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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 1 – NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º
Inciso XIII - é livre o exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Lei 8.906/1994
Art. 8º Para inscrição como advogado é 
necessário:
I - capacidade civil;
II - diploma ou certidão de graduação em 
direito, obtido em instituição de ensino 
oficialmente autorizada e credenciada;
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, 
se brasileiro;
IV - aprovação em Exame de Ordem.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
EXAME DE ORDEM
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
1ª Fase
Direito Administrativo (6 questões), 
Direito Civil (7), Direito Processual Civil (7), 
Direito Constitucional (7), 
Direito Empresarial (5), 
Código de Ética e Estatuto da OAB (8), 
Direito Penal (6), Direito Processual Penal (6), 
Direito do Trabalho (6), Direito Processual do Trabalho (5), 
Direito Tributário (5), 
Direito Ambiental (2), 
Direito do Consumidor (2), 
Estatuto da Criança e do Adolescente (2), 
Direito Internacional (2), 
Direitos Humanos (2) e 
Filosofia do Direito (2)
2 ª Fase
Direito Administrativo, 
Direito Civil, 
Direito Constitucional, 
Direito Empresarial, 
Direito Penal, 
Direito do Trabalho ou 
Direito Tributário.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
XXXIII 2021.2 EXAME DE ORDEM
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Plano de ensino
1. NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Origem do Direito Administrativo. • Estado: estrutura e poderes. • Fontes do Direito Administrativo
2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: REGIME JURÍDICO E INTERESSE PÚBLICO 
• Regime jurídico • Princípio do interesse público 
3. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS 
• Princípios explícitos do Direito Administrativo • Princípios implícitos do Direito Administrativo
4. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: REGULAMENTAR, HIERÁRQUICO E DISCIPLINAR 
• Uso e abuso do poder • Poder regulamentar • Poderes hierárquico e disciplina
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Plano de ensino
5. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
• Conceito de polícia administrativa • Características da polícia administrativa
6. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: PESSOAS JURÍDICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ÓRGÃO PÚBLICO 
• Pessoas jurídicas na Administração Pública • Órgão público
7. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
• Organização administrativa • Autarquias • Fundações públicas
8. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: EMPRESAS PÚBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E OUTROS 
• Empresas públicas • Sociedades de economia mista • Outras pessoas vinculadas à Administração Pública
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Plano de ensino
9. AGENTES PÚBLICOS: CLASSIFICAÇÃO E ACESSO A CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES 
• Classificação dos agentes públicos • Acesso a cargos, empregos e funções
10. AGENTES PÚBLICOS: DISCIPLINA CONSTITUCIONAL 
• Ingresso no quadro de servidores • Sistema constitucional de remuneração • Regras constitucionais sobre agentes 
públicos
11. AGENTES PÚBLICOS: DISCIPLINA LEGAL E RESPONSABILIDADE 
• Lei n. 8.112/1990 • Responsabilidade dos agentes públicos
12. ATO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, REQUISITOS E ATRIBUTOS 
• Conceito • Fato e atos administrativos • Requisitos e atributos
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Plano de ensino
13. ATO ADMINISTRATIVO: CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES 
• Classificação dos atos administrativos • Espécies de atos administrativos
14. ATO ADMINISTRATIVO: EXTINÇÃ O (INVALIDAÇÃO E REVOGAÇÃO) 
• Extinção do ato administrativo • Invalidação e revogação
15. PROCESSO E PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
• Conceitos de processo e procedimento administrativo. • Meios investigatórios preliminares ao processo 
administrativo disciplinar
16. PROCESSO E PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
• Princípios que regem o processo administrativo; • Fases do processo administrativo.
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
• FILHO, CARVALHO, José Santos. Manual de Direito Administrativo, 32ª 
edição. Atlas, 02/2018. [Minha Biblioteca].
• GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo 17ª edição. Saraiva, 11/2011. 
[Minha Biblioteca]. 
• PIETRO, DI, Maria Zanella. Direito Administrativo 31ª edição. Forense, 
02/2018. [Minha Biblioteca].
