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Assuntos Gerais
01.....Quase acidentes são sinais de alerta
02.....Ninguém deseja culpar ninguém
03.....Acidentes podem acontecer em qualquer lugar
04.....Os 10 Mandamentos das Relações Humanas
05.....Reflexão II
06.....Credo da segurança
Segurança
01.....Segurança no escritório
02.....Fique atento a vidro quebrado
03.....Preparação de áreas seguras de trabalho
04.....Equipamentos de proteção
05.....Teste de segurança para os equipamentos de proteção
individual
06.....Proteja suas mãos
07.....Proteção das mãos
08.....O problema com os anéis e alianças
09.....Proteção para os olhos
10.....Fatos sobre ferimentos nos olhos
11.....Equipamentos de segurança
12.....Roupas de proteção contra fogo
13.....Lesões nas costas
14.....Manuseie materiais com segurança
15.....O que os olhos não vêem... o pulmão aspira
16.....O que é acidente de trabalho
17.....Aspecto humano do acidente do trabalho
18.....Aspecto econômico do acidente de trabalho
19.....Comunicação de acidente de trabalho
20.....Os pés
21.....As mãos
22.....Ruído
23.....Inspeção de segurança
24.....A importância de investigar os acidentes
25.....Outras situações consideradas como acidente de trabalho
26.....Critérios para uso e quando usar o EPI
27.....Segurança
28.....Lubrificação e reparos
29.....Outros efeitos provocados pelo ruído
30.....Principais efeitos do ruído
31.....Faça o seguinte teste para cada acidente
32.....Os acidentes são evitáveis
Saúde
01.....E a respeito de pequenos ferimentos?
02.....Primeiros socorros para os olhos
03.....Esteja preparado para salvar uma vida com primeiros
socorros em casos de estado de choque
04.....Exposição a substâncias potencialmente prejudiciais à
saúde ou perigosas
05.....Acidente de trabalho e o alcoolismo
06.....AIDS
07.....Higiene corporal
08.....Doenças profissionais
09.....Arrumação, limpeza e ordenação são bons hábitos
10.....Ordem e limpeza
Proteção contra incêndios
01.....Ignição espontânea
02.....Recipiente: líquidos inflamáveis
03.....Como manusear solventes inflamáveis
04.....Como podemos prevenir incêndios
05.....Limpeza de tambores
06.....Precauções com cilindros de oxigênio e acetileno
07.....Conheça o seu equipamento de incêndio
Produtos químicos
01.....Alvejante à base de cloro: branqueador ou assassino?
02.....Solventes comuns
03.....Ácidos
04.....Gases liqüefeitos de petróleo
05.....Gases utilizados na indústria
06.....Cuidado com a bomba que está no seu bolso
Energia elétrica
01.....Aterramentos por precaução
02.....Cabos de extensão
03.....Choque elétrico
04.....Como reduzir o consumo de energia elétrica
Deslocamento de cargas
01.....Levantamento de cargas com segurança
02.....Estrados e paletes vazios
03.....Evite quedas
04.....Quedas
05.....Içamentos mecânicos e outros equipamentos motorizados
06.....Olhe para cima e para baixo
07.....Empilhe da maneira correta
08.....Segurança com cabos de aço
09.....Cabos tensionados
10.....Esteja alerta aos riscos com baterias
11.....Práticas de segurança na utilização de escadas
12.....Pense em segurança quando usar andaimes
Segurança em oficinas
01.....Segurança com máquinas operatrizes em oficinas
02.....Esmeril
03.....Segurança com prensas de punção
04.....Segurança com prensa/furadeira para metal
05.....Dicas sobre ferramentas
06.....Por que inspecionar ferramentas e equipamentos?
07.....Chave de fenda - a ferramenta mais sujeita a abusos
Muitos incidentes quase viram acidentes... São
aqueles que não provocam ferimentos apenas por que
ninguém se encontrava numa posição de se machucar.
Provavelmente, se nós tivéssemos conhecimento dos fa-
tos, descobriríamos que existem muito mais incidentes que
não causam ferimentos do que os que os provocam. Você dei-
xa algo pesado cair e não acerta o próprio pé. Isto é um inci-
dente, mas sem ferimento.
Você sabe o que geralmente faz com que um quase aci-
dente não seja um acidente com ferimentos? Geralmente é uma
fração de segundo ou uma fração de espaço. Pense bem. Me-
nos de um segundo ou um centímetro separa você ou um amigo
de ser atropelado por um carro. Esta diferença é apenas uma
questão de sorte? Nem sempre.
Suponha que você esteja voltando para casa à noite e por
pouco não tenha atropelado uma criança correndo atrás de
uma bola na rua. Foi apenas sorte você ter conseguido frear
no último segundo? Não. Um outro motorista talvez tivesse
atropelado a criança. Neste caso, seus reflexos podem ter
sido mais rápidos, ou talvez você estivesse mais alerta ou mais
cuidadoso. Seu carro pode ter freios melhores, melhores fa-
róis ou melhores pneus. De qualquer maneira, não se trata de
sorte apenas o que faz com que um quase acidente não se
torne um acidente real.
Quando acontece algo como no caso da criança quase
atropelada, certamente você reduzirá a velocidade sempre que
passar novamente pelo mesmo local. Você sabe que existem
crianças brincando nas calçadas e que, de repente, elas podem
correr para a rua.
No trabalho, um quase acidente deve servir como aviso da
mesma maneira. A condição que quase causa um acidente pode
facilmente provocar um acidente real da próxima vez em que
você não estiver tão alerta ou quando seus reflexos não estive-
rem atuando tão bem.
Tome, por exemplo, uma mancha de óleo no chão. Uma
pessoa passa, vê e dá a volta; nada acontece. A próxima pes-
soa a passar não percebe o óleo, escorrega e quase cai. De-
pois de dizer algumas coisas, ela também continua seu cami-
nho. Infelizmente, a terceira pessoa que passa escorrega, per-
de o equilíbrio e cai – bate com a cabeça ou esfola as costas.
Tome um outro exemplo: uma pilha de material não tra-
vada. Ela cai, quase pegando alguém que esteja passando por
perto. Pelo fato de não ter atingido esta pessoa, ela apenas se
refaz do susto e diz: - “Puxa, esta passou por perto !”
Quase acidentes são sinais de alerta
Mas se a pilha cai em cima de alguém que não conseguiu
ser rápido o bastante para sair do caminho e se machuca, faz-
se um barulho enorme e investiga-se o acidente. A conclusão
é mais do que óbvia. Nós devemos estar em alerta para os
quase acidentes. Assim evitamos ser pegos por um acidente
de verdade.
Lembre-se de que os quase acidentes são sinais claros de
que algo está errado. Por exemplo: nosso empilhamento de
material pode estar mal feito; a arrumação do nosso local de
trabalho, do nosso material e de nossas ferramentas podem
estar mal feitas ou em más condições e as proteções no local
podem não estar funcionando bem.
Assim, vamos ficar de olhos abertos para as pequenas
coisas que possam estar erradas. Façamos alguma coisa para
corrigi-las. Relate e corrija estas situações. Vamos tratar os
quase acidentes como se fossem um acidente grave – vamos
descobrir suas causas fundamentais enquanto temos chance.
Não podemos deixar de lado o aviso dos quase acidentes.
01
Tentamos fazer um bom trabalho de verifica-
ção das inspeções de risco e seguimos as recomenda-
ções que saem destas inspeções. Tentamos fazer um traba-
lho completo de investigação das causas de todos os aciden-
tes.
Não fazemos isto para colocar alguém na berlinda ou
para culpar alguém. Fazemos isto apenas por um motivo: evi-
tar acidentes.
Talvez alguns de vocês estejam pensando: “Nenhuma in-
vestigação impediu o acidente que está sendo investigado.”
Se é isto que estão pensando, vocês estão completamente cer-
tos.
Porém, boas investigações podem, e muito, ajudar na
prevenção do próximo acidente. Todos os acidentes são pro-
vocados – eles não acontecem por acaso. Se descobrirmos a
causa do acidente, podemos fazer alguma coisa para eliminá-
la e impedir que outro acidente como aquele aconteça. Mas se
apenas dermos de ombros, se apenas dissermos: “Foi uma coisa
desagradável, o que podemos fazer? Estas coisas aconte-
cem...”, então podemos estar certos de que outros acidentes
como aquele acontecerão.
A maioria dos acidentes apresenta mais de uma causa.
Por exemplo: um homem perde o equilíbrio e cai de uma esca-
da. Se escrevermos no relatório: “O operário não teve cuida-
do”, ou “A proteção da máquina não estava no lugar”, estamosparando uma investigação sem termos esgotado todas as pos-
sibilidades.
Peguemos o caso mais simples: o homem que perdeu o
equilíbrio e caiu da escada. Antes de tudo, queremos saber o
que fez com que ele perdesse o equilíbrio. A escada estava
com defeito? E se estava, por que ela estava sendo usada? O
homem sabia que a escada não era boa e relatou isto? Se não
sabia, ele foi instruído corretamente como e o que inspecionar
numa escada, ou a escada estava em boas condições mas foi
usada de maneira inadequada? Ela foi colocada num corredor,
onde um passante poderia esbarrar? Se foi, por que não tinha
uma pessoa ao pé da escada para manter as outras pessoas
afastadas? Ela deveria ter sido presa no topo? Ela tinha o ta-
manho correto para o local? Ela foi posicionada com o ângulo
certo em relação à parede, ou foi o próprio homem que fez
algo inseguro? Ele estava subindo com alguma coisa pesada
que poderia ter sido içada por uma corda? Se estava, foi dito
a ele para usar uma corda? Ele tentou descer a escada virado
de costas para ela? Ele tentou pegar algo que foi jogado para
Ninguém deseja culpar ninguém
ele e perdeu o equilíbrio? Ele soltou as duas mãos da escada
simultaneamente para fazer algum trabalho?
Estas são, acreditem ou não, apenas algumas perguntas
que podem ser feitas sobre um acidente muito simples. Se tudo
que soubermos foi que o homem caiu, realmente não sabemos
nada. Mas, se investigarmos fundo em busca da causa ou cau-
sas fundamentais, então será provável que descobriremos algo
para evitar outros acidentes. Se se ficar satisfeito com um re-
latório de acidente que diz apenas: “O trabalhador foi descui-
dado”, o problema foi resolvido rápido. Mas a segurança quer
saber “Sem cuidado de que maneira?” e “Esta foi a primeira
vez em que houve falta de cuidado deste tipo?”. Caso contrá-
rio, “O que foi feito para corrigir esta situação?” Acima de
tudo, a segurança quer saber se foi totalmente uma questão de
falta de cuidado, ou se existiam outras condições que ajuda-
ram a provocar o acidente.
A investigação de acidente real, sólida, consistente e pro-
funda e que atinja todas as circunstâncias que envolvem o aci-
dente, é um dos melhores instrumentos que precisamos domi-
nar para trabalhar com segurança. Todo mundo sai lucrando
com as investigações feitas em outras áreas da empresa. A
mesma coisa acontece com as inspeções e acompanhamentos.
As inspeções e os acompanhamentos das recomendações de
inspeção são preparadas para identificar e eliminar condições
muito perigosas, todos os maus hábitos de trabalho, todas as
peças defeituosas do equipamento, antes que alguém se ma-
chuque.
Lembre-se, não estamos atrás da cabeça de ninguém. Não
estamos querendo colocar alguém na berlinda. Apenas quere-
mos impedir acidentes antes que algum de nós se machuque.
02
Acidentes podem acontecer em qualquer lugar
Acidentes podem acontecer em qualquer lu-
gar... em casa...no trabalho...numa área de lazer...mesmo
numa igreja!
Você trabalha num escritório. É um lugar seguro, não é?
Não necessariamente. Acidentes podem acontecer a qual-
quer pessoa que aja de maneira inadequada ou que seja ex-
posta a uma condição insegura.
Abaixo estão relacionados acidentes reais que provocaram
ferimentos e tomaram tempo de empregados de escritório; pessoas
como você ou eu:
1. Um empregado de escritório estava voltando do almoço,
escorregou e caiu numa escada. Os degraus estavam mo-
lhados.
2. Uma bibliotecária queimou seu braço esquerdo e o lado do
corpo, quando estava desligando uma cafeteira. A cafeteira
inclinou e derramou café sobre ela.
3. Um arquivista apanhou um jeito nas costas quando um com-
panheiro caiu sobre ele tentando pegar alguns cartões numa
gaveta de arquivo.
4. Uma empregada de escritório tropeçou num fio elétrico
exposto e caiu, atingindo o solo com as mãos. Ela quebrou
o braço e torceu o punho.
5. Uma secretária puxou a cadeira de uma mesa de almoço.
Ela prendeu seu dedo mínimo num arame ao fundo da ca-
deira, quebrando o dedo.
6. Um empregado de escritório estava passando por uma por-
ta giratória quando alguém empurrou a porta mais rápido.
A porta o atingiu no calcanhar e nas pernas, provocando
um sangramento em uma delas.
7. Um empregado deslocou seu braço quando o moveu subi-
tamente, enquanto jogava cartas num intervalo de almoço.
8. Um empregado estava tentando abrir uma janela no escri-
tório. Ele estava empurrando contra o vidro, quando a ja-
nela quebrou e sua mão passou pelo vidro quebrado. So-
freu um corte no punho.
9. Uma recepcionista escorregou num salão de refeições que
havia sido encerado recentemente e caiu, causando escori-
ações nas suas costas.
10. Um empregado de escritório estava correndo pelo estaci-
onamento da empresa, tropeçou numa pedra e caiu. Sofreu
uma contusão na região lombar.
11. Empregados de uma transportadora trouxeram uma mesa
nova para uma empregada. Ela não ficou satisfeita com a
posição da mesma. Tentou mudar sua posição, empurran-
do-a, e teve lesão de um disco na coluna.
12. Uma recepcionista deu um grito no trabalho. Sua mandí-
bula saiu de posição.
13. Uma secretária saiu de sua mesa para ir até a sala de arqui-
vos, tropeçou numa caixa de telefones instalada no piso e
teve uma torção lombar.
14. Um empregado deixou um copo de café em sua mesa.
Quando se virou para pegá-lo, não viu que havia uma abe-
lha dentro dele. A abelha ferroou a parte interna de seu lá-
bio superior.
15. Um empregado de escritório correu para pegar um eleva-
dor. Assim que pisou dentro do elevador, caiu e fraturou
seu tornozelo direito. O elevador tinha parado abaixo do
nível do piso de fora.
16. Uma recepcionista se sentou num sofá que precisava de
reparos. Ela caiu através do estofamento até o chão, ma-
chucando suas costas.
17. Uma secretária se levantou para ir de uma mesa a outra.
Tropeçou numa gaveta que tinha sido deixada aberta e con-
tundiu sua região lombar.
Lembre-se de que qualquer destes acidentes poderia ter
acontecido com você ou comigo. Assim, se você vir alguém
agindo de maneira insegura, fale com a pessoa sobre isto. Se
você vir uma condição insegura, relate a situação. Segurança
é responsabilidade de todos.
ACABE COM OS ACIDENTES!
03
1. Fale com as pessoas. Nada há tão agradável e
animado quanto uma palavra de saudação, particular-
mente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos
amáveis.”
2. Sorria para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 mús-
culos para franzir a testa e somente 14 para sorrir.
3. Chame as pessoas pelo nome. A música mais suave para
muitos ainda é seu próprio nome.
4. Seja amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja
amigo.
5. Seja cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que
você fizer, faça-o com prazer.
Os 10 Mandamentos das Relações Humanas
6. Interesse-se sinceramente pelos outros. Lembre-se que você
sabe o que sabe, porém não sabe o que os outros sabem.
Seja sinceramente interessado pelos outros.
7. Seja generoso em elogios e cauteloso em críticas. Os líde-
res elogiam, sabem encorajar, dar confiança e elevar os ou-
tros.
8. Saiba considerar os sentimentos dos outros. Existem 3 la-
dos numa controvérsia: o seu lado, o lado daquele que está
próximo a você e o lado que está certo.
9. Preocupe-se com a opinião dos outros. Três comportamen-
tos de um verdadeiro líder: ouvir, aprender e saber elogiar.
10. Procure apresentar um excelente serviço. O que realmen-
te vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros.
04
O TRABALHO
Trabalho é sinônimo de nobreza.
Não desdenhe do trabalho que lhe coube realizar na vida.
O trabalho enobrece aquele que o faz com entusiasmo e amor.
Não existem trabalhos humildes, só se distinguem por serem
bem ou mal realizados.
Dê valor ao seu trabalho, fazendo-o com todo amor e carinho,
e estará desta maneira dando valor a si mesmo.
Por isso, cada dia é mais uma nova etapa de trabalho; faça dia-
riamente, ao despertar, afirmações positivas de alegria, procu-
rando construir em torno de si um ambiente de serenidade e de
harmonia, preparando-separa executar as suas tarefas do dia
de que está encarregado, com alegria e boa vontade.
Não deixe de agradecer, o trabalho que lhe proporciona o pão
de cada dia, e procure executá-lo da melhor forma que for ca-
paz.
O trabalho bem executado traz-nos a alegria do dever cumpri-
do.
Reflexão II
O MEIO AMBIENTE DE TRABALHO
Aprenda a sorrir de coração para todos, de tal forma que bas-
te a sua presença para que a alegria penetre no coração das
pessoas que lhe chegam perto e verifique a felicidade que isto
lhe causará.
Controle o tom de sua voz.
Já verificou como é desagradável quando alguém se dirige a
você em tom áspero ?
Pois faça aos outros o que gosta que os outros façam a você.
Mesmo quando repreender, chamar a atenção, faça-o com voz
calma e educada, como gostaria que o repreendessem quando
você erra.
Procure colaborar com todos, sem fazer críticas e sobretudo,
procure corrigir os outros através do seu próprio exemplo.
Lembre-se que, em geral, podemos ser odiados e amados de
acordo com o tom de voz que empregamos e teremos assim o
ambiente que você mesmo criou; o trabalho será agradável ou
não conforme a atitude quer você tomar.
05
Cremos que todo homem tem dentro de si a
responsabilidade incontestável de afastar-se dos cami-
nhos inseguros. Este é seu dever para consigo mesmo, sua
família, seus colegas e seu trabalho.
Cremos que nenhum homem vive ou trabalha completa-
mente só. Ele se envolve com todos, é influenciado pelas rea-
lizações e marcado pelos fracassos com o próximo/seus com-
panheiros. Cada homem que fracassa com o próximo, falha
consigo mesmo e partilhará o peso do fracasso. O verdadeiro
horror de um acidente é constatar que o homem fracassou. E,
mais, que seus companheiros também fracassaram.
Cremos que os acidentes são gerados por práticas inse-
guras, nascem nos momentos de ações impensadas e cessarão
Credo da segurança
somente quando a prática segura for suficientemente forte para
proeceder a ação, quando a prática correta criar o hábito que
controla o ato.
Cremos que a prevenção de acidentes é um objetivo que
se encontra em todo e qualquer nível hierárquico, organiza-
ção e procedimento.
Cremos que se livrar dos riscos não é um privilégio, mas
a meta a ser atingida e perpetuada, por todos, dia a dia.
Cremos que a eliminação do sofrimento ocasionado por
acidentes é um dever moral, cuja medida adequada depende
diretamente do nosso desempenho.
06
Muitos trabalhadores pensam que, num escri-
tório, não estarão expostos a riscos. Isto os leva a um
falso sentimento de segurança. Com isto, eles tendem a ne-
gligenciar quando estão no escritório. Porém, uma verifica-
ção mais apurada dos hábitos no escritório mostram que con-
dições de risco existem.
As quedas representam os acidentes mais comuns nos
escritórios e causam a maioria dos ferimentos incapacitantes.
Na realidade, os trabalhadores de escritórios estão duas vezes
mais sujeitos a sofrer quedas do que os outros. As pessoas
caem enquanto estão andando, subindo escadas e mesmo quan-
do sentadas em suas cadeiras. Elas tropeçam em fios elétricos
e de telefone, gavetas de arquivos e de mesas abertas e em
equipamentos e pacotes deixados por onde andam.
Uma boa arrumação é essencial para evitar as quedas.
Não suje o piso e enxugue qualquer líquido derramado imedi-
atamente. Recolha pedaços de papel, clipes, borrachas, lápis e
outros objetos, assim que encontrá-los.
Os arquivos representam outra fonte de muitos aciden-
tes em escritórios. Tome cuidado quando abrir mais de uma
gaveta ao mesmo tempo e não armazene muito material na
gaveta superior. Estas duas situações sobrecarregam o topo
do arquivo, inclinando-o e fazendo com que caia. Use apenas
uma gaveta de cada vez. Abra-a somente a quantidade neces-
Segurança no escritório
sária, fechando-a assim que a tarefa for concluída. Não bata as
gavetas para fechá-las. Muitos dedos já foram esmagados por
isto.
Nunca corra pelo chão enquanto estiver sentado em ca-
deiras com rodinhas, nunca se incline na cadeira para pegar
objetos no chão, ou incline para trás para colocar os pés na
mesa. Naturalmente, o hábito mais perigoso é subir numa ca-
deira – especialmente as equipadas com rodinhas – para al-
cançar um objeto mais alto.
Eis aqui algumas práticas que lhe ajudarão a manter sua segu-
rança no escritório:
Observe o caminho.
Não leia e caminhe ao mesmo tempo.
Não permaneça em frente a portas que abram na sua dire-
ção.
Não jogue fósforos ou cigarros em cestas de lixo.
Saiba onde estão os extintores de incêndio e como usá-los.
Um acidente em escritório é tão doloroso e caro quanto
um na fábrica ou no campo. Todos nós gastamos uma parte
do dia no escritório. Assim sendo, devemos desenvolver e se-
guir práticas seguras de trabalho nele também.
01
Recentemente, uma mulher trabalhando num
balcão de supermercado teve sua rotina subitamente in-
terrompida, quando uma garrafa de soda caiu e estourou
perto dela. Ela foi atingida pelos cacos de vidro, mas sofreu
apenas pequenos cortes.
Um vendedor, numa loja de “shopping”, estava demons-
trando uma luminária. O cliente caiu acidentalmente sobre ele,
a lâmpada caiu e quebrou, atingindo uma artéria do pulso dele.
Um trabalhador de manutenção foi atingido no olho por
um caco de vidro, quando uma janela caiu de sua armação.
A lista de feridos poderia continuar, passando pelo caso
de uma pessoa que tromba com uma porta de vidro até a que-
da de um copo de vidro no banheiro. Porém, a história da
segurança não termina com os ferimentos. Alguém tem que
limpar o vidro quebrado e esta tarefa exige o maior cuidado.
Os ferimentos causados ao recolher os cacos de vidro
(ou por não recolhê-los) não costumam virar “manchete de
jornal”, mas fazem seus estragos com bastante freqüência atra-
vés de arranhaduras, cortes, ferimentos que atingem artérias e
causam infecções posteriores.
Tome cuidado quando lidar com cacos de vidro quebra-
do. Se você se cortar, antes de qualquer coisa, busque os pri-
meiros socorros imediatamente.
Use apenas recipientes especiais para se desfazer de vi-
dro quebrado e leve-os para o local adequado. Coloque um
rótulo em cada recipiente, identificando seu conteúdo como
vidro quebrado.
Garrafas quebradas nunca devem ser depositadas em li-
xeiras de papel ou recipientes comuns de lixo. Se você estiver
trabalhando com maquinário, pare-o antes de remover o vidro
quebrado.
Os trabalhadores que forem regularmente expostos a vi-
dro quebrado devem usar equipamento de proteção individu-
al apropriado. Este equipamento inclui óculos de segurança,
luvas ou máscara, dependendo do tipo do trabalho. As luvas e
protetores de braços, assim como botas de segurança, tam-
Fique atento a vidro quebrado
bém são necessárias.
Ocasionalmente, nós mesmos quebramos um copo de
vidro ou um objeto similar. Neste caso, o vidro quebrado pode
ser coletado, usando-se um pedaço de papelão ou papel gros-
so. As partículas menores podem ser recolhidas com folhas de
papel umedecidas, que devem ser enroladas e marcadas como
tendo vidro quebrado. Nunca use toalhas ou guardanapos de
tecido para coletar partículas de vidro quebrado.
Da mesma forma, devem ser evitados retalhos comuns
de tecidos para limpar partículas de vidro quebrado. O mate-
rial de limpeza de vidro quebrado deve ser separado para lim-
peza exclusiva de vidro. O uso de uma pazinha de lixo e de
um rodo de borracha também é um método seguro para lidar
com esta situação.
As pessoas que estiverem trabalhando com maquinário e
transportadores, onde a quebra de vidro é um problema co-
mum, devem usar ferramentas especiais que geralmente são
fornecidas para remoção de vidro nestas situações.
As pessoas que trabalham com vidro devem ser alertadas
constantemente quanto à quebra, mal empilhamento e caixas
defeituosas. Um ferimento sério pode acontecer se você cair
ou esbarrar numa caixa ou prateleira onde vidro quebrado possa
ter sido deixado.
Algum dia você poderá lidar ou tentar abrir recipientes
de vidro que podem quebrar. Neste caso, proteja suas mãos
comtoalhas grossas.
Se você suspeitar da existência de vidro quebrado sob
espuma de sabão ou submerso de alguma forma, drene a água
antes de tentar remover os cacos de vidro.
Seria virtualmente impossível cobrir todos os casos em
que você pode se defrontar com o problema de vidro quebra-
do. Lembre-se, porém, se que o vidro quebrado deve ser cole-
tado e descartado imediatamente e de uma maneira que seja
segura para você e para os outros. Se não forem disponíveis
instalações especiais para a remoção, um recipiente e luvas
grossas podem ser usados.
02
É impossível eliminar todos os riscos à nossa
volta. O melhor que podemos fazer é eliminar alguns e
minimizar outros.
Uma pessoa que tenha que dirigir em estradas escorre-
gadias em dias chuvosos, não pode eliminar os riscos devidos
à tração deficiente ou má visibilidade, mas pode minimizá-los.
Em primeiro lugar, não usará pneus lisos ou colocará corren-
tes. Ela verificará os limpadores de pára-brisa e outros aces-
sórios quanto à boa condição de operação.
Quando chegar à estrada, ela manterá uma velocidade
mais baixa, ou quase parando, se necessário. Ela abaixará as
janelas com freqüência para diminuir o embaçamento dos vi-
dros. Ela ficará a uma distância maior de outros veículos. No
geral, o que ela faz é intensificar suas táticas de direção defen-
siva, esperando pelo pior, mas dando o melhor de si para
evitar um acidente.
O que tudo isto tem a ver com a preparação de áreas
seguras de trabalho? Tem tudo a ver. É exatamente isto o que
é a proteção de áreas de trabalho – eliminação ou minimização
dos riscos. Na verdade, o programa inteiro de prevenção de
acidentes é apenas isto.
Eis aqui um outro exemplo comum. Uma escada numa
loja de dois andares é essencial, por razões óbvias. Porém, ela
é também altamente perigosa. Muitas pessoas são feridas to-
dos os anos em quedas de escadas.
Naturalmente, a escada não pode ser eliminada, mas seus
riscos podem ser minimizados. Podemos instalar carpetes e
revestimentos para evitar escorregões em pisos encerados ou
polidos, colocar corrimão e iluminação apropriada. Além dis-
to, devemos treinar as crianças para usar escadas com segu-
rança, subir e descer um degrau de cada vez, usar o corrimão
e não correr.
Agora a escada pode ser usada com segurança relativa.
Suas condições de risco foram minimizadas e o treinamento
apropriado das crianças deve eliminar os atos inseguros.
Vejamos como estes princípios se aplicam ao nosso tra-
balho. Suponha que temos um projeto que exija de nós repa-
ros em instalações subterrâneas num cruzamento movimenta-
do. A quebra do asfalto e a abertura de um buraco certamente
apresentam muitos riscos que não podem ser eliminados.
Mesmo que seja um trabalho de emergência, ele deve ser
planejado e avaliado antes de ser iniciado. Todos os membros
Preparação de áreas seguras de trabalho
da equipe de trabalho são responsáveis pela identificação e
análise dos riscos da tarefa. O público e as propriedades pú-
blicas, assim como os membros da equipe e equipamentos,
devem ser protegidos ao máximo possível.
Como nosso trabalho irá interferir no tráfego de veículos
e pedestres, temos de iniciar definindo a área de trabalho. Os
motoristas devem ser alertados ao máximo e antecipadamente
de que há um trabalho sendo executado à frente. Como não
podemos eliminar os riscos do tráfego, o melhor que pode-
mos fazer é torná-lo mais lento. Reduzir a velocidade do mo-
vimento contínuo dos veículos não apenas permite a continui-
dade do trabalho e melhora a segurança, como também con-
tribui para boas relações públicas.
Sinais de alerta, lanternas, bandeiras mostradas em vári-
os níveis (mas sem obstruir a visibilidade dos motoristas) e
cones ajudam a minimizar os riscos de tráfego. Um ou mais
sinaleiros gentis usando sinais facilmente compreensíveis po-
dem conduzir o tráfego com segurança, em volta e através da
área de trabalho.
O movimento seguro do tráfego não é nosso único pro-
blema neste cruzamento movimentado. Os pedestres também
devem ser considerados. Proteções devem ser colocadas ao
longo da área de trabalho. Devem ser colocadas passarelas
temporárias em trincheiras abertas, para permitir o movimen-
to de pedestres através da área, de forma segura.
Após estabelecermos um padrão para um fluxo seguro
de tráfego, termos dado proteção aos pedestres e colocado
barricadas adequadas em nossa área de trabalho, ainda assim
teremos de lidar com os riscos envolvidos na quebra do pavi-
mento, escavação do buraco e na execução dos reparos.
Muitos riscos com os quais nos defrontamos podem ser
eliminados; outros podem ser minimizados. A utilização de
equipamento de proteção, como luvas, óculos, protetores
faciais, respiradores e máscaras, praticamente eliminarão o
perigo de poeira, gás, vapores, pedras arremessadas e concre-
to. A utilização de proteção para os dedos dos
pés, sapatos e botas de segurança, capa-
cetes, reduzirão mais ainda a possibili-
dade de ferimentos.
Porém, todo o aparato de
proteção do mundo não impedirá atos
inseguros. Cada um de nós é
03
responsável por seu próprio desempenho em segurança do
trabalho. Um bom desempenho em segurança inclui o seguinte:
a manutenção de uma barreira a uma distância segura da borda
da trincheira, verificação se ferramentas ou rochas podem rolar
para dentro do buraco, e termos cuidado para não trabalhar
muito perto uns dos outros e nunca fumar em áreas de risco.
03
b
A empresa se utiliza de vários recursos para
proteger suas propriedades. Existem dispositivos de
combate a incêndio e vigilantes.
Porém, existem outros recursos projetados para prote-
ger você. Pegue por exemplo um par de óculos ou uma prote-
ção facial. Esses dispositivos não impedem que um ladrão roube
propriedade da empresa nem podem ser usados para comba-
ter ou impedir um incêndio; muito menos impedir danos em
equipamentos.
É isto mesmo! A proteção para a face e para os olhos
serve apenas para uma coisa: impedir que algum material ar-
remessado atinja sua vista. Ela foi projetada para proteger você.
Entretanto, ela protegerá você apenas se você quiser. Não
há nenhum dispositivo automático para proteção dos olhos.
Os óculos e outras proteções têm valor apenas quando você
os utiliza da forma como foram projetados para serem usa-
dos.
Com o capacete de segurança é a mesma coisa – prote-
ção para sua cabeça. Ele só vai protegê-lo se você usá-lo. As
botas de segurança protegerão seus pés, não o meu pé ou o pé
do presidente da empresa... apenas os seus.
Assim sendo, quando lhe dizemos para usar o equipa-
mento de proteção individual, não estamos pedindo um favor
para a empresa. Não estamos estabelecendo uma porção de
regras só para o nosso benefício. Não estamos querendo amo-
lar você com restrições sem sentido.
Nós estamos apenas tentando fazer o que é certo e o que
é bom para você; somente tentando ajudá-lo a se ver livre de
acidentes que podem feri-lo, cegá-lo e até matá-lo. Estamos
contentes em ajudar de diferentes maneiras. Nós aprendemos,
a partir de experiências próprias, quais são os tipos de
equipamento de proteção necessários em diferentes tarefas e
passamos esta experiência para você, antes de colocá-lo para
trabalhar.
O uso de alguns tipos de equipamento é exigido por nor-
mas internas. Outros tipos são apenas recomendados, mas não
exigidos. Esperamos que você faça uso do bom senso e use
também aqueles considerados recomendados.
Mas, vamos deixar uma coisa bem clara. Não podemos
usar o equipamento por você. Não estaremos o tempo todo
ao lado de cada um de vocês, dizendo: - “Use este equipa-
mento agora!”. Isto é com você e assim que deve ser, porque
o equipamento de proteção individual foi projetado para sua
própria segurança e saúde.
Equipamentos de proteção
Algumas vezes parece ser muito complicado gastar al-
guns segundos para colocar e tirar o equipamento de prote-
ção para realizar uma tarefa que levará apenas alguns segun-
dos – como um trabalho rápido no esmeril. Porém, pare um
minuto para pensar sobre o assunto. Quanto tempo leva um
“besouro”de uma peça de aço ou pedaço de esmeril para atingir
seus olhos? Levar apenas uma fração mínima de segundo, po-
dendo acontecer tanto em um trabalho que vai levar 10 se-
gundos como num trabalho que dure o dia inteiro.
Não usar os óculos de segurança, guardando-os o tempo
todo no bolso, é uma estupidez tão grande quanto uma caixa
de supermercado dizer: - “Estou saindo para almoçar só por
meia hora. Acho que posso deixar a registradora aberta en-
quanto isto. Não tem a menor chance de alguém passar por
aqui e apanhar o dinheiro”.
Na realidade, não usar os óculos de segurança é uma
estupidez maior. O pior que poderia acontecer com o caixa é
que algum dinheiro fosse roubado e ele fosse demitido por
isto. Entretanto, ele ainda teria seu olhos. Por outro lado, se
você não usar seus óculos de segurança, você estará correndo
o risco de perder a sua visão.
Assim, pegue o equipamento de segurança exigido para
o seu trabalho e use-o sempre que você estiver trabalhando.
Mantenha trancadas as portas dos acidentes que poderiam
acontecer com você.
04
Uma parte do nosso trabalho envolve lidar com
circuitos energizados. A segurança do trabalho em equi-
pamentos e circuitos energizados depende de como estamos
protegidos. Como qualquer outro equipamento, o EPI se des-
gasta e, o que é pior, quebra-se. Para afastar as falhas de EPI,
devemos tomar alguns cuidados.
COMO VERIFICAR NOSSAS LUVAS?
1. Alta tensão pode entrar através de pequenos furos e o cho-
que pode matar você.
2. Os vazamentos em pequenos furos podem deixar que o
suor passe para fora (especialmente em dias quentes) colo-
cando você em perigo.
COM QUE FREQÜÊNCIA AS LUVAS DEVEM
SER TESTADAS POR UMA INSTALAÇÃO DE
TESTES?
Pelo menos a cada sessenta dias.
Teste de segurança para os equipamentos de
proteção individual
QUANDO FOREM ENCONTRADAS LUVAS
COM DEFEITOS, O QUE DEVE SER FEITOS
COM ELAS?
1. Desfazer-se delas.
2. Entregá-las para o supervisor ou encarregado.
3. Nunca colocar luvas defeituosas de volta ao lugar onde são
guardadas, porque alguém poderia voltar a usá-las.
