque não estava usando óculos de segu- rança - seu formão estava sem corte também. Seu acidente foi como a maioria dos acidentes - poderia ter sido evitado, se ele tivesse apenas inspecionado a ferra- menta antes de usá-la e se tivesse pensado em usar os óculos ou proteção facial antes de iniciar o trabalho. A eliminação dos “se” é chave para a prevenção de aci- dentes. A responsabilidade por isto cabe a cada indivíduo. A manutenção de ferramentas e do equipamento pode até não ser de sua responsabilidade pessoal, mas a responsabilidade por inspecioná-la é sua. A inspeção é apenas o primeiro passo para evitar os aci- dentes e ferimentos causados por equipamento ou ferramenta defeituosa. A verificação de uma ferramenta antes de usá-la deve ser tão rotineira quanto se vestir para o trabalho logo que acorda. É um hábito - um hábito SEGURO! 06 Depois do martelo, a chave de fenda é prova- velmente a ferramenta que mais sofre abusos. As chaves de fenda são encontradas numa ampla variedade de formas, tamanhos e materiais. Porém, todas se destinam a um único uso: apertar e soltar parafusos. Infelizmente, a chave de fenda é usada como alavanca, como formão, raspador e até para misturar tinta! Porém, o abuso mais comum é a utilização da chave de fenda de tamanho errado para o parafuso. Você não usaria um par de sapatos que fosse muito pequeno ou muito grande para seus pés. Caso contrário, você estaria abusando dos seus pés. Pela mesma razão, você não deve usar uma chave de fenda que seja muito pequena ou muito grande para o parafuso com o qual está trabalhando. Use a chave de fenda certa. O abuso da chave de fenda e do parafuso ocorre mais freqüentemente porque a pessoa não tem a chave correta em mãos para exe- cutar um trabalho em particular. Tenha estes pontos em mente quando usar uma chave de fenda: sempre combine o tamanho da chave com o trabalho a ser feito e sempre combine o tipo de chave com o tipo de cabeça do parafuso. Selecione uma chave com uma lâmina grossa o suficiente para se encaixar corretamente no rasgo do parafuso. Isto reduz a força necessária para manter a chave de fenda no lugar e a possibilidade de danificar a ponta da lâmina ou o rasgo. A mai- oria das pontas de lâmina são chanfradas, o que permite usar a chave para mais de um tipo de parafuso. Porém, a chave de lâmina com as faces em paralelo se fixará mais firmemente do que a chave com lâmina chanfrada. As lâminas chanfradas têm a tendência de sair do rasgo sempre que uma quantidade signifi- cativa de força de torção é aplicada. Quando for absolutamente necessária uma força extra de torção, uma chave de boca mas nunca um alicate, pode ser usada para ajudar. As chaves de fenda para trabalho pesado, com ponta quadrada, são disponíveis para este fim. Via de regra, quanto maior for uma chave de fenda, maior será o diâmetro do cabo; quanto maior for o diâmetro do cabo, maior será a força de tor- ção. Para apertar um parafuso com segurança, primeiro faça um furo piloto na superfície do material que você for prender. Esta recomendação é especialmente importante quando se aplica parafuso em madeira dura ou quando o parafuso está próximo da borda da tábua. Os furos pilotos podem ser feitos em madeiras macias e em algumas madeiras duras. Entretan- Chaves de fenda - a ferramenta mais sujeita a abusos to, se você estiver colocando um parafuso n.º 6, ou maior, é melhor fazer um furo completo ou usar um iniciador. Faça sempre furos pilotos se os parafusos forem aplicados em madeiras duras e densas. Para parafusos de cabeça plana, o furo piloto deve ter um rebaixo, de forma que a cabeça do para- fuso não se projete acima da superfície da madeira. Depois que o parafuso estiver quase totalmente inserido, é seguro usar as duas mãos com uma força de torção extra para assentar o parafuso. Isto permitirá uma pressão adicional para baixo, conseqüentemente assegurando que a ponta da chave fique firmemente assentada no rasgo do parafuso. Se o parafuso for de cabeça chata, certifique-se de que o furo pilo- to tenha um recesso no topo e de que a ponta da chave de fenda seja estreita o bastante para evitar tocar a madeira. Um dos aspectos de segurança mais importantes de qual- quer trabalho que envolva a utilização de ferramentas manu- ais é a utilização de equipamento de proteção individual apro- priado. Para trabalhos que requeiram chaves de fenda, o EPI apropriado deve sempre incluir proteção para os olhos, assim como luvas para evitar ferimentos nas mão. Algumas regras básicas de segurança que você conhecer de- vem incluir sempre o seguinte: Certifique-se de que a ponta da chave de fenda se encaixa no rasgo do parafuso, nem frouxa e nem muito apertada. Não use uma chave de fenda como punção ou formão. (Quando você estiver verificando se um poste de rede elé- trica está podre, uma chave de fenda pode ser usada para sondar a área abaixo do solo). Não use uma chave de fenda (ou qualquer outra ferramen- ta) próximo dos condutores energizados, a menos que a ferramenta seja projetada e aprovada para esta finalidade. Não exponha uma chave de fenda a calor excessivo. Use uma lima para acertar a ponta de uma chave desgastada. Jogue fora uma chave excessivamente desgastada ou quebrada. 07 O martelo, provavelmente, é a primeira ferra- menta que todos nós aprendemos a usar. Porém, infelizmente, isto não foi o suficiente para nos tornar especialistas na utilização de martelos com segurança. Existem muitas piadas a respeito de marteladas no pole- gar. Polegares atingidos ainda representam os ferimentos mais comuns provocados pela utilização de martelos e, provavel- mente seja o único que preocupa algumas pessoas. Na reali- dade, existem muitas outras formas de se ferir com um marte- lo. Um sujeito que esteja trabalhando numa garagem baten- do na lataria de um automóvel com martelo pode ter seu olho atingido par uma lasca de metal enferrujado, deixando-o de molho em casa durante três semanas. Há um episódio em que um trabalhador de construção civil sofreu uma fratura, quando martelou sua mão, que esta- va sobre um objeto perto do prego que eles estava pregando. Um empregado de uma indústria atingiu acidentalmente a manete de uma máquina próxima. Um pedaço de metal se soltou, atingindo-o no olho. Estes dois acidentes poderiam ter sido evitados se os fe- ridos estivessem usando alguma proteção para os olhos. Em todos os três casos citados, um pouco de consciência em rela- ção à segurança teria tido um grande papel na prevenção dos ferimentos. Realmente, você pode tomar vários cuidados de segu- rança. Você pode verificar o martelo antes de usá-lo. Verifi- que o cabo quanto a trincas ou defeitos e certifique-se de que esteja firmemente