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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES PROF. SVETLANA RIBEIRO www.cursosdoportal.com.br O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR NA PRÁTICA PEDAGÓGICA(ADAPTADO) Autora: GASPAR, Magna Lúcia Furlanetto gasparzinha@seed.pr.gov.br Orientadora: LEVANDOVSKI, Ana Rita anarita.faficop@yahoo.com.br A avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhoria da aprendizagem. - Hoffmann O termo avaliação nos remete automaticamente ao processo de ensino e aprendizagem porque se constituem em articulações indissociáveis e inquietantes na práxis pedagógica dos docentes. Embora a pedagogia contemporânea defenda uma concepção de avaliação escolar como instrumento de emancipação, no cotidiano escolar prevalece ainda nas práticas avaliativas, uma ênfase nas notas obtidas pelos alunos e não na sua aprendizagem. O uso dos resultados das avaliações encerra-se na obtenção e registro de símbolo do valor mensurável da aprendizagem do aluno. Estes símbolos podem ser conceitos ou notas que expressam o valor atribuído pelo professor, supostamente, referente ao aprendizado do aluno, encerrando-se aí o ato de avaliar que, como revela Luckesi (2005) o valor concedido pelo professor ao aprendido pelo aluno, é registrado e, definitivamente, o aluno permanecerá nesta situação, o que equivale a ele estar determinantemente classificado. Tal momento de avaliar a aprendizagem do aluno não deve ser o ponto de chegada, mas uma oportunidade de parar e observar se a caminhada está ocorrendo com a qualidade previamente estabelecida para esse processo de ensino e aprendizagem para retomar a prática pedagógica de forma mais adequada, uma vez que o objeto da ação avaliativa, no caso a aprendizagem, é dinâmico, e, com a função classificatória, a avaliação não auxilia o avanço e o crescimento para a autonomia. (LUCKESI, 2005) A discussão sobre a avaliação escolar está diretamente vinculada ao processo de ensino e aprendizagem, ou seja, à prática pedagógica do professor. Porém, muitos educadores percebem o processo em questão de modo dicotomizado: o professor ensina e o aluno aprende. No entanto, a avaliação deve ter como objetivo a qualidade da prática pedagógica do professor. A mesma é condição necessária para a construção da aprendizagem bem-sucedida do aluno e não para classificar ou discriminar, mas um parâmetro para a práxis educativa. Segundo Gasparin (2005), no trabalho pedagógico proposto pela pedagogia histórico-crítica, a avaliação da aprendizagem do conteúdo deve ser a expressão prática de que o aluno se apropriou de um conhecimento que se tornou um novo instrumento de compreensão da realidade e de transformação social. Deste modo, revela o autor que “a responsabilidade do professor aumentou, assim como a do aluno. Ambos são co-autores do processo ensino-aprendizagem” (p.2). O autor explica que na referida concepção dialética, a proposta pedagógica tem como primeiro passo, ver a prática social dos sujeitos da educação, a tomada de consciência sobre esta prática, levando professores e alunos a teorizar sobre a realidade. Isto possibilita passar do senso comum para os conhecimentos científicos e retornar à prática social de origem com uma perspectiva transformadora desta realidade. Sendo assim, com o conhecimento teórico adquirido, o aluno vai atuar sobre seu meio social com um entendimento mais crítico, elaborado e consistente (GASPARIN, 2005). Os novos desafios do mundo contemporâneo exigem inovações didático pedagógicas que possam contribuir para que a escola cumpra com seus objetivos de ensino e aprendizagem proporcionando um espaço repleto de possibilidades. Sendo a avaliação uma das etapas da atividade escolar, é necessário que esteja sintonizada com a finalidade do processo ensino e aprendizagem e como possibilidade de perceber nos sujeitos escolares suas fragilidades, seus avanços e desta forma, mediar o processo de apropriação do conhecimento e consequentemente, com a função social da escola que é a de promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao aluno condições de emancipação humana. Deste modo, a educação ofertada pela instituição escolar deve possibilitar o processo dialético de trabalho pedagógico para formar alunos autônomos em sua aprendizagem e em seu desenvolvimento humano, produtores de conhecimento crítico e significativo, conscientes e compromissados