SE UM EMPREGADO ESTIVER USANDO
SUAS PRÓPRIAS LUVAS, SEU PRÓPRIO CIN-
TO DE SEGURANÇA, ETC., AINDA ASSIM ELE
ESTARÁ SUJEITO A SER INSPECIONADO
PELO SUPERVISOR? POR QUÊ?
Sim. O supervisor é o responsável pela segurança de todos,
não apenas dos empregados que estiverem usando equipamento
fornecido pela empresa.
05
A maioria dos ferimentos ocorridos no trabalho en-
volvem os dedos e as mãos. Suas mãos são essenciais
para o seu trabalho e seu bem estar. Como qualquer outra
coisa de grande valor, elas devem ser adequadamente protegi-
das.
Eis aqui alguns procedimentos sensatos para ajudar a evitar
ferimentos em suas mãos:
Lembre-se de que o uso de luvas corretas pode ajudar você
a prevenir muitos ferimentos nas mãos e nos dedos.
Mantenha suas mãos e luvas livres de graxa e de óleo.
Não fique com as mãos ou dedos em lugares onde possam
ser esmagados ou apertados.
Antes de manusear qualquer material, verifique a existência
de bordas cortantes e mantenha suas mãos afastadas das
extremidades destes materiais.
Proteja suas mãos
Certifique-se de que as proteções para mãos e dedos e ou-
tros dispositivos de segurança nas ferramentas, equipamen-
tos e maquinários estão no lugar e se são operantes.
Não faça “bypass” em chaves e controles de segurança –
por exemplo: a chave de “homem morto” em ferramentas e
equipamentos. O acionamento de prensas por duas botoei-
ras simultâneas. Muitos destes dispositivos de segurança
são especialmente projetados para manter suas mãos afas-
tadas de peças móveis.
Tenha cuidado ao manusear metais líquidos quentes. Você
não será capaz de determinar a temperatura de uma peça,
apenas olhando para ela.
Não pegue em metais com temperatura abaixo do ponto de
congelamento; isto poderá ferir a área da pele em contato
com o metal.
06
Dois dos instrumentos de projeto mais compli-
cados com os quais trabalhamos são nossas mãos. Pro-
vavelmente não poderíamos usar qualquer outro dispositi-
vo capaz de substituir nossas mãos e ainda mantermos a pre-
cisão e a capacidade de manobra delas.
Como a maioria das coisas com as quais estamos acostu-
mados, costumamos não nos lembrar de nossas próprias mãos
– exceto quando uma porta prende um de nossos dedos. Aí
sim, lembramos que nossas mãos são sensíveis. Infelizmente,
logo nos esquecemos desta experiência e deixamos nossas
mãos de lado.
Você ficaria surpreso ao saber que os ferimentos nas mãos
representam um terço dos dois milhões de acidentes
incapacitantes que ocorrem no trabalho a cada ano. A maioria
desses ferimentos é causada por pontos de pinçamento – 80%
deles, na verdade.
Os pontos de pinçamento têm o mau hábito de nos pegar
quando não estamos prestando atenção. Podemos evitá-los, fi-
cando atentos em relação a sua existência e, então, tomar os
cuidados adequados.
Um bom cuidado é usar luvas adequadas, quando esti-
vermos manuseando materiais ásperos, ou quando estivermos
levantando ou movimentando objetos. Outras medidas de se-
gurança incluem tirar um tempo para remover ou dobrar pon-
tas protuberantes, bordas cortantes, etc.
Naturalmente, as proteções das máquinas e as ferramen-
tas especiais dadas a você para executar uma determinada ta-
refa devem ser usadas. Quando você não toma cuidado com o
maquinário com o qual terá que trabalhar, ou quando você
remove uma proteção e não coloca no lugar novamente, você
estará aumentando as chances de ser ferido. Apostar em você
nestas situações é perder na certa.
As proteções para as mãos não são nada de novo. Elas
têm sido consideradas importantes há anos. Na idade média, os
espadachins usavam luvas de proteção especialmente confecci-
onadas.
Proteção das mãos
Apesar dos cuidados que tomamos, nossas mãos rece-
berão pequenos ferimentos de tempos em tempos. Faça o tra-
tamento desses cortes e aranhões, pois podem se transformar
em coisas mais sérias.
Para não arrancar a pele de suas mãos, dê uma olhada
antes por onde elas devem passar. Por exemplo: se estiver
movimentando um objeto, ou transportando-o, certifique-se
de que as portas e corredores sejam largos o suficiente para
passar com segurança, antes de iniciar o trabalho. Certifique-
se de que haja espaço suficiente para suas mãos e seja igual-
mente cuidadoso ao depositar sua carga em algum ponto.
Mantenha suas mãos livres de graxa e óleo. Mãos escor-
regadias podem trazer problemas para você. Assim, se estiver
com graxa nas mãos, limpe-as rapidamente.
Aqueles que são casados, provavelmente alguma vez já
brincaram, dizendo que todos os seus problemas começaram,
quando colocaram uma aliança no dedo. Isto realmente pode
ser verdade – pelo menos no que diz respeito ao trabalho. Por
razões de segurança, não use alianças ou anéis quando estiver
trabalhando. Esses objetos podem se prender facilmente no
maquinário e em outros objetos, provocando um corte grave
no dedo, ou o pior, uma amputação.
Polias e correias formam pontos de pinçamento e devem ser
cobertas com proteções. Se você precisar recolher vidro quebra-
do, pregos ou outros objetos cortantes ou pontiagudos, use luvas
para a tarefa, ou varra o material. Nunca tente manusear estas
coisas com as mãos nuas. Uma boa coisa a ser lembrada é o fato
de que suas mãos não sentem medo. Elas vão aonde você man-
dar e se comportarão conforme seus donos mandarem.
07
Um anel não é apenas um círculo de metal usado no
dedo de alguém – em muitas situações, representa tam-
bém a causa de ferimentos sérios para quem o usa.
Muitos desses ferimentos ocorrem no dia-a-dia das pessoas.
As vítimas mais comuns são representadas por alguém que
pula fora da traseira de uma camioneta e prende sua mão numa
projeção, ou por uma mulher que se estica para alcançar algu-
ma coisa numa prateleira alta e fica presa num prego que não
está à vista.
Um cirurgião plástico tratou cerca de vinte e um casos de
avulsão anelar (avulsão é o ato de rasgar uma parte do cor-
po). Este cirurgião enfatiza a seriedade de tal ferimento, ex-
plicando que a destruição de tecido mole pode sertão exten-
siva que os pequenos vasos sangüíneos que alimentam os ten-
dões, osso e unha não podem ser restaurados.
Um outro cirurgião explica que os procedimentos cirúrgicos
necessários para restaurar um dedo severamente danificado
incluem o enxerto de osso e enxerto de pele. O resultado pode
ser um dedo esticado e duro, muitas vezes pouco atraentes
para o paciente.
Uma boa forma de evitar os ferimentos provocados por anéis
é usar daqueles tipos que se abrem sob esforço e que saem do
dedo. Qualquer joalheiro, ou alguém com habilidade necessá-
ria e uma serra de joalheiro, pode fazer uma abertura. Eis aqui
como:
1. A partir da parte interna, faça um pequeno corte na posição
de seis horas (a pedra ou a jóia fica na posição de doze
horas).
O problema com os anéis e alianças
2. Também a partir da parte interna, faça ranhuras com dois
terços de espessura em profundidade, nas posições de nove
e duas horas. Em caso de agarramento severo, o anel será
aberto na posição de seis horas, com as duas partes inferio-
res dobrando nas posições de nove e duas horas. O dedo
será solto sem ferimento. Contudo, é importante lembrar
que os cortes parciais do anel são necessários, assim como
o corte completo. O anel poderá não se abrir apropriada-
mente sem algum dos três cortes.
Algumas pessoas são relutantes, provavelmente por razões
afetivas em relação ao anel, em fazer as alterações necessárias
para evitar ferimentos. Porém, um anel pode ser reparado a
um custo razoável, enquanto a restauração de um dedo pode
ficar muito cara. Naturalmente, você também não poderá usar
um anel ou aliança num dedo que esteja faltando.
De acordo com um cirurgião plástico, que tratou muitas avulsões
anelares, uma alternativa possível aos cortes no anel é usar anéis
dobráveis que podem ser obtidos em joalheiros. Embora
projetados, a princípio, para pessoas com as juntas alargadas,
eles podem salvar um dedo, se forem submetidos a um grande
esforço.
Naturalmente, a melhor forma de evitar um ferimento por anel
é não usá-lo. Porém, se você usa um, altere-o conforme des-
crito anteriormente ou use um de projeto alternativo (como
para o caso de pessoas com artrites).
08
Com tanta conversa a respeito de programas de
segurança, algumas vezes nos esquecemos do óbvio. A se-
gurança é uma questão pessoal. A máquina com que trabalha-
mos pode ter suas proteções, mas se não a usarmos, eles não nos
protegerão.
O que conta a longo prazo é a crença firme de termos de
fazer tudo para podermos trabalhar com segurança. Nós temos
de usar o equipamento de proteção individual se quisermos ter
um bom desempenho com segurança. Ninguém poderá fazer a
segurança por nós. Suponha que você seja um daqueles que acre-
ditam na importância de proteger sua visão em qualquer circuns-
tância e que aja de acordo com esta idéia o tempo todo. Bem,
quando alguém na turma gozar você por estar sendo “maricas”
ou excessivamente cuidadoso, o que você faz? Você decide não
se envolver numa discussão e se afasta. Você dá uma má resposta
à pessoa brincalhona, ou pode tomar a coisa de outra forma e
dizer para a pessoa a razão que o faz proteger seus olhos, mesmo
que o risco seja pequeno.
Talvez, com isso, você leve a pessoa a refletir. Talvez ela
chegue à mesma conclusão que você – de que a segurança vale
mais do que apenas se esforçar. Talvez, se você fizer seu trabalho
bem feito, ela venderá a alguém a mesma idéia.
Os dispositivos para proteção dos olhos têm sido emprega-
dos nas indústrias desde 1910. Talvez, alguns de vocês conheçam
alguém que tenha recebido um ferimento no olho ou que tenha
ficado cego por não estar usando óculos de segurança na hora
certa. Algumas vezes, uma partícula arremessada pode atingir
você com o mesmo impacto de uma bala de revólver. Vários
tipos de dispositivos são disponíveis para proteger seus olhos
contra tais partículas, assim como de vapores e líquidos corrosi-
vos. Dependendo do trabalho, você pode usar óculos, protetores
faciais, blindagens e outros dispositivos de proteção.
A soldagem requer proteção dos olhos na forma de um ca-
pacete para impedir que raios os infravermelho e ultravioleta atin-
Proteção para os olhos
jam seus olhos. Os soldadores também devem usar óculos que
protejam contra o arremesso de partículas.
Os óculos de segurança devem ser usados sempre que ma-
teriais ou partículas possam ser arremessados ou cair de maneira
forçada nos olhos, ou próximo deles.
Você sabe que precisa apenas de uma partícula de esmeril
para acabar com sua visão? Você sabe que o respingo de um
produto químico corrosivo é o suficiente para cegar você?
Porém, algumas vezes você arranja uma desculpa para não
usar seus óculos de segurança. Uma das desculpas mais freqüen-
tes é: “Eles atrapalham a minha visão”; “eles são desconfortáveis”;
“eles me fazem parecer ridículo”.
Sempre que a proteção para seus olhos o aborrecer, lem-
bre-se apenas do seguinte: - você não poderá enxergar através de
um olho de vidro. Talvez a pior desculpa de todas seja que o
trabalho levará apenas um minuto – a acidente talvez leve muito
menos. Ninguém quer perder sua visão ou tê-la danificada. Nin-
guém pensa que isso possa acontecer consigo mesmo. Porém,
produtos químicos podem espirrar, o esmeril pode quebrar, partí-
culas metálicas voam... um acidente pode ocorrer a qualquer ins-
tante. Os danos já terão acontecido.
Uma das frases mais usadas é: “Eu me esqueci...”.
Freqüentemente ela é usada como desculpa para não proteger seus
olhos. Não estamos dizendo que podemos nos esquecer uma vez
ou outra. Porém, basta que você esqueça uma única vez de colocar
os óculos para que este esquecimento, esse lapso de memória, seja
o mais caro em toda a sua vida. Portanto, faça do uso dos óculos
de segurança uma questão de hábito.Pense no seguinte: não existe
uma boa razão para que alguém não proteja os próprios olhos. Os
olhos não têm preço. Assim sendo, proteja-os. Use proteção para
seus olhos.
09
Você sabia que a cada 30 segundos algum tra-
balhador sofre ferimento nos olhos?
Você sabia que 36.680 trabalhadores são afastados do
trabalho, diariamente, por causa de ferimentos nos olhos e os
brasileiros estão ficando cegos ao ritmo de 60 por dia?
Você sabia que 80% de suas ações são orientadas por
sua visão e que 85% do seu conhecimento vem através dela?
Embora os ferimentos nos olhos custem à indústria mais
de 200 milhões de reais por ano, fazendo os trabalhadores
perderem cerca de 3 milhões de dias de trabalho anualmente,
o maior custo ainda é a perda de visão da vítima.
O Conselho Nacional de Segurança do Trabalho, nos
Estados Unidos, classifica as causas de acidentes com a visão
da seguinte maneira:
80% Partículas arremessadas;
8% Ferramentas de maquinário;
7% Respingo de líquidos;
2,5% Explosões;
2% Quedas;
0,5% Infecção.
Fatos sobre ferimentos nos olhos
Não há uma resposta única, com relação a equipamento
de proteção, existente na indústria, para todos os riscos relati-
vos à visão. Diferentes riscos requerem tipos distintos de equi-
pamento. Tenha o tipo certo de equipamento de proteção para
seu trabalho e use-o.
Você não pode comprar um bom olho com todo o di-
nheiro do mundo. Se seu trabalho for do tipo que pode provo-
car sérios ferimentos em seus olhos, então você deve tomar
todos os cuidados necessários para sua visão, usando equipa-
mento de proteção.
Lembre-se de que um cego não deseja outra coisa no
mundo a não ser sua visão.
10
PROTETOR AURICULAR (Abafador
de Ruído)
Tem como finalidade diminuir o nível de ruído recebido
pelo trabalhador. Deve ser usado nas áreas próximas aos equi-
pamentos ruidosos e locais barulhentos. O não uso deste equi-
pamento pode causar: stress, insônia, dificuldade de comuni-
cação, surdez profissional.
CREMES
Têm como finalidade proteger a pele contra produtos
químicos agressivos. Devem ser usados em todas as ativida-
des onde houver contato com produtos químicos. A falta do
creme pode causar doenças na pele, alergias, dermatites.
Equipamentos de segurança
MÁSCARA CONTRA POEIRA E GASES
Protege as vias respiratórias,deve ser usada em ativida-
des onde haja concentração de poeiras ou gases. A falta de
máscara pode causar doenças do sistema respiratório.
11
As roupas de verão, feitas de material sintéti-
co, são preferidas pelas pessoas que precisam trabalhar
perto de fontes de calor ou sob o sol. Porém, o conforto
não compensa o maior risco a que estão sujeitas.
Às pessoas envolvidas em combate a incêndio aconse-
lha-se não usar roupas que não podem ser passadas a ferro
porque podem derreter sob extremo calor. Esses materiais,
sob calor intenso, podem fundir numa massa incandescente,
grudando na pele e provocando sérias queimaduras. Mesmo
os materiais sintéticos tratados com retardantes de chamas se-
rão fundidos e derretidos se expostos a calor intenso ou a
chama.
Os sintéticos para o inverno também são suspeitos e os
testes de materiais de isolamento térmico usados em jaquetas
e camisetas mostraram que tendem a derreter sob calor extre-
mo. Os pesquisadores descobriram que a espuma de borracha
e almofadas feitas de fibras de polipropileno pegam fogo e se
queimam após aquecimento artificial num secador de roupas.
Todos os tecidos podem queimar, naturalmente, se hou-
ver as condições adequadas. O grau de inflamabilidade de-
pende do peso das fibras e do tipo de tecido, sua superfície e
desenho ou estilo da roupa.
Roupas de proteção contra fogo
Eis aqui alguns pontos importantes que devem ser lem-
brados na escolha de roupas apropriadas para o trabalho per-
to de calor ou chama:
Tecidos pesados de lã prensada pegam fogo mais lentamen-
te do que tecidos leves feitos de lã não prensada.
Tecidos que têm superfície lisa e maior densidade são me-
nos prováveis de queimar do que outros tecidos.
O vestuário justo no corpo é mais seguro perto de calor ou
chama do que roupas frouxas.
Dentre as fibras básicas, a lã prensada é comparativa-
mente mais resistente a chamas. Ela pega fogo, mas queima-
se lentamente e o fogo geralmente se apaga quando a fonte de
calor for removida. Se a lã for combinada com outro tecido,
contudo, ela deixa de ser resistente ao fogo.
O algodão e o nailon se queimam facilmente, mas podem
ser tratados com produtos químicos para torná-los mais resis-
tentes ao fogo. Os tecidos de fibra de vidro e algumas outras
fibras artificiais são resistentes ao fogo, mas algumas vezes
são misturados ou tratados com acabamentos que os tornam
menos resistentes ao fogo.
12
Lesões repetidas nas costas podem se tomar
crônicas se afetarem um empregado no trabalho e em
casa. Uma lesão nas costas pode causar anos de sofrimento,
encurtar os anos produtivos do trabalhador e provavelmente
acabar com a alegria da aposentadoria durante muitos anos.
Podemos evitar estas lesões nas costas?
SIM... se reconhecermos algumas de suas causas. Uma
revisão das experiências do passado indica que a maioria re-
sulta das seguintes causas:
Levantamento de cargas com o corpo em posição errada.
Levantamento de objetos abaixo do nível do solo.
Tentativa de levantar pesos acima da capacidade da pessoa.
Escorregões quando transportando objetos ou operando
ferramentas pesadas.
Giro do corpo nos calcanhares quando se levanta ou carre-
ga objetos.
A maioria de nós sabe como levantar um peso correta-
mente. Sabemos como ficar na posição correta quando estamos
Lesões nas costas
levantando um peso. Se ficarmos alerta e observarmos as ori-
entações dadas aqui, podemos evitar muitas das lesões causa-
das por métodos incorretos de se levantar peso.
Tenha ajuda ao levantar objetos que, por causa de suas
posições, são difíceis de agarrar. Consiga ajuda para todos os
objetos difíceis de segurar.
Peça ajuda para objetos pesados. Todos nós temos nos-
sas limitações. Conheça as suas. Sua condição física, consti-
tuição e estatura têm muito a ver com sua capacidade de le-
vantar objetos pesados. Não faça mais do que dá conta.
Tenha cuidado especial quando levantar ou transportar
objetos em terrenos irregulares ou onde houver perigo de per-
der o apoio dos pés sobre pedras, tábuas ou outros objetos.
Mantenha sua área de trabalho e passarelas limpas e
desobstruídas.
Nunca torça seu corpo quando levantar ou transportar
um peso. Se tiver que mudar de posição, mude a posição dos
pés sem torcer o corpo, para obter o efeito desejado.
13
Mesmo com auxílio mecânico para içamento,
encontramos certas coisas que precisam ser levantadas
manualmente. Para evitar distensões de mau jeito nas cos-
tas, temos que levantar o peso corretamente. Isto já foi dito
várias vezes no passado, mas ainda ocorrem muitas lesão por
levantamento de peso.
Consideremos algumas coisas que temos que levantar ma-
nualmente. O que pesa mais? O que é mais difícil de manuse-
ar? Pense nisto enquanto falamos nos principais pontos sobre
levantamento de peso com segurança.
A proteção das mãos é de máxima importância. Quando
levantar materiais com bordas cortantes ou superfície áspera,
use luvas para proteger suas mãos. Devemos evitar o
pinçamento de dedos e corte nas mãos.
Mesmo que você esteja usando luvas, deve certificar-se
de que suas mãos não correm riscos. Muitas cargas caem quan-
do as mãos são atingidas por alguma projeção no momento
em que a carga está sendo levantada. Nestes casos, são os pés
que normalmente são atingidos.
A firmeza nos pés é essencial para se tentar levantar um
objeto de qualquer peso substancial. Muitas distensões resul-
tam da perda de equilíbrio. Com isto, o peso da carga é lança-
do sobre os músculos das costas.
A posição dos pés determina se você está ou não bem
equilibrado. Eles devem ficar separados um do outro.
Pegar corretamente a carga é necessário para firmá-la
bem. Segure-a primeiro com as mãos, antes de começar a
levantá-la. Se estiver levantando uma caixa, pegue-a pelos
cantos diagonalmente opostos.
Manter a carga perto do corpo é importante para evitar
esforço excessivo. Antes de levantá-la, avalie seu tamanho para
certificar-se de que é capaz de erguê-la próxima a seu corpo.
Manuseie materiais com segurança
Desta maneira, é mais fácil manter seu equilíbrio. Assim você
distribui o peso uniformemente sobre todo seu corpo.
Dobrar os joelhos para levantar o peso com os músculos
das pernas é o requisito básico do levantamento de carga com
segurança. Abaixe com seus joelho dobrados. A carga deve
ficar entre seus joelhos de forma que fique perto do seu corpo
quando erguê-la.
As costas devem ser mantidas retas enquanto levanta a
carga. Se seus joelhos estiverem dobrados e suas costas esti-
verem retas, a carga pode ser levantada. Nesta posição, toda a
carga é lançada sobre os pés.
Levantar lentamente é outra recomendação básica para
segurança. Coloque lentamente sua força no levantamento.
Levante lentamente esticando suas pernas, mantendo suas
costas rentes e a caixa próxima a seu corpo. Você saberá se a
carga é pesada para você. Se for muito pesada, dobre os joe-
lhos para colocá-la de volta ao chão.
Peça ajuda quando precisar. Este é outro ponto essenci-
al. Se qualquer carga for muito pesada para você, não hesite
em pedir ajuda.
As botas de segurança previnem ferimentos nos pés no
caso de quedas de carga.
O levantamento de pesos representa muitos problemas
no trabalho. Certamente é um problema nacional. Cerca de
um afastamento por hora ocorre devido ao manuseio manual
de cargas.
Podemos eliminar os problemas de levantamento em nos-
so departamento apenas observando os cuidados de seguran-
ça para levantamento de carga. Assim sendo, lembre-se de
levantar com as pernas e não com as costas. Peça ajuda para
cargas muito pesadas!
14
Nas muitas atividades de trabalho, existem inú-
meros a microscópios contaminantes que ficam suspensos
no ar. Muitas vezes , eles são tóxicos, e, consequentemente,
prejudiciais à saúde.
QUAIS OS CONTAMINANTES PRESENTES NAS
INDÚSTRIAIS?
O ar que respiramos é composto de 21% de oxigênio, 78 %
de nitrogênio e 1% de outros gases. Certo? Já não foi falado a
esse respeito? Nesta combinação, estes gases mantêm a vida.
Porém, quando outras substâncias estiverem presentes, o tra-
balhadorestará sujeito a irritação, intoxicação, asfixia, narco-
se, podendo levá-lo à morte.
QUAIS SÃO OS AGENTES QUE PODEM REPRESENTAR
ESTAS CONDIÇÕES DE RISCOS PARA O NOSSO APA-
RELHO RESPIRATÓRIO?
POEIRAS - São formadas quando um material sólido é que-
brado, moído ou triturado.
FUMOS - ocorrem em operações de fusão em altas tempera-
turas, com materiais plásticos ou metálicos, como soldagem e
fundição.
NEBLINAS ou NÉVOAS - são encontradas em operações
de pintura quando os líquidos são pulverizados.
GASES E VAPORES - São contaminantes presentes no ar,
que por serem minúsculas partículas, passam pelos pulmões,
depositam-se na corrente sangüínea e podem chegar ao cére-
bro, rins e outros órgãos. Os vapores ocorrem através da eva-
poração de líquidos ou sólidos, tais como: Gasolina, querose-
ne, solvente de tintas, etc.
COMO SE PROTEGER DESTES CONTAMI-NANTES -
Através de EPI, respiradores, máscaras com filtros adequa-
dos que atraem e retém os contaminantes suspensos no ambi-
ente de trabalho.
O que os olhos não vêem... o pulmão aspira
COMO IDENTIFICAR UM BOM RESPIRADOR:
- CONFORTO - Considerando que o trabalhador poderá utili-
zar o respirador até 8 horas por dia, é de fundamental impor-
tância que seja leve, sem machucar o rosto do usuário;
- SELAGEM - Deve ajustar bem a face do usuário, protegendo
contra as partículas a gases tóxicos que podem estar presentes
no ambiente;
- FÁCIL UTILIZAÇÃO - Respiradores de manuseio compli-
cado desestimulam e dificultam a utilização freqüente;
- DIFICULDADE NA MANUTENÇÃO - Respiradores com-
postos de muitos elementos e peças reposicionáveis necessi-
tam de cuidados freqüentes e prejudicam a qualidade e efici-
ência do EPI, se a manutenção não for bem feita;
- FÁCIL COMUNICAÇÃO - Um bom respirador permite,
durante sua utilização uma clara e fácil comunicação, sem que
seja necessário retirá-lo do rosto.
- EFICIÊNCIA - A qualidade do elemento filtrante é muito im-
portante para que ocorra a proteção respiratória, bem como o
uso do respirador apropriado para cada situação e contaminante.
CUIDADOS:
- Não suje, nem danifique a parte interna, a qual ficará direta-
mente em contato com a boca e o nariz;
- Não deixe sobre equipamentos e lugares sujeitos a poeiras
ou sujeiras;
- No intervalo ou ao final do trabalho, guarde o respirador em
saco plástico e coloque-o em lugar apropriado (gaveta, armá-
rio, etc);
- Quando sentir dificuldades na respiração, cheiro ou gosto
do produto com que estiver trabalhando, isto indica que é hora
de trocar o respirador;
- Para qualquer dúvida ou informação adicional, pro-
cure o técnico de segurança.
15
Para entendermos o que é acidente do traba-
lho, necessário se faz compreender primeiramente o que
é, simplesmente, acidente.
O QUE VEM A SER ACIDENTE?
Numa conceituação mais ampla, ACIDENTE é toda ocorrên-
cia não desejada que modifica ou põe fim ao andamento nor-
mal de qualquer tipo de atividade. Pode-se qualificar como
acidente uma interrupção no fornecimento de energia elétrica.
O QUE VOCÊ CONCLUI?
Portanto, o acidente pode ocorrer em qualquer lugar: em casa,
na rua, na prática de esportes, numa viagem e, principalmen-
te, no trabalho ou em função deste.
Para que possa ficar bem entendido, em termos de acidente
dentro da empresa, existe um amparo legal, que é definido na
lei n.º 8.213, “ACIDENTE TRABALHO É AQUELE QUE
OCORRER PELO EXERCÍCIO DO TRABALHO A SER-
VIÇO DA EMPRESA, PROVOCANDO LESÃO CORPO-
RAL OU PERTURBAÇÃO FUNCIONAL QUE CAUSE A
MORTE OU PERDA OU REDUÇÃO, PERMANENTE OU
TEMPORÁRIA DA CAPACIDADE PARA O TRABALHO”.
COMO INTERPRETAR?
O acidente do trabalho é considerado como tal quando ocor-
rer nas seguintes circunstâncias: pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa.
Lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte,
ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capaci-
dade para o trabalho?
No caso, lesão corporal ou perturbação funcional refere-se
aos efeitos de qualquer tipo de acidente que prejudique a inte-
gridade física ou mental do trabalhador e que possa causar a
perda, ou redução permanente, ou temporária, de sua capaci-
dade para o trabalho, que exercia normalmente antes do aci-
dente.
O que é acidente de trabalho
O QUE É REDUÇÃO PERMANENTE DA CA-
PACIDADE DE TRABALHO?
Ocorre quando o trabalhador , devido a uma lesão grave, tem
reduzida, para sempre, sua capacidade de trabalho no desem-
penho de sua antiga função ou quando, ainda, devido ao tipo
da lesão, ele se torna incapacitado para qualquer outro tipo de
trabalho: Ex. Perda das duas vistas, de um braço, mão etc.
E A REDUÇÃO TEMPORÁRIA DA CAPACIDA-
DE DE TRABALHO?
Consiste na perda da capacidade para o trabalho por um tem-
po determinado (menos de um ano), permanecendo afastado
de sua função, segundo orientação médica. Ex.: Queimou o
braço e afastou-se por 2O dias.
RESUMINDO - para ser considerado ACIDENTE DE TRA-
BALHO, O TRABALHADOR DEVE: Estar exercendo um
trabalho, a serviço da empresa, e ocorrer uma lesão que o
afaste por algum tempo ou para sempre de sua antiga função.
16
O acidente prejudica a integridade física do tra-
balhador.
As conseqüências dos acidentes, quando envolvem o
trabalhador, são muito mais desastrosas e evidentes, pois, de-
pendendo de seu grau de intensidade, por mínimos que eles
sejam, sempre requerem cuidados especiais no tocante a
readaptação do homem ao trabalho e, num sentido mais am-
plo, dependendo do tipo da lesão física, a sua reintegração na
própria sociedade.
ASPECTO SOCIAL
Em referência a este aspecto, deve-se cogitar das conseqüên-
cias que, advindas dos acidentes do trabalho, se constituem
num agravante dos problemas sociais já existentes. Como o
objeto desta análise é o acidente de trabalho e suas conseqü-
ências sociais, deve-se estudar o mesmo visando dois aspec-
tos:
- o acidente do trabalho como efeito;
- o acidente do trabalho como causa.
QUANDO CONSIDERAR O ACIDENTE DE
TRABALHO COMO EFEITO?
Quando ele resulta de uma ação imprudente ou de condições
inadequadas, isto é, quando resulta da inobservância das nor-
mas de Segurança.
Aspecto humano do acidente do trabalho
QUANDO CONSIDERAR O ACIDENTE DE
TRABALHO COMO CAUSA?
Quando se tem em vista as conseqüências dele advindas.
E NO ASPECTO SOCIAL COMO SE ENQUA-
DRA O ACIDENTE DO TRABALHO?
No que diz respeito ao aspecto social, o acidente do trabalho
se constitui causa ou uma das causas agravantes dos proble-
mas sociais já existentes, uma vez que suas conseqüências au-
mentam o índice de pessoas marginalizadas na sociedade. Por
exemplo, vários acidentados portadores de lesões que os tor-
naram permanentemente incapacitados para qualquer tipo de
trabalho e agravaram um problema social. Esse fato dá ori-
gem a outro problema, a redução dos vencimentos, o que obriga
a baixar o padrão de vida mantido até então. Esse aconteci-
mento poderá originar tipos de comportamento desajustado
das pessoas da família do acidentado, na ação dirigida para
manter o padrão de vida a que estavam acostumados ou, mes-
mo, na luta pela sobrevivência. Tais comportamentos, depen-
dendo de sua proporção, passam a ser consideradas com um
problema social. A extensão e proporção das conseqüências
não tem dimensões. Mas, o importante para todos nós aqui
reunidos é que devemos inteirar dessa realidade, interessan-
do-se pela aplicação correta das medidas de prevenção do aci-
dente, para não tornarmos vítimas desta realidade.
17
Um dos fatores altamente negativos, resultan-
tes dos acidentes do trabalho, é o prejuízo econômico,
cujas conseqüências atingem o trabalhador, a empresa, a
sociedade e, numa concepção mais ampla a própria nação.
POR QUÊ?
Apesar de toda a assistência e das indenizações recebidas por
ele ou seus familiares através da Previdência Social, no caso
de acidentar-se, os prejuízos econômicos fazem-se sentir na
medida em que a indenização não lhe garante necessariamen-
te o mesmo padrão de vida mantido até então. E, dependendo
do tipo de lesão sofrida, tais benefícios, por melhores que se-
jam, não repararão uma invalidez ou a perda de uma vida.E PARA EMPRESA?
Os prejuízos econômicos derivados dos acidente variam em
função da importância que ela dedica à prevenção de aciden-
tes. A perda ainda que de alguns minutos de atividade no tra-
balho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com a
danificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais
Aspecto econômico do acidente de trabalho
etc. Outro tipo de prejuízo econômico refere-se ao acidente
que atinge o trabalhador variando as proporções quanto ao
tempo de afastamento do mesmo, devido a gravidade da le-
são.
As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do
trabalho por tempo indeterminado, devido a impossibilidade
de substituição do acidentado por um trabalhador treinado
para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica
negativa que atinge os demais trabalhadores e que interfere no
ritmo normal do trabalho , levando sempre a uma grande que-
da da produção.
FINALIZANDO
Imagine o custo para o País e pensar que poderia ser utilizado
para habitação, saúde, educação e segurança. Queiramos ou
não, somos diretamente responsáveis por esse ônus, quando
somos envolvidos em algum tipo de acidente e indiretamente
quando poderíamos ter feito algo pela prevenção de acidente
e não o fizemos.
18
Quando um empregado é acidentado, é respon-
sabilidade da Empresa providenciar para que ele receba
imediatamente socorro de urgência.
A empresa comunica o acidente ao INSS por meio de um
impresso “Comunicação de Acidente do Trabalho “ C.A.T. O
Comunicação de acidente de trabalho
seu preenchimento é obrigatório por Lei, até o primeiro dia útil
após o acidente. Se ocorrer a morte do funcionário, a comuni-
cação deve ser feita também a autoridade policial. A frente do
CAT deve ser preenchida corretamente, pela Empresa.
19
Os pés são um ponto bastante vulnerável e bas-
tante propício aos acidentes do trabalho.
O chão sobre o qual eles se deslocam freqüentemente
é irregular. Sua superfície pode ser áspera ou lisa e escorrega-
dia. Pode estar seca ou molhada. E quase sempre existem ob-
jetos pérfuro-cortantes (pregos, rebarbas metálicas, etc.).
Com relação às superfícies de trabalho, deve-se escolher
um calçado que tenha um solado adequado, isto é, projetado
de maneira a impedir que algum dano possa afetar o usuário,
como por ex., um solado de PVC com um desenho
antiderrapante para tarefas em locais escorregadios.
O ponto crítico da proteção dos pés, no entanto é a
biqueira do calçado de segurança, a grande maioria dos aci-
dentes com os pés ocorre por choque contra obstáculos, na
parte dianteira dos calçados que podem ocorrer devido:
a) Surgimento de um obstáculo imprevisto à frente do
trabalhor-degrau, canto vivo, etc.;
b) Queda de um corpo sobre o pé – martelo, uma carga, etc.;
c) Pressão estática sobre o pé, como a passagem de uma roda
de vagão, locomotiva, caminhão ou empilhadeira, etc..
Portanto, a biqueira deve ser resistente. Sendo de aço,
este material deverá ser temperado de forma que ofereça uma
rigidez que suporte elevadas cargas, mas, ao mesmo tempo,
flexibilidade para resistir a um choque dinâmico sem romper-
Os pés
se e sem deformar-se, de maneira a por em risco a segurança
do usuário.
É importante, ainda que o calçado de segurança seja con-
fortável. A grande maioria dos empregados trabalha em pé e
uma forma anatômica, que permita a liberdade de movimen-
tos, sem pontos de tensão e compressão é fundamental para
permitir um desempenho satisfatório do trabalhador durante a
jornada de trabalho.
Observe as condições do seu calçado, pois estando em
mau estado, logicamente maltratam seus pés. Dê uma olhada
em seu calçado, verifique se está com a sola gasta (perigo de
escorregar), a sola furada ou as laterais tortas. Se estiver, re-
quisite um novo para a proteção dos seus pés. Lembre-se que
os sapatos são testados para durar no mínimo 6 meses. Mas
caso de não durarem, procure o técnico de segurança. Ele
autorizará a retirada de um novo.