preso à cabeça metálica. Use sempre o tipo de martelo certo para o trabalho que está fazendo. O uso de martelos errados danificará os materiais e pode causar ferimento. O uso de proteção para os olhos representa uma outra prática de segurança. Use-a quando estiver usando o martelo para bater em um formão ou em qualquer outro objeto metá- lico, ou sempre que houver uma chance de voarem lascas. Segure sempre o martelo firmemente, perto da extremi- dade do cabo. Quando você segura um martelo perto da cabe- ça, fica difícil segurar a cabeça na vertical. Certifique-se de que a face do martelo esteja em paralelo com a superfície a ser martelada. Istoevitará danos nas bordas da cabeça do martelo e também diminuirá a chance de o marte- lo escapar ou danificar a superfície de trabalho. Use os martelos com segurança O trabalho de martelar requer prática e bom senso. Po- rém, em geral para martelar em material de fácil penetração, mova seu braço para trás apenas o suficiente para alcançar a força correta. Naturalmente, para uma pancada forte, mova seu braço bem para trás. Em seguida, mova o braço para fren- te com um movimento rápido e firme. Estas recomendações parecem elementares. São realmen- te. São elementares, mas não é fácil alcançar a maestria neste movimento. Entretanto, a utilização correta de um martelo não é o único elemento de segurança envolvido. Cuidado e manuten- ção são igualmente importantes. Mantenha a face do martelo limpa. Acerte as bordas da cabeça do martelo regularmente para remover bordas salien- tes. Não esmerilhe a face, a menos que seja absolutamente necessário. O esmerilhamento pode afetar as características de dureza do metal da cabeça. A cabeça do metal deve estar sempre bem presa ao cabo. Se as cunhas se aprestarem frouxas, posicione-as novamente no lugar. Se forem perdidas, substitua-as imediatamente. Não use parafusos ou pregos nas cunhas, porque elas podem sair ou partir o cabo. Mantenha as garras de martelos afiadas o bastante para agarrar as cabeças de pregos firmemente. Não use as garras como formão e nem como alavancas. Como todas as ferramentas manuais, os martelos devem ser bem protegidos quando não estiverem sendo usados. Man- tenha-os em caixas de ferramentas ou em prateleiras. Um martelo deixado no chão pode ser danificado e pode fazer alguém tropeçar e cair. Da mesma forma, um martelo deixado numa borda ou bancada pode cair e ferir alguém ou ser danificado. Talvez você nunca tenha percebido a existência de tanta coisa envolvendo a segurança com martelos. Mas, gostaria de acrescentar mais uma coisa. Quando você estiver usando um martelo, lembre-se de se preocupar não ape- nas com sua própria segurança, mas tam- bém com a segurança daqueles que es- tiverem à sua volta. 08 Aterre todas as ferramentas que não possuam duplo isolamento. Se a ferramenta for equipada com um plugue de trás com pinos, encaixe-o numa tomada de trás com entradas. Se estiver usando um adaptador para toma- da de duas entradas, fixe o fio adaptador num terra conhe- cido. Nunca remova o terceiro pino. Mantenha todas as proteções no lugar e em boas condi- ções. Mantenha a área de trabalho limpa. Áreas e bancadas cheias de entulhos são um convite aos acidentes. Evite ambientes perigosos. Não use ferramentas elétricas em locais úmidos ou molhados. Mantenha as áreas bem ilu- minadas. Mantenha crianças afastadas. Todos os visitantes devem ser mantidos a uma distância segura da área de trabalho. Não force a ferramenta! Ela fará melhor o trabalho e de maneira mais segura se for usada sob as condições para as quais foi projetada. Não separe as pernas do cabo elétrico. Se, acidentalmente, cortar o cabo ou danificar o isolamento de qualquer manei- ra, não tente repará-lo por sua conta e risco. Entregue-a para substituição e/ou reparos imediatos. Não substitua ca- bos de extensão por sua conta. Quando sair da área de trabalho temporariamente, guarde as ferramentas longe do alcance de crianças. Use o vestuário apropriado - sem jóias ou roupas folgadas. Elas podem agarrar-se em peças móveis. Calçados e luvas de borracha são recomendados quando se trabalha em áre- as abertas. Use óculos de segurança com a maioria das ferramentas. Use também uma máscara contra pó ou de proteção facial, se a operação produzir poeira. Não abuse do cabo. Nunca carregue uma ferramenta segu- rando pelo cabo elétrico, ou desligue da tomada puxando por ele. Mantenha o cabo afastado de fontes de calor, óleo ou bordas cortantes. Prenda seu trabalho. Use garras ou um torno de mesa (morsa). É mais seguro do que usar as mãos, ficando com ambas livres para segurar a ferramenta. Regras de segurança para ferramentas elétricas Não se estique para alcançar o ponto de trabalho. Mante- nha-se bem equilibrado durante todo o tempo. Desligue a ferramenta quando não estiver usando-a, antes da manutenção, e quando trocar acessórios como lâminas, brocas ou cortadores. Remova as chaves e chavetas de ajuste. Forme o hábito de verificar se as chavetas e chaves de ajustes foram removi- das da ferramenta antes de ligá-la. Evite partidas acidentais. Não carregue ferramentas conectadas na tomada com o dedo no gatilho. Não repare ou desmonte a ferramenta. Leve-a a uma ofici- na autorizada ou substitua-a. Conheça sua ferramenta elétrica. Aprenda suas aplicações e limitações, assim como os riscos em potencial associados à sua operação. 09 Nunca use ar comprimido para limpeza mes- mo como último recurso. Use uma escova, um pano umedecido ou vapor de água. Se estes métodos não funcio- narem, pergunte a seu supervisor o que fazer, mas não use ar para soprar poeira ou outras partículas. O ar comprimido pode prejudicar mais do que ajudar. Você pode soprar uma pequena área para limpar, mas vai es- palhar a poeira e as partículas para todo lado e, no final, terá uma bagunça muito maior para arrumar. Nunca use o ar comprimido para limpar poeira ou secar suas roupas. Você pode conseguir ou não tirar a poeira, mas há a chance de parte dela ser injetada em sua pele. Sempre que você usar ar comprimido, use proteção para os olhos e as roupas apropriadas exigidas pelo trabalho em questão. Se você já teve que soprar areia de um corte, não perguntará o porque. Antes de você abrir uma válvula para uma mangueira de ar, verifique cuidadosamente se a mangueira está em boas con- dições, livre de cortes e abrasões. Verifique se o gatilho ou válvula de operação na outra extremidade estão fechados. Ar comprimido Verifique a trajetória da mangueira para ver se ela está protegida de possíveis danos e se não representa riscos de tropeções. Certifique-se de que a extremidade da ferramenta pneumática esteja presa, de forma a não se movimentar quan- do o ar