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Oficial da PMESP (1998-2022)
Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem 
Pública/CAES - 2019Mestre em Direito pelas FMU - 2015
Pós-graduado em Direito Constitucional pela UNISUL - 2007
Graduado em Direito pela Universidade São Francisco - 2003
Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública –
2001
Professor de Inteligência Policial – Pós-graduação stricto sensu
CAES/PMESP – 2020/2022
Professor de Direito Constitucional / Direitos Humanos na 
APMBB / Polícia Comparada(2016-2022)
Professor de Direito Constitucional, Ciência Política e Direito 
Administrativo no curso de Graduação em Direito da FMU 
(2015-2022)
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Maquiavel
• Cria a teoria de como se constitui o Estado 
Moderno (principados e Republicas)
• Política separada da religião
• O Estado segue suas próprias leis.
• As coisas como elas são, a realidade 
política e social como ela é, são a verdade 
efetiva
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Le roi ne peaut
mal faire
(O rei não pode errar)
Quod regi 
placuit lex est
(O que agradou ao rei é a lei)
DIREITO ILIMITADO PARA ADMINSTRAR
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Celso Antônio Bandeira de Mello 
“o Direito Administrativo nasce com o Estado de Direito. Nada 
semelhante àquilo que chamamos de Direito Administrativo existia 
no período histórico que precede a submissão do Estado à ordem 
jurídica. 
Antes disso, nas relações entre o Poder, encarnado na pessoa do 
soberano, e os membros da sociedade, então súditos – e não 
cidadãos –, vigoravam ideias que bem se sintetizam em certas 
máximas clássicas, de todos conhecidas, quais as de que quod 
principi placuit leges habet vigorem: ‘o que agrada ao príncipe tem 
vigor de lei’.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
O Direito Administrativo, como ramo autônomo, nasceu em fins do século XVIII e 
início do século XIX, o que não significa que inexistissem anteriormente normas 
administrativas.
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
NOÇÕES GERAIS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Declaração de Direitos do Homem e 
do cidadão
Art. 16.º “Toute Société dans 
laquelle la garantie des Droits n’est 
pasassurée, ni la séparation des 
Pouvoirs déterminée, n’a point de 
Constitution” 
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Contribuição do Direito Francês
O apego ao princípio da separação 
de poderes e a desconfiança em 
relação aos juízes do velho regime 
serviram de fundamento para a 
criação, na França, da jurisdição 
administrativa (o contencioso 
administrativo), ao lado 
da jurisdição comum, instituindo-
se, dessa forma, o sistema da 
dualidade de jurisdição.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Direito Administrativo - como sistema jurídico de normas e 
princípios, somente veio a lume com a instituição do Estado de 
Direito, ou seja, quando o Poder criador do direito passou 
também a respeitá-lo. Nasce juntamente com os movimentos 
constitucionalistas.
Através do novo sistema, o Estado passava a ter órgãos 
específicos para o exercício da administração pública e, por 
via de consequência, foi necessário o desenvolvimento do 
quadro normativo disciplinador das relações internas da 
Administração e das relações entre esta e os administrados.
“L’État c’est moi”
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O conteúdo do Direito Administrativo varia no tempo e no espaço, 
conforme o tipo de Estado adotado.
No chamado Estado de Polícia, em que a finalidade é apenas a de 
assegurar a ordem pública, o objeto do Direito Administrativo é bem 
menos amplo, porque menor é a interferência estatal no domínio da 
atividade privada. 
O Estado do Bem-estar é um Estado mais atuante; ele não se limita a 
manter a ordem pública, mas desenvolve inúmeras atividades na área 
da saúde, educação, assistência e previdência social, cultura, sempre 
com o objetivo de promover o bem-estar coletivo. Nesse caso, o 
Direito Administrativo amplia o seu conteúdo, porque cresce a 
máquina estatal e o campo de incidência da burocracia administrativa.