Calçados limpos dão uma melhor aparência. Tenha-os
bem engraxados para proteger o couro. Caso venha a molhar,
enxugue-os longe do calor.
Procure cuidar dos seus pés. Qualquer anormalidade, pro-
cure um médico porque os seus pés trabalham com você.
Lembre-se, existem muitas maneiras de destruirmos nos-
sos pés e artelhos. Mas, só existe uma maneira excelente de
protegê-los, USANDO CALÇADOS DE SEGURANÇA.
20
As mãos
A mão, composta de um grande número de
ossículos (27), de tendões, de nervos, compreende uma
rica rede sangüínea necessária ao seu alto nível de ativida-
de. Todos esses elementos formam um conjunto bem definido
que contribui para harmonia de seu movimento, de sua sensi-
bilidade e de sua destreza.
O contato permanente com o mundo exterior e o grande
número de agentes agressivos a que é submetida e sua diversi-
dade de ação, torna-a frágil e vulnerável, advindo daí um grande
número de acidentes.
Qualquer que seja a causa de um acidente, sua gravidade
não é somente função... mas também, infelizmente, da profis-
são do indivíduo, pois a perda de uma certa sensibilidade ou
de uma certa destreza pode causar uma simples dificuldade ou
trazer sérias conseqüências a exemplo de amputações.
Apesar de toda a técnica desenvolvida para substituir o
homem pela máquina e de mecanizar ao máximo as operações
manuais, o homem e suas mãos continuarão todavia sendo
indispensáveis, expondo-se, portanto, a inúmeros riscos, como
podemos destacar: golpes, cortes, abrasões, substâncias quí-
micas, queimaduras, choque elétrico.
Por isso é importante protegê-las.
Após um grave acidente não há segunda chance.
As mãos são os olhos dos cegos e a voz dos mudos.
Elas servem para trabalhar, para julgar e expressar emo-
ções, sem as mãos as atividades humanas estariam limitadas
em grande parte, mais do que poderíamos imaginar.
Como poderíamos escovar os dentes?
Como abriríamos uma porta?
Como poderíamos amarrar os cordões dos nossos calça-
dos, abotoar a camisa, tocar um instrumento musical, digitar
um computador, ou aplaudir uma acontecimento que mereça?
Difícil, não?
É claro que nem todas as lesões na mão implicam em
uma amputação total, mas mesmo a imobilização temporária
de um dos dedos já traz certa dificuldade.
Alguns procedimentos que merecem a nossa atenção:
Não opere nenhuma máquina e equipamento sem conhecê-
la bem;
Verifique se a máquina possui proteções necessárias para
proteção de nossa integridade física;
Engrenagens, polias, correias e o próprio ponto de opera-
ção representam perigo;
Às vezes, a proteção foi retirada e esqueceram de recolocar
no lugar. Providencie sua reposição;
Antes de lubrificar, engraxar, limpar, ou ajustar, certifique-
se de que esteja desligada e travada;
Os anéis, relógios e pulseiras são um perigo junto à máquina,
quando estiver manipulando materiais;
Nunca limpe as limalhas com as mãos, use uma escova;
Mantenha os seus dedos, fora de perigo ao deixar objetos
pesados;
PENSE NA IMPORTÂNCIA DE SUAS MÃOS E PRO-
TEJA-AS.
21
Em nossa vida diária, seja em casa, no traba-
lho, seja viajando ou nos divertindo, existem inúmeras
situações nas quais estamos expostos ao barulho. O traba-
lho, na maioria das vezes se apresenta como situação mais
perigosa em função das muitas máquinas e equipamentos rui-
dosos e do tempo considerável que passamos sob estas condi-
ções.
O barulho é um som prejudicial à saúde humana porque
causa sensação desagradável e irritante, que depende de al-
guns fatores:
1. Depende da freqüência e intensidade – a freqüência em Hertz
e a intensidade em decibéis;
2. Tempo de exposição – quanto maior o tempo exposto, mai-
or perigo;
3. Tipo de barulho – contínuo (sem parar); intermitente (ocor-
re de vez em quando) ou de impacto (ocorre de repente);
4. Distância da fonte – quanto mais próximo, maior risco;
5. Sensibilidade Individual – varia em função da idade e das
resistência do organismo de cada pessoa;
6. Lesões no ouvido – problemas anteriores no ouvido (infec-
ções e inflamações).
EFEITO DO BARULHO À SAÚDE:
Efeitos no trabalho – problemas de comunicação;baixa con-
centração; desconforto; cansaço; nervosismo; irritação; baixo
rendimento; perdas de reflexo.
Efeitos ao organismo – estreitamento dos vasos sangüíneos;
aumento da pressão arterial; ansiedade; tensão; insônia; pro-
blemas digestivos (úlceras, gastrite); problemas cardíacos.
Ruído
Efeitos à audição:
Trauma acústico – é a perda auditiva repentina causada por
barulhos de impacto como explosões;
Perda auditiva temporária – ocorre após exposição a barulho
intenso, mesmo por curto período de tempo. A audição volta
ao normal após algum tempo;
Perda auditiva permanente – ocorre pela exposição repetida,
durante longos períodos, à barulhos de alta intensidade. É
irreversível, porque destrói as células auditivas.
SINAIS DE PERDA AUDITIVA
- zumbidos ou sons estranhos no ouvido. São notados, geral-
mente depois do período de trabalho, em ambientes silenci-
osos ou ao dormir.
- Incapacidade de ouvir sons baixos ou de alta freqüência.
- Dificuldade em ouvir e entender uma conversa ou falar ao
telefone.
- Os sons são ouvidos de forma abafada.
COMO PREVENIR
De imediato, fazer uso contínuo de EPI – Protetor auricular.
Demais procedimentos devem haver considerações técnicas.
22
MAS POR QUE FAZER INSPEÇÃO?
Independente de área, há milhares de coisas que em al-
gum momento desgastam (mangueiras, cabos, ferramentas,
escadas, etc.). O uso e desgaste normais podem ocasionar uma
deterioração gradual que pode ser descoberta antes que se
produza um dano pessoal, um dano à propriedade ou uma
interrupção do trabalho. Além disso as áreas são informadas
dos problemas que podem afetar de modo negativo as opera-
ções da empresa. Portanto, a inspeção é um instrumento fun-
damental para se obter um retrato qualitativo e fiel do ambi-
ente de trabalho e, a partir disto, propor medidas de controle
e correção cabíveis.
QUAIS OS OBJETIVOS PRINCIPAIS?
Remover as interferências na execução das atividades;
Buscar falhas nos processos ou métodos de trabalho que pos-
sam alterar a condução normal da tarefa;
Identificar os riscos no trabalho e no meio ambiente, de uma
forma planejada e orientada, pois muitos riscos não são óbvi-
os para a maioria das pessoas.
QUEM DEVE REALIZAR?
Devidamente orientados pela área de segurança, todos po-
dem realizar uma inspeção: o supervisor, líder, empregado,
membro da Cipa.
COMO REALIZAR?
1.º passo – é identificar o que procuramos. Lembrar do ato e
da condição insegura. Estes são os elementos fundamen-
tais, que devemos eliminar.
2.º passo – através de um impresso próprio ou “check-list”,
identificar registrar todas as irregularidades constatadas.
3.º passo – encaminhar para a supervisão da área inspeciona-
da os dados registrados para que as não conformidades
possam ser solucionadas.
4.º passo – acompanhar as providências.
Inspeção de segurança
TIPOS DE INSPEÇÃO
Rotina – Faz-se uma vistoria de forma rotineira para checar as
operações, equipamentos, procurando possibilitar a continui-
dade operativa dos processos.
Periódica – Realizada de tempos em tempos, dirigida às má-
quinas, equipamentos e instalações e procura averiguar alte-
rações nos mesmos que podem ocorrer após um período de
uso.
Especiais – São aquelas feitas em processos, máquinas ou ins-
talações novas de modo a descobrir e eliminar riscos antes do
funcionamento, bem como aquelas onde há suspeita de pre-
sença de substâncias tóxicas e perigosas para a saúde. Muitas
vezes o risco está na nossa frente, mas não observamos. A
troca de informações, o diálogo, empregados de outras áreas
inspecionado, com essas medidas, fatalmente estes riscos se-
rão vistos e eliminados. Assim caminha a prevenção de aci-
dentes.
23
A importância de investigar um acidente ocor-
rido é procurar as causas que o determinaram. Quando
um acidente ocorre, quer seja grave ou não, devemos analisá-
lo profundamente com o objetivo de agir eficazmente no sen-
tido de evitar a sua repetição.
É necessário lembrar que a finalidade de investigar não é
a de procurar um culpado ou um responsável, mas encontrar
as causas que contribuíram direta ou indiretamente para a ocor-
rência do acidente.
O local da ocorrência deve permanecer sem alteração,
para que as condições do momento sejam perfeitamente
identificadas pela área de segurança e membros da CIPA, acom-
panhado pelo responsável da área.
Até a segurança chegar, o responsável deve iniciar a co-
leta de dados que servirão como ponto de partida para um
exame pormenorizado.
Como roteiro básico na investigação, podemos nos valer das
seguintes perguntas:
O que fazia o acidentado no momento imediatamente ante-
rior à ocorrência ?
Como aconteceu?
Quais foram as conseqüências?
Quais as causas que contribuíram direta ou indiretamente
para a ocorrência do acidente?
Quando ocorreu? (data e hora)
Onde ocorreu? (especificando o setor ou seção)
Quanto tempo de experiência na função tinha o acidenta-
do?
Pegar depoimento das testemunhas.
Na medida do possível, o acidentado deve ser envolvido na
investigação do acidente.
A importância de investigar os acidentes
IMPORTANTE – O momento melhor e mais oportuno para a
investigação é logo após o evento. Quanto menor o tempo
entre o acidente e a investigação, mais precisa será a informa-
ção obtida.
Geralmente, os depoimentos das testemunhas são mais
precisos quando elas não têm tempo de serem influenciadas
pela opinião dos outros e quando a memória ainda se apresen-
ta clara e detalhada. Quando há demora, as condições mudam
mais rapidamente que as opiniões. A única condição que pode
atrasar a investigação de um acidente é a necessidade de se
prestar assistência a uma pessoa lesionada ou de evitar um
dano maior ao patrimônio.
24
Equipara-se ao acidente do trabalho o aciden-
te sofrido pelo empregado no local e no horário de tra-
balho, em conseqüência de:
A.Ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro,
inclusive companheiro de trabalho;
B.Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivos
de disputa relacionada com o trabalho;
C.Ato de imprudência, de negligência o de imperícia de ter-
ceiro, inclusive companheiro de trabalho;
D.Ato de pessoa privada do uso da razão;
E.Desabamento, inundação ou incêndio.
Em período destinado a refeição, ou por ocasião de sa-
tisfação fisiológica, no local ou durante este, o empregado é
considerado a serviço da empresa.
FORA DO LOCAL E HORÁRIO DE TRABALHO:
A.Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a
autoridade da empresa;
B.Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para
lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito. Ex.: esqueceu
de desligar e energia e retornou a noite, sofreu queda cau-
sando um ferimento.
C.Em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do
empregado.
Outras situações consideradas
como acidente de trabalho
ACIDENTE DE TRAJETO:
No percurso da residência para o trabalho ou deste para aque-
la.
No percurso da residência para empresa e vice-versa, durante
o intervalo da refeição.
Prestem atenção, não se aplica ao acidente sofrido pelo segu-
rado que por interesse pessoal tiver interrompido ou alterado
o percurso.
Entende-se como percurso o trajeto usual da residência ou
local de refeição para o trabalho, ou destes para aquele.
AINDA EQUIPARA-SE COMO ACIDENTE DE TRA-
BALHO:
O acidente que ligado ao trabalho embora não tenha sido a
causa única, contribui diretamente para a morte, a perda ou a
redução da capacidade para o trabalho.
A doença proveniente da contaminação acidental de pessoal
da área médica, no exercício de sua atividade.
A doença profissional, assim entendida aquela do trabalho,
constante de relação organizada pela Previdência Social.
25
O uso do EPI requer certos critérios nos seguintes
aspectos:
IDENTIFICAÇÃO DO RISCO – Constatar a existência
ou não de elementos da operação, de condições de trabalho,
ambiente, etc., que sejam ou que possam vir a ser nocivos aos
trabalhadores.
AVALIAÇÃO DO RISCO CONSTATADO – Determi-
nar a intensidade e/ou extensão do risco,quanto às possíveis
conseqüências para o trabalhador e com que freqüência ele se
expõe à riscos e quantos estão sujeitos aos mesmos perigos.
INDICAÇÃO DO EPI APROPRIADO – Indicar o EPI
com base nos resultados previamente obtidos, ou baseados
nos mesmos resultados, efetuar testes e escolher, entre vários
o EPI mais aconselhável para solução do problema que se tem
pela frente.
Critérios para uso e quando usar o EPI
Os EPIs são empregados rotineiramente ou excepcionalmente
em quatro principais circunstâncias, a saber:
1. Quando o trabalhador se expõe diretamente a riscos não
controláveis por outros meios técnicos: uso de óculos de
segurança, máscaras e outros EPIs de operação de solda,
manipulações de produtos químicos.
2. Quando o trabalhador se expõe a riscos apenas parcialmen-
te controlado por outros recursos técnicos: uso de óculos
de segurança em operações de esmerilhamento, mesmo que
a máquina disponha dos demais meios convencionais de
segurança; uso de máscaras respiratórias em cabine de pin-
tura, mesmo provida de ventilação.
3. Em casos de emergência, ou seja, quando a rotina do traba-
lho é quebrada por qualquer anormalidade envolvida: uso
de máscaras respiratórias para entrada em compartimentos
confinados, reparos de vazamentos de contaminantes; uso
de luvas para manuseio de peças agressivas.
4. A título precário, em período de instalação, reparos ou subs-
tituição dos meios que impedem o contato do trabalhador
com o produto ou fator de risco: uso do protetor facial e
outros EPIs adequados enquanto não se isola uma determi-
nada fonte de calor radiante; uso de luvas para proteção
das mãos na manipulação de peças quentes enquanto não
se dispõe de equipamentos para esse manuseio.
26
Segurança
SEGURANÇA – É a ausência do perigo no curso
do trabalho;
PREVENÇÃO
ATIVA – Prevê o acidente antes que o mesmo ocorra impe-
dindo-o. Ex.: você observa que o seu colega opera o esmeril
sem óculos, alerta-o, e ele começa a fazer uso do EPI;
PASSIVA – Toma medidas para que não se repita um acidente
já ocorrido.
PERIGO – É a exposição relativa a um risco que favorece a
sua materialização;
RISCO – É a possibilidade de ocorrer um evento indesejável,
causador de danos;
INCIDENTE – Uma ocorrência que não tenha causado víti-
mas, ou danos materiais. Mas que pela sua gravidade, poderia
ter graves conseqüências.
DANO – Perda funcional, material ou econômico decorrente
de acidente.
FALHA – Mau desempenho que pode resultar em risco em
acidente;
CUSTOS DIRETOS – São os custos que se vêem e podem
ser contabilizados: indenização, prêmios de seguros, gastos
com assistência médica e socorro, salário do empregado, etc.;
CUSTOS INDIRETOS – São as conseqüências que resultam
para a organização e produção da empresa: tempo perdido,
pelo acidentado, por seus companheiros, administração; pro-
dução perdida, pelo acidente em si, pelas reparações materi-
ais, instrução do substituto, perda da moral, insegurança, da-
nos materiais, comentários, etc..
27
Não existe máquina que não precise ser
lubrificada de vez em quando. Muitas máquinas preci-
sam de uma limpeza regularmente e todas as máquinas, de
vez em quando, precisam de reparos ou ajustes. Algumas ve-
zes, achamos que podemos lubrificar, limpar ou ajustar uma
máquina em movimento. Porém, maquinário em movimento
pode esmagar, cortar, ferir ou matar.
Por isso, é importante desligar a máquina completamen-
te e esperar que esteja totalmente parada antes de iniciar qual-
quer trabalho próximo a peças móveis. Os segundos a mais de
produção que você poderia obter mantendo a máquina funci-
onando não valem o risco que você assume, por se colocar
perto de dentes ou rolos não protegidos da máquina. Um cor-
te que exija tratamento no setor de saúde consumirá mais tempo
que o economizado por manter a máquina em funcionamento.
Um ferimento que leve você ao hospital custará muito mais
para você mesmo e, para a empresa, muitas vezes mais do que
você poderia ganhar numa vida inteira de pequenas paradas.
Porém, não é suficiente você apenas desligar a máquina
antes de começar o trabalho. Se você precisar fazer qualquer
trabalho que coloque qualquer parte do seu corpo perto de
peças móveis ou de corrente elétrica, sua segurança exige que
você tome alguns cuidados especiais para assegurar o não
religamento acidental da energia.
Algumas máquinas e circuitos possuem dispositivos es-
peciais. Se sua máquina não os possui, tenha em mente os
seguintes pontos:
Lubrificação e reparos
Tome as medidas especiais para manter a máquina desliga-
da quando você estiver trabalhando nela. Coloque uma eti-
queta de advertência na chave ou comando. Coloque um
empregado perto da chave ou controle, a fim de manter
outras pessoas afastadas. Remova um fusível que desligue
completamente o circuito ou alerte aqueles que estejam pró-
ximos ou que possam se aproximar do que você está para
fazer.
Nunca deixe chaves ou outras ferramentas sobre a máquina
onde uma partida súbita possa arremessá-las.
Se seu trabalho exige que você permaneça dentro ou perto
de um corredor ou passagem onde caminhões entram, co-
loque uma placa de advertência ou barricada, ou coloque
alguém para alertar os motoristas sobre a sua presença na
passagem.
Nunca ligue qualquer parte do maquinário ou circuito elé-
trico, a menos que você esteja absolutamente certo de que
nenhum outro empregado está trabalhando nela. Nunca
opere qualquer máquina a menos que você seja autorizado
para operá-la.
Nunca lubrifique, ajuste ou repare uma máquina, a menos
que você esteja autorizado a fazer este trabalho em particu-
lar. Muitos destes trabalhos devem ser feitos apenas por pes-
soal de manutenção especialmente treinado para a tarefa.
28
Durante a execução de suas funções, o empregado
exposto ao ruído pode sofrer outros efeitos negativos e
portanto, prejudicar o bom funcionamento e desempenho
das atividades profissionais.
Irritação, fadiga e mal-estar;
Úlcera e outros distúrbios digestivos;
Reação muscular;
Aumento da produção de adrenalina e corticotrofina;
Aumento do ritmo de batimento cardíaco;
RUÍDO X CÉREBRO
Um ruído pode não acusar surdez em quem é constantemente
submetido a ele, mas pode provocar alterações outras, como
aumento da pressão arterial, úlcera no estômago, etc..
RUÍDO X EQUILÍBRIO
O órgão que dá equilíbrio, ou seja, permite a pessoa ficar nas
mais diversas situações, sem ter tonturas é o vestíbulo. Este
órgão está situado no ouvido em estreito relacionamento com
a parte propriamente auditiva, o caracol, e que é também atin-
gido pelo ruído.
RUÍDO X SISTEMA NERVOSO
O ruído pode provocar alterações tais como: aparecimento de
tremores nas mãos, diminuição da reação e estímulos visuais,
zumbido no ouvido.
PRODUTIVIDADE E PERFORMANCE
O ruído interfere negativamente na realização de tarefas físi-
cas e mentais. Com relação ao trabalho intelectual, o ruído
afeta a memorização e, em tarefas complexas que exigem con-
centração e leitura, o ruído provoca erros e diminuição da
velocidade do trabalho.
Outros efeitos provocados pelo ruído
RUÍDO X SONO
O ruído produzido durante o sono pode acordá-lo, principal-
mente se estiver na fase do sono leve (onde há sonhos). O
ruído pode provocar insônia, diminui a fase do sono profundo
ocasionando cansaço (já que o sono profundo é o que descan-
sa).
RUÍDO X ACIDENTE
Pelas alterações psíquicas que pode produzir, pela dificuldade
de comunicação que produz: o ruído é um fator que contribui
para o aumento do acidente.
RUÍDO X COMUNICAÇÃO ORAL
O ruído prejudica a comunicação com outras pessoas que es-
tejam por perto, pois além de ter que se falar alto, a pessoa
tem dificuldades de se fazer entender e de compreender o que
lhe falam.
29
Ao sair de um ambiente excessivamente ruido-
so, depois de nele permanecer durante algum tempo, a
pessoa pode experimentar uma dificuldade de ouvir, cha-
mada surdez temporária. Porém, a audição volta ao normal
após algumas horas.
Quando se permanece exposto a altos níveis de ruído,
diariamente por vários anos, pode ocorrer uma diminuiçãoda
audição.
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS
Podemos então classificar os efeitos de uma forma precisa e
elucidativa, da seguinte forma:
Hipoacusia transitória – Diminuição passageira da acuidade
auditiva (horas, dias, meses) produzida por: exposição curta
(minutos, horas, dias) a níveis elevados (90 a 120 dB).
Surdez Profissional – Perda progressiva da audição inicial-
mente para freqüências de 4000 Hertz e , aos poucos, para
freqüências vizinhas. É praticamente irreversível. Produzida
por exposição prolongada (meses, anos) de indivíduos sus-
ceptíveis, a nível elevado (95 a 120 dB) ou exposição curta a
níveis muito elevados (120 a 150 dB).
Ruptura do Tímpano – Lesões do ouvido médio e hipoacusia,
geralmente passageira, produzida por exposição repentina a
ruídos estrondosos (explosão) ou por grandes pressões (mer-
gulho em água profundas).
Principais efeitos do ruído
A surdez pode também ser causada por outros fatores, tais
como:
- Idade avançada;
- Infecções;
- Drogas e remédios.
O médico, através de exames especializados, tem condi-
ção de identificar o tipo e a origem da perda auditiva. O fato é
que, a severidade, grau ou porcentagem de redução depende
primordialmente da intensidade da exposição ao ruído e que a
pessoa exposta ao ruído intenso, sem uma devida proteção,
pode sofrer uma perda da audição.
30
Nas pesquisas sobre acidentes, passamos do efei-
to para a causa. Geralmente as causas de acidente são
combinações de condições inadequadas e ou atos inadequa-
dos. É muito raro que apenas uma condição inadequada ou um
ato inadequado seja o responsável por um acidente.
De modo geral, só acidentes que causam lesões pessoais
são levados à atenção para fins de investigação. Assim, ao
efetuar a investigação, partimos da lesão, depois remontamos
ao tipo do acidente, como “quedas”, “contato com”, “batida
contra”, “colhido por”, “atingido entre”, etc.. Depois, passa-
mos a investigar os atos ou condições que precederam imedi-
atamente o acidente.
Anotamos cuidadosamente “o que realmente aconteceu”. Fa-
zemos, então, o seguinte teste:
1. Qual foi a condição inadequada que figurou o acidente?
2. Qual foi o ato inadequado que também figurou o acidente?
3. Por que era inadequada a condição?
4. Por que era inadequado o ato?
5. Fazemos, então, recomendações para corrigir a condição e
ou ato inadequado que levaram ao acidente.
É importante determinar não só a causa do acidente, como
a razão da causa. Isso pode revelar muitas condições gerais
do ambiente que requerem correção.
Faça o seguinte teste para cada acidente
OS TRABALHADORES QUE CONHECEM A OCUPAÇÃO
TÊM DE TER CONHECIMENTO DOS RESPECTIVOS
RISCOS.
Para poder realizar suas tarefas com segurança e eficiên-
cia, todo trabalhador deve ter não só uma boa compreensão,
como deve conhecer os riscos que poderá encontrar em seu
trabalho.
A segurança faz parte do serviço que está sendo realiza-
do tanto quanto a qualidade e a quantidade da produção. Se-
gue-se daí que se deve ensinar o trabalhador a maneira de
realizar seu trabalho com segurança.
Deve-se então dizer-lhe, como mostrar-lhe a maneira de
realizar as tarefas com segurança, rapidez e eficiência. Deve-
se mostrar-lhe as razões de cada fase da tarefa, tornando cla-
ros os riscos envolvidos e explicando meios de evitá-los. De-
pois ele deve realizar as tarefas sob imediata supervisão e deve
ser inspecionado periodicamente, para se ter certeza de que
compreendeu bem e está agindo corretamente.
Deve aprender não só a rotina de seu trabalho regular, mas o
que fazer (e o que não fazer) em qualquer situação de execução ou
de emergência.
31
A administração pode proporcionar uma fábri-
ca, oficina, etc., moderna e bem planejada, métodos e
condições eficientes e seguros, gerência eficiente, coopera-
ção do sindicato e, no entretanto, não conseguir o máximo de
resultados sob prevenção de acidentes. Não basta fornecer
muitas proteções para as máquinas, é necessária a cooperação
de todas as pessoas implicadas para assegurar que as prote-
ções estejam no lugar e sejam adequadamente usadas.
O treinamento adequado dos trabalhadores e chefias é
muito importante. A segurança do trabalho deve figurar em
todos os cursos de treinamento, pois ela é tão importante quan-
to a qualidade e a quantidade da produção.
A administração tem o dever de empregar supervisores
treinados, humanos, com “mentalidade de segurança” que com-
preendam que a operação eficiente requer que se dê conside-
ração à segurança.
A atitude dos trabalhadores é muito importante em todas
as fases da produção, qualidade, quantidade e segurança. Pode-
se conseguir um moral elevado mediante cooperação e a par-
ticipação ativa dos trabalhadores no programa de segurança
que constitui um fator de máxima importância para evitar aci-
dentes.
Os acidentes são evitáveis
“OS ACIDENTES SÃO EVITÁVEIS”
Muitas empresas grandes reduziram consideravelmente
a incidência de perda de tempo por lesões desde o início do
movimento organizado pró-segurança, em 1913, nos Estados
Unidos. Algumas delas são: redução de 96% numa enorme
usina de aço; redução de 98% numa grande e complexa indús-
tria química; e redução de 90% em duas grandes fábricas de
equipamento elétrico, etc.
Isso se consegue mediante:
CONHECIMENTO DE MÉTODOS SEGUROS – este co-
nhecimento, baseado em anos de experiência, resulta de mui-
tos estudos dos processos de produção, que foram seguidos
de aperfeiçoamento incorporando a segurança à produção.
OFERECIMENTO DE CONDIÇÕES SEGURAS – uma das
pedras angulares de um bem sucedido programa de segurança
é que a administração proporcione condições seguras na fá-
brica.
LIDERANÇA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO – é essencial
que a segurança comece de cima. Para assegurar êxito, deve
dar apoio ativo e de todo coração ao programa de segurança
e deixar bem clara a sua posição.
APOIO DOS TRABALHADORES – a participação ativa dos
trabalhadores é indispensável para seu êxito. Eles podem aju-
dar, tomando parte nas comissões de segurança (CIPA), ins-
peções de segurança, pesquisa dos acidentes, etc.
32
Quando dizemos que o João se machucou on-
tem, queremos dizer que algo de sério aconteceu com
ele. Normalmente não consideramos arranhão, uma panca-
da na coxa ou na cabeça como machucado ou ferimento.
Ao pensarmos assim, estamos parcialmente certos, mas
parcialmente errados também. Os pequenos ferimentos não
nos preocupam porque não nos afastam do trabalho nem nos
remetem para o hospital. Isto é verdade, desde que tomemos
medidas simples para evitar que pequenos ferimentos se tor-
nem coisa grave.
Há muitos anos atrás, quando Calvin Coolidge foi presi-
dente dos Estados Unidos, seu filho teve uma bolha no pé.
Doía um pouco, mas ele pensou que não fosse coisa séria. Ele
estava parcialmente certo em não achar que uma bolha no pé
fosse motivo para desespero. Mas estava parcialmente errado
porque esqueceu-se de que, mesmo um pequeno ferimento
pode se tornar sério, se não for tratado de forma correta.
Ele não recebeu o tratamento correto a princípio. A bo-
lha infeccionou e, com o tempo, ele teve que procurar um
médico. A infecção foi combatida muito tarde e o rapaz mor-
reu.
Existem milhares de casos como este... e, para cada mor-
te, existem centenas de outros casos em que ferimentos mal
tratados se tornaram problemas sérios.
Não são apenas cortes e infecções que são perigosos.
Algumas vezes uma pessoa toma uma pancada na cabeça que
a nocauteia, deixando-a zonza. Em alguns instantes ela se le-
vanta, sentindo-se bem e acha que não precisa de um médico.
Porém, em alguns casos podem ter havidos danos no cérebro.
Se a pessoa não receber tratamento certo, seu ferimento apa-
rentemente pequeno pode matá-la.
E a respeito de pequenos ferimentos?
A mesma coisa acontece com os ferimentos em outras
partes do corpo. Um jogador de futebol recebeu uma forte
pancada no corpo no meio do campo. Ele foi tirado do jogo,
mas sentia-se muito bem depois de algum tempo e foi para
casa. Ele morreu antes que amanhecesse o dia seguinte devi-
do a uma ruptura de baço.
Por mais estranhoque possa parecer, algumas vezes uma
pessoa pode até sofrer uma fratura sem que se perceba disto.
Com isto negligência o tratamento, dando grande trabalho aos
médicos quando resolve procurá-los.
Estes são apenas alguns dos motivos que nos levam a
querer que você relate todos os ferimentos imediatamente e
que receba o tratamento de primeiros socorros.
Isto significa todos os ferimentos – qualquer corte, qual-
quer coisa que caia nos olhos, qualquer pancada, particular-
mente na cabeça que tenha tonteado você, mesmo que seja
apenas durante um segundo. Significa também pequenos cor-
tes, arranhões e escoriações de menor extensão.
Nada disto é muito sério em si mesmo. Mas qualquer
deles pode iniciar algo que se torne sério devido a uma infec-
ção ou negligência.
Provavelmente a unidade de saúde, com alguns cuidados
de primeiros socorros, deixará você novo em um minuto ou
dois. Porém, não jogue com sua vida ou sua saúde se
automedicando ou achando que não precisa de tratamento por-
que não está se sentindo muito mal.
Um outro ponto: a menos que você esteja treinado em
primeiros socorros e que esteja autorizado a lidar com estes
casos, não brinque de médico amador tratando outras pessoas
que tenham se machucado ou que não estejam se sentindo
bem. Você poderá provocar muito mais mal do que bem.
01
QUEIMADURAS QUÍMICAS:
Danos nos olhos por queimaduras químicas podem ser
extremamente sérios.
Em todos os casos de contato de produtos químicos com os
olhos:
LAVE os olhos com água imediatamente, de forma contí-
nua e gentil durante pelo menos 15 minutos. Fique com a
cabeça debaixo de uma torneira ou coloque água nos olhos
usando um recipiente limpo. Mantenha os olhos abertos o
máximo possível durante a lavagem.
NÃO COLOQUE tampa-olho.
NÃO USE bandagens nos olhos.
Os recipientes de “sprays” representam fontes cada vez mais
comuns de acidente químico com os olhos. Os danos são am-
pliados pela força de contato. Se esses recipientes contiverem
produtos cáusticos ou irritantes, devem ser usados com cui-
dado e ser mantidos afastados do alcance de crianças.
PARTÍCULA NOS OLHOS:
Levante a pálpebra superior para fora e para baixo sobre a
pálpebra inferior.
Se a partícula não sair, mantenha o olho fechado, coloque
uma bandagem leve e busque ajuda médica imediatamente.
Não esfregue os olhos sob hipótese alguma.
Primeiros socorros para os olhos
EM CASO DE SOPRO DE AR COMPRIMIDO NOS
OLHOS:
Aplique compressas frias imediatamente e deixe durante 15
minutos; aplique novamente de hora em hora, conforme ne-
cessário para reduzir a dor e o lacrimejamento.
Em caso de descoloração ou olho preto, que poderia signi-
ficar danos internos, consulte um médico imediatamente.
CORTES E FUROS NOS OLHOS OU PÁLPEBRAS:
Faça uma bandagem leve e consulte um médico imediata-
mente.
Não lave o olho com água.
Não tente remover qualquer objeto que esteja cravado no
olho.
02
O choque é provocado por um estado de de-
pressão de várias das funções vitais... uma depressão
que poderia ameaçar a vida, mesmo que os ferimentos da
vítima não sejam por si mesmo fatais.
O grau do choque é aumentado por alterações anormais
na temperatura do corpo e por uma baixa resistência da vítima
ao “stress”.
O primeiro socorro é dado a uma vítima em estado de
choque para (1) melhorar a circulação do sangue, (2) assegu-
rar um suprimento adequado de oxigênio e (3) manter a tem-
peratura normal do corpo.
Uma coisa que não deve ser feita é manter uma vítima de
choque aquecida para não sentir frio. Isto elevará a tempera-
tura da superfície do corpo, o que é prejudicial.
Durante os últimos estágios de choque, a pele da vítima
pode parecer molhada. Isto é provocado por vasos sangüíneos
congestionados na pele e indica que a pressão da vítima caiu a
um nível muito baixo.
Os sintomas mais notáveis dos primeiros estágios do choque
são:
Pele pálida e fria
Pele úmida e fria
Fraqueza
Pulso acelerado
Taxa de respiração aumentada (respiração rápida)
Falta de ar
Vômito
Esteja preparado para salvar uma vida
com primeiros socorros em casos de
estado de choque
Uma vítima de choque deve ser mantida deitada para
melhorar a circulação do sangue. Sua cabeça deve ficar nive-
lada com o resto do corpo.
Uma vítima com ferimentos faciais severos, ou que este-
ja inconsciente, deve ser deitada de lado para permitir que os
fluídos internos possam drenar, mantendo as vias aéreas
desobstruídas.
Não deve ser dado líquidos a vítima em estado de choque
que:
Esteja inconsciente
Tenha vômitos
Tenha convulsões
Possa precisar de cirurgia ou anestesia geral
Tenha ferimentos abdominais ou cerebrais
Os líquidos devem ser dados somente se a ajuda médica
for atrasada em mais de uma hora e não haja complicações
dos ferimentos.
03
As substâncias prejudiciais geralmente são ig-
noradas porque seus efeitos não são observados imedia-
tamente. Se a exposição for súbita e acidental ou constante, o
resultado será sempre o mesmo – dor, sofrimento, custos, per-
da do trabalho, etc. Examinemos alguns dos fundamentos deste
problema.
COMO AS SUBSTÂNCIAS PREJUDICIAIS PENETRAM
EM NOSSO CORPO?
Comendo ou bebendo delas – não de propósito, é claro.
Geralmente isto ocorre quando comemos uma comida que
tenha sido manuseada com as mãos sujas.
Por absorção através da pele. Certos produtos químicos
podem entrar na corrente sangüínea através da pele.
Pela respiração. Gases, fumaça, vapores, poeira podem cau-
sar problemas respiratórios.
QUAIS SÃO AS TRÊS FORMAS BÁSICAS DAS SUBS-
TÂNCIAS PREJUDICIAIS?
Sólida – como o cal, cimento, fibras de vidro, asbesto e
chumbo.
Líquida – incluindo a gasolina, álcool, ácidos, conservantes,
solventes e soluções de limpeza.
Gasosa – muitos líquidos também formam vapores que po-
dem ser prejudiciais, quando inalados.
Exposição a substâncias potencialmente
prejudiciais à saúde ou perigosas
O QUE PODEMOS FAZER PARA EVITAR EXPOSIÇÃO A
SUBSTÂNCIAS PREJUDICIAIS?
Lave as áreas empoeiradas, incluindo as entradas de servi-
ço, áreas de demolição e de trabalho com areia e cascalho.