comprimido entrar na mangueira. Sempre que você precisar trocar a ferramenta na extre- midade da mangueira, certifique-se de que a válvula esteja fe- chada no lado de suprimento do acoplamento. Aquela válvula pode ficar localizada na mangueira, pouco antes de entrar no acoplamento, ou pode ficar na outra extremidade da mangueira. Indiferentemente de onde ela esteja montada, feche-a. Nunca dobre uma mangueira. Após fechar a válvula, puxe o gatilho ou abra a válvula de operação para aliviar a pressão na linha. Em seguida subs- titua a ferramenta. Nunca use ar comprimido para fazer brincadeiras com colegas. Uma pequena quantidade de ar comprimido pode cegar alguém, estourar seu tímpano ou causar ferimentos doloro- sos. 10 O óleo hidráulico, graxas, tintas, óleo combus- tível, gases e assim por diante, que são pressurizados, são muito úteis em nosso trabalho, mas quando são manuse- ados sem o devido respeito quanto a seus riscos potenciais, esses ajudantes se tornam verdadeiros matadores. Os cilindros com gás comprimido geralmente são reco- nhecidos como recipientes de armazenamento para materiais sob alta pressão e todos nós já lemos a respeito de danos de- vastadores causados por cilindros vazando ou com rupturas. Alguns cuidados para quando trabalhar com eles, são dados a seguir: Trate todos os cilindros como se estivessem cheios. Mantenha-os presos. Não os utilize como bancadas de trabalho. Mantenha todas as tampas e proteções de válvulas no lugar quando manuseá-las ou transportá-las. Aceite somente aqueles cilindros que forem hidrostaticamente testados dentro da periodicidade pré- estabelecida e que não estejam fisicamente danificados ou deteriorados. O óleo hidráulico que movimenta peças móveis de maquinário é a “mula de carga” para a moderna tecnologia, mas é também um inimigo mortal se não for controlado. Todos nós somos capazes de perceber um grande vaza- mento numa rede hidráulica, mas a maioria de nós é incapaz de perceber pequenosvazamentos do tamanho de um furo de agulha. Esses vazamentos são os mais perigosos, quando par- te do nosso corpo ficam expostas muito perto de seus esgui- chos. Riscos dos recipientes ou sistemas pressurizados Nunca use suas mãos para localizar uma suspeita de va- zamento nem as coloque sobre um vazamento. Não procure o vazamento aproximando seu ouvido para ouvir de onde vem o chiado. A pressão do vazamento do líquido pode facilmente perfurar seu tímpano. Outros riscos de pressão menos reconhecíveis à nossa volta vêm de graxeiras pressurizadas, óleo combustível atomizado, latas de aerossol e latas de tinta pressurizadas. As graxeiras, de aparência inocente, podem ser perigosas como uma arma de fogo, porque podem atirar a graxa diretamente para dentro do corpo de alguém, com uma força tremenda. O óleo combustível atomizado, combustível esguichado num “spray” muito fino mas sob grande pressão, pode matar. Qualquer lata de aerossol é perigosa se armazenada num local quente, perfurada, se jogada no fogo ou se jogada fora de maneira inadequada. Certas tintas lançadas em spray sobre o corpo, em quan- tidades suficientes ou sob pressão suficiente, podem causar a morte. Os sistemas ou recipientes pressurizados têm tomado nosso trabalho mais fácil, mas devemos reconhecer o potenci- al que têm para ferir, tomando os cuidados adequados. 11 Um gás está em geral comprimido num recipi- ente quando apresenta uma pressão absoluta de 40 psi a 20 graus centígrados. Os gases comprimidos são armaze- nados em cilindros de paredes metálicas muito grossas, espe- cialmente construídos e testados para este fim. Os gases comprimidos apresentam riscos especiais. Todo cilindro de gás comprimido contém uma grande quantidade de energia. Quando esta energia é aliviada inadequadamente instantaneamente, ela pode causar ferimentos sérios. Os ga- ses, por si mesmos, já são perigosos porque podem causar incêndios, serem tóxicos e corrosivos. Esta é a razão pela qual devemos tratar com respeito todos os gases comprimidos. Nesta condição, eles possuem propriedades únicas que não são comuns aos sólidos e líquidos. Estas propriedades são: 1. Baixo ponto de ebulição que permite uma rápida difusão do gás e rápida elevação de pressão dentro do cilindro. Este baixo ponto de ebulição pode causar queimaduras de frio, quando alguns gases comprimidos entram em contato com tecidos do corpo. 2. Baixo ponto de fulgor - sempre abaixo da temperatura ambi- ente. Isto proporciona uma rápida mistura explosiva de va- por do gás e ar. 3. Pressão. O risco mais comum associado à pressão envolve o vazamento dos gases. Além disto, quando há uma grande elevação de pressão, provocando uma descompressão ex- plosiva na cabeça do cilindro, o cilindro passa a atuar como um míssil desgovernado, que pode causar danos graves e ferimentos sérios as pessoas. 4. Difusividade. A difusão do gás através de uma junta de vedação vazando pode contaminar a atmosfera. Esta con- taminação pode criar uma atmosfera tóxica ou explosiva, ou pode causar asfixia. Estes perigos geralmente não são observados, porque raramente podem ser vistos ou cheira- dos. Sempre que um cilindro de gás for recebido, inspecione-o cuidadosamente para assegurar-se de que esteja em boas condi- ções e de que seu conteúdo esteja indicado corretamente no rótulo. Antes de usá-lo algumas vezes, um rótulo é colocado na superfície do cilindro, ou é fixada à tampa uma etiqueta. A vál- vula do cilindro deve ficar sempre tampada ou protegida. Segurança com gás comprimido Além disto, inspecione os cilindros para determinar se existem ranhuras, arqueamentos ou queimaduras por maçarico, crateras isoladas ou áreas corroídas (particularmente em volta do pescoço do cilindro ou da válvula), ou conjuntos de válvu- las estragadas ou quebradas. Se for observado qualquer defeito, isole o cilindro dos outros que estiverem bons e entre em contato com o fornece- dor solicitando correção dos problemas encontrados. Armazene os cilindros em áreas secas e bem ventiladas. Não guarde substâncias inflamáveis e fontes de ignição na mesma área. Armazene-os na posição vertical, com suas tam- pas no lugar e afastados da luz solar direta, onde possam estar sujeitos à ação do clima. Guarde-os afastados de tráfego e passagens de pedestres e acorrente-os a uma estrutura firme para evitar que caiam. Os gases inflamáveis devem ser arma- zenados separados por pelo menos 6,5 metros. O método pre- ferencial é armazenar diferentes tipos de gases inflamáveis em diferentes locais. O manuseio incorreto de gases comprimidos pode facil- mente causar danos extensivos à propriedade, sérios ferimentos e mesmo a morte de pessoas. Algumas regras comuns, basea- das no bom senso, são apresentadas a seguir: 1. Use sempre um carrinho de mão para transportar gases comprimidos. Acorrente o cilindro ao carrinho. 