com a melhoria do seu meio social. Para Gasparin (2005), o trabalho de todo o processo ensino e aprendizagem deve contribuir para transformar um aluno-cidadão em um cidadão mais autônomo. Inicialmente, este trabalho pedagógico exige um aluno que se aproprie dos conhecimentos científicos pela mediação do professor. Depois, ao término do período escolar, pressupõe-se que esse aluno apresente a condição de cidadão crítico e participativo, sem a presença e intermediação do professor, transportando os conceitos científicos apreendidos para a nova dimensão de sua vida. O processo de avaliação da aprendizagem deve ser praticado com esta perspectiva dialética do conhecimento, mas os critérios e procedimentos de avaliação muitas vezes não condizem com a realidade AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES PROF. SVETLANA RIBEIRO www.cursosdoportal.com.br vivida pelo aluno no processo de construção do conhecimento, levando-o ao fracasso escolar. Vasconcellos (2005) propõe que o papel que se espera da escola é que possa colaborar com a formação do cidadão pela mediação do conhecimento científico, estético, filosófico. Para o autor, Os alunos, desde cedo, precisariam ser orientados para dar um sentido ao estudo; [...] na tríplice articulação entre compreender o mundo em que vivemos, usufruir do patrimônio acumulado pela humanidade e transformar este mundo, qual seja, colocar este conhecimento a serviço da construção de um mundo melhor, mais justo e solidário (p.69) O conhecimento deve ajudar a compreender o mundo e nele intervir sendo que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do aluno pela mediação do conhecimento e da aprendizagem por parte de seus alunos. Esta concepção de avaliação exige uma mudança de postura do professor o qual deve investir suas potencialidades, não no controle do que foi transmitido e sim na aprendizagem dos alunos. Nesta concepção dialética, a forma de trabalho em sala de aula terá que sofrer mudanças. É preciso olhar para o que cada aluno já sabe e para suas reais necessidades e, isso significa olhar para a prática e para a teoria que sustenta essa prática, articulando-as com a dinâmica do trabalho em sala de aula. Superar os conteúdos desvinculados da prática social dos alunos e a metodologia passiva, uma vez que o professor, pela avaliação, vai acompanhar a construção da aprendizagem do aluno na perspectiva de superação do senso comum. Com uma concepção dialética da educação, supera-se o sujeito passivo da educação tradicional, quanto o sujeito ativo da educação nova, em direção ao sujeito interativo (VASCONCELLOS, 2005). Hoffmann (1994) explica que a contradição entre o discurso e a prática de alguns educadores e sua ação classificatória e autoritária exercida, encontra explicação na concepção de avaliação do educador, reflexo de sua história de vida como aluno e como professor. Muitos professores reproduzem em sua prática pedagógica em sala de aula, influências de sua formação desenvolvida numa visão tradicional e classificatória da avaliação. Segundo Hoffmann (1994), as experiências que os futuros professores têm no seu processo de formação ditam suas posturas, posteriormente, na prática de sala de aula. Como relata a autora: “ensinou-se muito maissobre como fazer provas e como atribuir médias, do que se trabalhou com o significado dessa prática em benefício ao educando e ao nosso próprio trabalho” (p.185). Segundo Vasconcellos (2005), deve-se avaliar para mudar o que tem que ser mudado. A avaliação deve ter efeito prático, ou seja, para o professor mudar a forma de trabalhar retomando conteúdos, explicando de outra maneira, mudando a forma de organizar o trabalho em sala de aula e dar atenção especial aos alunos que apresentam maior dificuldade; quanto à escola, proporcionar mais condições de estudo, criar espaço para recuperação, rever o currículo, incentivar a integração entre professores e desenvolver sempre alternativas para melhoria do processo de ensino e aprendizagem, envolvendo o coletivo escolar. Cabe à escola, buscar a socialização através das ações pedagógicas que desenvolve e realizar tarefas coletivas cuidando para que estas sejam desenvolvidas pelo grupo e não por um único componente. Nesse caso, é preciso ensinar os alunos a trabalhar individualmente e em grupos e a serem responsáveis na execução do seu trabalho. Tal procedimento faz com que os mesmos se sintam