Certifique-se de que haja boa ventilação ou ventiladores de
exaustão no lugar onde está sendo feito trabalho de soldagem
ou quando motores a gasolina estiverem ligados.
Evite contato da pele com concreto úmido. Use boas botas
de borracha e luvas quando lançar concreto ou fizer acaba-
mento.
Proteja-se ao máximo possível contra fumaça tóxica e poei-
ra. Se você não puder cobrir a face completamente, use um
creme protetor na área exposta.
Use um respirador quando necessário. Use um que seja ade-
quado para suas necessidades.
04
FATORES DIRETOS DO ALCOOLISMO PARA
SOFRER UM ACIDENTE
Falta de reflexo;
Falta de raciocínio;
Perda da coordenação motora;
Falta de firmeza na mão;
Perda do senso de responsabilidade;
Falta de equilíbrio;
Perda do senso de perigo.
FATORES INDIRETOS
Falta de recursos financeiros;
Irritação;
Nervosismo;
Problema de relacionamento - chefia, colegas, família;
Higiene - falta de asseio corporal, falta de conservação do
seu material de segurança.
Personalidade - desleixo, machismo, exibicionismo,
desatenção, brincalhão, agressivo, impulsivo
Estado de fadiga - Não se alimenta adequadamente; dorme
pouco.
Acidente de trabalho e o alcoolismo
ALCOOLISMO E O TRABALHO
As dificuldades encontradas por um alcoólico em seu
ambiente de trabalho são diversas, qualquer que seja a função.
Geralmente diminui o tempo dedicado ao trabalho, seja
por doença seja por faltas, deixa o serviço para outros, tem
um grande número de faltas.
O alcoólico representa um perigo real para si e para os
outros pela maneira inadequada de lidar com máquinas e equi-
pamentos, causando graves acidentes de trabalho.
O alcoolismo pode impedir a promoção.
05
Se o HIV (vírus da AIDS) está presente no san-
gue de um portador ou aidético, fica lógico dizer que
para que a doença seja transmitida a outra pessoa é neces-
sário o contato sangue a sangue. Não existe nenhum risco de
contaminação nos afazeres cotidianos. Todos os estudos fei-
tos na África e nas famílias de hemofílicosaidéticos confir-
mam: não há transmissão de vírus em vasos sanitários, xíca-
ras, copos, apertos de mão, etc.
Desta maneira, as principais formas de transmissão da doença
são:
ATO SEXUAL (através do esperma, secreção vaginal e
microferimentos). A sodomia hétero como homossexual é que
leva a maior possibilidade de transmissão, embora também
ocorra a transmissão nas relações heterossexuais clássicas. Em
1988, houve anúncio público de cinco casos de transmissão
do vírus por sexo oral.
AGULHAS E INSTRUMENTOS CONTAMINADOS - Se-
ringas, agulhas usadas e contaminadas tem levado o vírus a
muitas pessoas. Em uma publicação francesa, notificou-se dois
casos de contaminação via navalha de barbear, alicate de
cutícula e etc., mas existe o risco teórico de contaminação.
AIDS
TRANSFUSÃO DE SANGUE – A utilização de sangue que
seja infundido sem nenhum estudo sorológico é uma das gran-
des fontes de contaminação.
GRAVIDEZ - A contaminação pode se efetuar das mães para
o bebê na hora do parto e durante a gravidez (em 50% dos
casos). Em relação ao leite materno, há possibilidade de trans-
missão.
A doença é uma realidade, não há cura, portanto deve-
mos prevenir para que não sejamos vítimas do vírus.
Assim como no acidente de trabalho, a AIDS também é
questão de prevenção.
06
A higiene do corpo é indispensável à conserva-
ção da saúde, pois a poeira e impurezas acumuladas em
nossa pele favorecem o desenvolvimento de micróbios pre-
judiciais ao nosso organismo.
Por isso:
a) Devemos conservar o corpo asseado, tomando banho dia-
riamente com sabonete e água limpa; o banho diário propi-
cia bem estar;
b) Lave bem a cabeça e faça a barba, evitando assim, a procri-
ação de piolhos e outros parasitas;
c) Use sempre toalhas limpas e individuais;
d) Limpe os ouvidos com cotonete. Apare as unhas;
e) Lave os pés todos os dias. Ande sempre calçado, pois são
os pés que sustentam o corpo, estando expostos a
traumatismos;
f) Troque sua roupa pelo uniforme da empresa. Retire jóias e
ornamentos que atrapalham o desempenho do serviço, além
de evitar preocupações com possíveis danificações de aci-
dentes;
g) Lave suas mãos e braços antes de começar o trabalho, para
retirar todos os germes aí instalados, como também, antes
de qualquer refeição ou descanso;
h) Complete sua higiene corporal, usando roupas limpas e
adequadas ao clima.
HIGIENE ORAL
A boca, porção inicial do aparelho digestivo, por desempe-
nhar importante função na digestão dos alimentos, através da
mastigação. Deve ser mantida limpa, exigindo especial aten-
ção aos dentes.
A 1.ª dentição (dentes de leite) ou dentição temporária, ocor-
Higiene corporal
re a partir do 6.º mês de vida, devendo estar completa por volta
dos dois anos. A 2ª dentição, ou dentição permanente, surge a
partir do 6.º ano de vida.
A falta de higiene na boca acarreta as cáries, gengivite (infla-
mação na gengiva), perda dos dentes e insuportáveis dores.
O cuidado com os dentes se constitui na:
- Limpeza dos mesmos, escovando-os ao levantar, após as
refeições e antes de deitar;
- Usar o fio dental diariamente após as refeições;
- Visitas periódicas ao dentista (a cada 3 meses).
HIGIENE DA ROUPA
POR QUÊ? A higiene da roupa ajuda a proteger a saúde.
ROUPA LIMPA é aquela isenta de sujeiras, bem passada e em
condições de uso.
ROUPA BEM LAVADA – é aquela que se lava com água boa,
sabão ou detergente, leva-se ao sol para quarar, enxagua-se
em duas ou três águas, até ser retirada todo o sabão e seca-se
ao ar livre.
ROUPA BEM PASSADA – é aquela que se passa, não só para
deixá-la mais apresentável, como, também para eliminar os ger-
mes, com ferro elétrico ou de brasa, em temperatura elevada.
ROUPA BEM GUARDADA – deve-se manter em gavetas,
em guarda-roupa, arejada e protegida para evitar a penetra-
ção de ratos, aranhas, baratas, traças, etc.
ROUPA ADEQUADA é aquela que satisfaz exigências:
- fácil limpeza;
- permeabilidade e cor segundo a temperatura ambiente;
- tamanho e qualidade apropriados.
07
O QUE SÃO?
São doenças causadas por, diretamente relacionadas com
o trabalho, sendo a eles inerentes (ligadas).
QUAIS OS FATORES QUE DEVEM SER OBSERVADOS
PARA QUE REALMENTE UM AGENTE AGRESSIVO
CAUSE DANO A NOSSA SAÚDE?
Grau de Concentração – quanto maior a concentração do agen-
te no ar, maior será a probabilidade de contaminação;
Tempo de Exposição – é o tempo em que o trabalhador fica em
contato com o agente contaminante;
Via de Penetração – via digestiva (boca), via respiratória (nariz)
e via cutânea (pele);
Sensibilidade Individual – cada indivíduo é diferente do outro,
sendo mais sensível ou não ao agente agressivo;
O Quanto a Substância é Tóxica – é o outro fator a ser conside-
rado, dependerá do grau de toxidade do agente presente no ar.
Doenças profissionais
RELACIONAMOS ALGUMAS DOENÇAS COM O AGENTE
AGRESSIVO:
Saturnismo – chumbo;
Silicose – sílica;
Bissinose – algodão;
Siderose – óxido de ferro;
Bagaçose – cana-de-açúcar;
Asbestose – asbestos (amianto);
Baritose – bário;
Estaniose – estanho;
Beriliose – berílio;
Hidrargirismo – mercúrio;
“Asma do Padeiro” – farinha;
“Mal do Caixão” – pressão anormal;
Surdez Profissional – ruído;
Catarata Térmica – luz infravermelha;
Fadiga Visual – iluminação;
Leucemia – benzeno.
MEDIDAS PREVENTIVAS:
Exames médicos periódicos;
Uso dos equipamentos de proteção individual;
Limitação do tempo de exposição;
Controle ambiental através de aparelhagem, métodos técni-
cos;
Treinamento.
08
Todos os empregados têm suas tarefas para fa-
zer. Os 5S (arrumação, limpeza, ordenação, asseio e dis-
ciplina) fazem parte de suas obrigações. Mas o que é isto
afinal?
“Arrumação, limpeza, ordenação, asseio e disciplina” sig-
nifica manter as coisas arrumadas e ordenadas, o chão limpo,
sem papel, óleo e assim por diante. É o empilhamento correto
de materiais e a eliminação de “armadilhas” perigosas. É a
condição das áreas escondidas, a posição e a condição de
“pallets”, estrados e recipientes.
A boa arrumação significa ter livre acesso a primeiros
socorros e a equipamentos de combate a incêndio. Significa
também máquinas, ferramentas e equipamentos limpos. Signi-
fica muitas coisas, mas a definição mais curta é: “Um lugar
apropriado para cada coisa e cada coisa em seu devido lugar.”
Todos os empregados podem ajudar no esforço de arruma-
ção, fazendo o seguinte:
üManter pisos, corredores e áreas de trabalho razoavelmente
livre de itens desnecessários, incluindo óleo excessivo e
outros líquidos. Manter tudo dentro das linhas marcadas
nos corredores.
üConfinar resíduos em geral em áreas e em recipientes desig-
nados.
üColocar toalhas, luvas, trapos e semelhantes em recipientes
fornecidos, em vez de deixá-los nas máquinas.
O que mais indica uma área desorganizada, desarrumada
e suja, são os copos de papel, restos de lanches espalhados em
bordas, em cima de material empilhado, dentro de recipientes
de peças, em bancadas de trabalho, em passarelas e assim por
diante. Os recipientes para lixo estão espalhados por todos os
lugares. Use-os!
A boa “arrumação, ordenação, limpeza, asseio e discipli-
na” não é obtida por mutirões de limpeza. Ela é o resultado de
um esforço diário. Se cada empregado arrumasse pelo menos
uma coisa todos os dias, os resultados seriam surpreendentes.
A hora de fazer limpeza é toda hora.
UMA OFICINA LIMPA É UMA OFICINA SEGURA
Todos nós já ouvimos algum dia que uma oficina limpa é
uma oficina segura. Mas como podemos manter nossa oficina
limpa e segura? É só uma questão de um pouco de atenção
com a arrumação, com cada um de nós fazendo a sua parte.
Uma faxina geral é uma boa idéia. Toda oficina ou casa
Arrumação, limpeza e ordenação
são bons hábitos
precisa de uma faxina geral ocasionalmente. Entretanto, “arru-
mação, ordenação, limpeza, asseio e disciplina” é mais do que
isto.
5S significa limpeza e ordem: um lugar para cada coisa e
cada coisa em seu lugar. Significa também recolher e limpar
tudo depois de cada tarefa. Se uma tarefa provocar muita ba-
gunça, tente manter a mesma a nível mínimo, tomando umpouco de cuidado.
Todos nós temos muito a ganhar mantendo uma oficina
limpa. Uma oficina suja é um convite ao incêndio. Se manti-
vermos nossa área de trabalho limpa, o risco de incêndio será
mínimo.
Lixo e óleo incendeiam facilmente. Podem até ser fonte
de ignição espontânea e ajudam a aumentar o fogo de outras
áreas. Um incêndio sério pode acabar com o nosso negócio.
Sujeira é apenas material fora do lugar. O óleo que der-
ramou tinha um papel a cumprir na máquina. No chão é ape-
nas mais uma fonte de risco. Limpe-o ou cubra a mancha com
absorvente de óleo, de forma que não se espalhe pela área
toda. Use os coletores de óleo sempre que posível. Com isto,
você pode estar evitando que alguém tenha um tombo feio –
esse alguém pode ser você mesmo.
Recolha as coisas espalhadas e mantenha os corredores
limpos. Use latas de lixo, caixas para resíduos metálicos e re-
cipientes para resíduos oleosos de diferentes tipos. Observe
onde você deixa ferramentas ou materiais. Nunca os coloque
num chassi de máquina ou numa peça móvel da máquina. Man-
tenha-os longe de escadas e bordas.
Não empilhe coisas em cima de armários.
Observe os espaços sob as bancadas e escadas, em
armários, vestiários e lanchonetes. Mantenha estes lugares
livres de refugos e entulhos.
A estocagem de material deve ser bem ordenada! Sem
pilhas inseguras ou projeção de bordas. Mantenha portas, cor-
redores e equipamentos contra fogo livres de obstruções.
O verdadeiro segredo de uma oficina limpa e segura é
nunca deixar para depois o trabalho de lim-
peza e arrumação, fazendo-o imediata-
mente enquanto dá pouco trabalho. Vá
fazendo a limpeza a e coleta de coisas
espalhadas enquanto for saindo do lo-
cal de trabalho, quando concluir uma
tarefa ou quando seu turno estiver ter-
minado.
09
Quanto ao armazenamento de materiais, além
de ter de apresentar as condições seguras necessárias
de empilhamento, deve-se observar se as passagens estão
desobstruídas e, principalmente, se estão instalados extintores
de incêndio e os locais de saída. Note-se que este cuidado
deve merecer especial atenção em todas as dependências da
Empresa pois, no caso de ocorrer um incêndio, tanto as saídas
para o escoamento dos empregados como os extintores de-
vem estar livres de quaisquer obstáculos e com a sinalização
bem demarcada. Neste aspecto, a sinalização é de fundamen-
tal importância, devendo ser conservada e, quando necessá-
rio, renovada. Em todos os outros lugares, a sinalização me-
rece igual cuidado pois desempenha importante papel no campo
da prevenção de acidentes, servindo de alerta para os riscos
existentes em determinados lugares e para os cuidados neces-
sários na realização de certas tarefas.
E A ORDEM E A LIMPEZA NOS REFEITÓRIOS? Também
é indispensável, pois a alimentação deve realizar-se em ambi-
ente tranqüilo e limpo, e que proporcione uma sensação de
bem-estar, promovendo um relacionamento agradável entre
os trabalhadores.
Os vestiários também exigem atenção quanto à ordem e lim-
peza, assim como as instalações sanitárias. É medida de higi-
ene que preserva a saúde de possíveis doenças transmissíveis.
Além disso, os sanitários devem ser rigorosamente limpos e
desinfetados com produtos de limpeza apropriados.
Ordem e limpeza
E OS EPIs? Em relação aos Equipamentos de Proteção Individu-
al, ordem e limpeza também devem ser observadas. Certos EPIs
necessitam cuidados especiais de limpeza, visando o aspecto
de higiene e devem ser desinfetados após o seu uso, como no
caso de protetores auriculares tipo plug, protetores das vias
respiratórias, etc. A ordem e a limpeza também contribuem para
a sua conservação e este é um estado que contribui para a segu-
rança do usuário.
COMO ATINGIR? Oportuno observar que para atingir esse
objetivo é necessária a cooperação de todos aqueles que traba-
lham no mesmo local. É o desdobramento de esforços de cada
empregado que trabalha, mesmo no desempenho das mais sim-
ples tarefas, que baseia a realização de grandes empreendimen-
tos. Para que haja cooperação, é necessário que todos saibam o
porquê dessa cooperação e cabe a conscientização de todos
para a importância da ordem e da limpeza no ambiente de tra-
balho para que os benefícios possam ser usufruídos por todos
os empregados.
10
Você já viu um pintor recolher trapos ensopados
com óleo de linhaça, tinta e terembentina ao término do
trabalho? Se já viu, você viu na verdade uma demonstração de
prevenção de incêndio no trabalho. Isto também vale para o
mecânico que coloca pedaços de pano com óleo num recipi-
ente de metal equipado com tampa automática. Latas para
trapos com óleo devem ser colocadas em todos os lugares
onde eles precisam ser usados. Estas medidas de precaução
são geralmente tomadas no trabalho, mas não em casa.
Por que esses pedaços de pano ou trapos representam
risco de incêndio? Representam risco porque um fósforo ou
cigarro aceso poderia ser jogado sobre eles, causando incên-
dio? Bem, esta é realmente uma das razões. Um outro fator
muito importante é a auto- ignição. Sob certas condições, es-
tes materiais podem pegar fogo sem a presença de chama.
A ignição espontânea é um fenômeno químico, no qual
há uma lenta geração de calor, a partir da oxidação de materi-
ais combustíveis. Como “oxidação” significa a combinação
com oxigênio, devemos nos lembrar de que o oxigênio é um
dos três fatores necessários para fazer fogo: combustível, ca-
lor e oxigênio.
Quando a oxidação é acelerada o suficiente sob condi-
ções adequadas, o calor gerado atinge a temperatura de igni-
ção do material. Assim, haverá fogo sem a ajuda de uma cha-
ma externa.
Alguns materiais entram em ignição mais rapidamente
que outros. Por exemplo: sob a mesma aplicação de calor,
papel incendeia mais rápido que madeira; madeira mais rápido
que carvão; carvão mais rápido que aço e assim por diante.
Naturalmente, quanto mais finas forem as partículas de um
combustível, mais rapidamente ele queimará.
Voltemos aos trapos com óleo. Os investigadores de in-
cêndio já provaram que muitos incêndios industriais ( e alguns
incêndios domésticos sérios ) foram causados quando trapos
oleosos empilhados juntos geraram calor suficiente para pe-
gar fogo.
Estes mesmos especialistas em incêndios nos ensinam
duas formas de evitarmos a auto-ignição de trapos com óleo:
manter o ar circulando através deles ou colocando-os num
local onde não teriam ar suficiente para pegar fogo.
A designação de uma pessoa especialmente para ficar
revirando uma pilha de trapos para evitar que queimem seria
ridículo. Assim sendo, a segunda idéia parece ser
Ignição espontânea
melhor...coloque-os onde não possam ter ar suficiente para
pegar fogo. O lugar para isto é uma lata de metal com tampa
automática, isto é, que feche por si mesma.
A exclusão do oxigênio da lata pode evitar a ignição dos
materiais. Naturalmente, se enchermos o recipiente até a boca,
a ponto da tampa não fechar totalmente, a finalidade do reci-
piente estará comprometida. O oxigênio penetrará na lata e
fornecerá o item que falta para causar o incêndio.
Alguns óleos são piores do que outros, no que diz res-
peito à capacidade de iniciar incêndios. O óleo de linhaça e
outros óleos secantes usados para pintura são especialmente
perigosos.
A temperaturas ambientes normais, algumas substâncias
combustíveis oxidam lentamente até atingirem o ponto de ig-
nição. Exemplos incluem óleos e gorduras vegetais e animais,
carvão mineral, carvão vegetal e alguns metais em pó muito
finos. Em pilhas de carvão, temperaturas acima de 60 graus
centígrados são consideradas perigosas. Quando as tempera-
turas se aproximam rapidamente deste valor, ou o excedem, é
aconselhável remover a pilha ou arrumá-la, de forma a ter uma
melhor circulação de ar para arrefecimento.
Os fazendeiros conhecem muito bem os riscos de serra-
gem, feno, cereais, juta e sisal... especialmente quando estão
sujeitos a calor ou a alternação de umedecimento e secagem.
A circulação de ar, a remoção de fontes externas de calor e o
armazenamento em quantidades menores sãoos cuidados de-
sejáveis.
O carvão vegetal pode entrar em combustão espontânea
sob as condições certas e a umidade ajuda. Em um teste, um
saco de 10 kg de briquetes de carvão vegetal foi colocado
num porão úmido, mas bem ventilado. Ele pegou fogo em
pouco tempo. Eis aqui uma boa advertência para os amantes
do churrasco: armazene apenas pequenas quantidades de car-
vão em lugares secos e bem ventilados.
Tenha em mente os perigos da combustão espontânea e
pratique a segurança jogando trapos com
óleo e lixo em recipientes adequados,
tanto no trabalho quanto em casa.
Faça da segurança o seu mais im-
portante projeto pessoal, aquele do
tipo “faça você mesmo”.
01
Muitas instalações industriais e estabelecimen-
tos comerciais compram líquidos inflamáveis em tam-
bores de 200 litros. Para uso rotineiro, eles transferem estes
líquidos para recipientes menores.
Os tambores devem satisfazer os rígidos padrões para
que possam estar qualificados como recipientes para trans-
porte de líquidos inflamáveis. Porém, estes padrões não ser-
vem para qualificar os tambores como recipientes de
armazenamento de longo prazo.
Muitos usuários assumem que é seguro armazenar tam-
bores fechados exatamente como foram recebidos. Um tam-
bor para ser seguro para o armazenamento, deve ser protegi-
do contra a exposição a riscos de incêndio ou explosão. O
armazenamento externo deve ser preferido em relação ao in-
terno. Porém, os tambores devem ser protegidos contra luz
solar direta e contra outras fontes de calor. O tampão deve ser
substituído por um respiro de alívio vácuo-pressão, tão logo
um tambor fechado seja aberto.
Este tipo de respiro deve ser instalado num tambor de
líquido inflamável vedado se houver qualquer possibilidade
de que ele seja exposto a luz solar direta ou se for exposto a
variações consideráveis de temperatura. Se um tambor vazar
ou for danificado de qualquer maneira, seu conteúdo deve ser
imediatamente transferido para um recipiente em bom estado
que esteja limpo ou que tenha sido usado para guardar o mes-
mo tipo de líquido anteriormente. O recipiente substituto deve
ser do tipo que satisfaça as exigências necessárias de seguran-
ça.
Todo tambor deve ser verificado quanto à presença de
rótulo identificando seu conteúdo. É importante que este ró-
Recipiente: líquidos inflamáveis
tulo permaneça claramente legível, para evitar confusão de
conteúdo com outro inflamável, combustível ou líquidos não
inflamáveis e também para facilitar o descarte seguro.
Talvez os equipamentos mais comuns para armazenar
pequenas quantidades de líquido inflamável sejam os recipien-
tes portáteis variando de meio a 15 litros. Os recipientes segu-
ros são feitos de várias formas. Recipientes especiais podem
ser usados para líquidos viscosos, como os óleos pesados. Os
recipientes para uso final também são fabricados de muitas
formas, para diferentes aplicações.
Somente os recipientes de segurança reconhecidos de-
vem ser considerados aceitáveis para o manuseio de líquidos
inflamáveis, seja para armazenamento, transporte ou utiliza-
ção final. Os recipientes geralmente devem ser pintados de
vermelho e ter rótulos claramente visíveis e legíveis, que iden-
tifiquem os conteúdos e indiquem os riscos existentes. O aço
inoxidável ou recipientes não pintados podem ser usados para
líquidos corrosivos ou de dissolução de tinta.
Os líquidos inflamáveis geralmente são comprados em
pequenos recipientes com tampas de roscas. Emboras eles
satisfaçam rígidos padrões para se qualificarem como recipi-
entes para transporte, não oferecem necessariamente prote-
ção contra fogo, o que é exigido de recipientes para
armazenamento e transporte de líquidos combustíveis e infla-
máveis.
Conseqüentemente, recomenda-se que, em cada caso
onde um grau maior de segurança deva ser obtido, todos os
líquidos inflamáveis sejam transferidos para recipientes “reco-
nhecidos”, tão logo os recipientes de transporte vedados se-
jam abertos.
02
Siga estes cuidados sempre que você precisar usar
solventes inflamáveis:
Proteja os tanques de limpeza de acordo com o padrão
recomendado. Isto significa instalar “esguichos (sprinklers)”
automáticos, sistemas de proteção fixos, drenos de nível
superior, ventilação especial e isolamento de fogo.
Use recipientes de segurança para pequenas operações ma-
nuais de limpeza.
Use esguicho ventilado para operações de limpeza onde o
solvente deve ser esguichado no trabalho. Ventile o tanque
de solvente para o lado externo e, se necessário, equipe o
respiro de ventilação com abafador de fogo.
Não use solvente inflamável em equipamento desengraxante
a vapor.
Coloque, no local, extintores de incêndio para fogo em lí-
quido inflamável. Posicione-os em locais apropriados.
Como manusear solventes inflamáveis
Evite fumar próximo a fontes de ignição.
Ventile para evitar a formação de misturas explosivas.
Se possível use solventes com pontos de ignição acima de
450C e não os aqueça acima de 30C abaixo do ponto de
ignição.
Mantenha a quantidade de solvente em uso no mínimo ne-
cessário para o trabalho.
Arranje recipientes metálicos tampados para trapos de lim-
peza usados e remova-os do local de trabalho ao final do
dia.
Use ferramentas que não soltem fagulhas (feitas de alumí-
nio, latão ou bronze).
03
Você já parou para pensar no quanto todos nós
perderíamos no caso de um incêndio grave?
Se nossas instalações fossem danificadas, alguns de nós
poderíamos perder o emprego... e até nossas vidas. Nossos
clientes perderiam porque dependem de nossos produtos. Eles
teriam que aumentar seus preços e, em alguns casos, talvez
precisassem demitir alguns de seus empregados. Isto criaria
um círculo vicioso.
Assim, o que pode ser feito em relação a incêndios? Pri-
meiro, temos que compreender que o controle de incêndio
depende de nosso conhecimento acerca de princípios funda-
mentais. Os três ingredientes fundamentais essenciais a todos
os incêndios comuns são:
1. Combustível: papel, madeira, óleo, solventes, gás, etc.
2. Calor: o grau necessário para vaporizar o combustível, de
acordo com sua natureza.
3. Oxigênio: normalmente, deve haver pelo menos 15% de ar
para sustentar um incêndio. Quanto maior for a concentra-
ção, mais brilhante será a brasa, e mais rápida será a com-
bustão.
Para extinguir um incêndio, é necessário remover apenas
um dos itens essenciais para sua manutenção. Isto pode ser
feito por:
1. Arrefecimento (controle da temperatura e do calor)
2. Sufocação (controle do oxigênio)
3. Isolamento (controle do combustível)
4. Interrupção da reação química em cadeia, em certos tipos
de incêndio.
Os incêndios são classificados de acordo com o que es-
tão queimando.
Os incêndios de classe A envolvem combustíveis em ge-
ral, como a madeira, tecidos, papel ou entulhos. Geralmente
este tipo de incêndio é controlado por arrefecimento. Por exem-
plo: uso de água para esfriar o material.
Os incêndios de classe B envolvem fluídos inflamáveis,
como gasolina, óleo, graxa ou tinta. Geralmente eles são “sufo-
cados” através do controle de oxigênio que os alimenta, usando
espuma, dióxido de carbono ou pó químico seco.
Os incêndios de classe C envolvem equipamentos elétri-
cos e geralmente são contidos através do controle do oxigê-
nio. Os extintores de dióxido de carbono ou de pó químico –
não condutores de eletricidade – são usados.
Como podemos prevenir incêndios
Os incêndios de classe D ocorrem em metais combustí-
veis, como magnésio, lítio ou sódio e requerem extintores e
técnicas especiais.
Eis aqui algumas formas que podem ajudar a evitar incêndios:
1. Manter uma área de trabalho limpa, evitando o acúmulo de
entulhos.
2. Colocar trapos sujos de óleo e tinta em recipientes metáli-
cos tampados.
3. Observar os avisos de “NÃO FUMAR”.
4. Manter todos os materiais combustíveis afastados de forna-
lhas ou outras fontes de ignição.
5. Relatar qualquer risco de incêndio que esteja além do nosso
controle – especialmente os riscos elétricos.
Finalmente, eis alguns pontos a serem lembrados:
1. Evite os incêndios atravésda arrumação, limpeza e ordena-
ção e através do manuseio correto de inflamáveis.
2. Saiba onde estão os extintores de incêndio e o tipo de cada
um, onde podem ser aplicados e como operá-los.
3. No caso de incêndio, dê o alarme imediatamente e certifi-
que-se de que a brigada de incêndio seja informada correta-
mente do local do incêndio. Se necessário, acione o Corpo
de Bombeiros.
4. Mantenha portas contra fogo, saídas, escadas, saídas de in-
cêndio e equipamentos de combate a incêndio livres e desim-
pedidos.
5. Use o equipamento de combate a incêndio portátil disponível
para controlar o fogo até que chegue ajuda.
Se necessário, saia do prédio onde está. Não pare para pegar
qualquer coisa – apenas saia!
Podemos prevenir incêndios?
Certamente podemos... se tentarmos. Assim podemos preser-
var nosso bem-estar e nosso trabalho.
04
Um ponto a ser lembrado quando limpar um
tambor é que, embora você ache que tirou dele todo o
líquido, dificilmente conseguirá esvaziá-lo completamente
– isto se ele contiver líquidos inflamáveis.
O tambor nunca é esvaziado porque o vapor permanece,
depois que o líquido é retirado. Este vapor se mistura com o
ar dentro do tambor e enche o espaço vazio.
Esta mistura de vapor e ar algumas vezes produz explo-
sões. Esta combinação explode no motor do seu carro quan-
do você dá a partida. É também o que explode quando você
acende um fósforo para ver se um tanque de combustível está
vazio.
Você tem apenas de se lembrar que qualquer tambor usa-
do para estocar líquido inflamável – gasolina, óleo, solventes
e assim por diante – é uma bomba armada, apenas esperando
que você cometa um erro, se manuseá-la incorretamente. As-
sim sendo, antes de usar um tambor velho, limpe-o completa-
mente antes de qualquer trabalho de reparo de soldagem ne-
cessário.
Eis aqui o procedimento correto para a limpeza de um tam-
bor:
Remova todas as fontes de incêndio, centelhas ou calor da
área em que você vai abrir tambores velhos. Isto inclui
interruptores e lâmpadas elétricas desprotegidas. Se as fon-
tes de ignição não puderem ser removidas, faça o trabalho
numa área onde não estejam presentes. Use somente lâm-
padas de extensão à prova de explosão.
Use vestuário de segurança requerido. Isto inclui botas de
borracha e avental, luvas de borracha ou asbetos.
Limpeza de tambores
Retire os tampões com uma chave de boca longa e deixe o
líquido drenar totalmente. (Em alguns tambores, este mate-
rial pode requerer manuseio especial. Você deve ser instru-
ído nestes casos.)
Use uma lâmpada à prova de explosão para inspecionar o
interior do tambor quanto à presença de trapos, ou outros
materiais que possam impedir a drenagem total.
Drene o tambor por mais cinco minutos. Isto deve ser feito
colocando o tambor numa prateleira de vapor ou de cabeça
para baixo apoiado em algum suporte. Deixe-o drenar, cer-
tificando-se de que o tampão fica na parte mais baixa. Apli-
que o vapor durante pelo menos dez minutos. Alguns mate-
riais podem exigir mais tempo de aplicação de vapor. Você
será informado sobre isto.
Coloque uma solução cáustica e gire o tambor durante pelo
menos cinco minutos. Martele o tambor um pouco com um
malho de madeira, para soltar as escamações.
Lave o tambor com água quente, deixando toda a água dre-
nar pelo tampão.
Lave o lado externo do tambor com vapor d’água.
Seque o tambor com ar quente.
Após secá-lo, inspecione-o cuidadosamente para certificar-
se de que esteja limpo, usando uma lâmpada à prova de
explosão. Se não estiver, lave-o novamente a vapor. Faça
sempre um novo teste antes de começar qualquer soldagem
no tambor, mesmo se ele foi limpo e testado anteriormente.
05
PRECAUÇÕES COM CILINDROS
DE OXIGÊNIO
Evite armazenar cilindros nas imediações de materiais com-
bustíveis ou onde possam sofrer pancadas;
Nunca deixe que os cilindros entrem em contato com fios
eletrificados, ou com equipamentos de solda elétrica em fun-
cionamento ou com objetos que estejam sendo soldados à
eletricidade;
Não derrube os cilindros e nem os role pelo chão, empre-
gando-os como roletes ou suportes;
Sempre feche as válvulas depois de usá-los;
Oxigênio não é ar;
Cuidado com óleos, graxas, gorduras e materiais combustí-
veis, principalmente com as mãos sujas de graxa;
Evite a todo custo a contaminação dos cilindros com óleos
ou graxas;
Nunca use oxigênio como ar comprimido para pistolas de
pintura, partidas de motores a diesel, limpeza de recipien-
tes, para tirar pó de roupas, etc.;
Nunca use martelo ou chaves para abrir válvulas de cilin-
dros;
Sempre que abrir a válvula, tenha um regulador de pressão
instalado na saída;
Não altere a cor do cilindro, pois este indica o tipo de gás
nele contido. Esteja a par das normas de pintura dos tubos;
Não tente consertar a válvula do cilindro carregado ou va-
zio. Deixe para o pessoal habilitado;
Não transporte cilindros de gases (cheios ou vazios) sem a
respectiva tampa;
Abra a válvula do cilindro lentamente para não danificar o
regulador de pressão.
Precauções com cilindros
de oxigênio e acetileno
PRECAUÇÕES COM CILINDROS DE ACETILENO
Chame o acetileno pelo seu próprio nome, não o chame de
gás. Mistura com ar são explosivas quando incendiadas;
Coloque o cilindro sempre de pé;
Use-o de maneira normal, através do regulador. Nunca trans-
fira o acetileno de um cilindro para outro;
Nunca se utilize de um cilindro que esteja vazando acetileno;
Em caso de vazamento, leve o cilindro para local ventilado,
livre de chamas e avise a empresa fornecedora;
Nunca deixe o acetileno escapar em recinto fechado;
Não abra uma válvula de cilindro de acetileno mais do que
¼ da volta;
Mantenha o cilindro longe do calor (sol, fornos, estufas,
etc.);
Os cilindros não devem ser derrubados ou rolados, mas
podem ser movimentados em pé, rolando-os sobre a sua
base de apoio;
As canalizações devem ser de ferro ou aço;
Nunca emende mangueiras para acetileno com pedaços de
cano de cobre (podem formar compostos explosivos).
06
VAMOS APRESENTAR O EXTINTOR DE CO2:
Possui na extremidade da mangueira um dispositivo
denominado difusor;
Não possui manômetro.
E os seus cuidados:
Não direcione o jato na direção de outras pessoas;
Após utilizar em recinto fechado, não permanecer no local;
Não posicionar o extintor próximo ou em local de forte calor
(gelo seco perde pressão);
Não segurar ou encostar a mão no difusor (congela com a
saída do agente);
Verificar se o lacre não está violado: Caso apresente esta
irregularidade, comunicar ao técnico de segurança;
Recarga anual, observando o mês de vencimento;
Reteste (teste no cilindro a cada 5 anos).
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO EXTINTOR DE PÓ QUÍ-
MICO SECO?
Possui manômetro, válvula e gatilho;
Pela cor da mangueira (não é azul);
Tem em diversos tamanhos, podendo haver confusão entre
o PQS 12 kg com o extintor de água portátil.
E os seus cuidados:
Observar o manômetro, caso esteja indicando na faixa ver-
melha deve ser pressurizado novamente (caiu a pressão);
Verificar se o lacre não está violado. Caso esteja, o que deve-
mos fazer:
Verificar a condição da mangueira;
Não utilizar em equipamento elétrico sensível, pois o pó
penetra na parte interna, podendo danificar, motivar mal
contato;
Recarga anual;
Reteste a cada 5 anos.
Conheça o seu equipamento de incêndio
VAMOS RELEMBRAR O EXTINTOR DE ÁGUA
PRESSURIZADA
Cuidados:
Verificar o manômetro (o que acontece quando está na faixa
vermelha?);
Verificar a condição da mangueira;
Não utilizar em incêndio envolvendo equipamentos elétri-
cos energizados (água conduz eletricidade);
Não utilizar em incêndio envolvendo líquidos inflamáveis,
pois a água não se mistura, esparramando mais ainda o fogo
(somente utilize água se o jato for neblina);
Verificar a condição do lacre;
Recarga anual;
Reteste a cada 5 anos.