2. Não transporte os cilindros em veículos fechados. 3. Mantenha os cilindros acorrentados no lugar durante todo o tempo. 4. Não os deixe cair e nem permita que batam uns contra os outros. 5. Mantenha a tampa do cilindro firme no lugar, até que você esteja pronto para usar o gás comprimido. 6. Aterre os cilindros que contêm gases inflamáveis. 7. Use os cilindros somente na posição vertical. 8. Feche todas as válvulas do cilindro quando não estiverem em uso. 9. Use o regulador apropriado para o tipo de gás que está usando. 10. Abra as válvulas cuidadosamente. 11. Quando a pressão no cilindro se aproximar de 30 psi, remova-o do serviço e marque-o 12 com clareza, dizendo que está vazio. 12. Assuma sempre que um cilindro de gás comprimido está cheio e manuseie-o como tal. Alguns dos tipos mais comuns de gases comprimidos que es- tão sendo usados na empresa incluem o oxigênio, o acetileno, o hidrogênio, o nitrogênio, o argônio e o cloro. Cada tipo de gás apresenta vários riscos. Pelo fato de pode- rem ser encontrados em grandes quantidades em várias áreas de trabalho, é importante que todos saibam do potencial que representam. OXIGÊNIO Seu risco principal é o fato de ser altamente reativo com gases inflamáveis e pelo fato de ser essencial no processo de com- bustão. O tamanho mais comum dos cilindros de oxigênio con- tém 244 pés cúbicos de gás a 2200 psi, que é uma pressão consideravelmente maior do que a desenvolvida por um tam- bor de revólver quando disparado (1600 psi). ACETILENO Quando combinado com o oxigênio, o acetileno produz a cha- ma de gás mais quente atualmente conhecida. Ele é altamente inflamável e altamente explosivo. A pressão de trabalho nor- mal do acetileno é de 240 a 250 psi. HIDROGÊNIO O hidrogênio é um gás altamente inflamável. Seu limite de inflamabilidade é de 4% a 74% de vapor na mistura de ar. O tamanho mais comum dos cilindros de hidrogênio contém apro- ximadamente 200 pés cúbicos de gás sob uma pressão de 1800 a 2200 psi. NITROGÊNIO O nitrogênio é um gás não inflamável que constitui 78% de nossa atmosfera. Seu risco principal é o fato de deslocar o oxigênio em áreas fechadas e provocar uma atmosfera defici- ente em oxigênio. O nitrogênio é armazenado em cilindros que contêm 225 pés cúbicos de gás sob uma pressão de 2200 psi. ARGÔNIO O argônio é um gás inerte, não inflamável, comumente usado em soldagem ou laboratórios. Seu risco principal está no fato de que também desloca o oxigênio em áreas fechadas ou con- finadas, causando uma atmosfera deficiente em oxigênio. CLORO O cloro não é inflamável, mas ajuda no processo de combus- tão. Ele forma um composto explosivo quando é combinado com muitos dos líquidos inflamáveis ou com vários produtos químicos (como o acetileno, a terembentina, o gás de amônia, o hidrogênio e com metais de granulometria muito baixa). O cloro é extremamente tóxico. Irrita a mucosa e as membranas do sistema respiratório. Este gás tem uma cor amarelo- esverdeada, com um odor forte que lembra a amônia. O cloro pode ser facilmente detectado pelo cheiro quando atinge 3,5 p.p.m. na atmosfera. 12 b As ferramentas manuais são os equipamentos mais simples e servem como extensãoda mão do ho- mem, para lhe facilitar as tarefas, diminuindo a força em- pregada por ele, aumentando o rendimento dos serviços e pro- tegendo-o dos riscos de acidentes. Sendo uma extensão da mão e usados para facilitar os tra- balhos, atualmente o seu uso é quase imprescindível. Encontra- mos ferramentas manuais sendo usadas em todos os lugares, des- de as oficinas, fábricas, até o lar, para pequenos consertos e algu- mas tarefas simples. Essa amplificação do seu uso, fez com que elas fossem responsáveis por muitos acidentes de todas as espé- cies e alguns até com graves conseqüências, dependendo, é lógi- co, do tipo de ferramentas. De um modo geral, as ferramentas manuais não causam muitos acidentes graves, o índice de gravidade das lesões é muito baixo. Por essa razão, muitas gerências tendem a não tomar conhecimento do cuidado, controle e uso dessas ferra- mentas. Exceto quando: a) OLHOS – toda lesão ocular deve ser considerada como potencialmente muito grave e requer imediata e competente ação; b) INFECÇÕES – em virtude de numerosos pequenos cortes, bolhas, abrasões, machucaduras e perturbações, as infecções são muito comuns, decorrentes do descaso em tratar essas pequenas lesões. Ferramentas manuais Mas, a freqüência desses acidentes é grande. O índice de freqüência de lesões incapacitantes é elevado em virtude do mau emprego das ferramentas e outras causas que devemos observar: Ferramentas defeituosas; Ferramentas inadequadas para o serviço; Método incorreto; Má conservação das ferramentas; Improvisação de ferramentas; Conduzir ferramentas no bolso; Jogar ferramentas para outro colega. MEDIDAS PREVENTIVAS Verifique freqüentemente as condições das ferramentas so- licitando a reparação ou condenação; Para trabalhos em altura, use cinto porta-ferramentas, fi- cando com as mãos livres, tanto na escada, como para rea- lização do serviço; Faça uma rápida análise do seu posicionamento para que em caso de escapar a ferramenta, você não venha sofrer queda; Não deixe ferramentas em posição perigosa, ou no cami- nho onde possa provocar pulos, escorregões, quedas, etc. Evite deixar em bancadas, mesas, máquinas, onde possa pro- vocar acidentes. 13 Os equipamentos de ar comprimido, foram de- senvolvidos para injetar ar em algum recipiente ou em algum outro equipamento. Mas, com o uso corriqueiro, passou-se a usar o equipamento de ar comprimido para a lim- peza de roupas ou a limpeza de máquinas, bancadas ou ainda a secagem de peças. A princípio, o ar comprimido parece bastante inofensivo e suficiente para não darmos muita atenção às normas para utilização. O ar comprimido pode ocasionar um corte na mão do empregado (se não estiver usando luvas). Outras vezes, um empregado poderá estar usando o ar comprimido para limpar uma máquina que possua uma série de partículas como: lascas de madeira, poeiras, etc. Dessa forma, estas partículas poderão ser projetadas na vista do empregado ou ainda de um compa- nheiro que se encontra próximo (caso não estiverem utilizando óculos, poderá causar um acidente). Outras vezes, a máquina que está sendo limpa, possui uma mistura combustível, seja ela gasosa ou líquida. A atua- ção do ar comprimido, a sua fricção contra as paredes dessa máquina e o conseqüente espalhamento do combustível, po- dem gerar aquecimento ou eletricidade estática, o que poderá resultar em fogo e explosão. A utilização inadequada de