como partes integrantes de um grupo e de um contexto social mais amplo. Na concepção pedagógica tradicional a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo. Nesta pedagogia a avaliação está diretamente associada ao fazer prova, fazer exame, dar notas, repetir ou passar de ano. As concepções contemporâneas priorizam a avaliação do processo de construção do conhecimento confirmando que esta avaliação se dá através de três momentos: síncrese, análise e síntese. O professor vai acompanhando a construção do aluno e percebendo o nível em que o mesmo se encontra (mais ou menos sincrético), bem como “as elaborações sintéticas, ainda que provisórias, possibilitando a interação na perspectiva de superação do senso comum” (VASCONCELLOS, 2005, p.72). Vasconcellos (2005) explica que não há como abolir a avaliação, pois, neste caso, não se conheceriam as dificuldades do aluno, por não haver uma avaliação contínua do processo e o professor não teria como ajudá- los. Esclarece que é uma crítica ao uso corrente da prova num momento sacramentado e destacado, ou seja, desvinculada do processo ensino e aprendizagem. De acordo com Luckesi (2005), os professores elaboram suas provas para testar o conteúdo trabalhado com os alunos e não para auxiliá-los na sua aprendizagem. Explica que esse fato possibilita várias distorções, como ameaças, elaboração de itens descontextualizados dos conteúdos ensinados nas aulas, questões com um nível de complexidade maior do que aquele que foi trabalhado em sala de aula, usa de linguagem incompreensível para os alunos, ou seja, os alunos não conseguem entender o que o professor pede no enunciado das atividades. As pedagogias contemporâneas valorizam uma metodologia mais participativa onde a avaliação é concebida como experiência de vivência. Na relação dialética, presente na avaliação, o aluno confronta-se com o objeto do conhecimento que o levará a participação ativa, valorizando o fazer e refletir, sem medo de errar porque o erro, no processo ensino- aprendizagem, assume o caráter mediador. Assim, tanto AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES PROF. SVETLANA RIBEIRO www.cursosdoportal.com.br o aluno como o professor podem rever sua trajetória para compreender e agir sobre o conhecimento e a avaliação não se reduz a apenas atribuir notas. Retomando Vasconcellos (2005), o autor faz a distinção entre avaliação e nota, mostrando que a primeira é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, para captar seus avanços, suas resistências, dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos. A nota, seja na forma de número, conceito ou menção, é uma exigência formal do sistema educacional. Mesmo que, um dia, não haja mais nota na escola, ou reprovação, certamente haverá necessidade de continuar existindo avaliação, como acompanhamento do desenvolvimento dos alunos ajudando-os em suas eventuais dificuldades. Para que isso um dia venha acontecer, em primeiro lugar, o professor não deve fazer uso autoritário da nota, e sim, através de novas práticas concretas, mostrar ao aluno que, se ele aprender, a nota virá como consequência. (VASCONCELLOS, 2005). Com relação a fundamentação dos documentos educacionais, no contexto da avaliação da aprendizagem, como Projeto Político Pedagógico, Currículo Escolar, a ênfase está na qualidade da construção do conhecimento pelo aluno, buscando um processo de ensino e aprendizagem em que a avaliação tem o papel de mediação neste processo pedagógico. Assim, buscamos também no Projeto Político Pedagógico uma abordagem acerca da avaliação da aprendizagem e percebemos uma coerência com a concepção pedagógica em pauta. Como introdução ele traz que: A avaliação da aprendizagem serve de parâmetro para o professor e o aluno perceberem e reverem os caminhos de compreensão e ação sobre o conhecimento. Para tanto ela deve ser contínua, democrática, diagnóstica, formativa e mediadora da aprendizagem. (PPP, 2008) No Projeto Político Pedagógico da escola citado, verificamos que a realidade do cotidiano escolar está posta, como também o desejo de realizar mudanças necessárias: À medida em que buscamos promover o desenvolvimento de uma nova cultura de avaliação da aprendizagem escolar para a melhoria da qualidade da educação ofertada em escolas públicas de ensino, compreendemos que vários fatores interferem no desempenho dos alunos. O que é e quais os tipos de avaliação da