Observação – Como você observou, os extintores de pó quí-
mico seco e água possuem manômetros. Neste manômetro
tem a indicação de três cores: faixa vermelha, verde, branca
ou amarela. O que indicam as cores?
Vermelha – você já sabe? Perda de pressão, deve ser
pressurizado;Verde – o extintor está na faixa de operação;
Branca ou Amarela – há excesso de pressão. Nesta condição,
deve-se ter o máximo de cuidado para não bater ou derrubar o
extintor.
LEMBRE-SE: O extintor de incêndio também é um equipa-
mento sob pressão, e como tal não deve sob hipótese nenhu-
07
A ignorância sobre os efeitos letais de misturar
alvejante comum à base de cloro com outros produtos
de limpeza incapacita milhares de trabalhadores todos os
anos.
O perigo é bem conhecido. Ainda assim, há sempre al-
guém que erroneamente acredita que a mistura de dois
alvejantes poderosos faz o trabalho de maneira melhor.
Não é bem assim. A verdade é que estas misturas podem
provocar um grande prejuízo.
A mistura de alvejantes à base de cloro com produtos de
limpeza que contenham amônia produz cloramina, um gás ir-
ritante que é quase tão mortal quanto o gás de cloro.
As equipes de vigilantes, de manutenção e de limpeza,
ou qualquer um que trabalhe com produtos químicos de lim-
peza, devem usá-los com muito cuidado.
Primeiro, verifique os rótulos quanto a alertas de “PERI-
GO”, “ADVERTÊNCIA” e “CUIDADO” que devem se indi-
cados quando o material é potencialmente perigoso. Se o
alvejante à base de cloro (hipoclorito de sódio) for um dos
ingredientes do produto de limpeza, então não misture este
Alvejante à base de cloro:
branqueador ou assassino?
produto com outro que contenha um ácido (vinagre comum,
algum outro produto de limpeza para banheiros e alguns
abrasivos e limpadores) ou com um produto que contenha
uma substância alcalina (amônia, e alguns abrasivos ou limpa-
dores).
Se os recipientes com substâncias de limpeza não forem
rotulados, não os use até saber o que contém.
Quando um trabalhador é envolvido por gases como clo-
ro ou cloramina, administre oxigênio, se possível, ou remova
o acidentado para um local com ar puro e busque ajuda médi-
ca. Respirar estes gases pode causar problemas respiratórios
superiores severos e interferir na respiração, irritar os olhos e
nariz, causar inconsciência, podendo até mesmo levar até a
morte se a vítima não for tratada imediatamente.
Lembre-se de que a mistura de produtos de limpeza rara-
mente resulta em um produto que realize melhor o trabalho. A
maioria das combinações neutralizam ou diluem um ao outro.
O mais importante é lembrar que a combinação de alvejante
de cloro com um ácido ou álcali pode até mesmo matar.
01
Os solventes são líquidos que podem dissolver
substâncias sem alterar a sua natureza. Por exemplo: a
água dissolve o sal. Se você ferver a água até secar, você
terá o sal de volta, normal como antes. A água é o mais co-
mum dos solventes, mas não funciona bem com graxas, óleos
ou gorduras que fazem a poeira grudar nas coisas. Assim, pre-
cisamos de solventes que sejam bons na dissolução destas subs-
tâncias, para lavar a sujeira acumulada.
Todo solvente – álcool, nafta e assim por diante – têm
suas vantagens e desvantagens. É esta a razão pela qual temos
misturas. Todo solvente é perigoso, dependendo de como é
usado.
Muitos solventes orgânicos queimam. Eles podem cau-
sar incêndios e explosões se mal utilizados. Muitos deles são
tóxicos. Alguns são inflamáveis, explosivos e tóxicos. Todos
são úteis e todos podem ser usados se cuidados de segurança
forem tomados. Não é difícil fazer isto – se você souber os
riscos e a forma de controlá-los.
Alguns solventes evaporam muito rapidamente, outros
mais lentamente. Quanto maior for a área de contato entre o
solvente e o ar, maior evaporação será produzida.
Solventes comuns
Suponha que você deixe uma lata de solvente aberta.
Você terá apenas um pequeno fluxo de evaporação. Se você
pudesse retirar a parte superior inteira da lata, haveria mais
evaporação. Se você colocar o solvente num recipiente largo,
grande e descoberto, a evaporação será maior ainda.
Os solventes evaporam mais rapidamente com o ar em
circulação do que com o ar parado. Quanto mais quente um
solvente estiver, mais rapidamente evaporará. É difícil encon-
trar uma boa razão para que um solvente seja aquecido. En-
tretanto, já houve casos deste, causando problemas e perigo.
Antes de manusear qualquer solvente, primeiro conheça
seus riscos. Observe a situação à sua volta e planeje a tarefa
cuidadosamente, usando a cabeça. Lembre-se de como os va-
pores de solventes atuam e certifique-se de que os solventes
não possam evaporar a ponto de se tornarem perigosos. Não
se esqueça de que eles se espalham muito rapidamente pelo ar
e movem-se conforme suas correntes, da mesma forma que
acontece com a fumaça de cigarro.
Conheça seu solvente. Saiba se ele é inflamável e/ou tó-
xico. Nunca use gasolina como solvente, por ser extremamente
volátil e altamente inflamável.
02
Houve uma época em que apenas os trabalha-
dores da indústria química trabalhavam com ácidos. Po-
rém, essa época já passou. Em qualquer instalação industrial
de hoje em dia, podemos deparar com eles. A maioria deles é
mais ou menos prejudicial quando manuseados, ou podem cau-
sar danos só de se chegar perto deles.
Todos eles podem ser manuseados com segurança, mas
você deve saber como. Você tem que respeitar essa substân-
cia.
Os dicionários dizem que os ácidos têm um gosto azedo
e que atacam os metais. A parte relativa ao gosto azedo não é
tão importante para nós, mas a parte que fala da capacidade
de atacar os metais é, porque esta é a característica que os
torna perigosos. O dicionário menciona que eles também ata-
cam a pele e os tecidos orgânicos, além de outras coisas. Al-
guns deles podem iniciar incêndios e alguns produzem gases
venenosos ou inflamáveis. Sendo assim, é uma boa idéia saber
algumas coisas a respeito dos ácidos que você precisa manu-
sear.
Qualquer um que trabalhe com um ácido (ou ácidos) deve
ter o conhecimento mais completo e possível e o mais atuali-
zado sobre esta substância. Entretanto, se você, em linhas
gerais, conhece os riscos envolvendo ácidos e as práticas de
segurança que você deve seguir, estará em segurança. Isto é,
você estará em segurança se usar a cabeça sempre que preci-
sar manusear ácidos.
Lembre-se sempre se que qualquer ácido ataca, isto é,
queima a pele e os tecidos abaixo dela. Os ácidos são mortais
para os olhos. A rapidez e a profundidade com que atacam
depende do tipo de ácido e do quanto seja forte, seu nível de
concentração. De qualquer maneira, o primeiro princípio de
segurança no manuseio de qualquer ácido é mantê-lo afastado
de você. Se ele entrar em contato com você, lave-o imediata-
mente. É aí que a maioria das pessoas tem problemas com os
ácidos. As pessoas têm contato com um ácido fraco, como a
Ácidos
solução de baterias por exemplo. A pele arde um pouco, mas
não muito. Elas vão e lavam o local. A pele fica um pouco
vermelha e inflamada, mas nada demais acontece. Com isto,
elas pensam que não foi nada.
Assim vão ficando mais descuidadas. Mais cedo ou mais
tarde, o ácido acaba atingindo os olhos delas. A menos que os
lave imediata e completamente, acabarão com, no mínimo,
uma redução e visão. Dependendo do ácido, provavelmente
causará uma cegueira permanente.
A maioria dos ácidos corrói os metais rapidamente, liberando
hidrogênio durante a reação. O hidrogênio é altamente inflamável.
Uma centelha ou uma chama pode iniciar um incêndio. Misturado
com o ar, torna-se altamente explosivo. Um outro exemplo é o da
bateria comum dos automóveis. Dentro dela, o ácido sulfúrico
combina com um composto de chumbo, liberando hidrogênio.
Com isto, se usar um fósforo para ver se uma bateria precisa de
água (ou mesmo se chegar um cigarro próximo da bateria), você
estará pedindo que uma labareda seja lançada, jogando ácido em
seu rosto. Muitas pessoas já passaram por este tipo de acidente.
A maioria dos ácidos vem como líquidos. Com exceção de
um deles (ácido hidrofluórico), eles não atacam os vidros e a borra-
cha. Assim sendo, devem ser mantidos em garrafas e vidro ou em
tanques e tambores revestidos por borracha. O ácido sulfúrico for-
te (muito concentrado) ataca o aço tão lentamente, a ponto de
tamboresde aço serem usados. Mas lembre-se, esse ácido pode
gerar um pouco de hidrogênio. Assim, seja seguro e sempre trate
os tambores de ácido sulfúrico como se o espaço vazio estivesse
cheio de hidrogênio.
Manuseie os recipientes contendo ácido com muito cui-
dado. A queda de um deles representa uma péssima maneira
de alcançar uma vida longa e saudável.
Um outro jeito certo de arranjar encrenca é aquecer um
ácido ou deixá-lo esquentar. Alguns ácidos são piores do que
outros, mas todos eles desprendem gases e vapores terríveis.
Os ácidos sulfúrico e clorídrico liberam gases capazes de quei-
03
mar a pele e os olhos, assim como de atacar seus pulmões. O
ácido nítrico libera gases de cor amarelo-amarronzado muito
venenoso. Eles podem danificar bastante seus pulmões antes
que você perceba isto. Se você for exposto a uma concentra-
ção pesada sem o equipamento de proteção adequado, você
morre em um dia ou dois.
Assim, eis aqui o ABC da segurança para o manuseio de áci-
dos:
Não dê chance a eles
Proteja seus olhos totalmente
Use vestuário resistente ao ataque ácido, incluindo luvas
Manuseie o ácido de forma a evitar derramar ou quebrar o
recipiente que o contém
Mantenha-os afastado do calor e fora do alcance de subs-
tâncias com as quais possam reagir.
Tudo isto significa que, se for trabalhar com ácidos, você
deve conhecer os riscos e as práticas seguras para usá-los. Os
ácidos podem ser manuseados com segurança.
03
b
Quais os principais gases liqüefeitos do petróleo?
Propano e Butano.
Estes gases, como vimos anteriormente, são usados em sol-
das, corte, isqueiros e no lar.
Qual o principal risco no manuseio com os mesmos?
Sendo mais pesado do que o ar, quando houver vazamentos,
ficarão acumulados no nível do chão.
Poderá haver explosões caso alguém utilize qualquer chama
ou provoque faísca.
Conseqüência – o aumento da temperatura aumenta os possí-
veis vazamentos, incêndios e explosões.
Quais os critérios para estocagem destes botijões.
As áreas devem ter boa ventilação;
Os botijões devem estar distantes dos cilindros de oxigênio;
Devem ficar na posição vertical.
Gases liqüefeitos de petróleo
Por que deve-se evitar o contato destes gases com a pele?
Estes gases tem a propriedade de se evaporar muito rapida-
mente e na evaporação, absorvem calor que pode provocar
queimadura na pele pelo frio.
Recomendações
Um isqueiro à gás butano, caso venha a explodir, equivale a 3
bananas de dinamite. Por isso todo o cuidado, evitando utili-
zar para acender o forno, fogão, maçarico, perto de chama,
ao portá-lo no bolso da camisa ou da calça.
04
Podemos identificar a presença de gases através dos
seguintes exemplos:
Quando enchemos o pneu de um carro – há uma compres-
são de ar;
Quando estouramos um balão – há uma expansão de ar.
Qual seria a composição do ar, quando está no estado gaso-
so?
Observe o seguinte exemplo: se pegarmos 100 litros de ar,
teremos a seguinte divisão: 78% de nitrogênio, 21% de oxi-
gênio e 1% de gás carbônico e outros gases.
Quais ao gases que são utilizados na indústria?
OXIGÊNIO, NITROGÊNIO, HIDROGÊNIO, ACETILENO,
GLP, GÁS CARBÔNICO, ARGÔNIO
Quais os mais usados e que oferecem maiores riscos?
OXIGÊNIO E ACETILENO – fornecidos em cilindros;
GLP – fornecido em botijões.
Onde são mais usados?
OXIGÊNIO E ACETILENO – na solda e corte oxiacetilênica;
GLP (GASES LIQÜEFEITOS DE PETRÓLEO) – soldas e
uso doméstico.
Vamos dar alguns pontos importantes e esclarecedores sobre
os tipos de gases mais usados nas empresas.
ACETILENO
É obtido misturando carbureto de cálcio com água, o gás não
tem cheiro, nem cor, quando puro. A mistura deste gás com o
oxigênio vai nos dar a chama “mais quente da Terra”.
Medida de precaução do fabricante do gás:
Quando o fabricante distribui acetileno para as indústri-
as, são acrescentados produtos que dão ao mesmo um cheiro
característico (cheiro de alho). Essa medida faz com que pos-
Gases utilizados na indústria
samos sentir a presença do gás, identificando-o em caso de
vazamento.
O cilindro de acetileno é um tubo com aproximadamente
0,5 cm de espessura. Dentro deste cilindro, coloca-se uma
massa de carvão vegetal, amianto e cimento formando uma
massa porosa.
Como o acetileno é um gás que explode facilmente, o
fabricante torna a superfície interna do cilindro parecida com
uma esponja, ou seja, uma massa porosa, cheia de pequenos
buracos. Com isto, diminui o perigo de explosão, pois a mes-
ma não se propaga pelos pequenos buracos existentes. Den-
tro do cilindro, é colocada também acetona, que absorve o
acetileno, tornando-o menos perigoso.
COMO PROCEDER NO MANUSEIO DO CILINDRO DE
ACETILENO
- Devemos sempre deixar o cilindro na posição vertical, nunca
deitado.
Qual a conseqüência?
A acetona tenderá a sair da massa porosa junto com o acetileno.
Qual o risco?
Haverá um aumento de pressão e um desgaste rápido do con-
teúdo.
- Devemos ter cuidado com o cilindro evitando pancadas e
choques usando sempre a tampa de proteção da válvula.
Qual a conseqüência?
Haverá um deslocamento da massa porosa da parede do cilin-
dro ou rompimento da válvula.
Qual o risco?
Existirá um maior perigo de explosão, e com o rompimento
da válvula, o cilindro tornará um “foguete”.
- Quando formos verificar algum vazamen-
to utilizar sempre água e sabão.
Risco existente
Qualquer outro processo tal como, uti-
lizar óleo e fogo, haverá um perigo de
explosão.
05
- Quando armazenamos, procurar sempre evitar misturar cilin-
dros de outros gases, bem como o local deve ser protegido do
calor e ter boa ventilação.
Qual a conseqüência?
O calor elevará a pressão interna. Não havendo ventilação,
haverá concentração de gases (no caso de vazamento).
Qual o risco?
Perigo de explosão, principalmente quando há uma mistura
de vários gases.
- Quando o acetileno contido no cilindro estiver acabando,
devemos observar que jamais poderemos esgotar totalmente
o gás, pois poderá acontecer o seguinte: A PRESSÃO IN-
TERNA FICA MENOR QUE A PRESSÃO EXTERNA.
Qual a conseqüência?
Você terá exatamente 10 segundos para sair do local pois ha-
verá a explosão do cilindro.
Qual o risco?
A chama na ponta do maçarico de solda vem para dentro do
cilindro.
RECAPITULAR
Os gases mais usados são – ACETILENO, OXIGÊNIO E GLP.
- OXIGÊNIO + ACETILENO – Utilizado na solda e corte
oxiacetilênica.
- O cilindro tem uma massa porosa que contém acetileno e
acetona.
- Transportar com cuidado o cilindro evitando pancadas ou
choques.
- Jamais esgotar todo o gás do cilindro.
- O local de armazenamento deve ser protegido do calor e
com boa ventilação.
- Usar sempre água e sabão para verificar vazamentos.
OXIGÊNIO
Como é obtido o oxigênio?
O oxigênio é um gás sem cor, sem
cheiro e sem sabor. Na maioria das
vezes é obtido no ar, fazendo com
que o ar se transforme em líquido, recuperando o oxigênio
puro por um processo que se chama destilação fracionada.
O oxigênio oferece algum risco?
O oxigênio quando puro não queima, nem explode, mas faz
outras substâncias queimarem muito depressa.
Qual o risco?
Misturando oxigênio com outros gases, como graxa, óleo ou
qualquer derivado do petróleo, teremos violentas explosões.
Precauções
Toda tubulação, mangueiras, cilindros que contenham oxigê-
nio não podem estar sujos de óleo, etc. O oxigênio nunca deve
ser usado para soprar máquinas ou roupas pois poderá haver
incêndio.
Existe muita pressão dentro do cilindro de oxigênio?
Para se ter uma idéia da alta pressão que está contida dentro
de um cilindro de oxigênio, basta sabermos que:
- A pressão é aproximadamente 10 vezes maior que o cilindro
de acetileno.
- Um canhão ao ser disparado tem uma pressão muito menor
que a pressão dentro do cilindro de oxigênio.
Então, quais são os principais inimigos dos cilindros de oxigê-
nio?
CHAMA – perigo de explosão e aumento da pressão interna.
ÓLEO E GRAXA – perigo de incêndio.
PANCADAS – deformação do metal.
CHAVES – danos nas válvulas.
05
b
Há cerca de alguns anos, em uma estrada de
ferro nos EUA, ocorreram dois acidentes por isqueiros
a gás (butano).
Um ocorreu quando um soldadorestava soldando uma
peça. Ele estava com seu isqueiro no bolso quando uma partí-
cula incandescente, proveniente da solda atingiu o isqueiro
derretendo o invólucro plástico do gás e liberando butano,
que explodiu violentamente, causando a morte do emprega-
do.
O outro acidente ocorreu de maneira semelhante e a ex-
plosão amputou o braço do operário, que faleceu dias depois.
Cuidado com a bomba que está no seu bolso
Deve-se ressaltar que o volume de gás existente nesses
isqueiros tem a potência de força explosiva equivalente a três
bananas de dinamite, dependendo da situação em que explo-
dir.
Recomenda-se aos empregados que trabalham com sol-
da ou perto do calor (fornalhas, forja, maçarico, etc.) que tro-
quem seus isqueiros por fósforos de segurança.
Às donas de casa, recomendamos a substituição do isqueiro
a gás por fósforos, pela mesma razão.
06
A eletricidade pode matar você. A maioria das
pessoas sabe muito pouco sobre eletricidade, apesar de
a usarmos amplamente no trabalho e em nossas próprias
residências.
Nós acionamos um interruptor e a luz acende ou uma
máquina é ligada. Trocamos uma lâmpada quando ela se quei-
ma. Consideramos a eletricidade e suas muitas aplicações como
seguras, pelo fato de nos prestarem muitos serviços de manei-
ra simples e fácil.
As estatísticas indicam que muitos trabalhadores foram
mortos em circuitos de 115 volts. Um choque resultante de
um contato com apenas 15 miliampéres de corrente pode ser
fatal. A 115 volts, uma lâmpada de 6 velas puxa 50 miliampéres
de corrente. Consequentemente, a quantidade de corrente usa-
da por uma lâmpada desta puxa corrente o bastante para ma-
tar três seres humanos.
Para se proteger contra os riscos de eletricidade quando
manusear furadeiras, serras elétricas, lixadeiras ou cabos de
extensão, tome conhecimento dos fatos básicos relacionados
com as causas do choque e da eletrocussão.
Por exemplo: a condição do corpo do indivíduo tem muito
a ver com as chances de ser morto por choque elétrico. Se as
mãos estiverem suadas, os sapatos e meias estiverem úmidos
ou se o piso estiver molhado, a corrente pode passar mais
facilmente através do corpo e aumentar a severidade do cho-
que.
Aterramentos por precaução
Quando estiver trabalhando com ferramentas ou aplica-
ções elétricas, lembre-se das seguintes regras de preservação
da vida:
Certifique-se de que a conexão do pino terra esteja intacta
antes de ligá-lo a qualquer receptáculo.
Tenha extremo cuidado quando trabalhar com ferramentas
elétricas portáteis em lugares úmidos ou molhados, ou pró-
ximos a estes locais. Isto inclui tanques e caldeiras ou tubu-
lações e outros objetos aterrados que você possa eventual-
mente tocar, permitindo a passagem da eletricidade através
do seu corpo até o terra.
Relate cabos desfiados ou quebrados.
Se você tomar um choque de algum equipamento que esti-
ver usando, relate isso a seu supervisor para que mande
fazer os reparos necessários. Deixe os reparos elétricos para
os especialistas.
Certifique-se de estar usando apenas equipamento aterrado
ou isolamento duplo aprovado.
01
Não há nada a respeito dos cabos de extensão
que possa sugerir algum perigo. Não há peças móveis,
não há chamas e nem barulho. Eles são inofensivos... mas
podem ser perigosos, se mal usados.
Somente bons cabos devem ser usados. De preferência
aqueles que são testados e aprovados por laboratórios de tes-
tes de equipamentos elétricos. Os cabos que apresentarem des-
gaste devem ser reparados ou jogados fora.
Você pode controlar alguns dos riscos associados ao uso
de cabos de extensão. Antes de mais nada, nenhum cabo de
extensão pode suportar uma utilização abusiva. Se você dobrá-
lo, der um nó, cortá-lo, amassá-lo ou mesmo curvá-lo, você
poderá estar danificando seu revestimento isolante. Isto po-
derá causar um curto-circuito ou um incêndio, ou mesmo um
choque elétrico.
A maioria dos cabos elétricos transporta eletricidade co-
mum de 110 volts. Sem dúvida, você já recebeu, alguma vez,
um choque de uma rede de 110 volts sem grandes problemas,
a não ser uma sensação de tomar um puxão. Sob certas condi-
ções, uma rede de 110 volts pode matar.
Tais condições podem ser representadas por um toque,
num cabo sem revestimento com as mão molhadas ou suadas,
ou pisar em superfície molhada, em contato com um tubo de
água ou de vapor, ou outra conexão elétrica.
Assim sendo, proteja o cabo de extensão que estiver usan-
do. Enrole-o em grandes laçadas. Não o dobre desnecessaria-
mente. Não o submeta a tensão. Um cabo nunca deve ser dei-
xado pendurado numa passagem ou sobre a superfície, onde
as pessoas possam pisar. Os motivos são simples: evitar arma-
dilhas que podem causar acidentes e evitar danos ao próprio
cabo.
Cabos de extensão
Se um cabo de extensão mostrar sinais de desgaste, ou
se você souber que ele já foi danificado, troque-o por outro
novo. Não conserte cabos por sua conta.
Em situações especiais, são necessários tipos especiais
de cabos. Alguns são resistentes à água, outros não. Alguns
são isolados para resistência ao calor, outros são projetados
para suportar a ação de solventes e outros produtos químicos.
Não use cabos de extensão próximos à umidade, calor
(incluindo equipamentos de aquecimento elétricos) ou produ-
tos químicos, que possam danificar o isolamento, a menos que
você tenha certeza de que o cabo em questão seja do tipo
apropriado para esta situação em particular.
A utilização adequada de cabos de extensão não é difícil
nem complicada. O uso correto não toma muito tempo e pode
livrá-lo de um choque terrível.
Estas regras devem ser aplicadas na utilização segura de ca-
bos de extensão:
Manuseie o cabo gentilmente, evitando tensioná-lo, dobrá-
lo, amassá-lo ou cortá-lo.
Pendure-o num local onde não perturbe a passagem ou possa
representar riscos.
Se mostrar sinais de desgaste, troque-o por outro novo.
Se estiver na presença de calor, de umidade ou de produtos
químicos, certifique-se de que seu cabo seja do tipo correto
para resistir às condições existentes.
02
Choque elétrico
O fluxo de corrente é que causa danos ao or-
ganismo em caso de choque elétrico. Quando uma pes-
soa se torna parte de um circuito elétrico, a severidade do
choque é determinada por três fatores básicos:
1) a taxa de fluxo através do corpo;
2) o percurso da corrente através do corpo;
3) o tempo com que o corpo foi parte do circuito.
A eletricidade pode se deslocar somente quando há um
circuito completo. O choque pode ocorrer quando o corpo
faz contato com ambos os fios de um circuito (o fio preto
positivo e o fio branco neutro), um fio de um circuito
energizado e terra, ou uma parte metálica de um dispositivo
elétrico que tenha sido energizado.
As mulheres possuem menor tolerância ao choque elétri-
co do que os homens. Fatores tais como o tamanho, a condi-
ção física e a condição de umidade da pele podem determinar
a quantidade de eletricidade que um corpo humano pode tole-
rar.
Infelizmente, o corpo humano não possui qualquer pro-
teção interna contra o fluxo de corrente elétrica. A superfície
da pele fornece a maior parte da resistência razoavelmente
alta, mas a pele úmida é muito menos resistente. Quando a
resistência da pele é interrompida, a corrente flui facilmente
através da corrente sangüínea e dos tecidos do corpo. Qual-
quer que seja a proteção oferecida pela resistência da pele
esta diminui rapidamente com um aumento da voltagem.
A morte ou ferimentos causados por choque elétrico podem
resultar do seguinte:
1. Contração dos músculos peitorais, podendo interferir na
respiração a tal ponto que resultará em morte por asfixia.
2. Paralisia temporária do sistema nervoso central, podendo
causar parada respiratória, uma condição que
freqüentemente permanece, mesmo depois de a vítima ter
sido desconectada do circuito.
3. Interferência no ritmo normal do coração, causando
fibrilação cardíaca, uma condição na qual as fibras do mús-
culo cardíaco, em vez de contraírem de maneira coordena-
da, contraem separadamente e em diferentes momentos. A
circulaçãodo sangue pára e ocorre a morte.
4. Parada cardíaca por contração muscular (em contato com
alta corrente). Neste caso, o coração pode reassumir seu
ritmo normal, quando a vítima é libertada do circuito.
5. Hemorragias e destruição de tecidos, nervos e músculos do
coração devido ao calor provocado pela alta corrente.
03
Substitua, se possível, os difusores transparentes,
amarelados ou opacos por difusores de acrílico claro,
com boas propriedades contra o amarelecimento, pois es-
tas permitirão melhor distribuição da luz;
Substitua luminárias antiquadas ou quebradas por luminári-
as mais eficientes, de fácil limpeza e, de preferência, com
lâmpadas expostas, que desse modo poderão ser de menor
potência;
Quando o fator estética não tiver importância, retire o acrí-
lico e o globo, que absorvem grande parte do fluxo lumino-
so;
Não use lâmpadas incandescentes de bulbo fosco dentro de
globos. É preferível utilizar lâmpadas com bulbo transpa-
rente. As lâmpadas de bulbo fosco foram criadas para
minimizar o efeito ofuscante e apresentam uma luz confor-
tável, suave e difusa, mas também absorvem uma parte da
luz emitida pelo filamento;
Como o globo elimina o ofuscamento, o uso da lâmpada de
bulbo fosco acarretará menor iluminação e poderá exigir
lâmpadas de maior potência;
Refaça, se possível, a instalação de interruptores, para per-
mitir o desligamento parcial de lâmpadas em desuso ou des-
necessárias;
Em locais onde houver muitas lâmpadas acesas, verifique a
possibilidade do desligamento alternado;
Se há luminárias com lâmpadas fluorescentes comandadas
em grupo, estuda-se a possibilidade de instalar interrupto-
res individuais comuns ou do tipo pêra, eles permitirão o
desligamento parcial de determinadas lâmpadas, evitando-
se a iluminação plena todo o tempo;
Como reduzir o consumo de energia elétrica
Ao desativem uma ou mais lâmpadas fluorescentes, não
esqueça de desligar também o reator, caso contrário, ele
continuará consumindo energia elétrica, reduzindo-se a sua
vida útil;
Onde for possível, use uma única lâmpada de maior potên-
cia no lugar de várias lâmpadas de menor potência;
Utilize sempre que possível a iluminação natural, abrindo
janelas, cortinas, etc.;
Instrua as pessoas a desligarem as lâmpadas de ambiente
não ocupados, salvo aquelas que contribuem para a segu-
rança;
Limpe regularmente paredes, janelas, pisos e forros, lumi-
nárias e lâmpadas. Uma superfície, luminárias e lâmpadas
limpas refletem melhor a luz o que permite manter em nível
menos intenso a iluminação artificial, como também a sujei-
ra acumulada reduz a iluminação;
Ao fazer uma reforma na pintura, evite pintar com cores
escuras as paredes e corredores, pois desta maneira, exigi-
rão lâmpadas mais fortes, com maior consumo de energia;
Utilize somente lâmpadas de voltagem compatível com a
voltagem da rede da concessionária.
04
As pessoas não treinadas geralmente fazem o
trabalho da forma mais difícil. Como resultado, cansam-
se mais rápido, o ritmo de trabalho é mais lento ou acabam
acidentando-se.
O levantamento de cargas está entre os trabalhos que,
com mais freqüência, são executados de maneira errada. Atra-
vés da utilização de métodos corretos de levantamento de
cargos, os empregados podem não apenas fazer o trabalho de
forma mais fácil, mas também sem acidentes.
DISPOSITIVOS MECÂNICOS
Apesar dos dispositivos mecânicos não serem adequados para
todo o tipo de levantamento de cargas, podem ajudar a evitar
ferimentos causados pelo manuseio de cargas. Guinchos, guin-
dastes, elevadores, transportadores, empilhadeiras e disposi-
tivos similares são feitos para esta finalidade.
LIMITES DE PESO PARA LEVANTAMENTO SEGURO
A condição física, constituição e estatura de um indivíduo têm
muito a ver com sua capacidade de levantar objetos pesados
ou de executar tarefas com levantamento repetitivo de obje-
tos.
O TRABALHO EM EQUIPE EXIGE PRÁTICA
Quando uma carga é muito pesada para uma pessoa le-
vantar sozinha e o equipamento mecânico não pode ser usado
para o trabalho, devem ser designados quantos trabalhadores
forem necessários para fazer o levantamento. Isto acarreta um
outro problema: trabalho em equipe. Trabalhadores mais ou
menos do mesmo tamanho devem ser escolhidos e devem ser
treinados para fazer levantamento de peso em equipe.
Se um dos trabalhadores levantar a carga antes dos ou-
tros, deslocá-la ou abaixá-la incorretamente, ele ou seu parcei-
ro podem ser sobrecarregados e sofrerem uma distensão. Uma
pessoa deve ser designada para dar as ordens necessárias
para obter a coordenação do grupo.
FORMA CORRETA DE FAZER UM LEVANTAMENTO
Dimensione a carga primeiro - não tente levantá-la sozinho,
se houver qualquer dúvida sobre sua capacidade de execu-
tar a tarefa.
Levantamento de cargas com segurança
Certifique-se de que está com os pés firmes no chão. Esteja
bem equilibrado, mantenha seus pés separados ( de 20 a 30
centímetros um do outro).
Coloque seus pés perto da base do objeto a ser levantado.
Isto é importante porque evita colocar toda a carga sobre
os músculos das costas.
Dobre seus joelhos, mantendo suas costas rentes e na po-
sição mais vertical possível.
Se necessário, abra os joelhos ou abaixe um deles para chegar
mais perto do objeto.
Comece agora a esticar as pernas, desdobrando os joelhos.
Com isto estará usando seus músculos mais fortes. Mante-
nha a carga perto do seu corpo na medida em que você se
levanta.
Levante o objeto até a altura de transporte. Se você precisar
mudar de direção depois que estiver de pé, tenha cuidado
para não torcer o corpo. Gire o objeto mudando a posição
de seus pés.
Se você colocar a carga numa bancada ou mesa, coloque-a
na borda da mesa para ajudar a suportar o peso e então
empurre-a para frente usando os braços ou, se necessário,
com parte de seu corpo virado para frente.
Para colocar a carga no chão, dobre os joelhos e, com a
costas rentes e a carga perto de seu corpo, abaixe-a com os
músculos dos braços e das pernas.
POSIÇÃO CORRETA PARA LEVANTAR OBJETOS PESADOS
Ficar na posição correta e usar os músculos mais capa-
zes de fazer o trabalho são os pontos mais importantes na
aplicação de métodos corretos de levantamento
seguro de cargas. Existem dicas em todo
trabalho. Por exemplo: os carregado-
res de cereais sabem o jeito de agarrar
e balançar os sacos para jogá-los nos
ombros. Pessoas inexperientes mal
conseguem mover estes sacos.
Eis aqui um resumo dos
pontos a serem lem-
brados para levanta-
01
mento seguro de cargas:
Carregue a carga sempre perto do corpo;
Mantenha as costas na posição mais reta possível;
Use os músculos mais fortes: das pernas e dos braços;
Tenha uma visão ampla de toda a carga;
Se a carga não lhe permitir andar normalmente, peça ajuda;
Nunca tenha receio de pedir ajuda para manusear uma car-
ga;
Quando julgar que o uso de um auxílio mecânico pode aju-
dar, faça esta sugestão;
Remova os obstáculos no caminho das cargas e outros itens
que podem se transformar em armadilhas.
01
b
O manuseio de estrados e de paletes vazios
pode parecer, para a maioria de vocês, apenas mais um
trabalho de rotina, pelo menos no que diz respeito à segu-
rança.
Não se deixe enganar. Esse tipo de trabalho pode causar
acidentes facilmente, se os cuidados de segurança não forem
tomados. O manuseio de materiais causa mais acidentes do
que qualquer outro tipo de trabalho.
O içamento representa a principal situação em que ocor-
rem acidentes. Naturalmente, o içamento é uma manobra bá-
sica no manuseio de estrados e paletes.
Vamos tomar algum tempo para repassar alguns dos pas-
sos que podemos tomar para manter a freqüência de acidentes
no mínimo. Primeiro, inspecione os estrados e paletes com os
quais você vai trabalhar, quanto a pregos soltos e outros de-
feitos. Se você encontrar uma unidade insegura, deixe-a de
lado e marque-a para jogar fora ou reparar.
Levante materiais com cuidado. O empilhamento ou o
descarte de estrados geralmente requer duas pessoas. Estas
devem executar esta tarefa de maneira coordenada, como se
fossem uma só pessoa.Use o mesmo procedimento para le-
vantar paletes que sejam pesados ou robustos. Levante-os do-
brando seus joelhos e esticando as pernas. Mantenha suas cos-
tas retas e use os músculos das pernas, não os músculos das
costas.
Como medida de segurança adicional enquanto manu-
seia objetos, use o equipamento de proteção correto. Luvas
de couro protegerão suas mãos e, naturalmente, calçados de
segurança protegerão seus pés.
Provavelmente, você já percebeu o quanto é importante
uma área de trabalho limpa para a sua segurança e para a se-
gurança dos outros. O mesmo se aplica ao caso dos estrados e
paletes. Empilhe-os com cuidado, de forma que as pilhas se-
jam estáveis. As pilhas devem ter uma altura limitada de apro-
ximadamente 1,20m e as unidades devem ficar planas e nunca
empilhadas pelas extremidades. As pilhas e unidades individu-
Estrados e paletes vazios
ais devem ser mantidas afastadas de corredores, passagens e
portas e não devem obstruir caixas ou painéis elétricos, extin-
tores de incêndio e outros equipamentos de segurança.
Evite caminhar ou pisar sobre os estrados e paletes, pois
isso pode facilmente causar um acidente.