quipamentos de ar comprimido Em outras ocasiões, temos o indivíduo que costuma lim- par a roupa com ar comprimido. Este procedimento poderá fazer com que algumas partículas que estejam em sua roupa venham a se alojar em sua vista ou ainda, tais partículas serão lançadas em suspensão, facilitando a inalação por parte do trabalhador, ou ainda, a ação do ar comprimido contra a pele poderá abrir uma fenda, a qual além de ser uma via de pene- tração do agente tóxico existente no local, é também uma via de infecção. O agente tóxico poderá também introduzir-se na corrente sangüínea e provocar a morte. As brincadeiras deverão ser evitadas a todo custo. Deve- mos lembrar que um simples jato de ar nos olhos de um com- panheiro desprevenido pode ser o suficiente para cegá-lo de forma irremediável. Uma mangueira de ar próxima ao ouvido de um companheiro de trabalho, não só lhe dará um grande susto, capaz de fazê-lo se machucar com a máquina, equipa- mento, ferramenta em que está trabalhando, como também poderá romper-lhe os tímpanos. Tudo isso pode acontecer com você que está usando ar comprimido, portanto além dos cuidados, não o utilize de for- ma inadequada. É necessário utilizar as luvas para proteção das mãos, os óculos de segurança, evitando que a visão possa ser perturbada e o protetor auricular para que a audição não seja exposta ao alto nível de ruído dos mesmos. 14 O Brasil é responsável por 10% de todos as mortes ocorridas no mundo inteiro por acidentes auto- mobilísticos. Os acidentes no Brasil custam, sem considerar o aspecto humano, as quantias fabulosas de US$ 2 bilhões em perdas materiais e outros 2 bilhões em perdas sociais. Muitas pessoas acham que um cinto de segurança preso poderia retardar uma tentativa de escapar de um veículo em chamas ou submerso. Nada melhor do que a verdade. Em primeiro lugar, me- nos de meio por cento das colisões com vítimas envolvem incêndio ou submersão! Em tais acidentes, sua primeira preo- cupação deve ser ficar consciente para escapar. Um cinto de segurança preso minimizará bastante ou eliminará a possibili- dade de ferimentos, de forma que você poderá escapar. Muitas pessoas acham que é mais seguro ser arremessa- do num acidente. Vejamos! Se você for arremessado de um veículo, suas chances de morrer são 25 vezes maiores do que se você permanecer den- tro do veículo. A força da colisão pode arremessar você a uma distância de aproximadamente 15 vezes o comprimento do carro. Portanto, achar que ser arremessado é mais seguro do que ficar no carro é idiotice; o arremesso para fora do carro Cintos de segurança: a má informação pode ser perigosa! envolve passar pelo pára-brisas ou sair pela porta. Uma vez do lado de fora, perigos adicionais como o de sair se arrastando pelo chão, o de ser esmagado pelo próprio veículo, o de ser lançado contra objetos na lateral da estrada aumentam espanto- samente seu risco de vida. O lugar mais seguro numa colisão é dentro do próprio veículo, protegido pelo cinto de segurança. Têm sido descritos traumas devido ao uso de cinto de segurança. Nestas raras situações, contudo, o cinto estava sendo usado inadequadamente ou o choque foi tão violento que o ocupante seria fatalmente lesado se estivesse sem o cin- to. Ocupantes sem cinto foram mortos em velocidades meno- res que 20 Km/h – velocidade de quem está estacionando, mos- trando que cintos são necessários não apenas em velocidades al- tas. Em veículos da Empresa, o uso de cinto de segurança é obrigatório durante todo o tempo - sem exceções. Em seu veícu- lo pessoal, os cintos de segurança são obrigatórios durante todo o tempo para todos os passageiros - sem exceções. Não dê informações erradas sobre o cinto de segurança - dê uma informação clara e verdadeira. Passe à frente a mensa- gem de que “cinto de segurança salva vidas”. 01 Muita coisa já foi dita e escrita sobre o que é a direção defensiva, mas não foi dada atenção suficiente para o estacionamento defensivo. Apresentamos aqui algu- mas medidas defensivas que devem ser consideradas ao esta- cionar o veículo. Estacione do lado direito da rua, a menos que seja uma rua de mão única ou de estacionamento especial. Estacione em locais indicados, fora da rua, sempre que pos- sível. Se for necessário estacionar na rua, evite estacionar em diagonal, a menos que assim esteja indicado. Se o esta- cionamento for em paralelo, siga esta regra. Não ESTACI- ONE deixando parte do seu veículo impedindo a passagem normal de outros. Estacione defensivamente Aplique os freios de mão. Deixe a transmissão engrenada e calce as rodas se necessário, quando estacionar em localinclinado, virando as rodas frontais para dentro ou para fora, dependendo do sentido da inclinação. Evite estacionar perto de cruzamentos. Se houver uma co- lisão no cruzamento, seu veículo poderá ser facilmente da- nificado. Seu veículo poderá ficar bloqueado à visão dos outros motoristas. Pode bloquear a passagem de pedestres, forçando-os a se arriscar por terem de atravessar a rua fora da faixa de segurança. 02 O problema de pedestres sempre foi sério. En- tretanto, hoje em dia, com muitos carros a mais nas ruas e mais pedestres de todas as idades, a coisa é muita mais séria. Todos os anos, mais de 10.000 pedestres morrem du- rante colisões, excedendo em muito as perdas sofridas em afo- gamentos, incêndios e em acidentes ferroviários e aéreos. A maioria das mortes de pedestres envolve pessoas abai- xo de 14 anos e acima de 55, assim como pessoas alcoolizadas. Quais são alguns dos perigos envolvendo pedestres? Vejamos alguns: 1. Crianças brincado entre veículos estacionados. 2. Pedestres desatentos. 3. Caroneiros. 4. Pedestres bêbados. 5. Pessoas idosas ou deficientes físicos. 6. Equipes de reparos. 7. Curiosos na cena de um acidente. Pedestres são vulneráveis Outros riscos que contribuem para o problema dos pe- destres são as zonas de segurança, cruzamentos, conversões à direita com sinal vermelho, “shopping centers” e passagens. A importância de manter o máximo de cuidado com pedes- tres deve ser super-enfatizada. Os motoristas profissionais sabem da importância de ver, assim como de ser vistos enquanto diri- gem. As zonas escolares apresentam um problema especial envolvendo pedestres, pois as instalações escolares geralmen- te são usadas fora do horário regular de funcionamento. Funcionários e professores costumam ficar até mais tarde nas escolas. Portanto, próximo a escolas temos que ter sempre atenção redobrada. 