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
• Aproveite os próximos 30 minutos e invista um pouco do seu tempo para conhecer o plano de 
governo de cada um dos três principais candidatos ao Estado de SP para as eleições de 2022.
• São propostas do governo para o cidadão. Nestes documento podemos encontrar muito daquilo 
que é a essência do Direito Administrativo.
Atividade de Reconhecimento do Direito 
Administrativo em Sala de Aula
• Observe a preocupação 
de sujeição plena do 
Estado em servir o 
cidadão.
• Perceba, pelas 
propostas as atribuições 
pretendidas pela 
máquina administrativa.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
No direito brasileiro, constituem objeto do Direito Administrativo:
• Administração Pública, pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, que exercem a
função administrativa do Estado;
• as entidades do chamado “terceiro setor”, como as organizações sociais, as organizações dasociedade civil de interesse público – OSCIPS;
• o regime jurídico administrativo, abrangendo as prerrogativas, privilégios e poderes da
Administração;
• os vários desdobramentos do poder de polícia e do princípio da função social da
propriedade;
• os meios de atuação da Administração Pública, abrangendo os atos e contratos
administrativos, inclusive o processo da licitação e também os convênios, os termos de
parceria, os contratos de gestão e outros instrumentos congêneres;
• os bens públicos das várias modalidades e respectivo regime jurídico, inclusive quanto às
formas de sua utilização por particulares;
• a responsabilidade civil do Estado;
• a improbidade administrativa.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Estado - pessoa jurídica de direito público (capaz de adquirir direitos e 
contrair obrigações na ordem jurídica).
Código Civil
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
Constituição Federal 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
RULE OF LAW
• Estado de direito com sujeição do próprio Estado as leis por ele criadas (*CD);
• Observância de processos justos e legalmente regulados;
FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Ano: 2018 Banca: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP
Prova: VUNESP - FAPESP - Procurador – 2018
Sobre a origem do Direito Administrativo, é correto afirmar que
A) se deu no período que antecedeu a Revolução Francesa, século XVI, época em que a gestão pública era 
legalmente incondicionada.
B) é atribuída à corrente do jusnaturalismo segundo a qual os súditos submetiam-se à lei como resultado da 
vontade suprema do rei ou monarca.
C) adveio da consagração do sistema de dualidade de jurisdição, adotado desde o século XVIII nos países 
anglo-saxões.
D) foi estimulada por autores contratualistas que defenderam a diminuição do arbítrio estatal por meio da 
submissão do Poder Público à lei como resultado da vontade geral ou da divisão das funções estatais entre 
diferentes órgãos.
E) resultou da adoção de Constituições escritas prevendo o exercício moderado do poder e jurisdição una, 
conforme o modelo francês produto da revolução.
FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Ano: 2018 Banca: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP
Prova: VUNESP - FAPESP - Procurador – 2018
Sobre a origem do Direito Administrativo, é correto afirmar que
A) se deu no período que antecedeu a Revolução Francesa, século XVI, época em que a gestão pública era 
legalmente incondicionada.
B) é atribuída à corrente do jusnaturalismo segundo a qual os súditos submetiam-se à lei como resultado da 
vontade suprema do rei ou monarca.
C) adveio da consagração do sistema de dualidade de jurisdição, adotado desde o século XVIII nos países 
anglo-saxões.
D) foi estimulada por autores contratualistas que defenderam a diminuição do arbítrio estatal por meio da 
submissão do Poder Público à lei como resultado da vontade geral ou da divisão das funções estatais entre 
diferentes órgãos.
E) resultou da adoção de Constituições escritas prevendo o exercício moderado do poder e jurisdição una, 
conforme o modelo francês produto da revolução.
FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FEDERALISMO
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Hereditariedade
Vitaliciedade
Não Representatividade popular
Irresponsabilidade
dEletividade
Temporalidade
Representatividade popular
Responsabilidade
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
PRESIDENCIALISMO
Independência entre os Poderes
Chefia Monocrática
Mandato por prazo certo
Responsabilidade perante o povo
PARLAMENTARISMO
Interdependência entre os Poderes
Chefia dual
Mandatos por prazo indeterminado
Responsabilidade perante o parlamento
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof.Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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ESTADO – Poderes (decorrente da sua soberania)
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, 
o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
As funções exercidas pelos poderes (que não são exclusivas) tem 
caráter político.