Quando empilhar unidades, considere a capacidade de
peso do piso. Certifique-se também de avaliar a resistência
das unidades com as quais você está trabalhando, para que
não seja excedida. Se você estiver trabalhando com papelão,
considere sua menor resistência, que o tomaria mais difícil de
danificar do que se fosse de madeira. Além disto, ele absorve-
rá mais umidade, o que pode enfraquecê-lo.
Os estrados e paletes podem parecer resistentes, mas
quando você os deixa cair, eles podem enfraquecer. A queda
de estrados e de paletes também provoca muito barulho.
Algumas vezes, são usadas plataformas e estrados de ar-
rasto separados. Neste caso, as plataformas devem ser
empilhadas retas numa prateleira com altura inferior ao equi-
valente a 32 unidades. Novamente, tome cuidado quando re-
mover as plataformas da prateleira.
Coloque um trabalhador em cada lado. Pode ser neces-
sário jogar fora certas unidades. Neste caso, use caminhões
ou pick-ups, especialmente se a carga precisar ser movimen-
tada, qualquer que seja a distância.
As cargas das unidades a serem descartadas devem ser
empilhadas cuidadosamente. Esteja alerta quanto a pregos e
lascas. Se você for se desfazer das unidades queimando-as,
observe todo o fogo e a regras de segurança.
Cobrirmos aqui alguns dos pontos principais de seguran-
ça no manuseio de estrados e paletes vazios. Eles são todos
essenciais - os cuidados que devem ser tomados em muitos
trabalhos. Porém, esta é a maneira que deve ser quando se
trata de segurança. Desenvolva práticas e atitudes seguras no
trabalho, que os resultados serão obtidos em tudo que você
fizer.
02
As quedas são a segunda causa de morte nos
Estados Unidos. Somente os acidentes de automóveis
superam esta causa. Nas empresas, 20 % de todos os
ferimentos e fatalidades sérias são causados por quedas.
Estas estatísticas sozinhas dão uma boa razão para tentar-
mos descobrir por que as pessoas caem e o que pode ser feito
para evitar isso. As quedas podem acontecer a qualquer momen-
to, em qualquer lugar. A maioria delas poderia ser evitada.
As pessoas caem porque o corpo fica inesperadamente
descontrolado e numa postura instável. Quando algo não es-
perado acontece, interrompendo o padrão normal de manu-
tenção do equilíbrio, o centro de gravidade é deslocado e o
corpo cai. Tais situações normalmente são provocadas por
“armadilhas”, escorregões ou por empurrões ou esbarrões.
Provavelmente, a medida preventiva mais importante para
evitar as quedas seja ensinar as pessoas a reconhecerem, cor-
rigirem e/ou evitar “armadilhas”, piso escorregadio e outros
riscos de quedas. Olhar onde se pisa. Este é um bom conse-
lho. As quedas são causadas mais por desatenção do que qual-
quer outra coisa. Quantas vezes você já ouviu alguém dizer:
“Eu não tinha visto!”?
Áreas escuras ou mal iluminadas são um convite a que-
das. Escadas e áreas congestionadas devem ser especialmente
verificadas quanto à iluminação apropriada.
O transporte de artigos que são muito grandes ou
empilhados muito alto para nós, impedindo-nos de ver por
cima ou à volta, é uma boa forma de provocar quedas no chão.
A arrumação da área é vital para a prevenção de quedas.
Abaixo apresentamos algumas áreas a serem verificadas para
impedir quedas de óleo, graxas, etc.:
1. Pontos escorregadios, provocados por derramamentos na
superfície de trabalho ou de passagem;
Evite quedas
2. “Armadilhas”- restos de materiais espalhados na área de
trabalho ou de passagem, vários tipos de fios (elétricos e de
telefone), gavetas de arquivos abertas, objetos em corredo-
res e passagens;
3. Buracos, pontos altos ou quaisquer outros defeitos na su-
perfície da área de trabalho/passagens;
4. Degraus de escada mal construídos ou desgastados;
5. Corrimãos faltando ou inadequados em escadas e aberturas
em paredes e pisos.
Numa área ou situação em que o risco não pode ser elimi-
nado, a necessidade de cuidado deve ser indicada por cartazes
e/ou código de cor. O MTb especifica o amarelo como a cor
básica para designar cuidado e para marcar riscos físicos.
Inspeções periódicas de equipamentos e de veículos po-
dem identificar muitos riscos de quedas. Por exemplo: degraus
ou plataformas em caminhões e equipamentos podem se des-
gastar e se tomar escorregadios. Algum tipo de revestimento
abrasivo pode ser aplicado para evitar que fiquem escorrega-
dios.
Em alguns equipamentos, as alças de pega e para subir
podem ser um importante dispositivo de segurança. Elas de-
vem ser verificadas quanto a desgaste, superfície muito lisa ou
se estão frouxas.
O vestuário e o calçado podem representar um fator de
queda. Alguns estilos atuais de sapatos são conhecidos por
terem contribuído para quedas que provocaram sérios
ferimentos. O calçado e o vestuário corretos para o trabalho
que está sendo executado devem ser considerados exigências
de segurança.
03
Ano após ano, as quedas ficam atrás apenas
dos acidentes com automóveis como causa do maior
número de mortos em acidentes! Nós tendemos a associar
uma queda fatal somente com quedas de locais muito altos,
mas isto não é necessariamente verdadeiro: as quedas fatais
ocorrem às vezes de alturas muito baixas, até inferiores a um
metro. De fato, algumas ocorrem ao nível do solo. A fatalida-
de dependerá de como você tocará o chão em que sua cabeça
vai bater e de muitos outros fatores contributivos. Algumas
quedas são o resultado de uma falta de cuidado ou ato insegu-
ro, enquanto outras são provocadas por condições inseguras
ou equipamentos defeituosos.
Subir e trabalhar em posições elevadas faz parte do tra-
balho de muitos empregados.
Equipamentos especiais foram projetados de forma que
possamos fazer este trabalho com segurança e eficiência. Po-
rém, devemos inspecionar estes dispositivos de segurança para
ter certeza de que estejam em boas condições.
Os cintos de segurança devem ser verificados quanto a
defeitos em locais onde eles possam desfiar ou mostrar des-
gaste excessivo.
Quedas
Os dispositivos de segurança para subir e para trabalho
em locais altos são projetados especificamente para sua segu-
rança pessoal. Quando em boas condições, eles podem evitar
uma queda séria. Arranje tempo e inspecione regulamente esse
equipamento.
Se seu trabalho exigir uma escada, certifique-se de que
esta esteja em boas condições e pegue a escada certa para o
trabalho. Não improvise com qualquer outra coisa. Isto pode-
ria provocar sua queda.
Quando você estiver executando um trabalho que envol-
va muitas pessoas e muitas atividades diferentes, olhe à sua
volta antes de se movimentar. Tenha cuidado com ferramen-
tas e equipamentos no chão e evite buracos, trincheiras e coi-
sas similares.
Uma boa arrumação da área de trabalho é uma forma ex-
celente de eliminar causas potenciais de quedas.
Lembre-se: quedas matam um número enorme de pesso-
as todos os anos. Não acredite ter alcançado o máximo desegurança possível. Certifique-se de que alcançou a seguran-
ça requerida.
04
Os guinchos, talhas e lanças são alguns dos
equipamentos de içamento que normalmente utilizamos.
O desenvolvimento destes equipamentos envolve muita ex-
periência de campo e testes de engenharia. Quando finalmen-
te são liberados para utilização geral, estes dispositivos serão
tão seguros quanto a moderna tecnologia pode nos oferecer;
entretanto, todos eles requerem operação com inteligência e
manutenção adequada para permanecer na condição de ope-
ração segura.
Devemos verificar esses equipamentos sempre antes de
usá-los. Devemos verificar quanto ao abastecimento de com-
bustível, vazamentos de óleo e de fluido hidráulico, mecanis-
mos de embreagens emperrados ou danificados, desgaste anor-
mal, trincas por fadiga e outras condições inseguras. Sempre
que você observar uma condição insegura, relate isto e certi-
fique-se de que seja reparado prontamente.
A utilização de guinchos e de outros equipamentos mo-
torizados em nossos trabalhos é uma operação meticulosa.
Mesmo a maioria desses equipamentos sendo simples o bas-
tante para que uma criança possa operá-los, somente uma pes-
soa habilitada, qualificada e autorizada pode fazê-lo de forma
correta e com segurança.
O operador qualificado nunca abusa de seu equipamen-
to. Ele evita paradas e partidas rápidas, que provocam des-
gaste excessivo. Ele sempre faz um teste de levantamento para
verificar se o gancho ou a amarração está correta e no local
certo.
O operador escolhe uma pessoa para os sinais manuais
necessários e aceita os sinais somente dessa pessoa indicada e
apenas os claramente indicados.
Entretanto, a manutenção das distâncias de afastamento
é de responsabilidade do operador. Se ele achar que há moti-
vo para questionar o julgamento da pessoa que está sinalizan-
do, ele mesmo deve verificar estas distâncias antes de conti-
nuar. Ele deve dar atenção particular aos espaçamentos em
relação a fios aéreos que poderiam energizar o veículo.
Se qualquer coisa sair errada, o operador deve parar o
equipamento e não reiniciar até que o problema tenha sido
esclarecido e um novo plano tenha sido desenvolvido.
Quando estamos trabalhando com este equipamento ou
deslocando-o, temos que ter a certeza a respeito de todos os
cuidados para não danificá-lo. Eis aqui algumas ações em que
podem ocorrer danos facilmente:
Içamentos mecânicos e
outros equipamentos motorizados
Quando uma escada em lança é mantida ereta com o ve-
ículo movimentando-se de um local para outro. Ela pode ser
danificada pelo contato com pontes, galhos de árvores e fios.
Muitos outros exemplos poderiam ser citados, mas to-
dos mostrariam que poucos riscos, se é que existe algum, es-
tão incorporados no projeto destes equipamentos. Os riscos
normalmente são decorrentes de abusos e negligência.
Existem várias proteções que devem ser usadas, depen-
dendo do tipo do equipamento. Em alguns casos, estas prote-
ções são parte integrante do equipamento. Por exemplo: cer-
tas proteções, que fazem parte dos sistemas hidráulicos, per-
mitem que uma plataforma desça suavemente, em vez de cair
abruptamente quando há um vazamento hidráulico.
Os procedimentos de operação segura devem ser sempre
utilizados. Por exemplo: quando há uma possibilidade de con-
tato com fio energizado, use luvas de borracha. Este cuidado
se aplica não apenas às pessoas que estejam diretamente en-
volvidas com o trabalho em eletricidade, mas também a todas
aquelas que estejam trabalhando próximas de redes elétricas e
de equipamentos que possam fazer contato com fios
energizados.
Dentre outros procedimentos de operação segura que
sempre devem ser seguidos, indicamos os seguintes: fique afas-
tado de cabos ou redes elétricas; não fique em baixo de cargas
suspensas; use cabos de controle para guiar a carga. Prova-
velmente, você mesmo poderá se lembrar de muitas outras.
Novos equipamentos estão sendo desenvolvidos a cada
dia. Entretanto, eles somente serão seguros dependendo do
operador. Um bom operador testa continuamente o equipamento
com o qual trabalha. Ele descobre suas limitações e nunca o
força ou o danifica, exigindo dele mais do que pode fazer. O
bom operador - o operador seguro - sabe que equipamentos
motorizados são, na realidade, extensões de seus braços.
05
Objetos que caem e acertam pessoas embaixo
representam uma das causas mais sérias de acidentes
industriais e são responsáveis por muitas fatalidades todos
os anos.
Vejamos a questão sobre como evitar objetos que caem.
Primeiramente, o trabalho está sendo realizado em locais ele-
vados? Como os acidentes podem ser evitados? Eis aqui al-
guns cuidados básicos a serem seguidos:
Alerte os que estão abaixo de que você vai começar um
trabalho acima de suas cabeças, sinalizando, fazendo barri-
cadas e adotando bons meios de comunicação;
Não carregue ferramentas ou materiais ao subir escadas.
Use um cabo ou corda, recipientes ou balde para içar o
material;
Antes de içar as ferramentas ou materiais com uma corda
ou um cabo guincho, esteja absolutamente ciente de que
estejam bem presos e que não possam deslizar;
Quando empilhar materiais em andaimes, certifique-se de
que o andaime e as plataformas estejam equipados com cha-
pas de piso laterais (10cm) para impedir a queda de obje-
tos;
Nunca arremesse materiais ou ferramentas;
Certifique-se de que a carga que está sendo içada por corda
ou andaime esteja equilibrada e que não há qualquer pessoa
sob a carga que está sendo içada;
Mantenha as ferramentas e materiais afastados das bordas
das plataformas e escadas e de aberturas;
Não coloque ferramentas nos bolsos, porque, quando se
curvar, elas podem cair;
Pratique a boa arrumação e ordenação em locais elevados e
mantenha as ferramentas e materiais que não estão sendo
usados reunidos e guardados adequadamente;
Se a natureza do trabalho em locais elevados envolver o
perigo de queda de objetos, proteja a área embaixo e colo-
que placas de advertência no local. Isole a área com uma
corda.
Olhe para cima e para baixo
É muito importante que as pessoas embaixo estejam aten-
tas para o trabalho que está sendo feito acima de suas cabeças
e que obedeçam às placas de advertência e às barricadas.
Um outro problema do mau empilhamento em armazéns,
pátios, caminhões ou no local de trabalho. Os materiais de-
vem ser empilhados somente a uma altura razoável e com a
base plana. O melhor é fazer travamentos cruzados e cobrir os
materiais para proteção adicional e maior segurança.
Nem todos os objetos em queda vêm de grandes alturas.
Provavelmente, os objetos que caem de pequenas alturas se-
jam os que mais atingem pessoas.
O trabalhador não prevê o peso do objeto e o deixa cair
- geralmente sobre suas pernas ou sobre os pés.
Uma outra situação comum de queda de objetos causan-
do ferimentos ocorre quando dois trabalhadores estão trans-
portando um pedaço de tubulação ou algum outro objeto pe-
sado. A sinalização é inadequada e um dos trabalhadores dei-
xa cair seu lado da carga. Você adivinhou: são pés que serão
castigados pela falha.
Um outro exemplo: alguém apoia um pedaço de aço ou
de tubo contra uma parede e vai embora. Quando outra pes-
soa se aproxima, o objeto escorrega e cai. Nesta situação o
objeto poderá atingir qualquer parte do corpo.
Tais ferimentos são evitáveis se usarmos nossos capace-
tes e botas de segurança e se aplicarmos procedimentos cor-
retos de içamento e de manuseio de carga, além de usarmos os
sinais corretos e trabalharmos em equipe. Além disto tudo, es-
ses acidentes poderão ser evitados se guardarmos as ferramen-
tas e materiais que não estão sendo usados no local apropriado.
Se você estiver trabalhando em local elevado, ou sob ele,
você pode eliminar a queda de objetos como fonte de perigo.
Tudo que sobe tem que descer... mais cedo ou mais tar-
de. Devemos nos assegurar de que descerão em segurança.
06
Gastamos uma boa parte de nosso trabalho
empilhando coisas e depois desfazendo estas pilhas, quan-
do precisamos novamente do material empilhado.Isso é uma
coisa tão natural de fazer que algumas vezes nos esquecemos
de que estamos empilhando muito alto, tornando a pilha um
perigo para nós e para outras pessoas.
Suponha que esteja empilhando material do jeito antigo.
Você joga as coisas grandes sobre as pequenas; você deixa par-
tes enfiadas ou penduradas. Algumas vezes as coisas caem en-
quanto você está empilhando, mas se você não se importar de
levantar algumas coisas duas ou três vezes, em vez de uma vez
só, você consegue fazer o serviço do jeito mais desleixado.
Mas o que pode acontecer depois disto? Provavelmente,
quando você estiver passando por esse “amontoado de coisas”,
elas simplesmente venham abaixo sobre você, ou sobre alguma
outra pessoa que não tem nada a ver com a arrumação de uma
pilha tão mal feita - verdadeiro trabalho de lambão. Ou, o que
mais provavelmente pode acontecer é, alguém precisar de algo
que está naquela pilha. Começa então a tirar e a pilha inteira cai
no chão. É uma situação muito engraçada com coisas leves,
mas coisas pesadas certamente provocarão pés esmagados e
alguns ossos quebrados. Existe uma outra forma de empilhar
errado: deixar o material amontoado em corredores e em locais
de trabalho. Em seguida, alguém vem passando e tropeça ou
bate com a cabeça naquela coisa toda.
Agora podemos listar a forma certa de empilhar material.
Diferentes materiais tem que ser empilhados de diferentes ma-
neiras. Existem diferentes formas de empilhar caixas de pape-
lão, barris, tubos e outros materiais. Assim, vamos aprender a
melhor forma de empilhar o que temos para empilhar. Vamos
definir o local de empilhar e então fazer o empilhamento da
forma que sabemos ser a correta.
Empilhe da maneira correta
Porém, há alguns pontos que se aplicam a diferentes ca-
sos de empilhamento. Primeiro, faça travamentos cruzados sem-
pre que possível. Isto se aplica a caixas, barris e muitas outras
coisas de formas regulares. Em segundo lugar, certifique-se de
que esteja empilhando sobre uma fundação sólida. Em terceiro
lugar, empilhe o que for mais pesado embaixo. Nunca empilhe
objetos pesados sobre os mais leves. Se você se encrencar e a
pilha começar a se desfazer, ou a se inclinar, ou se os objetos
não se encaixarem ou ficarem difíceis de tirar sem derrubar a
pilha, refaça a pilha da maneira correta, não importa quanto
tempo vai levar.
Não deixe uma pilha mal feita. Não vá embora pensando
que voltará depois para consertá-la. Conserte-a na hora. Cada
minuto em que a pilha ficar mal arrumada, será como uma bom-
ba pronta para explodir e ferir ou matar alguém.
Nosso principal interesse está em boas práticas de
empilhamento. Elas podem evitar acidentes. Porém, existe um
outro argumento a nosso favor. O bom empilhamento ajuda a
obter eficiência. Ele torna mais fácil conseguirmos o que quere-
mos quando precisarmos, com o menor esforço. Assim sendo,
para tornarmos nosso trabalho mais seguro e mais fácil, deve-
mos seguir as regras abaixo:
Empilhe material no lugar certo e não o deixe amontoado em
corredores e em locais de trabalho;
Siga as regras corretas de empilhamento para o tipo de mate-
rial que você está arrumando;
Não abandone uma pilha instável ou mal arrumada, sem an-
tes corrigi-la;
Faça a pilha de forma que os itens no topo possam ser remo-
vidos sem ter que puxar os itens que estão embaixo.
07
Os cabos de aço são amplamente usados em vez
das cordas de fibras, porque possuem maior resistência para o
mesmo diâmetro e peso. Sua resistência é constante, molhado ou
seco. Sua resistência permanece a mesma sob condições climáticas
variáveis e possuem maior durabilidade.
Inspecione os cabos de aço diariamente quanto a desgaste, ara-
mes partidos e dobras. Uma inspeção completa deve cobrir os se-
guintes pontos:
Há evidências de corrosão, desgaste ou dobraduras? Um cabo
que foi dobrado não pode ser reparado.
Existem arames quebrados? Se houver, substitua o cabo de aço,
se o mesmo não satisfizer os padrões de segurança estabelecidos.
O cabo foi lubrificado corretamente? O cabo deve ser mantido
adequadamente lubrificado para evitar a corrosão.
Qual é a condição das emendas e conexões? Qualquer observação
de danos exige a substituição imediata.
Existem proteções para os olhais, onde necessário?
O fator de segurança correto é sempre observado?
Há evidência de que o cabo de aço tenha sido esmagado, achatado
ou aberto formando gaiolas ou apresenta qualquer outro dano
causando sua torção? Se houver, o cabo deve ser removido do
serviço.
Quando não estiverem sendo usados, guarde-os corretamente
para protegê-los contra sujeira, para permitir o pronto acesso a eles e
de maneira a permitir uma inspeção visual completa e precisa. Manu-
seie os cabos de aço de maneira a evitar dobraduras ou torções.
A importância da lubrificação periódica deve ser enfatizada.
Um cabo de aço é uma máquina que possui muitas pegas móveis.
Toda vez que um cabo é dobrado e esticado, os arames nas pernas
do cabo devem deslizar uns contra os outros.
Segurança com cabos de aço
Conseqüentemente, deve haver uma camada de lubrificante
em cada peça móvel.
Um segundo motivo importante para lubrificação do cabo de
aço é evitar a corrosão dos arames e a deterioração do núcleo ou
alma. Um cabo enferrujado é um perigo, porque nenhuma inspeção
visual é capaz de determinar a resistência remanescente de um cabo
corroído. Nestas condições ele é muito perigoso, pois a ferrugem
reduz a área de corte transversal do aço bom restante. Com isto, ele
pode partir sem aviso prévio.
O lubrificante pode ser aplicado com uma lata de óleo, escova
ou qualquer outro método conveniente. O objetivo é aplicar uma
camada uniforme na extensão total do cabo.
Para instalar os clipes nas laçadas de extremidades dos cabos de aço,
utilize o seguinte método:
Aplique o primeiro clipe a uma distância da extremidade morta do
cabo, com o parafuso “U” sobre a extremidade morta e com a
extremidade viva se apoiando na sela do clipe. Aperte as porcas
uniformemente com o torque recomendado.
Aplique o segundo clipe o mais próximo possível da laçada, com
o parafuso “U” sobre a extremidade morta. Gire as porcas até que
fiquem firmes no lugar; não aperte.
Espace todos os outros clipes igualmente entre os dois primeiros -
eles não devem ficar separados numa distância superior à largura
da base do clipe. Gire as porcas, tire a folga do cabo e aperte as
porcas uniformemente com o torque recomendado.
Todas as sapatas dos clipes devem assentar na extremidade do
cabo e ter o tamanho adequado para o diâmetro do cabo. A distância
entre os clipes num cabo de aço deve ser igual a seis diâmetros do
cabo.
08
Vamos rever alguns dos perigos com cabos em
situações que qualquer um de nós pode encontrar.
Sabemos do efeito chicote se um cabo tensionado for
solto subitamente. Ele chicoteia com grande velocidade e for-
ça. Qualquer um que estiver na sua trajetória pode ser ferido
gravemente. Fique atento ao cabos tensionados. Uma ruptura
do cabo ou de qualquer de suas conexões significa perigo para
todos à volta.
Suspeite de todos os cabos tensionados. Fique fora da
área em que poderia ocorrer o chicoteamento, caso ele se par-
ta subitamente. Observe também quanto à presença de laça-
das ao longo do cabo. Elas geralmente ocorrem em cabos no
chão devido a alguma obstrução, como uma pedra ou tronco
de árvore. Quando um cabo pula livre, ocorre uma violenta
chicotada lateral.
Cabos tensionados
A melhor forma de evitar ferir-se é ficar a uma distância
segura da área de perigo. Nunca se aproxime de um cabo
tensionado nem o cruze.
Uma liberação súbita pode ocorrer em um cabo tensionado,
devido à deterioração ou sobrecarga.
Geralmente, os cabos fixos são instalados enquanto dura
o trabalho e se destinam a suportar uma carga. Entretanto,
verifique-os para certificar-se de que suas resistências sejam
mantidas. É uma boa idéia verificar escoras, cabos de
ancoramento e todos os outros cabos fixos, sempre que preci-
sar aproximar-se deles.
Os ferimentos causados por cabos geralmente aconte-
cem, porque a vítima se expõea riscos. Portanto, não seja a
vítima de sua própria negligência e advirta qualquer um que
estiver aproximando-se de um cabo de trabalho.
09
As baterias comuns de automóveis parecem
bastante inofensivas. Porém, isto pode representar seu
maior perigo, porque muitas pessoas que trabalham com
elas ou próximas delas parecem desatentas em relação a seus
riscos em potencial. O resultado é um crescente número de
ferimentos no trabalho, relacionados com o mal uso ou abuso
das baterias.
Muitos destes acidentes podem ser evitados se respeitarmos
os principais riscos da bateria.
O elemento eletrolítico nas células das baterias é ácido sul-
fúrico diluído que pode queimar a pele e os olhos. Mesmo a
borra corrosiva que se forma devido a ácido derramado é
muito prejudicial para a pele e os olhos.
Quando uma bateria está carregada, o hidrogênio pode se
acumular no espaço vazio próximo da tampa de cada célula
e, a menos que o gás possa escapar, uma centelha pode infla-
mar o gás aprisionado e explodir a bateria.
O controle desses riscos é bastante simples. Quando você
estiver trabalhando sob o capô do compartimento do motor
do veículo ou debaixo do motor, use ferramentas metálicas
com muito cuidado. Isto é especialmente importante se você
estiver perto da bateria, porque uma centelha provocada pelo
impacto de metal com metal, ou devido a um aterramento elé-
trico acidental de uma ferramenta, pode inflamar o hidrogênio
da bateria. Pelo mesmo motivo, nunca acenda um fósforo ou
fume perto de uma bateria.
Ao abastecer a bateria com ácido, não encha em excesso
ou derrame o eletrólito. Se derramar um pouco, limpe-o ime-
diatamente, tomando cuidado para proteger os olhos e a pele
exposta, assim como para jogar fora o pano ou papel usado
para que outras pessoas não fiquem expostas ao ácido.
Nunca instale uma bateria veicular até que esta tenha sido
totalmente inspecionada quanto à pólos enfraquecidos, late-
rais partidas ou células vazando. A estrutura de suporte da
bateria no veículo não deve ser excessivamente rígida. Caso
contrário, as paredes da bateria podem ser enfraquecidas, per-
mitindo o vazamento do ácido.
Nunca trabalhe em torno de uma bateria que possua um
acúmulo de ácido na forma de pó ou massa seca até que o
acúmulo tenha sido removido. O pó é tão potencialmente pre-
judicial quanto o eletrólito e pode se deslocar e ser soprado
contra seus olhos e face ou cair sobre qualquer um que estiver
trabalhando sob o veículo.
Esteja alerta aos riscos com baterias
Óculos de segurança ou outros tipos de protetores para
os olhos podem proteger contra esta poeira ácida ou eletrólito
quando você precisar ficar perto destas substâncias perigo-
sas.
Um curto entre placas pode eventualmente causar vaza-
mentos de ácido e vazamentos de hidrogênio que encurtam
sua vida e que possam ser perigosos para qualquer um que
esteja trabalhando perto de uma bateria defeituosa.
O recarregamento da bateria provoca o acúmulo de hidro-
gênio que é altamente inflamável. Assim faça o recarregamento
ao ar livre ou numa área bem ventilada, com as tampas da bateria
removidas. Primeiro, ligue os conectores tipo jacaré do carrega-
dor nos terminais da bateria e ligue depois o carregador na toma-
da de alimentação.
Qualquer fonte de centelhas durante ou imediatamente
após o recarga pode causar uma explosão. Fique atento, espe-
cialmente em relação ao centelhamento quando se tentar
jumpear uma bateria descarregada. Estas pontes (jumpers)
podem provocar um arco voltaico e centelhas que podem in-
flamar o hidrogênio.
Sempre que tentar dar partida num veículo usando fios pon-
tes, siga os seguintes passos:
SE O CARRO COM PROBLEMA TIVER UM TERRA NEGA-
TIVO:
Ligue uma extremidade do cabo ponte ao pólo positivo da
bateria descarregada;
Ligue a outra extremidade deste mesmo cabo ao pólo posi-
tivo da bateria boa;
Ligue uma extremidade do outro cabo ao pólo negativo da
bateria boa;
Ligue a outra extremidade do mesmo cabo ao chassi com
problema.
NUNCA LIGUE CABOS PONTES DOS
TERMINAIS POSITIVOS AOS TER-
MINAIS NEGATIVOS.
Ao fazer isto, os componentes
elétricos serão queimados se for feita
uma tentativa de dar partida no veícu-
lo.
10
Nunca ligue os terminais da bateria com cabos pontes
enquanto o motor estiver funcionando. A colocação dos ter-
minais em curto pode criar centelhas que podem inflamar o
hidrogênio criado pelo carregamento.
Finalmente, nunca verifique uma bateria colocando-a em
curto com uma chave de fendas ou qualquer metal. As cente-
lhas podem inflamar o hidrogênio na bateria.
10
b
Nosso trabalho exige que utilizemos vários ti-
pos de escadas. Se elas não forem usadas corretamente,
tornam-se perigosas e podem causar acidentes sérios e até
fatais.
Por serem instrumentos de trabalho comuns, os riscos
associados a elas normalmente não são levados muito em conta.
Para eliminar estes riscos e reduzir os acidentes, recomenda-
mos as seguintes práticas:
1. Use sempre a escada certa para o trabalho. Não improvise
usando uma escada muito longa ou muito curta.
2. Inspecione todas as escadas periodicamente quanto à ferru-
gem, trincas, partes quebradas e corrimão enfraquecido.
3. Mantenha todas as escadas com a ferragem bem firme e
verifique quanto a empenamento ou peças quebradas.
4. Quando possível, providencie um local de armazenamento
adequado para as escadas. Considere os fatores: calor, umi-
dade e possíveis danos por ferramentas e máquinas.
5. Remova as lascas que aparecerem. Lixe estas áreas e pinte
novamente.
6. Rotule as escadas identificando o comprimento e o local
onde elas devem ser guardadas ou usadas.
Práticas de segurança na utilização de escadas
7. Mantenha todos os cabos que forem usados com escadas
em boas condições.
8. Providencie apoio suficiente para manter as escadas presas
quando transportadas em veículos. Prenda-as numa posi-
ção que minimize os efeitos dos choques nas estradas.
9. Mantenha as escadas livres de graxa.
10. Posicione-as corretamente. Mantenha um quarto do com-
primento da escada afastado do pé da parede.
11. Quando em uso, amarre a parte superior da escada ou
mantenha-a no lugar, com a ajuda de alguém segurando na
base.
12. Nunca use escadas de metal para trabalhos em circuitos
elétricos. Essas escadas podem ser energizadas.
13. Coloque sinais de alerta ou barricadas, nas bases das esca-
das quando estiverem sendo usadas em áreas de trabalho
intenso, locais públicos ou onde possam atrapalhar as pes-
soas, movendo máquinas e equipamentos.
14. Remova do serviço todas as escadas defeituosas, até que
tenham sido reparadas ou substituídas.
11
Quando for usar andaimes, siga as seguintes dicas:
Antes de usar, inspecione o andaime no qual você vai
trabalhar.
Se você precisar subir escadas para alcançar o andaime, pres-
te atenção nos degraus. Observe todas as regras de segu-
rança relativas a andaimes.
Segure nos corrimãos da escada quando subir e descer da
plataforma de trabalho do andaime e não transporte materi-
al ao subir ou descer a escada.
Mantenha o andaime livre de material não usado ou desne-
cessário que possa causar um tropeção ou um acidente por
queda.
Certifique-se de que os corrimãos e as chapas de piso este-
jam presas.
Verifique se os pranchões do andaime não se projetam mais
de 15 cm além das barras transversais. Se forem muito lar-
gos, eles podem inclinar.
Nunca pule de um andaime ao chão.
Nunca fique num andaime enquanto ele estiver sendo movi-
mentado.
Certifique-se de aplicar os freios e calçar os roletes nos an-
daimes móveis antes subir neles para trabalhar.
Para eliminar os riscos de queda de objetos, siga as seguintes
regras:
1. Observe as boas regras de arrumação e ordenação nas pla-
taformas do andaime.
2. Certifique-se de que as tábuas estejam no lugar para evitar que
o material possa ser chutado.
Pense em segurança quando usar andaimes
3. Não deixe ferramentas ou material solto na plataforma do
andaime. Limpe a plataforma ao final de cada turno de tra-
balho.
4. Se alguém estiver trabalhando acima de você, certifique-se
de que hajaproteção acima da sua cabeça - use capacete de
segurança.
5. Nunca arremesse uma ferramenta ou outro objeto para uma
outra pessoa.
6. Sempre passe o material que deve ser entregue de pessoa a
pessoa; se os materiais ou as ferramentas forem levantados ou
abaixados, use uma corda com um cesto ou sacola de lona.
7. Certifique-se de que uma pessoa ao nível do solo, que está
içando uma carga com a corda manual, ou que esteja abai-
xando uma carga de uma plataforma do andaime, permane-
ça afastada para o caso de a corda romper e deixar a carga
cair.
8. Se estiver sendo feito algum trabalho de demolição ou de
alvenaria, coloque uma tela de arame no espaço entre a pla-
taforma e o corrimão superior.
9. Certifique-se de usar as plataformas presas.
10. Mantenha à disposição uma boa escada.
11. Certifique-se de que a plataforma possua proteção lateral
e chapas de piso.
12. Desça sempre que movimentar o andaime.
13. Certifique-se de que nada possa cair.
Se mantivermos estes pontos em mente, estaremos razoavel-
mente certos de que não haverá acidentes envolvendo a utili-
zação do andaime.
12
 Não opere máquinas operatrizes a menos que
você seja qualificado e autorizado para operá-las.
 Não remova proteções nem as torne inúteis.
 Use proteção para os olhos, para a cabeça e outros dispo-
sitivos de proteção (onde houver uma probabilidade razoá-
vel de que sejam evitados ferimentos por eles) quando tra-
balhando com ou perto de máquinas ou ferramentas elétri-
cas.
 Use vestuário na sua medida exata.
 Não use anéis, jóias frouxas, luvas largas, vestuário folga-
do, gravatas e cabelos excessivamente longos quando esti-
ver trabalhando com máquinas operatrizes.
 Use a ferramenta correta e adequadamente presa para tra-
balhar em furações, modelagem, etc.
 Não limpe ou lubrifique máquinas enquanto em movimento.
 Não pare as máquinas colocando as mãos em correias ou
outras peças móveis.
Segurança com máquinas
operatrizes em oficinas
 Inspecione todas as ferramentas regularmente para ver se
estão em boas condições.
 Limpe moldes metálicos e outras partículas metálicas das
máquinas diariamente (ou conforme necessário, se a máqui-
na não for usada muito freqüentemente).
 Aplique meios para manter o piso da oficina seco.
 Antes de montar uma pedra de esmeril numa lixadeira, tes-
te sua circularidade.
 Mantenha o apoio da ferramenta a 3 mm da pedra de esmeril
em bancadas e em pedestais e a proteção a 6 mm.
01
Os homens de antigamente afiavam suas ferra-
mentas e armas, roçando-as contra uma pedra. O ho-
mem moderno usa o mesmo princípio para afiar ferramen-
tas na indústria.
O esmeril é uma das ferramentas mais comuns e úteis
que temos. Sem o esmeril, nossos altos níveis de eficiência
industrial e de produção nunca seriam possíveis.
Como todos os melhoramentos modernos dos antigos
processos, o esmeril elétrico de hoje não é só uma bênção.
Caso práticas seguras não sejam seguidas, e salvaguardas apro-
priadas não sejam adotadas, podem ocorrer muitos ferimentos
graves.
Trabalhadores qualificados, como os fabricantes de fer-
ramentas e operadores de esmeril sofrem o maior número de
ferimentos causados por esmeril. Estes ferimentos são os mais
severos dentre a maioria.
É claro que os cuidados sensatos não estão sendo segui-
dos, porque a maioria destes ferimentos não precisaria acon-
tecer.
Um estudo sobre ferimentos provocados por esmeril re-
velou dois fatos altamente significativos: oito em dez ferimentos
ocorrem no ponto de operação ou próximo dele e cinco em
dez ferimentos atingem os olhos.
O fato de a metade de todos os ferimentos com esmeril
ser nos olhos enfatiza o quão importante é usar proteções ade-
quadas para os olhos. A falha em usar óculos de segurança
pode ser desastrosa. Uma partícula arremessada pode cegar
um olho desprotegido.