03 A bicicleta, além de ser usada no lazer, é larga- mente utilizada como meio de transporte. Daí a necessi- dade de um bom conhecimento de normas de segurança para os empregados que se utilizam desse meio de transporte para se locomover da residência para o serviço e vice-versa, visando com isso, evitar danos pessoais ou materiais. MEDIDAS PREVENTIVAS COM RELAÇÃO AO CICLISTA: É necessário conhecer as regras para dirigir nas ruas e ave- nidas. E, como veículo mais frágil, o ciclista deve ser um exemplo de disciplina; É preciso lembrar que a bicicleta não é um brinquedo, mas sim, um veículo e, portanto, subordinado às regras de trân- sito; A bicicleta é um veículo projetado para o transporte indivi- dual. Cada vez que o ciclista levar mais pessoas estará pre- judicando seu equilíbrio. O equilíbrio e o reflexo são fundamentais na prevenção de acidentes, por isso, é preciso que o ciclista pedale conforta- velmente e bem protegido, para que possa reagir rápida e livremente no momento que surgir uma oportunidade de acidente. Recomendamos ao transportar pequenas cargas no bagageiro, por menores que sejam, mantê-las amarradas corretamente; Devem ser colocados dispositivos refletivos nas laterais da bicicleta, pedais e rodas nas partes traseira e dianteira, para que possa ser visto por outros veículos durante a noite. Ao sair de um local de trabalho, onde haja um grande núme- ro de bicicletas, conduzir a bicicleta a pé, até alcançar a rua; Ao atingir a via pública, deve-se montar a bicicleta com atenção redobrada. A grande maioria dos acidentes ocorre nas áreas próximas das fábricas, oficinas, depósitos, locais de trabalho, etc., ocasionadas pela fase de “aquecimento” em que o ciclista sai do estado de “inércia”; Procure não andar em grupos. Além de ser totalmente inseguro, prejudica o fluxo do tráfego; Andar sempre com as pernas voltadas para o quadro da bicicleta e nunca com o joelho para fora; Mantenha a mão sempre sobre o guidão, em condições de acionar os freios. Recomenda-se acionar os freios traseiros em primeiro lugar e após os freios dianteiros; Cuidados a serem observados na utilização de bicicletas Lembre-se que os condutores de outros veículos se preo- cupam com outros veículos grandes. Muitas vezes eles, não vêem a bicicleta. Portanto fique de olho, em você e nos outros; Procure ficar atento aos carros estacionados, porque sem- pre existem motoristas distraídos que poderão sair do esta- cionamento sem dar sinal, sem observar a sua chegada/ aproximação, bem como abrir a porta; Jamais pegar carona com outros veículos. Isto constitui num grande risco; Tomar cuidado com os animais de pequeno e grande porte nas ruas; Andar sempre no mesmo sentido do tráfego, jamais contra ele. Assim os condutores de outros veículos poderão vê- los a uma distância suficiente que lhes permita desviar; Respeitar os sinais de trânsito, vias preferenciais, esqui- nas, etc., e quando intencionar dobrar para esquerda ou direita, deve-se esticar o braço, movimentando para cima e para baixo; Estacionar e guardar a bicicleta em local seguro para não atrapalhar a circulação, evitando também furto do seu veí- culo; Não dirigir com sintomas de embriaguez, nem mesmo quan- do estiver se sentindo mal; Procurar descer da bicicleta e levá-la empurrando, quando estiver em local de difícil acesso como carreiros muito es- treitos, beira de linha férrea onde existe muitas pedras sol- tas, etc.; Quando atravessar as linhas férreas e passagens de nível, deve-se tomar toda cautela possível. Jamais atravessar diri- gindo; Lembre-se que, quanto maior a velocidade da bicicleta, maior será a gravidade em caso de acidente. 04 MOTORISTA, MOTOQUEIRO, CICLISTA E PEDESTRE, A SEGURANÇA NO TRÂNSITO DE- PENDE DE TODOS NÓS. O OBJETIVO É EVITAR QUE VENHAMOS A SOFRER DORES OU TRANSTORNOS. CONVIDAMOS TODOS OS EMPREGADOS A COLA- BORAR CONSIGO MESMO E COM O PRÓXIMO EVI- TANDO, DESTA FORMA, CONSEQÜÊNCIAS INDESEJADAS. Eu, motorista, posso: Sofrer desde pequenas escoriações, invalidez e até a morte. Ter danos materiais, envolvendo o meu e outros veículos. Responder a processos judiciais em caso de danos físicos e materiais. Incorrer no pagamento de taxas, multas e retenção da car- teira de habilitação, além de providenciar o laudo policial da ocorrência. Até desfazer-me, do veículo devido à despesas. Trânsito Eu, motociclista, ciclista ou pedestre, posso: Sofrer graves ferimentos, e não poder mais trabalhar e me divertir. Causar ferimentos à minha família. Não poder participar da vida dos meus filhos. Deixar as pessoas que acidentaram em situações difíceis, devido à minha culpa. Ser culpado de provocar a morte de outras pessoas por motivo de minha desatenção no trânsito. Sofrer dores insuportáveis. Andar de cadeira de rodas ou permanecer no leito para sem- pre. Correr o risco de não ser socorrido prontamente. Morrer. TODOS OS PROBLEMAS ACIMA PODEM, NA MAIO- RIA DOS CASOS, SER EVITADOS. BASTA CUMPRIR A SUA PARTE NA SEGURANÇA DO TRÂNSITO. COLABORE E VIVA FELIZ! 05 Ao fazer uma viagem por uma estrada, você en- frenta uma situação bem diferente da encontrada todos os dias no trânsito da cidade, conseqüentemente deverá prepa- rar-se e adequar o seu comportamento a esta nova situação. Seguem algumas sugestões para dirigir com segurança em estra- das: 1. Encha o tanque de combustível, verifique os pneus, o óleo, o limpador de pára-brisas, as lanternas, faróis e setas, estepe, extintor de incêndio e, principalmente os freios; 2. Observe ou estude o trajeto que será percorrido, localizando oficinas, postos de gasolina, restaurantes, hotéis, etc.. Estude bem a estrada antes de partir e esteja certo de que você sabe o ponto em que vai sair dela; 3. Ao entrar na estrada, ganhe velocidade na pista de aceleração, de modo que consiga sincronizar a sua velocidade com a do trânsito. Quando estiver em velocidade igual, incorpore-se ao trânsito. 4. Nunca diminua a velocidade bruscamente. Mantenha-se no ritmo da maioria; 5. Não pare sobre a pista de rolamento e nunca dê marcha ré. Se perder uma saída, siga em frente até a próxima; 6. Mantenha-se bem distante do veículo da frente, como precau- ção contra colisõesem forma de reação em cadeia (engavetamento); 7. Obedeça e observe os sinais: são poucos, mas de grande im- portância. Você não terá tempo de pensar duas vezes; 8. Fique atento aos sinais de fadiga nas estradas. Quebre a mono- tonia com descansos, pelo menos de duas em duas horas. Man- tenha os olhos em movimento e abra os vidros freqüentemen- te. Verifique, sistematicamente os instrumentos do painel, can- te, use goma de mascar; 9. Dirigindo em estradas, à noite, é uma tentação correr mais do que o alcance da luz dos faróis. Lembre-se de que os faróis altos iluminam em torno de 100 metros, porém a 120 Km/h, você precisará de aproximadamente 100 metros para parar o veículo. Portanto, não dirija às cegas; Como dirigir nas estradas 10. Em dias de chuva, as estradas são muito mais perigosas que nas vias urbanas por causa da velocidades mais altas. Dirija com redobrada atenção; 11. Quando ultrapassar, use as setas, olhe pelos espelhos retrovisores diretamente e coloque-se, com antecedência, na posição para ultrapassar. Após a ultrapassagem, espere até ver no seu espelho retrovisor o veículo que ultrapassou, para só depois voltar à pista da direita; IMPORTANTE – Para manter uma distância segura entre o seu veículo e o que está à sua frente, sem a utilização de fórmulas e cálculos, você deve observar o veículo à sua frente e marcar um ponto fixo de referência na estrada (uma árvore, placa de sinali- zação, poste, etc.). Quando o veículo da frente passar pelo ponto de referência, comece a contar pausadamente “cinqüenta e um, cinqüenta e dois”. Essas seis palavras representam 2 segundos. Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após ter termi- nado de pronunciar as 6 palavras, significa que você está manten- do uma distância segura, caso contrário se você ainda não termi- nou de falar o número “cinqüenta e dois” e já alcançou o ponto de referência, significa que a distância entre o seu veículo e o que está a sua frente é pequena e portanto não haverá tempo para fazer manobras que possam livrá-lo de um acidente, caso o veí- culo da frente seja forçado a parar de repente. ATENÇÃO – Esta contagem é para veículos de até 6 metros de comprimento. Se o seu veículo tem mais de 6 metros, a cada 3 metros excedentes conte mais um número. 06 Riscos e danos ambientais Toda mercadoria perigosa tem suas caracterís- ticas físico-químicas, o que a faz: EXPLOSIVA, INFLA- MÁVEL, TÓXICA, OXIDANTE e RADIOATIVA. O perigo está relacionado ao estado do produto, às medidas de controle de risco e às quantidades transportadas. Quanto maiores forem as condições de segurança e maior o conhecimento dos empregados a respeito do produto, bem como das medidas a serem adotadas em caso de emergência, menor será o potencial de perigo. Os riscos que polarizam basicamente a atenção das pes- soas são decorrentes da INFLAMABILIDADE dos produtos perigosos. Entretanto, a classificação e a definição das classes de produtos perigosos devem ser consideradas, como tam- bém as quantidades, concentrações gasosas, grau de explosividade: CLASSE 1 - EXPLOSIVOS SUBCLASSE 1.1 - Risco de explosão em massa. SUBCLASSE 1.2 - Risco de projeção sem risco de explosão em massa. SUBCLASSE 1.3 - Risco de fogo e pequeno risco de explo- são. SUBCLASSE 1.4 - Pequeno risco na eventualidade de igni- ção. SUBCLASSE 1.5 - Substâncias muito insensíveis, com um risco de explosão em massa. CLASSE 2 - GASES COMPRIMIDOS, LIQÜEFEITOS, DISSOLVIDOS SOB PRESSÃO OU ALTAMENTE REFRI- GERADOS GASES COMPRIMIDOS - Não se liqüefazem sob pressão à temperatura ambiente. GASES LIQÜEFEITOS - Tornam-se líquidos sob pressão à temperatura ambiente. GASES DISSOLVIDOS - Se dissolvem em um líquido sob pressão gases altamente refrigerados. CLASSE 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS GRUPO DE RISCO I - Líquidos inflamáveis com ponto de ful- gor abaixo de 230C em vaso fechado e ponto de ebulição inici- al abaixo ou igual a 350C. GRUPO DE RISCO II - Líquidos inflamáveis com ponto de fulgor abaixo de 230C em vaso fechado, porém com ponto de ebulição superior a 350C. GRUPO DE RISCO III - Líquidos inflamáveis com ponto de fulgor igual ou superior a 230C até 60,50C em vaso fechado com o ponto de ebulição inicial superior a 350C. CONCLUSÃO - Quanto mais baixo o ponto de fulgor, maior o risco pela emissão de vapores inflamáveis. CLASSE 4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS; SUBSTÂNCIAS SUJEITAS À COMBUSTÃO ESPONTÂNEA; SUBSTÂN- CIAS QUE EM CONTATO COM ÁGUA EMITEM GASES INFLAMÁVEIS SUBCLASSE 4.1 - Sólidos inflamáveis. SUBCLASSE 4.2 - Substâncias sujeitas à combustão espon- tânea. SUBCLASSE 4.3 - Substâncias que em contato com a água, emitem gases inflamáveis. CLASSE 5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES; PERÓXIDOS ORGÂNICOS SUBCLASSE 5.1 - Substâncias oxidantes. SUBCLASSE 5.2 - Peróxidos orgânicos. CLASSE 6 - SUBSTÂNCIAS INFECTANTES SUBCLASSE 6.1 - Substâncias tóxicas: provocam morte, danos à saúde em caso de ingestão, inalação ou contato com a pele. SUBCLASSE 6.2 - Substância infec- ciosa. 01 CLASSE 7 - SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS CLASSE 8 - CORROSIVOS GRUPO I - Até 3 minutos: necrose na pele (MUITO PERI- GOSA). GRUPO II - Provocam visível necrose da pele após período de contato superior a 3 minutos mas não maior que 60 minu- tos (RISCO MÉDIO). GRUPO III - Período de contato inferior a 4 horas (SUBS- TÂNCIAS DE RISCO MENOR). CLASSE 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS 01 b CONCEITOS Considerando que o estudo das questões ambientais não podem deixar de estabelecer um entendimento comum no que diz respeito ao conceito básico de ecologia e meio ambi- ente, passamos a examinar esta condição: ECOLOGIA – parte da biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem, bem como as suas influências recíprocas. MEIO AMBIENTE – conjunto de condições que regem a vida em todas as suas formas. PROBLEMAS AMBIENTAIS EM FUTURO PRÓXIMO Considerando os dados apresentados pela imprensa, cientis- tas, etc., os problemas ambientais a serem enfrentados em sua maioria nas primeiras décadas do próximo século, caso per- sistirem as atuais condições de desenvolvimento, com os ele- vados índices de degradação do equilíbrio ambiental são: ÁGUA PARA CONSUMO, ENERGIA PARA ATENDER A DEMANDA, PRESERVAÇÃO DO EQUILÍBRIO AMBIENTAL e PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA. PROBLEMAS AMBIENTAIS UNIVERSAIS Os problemas ambientais universais, identificados pela Assem- bléia Geral das Nações Unidas são: Proteção da atmosfera por meio do combate à alteração do clima, à destruição da camada de ozônio; Proteção da qualidade e do suprimento de água para consu- mo; Proteção dos oceanos, mares e zonas costeiras, uso racio- nal do desenvolvimento dos recursos naturais; Conservação da diversidade biológica; Controle ambiental sadio da biotecnologia; Controle de dejetos, principalmente químicos e tóxicos; Erradicação da pobreza e melhoria das condições de vida e de trabalho no campo e na cidade; Proteção das condições de saúde. Meio ambiente ASSUNTOS DESTACADOS NO ENCONTRO DAS NA- ÇÕES NO RIO’92 - a poluição do ar; - o efeito “estufa”; - as chuvas ácidas; - a destruição da camada de ozônio; - o lixo. PROBLEMAS AMBIENTAIS NACIONAIS - poluição do ar; - contaminação do solo; - poluição das águas; - desmatamento; - desertificação do solo. 02 O QUE SÃO? – São mercadorias que, por sua com- posição, podem acarretar reações químicas que em con- tato com a