aprendizagem? https://canaldoensino.com.br/blog/o-que-e-e-quais-os- tipos-de-avaliacao-da-aprendizagem Qual modelo de avaliação de aprendizagem deve ser adotado? De acordo com a lei de diretrizes e bases da educação (Lei 9394/96) com destaque para os artigos 1º e artigo 24- inciso V, a avaliação da aprendizagem consiste em medir o aproveitamento e também a apuração da assiduidade do aluno. A avaliação de aprendizagem deve ser diagnóstica, processual e formativa. E o que isso significa na prática da avaliação educacional? Entenda a aplicação dos princípios de acordo com a lei de diretrizes e bases da educação: • O princípio de diagnóstico da avaliação de aprendizagem é saber o nível atual de desempenho do aluno; • O princípio da qualificação da avaliação de aprendizagem é a etapa de reflexão e comparação com aquilo que é necessário ensinar no processo educacional; • O princípio processual e formativo da avaliação de aprendizagem na prática são as etapas de planejar atividades, sequências didáticas, projetos de ensino e aplicar os instrumentos avaliativos em cada uma destas etapas. E direcionar ações que possibilitem atingir os resultados de ensino-aprendizagem. O que muitos professores confundem é o uso dos instrumentos de avaliação como a aplicação de provas e exames com o processo e gestão da aprendizagem dos alunos. A prova é somente uma formalidade do sistema escolar, uma ferramenta, um instrumento, ela sozinha não deve ser usada como avaliação, mas como uma parte do processo, que tem início, meio e fim. O educador não pode simplesmente usar os instrumentos para avaliar e se esquecer de realizar o acompanhamento do aluno para verificar se está ou não aprendendo. É bastante comum os professores usarem os instrumentos de forma pontual, por exemplo, ao final de um bimestre e no fechamento do semestre sem realizar o acompanhamento do início ao fim. O que pode implicar no erro de aplicar o exame de nota para classificar o aluno e rotular os que aprenderam e os que não aprenderamde acordo com um critério e patamar. O que não significa que o aluno que foi classificado com uma nota abaixo de um patamar não tenha aprendido os conceitos e práticas daquela disciplina. Para não cometer esse erro é importante entender os tipos de avaliação e como aplicá-los no processo de ensino-aprendizagem Tipos de avaliação da aprendizagem De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES PROF. SVETLANA RIBEIRO www.cursosdoportal.com.br (controladora) e somativa (classificatória). Entenda cada tipo: 1. Diagnóstica Auxilia o professor a detectar ou fazer uma verificação dos conteúdos e conhecimento do aluno. E a partir dos dados desse diagnóstico realizar o planejamento de ações que supram as necessidades e atinja os objetivos propostos. Com isso se utiliza a avaliação de aprendizagem como suporte para o planejamento de ensino. Recomenda-se aplicar este tipo de avaliação no início do processo de ensino-aprendizagem. 2. Formativa Tem como objetivo verificar se tudo aquilo que foi proposto pelo professor no seu planejamento em relação aos conteúdos estão sendo atingidos durante todo o processo de ensino aprendizagem do aluno passo a passo. Com isso é possível aplicar a recuperação paralela, onde os alunos resgatam os conceitos revisando-os ao longo do caminho e evoluindo cada um no seu ritmo. Essa intervenção e postura do professor como mediador tira de cena aquela prática de classificar o aluno com uma nota. Não se tem mais a visão da avaliação no resultado do teste e sim no potencial de desenvolvimento do aluno. O professor como mediador refletirá sobre o processo e tomar decisões para replanejar suas ações para intervir e adequar suas práticas em sala de aula com o objetivo do aluno aprender e não simplesmente melhorar sua nota. 3. Somativa Tem o objetivo de avaliar o final do processo de ensino e aprendizagem, normalmente realizada durante o bimestre ou semestre, lembrando que a avaliação é contínua e cumulativa. É necessário que o professor tenha clareza das etapas para que possa realizar a avaliação de forma integrada. Tem função também classificatória. A prática da avaliação escolar que tem o foco a classificação, no processo de obtenção de médias de aprovação ou médias de reprovação está ultrapassado. Para um verdadeiro e atual processo de avaliação, não interessa a aprovação ou reprovação de um aluno, mas sim sua aprendizagem e, consequentemente, o