• Típicas
• Atípicas – exemplos: PJ art. 96; PL art. 52; PE art. 62.
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Separação dos Poderes
O Poder é único e 
indivisível e para seu 
exercício era conveniente 
estabelecer uma divisão de 
competências entre os três 
órgãos diferentes do 
Estado.
Acentuou mais o 
equilíbrio do que a 
separação dos 
poderes
Constituição do Estado de Sergipe
Art. 61. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham 
sobre: 
III - organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária; 
Art. 115. O Conselho Estadual de Justiça é o órgão de controle externo da atividade 
administrativa e do desempenho dos deveres funcionais do Poder Judiciário e do 
Ministério Público. 
Parágrafo único. Lei complementar definirá a organização e funcionamento do 
Conselho Estadual de Justiça, em cuja composição haverá membros indicados pela 
Assembleia Legislativa, Poder Judiciário, Ministério Público e Conselho Seccional da 
Ordem dos Advogados do Brasil”
ADI 197/14
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Separação dos Poderes
O Poder é único e 
indivisível e para seu 
exercício era conveniente 
estabelecer uma divisão de 
competências entre os três 
órgãos diferentes do 
Estado.
Acentuou mais o 
equilíbrio do que a 
separação dos 
poderes
Súmula 649
É inconstitucional a criação, por Constituição Estadual, 
de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário 
do qual participem representantes de outros poderes 
ou entidades.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Separação dos Poderes
O Poder é único e 
indivisível e para seu 
exercício era conveniente 
estabelecer uma divisão de 
competências entre os três 
órgãos diferentes do 
Estado.
Acentuou mais o 
equilíbrio do que a 
separação dos 
poderes
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Separação dos Poderes
O Poder é único e 
indivisível e para seu 
exercício era conveniente 
estabelecer uma divisão de 
competências entre os três 
órgãos diferentes do 
Estado.
Acentuou mais o 
equilíbrio do que a 
separação dos 
poderes
Executivo - Art. 84 II 
Legislativo – Art. 51 IV e 52 XIII
Judiciário – Art. 99
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Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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Direito Administrativo - o conjunto de normas e princípios que, visando sempre 
ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do 
Estado e entre este e as coletividades a que devem servir. (José do Santos 
Carvalho Filho)
Direito Administrativo - o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, 
agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração 
Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens e meios de que 
se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. (Maria Sylvia 
Zanella Di Pietro)
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Direito Administrativo Emergencial?????
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Direito Administrativo Emergencial?????
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Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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Fontes do Direito Administrativo
• Constituição Federal (Art. 37) (Bloco de Constitucionalidade);
• Leis (art. 59);
• Atos Normativos (resoluções, portarias, instruções, circulares, 
regimentos, ordens de serviço Art. 84, 87...);
• Jurisprudência (súmulas vinculantes) (Art. 102, 103 + 1035;
• Doutrina;
• Princípios Gerais do Direito.
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Fontes do Direito Administrativo
Constituição Federal (Bloco de Constitucionalidade);
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MARGATO
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Fontes do Direito Administrativo
• Constituição Federal (Art. 37) (Bloco de Constitucionalidade);
• Leis (art. 59);
• Atos Normativos (resoluções, portarias, instruções, circulares, 
regimentos, ordens de serviço Art. 84, 87...);
• Jurisprudência (súmulas vinculantes) (Art. 102, 103 + 1035);
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário 
quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto 
de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo 
Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; (§8º)
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Fontes do Direito Administrativo
• Constituição Federal (Art. 37) (Bloco de Constitucionalidade);
• Leis (art. 59);
• Atos Normativos (resoluções, portarias, instruções, circulares, 
regimentos, ordens de serviço Art. 84, 87...);
• Jurisprudência (súmulas vinculantes) (Art. 102, 103 + 1035);
• Doutrina;
• *Costume não é fonte relevante do Dir. Adm (Maria Sylvia)
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Fontes do Direito Administrativo
• Princípios Gerais do Direito.