Óculos mal usados e a utilização de óculos errados re-
presentam outros fatores importantes nos ferimentos provo-
cados por esmeril. Assim sendo, os óculos de segurança de-
vem encaixar bem e devem ser do tipo certo para o trabalho
em questão.
Porém, o mais importante: eles devem ser usados. Eles
não poderão salvar seus olhos se estiverem no armário ou no
bolso.
A maioria dos esmeris são projetados para ficarem presos
entre flanges. Não opere um esmeril que não esteja montado
em flanges apropriados e adequados. Coloque faces de material
compressivo entre o esmeril e seu flange.
Esmeril
Não use esmeril defeituoso. O esmeril que foi desativado
nunca deve ser usado novamente para esmerilhar qualquer
coisa.
Antes de montar o esmeril, inspecione-o cuidadosamen-
te quanto a trincas ou marcas que indiquem danos. Além dis-
to, faça o teste de circularidade. Teste a pedra tocando-a gen-
tilmente com um martelo de madeira ou cabo de uma chave
de fenda. Se a roda não estiver com defeito, um círculo perfei-
to será traçado.
Salvaguardas apropriadas fazem parte das operações se-
guras de esmerilhamento. As práticas seguras representam a
outra parte. Se umas poucas práticas seguras forem totalmen-
te observadas, os ferimentos por esmeril serão poucos e mui-
to menos severos.
Antes de iniciar, verifique a pedra quanto a flanges trin-
cados ou quebrados. Certifique-se também de que a pedra não
está trincada ou quebrada.
Verifique se a pedra é do tamanho correto, assim como
suas especificações para o trabalho a ser feito.
Pedras excêntricas ou desbalanceadas são altamente pe-
rigosas. Um grande esforço é imposto se uma lateral da pedra
estiver mais desgastada do que a outra ou se a pedra estiver
montada fora de centro. Nestas condições, a pedra pode ex-
plodir em pedaços.
Apoio de trabalho (ou ferramentas) mal ajustadas cau-
sam muitos acidentes e ferimentos. Os apoios de trabalho de-
vem ser mantidos firmemente ancorados no lugar, não a mais
do que
3 mm da pedra.
Quando a pedra estiver perigosamente desgastada, os
apoios de trabalho devem ser reparados ou substituídos.
Pedras com velocidade excessivamente altas represen-
tam outra das principais causas de ferimentos. Uma pedra de
esmeril não deve ser operada acima da velocidade recomen-
dada pelo fabricante. Conheça o limite seguro de velocidade
da pedra que você utiliza. Acima de tudo, não
monte uma pedra que você usa em outra
máquina que possa exceder o limite se-
guro de velocidade para a pedra em
questão.
02
Executando o trabalho de uma maneira segura, você pode
proteger seus dedos e suas mãos contra a pedra. Segure a
peça de trabalho firmemente, não muito perto da pedra. Use o
apoio de trabalho sempre que possível. Não trabalhe com a
peça muito perto da borda da pedra. Não force a peça de tra-
balho contra uma pedra ainda fria; aplique o trabalho gradual-
mente para aquecer a pedra. Não saia e deixe o esmeril sozi-
nho enquanto a pedra estiver em movimento.
Lembre-se de seguir estas recomendações. Com isto você
evitará um ferimento.
02
b
Você já parou para pensar quantas maneiras di-
ferentes existem para alguém se machucar no trabalho?
As estatísticas de ferimentos indicam que existem pelo
menos 20 maneiras diferentes para ser ferido enquanto se tra-
balha com prensas. Pelo menos, este é o número de categorias
registradas para 651 acidentes com prensas durante um ano
em apenas um estado.
Os principais tipos de ferimentos são as amputações,
lacerações e esmagamentos. As principais categorias são
“prensamento de partes do corpo” e “falta de proteção”.
Mas, em vez de considerarmos as muitas formas diferen-
tes de nos ferirmos, discutiremos as muitas formas que temos
para não nos ferir. Em outras palavras, vejamos os cuidados
de segurança com os quais todos devem estar familiarizados.
Existem várias regras básicas de segurança que se apli-
cam a todo trabalho. O trabalho de operador de prensa de
puncionamento não é exceção à regra.
Só para começar, nunca opere uma prensa que não esteja
equipada com as proteções adequadas, ou com dispositivos de
segurança. Não ajuste ou remova as proteções e os dispositivos
de segurança, ou faça reparos em sua prensa sem a autorização
de seu supervisor.Relate todo barulho incomum ou peças sol-
tas em sua prensa.
Estas regras são valiosas, não apenas porque enfatizam a
segurança mas também porque reforçam a importância de
manter seu supervisor informado sobre tudo que está relacio-
nado com seu trabalho.
A prontidão mental é importante em qualquer trabalho,
particularmente se este trabalho precisar ser feito com segu-
rança. Assim sendo, dê plena atenção a seu trabalho e não se
distraia enquanto estiver trabalhando.
A evidência da necessidade de manter uma comunicação
estreita com seu supervisor é vista nas seguintes medidas de
segurança: não use luvas enquanto estiver operando uma pren-
sa, a menos que seja absolutamente necessário e apenas após
obter a permissão de seu supervisor. Diga a seu supervisor se
os controles estão agarrando ou se estão frouxos, ou se atuam
quando movimentam uma quantidade menor do que a
especificada pelo fabricante.
Segurança com prensas de punção
A organização segura do local de trabalho é um outro
principio básico importante para todas as tarefas. Mantenha
as ferramentas e outros materiais afastados de sua prensa e
mantenha a área de trabalho limpa e livre de objetos que pos-
sam provocar uma queda. Além disto avise ao seu supervisor
se sua área de trabalho ou ponto de operação estiver mal ilu-
minado.
Alguns outros pontos que devem ser lembrados: veja se
sua prensa está lubrificada e se suas peças estão em boas con-
dições de trabalho. Se você usar uma ferramenta, verifique-a
regularmente para certificar-se de que esteja firme no lugar e
que não vai inclinar inesperadamente.
Resumindo tudo, fique alerta no trabalho e não tente ajus-
tar ou reparar uma prensa sem a permissão de seu supervisor.
Muitos ferimentos sérios são provocados por disfunções me-
cânicas. Assim sendo, é importante ter uma pessoa competen-
te fazendo a manutenção da prensa.
Esta é uma grande lista de cuidados, mas não significa
muito em si mesma. Porém, junte a ela a sabedoria e o bom
senso de um bom operador de prensa. Com isto você obterá
segurança.
03
Use apenas ferramentas adequadamente afiadas.
Verifique se soquetes e encaixes estão em boas condi-
ções.
Prenda a peça de trabalho no apoio e fixe-o na mesa da
prensa.
Nenhum trabalho deve ser feito segurando a peça manual-
mente enquanto perfura.
Não aperte a morsa ou braçadeira enquanto a máquina esti-
ver em movimento ou quando a máquina estiver sendo
lubrificada ou ajustada.
Use um capacete justo para manter o cabelo afastado das
peças móveis.
Não use roupas folgadas ou jóias - elas podem ser presas
por peças rotativas. Não use luvas, gravatas, camisas ou
blusões abertos.
Use óculos de segurança que impedirão lascas ou outras
partículas voadoras de atingir seus olhos. Use também cal-
çados de segurança.
Segurança com prensa/furadeira para metal
Remova as partículas metálicas da mesa e da área de trabalho
com uma escova ou instrumento apropriado. Não use ar com-
primido ou as mãos para fazer este tipo de trabalho.
Não opere furadeiras com velocidades maiores do que as
especificações do fabricante para os materiais que estive-
rem sendo furados.
Mantenha a mesa livre de ferramentas e de outros itens sol-
tos. Mantenha o piso em volta da prensa livre de objetos
que possam causar tropeções.
Antes de começar a trabalhar com a máquina, certifique-se
de que a peça de trabalho esteja firmemente presa; de que
as brocas, soquetes e encaixes estejam em boas condições e
se estão firmes no lugar. Verifique se a máquina foi lubrificada
apropriadamente e se todas as condições estão corretas para
utilização segura e se as chaves de trava foram removidas.
Antes de deixar a máquina, desligue-a e certifique-se de que
ela tenha parado.
Relate qualquer condição insegura imediatamente.
04
Reserve um tempo para verificar suas ferramen-
tas manuais e elétricas antes de utilizá-las. Se suas fer-
ramentas estiverem gastas ou precisarem de reparos, elas
poderão ferí-lo.
Certifique-se de que estejam limpas e de que as ferra-
mentas de corte estejam afiadas.
Um corte cego pode fazer a ferramenta escapar de posi-
ção.
Use a ferramenta certa para o trabalho. Saiba a finalida-
de de cada ferramenta e use-a da maneira correta. Não use
chave de fenda como alavanca ou ferramenta de bater.
A utilização incorreta de uma ferramenta pode quebrá-la
ou causar um ferimento.
Use a ferramenta como ela foi projetada para ser usada.
Corte no sentido contrário a você, não em sua direção. Se
uma ferramenta possuir dois cabos, use ambos. Quando usar
uma chave ajustável, puxe o cabo em vez de empurrá-lo. Se
você não estiver certo sobre como usar a ferramenta, não adi-
vinhe - verifique o manual de utilização.
Não trabalhe com impaciência. Prenda os materiais numa
bancada ou num torno e mantenha as mão, cabelos e vestuá-
rio afastados de peças móveis. Não teste a fiação da ferra-
menta com os dedos.
Dicas sobre ferramentas
Use a roupa apropriada para o trabalho que estiver fa-
zendo. Se estiver serrando, lixando ou martelando, use óculos
de segurança para proteger os olhos. Se estiver usando uma
serra elétrica, Use uma máscara contra pó para evitar a inala-
ção de poeira.
Se você estiver trabalhando num espaço pequeno com
uma ferramenta elétrica barulhenta, use proteção para os ou-
vidos. Se você estiver usando equipamento pesado, use sapa-
tos apropriados. Não use braceletes, gravatas ou vestuário
folgado, quando estiver usando ferramentas elétricas, pneu-
máticas ou hidráulicas.
Quando estiver com o trabalho concluído, limpe as fer-
ramentas. Transporte-as com as bordas cortantes apontadas
para baixo. Providencie um lugar para guardar cada ferramenta.
Não deixe uma ferramenta fora do lugar porque você está
planejando usá-la novamente no dia seguinte. Tomando cui-
dado com suas ferramentas manuais ou motorizadas e saben-
do como usá-las, você pode eliminar os riscos e se proteger
contra ferimentos.
05
Por que inspecionar ferramentas
e equipamentos?
Os pequenos e grandes acidentes geralmente
acontecem da mesma maneira. Os eventos que acabam
em acidentes são os mesmos, porém os resultados são bas-
tante diferentes.
Suponhamos, por exemplo, que um martelo esteja frou-
xo no cabo. Um dia um trabalhador tenta usá-lo, batendo em
um objeto em cima da bancada. A cabeça do martelo salta
longe, batendo em uma parede de concreto, caindo ao chão,
não ferindo ninguém e não causando qualquer dano à propri-
edade.
Porém, em outra ocasião, quando a cabeça do martelo
sai do cabo, ela vai de encontro a uma outra pessoa que esta-
va passando par perto, ferindo-a seriamente. As circunstânci-
as foram inicialmente as mesmas em ambos os casos, mas os
resultados foram diferentes.
O que é desagradável nesta história é que nunca sabemos
quando a cabeça frouxa vai sair do cabo e ferir alguém. As-
sim, a importância da inspeção regular de ferramentas e equi-
pamentos se toma evidente.
Uma inspeção regular significa que você verificou uma
ferramenta ou um equipamento antes de usá-lo.
A inspeção de ferramentas é uma parte programada de
cada tarefa. É tão indispensável para o trabalho a ser feito
quanto a sua habilidade e qualificação para executá-lo. A veri-
ficação se as ferramentas e equipamentos estão em ordem é o
primeiro passo não apenas para uma operação segura, mas
também para uma operação eficiente.
Quantas vezes você ouviu alguém dizer que um melhor
trabalho poderia ter sido feito se ferramentas e equipamentos
melhores fossem disponíveis? Ou se as ferramentas e equipa-
mentos estivessem em melhores condições?
Talvez um formão mais afiado tivesse facilitado o encai-
xe de uma trava numa porta ou talvez uma gota de óleo num
mancal pudesse ter evitado uma perda de produção dispendiosa
quando o maquinário teve que ser parado. Talvez os produtos
não tivessem sido danificados e o guindaste não tivesse apre-
sentado falha - se tivessem sido inspecionados e reparados
antes.
Naturalmente, todos esses exemplos estão relacionados
com coisas materiais. Eles aumentam a falta de eficiência, di-
minuem os padrões de produção eaumentam o custo.
Um novo mancal, mais umas poucas outras peças de re-
posição colocarão o maquinário de volta ao trabalho. Os pro-
dutos danificados podem ser jogados fora e novos devem ser
produzidos.
Mas quando falamos sobre uma pessoa que foi ferida por
causa de uma destas falhas, o quadro muda rapidamente. Nada
é mais importante em nossa operação do que evitar que al-
guém saia ferido. A perda de um olho, de um braço, de uma
perna ou de uma vida é exatamente isto - uma perda. Não há
peça de reposição que devolva a condição normal.
Um homem forte e saudável passou anos de sua vida
explicando como perdeu um olho devido a sua falta de cuida-
do. Não foi apenas porque não estava usando óculos de segu-
rança - seu formão estava sem corte também.
Seu acidente foi como a maioria dos acidentes - poderia
ter sido evitado, se ele tivesse apenas inspecionado a ferra-
menta antes de usá-la e se tivesse pensado em usar os óculos
ou proteção facial antes de iniciar o trabalho.
A eliminação dos “se” é chave para a prevenção de aci-
dentes. A responsabilidade por isto cabe a cada indivíduo. A
manutenção de ferramentas e do equipamento pode até não
ser de sua responsabilidade pessoal, mas a responsabilidade
por inspecioná-la é sua.
A inspeção é apenas o primeiro passo para evitar os aci-
dentes e ferimentos causados por equipamento ou ferramenta
defeituosa.
A verificação de uma ferramenta antes de usá-la deve ser
tão rotineira quanto se vestir para o trabalho logo que acorda.
É um hábito - um hábito SEGURO!
06
Depois do martelo, a chave de fenda é prova-
velmente a ferramenta que mais sofre abusos. As chaves
de fenda são encontradas numa ampla variedade de formas,
tamanhos e materiais. Porém, todas se destinam a um único
uso: apertar e soltar parafusos. Infelizmente, a chave de fenda
é usada como alavanca, como formão, raspador e até para
misturar tinta!
Porém, o abuso mais comum é a utilização da chave de
fenda de tamanho errado para o parafuso. Você não usaria um
par de sapatos que fosse muito pequeno ou muito grande para
seus pés. Caso contrário, você estaria abusando dos seus pés.
Pela mesma razão, você não deve usar uma chave de fenda
que seja muito pequena ou muito grande para o parafuso com
o qual está trabalhando. Use a chave de fenda certa. O abuso
da chave de fenda e do parafuso ocorre mais freqüentemente
porque a pessoa não tem a chave correta em mãos para exe-
cutar um trabalho em particular.
Tenha estes pontos em mente quando usar uma chave de
fenda: sempre combine o tamanho da chave com o trabalho a
ser feito e sempre combine o tipo de chave com o tipo de
cabeça do parafuso.
Selecione uma chave com uma lâmina grossa o suficiente
para se encaixar corretamente no rasgo do parafuso. Isto reduz
a força necessária para manter a chave de fenda no lugar e a
possibilidade de danificar a ponta da lâmina ou o rasgo. A mai-
oria das pontas de lâmina são chanfradas, o que permite usar a
chave para mais de um tipo de parafuso. Porém, a chave de
lâmina com as faces em paralelo se fixará mais firmemente do
que a chave com lâmina chanfrada. As lâminas chanfradas têm a
tendência de sair do rasgo sempre que uma quantidade signifi-
cativa de força de torção é aplicada.
Quando for absolutamente necessária uma força extra de
torção, uma chave de boca mas nunca um alicate, pode ser usada
para ajudar. As chaves de fenda para trabalho pesado, com ponta
quadrada, são disponíveis para este fim. Via de regra, quanto
maior for uma chave de fenda, maior será o diâmetro do cabo;
quanto maior for o diâmetro do cabo, maior será a força de tor-
ção.
Para apertar um parafuso com segurança, primeiro faça
um furo piloto na superfície do material que você for prender.
Esta recomendação é especialmente importante quando se
aplica parafuso em madeira dura ou quando o parafuso está
próximo da borda da tábua. Os furos pilotos podem ser feitos
em madeiras macias e em algumas madeiras duras. Entretan-
Chaves de fenda - a ferramenta
mais sujeita a abusos
to, se você estiver colocando um parafuso n.º 6, ou maior, é
melhor fazer um furo completo ou usar um iniciador.
Faça sempre furos pilotos se os parafusos forem aplicados
em madeiras duras e densas. Para parafusos de cabeça plana, o
furo piloto deve ter um rebaixo, de forma que a cabeça do para-
fuso não se projete acima da superfície da madeira.
Depois que o parafuso estiver quase totalmente inserido,
é seguro usar as duas mãos com uma força de torção extra
para assentar o parafuso. Isto permitirá uma pressão adicional
para baixo, conseqüentemente assegurando que a ponta da
chave fique firmemente assentada no rasgo do parafuso. Se o
parafuso for de cabeça chata, certifique-se de que o furo pilo-
to tenha um recesso no topo e de que a ponta da chave de
fenda seja estreita o bastante para evitar tocar a madeira.
Um dos aspectos de segurança mais importantes de qual-
quer trabalho que envolva a utilização de ferramentas manu-
ais é a utilização de equipamento de proteção individual apro-
priado. Para trabalhos que requeiram chaves de fenda, o EPI
apropriado deve sempre incluir proteção para os olhos, assim
como luvas para evitar ferimentos nas mão.
Algumas regras básicas de segurança que você conhecer de-
vem incluir sempre o seguinte:
Certifique-se de que a ponta da chave de fenda se encaixa
no rasgo do parafuso, nem frouxa e nem muito apertada.
Não use uma chave de fenda como punção ou formão.
(Quando você estiver verificando se um poste de rede elé-
trica está podre, uma chave de fenda pode ser usada para
sondar a área abaixo do solo).
Não use uma chave de fenda (ou qualquer outra ferramen-
ta) próximo dos condutores energizados, a menos que a
ferramenta seja projetada e aprovada para esta finalidade.
Não exponha uma chave de fenda a calor excessivo.
Use uma lima para acertar a ponta de uma chave desgastada.
Jogue fora uma chave excessivamente
desgastada ou quebrada.
07
O martelo, provavelmente, é a primeira ferra-
menta que todos nós aprendemos a usar.
Porém, infelizmente, isto não foi o suficiente para nos
tornar especialistas na utilização de martelos com segurança.
Existem muitas piadas a respeito de marteladas no pole-
gar. Polegares atingidos ainda representam os ferimentos mais
comuns provocados pela utilização de martelos e, provavel-
mente seja o único que preocupa algumas pessoas. Na reali-
dade, existem muitas outras formas de se ferir com um marte-
lo.
Um sujeito que esteja trabalhando numa garagem baten-
do na lataria de um automóvel com martelo pode ter seu olho
atingido par uma lasca de metal enferrujado, deixando-o de
molho em casa durante três semanas.
Há um episódio em que um trabalhador de construção
civil sofreu uma fratura, quando martelou sua mão, que esta-
va sobre um objeto perto do prego que eles estava pregando.
Um empregado de uma indústria atingiu acidentalmente
a manete de uma máquina próxima. Um pedaço de metal se
soltou, atingindo-o no olho.
Estes dois acidentes poderiam ter sido evitados se os fe-
ridos estivessem usando alguma proteção para os olhos. Em
todos os três casos citados, um pouco de consciência em rela-
ção à segurança teria tido um grande papel na prevenção dos
ferimentos.
Realmente, você pode tomar vários cuidados de segu-
rança. Você pode verificar o martelo antes de usá-lo. Verifi-
que o cabo quanto a trincas ou defeitos e certifique-se de que
esteja firmemente preso à cabeça metálica. Use sempre o tipo
de martelo certo para o trabalho que está fazendo. O uso de
martelos errados danificará os materiais e pode causar
ferimento.
O uso de proteção para os olhos representa uma outra
prática de segurança. Use-a quando estiver usando o martelo
para bater em um formão ou em qualquer outro objeto metá-
lico, ou sempre que houver uma chance de voarem lascas.
Segure sempre o martelo firmemente, perto da extremi-
dade do cabo. Quando você segura um martelo perto da cabe-
ça, fica difícil segurar a cabeça na vertical.
Certifique-se de que a face do martelo esteja em paralelo
com a superfície a ser martelada. Istoevitará danos nas bordas
da cabeça do martelo e também diminuirá a chance de o marte-
lo escapar ou danificar a superfície de trabalho.
Use os martelos com segurança
O trabalho de martelar requer prática e bom senso. Po-
rém, em geral para martelar em material de fácil penetração,
mova seu braço para trás apenas o suficiente para alcançar a
força correta. Naturalmente, para uma pancada forte, mova
seu braço bem para trás. Em seguida, mova o braço para fren-
te com um movimento rápido e firme.
Estas recomendações parecem elementares. São realmen-
te. São elementares, mas não é fácil alcançar a maestria neste
movimento.
Entretanto, a utilização correta de um martelo não é o
único elemento de segurança envolvido. Cuidado e manuten-
ção são igualmente importantes.
Mantenha a face do martelo limpa. Acerte as bordas da
cabeça do martelo regularmente para remover bordas salien-
tes. Não esmerilhe a face, a menos que seja absolutamente
necessário. O esmerilhamento pode afetar as características
de dureza do metal da cabeça.
A cabeça do metal deve estar sempre bem presa ao cabo.
Se as cunhas se aprestarem frouxas, posicione-as novamente
no lugar. Se forem perdidas, substitua-as imediatamente. Não
use parafusos ou pregos nas cunhas, porque elas podem sair
ou partir o cabo.
Mantenha as garras de martelos afiadas o bastante para
agarrar as cabeças de pregos firmemente. Não use as garras
como formão e nem como alavancas.
Como todas as ferramentas manuais, os martelos devem
ser bem protegidos quando não estiverem sendo usados. Man-
tenha-os em caixas de ferramentas ou em prateleiras.
Um martelo deixado no chão pode ser danificado e pode
fazer alguém tropeçar e cair. Da mesma forma, um martelo
deixado numa borda ou bancada pode cair e ferir alguém ou
ser danificado.
Talvez você nunca tenha percebido a existência de tanta
coisa envolvendo a segurança com martelos. Mas, gostaria de
acrescentar mais uma coisa. Quando você estiver usando um
martelo, lembre-se de se preocupar não ape-
nas com sua própria segurança, mas tam-
bém com a segurança daqueles que es-
tiverem à sua volta.
08
Aterre todas as ferramentas que não possuam
duplo isolamento. Se a ferramenta for equipada com um
plugue de trás com pinos, encaixe-o numa tomada de trás
com entradas. Se estiver usando um adaptador para toma-
da de duas entradas, fixe o fio adaptador num terra conhe-
cido. Nunca remova o terceiro pino.
Mantenha todas as proteções no lugar e em boas condi-
ções.
Mantenha a área de trabalho limpa. Áreas e bancadas cheias
de entulhos são um convite aos acidentes.
Evite ambientes perigosos. Não use ferramentas elétricas
em locais úmidos ou molhados. Mantenha as áreas bem ilu-
minadas.
Mantenha crianças afastadas. Todos os visitantes devem ser
mantidos a uma distância segura da área de trabalho.
Não force a ferramenta! Ela fará melhor o trabalho e de
maneira mais segura se for usada sob as condições para as
quais foi projetada.
Não separe as pernas do cabo elétrico. Se, acidentalmente,
cortar o cabo ou danificar o isolamento de qualquer manei-
ra, não tente repará-lo por sua conta e risco. Entregue-a
para substituição e/ou reparos imediatos. Não substitua ca-
bos de extensão por sua conta.
Quando sair da área de trabalho temporariamente, guarde
as ferramentas longe do alcance de crianças.
Use o vestuário apropriado - sem jóias ou roupas folgadas.
Elas podem agarrar-se em peças móveis. Calçados e luvas
de borracha são recomendados quando se trabalha em áre-
as abertas.
Use óculos de segurança com a maioria das ferramentas.
Use também uma máscara contra pó ou de proteção facial,
se a operação produzir poeira.
Não abuse do cabo. Nunca carregue uma ferramenta segu-
rando pelo cabo elétrico, ou desligue da tomada puxando
por ele. Mantenha o cabo afastado de fontes de calor, óleo
ou bordas cortantes.
Prenda seu trabalho. Use garras ou um torno de mesa
(morsa). É mais seguro do que usar as mãos, ficando com
ambas livres para segurar a ferramenta.
Regras de segurança para
ferramentas elétricas
Não se estique para alcançar o ponto de trabalho. Mante-
nha-se bem equilibrado durante todo o tempo.
Desligue a ferramenta quando não estiver usando-a, antes
da manutenção, e quando trocar acessórios como lâminas,
brocas ou cortadores.
Remova as chaves e chavetas de ajuste. Forme o hábito de
verificar se as chavetas e chaves de ajustes foram removi-
das da ferramenta antes de ligá-la.
Evite partidas acidentais. Não carregue ferramentas
conectadas na tomada com o dedo no gatilho.
Não repare ou desmonte a ferramenta. Leve-a a uma ofici-
na autorizada ou substitua-a.
Conheça sua ferramenta elétrica. Aprenda suas aplicações e
limitações, assim como os riscos em potencial associados à
sua operação.
09
Nunca use ar comprimido para limpeza mes-
mo como último recurso. Use uma escova, um pano
umedecido ou vapor de água. Se estes métodos não funcio-
narem, pergunte a seu supervisor o que fazer, mas não use ar
para soprar poeira ou outras partículas.
O ar comprimido pode prejudicar mais do que ajudar.
Você pode soprar uma pequena área para limpar, mas vai es-
palhar a poeira e as partículas para todo lado e, no final, terá
uma bagunça muito maior para arrumar.
Nunca use o ar comprimido para limpar poeira ou secar
suas roupas. Você pode conseguir ou não tirar a poeira, mas
há a chance de parte dela ser injetada em sua pele.
Sempre que você usar ar comprimido, use proteção para
os olhos e as roupas apropriadas exigidas pelo trabalho em
questão. Se você já teve que soprar areia de um corte, não
perguntará o porque.
Antes de você abrir uma válvula para uma mangueira de
ar, verifique cuidadosamente se a mangueira está em boas con-
dições, livre de cortes e abrasões. Verifique se o gatilho ou
válvula de operação na outra extremidade estão fechados.
Ar comprimido
Verifique a trajetória da mangueira para ver se ela está
protegida de possíveis danos e se não representa riscos de
tropeções. Certifique-se de que a extremidade da ferramenta
pneumática esteja presa, de forma a não se movimentar quan-
do o ar comprimido entrar na mangueira.
Sempre que você precisar trocar a ferramenta na extre-
midade da mangueira, certifique-se de que a válvula esteja fe-
chada no lado de suprimento do acoplamento. Aquela válvula
pode ficar localizada na mangueira, pouco antes de entrar no
acoplamento, ou pode ficar na outra extremidade da mangueira.
Indiferentemente de onde ela esteja montada, feche-a. Nunca
dobre uma mangueira.
Após fechar a válvula, puxe o gatilho ou abra a válvula
de operação para aliviar a pressão na linha. Em seguida subs-
titua a ferramenta.
Nunca use ar comprimido para fazer brincadeiras com
colegas.
Uma pequena quantidade de ar comprimido pode cegar
alguém, estourar seu tímpano ou causar ferimentos doloro-
sos.
10
O óleo hidráulico, graxas, tintas, óleo combus-
tível, gases e assim por diante, que são pressurizados,
são muito úteis em nosso trabalho, mas quando são manuse-
ados sem o devido respeito quanto a seus riscos potenciais,
esses ajudantes se tornam verdadeiros matadores.
Os cilindros com gás comprimido geralmente são reco-
nhecidos como recipientes de armazenamento para materiais
sob alta pressão e todos nós já lemos a respeito de danos de-
vastadores causados por cilindros vazando ou com rupturas.
Alguns cuidados para quando trabalhar com eles, são dados a
seguir:
Trate todos os cilindros como se estivessem cheios.
Mantenha-os presos.
Não os utilize como bancadas de trabalho.
Mantenha todas as tampas e proteções de válvulas no lugar
quando manuseá-las ou transportá-las.
Aceite somente aqueles cilindros que forem
hidrostaticamente testados dentro da periodicidade pré-
estabelecida e que não estejam fisicamente danificados ou
deteriorados.
O óleo hidráulico que movimenta peças móveis de
maquinário é a “mula de carga” para a moderna tecnologia,
mas é também um inimigo mortal se não for controlado.
Todos nós somos capazes de perceber um grande vaza-
mento numa rede hidráulica, mas a maioria de nós é incapaz
de perceber pequenosvazamentos do tamanho de um furo de
agulha. Esses vazamentos são os mais perigosos, quando par-
te do nosso corpo ficam expostas muito perto de seus esgui-
chos.
Riscos dos recipientes ou
sistemas pressurizados
Nunca use suas mãos para localizar uma suspeita de va-
zamento nem as coloque sobre um vazamento. Não procure o
vazamento aproximando seu ouvido para ouvir de onde vem
o chiado. A pressão do vazamento do líquido pode facilmente
perfurar seu tímpano.
Outros riscos de pressão menos reconhecíveis à nossa
volta vêm de graxeiras pressurizadas, óleo combustível
atomizado, latas de aerossol e latas de tinta pressurizadas. As
graxeiras, de aparência inocente, podem ser perigosas como
uma arma de fogo, porque podem atirar a graxa diretamente
para dentro do corpo de alguém, com uma força tremenda.
O óleo combustível atomizado, combustível esguichado
num “spray” muito fino mas sob grande pressão, pode matar.
Qualquer lata de aerossol é perigosa se armazenada num local
quente, perfurada, se jogada no fogo ou se jogada fora de
maneira inadequada.
Certas tintas lançadas em spray sobre o corpo, em quan-
tidades suficientes ou sob pressão suficiente, podem causar a
morte.
Os sistemas ou recipientes pressurizados têm tomado
nosso trabalho mais fácil, mas devemos reconhecer o potenci-
al que têm para ferir, tomando os cuidados adequados.
11
Um gás está em geral comprimido num recipi-
ente quando apresenta uma pressão absoluta de 40 psi a
20 graus centígrados. Os gases comprimidos são armaze-
nados em cilindros de paredes metálicas muito grossas, espe-
cialmente construídos e testados para este fim.
Os gases comprimidos apresentam riscos especiais. Todo
cilindro de gás comprimido contém uma grande quantidade
de energia. Quando esta energia é aliviada inadequadamente
instantaneamente, ela pode causar ferimentos sérios. Os ga-
ses, por si mesmos, já são perigosos porque podem causar
incêndios, serem tóxicos e corrosivos.
Esta é a razão pela qual devemos tratar com respeito
todos os gases comprimidos.
Nesta condição, eles possuem propriedades únicas que
não são comuns aos sólidos e líquidos. Estas propriedades
são:
1. Baixo ponto de ebulição que permite uma rápida difusão do
gás e rápida elevação de pressão dentro do cilindro. Este
baixo ponto de ebulição pode causar queimaduras de frio,
quando alguns gases comprimidos entram em contato com
tecidos do corpo.
2. Baixo ponto de fulgor - sempre abaixo da temperatura ambi-
ente. Isto proporciona uma rápida mistura explosiva de va-
por do gás e ar.
3. Pressão. O risco mais comum associado à pressão envolve
o vazamento dos gases. Além disto, quando há uma grande
elevação de pressão, provocando uma descompressão ex-
plosiva na cabeça do cilindro, o cilindro passa a atuar como
um míssil desgovernado, que pode causar danos graves e
ferimentos sérios as pessoas.
4. Difusividade. A difusão do gás através de uma junta de
vedação vazando pode contaminar a atmosfera. Esta con-
taminação pode criar uma atmosfera tóxica ou explosiva,
ou pode causar asfixia. Estes perigos geralmente não são
observados, porque raramente podem ser vistos ou cheira-
dos.
Sempre que um cilindro de gás for recebido, inspecione-o
cuidadosamente para assegurar-se de que esteja em boas condi-
ções e de que seu conteúdo esteja indicado corretamente no
rótulo. Antes de usá-lo algumas vezes, um rótulo é colocado na
superfície do cilindro, ou é fixada à tampa uma etiqueta. A vál-
vula do cilindro deve ficar sempre tampada ou protegida.
Segurança com gás comprimido
Além disto, inspecione os cilindros para determinar se
existem ranhuras, arqueamentos ou queimaduras por maçarico,
crateras isoladas ou áreas corroídas (particularmente em volta
do pescoço do cilindro ou da válvula), ou conjuntos de válvu-
las estragadas ou quebradas.
Se for observado qualquer defeito, isole o cilindro dos
outros que estiverem bons e entre em contato com o fornece-
dor solicitando correção dos problemas encontrados.
Armazene os cilindros em áreas secas e bem ventiladas.
Não guarde substâncias inflamáveis e fontes de ignição na
mesma área. Armazene-os na posição vertical, com suas tam-
pas no lugar e afastados da luz solar direta, onde possam estar
sujeitos à ação do clima. Guarde-os afastados de tráfego e
passagens de pedestres e acorrente-os a uma estrutura firme
para evitar que caiam. Os gases inflamáveis devem ser arma-
zenados separados por pelo menos 6,5 metros. O método pre-
ferencial é armazenar diferentes tipos de gases inflamáveis em
diferentes locais.
O manuseio incorreto de gases comprimidos pode facil-
mente causar danos extensivos à propriedade, sérios ferimentos
e mesmo a morte de pessoas. Algumas regras comuns, basea-
das no bom senso, são apresentadas a seguir:
1. Use sempre um carrinho de mão para transportar gases
comprimidos. Acorrente o cilindro ao carrinho.
2. Não transporte os cilindros em veículos fechados.
3. Mantenha os cilindros acorrentados no lugar durante todo
o tempo.
4. Não os deixe cair e nem permita que batam uns contra os
outros.
5. Mantenha a tampa do cilindro firme no lugar, até que você
esteja pronto para usar o gás comprimido.
6. Aterre os cilindros que contêm gases inflamáveis.
7. Use os cilindros somente na posição vertical.
8. Feche todas as válvulas do cilindro quando não estiverem
em uso.
9. Use o regulador apropriado para o
tipo de gás que está usando.
10. Abra as válvulas cuidadosamente.
11. Quando a pressão no cilindro se
aproximar de 30 psi, remova-o do
serviço e marque-o
12
com clareza, dizendo que está vazio.
12. Assuma sempre que um cilindro de gás comprimido está
cheio e manuseie-o como tal.
Alguns dos tipos mais comuns de gases comprimidos que es-
tão sendo usados na empresa incluem o oxigênio, o acetileno,
o hidrogênio, o nitrogênio, o argônio e o cloro.
Cada tipo de gás apresenta vários riscos. Pelo fato de pode-
rem ser encontrados em grandes quantidades em várias áreas
de trabalho, é importante que todos saibam do potencial que
representam.
OXIGÊNIO
Seu risco principal é o fato de ser altamente reativo com gases
inflamáveis e pelo fato de ser essencial no processo de com-
bustão. O tamanho mais comum dos cilindros de oxigênio con-
tém 244 pés cúbicos de gás a 2200 psi, que é uma pressão
consideravelmente maior do que a desenvolvida por um tam-
bor de revólver quando disparado (1600 psi).