seu crescimento. Ao avaliar, o professor estará constatando as condições de aprendizagem dos alunos, para, a partir daí, prover meios para sua recuperação, e não para sua exclusão, como uma punição, se considerar a avaliação um processo e não um fim. FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO • Libâneo classifica a avaliação em três funções: - Pedagógico-didática: está relacionada ao cumprimento dos objetivos educacionais. Essa avaliação ajuda na compreensão acerca do alcance dos objetivos educacionais. - Diagnóstica: apresenta os avanços e os problemas dos alunos junto com a atuação do professor. Ocorre em três fases: início: para sondar os conhecimentos, durante: para acompanhar o desenvolvimento dos professores e alunos, final: para verificar o resultado do trabalho desenvolvido. Com isso o professor poderá propor modificações durante o processo de ensino e aprendizagem. - Controle: está relacionada aos meios e a frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares, permitindo o diagnóstico das situações didáticas. Relação avaliação e Tendências Pedagógicas - Avaliação tradicional: é exercida de forma classificatória com memorização e reprodução através de provas e exercícios. - Avaliação – escola nova: há a valorização dos aspectos afetivos. A autoavaliação está presente priorizando o desenvolvimento individual do aluno. - Avaliação – tecnicista: é analisada através do comportamento desejado. Há o apego aos livros didáticos, a produtividade do aluno com exercícios programados. - Avaliação – libertária: não há uma avaliação dos conteúdos. - Avaliação – libertadora: busca a emancipação do grupo. Avaliação – histórico-crítica: existe a tomada de decisão para a transformação da sociedade. Função diagnóstica. Características da Avaliação - Integralidade: a avaliação deve perceber o estudante como um todo, considerando todos os envolvidos no processo. - Funcionalidade: relaciona a avaliação aos objetivos educacionais. - Orientação: direciona a prática escolar. Ela não pode assumir um caráter excludente. - Sistematicidade: a avaliação deve ser muito bem planejada, integrando todo o trabalho educativo. - Características da avaliação escolar conforme Libâneo: AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES PROF. SVETLANA RIBEIRO www.cursosdoportal.com.br - Reflete a unidade objetivos-conteúdos-métodos - Possibilita a revisão do plano de ensino - Ajuda a desenvolver capacidades e habilidades - Volta-se para a atividade dos alunos - Deve ser objetiva - Ajuda na percepção do professor - Reflete valores e expectativas do professor em relação aos alunos Tarefas da avaliação: - Verificação: coleta de dados por meio de provas, exercícios e tarefas ou outros meios auxiliares. - Qualificação: comprovação dos resultados alcançados e conforme o caso, atribuição de notas. - Apreciação Qualitativa: avaliação propriamente dita, referindo-se aos padrões de desempenho esperados. MEC lança novo Saeb com avaliação para todos os anos a partir do 2º do ensino fundamental Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) O que é o Saeb? O Saeb, Sistema de Avaliação da Educação Básica, de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), é um sistema composto por três avaliações externas, que são aplicadas em larga escala e que têm como principal objetivo diagnosticar a Educação Básica do Brasil. Ou seja, ele avalia a educação nacional em suas diversas esferas. O resultado dessas avaliações é usado para calcular o Ideb, que também considera os dados de fluxo escolar fornecidos pelo Censo Escolar e consiste, portanto, em um indicador da qualidade do ensino oferecido nas escolas de todo o país. Como o Saeb funciona? O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um compilado de avaliações aplicadas para diferentes público-alvos. Todas os exames possuem o mesmo nome - Saeb -, embora os níveis sejam identificados pela respectiva etapa de ensino. Desde 1990, várias mudanças aconteceram no Saeb. Naquele ano, o público-alvo do sistema eram a 1ª, 3ª, 5ª e 7ª séries do Ensino Fundamental de escolas públicas selecionadas amostralmente. As áreas do conhecimento e disciplinas avaliadas eram Língua Portuguesa, Matemática, Redação e Ciências Naturais. Além disso, até 2018 o Saeb compreendia três avaliações diferentes, que antes eram referidas como: Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc, também conhecida