Os princípios desempenham papel relevante na interpretação das leis e na busca do equilíbrio 
entre as prerrogativas do poder público e os direitos do cidadão.
Princípios como os da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da 
vedação de enriquecimento ilícito, da igualdade dos administrados diante dos serviços 
públicos e dos encargos sociais, da proporcionalidade dos meios aos fins, da segurança 
jurídica, constituem garantias fundamentais, inerentes à liberdade e segurança da pessoa 
humana. Princípios como o da continuidade do serviço público, da mutabilidade dos 
contratos, da executoriedade das decisões administrativas, da autotutela, são essenciais para 
assegurar a posição de supremacia da Administração Pública em benefício do interesse 
público.
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Fontes do Direito Administrativo
• Princípios Gerais do Direito.
HC – 124.306 - a interrupção da gravidez até o terceiro mês de 
gestação não pode ser equiparada ao aborto
Justificativas. Barroso destacou que em países desenvolvidos e democráticos, como Estados Unidos, Portugal, 
França, Itália, Canadá e Alemanha, a interrupção da gravidez no primeiro trimestre não é considerada crime. 
“É dominante no mundo democrático e desenvolvido a percepção de que a criminalização da interrupção 
voluntária da gestação atinge gravemente diversos direitos fundamentais da mulher, com reflexos visíveis 
sobre a dignidade humana”, ressaltou. “Durante esse período (da gravidez), o córtex cerebral – que permite 
que o feto desenvolva sentimentos e racionalidade – ainda não foi formado nem há qualquer potencialidade 
de vida fora do útero materno.” O ministro do Supremo ainda elencou uma série de direitos fundamentais que 
seriam incompatíveis com a criminalização do aborto até o terceiro mês de gestação: os direitos sexuais e 
reprodutivos da mulher; a integridade física e psíquica da gestante; e a igualdade da mulher, “já que 
homens não engravidam e, portanto, a equiparação plena de gênero depende de se respeitar a vontade da 
mulher nessa matéria”.
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Contraditório - prática
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Objetivos da aula 1:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 2 
FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
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Objetivos da aula 2:
• Analisar a diferença entre o regime jurídico de 
Direito Privado e o regime jurídico administrativo 
• Compreender a doutrina tradicional da 
supremacia do interesse público 
• Compreender a doutrina contemporânea de 
crítica à supremacia do interesse público
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REGIME JURÍDICO
Regime Jurídico – Determinado conjunto de normas e princípios jurídicos* (tem peso de norma – Abstrato e Genérico
e as leis devem se adequar aos princípios) que irão reger com exclusividade uma determinada relação jurídica.
Princípios são regras gerais que a doutrina identifica como condensadoras dos valores fundamentais de um sistema.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, princípio é mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele,
disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo de critério para
exata compreensão e inteligência delas, exatamente porque define a lógica e a racionalidade do sistema normativo,
conferindo-lhes a tônica que lhe dá sentido harmônico”. E completa: “violar um princípio é muito mais grave do que
violar uma norma. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório,
mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão
do princípio violado, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais
*Princípios de Direitos Fundamentais são suprapositivos
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Regime Administrativo – é o conjunto de normas e princípios especiais e próprios da administração de direito público que 
só pode ser empregado para o atendimento de interesses públicos e coletivos. Desse regime, decorrem dois grandes 
princípios que implicam em prerrogativas e sujeições
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A supremacia do interesse público sobre o privado, também
chamada simplesmente de princípio do interesse público ou da
finalidade pública implica em afirmar que os interesses da
coletividade são mais importantes que os interesses individuais,
razão pela qual a Administração, como defensora dos interesses
públicos, recebe da lei poderes especiais não extensivos aos
particulares. A outorga dos citados poderes projeta a
Administração Pública a uma posição de superioridade diante do
particular.