atmosfera ou outras substâncias químicas, po- dem provocar danos materiais, danos à saúde e ao meio ambi- ente. Devido a natureza de composição para o transporte e acondi- cionamento, algumas recomendações são estritamente neces- sárias. Vamos recordar: Boa conservação dos veículos; O veículo deve possuir os equipamentos de segurança, ve- locímetro/tacógrafo, equipamentos de comunicação, EPIs, documentação e ficha de emergência do produto. A viagem será a mais direta possível e seguindo horário prefixado; Cuidado na manobra; Treinamento para os empregados envolvidos; Empregado de rótulos de risco e painéis de segurança ade- quados aos produtos a transportar. Nota importante– todo veículo que transportou mercadoria perigosa, mesmo vazio ou descarregado, não limpo ou que contenham resíduos daquele produto, deve receber os mes- mos cuidados aplicados aos veículos carregados. PRODUTOS MAIS CONHECIDOS E SEUS CUIDADOS • AMÔNIA – ESTADO GASOSO ALTAS CONCENTRAÇÕES : INALAÇÃO – produz efeitos irritantes nas vias respiratórias superiores, tosse violenta, irritação pulmonar, edema e morte por asfixia. EXPOSIÇÃO – produz irritação, cegueira temporária e seve- ros danos aos olhos. INGESTÃO – provoca ação corrosiva da mucosa da boca, faringe, esôfago e estômago. A ingestão de uma colher de chá de amônia concentrada pode causar a morte. BAIXAS CONCENTRAÇÕES: Causa irritação nos olhos e incomoda a respiração. Mercadorias perigosas • AMÔNIA – ESTADO LÍQUIDO CONTATO DA SOLUÇÃO AMONIACAL COM A PELE – pro- duz avermelhamento na região afetada. CONTATO COM A AMÔNIA ANIDRA – causa graves quei- maduras pela sua ação cáustica e pelo congelamento do local. RISCOS AO FOGO Com ar a uma certa concentração – forma mistura explosi- va; Mistura com água – produz calor; Com água e outros gases – incêndio e explosão. LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS • ÁLCOOL INALAÇÃO E PELE: Depressão do sistema nervoso central, edema cerebral, edema pulmonar, congestão renal, neurite óptica e atrofia, necrose focal do fígado. • GASOLINA INALAÇÃO Irritante para a pele, olhos e membranas mucosas das vias res- piratórias; inalando em doses maciças pode causar: edema pulmonar, coma e óbito por insuficiência respiratória. EXPOSIÇÃO EXCESSIVA AOS VAPORES Pode provocar sintomas semelhantes aos observados na into- xicação alcoólica, incluindo euforia, hiperexcitabilidade, dis- túrbios visuais, náuseas, vômitos, cefaléia. OBSERVAÇÃO – Os demais derivados de petróleo apresentam sintomas iguais aos provocados pela gasolina. RISCOS AO FOGO GASOLINA – ÁLCOOL – DERIVADOS DE PETRÓLEO 03 Riscos de incêndio e explosão. BTX – BENZENO, TOLUENO, XILENO PERIGO DE COMBUSTÃO E EXPLOSÃO – pode pegar fogo e explodir como a gasolina. PERIGO AO CONTATO – encostado na pele, pode ocasionar irritação e intoxicação. PERIGO DE INALAÇÃO – cheirar o BTX em doses concen- tradas causa intoxicação grave. PERIGO DE INGESTÃO – ingerir o BTX causa intoxicação e morte. E AO MEIO AMBIENTE ? Todos os produtos aqui indicados causam danos ao meio ambiente, principalmente se atingirem. Procure listar como po- luem os rios e córregos, fazendo barreiras de retenção. 03 b Textos: Edgard Duarte Filho - VERSÃO 1 - JUNHO/2003 Programação visual: André Luís de Araujo Coordenação: UN-BC-SMS - Cesar Lage (HM8J), Conceição (PM5I) e Cristina Reis (EU44) Cristina Reis Versão 1 - Junho/2003 Capa Assuntos Gerais Quase Acidentes são Sinais de Alerta Ninguém deseja culpar ninguém Acidentes podem acontecer em qualquer lugar Os 10 Mandamentos da RElações Humanas Reflexão II Credo da Segurança Segurança Segurança no Escritório Fique atento a vidro quebrado Preparação de áreas seguras de trabalho Equipamentos de proteção Teste de Segurança para os Equipamentos de Proteção Individual Proteja suas mãos Proteção das mãos O problema com os anéis e alianças Proteção para os olhos Fatos sobre ferimentos nos olhos Equipamentos de Segurança Roupas de proteção contra fogo Lesões nas costas Manuseie materiais com segurança O que os olhos não vêem.. o pulmão aspira O que é acidente de trabalho Aspecto humano do acidente de trabalho Aspecto econômico do acidente de trabalho Comunicação de acidente de trabalho Os pés As mãos Ruído Inspeção de Segurança A importância de investigar os acidentes Outras situações consideradas como acidente de trabalho Critérios para uso e quando usar o EPI Segurança Lubrificação e reparos Outros efeitos provocados pelo ruído Principais efeitos do ruído Faça o seguinte teste para cada acidente Os acidentes são evitáveis Saúde E a respeito de pequenos ferimentos? Primeiros socorros para os olhos Esteja preparado para salvar uma vida com primeiros socorros em casos de estado de choque Exposição a substâncias potencialmente prejudiciais à saúde ou perigosas Acidente de Trabalho e o alcoolismo AIDS Higiene Corporal Doenças Profissionais Arrumação, limpeza e ordenação são bons hábitos Ordem e Limpeza Proteção contra incêndios Ignição espontânea Recipiente: líquidos inflamáveis Como manusear solventes inflamáveis Como podemos prevenir incêndios Limpeza de tambores Precauções com cilindros de oxigênio e acetileno Conheça o seu equipamento de incêndio Produtos Químicos Alvejante à base de cloro: branqueador ou assassino? Solventes comuns Ácidos Gases liquefeitos de petróleo Gases utilizados na indústria Cuidado com a bomba que está no seu bolso Energia elétrica Aterramentos por precaução Cabos de extensão Choque elétrico Como reduzir o consumo de energia elétrica Deslocamento de Cargas Levantamento de cargas com segurança Estrados e paletes vazios Evite quedas Quedas Içamentos mecânicos e outros equipamentos motorizados Olhe para cima e para baixo Empilhe da maneira correta Segurança com cabos de aço Cabos tensionados Esteja alerta aos riscos com baterias Práticas de segurança na utilização de escadas Pense em segurança quando usar andaimes Segurança em oficinas Segurança com máquinas operatrizes em oficinas Esmeril Segurança com prensas de punção Segurança com prensa/furadeira para metal Dicas sobre ferramentas Por que inspecionar ferramentas e equipamentos? Chave de fenda - a ferramenta mais sujeita a abusos Use os martelos com segurança Regras de segurança para ferramentas elétricas Ar comprimido Riscos dos recipientes ou sistemas pressurizados Segurança com gás comprimido Ferramentas manuais A utilização inadequada de equipamentos de ar comprimido Direção Defensiva Cintos de Segurança: a má informação pode ser perigosa Estacione defensivamente Pedestres são vulneráveis Cuidados a serem observados na utilização de bicicletas Trânsito Como dirigir nas estradas Meio Ambiente Riscos e danos ambientais Meio Ambiente Mercadorias Perigosas Créditos