como Prova Brasil). A diferença entre elas consiste no público-alvo a que se destinam. Durante muitos anos de aplicação o Saeb avaliou somente as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. No entanto, mudanças em relação às áreas do conhecimento entraram em vigor, com sua aplicação a partir de 2019. Sendo avaliadas, também, as áreas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza, de acordo com as competências e habilidades previstas pela BNCC. A partir de 2019 o Saeb passa a contemplar a Educação Infantil, além dos Ensinos Fundamental e Médio, que já eram avaliados. Sendo assim, os alunos que devem participar do Saeb 2019 sãodas turmas de: creche e pré-escola da Educação Infantil; 5º e 9º anos do Ensino Fundamental; e 3ª série do Ensino Médio. Os estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental só serão avaliados a partir de 2021. Saeb e Prova Brasil são a mesma coisa? Não. A Prova Brasil consiste em uma das avaliações que fazem parte do Saeb - a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) -, mas não ao sistema como um todo. Ainda assim, a partir de 2019 a Prova Brasil passa a assumir a mesma nomenclatura do Saeb, com a indicação da etapa correspondente. A partir das médias de desempenho nos exames do Saeb calcula-se o Ideb, que considera também o fluxo escolar dos alunos. Os resultados são disponibilizados para toda a população. O objetivo dessas avaliações é avaliar as redes ou sistemas de ensino e não os alunos individualmente. Portanto, elas são construídas e aplicadas com esse foco. Saeb: confira as últimas modificações propostas em 2020 No dia 6 de maio de 2020, o Ministério da Educação divulgou no Diário Oficial da União (DOU), assinada pelo ministro da Educação, uma nova versão do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O presidente do Inep, Alexandre Lopes, esclarece que o ENEM tradicional vai continuar existindo, a diferença é que também vai haver o ENEM seriado, que é a aplicação do Saeb na 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio. As provas dos estudantes do Ensino Médio vão formar uma nota de acordo com os resultados em cada uma das três etapas e, a partir disso, poderão ser utilizadas para ingressar ao Ensino Superior. Além disso, o Saeb será anual e aplicado a todos os anos e séries a partir do 2º do Ensino Fundamental. A implementação será realizada de AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES PROF. SVETLANA RIBEIRO www.cursosdoportal.com.br maneira gradual a partir do segundo semestre de 2021, com os estudantes da 1ª série do Ensino Médio. Outro ponto é em relação às provas digitais. Até o 4º ano do Ensino Fundamental, elas serão aplicadas em papel e, a partir do ano seguinte, de forma digital. O objetivo é que no futuro as provas sejam adaptativas, de modo que, a cada resposta do aluno, o equipamento vai sortear a próxima questão de acordo com o que foi respondido na anterior, ou seja, cada avaliação será única para cada aluno. A partir dessa dinâmica, a coleta de dados terá seu tempo reduzido, assim como a espera pela divulgação dos resultados. Além disso, as informações acerca da proficiência dos alunos serão mais precisas e isso tudo vai facilitar intervenções pedagógicas. No novo Saeb, vai existir o Programa de residência em avaliação educacional. A avaliação terá a colaboração dos estados e municípios, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Na prática, por meio de acordos, os docentes trabalharão no Inep temporariamente com a finalidade de construir em conjunto o Saeb. Além disso, serão capacitados para a elaboração de itens de provas e, em seguida, compartilharão os conhecimentos adquiridos. https://www.somospar.com.br/saeb/ http://portal.mec.gov.br/setec-programas-e- acoes/acordo-gratuidade/33471-noticias/inep/89391- mec-lanca-novo-saeb-com-avaliacao-para-todos-os- anos-a-partir-do-2-do-ensino-fundamental RESOLUÇÃO DE QUESTÕES QUESTÃO 01 A respeito da avaliação escolar, assinale a alternativa INCORRETA. a) Acredita-se, atualmente, que, a partir dos resultados obtidos em uma avaliação, o professor deve buscar adequações, mantendo ou reformulando projetos e planos de trabalho. b) A avaliação deve ser um diagnóstico para que o professor busque a ação adequada para cada caso, compreendendo e respeitando suas respectivas peculiaridades. c) Visto que os indivíduos têm suas diferenças, cabe ao professor elaborar