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Regime Jurídico Administrativo
• Direito Público. Implica em prerrogativas e sujeições da Administração 
Pública
Exemplo – Autoexecutoriedade / desapropriação / impossibilidade de 
perda de bens por usucapião (imprescritibilidade dos bens públicos) / 
presunção de legitimidade dos atos administrativos / Poder de Polícia
Princípio da supremacia do interesse público
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O princípio da indisponibilidade do interesse público enuncia que
os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido.
Assim, no exercício da função administrativa os agentes públicos
estão obrigados a atuar, não segundo sua própria vontade, mas do
modo determinado pela legislação. Como decorrência dessa
indisponibilidade, não se admite tampouco que os agentes
renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que transacionem
em juízo.
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Regime Jurídico Administrativo
• Direito Público. Implica em prerrogativas e sujeições da Administração 
Pública
Exemplo – Concursos públicos / licitações
Princípio da indisponibilidade do interesse público
O Cebraspe confirmou o 
número de candidatos 
inscritos no concurso PF 2021 
(Polícia Federal).
Para delegado são 27.751 
candidatos para 123 vagas 
(225,6 candidatos/vaga)
salário: R$ 23.692,74
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Ano: 2006 Banca: ESAF Órgão: CGU Prova: ESAF - 2006 - CGU - Analista de 
Finanças e Controle
Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se 
destacar o de que:
A) a Administração prescinde de justificar seus atos.
B) ao administrador é lícito fazer o que a lei não proíbe.
C) os interesses públicos e privados são eqüitativos entre si.
D) são inalienáveis os direitos concernentes ao interesse público.
E) são insusceptíveis de controle jurisdicional, os atos administrativos.
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Ano: 2006 Banca: ESAF Órgão: CGU Prova: ESAF - 2006 - CGU - Analista de 
Finanças e Controle
Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se 
destacar o de que
A) a Administração prescinde de justificar seus atos.
B) ao administrador é lícito fazer o que a lei não proíbe.
C) os interesses públicos e privados são eqüitativos entre si.
D) são inalienáveis os direitos concernentes ao interesse público.
E) são insusceptíveis de controle jurisdicional, os atos administrativos.
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Crítica ao Princípio da Supremacia do Interesse Público
Nos últimos anos a supremacia do interesse público sobre o privado deixou de ser uma
unanimidade entre os estudiosos pelos seguintes argumentos:
a) a fluidez conceitual da noção de “interesse público” favorece arbitrariedades ofensivas à
democracia e aos valores fundamentais;
(ou interesses privados daqueles que controlam o Estado? - Eros Grau)
b) a ideia de supremacia do interesse público desconsidera a relevância atribuída pela
Constituição a todo o conjunto de direitos fundamentais;
c) interesse público e interesse privado não são antagônicos, mas pressupõem-se
mutuamente;
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Crítica ao Princípio da Supremacia do Interesse Público
“Como se pode falar de bem comum quando frequentemente poderosos interesses
particulares se fazem presentes no Estado? Por que o governo do interesse público não age
no interesse da maioria?”
A premissa de uma perspectiva materialista precisa admitir que o Estado não é
propriamente uma estrutura ou organização levantada conscientemente pelas pessoas a
partir de objetivos claramente delimitados, e, muito menos, trata da “corporificação do
bem-estar comum”; é, na verdade, resultado da própria luta de classes incidente sobre os
agentes, na “luta pelo subproduto”
1. HIRSCH, Joachim. Teoria materialista do Estado: processos de transformação do sistema capitalista de Estado. Rio de Janeiro: Revan, 2010, p. 9.
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Crítica ao Princípio da Supremacia do Interesse Público
Descortina-se o argumento liberal, encampado por juristas e pensadores liberais, que separa ficticiamente
Estado e sociedade civil, denunciando que essa suposta autonomia estatal tem o objetivo de “encobrir e
passar a ideia da incrível falácia de que o estado não participa da vida econômica, dos interesses sociais e
dos conflitos de classes”.