ACETILENO
Quando combinado com o oxigênio, o acetileno produz a cha-
ma de gás mais quente atualmente conhecida. Ele é altamente
inflamável e altamente explosivo. A pressão de trabalho nor-
mal do acetileno é de 240 a 250 psi.
HIDROGÊNIO
O hidrogênio é um gás altamente inflamável. Seu limite de
inflamabilidade é de 4% a 74% de vapor na mistura de ar. O
tamanho mais comum dos cilindros de hidrogênio contém apro-
ximadamente 200 pés cúbicos de gás sob uma pressão de 1800
a 2200 psi.
NITROGÊNIO
O nitrogênio é um gás não inflamável que constitui 78% de
nossa atmosfera. Seu risco principal é o fato de deslocar o
oxigênio em áreas fechadas e provocar uma atmosfera defici-
ente em oxigênio. O nitrogênio é armazenado em cilindros que
contêm 225 pés cúbicos de gás sob uma pressão de 2200 psi.
ARGÔNIO
O argônio é um gás inerte, não inflamável, comumente usado
em soldagem ou laboratórios. Seu risco principal está no fato
de que também desloca o oxigênio em áreas fechadas ou con-
finadas, causando uma atmosfera deficiente em oxigênio.
CLORO
O cloro não é inflamável, mas ajuda no processo de combus-
tão. Ele forma um composto explosivo quando é combinado
com muitos dos líquidos inflamáveis ou com vários produtos
químicos (como o acetileno, a terembentina, o gás de amônia,
o hidrogênio e com metais de granulometria muito baixa). O
cloro é extremamente tóxico. Irrita a mucosa e as membranas
do sistema respiratório. Este gás tem uma cor amarelo-
esverdeada, com um odor forte que lembra a amônia. O cloro
pode ser facilmente detectado pelo cheiro quando atinge 3,5
p.p.m. na atmosfera.
12
b
As ferramentas manuais são os equipamentos
mais simples e servem como extensãoda mão do ho-
mem, para lhe facilitar as tarefas, diminuindo a força em-
pregada por ele, aumentando o rendimento dos serviços e pro-
tegendo-o dos riscos de acidentes.
Sendo uma extensão da mão e usados para facilitar os tra-
balhos, atualmente o seu uso é quase imprescindível. Encontra-
mos ferramentas manuais sendo usadas em todos os lugares, des-
de as oficinas, fábricas, até o lar, para pequenos consertos e algu-
mas tarefas simples. Essa amplificação do seu uso, fez com que
elas fossem responsáveis por muitos acidentes de todas as espé-
cies e alguns até com graves conseqüências, dependendo, é lógi-
co, do tipo de ferramentas.
De um modo geral, as ferramentas manuais não causam
muitos acidentes graves, o índice de gravidade das lesões é
muito baixo. Por essa razão, muitas gerências tendem a não
tomar conhecimento do cuidado, controle e uso dessas ferra-
mentas. Exceto quando:
a) OLHOS – toda lesão ocular deve ser considerada como
potencialmente muito grave e requer imediata e competente
ação;
b) INFECÇÕES – em virtude de numerosos pequenos cortes,
bolhas, abrasões, machucaduras e perturbações, as infecções
são muito comuns, decorrentes do descaso em tratar essas
pequenas lesões.
Ferramentas manuais
Mas, a freqüência desses acidentes é grande. O índice de
freqüência de lesões incapacitantes é elevado em virtude do
mau emprego das ferramentas e outras causas que devemos
observar:
Ferramentas defeituosas;
Ferramentas inadequadas para o serviço;
Método incorreto;
Má conservação das ferramentas;
Improvisação de ferramentas;
Conduzir ferramentas no bolso;
Jogar ferramentas para outro colega.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Verifique freqüentemente as condições das ferramentas so-
licitando a reparação ou condenação;
Para trabalhos em altura, use cinto porta-ferramentas, fi-
cando com as mãos livres, tanto na escada, como para rea-
lização do serviço;
Faça uma rápida análise do seu posicionamento para que
em caso de escapar a ferramenta, você não venha sofrer
queda;
Não deixe ferramentas em posição perigosa, ou no cami-
nho onde possa provocar pulos, escorregões, quedas, etc.
Evite deixar em bancadas, mesas, máquinas, onde possa pro-
vocar acidentes.
13
Os equipamentos de ar comprimido, foram de-
senvolvidos para injetar ar em algum recipiente ou em
algum outro equipamento. Mas, com o uso corriqueiro,
passou-se a usar o equipamento de ar comprimido para a lim-
peza de roupas ou a limpeza de máquinas, bancadas ou ainda
a secagem de peças.
A princípio, o ar comprimido parece bastante inofensivo
e suficiente para não darmos muita atenção às normas para
utilização.
O ar comprimido pode ocasionar um corte na mão do
empregado (se não estiver usando luvas). Outras vezes, um
empregado poderá estar usando o ar comprimido para limpar
uma máquina que possua uma série de partículas como: lascas
de madeira, poeiras, etc. Dessa forma, estas partículas poderão
ser projetadas na vista do empregado ou ainda de um compa-
nheiro que se encontra próximo (caso não estiverem utilizando
óculos, poderá causar um acidente).
Outras vezes, a máquina que está sendo limpa, possui
uma mistura combustível, seja ela gasosa ou líquida. A atua-
ção do ar comprimido, a sua fricção contra as paredes dessa
máquina e o conseqüente espalhamento do combustível, po-
dem gerar aquecimento ou eletricidade estática, o que poderá
resultar em fogo e explosão.
A utilização inadequada de
quipamentos de ar comprimido
Em outras ocasiões, temos o indivíduo que costuma lim-
par a roupa com ar comprimido. Este procedimento poderá
fazer com que algumas partículas que estejam em sua roupa
venham a se alojar em sua vista ou ainda, tais partículas serão
lançadas em suspensão, facilitando a inalação por parte do
trabalhador, ou ainda, a ação do ar comprimido contra a pele
poderá abrir uma fenda, a qual além de ser uma via de pene-
tração do agente tóxico existente no local, é também uma via
de infecção. O agente tóxico poderá também introduzir-se na
corrente sangüínea e provocar a morte.
As brincadeiras deverão ser evitadas a todo custo. Deve-
mos lembrar que um simples jato de ar nos olhos de um com-
panheiro desprevenido pode ser o suficiente para cegá-lo de
forma irremediável. Uma mangueira de ar próxima ao ouvido
de um companheiro de trabalho, não só lhe dará um grande
susto, capaz de fazê-lo se machucar com a máquina, equipa-
mento, ferramenta em que está trabalhando, como também
poderá romper-lhe os tímpanos.
Tudo isso pode acontecer com você que está usando ar
comprimido, portanto além dos cuidados, não o utilize de for-
ma inadequada. É necessário utilizar as luvas para proteção
das mãos, os óculos de segurança, evitando que a visão possa
ser perturbada e o protetor auricular para que a audição não
seja exposta ao alto nível de ruído dos mesmos.
14
O Brasil é responsável por 10% de todos as
mortes ocorridas no mundo inteiro por acidentes auto-
mobilísticos.
Os acidentes no Brasil custam, sem considerar o aspecto
humano, as quantias fabulosas de US$ 2 bilhões em perdas
materiais e outros 2 bilhões em perdas sociais.
Muitas pessoas acham que um cinto de segurança preso
poderia retardar uma tentativa de escapar de um veículo em
chamas ou submerso.
Nada melhor do que a verdade. Em primeiro lugar, me-
nos de meio por cento das colisões com vítimas envolvem
incêndio ou submersão! Em tais acidentes, sua primeira preo-
cupação deve ser ficar consciente para escapar. Um cinto de
segurança preso minimizará bastante ou eliminará a possibili-
dade de ferimentos, de forma que você poderá escapar.
Muitas pessoas acham que é mais seguro ser arremessa-
do num acidente. Vejamos!
Se você for arremessado de um veículo, suas chances de
morrer são 25 vezes maiores do que se você permanecer den-
tro do veículo. A força da colisão pode arremessar você a uma
distância de aproximadamente 15 vezes o comprimento do
carro. Portanto, achar que ser arremessado é mais seguro do
que ficar no carro é idiotice; o arremesso para fora do carro
Cintos de segurança: a má informação
pode ser perigosa!
envolve passar pelo pára-brisas ou sair pela porta. Uma vez do
lado de fora, perigos adicionais como o de sair se arrastando
pelo chão, o de ser esmagado pelo próprio veículo, o de ser
lançado contra objetos na lateral da estrada aumentam espanto-
samente seu risco de vida. O lugar mais seguro numa colisão é
dentro do próprio veículo, protegido pelo cinto de segurança.
Têm sido descritos traumas devido ao uso de cinto de
segurança. Nestas raras situações, contudo, o cinto estava
sendo usado inadequadamente ou o choque foi tão violento
que o ocupante seria fatalmente lesado se estivesse sem o cin-
to.
Ocupantes sem cinto foram mortos em velocidades meno-
res que 20 Km/h – velocidade de quem está estacionando, mos-
trando que cintos são necessários não apenas em velocidades al-
tas.
Em veículos da Empresa, o uso de cinto de segurança é
obrigatório durante todo o tempo - sem exceções. Em seu veícu-
lo pessoal, os cintos de segurança são obrigatórios durante todo
o tempo para todos os passageiros - sem exceções.
Não dê informações erradas sobre o cinto de segurança -
dê uma informação clara e verdadeira. Passe à frente a mensa-
gem de que “cinto de segurança salva vidas”.
01
Muita coisa já foi dita e escrita sobre o que é a
direção defensiva, mas não foi dada atenção suficiente
para o estacionamento defensivo. Apresentamos aqui algu-
mas medidas defensivas que devem ser consideradas ao esta-
cionar o veículo.
Estacione do lado direito da rua, a menos que seja uma rua
de mão única ou de estacionamento especial.
Estacione em locais indicados, fora da rua, sempre que pos-
sível. Se for necessário estacionar na rua, evite estacionar
em diagonal, a menos que assim esteja indicado. Se o esta-
cionamento for em paralelo, siga esta regra. Não ESTACI-
ONE deixando parte do seu veículo impedindo a passagem
normal de outros.
Estacione defensivamente
Aplique os freios de mão. Deixe a transmissão engrenada e
calce as rodas se necessário, quando estacionar em localinclinado, virando as rodas frontais para dentro ou para fora,
dependendo do sentido da inclinação.
Evite estacionar perto de cruzamentos. Se houver uma co-
lisão no cruzamento, seu veículo poderá ser facilmente da-
nificado. Seu veículo poderá ficar bloqueado à visão dos
outros motoristas. Pode bloquear a passagem de pedestres,
forçando-os a se arriscar por terem de atravessar a rua fora
da faixa de segurança.
02
O problema de pedestres sempre foi sério. En-
tretanto, hoje em dia, com muitos carros a mais nas ruas
e mais pedestres de todas as idades, a coisa é muita mais
séria. Todos os anos, mais de 10.000 pedestres morrem du-
rante colisões, excedendo em muito as perdas sofridas em afo-
gamentos, incêndios e em acidentes ferroviários e aéreos.
A maioria das mortes de pedestres envolve pessoas abai-
xo de 14 anos e acima de 55, assim como pessoas alcoolizadas.
Quais são alguns dos perigos envolvendo pedestres? Vejamos
alguns:
1. Crianças brincado entre veículos estacionados.
2. Pedestres desatentos.
3. Caroneiros.
4. Pedestres bêbados.
5. Pessoas idosas ou deficientes físicos.
6. Equipes de reparos.
7. Curiosos na cena de um acidente.
Pedestres são vulneráveis
Outros riscos que contribuem para o problema dos pe-
destres são as zonas de segurança, cruzamentos, conversões à
direita com sinal vermelho, “shopping centers” e passagens.
A importância de manter o máximo de cuidado com pedes-
tres deve ser super-enfatizada. Os motoristas profissionais sabem
da importância de ver, assim como de ser vistos enquanto diri-
gem.
As zonas escolares apresentam um problema especial
envolvendo pedestres, pois as instalações escolares geralmen-
te são usadas fora do horário regular de funcionamento.
Funcionários e professores costumam ficar até mais tarde
nas escolas. Portanto, próximo a escolas temos que ter sempre
atenção redobrada.
03
A bicicleta, além de ser usada no lazer, é larga-
mente utilizada como meio de transporte. Daí a necessi-
dade de um bom conhecimento de normas de segurança
para os empregados que se utilizam desse meio de transporte
para se locomover da residência para o serviço e vice-versa,
visando com isso, evitar danos pessoais ou materiais.
MEDIDAS PREVENTIVAS COM RELAÇÃO AO CICLISTA:
É necessário conhecer as regras para dirigir nas ruas e ave-
nidas. E, como veículo mais frágil, o ciclista deve ser um
exemplo de disciplina;
É preciso lembrar que a bicicleta não é um brinquedo, mas
sim, um veículo e, portanto, subordinado às regras de trân-
sito;
A bicicleta é um veículo projetado para o transporte indivi-
dual. Cada vez que o ciclista levar mais pessoas estará pre-
judicando seu equilíbrio.
O equilíbrio e o reflexo são fundamentais na prevenção de
acidentes, por isso, é preciso que o ciclista pedale conforta-
velmente e bem protegido, para que possa reagir rápida e
livremente no momento que surgir uma oportunidade de
acidente. Recomendamos ao transportar pequenas cargas
no bagageiro, por menores que sejam, mantê-las amarradas
corretamente;
Devem ser colocados dispositivos refletivos nas laterais da
bicicleta, pedais e rodas nas partes traseira e dianteira, para
que possa ser visto por outros veículos durante a noite.
Ao sair de um local de trabalho, onde haja um grande núme-
ro de bicicletas, conduzir a bicicleta a pé, até alcançar a rua;
Ao atingir a via pública, deve-se montar a bicicleta com
atenção redobrada. A grande maioria dos acidentes ocorre
nas áreas próximas das fábricas, oficinas, depósitos, locais
de trabalho, etc., ocasionadas pela fase de “aquecimento”
em que o ciclista sai do estado de “inércia”;
Procure não andar em grupos. Além de ser totalmente inseguro,
prejudica o fluxo do tráfego;
Andar sempre com as pernas voltadas para o quadro da
bicicleta e nunca com o joelho para fora;
Mantenha a mão sempre sobre o guidão, em condições de
acionar os freios. Recomenda-se acionar os freios traseiros
em primeiro lugar e após os freios dianteiros;
Cuidados a serem observados
na utilização de bicicletas
Lembre-se que os condutores de outros veículos se preo-
cupam com outros veículos grandes. Muitas vezes eles,
não vêem a bicicleta. Portanto fique de olho, em você e nos
outros;
Procure ficar atento aos carros estacionados, porque sem-
pre existem motoristas distraídos que poderão sair do esta-
cionamento sem dar sinal, sem observar a sua chegada/
aproximação, bem como abrir a porta;
Jamais pegar carona com outros veículos. Isto constitui
num grande risco;
Tomar cuidado com os animais de pequeno e grande porte
nas ruas;
Andar sempre no mesmo sentido do tráfego, jamais contra
ele. Assim os condutores de outros veículos poderão vê-
los a uma distância suficiente que lhes permita desviar;
Respeitar os sinais de trânsito, vias preferenciais, esqui-
nas, etc., e quando intencionar dobrar para esquerda ou
direita, deve-se esticar o braço, movimentando para cima e
para baixo;
Estacionar e guardar a bicicleta em local seguro para não
atrapalhar a circulação, evitando também furto do seu veí-
culo;
Não dirigir com sintomas de embriaguez, nem mesmo quan-
do estiver se sentindo mal;
Procurar descer da bicicleta e levá-la empurrando, quando
estiver em local de difícil acesso como carreiros muito es-
treitos, beira de linha férrea onde existe muitas pedras sol-
tas, etc.;
Quando atravessar as linhas férreas e passagens de nível,
deve-se tomar toda cautela possível. Jamais atravessar diri-
gindo;
Lembre-se que, quanto maior a velocidade
da bicicleta, maior será a gravidade em
caso de acidente.
04
MOTORISTA, MOTOQUEIRO, CICLISTA E
PEDESTRE, A SEGURANÇA NO TRÂNSITO DE-
PENDE DE TODOS NÓS.
O OBJETIVO É EVITAR QUE VENHAMOS A SOFRER
DORES OU TRANSTORNOS.
CONVIDAMOS TODOS OS EMPREGADOS A COLA-
BORAR CONSIGO MESMO E COM O PRÓXIMO EVI-
TANDO, DESTA FORMA, CONSEQÜÊNCIAS
INDESEJADAS.
Eu, motorista, posso:
Sofrer desde pequenas escoriações, invalidez e até a morte.
Ter danos materiais, envolvendo o meu e outros veículos.
Responder a processos judiciais em caso de danos físicos e
materiais.
Incorrer no pagamento de taxas, multas e retenção da car-
teira de habilitação, além de providenciar o laudo policial
da ocorrência.
Até desfazer-me, do veículo devido à despesas.
Trânsito
Eu, motociclista, ciclista ou pedestre, posso:
Sofrer graves ferimentos, e não poder mais trabalhar e me
divertir.
Causar ferimentos à minha família.
Não poder participar da vida dos meus filhos.
Deixar as pessoas que acidentaram em situações difíceis,
devido à minha culpa.
Ser culpado de provocar a morte de outras pessoas por
motivo de minha desatenção no trânsito.
Sofrer dores insuportáveis.
Andar de cadeira de rodas ou permanecer no leito para sem-
pre.
Correr o risco de não ser socorrido prontamente.
Morrer.
TODOS OS PROBLEMAS ACIMA PODEM, NA MAIO-
RIA DOS CASOS,
SER EVITADOS. BASTA CUMPRIR A SUA PARTE NA
SEGURANÇA DO TRÂNSITO. COLABORE E VIVA
FELIZ!
05
Ao fazer uma viagem por uma estrada, você en-
frenta uma situação bem diferente da encontrada todos os
dias no trânsito da cidade, conseqüentemente deverá prepa-
rar-se e adequar o seu comportamento a esta nova situação.
Seguem algumas sugestões para dirigir com segurança em estra-
das:
1. Encha o tanque de combustível, verifique os pneus, o óleo, o
limpador de pára-brisas, as lanternas, faróis e setas, estepe,
extintor de incêndio e, principalmente os freios;
2. Observe ou estude o trajeto que será percorrido, localizando
oficinas, postos de gasolina, restaurantes, hotéis, etc.. Estude
bem a estrada antes de partir e esteja certo de que você sabe o
ponto em que vai sair dela;
3. Ao entrar na estrada, ganhe velocidade na pista de aceleração,
de modo que consiga sincronizar a sua velocidade com a do
trânsito. Quando estiver em velocidade igual, incorpore-se ao
trânsito.
4. Nunca diminua a velocidade bruscamente. Mantenha-se no
ritmo da maioria;
5. Não pare sobre a pista de rolamento e nunca dê marcha ré. Se
perder uma saída, siga em frente até a próxima;
6. Mantenha-se bem distante do veículo da frente, como precau-
ção contra colisõesem forma de reação em cadeia
(engavetamento);
7. Obedeça e observe os sinais: são poucos, mas de grande im-
portância. Você não terá tempo de pensar duas vezes;
8. Fique atento aos sinais de fadiga nas estradas. Quebre a mono-
tonia com descansos, pelo menos de duas em duas horas. Man-
tenha os olhos em movimento e abra os vidros freqüentemen-
te. Verifique, sistematicamente os instrumentos do painel, can-
te, use goma de mascar;
9. Dirigindo em estradas, à noite, é uma tentação correr mais do
que o alcance da luz dos faróis. Lembre-se de que os faróis
altos iluminam em torno de 100 metros, porém a 120 Km/h,
você precisará de aproximadamente 100 metros para parar o
veículo. Portanto, não dirija às cegas;
Como dirigir nas estradas
10. Em dias de chuva, as estradas são muito mais perigosas que
nas vias urbanas por causa da velocidades mais altas. Dirija
com redobrada atenção;
11. Quando ultrapassar, use as setas, olhe pelos espelhos
retrovisores diretamente e coloque-se, com antecedência, na
posição para ultrapassar. Após a ultrapassagem, espere até ver
no seu espelho retrovisor o veículo que ultrapassou, para só
depois voltar à pista da direita;
IMPORTANTE – Para manter uma distância segura entre o seu
veículo e o que está à sua frente, sem a utilização de fórmulas e
cálculos, você deve observar o veículo à sua frente e marcar um
ponto fixo de referência na estrada (uma árvore, placa de sinali-
zação, poste, etc.). Quando o veículo da frente passar pelo ponto
de referência, comece a contar pausadamente “cinqüenta e um,
cinqüenta e dois”. Essas seis palavras representam 2 segundos.
Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após ter termi-
nado de pronunciar as 6 palavras, significa que você está manten-
do uma distância segura, caso contrário se você ainda não termi-
nou de falar o número “cinqüenta e dois” e já alcançou o ponto
de referência, significa que a distância entre o seu veículo e o que
está a sua frente é pequena e portanto não haverá tempo para
fazer manobras que possam livrá-lo de um acidente, caso o veí-
culo da frente seja forçado a parar de repente.
ATENÇÃO – Esta contagem é para veículos de até 6 metros de
comprimento. Se o seu veículo tem mais de 6 metros, a cada 3
metros excedentes conte mais um número.
06
Riscos e danos ambientais
Toda mercadoria perigosa tem suas caracterís-
ticas físico-químicas, o que a faz: EXPLOSIVA, INFLA-
MÁVEL, TÓXICA, OXIDANTE e RADIOATIVA.
O perigo está relacionado ao estado do produto, às
medidas de controle de risco e às quantidades transportadas.
Quanto maiores forem as condições de segurança e maior o
conhecimento dos empregados a respeito do produto, bem
como das medidas a serem adotadas em caso de emergência,
menor será o potencial de perigo.
Os riscos que polarizam basicamente a atenção das pes-
soas são decorrentes da INFLAMABILIDADE dos produtos
perigosos. Entretanto, a classificação e a definição das classes
de produtos perigosos devem ser consideradas, como tam-
bém as quantidades, concentrações gasosas, grau de
explosividade:
CLASSE 1 - EXPLOSIVOS
SUBCLASSE 1.1 - Risco de explosão em massa.
SUBCLASSE 1.2 - Risco de projeção sem risco de explosão
em massa.
SUBCLASSE 1.3 - Risco de fogo e pequeno risco de explo-
são.
SUBCLASSE 1.4 - Pequeno risco na eventualidade de igni-
ção.
SUBCLASSE 1.5 - Substâncias muito insensíveis, com um
risco de explosão em massa.
CLASSE 2 - GASES COMPRIMIDOS, LIQÜEFEITOS,
DISSOLVIDOS SOB PRESSÃO OU ALTAMENTE REFRI-
GERADOS
GASES COMPRIMIDOS - Não se liqüefazem sob pressão à
temperatura ambiente.
GASES LIQÜEFEITOS - Tornam-se líquidos sob pressão à
temperatura ambiente.
GASES DISSOLVIDOS - Se dissolvem em um líquido sob
pressão gases altamente refrigerados.
CLASSE 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
GRUPO DE RISCO I - Líquidos inflamáveis com ponto de ful-
gor abaixo de 230C em vaso fechado e ponto de ebulição inici-
al abaixo ou igual a 350C.
GRUPO DE RISCO II - Líquidos inflamáveis com ponto de
fulgor abaixo de 230C em vaso fechado, porém com ponto de
ebulição superior a 350C.
GRUPO DE RISCO III - Líquidos inflamáveis com ponto de
fulgor igual ou superior a 230C até 60,50C em vaso fechado
com o ponto de ebulição inicial superior a 350C.
CONCLUSÃO - Quanto mais baixo o ponto de fulgor, maior
o risco pela emissão de vapores inflamáveis.
CLASSE 4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS; SUBSTÂNCIAS
SUJEITAS À COMBUSTÃO ESPONTÂNEA; SUBSTÂN-
CIAS QUE EM CONTATO COM ÁGUA EMITEM GASES
INFLAMÁVEIS
SUBCLASSE 4.1 - Sólidos inflamáveis.
SUBCLASSE 4.2 - Substâncias sujeitas à combustão espon-
tânea.
SUBCLASSE 4.3 - Substâncias que em contato com a água,
emitem gases inflamáveis.
CLASSE 5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES; PERÓXIDOS
ORGÂNICOS
SUBCLASSE 5.1 - Substâncias oxidantes.
SUBCLASSE 5.2 - Peróxidos orgânicos.
CLASSE 6 - SUBSTÂNCIAS INFECTANTES
SUBCLASSE 6.1 - Substâncias tóxicas:
provocam morte, danos à saúde em
caso de ingestão, inalação ou contato
com a pele.
SUBCLASSE 6.2 - Substância infec-
ciosa.
01
CLASSE 7 - SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
CLASSE 8 - CORROSIVOS
GRUPO I - Até 3 minutos: necrose na pele (MUITO PERI-
GOSA).
GRUPO II - Provocam visível necrose da pele após período
de contato superior a 3 minutos mas não maior que 60 minu-
tos (RISCO MÉDIO).
GRUPO III - Período de contato inferior a 4 horas (SUBS-
TÂNCIAS DE RISCO MENOR).
CLASSE 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS
01
b
CONCEITOS
Considerando que o estudo das questões ambientais não
podem deixar de estabelecer um entendimento comum no
que diz respeito ao conceito básico de ecologia e meio ambi-
ente, passamos a examinar esta condição:
ECOLOGIA – parte da biologia que estuda as relações entre
os seres vivos e o ambiente em que vivem, bem como as suas
influências recíprocas.
MEIO AMBIENTE – conjunto de condições que regem a vida
em todas as suas formas.
PROBLEMAS AMBIENTAIS EM FUTURO PRÓXIMO
Considerando os dados apresentados pela imprensa, cientis-
tas, etc., os problemas ambientais a serem enfrentados em sua
maioria nas primeiras décadas do próximo século, caso per-
sistirem as atuais condições de desenvolvimento, com os ele-
vados índices de degradação do equilíbrio ambiental são:
ÁGUA PARA CONSUMO, ENERGIA PARA ATENDER A
DEMANDA, PRESERVAÇÃO DO EQUILÍBRIO
AMBIENTAL e PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA.
PROBLEMAS AMBIENTAIS UNIVERSAIS
Os problemas ambientais universais, identificados pela Assem-
bléia Geral das Nações Unidas são:
Proteção da atmosfera por meio do combate à alteração do
clima, à destruição da camada de ozônio;
Proteção da qualidade e do suprimento de água para consu-
mo;
Proteção dos oceanos, mares e zonas costeiras, uso racio-
nal do desenvolvimento dos recursos naturais;
Conservação da diversidade biológica;
Controle ambiental sadio da biotecnologia;
Controle de dejetos, principalmente químicos e tóxicos;
Erradicação da pobreza e melhoria das condições de vida e
de trabalho no campo e na cidade;
Proteção das condições de saúde.
Meio ambiente
ASSUNTOS DESTACADOS NO ENCONTRO DAS NA-
ÇÕES NO RIO’92
- a poluição do ar;
- o efeito “estufa”;
- as chuvas ácidas;
- a destruição da camada de ozônio;
- o lixo.
PROBLEMAS AMBIENTAIS NACIONAIS
- poluição do ar;
- contaminação do solo;
- poluição das águas;
- desmatamento;
- desertificação do solo.
02
O QUE SÃO? – São mercadorias que, por sua com-
posição, podem acarretar reações químicas que em con-
tato com a atmosfera ou outras substâncias químicas, po-
dem provocar danos materiais, danos à saúde e ao meio ambi-
ente.
Devido a natureza de composição para o transporte e acondi-
cionamento, algumas recomendações são estritamente neces-
sárias. Vamos recordar:
Boa conservação dos veículos;
O veículo deve possuir os equipamentos de segurança, ve-
locímetro/tacógrafo, equipamentos de comunicação, EPIs,
documentação e ficha de emergência do produto.
A viagem será a mais direta possível e seguindo horário
prefixado;
Cuidado na manobra;
Treinamento para os empregados envolvidos;
Empregado de rótulos de risco e painéis de segurança ade-
quados aos produtos a transportar.
Nota importante– todo veículo que transportou mercadoria
perigosa, mesmo vazio ou descarregado, não limpo ou que
contenham resíduos daquele produto, deve receber os mes-
mos cuidados aplicados aos veículos carregados.
PRODUTOS MAIS CONHECIDOS E SEUS
CUIDADOS
• AMÔNIA – ESTADO GASOSO
ALTAS CONCENTRAÇÕES :
INALAÇÃO – produz efeitos irritantes nas vias respiratórias
superiores, tosse violenta, irritação pulmonar, edema e morte
por asfixia.
EXPOSIÇÃO – produz irritação, cegueira temporária e seve-
ros danos aos olhos.
INGESTÃO – provoca ação corrosiva da mucosa da boca,
faringe, esôfago e estômago. A ingestão de uma colher de chá
de amônia concentrada pode causar a morte.
BAIXAS CONCENTRAÇÕES:
Causa irritação nos olhos e incomoda a respiração.
Mercadorias perigosas
• AMÔNIA – ESTADO LÍQUIDO
CONTATO DA SOLUÇÃO AMONIACAL COM A PELE – pro-
duz avermelhamento na
 região afetada.
CONTATO COM A AMÔNIA ANIDRA – causa graves quei-
maduras pela sua ação cáustica e pelo congelamento do local.
RISCOS AO FOGO
Com ar a uma certa concentração – forma mistura explosi-
va;
Mistura com água – produz calor;
Com água e outros gases – incêndio e explosão.
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
• ÁLCOOL
INALAÇÃO E PELE:
Depressão do sistema nervoso central, edema cerebral, edema
pulmonar, congestão renal, neurite óptica e atrofia, necrose
focal do fígado.
• GASOLINA
INALAÇÃO
Irritante para a pele, olhos e membranas mucosas das vias res-
piratórias; inalando em doses maciças pode causar: edema
pulmonar, coma e óbito por insuficiência respiratória.
EXPOSIÇÃO EXCESSIVA AOS VAPORES
Pode provocar sintomas semelhantes aos observados na into-
xicação alcoólica, incluindo euforia, hiperexcitabilidade, dis-
túrbios visuais, náuseas, vômitos, cefaléia.
OBSERVAÇÃO – Os demais derivados de
petróleo apresentam sintomas iguais
aos provocados pela gasolina.
RISCOS AO FOGO
GASOLINA – ÁLCOOL – DERIVADOS
DE PETRÓLEO
03
Riscos de incêndio e explosão.
BTX – BENZENO, TOLUENO, XILENO
PERIGO DE COMBUSTÃO E EXPLOSÃO – pode pegar fogo
e explodir como a gasolina.
PERIGO AO CONTATO – encostado na pele, pode ocasionar
irritação e intoxicação.
PERIGO DE INALAÇÃO – cheirar o BTX em doses concen-
tradas causa intoxicação grave.
PERIGO DE INGESTÃO – ingerir o BTX causa intoxicação e
morte.
E AO MEIO AMBIENTE ?
Todos os produtos aqui indicados causam danos ao meio
ambiente, principalmente se atingirem. Procure listar como po-
luem os rios e córregos, fazendo barreiras de retenção.
03
b
Textos: Edgard Duarte Filho - VERSÃO 1 - JUNHO/2003
Programação visual: André Luís de Araujo
Coordenação: UN-BC-SMS - Cesar Lage (HM8J), Conceição (PM5I) e Cristina Reis (EU44) 
Cristina Reis
Versão 1 - Junho/2003
	Capa
	Assuntos Gerais
	Quase Acidentes são Sinais de Alerta
	Ninguém deseja culpar ninguém
	Acidentes podem acontecer em qualquer lugar
	Os 10 Mandamentos da RElações Humanas
	Reflexão II
	Credo da Segurança
	Segurança
	Segurança no Escritório
	Fique atento a vidro quebrado
	Preparação de áreas seguras de trabalho
	Equipamentos de proteção
	Teste de Segurança para os Equipamentos de Proteção Individual
	Proteja suas mãos
	Proteção das mãos
	O problema com os anéis e alianças
	Proteção para os olhos
	Fatos sobre ferimentos nos olhos
	Equipamentos de Segurança
	Roupas de proteção contra fogo
	Lesões nas costas
	Manuseie materiais com segurança
	O que os olhos não vêem.. o pulmão aspira
	O que é acidente de trabalho
	Aspecto humano do acidente de trabalho
	Aspecto econômico do acidente de trabalho
	Comunicação de acidente de trabalho
	Os pés
	As mãos
	Ruído
	Inspeção de Segurança
	A importância de investigar os acidentes
	Outras situações consideradas como acidente de trabalho
	Critérios para uso e quando usar o EPI
	Segurança
	Lubrificação e reparos
	Outros efeitos provocados pelo ruído
	Principais efeitos do ruído
	Faça o seguinte teste para cada acidente
	Os acidentes são evitáveis
	Saúde
	E a respeito de pequenos ferimentos?
	Primeiros socorros para os olhos
	Esteja preparado para salvar uma vida com primeiros socorros em casos de estado de choque
	Exposição a substâncias potencialmente prejudiciais à saúde ou perigosas
	Acidente de Trabalho e o alcoolismo
	AIDS
	Higiene Corporal
	Doenças Profissionais
	Arrumação, limpeza e ordenação são bons hábitos
	Ordem e Limpeza
	Proteção contra incêndios
	Ignição espontânea
	Recipiente: líquidos inflamáveis
	Como manusear solventes inflamáveis
	Como podemos prevenir incêndios
	Limpeza de tambores
	Precauções com cilindros de oxigênio e acetileno
	Conheça o seu equipamento de incêndio
	Produtos Químicos
	Alvejante à base de cloro: branqueador ou assassino?
	Solventes comuns
	Ácidos
	Gases liquefeitos de petróleo
	Gases utilizados na indústria
	Cuidado com a bomba que está no seu bolso
	Energia elétrica
	Aterramentos por precaução
	Cabos de extensão
	Choque elétrico
	Como reduzir o consumo de energia elétrica
	Deslocamento de Cargas
	Levantamento de cargas com segurança
	Estrados e paletes vazios
	Evite quedas
	Quedas
	Içamentos mecânicos e outros equipamentos motorizados
	Olhe para cima e para baixo
	Empilhe da maneira correta
	Segurança com cabos de aço
	Cabos tensionados
	Esteja alerta aos riscos com baterias
	Práticas de segurança na utilização de escadas
	Pense em segurança quando usar andaimes
	Segurança em oficinas
	Segurança com máquinas operatrizes em oficinas
	Esmeril
	Segurança com prensas de punção
	Segurança com prensa/furadeira para metal
	Dicas sobre ferramentas
	Por que inspecionar ferramentas e equipamentos?
	Chave de fenda - a ferramenta mais sujeita a abusos
	Use os martelos com segurança
	Regras de segurança para ferramentas elétricas
	Ar comprimido
	Riscos dos recipientes ou sistemas pressurizados
	Segurança com gás comprimido
	Ferramentas manuais
	A utilização inadequada de equipamentos de ar comprimido
	Direção Defensiva
	Cintos de Segurança: a má informação pode ser perigosa
	Estacione defensivamente
	Pedestres são vulneráveis
	Cuidados a serem observados na utilização de bicicletas
	Trânsito
	Como dirigir nas estradas
	Meio Ambiente
	Riscos e danos ambientais
	Meio Ambiente
	Mercadorias Perigosas
	Créditos

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