diferentes formas de avaliação para um melhor entendimento dos problemas a serem enfrentados. d) Uma definição bastante atual de avaliação considera- a uma ferramenta usada para verificar se o aluno memorizou os conteúdos que constam na estrutura curricular. QUESTÃO 02 Na perspectiva de uma avaliação mediadora, avaliar é, entre outras coisas, a) corrigir tarefas e provas do aluno para verificar respostas certas e erradas, a fim de garantir a evolução contínua dele. b) ter o caráter problematizador e dialógico, proporcionando momentos de troca de ideias. c) aplicar verificações periódicas para deliberar sobre a aprovação ou reprovação do aluno em cada série ou nível de ensino. d) diagnosticar, em momentos pontuais e determinados, o nível de desempenho em relação aos conteúdos transmitidos pelo professor. QUESTÃO 03 A avaliação não deve ser vista como um instrumento de pressão e castigo, mas sim demonstrar-se útil para as partes envolvidas, contribuindo para o autoconhecimento e para a análise das etapas já vencidas, no sentido de alcançar objetivos previamente traçados. A avaliação pode e deve proporcionar ao professor elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática no que se refere à escolha: a) de indivíduos selecionados, classificação e composição de ranking. b) do melhor desempenho, objetivos, técnicas e táticas. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES PROF. SVETLANA RIBEIRO www.cursosdoportal.com.br c) da classificação, objetivos, atividades e estratégias. d) de competências, objetivos, conteúdos e estratégias. e) da melhor equipe, dos sistemas técnicos e táticos. QUESTÃO 04 Analise as questões que seguem e assinale a opção correta. a) A avaliação formativa tem como objetivo identificar as competências do aluno para adequá-lo num grupo ou nível de aprendizagem. b) A avaliação formativa é um procedimento de regulação permanente da aprendizagem realizado por aquele que ensina. c) A avaliação formativa manifesta-se nas propostas em que a condução do ensino está centrada no professor. d) A avaliação formativa deve exprimir-se através de notas ou conceitos. e) A avaliação formativa possibilita uma reflexão contínua sobre a prática do professor e a aprendizagem dos alunos. QUESTÃO 05 No âmbito educacional escolar, a avaliação inclusiva deve ter sempre a característica de processo, de um caminho e não de um lugar, porque implica numa sequência contínua e permanente de apreciações e de análises qualitativas, com enfoque compreensivo. Assim sendo, convém evitar a) na condição de processo contínuo, permanente e compartilhado, que a avaliação não diga respeito ao aluno e apenas a ele. b) as atitudes maniqueístas dos juízos de valor em termos de bom/mau, certo/errado, que descaracterizam os objetivos a serem alcançados. c) a análise de todos os aspectos do processo de ensino e de aprendizagem, o que implica, necessariamente, avaliar o contexto em que se realiza. d) as apreciações, como análises qualitativas, que devem envolver todos os atores, bem como suas ações, suas histórias, suas interações, necessidades, expectativas e, ainda, os contextos em que se inserem. QUESTÃO 06 A avaliação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, observará o seguinte critério: “... contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos...”. Considere o exposto acerca da avaliação, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Deverá indicar as dificuldades e facilidades que são encontradas pelos alunos e professores, demandando um acompanhar atento sobre o que vai acontecendo. ( ) Deverá acontecer durante todo o período escolar e exige reflexão e interpretação dos acontecimentos e atividades realizados na sala de aula à medida em que ocorrem. ( ) Ajudará o professor a rever os procedimentos que vem utilizando e a replanejar sua atuação buscando novas alternativas deação. ( ) Deve ser considerada pelos professores como um instrumento para medir os acertos e erros dos estudantes, com o objetivo de dar a eles uma nota ou conceito do que aprenderam. ( ) Apresenta, qualifica e produz a importância de algum aspecto da conduta do estudante, fornecendo ao professor informações para que possa por em exercício a idealização de forma adaptada às características de seus alunos. A sequência está correta em A) V, V, V, F, F. B) F, F, F, V, V. C) V, V, V, F, V. D) V, V, V, V, V. Gabarito 1 – D 2 – B 3 – D 4 – E 5 – B 6 - A