Não se trata, contudo, de uma visão de imediata supressão do Estado, tão mítica quanto a ideia de atuação
estatal para o “bem comum” neutro, mas de edificar um Estado democrático controlado e subordinando à
sociedade civil, sobretudo que leve em conta a perspectiva periférica da América Latina, resgatando-se, na
posição e Wolkmer, as peculiaridades e a experiência histórica de “povos subdesenvolvidos, dependentes e
espoliados que buscam a emancipação, a libertação, a modernização e o amadurecimento democrático”.
Esse avanço só poderá ocorrer sob a lógica crítica, na qual se refutam construções abstratas de neutralidade,
bem como de “desaparecimento” do caráter repressivo do Estado, pugnando-se por um Estado assentado em
bases populares e comprometido com o projeto histórico das maiorias.
WOLKMER, Antonio Carlos. Elementos para uma crítica do Estado. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1990, p. 58-
59.
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(2018 – FCC – PGE-TO) Acercadas modernas correntes doutrinárias que buscam repensar o Direito
Administrativo no Brasil, Carlos Ari Sundfeld observa: “Embora o livro de referência de Bandeira de
Mello continue saindo em edições atualizadas, por volta da metade da década de 1990 começou a
perder aos poucos a capacidade de representar as visões do meio – e de influir [...] Ao lado disso,
teóricos mais jovens lançaram, com ampla aceitação, uma forte contestação a um dos princípios
científicos que, há muitos anos, o autor defendia como fundamental ao Direito Administrativo [...]”
(Adaptado de: Direito administrativo para céticos, 2ª ed., p. 53) O princípio mencionado pelo autor e
que esteve sob forte debate acadêmico nos últimos anos é o princípio da:
A) presunção de legitimidade dos atos administrativos;
B) processualidade do Direito Administrativo;
C) supremacia do interesse público;
D) moralidade administrativa;
E) eficiência.
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(2018 – FCC – PGE-TO) Acerca das modernas correntes doutrinárias que buscam repensar o Direito
Administrativo no Brasil, Carlos Ari Sundfeld observa: “Embora o livro de referência de Bandeira de
Mello continue saindo em edições atualizadas, por volta da metade da década de 1990 começou a
perder aos poucos a capacidade de representar as visões do meio – e de influir [...] Ao lado disso,
teóricos mais jovens lançaram, com ampla aceitação, uma forte contestação a um dos princípios
científicos que, há muitos anos, o autor defendia como fundamental ao Direito Administrativo [...]”
(Adaptado de: Direito administrativo para céticos, 2ª ed., p. 53) O princípio mencionado pelo autor e
que esteve sob forte debate acadêmico nos últimos anos é o princípio da:
A) presunção de legitimidade dos atos administrativos;
B) processualidade do Direito Administrativo;
C) supremacia do interesse público;
D) moralidade administrativa;
E) eficiência.
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Regime Jurídico de Direito Privado – conjunto de normas e princípios comuns que vão 
reger relações jurídicas que envolvem apenas interesses privados, que são em regra 
disponíveis não dependem e nem decorrem de lei. Prepondera a Autonomia da vontade.
Administração Pública de Regime Privado – Empresas Públicas e Sociedades de Economia 
Mista exploradoras de atividades econômicas estão sujeitas ao mesmo regime privado 
das demais empresas concorrentes apesar de estarem sujeitos a licitação, concurso e 
prestação ao tribunal de contas, entre outras.
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: DPE-MS Prova: VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público
A expressão regime jurídico-administrativo é utilizada para designar
A) os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a 
Administração Pública.
B) o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública e 
que não se encontram nas relações entre particulares.
C) as restrições a que está sujeita a Administração Pública, sob pena de nulidade do ato 
administrativo, excluindo-se de seu âmbito as prerrogativas da Administração.
D) as prerrogativas que colocam a Administração Pública em posição de supremacia 
perante o particular, excluindo-se de seu âmbito as restrições impostas à Administração.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-ms
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-dpe-ms-defensor-publico
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: DPE-MS Prova: VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público
A expressão regime jurídico-administrativo é utilizada para designar
A) os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a 
Administração Pública.
B) o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública 
e que não se encontram nas relações entre particulares.
C) as restrições a que está sujeita a Administração Pública, sob pena de nulidade do ato 
administrativo, excluindo-se de seu âmbito as prerrogativas da Administração.
D) as prerrogativas que colocam a Administração Pública em posição de supremacia 
perante o particular, excluindo-se de seu âmbito as restrições impostas à Administração.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-ms
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-dpe-ms-defensor-publico
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MARGATO
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Regime Jurídico de Direito Público – conjunto de normas e princípios jurídicos constitucionais que irão reger relações 
jurídicas que envolvem interesses públicos (regido pelo princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o 
princípio da indisponibilidade do interesse público que tem o poder dever do Estado em atendê-lo).
Neste Regime sempre haverá a dependência e decorrência de prévia lei autorizadora.
Prepondera a obrigatoriedade do cumprimento da lei independente da vontade
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto
No âmbito do direito administrativo, segundo a doutrina majoritária, a autoexecutoriedade dos atos 
administrativos é caracterizada pela possibilidade de a administração pública
A) anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, sem necessidade de controle 
judicial.
B) assegurar a veracidade dos fatos indicados em suas certidões, seus atestados e suas declarações, o que 
afasta o controle judicial.
C) impor os atos administrativos a terceiros, independentemente de sua concordância, por meio de ato 
judicial.
D) executar suas decisões por meios coercitivos próprios, sem a necessidade da interferência do Poder 
Judiciário.
E) executar ato administrativo por meios coercitivos próprios, o que afasta o controle judicial posterior.
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Regime Jurídico de Direito Público – conjunto de normas e princípios jurídicos constitucionais que irão reger relações 
jurídicas que envolvem interesses públicos (regido pelo princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o 
princípio da indisponibilidade do interesse público que tem o poder dever do Estado em atendê-lo).
Neste Regime sempre haverá a dependência e decorrência de prévia lei autorizadora.
Prepondera a obrigatoriedade do cumprimento da lei independente da vontade
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto
No âmbito do direito administrativo, segundo a doutrina majoritária, a autoexecutoriedade dos atos 
administrativos é caracterizada pela possibilidade de a administração pública
A) anular seus próprios atos, quando eivados de vícios queos tornem ilegais, sem necessidade de controle 
judicial.
B) assegurar a veracidade dos fatos indicados em suas certidões, seus atestados e suas declarações, o que 
afasta o controle judicial.
C) impor os atos administrativos a terceiros, independentemente de sua concordância, por meio de ato 
judicial.
D) executar suas decisões por meios coercitivos próprios, sem a necessidade da interferência do Poder 
Judiciário.
E) executar ato administrativo por meios coercitivos próprios, o que afasta o controle judicial posterior.
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Regime Jurídico da Administração
Direito Privado
• Todas as Sociedades de 
Economia Mista
• Todas as Empresas Públicas (se 
prestar serviço público passa a 
ter um regime misto)
• Fundações Públicas (misto)
Direito Público
Todos os órgãos da Administração 
direta;
Todas as autarquias;
Regra: fundação Pública e 
Associação Pública
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A Administração Pública se submete a regime jurídico de direito privado ou a regime jurídico de direito público?
A Constituição ou a lei definirá!
Sociedade de economia mista e empresas públicas
• Explora atividade econômica
• Produção de Bens (ex: Petróleo / Petrobras) e serviços (ex: banco / BB)
• Busca lucro
• Possibilidade – Art. 173
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
• Direito Privado 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem 
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e 
tributários;
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REGIME JURÍDICO
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito 
de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da 
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADI nº 
2.135)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de 
política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores 
designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) (Vide ADI nº 2.135)
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REGIME JURÍDICO
O Tribunal, por maioria, vencidos os Senhores Ministros Nelson Jobim, 
Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa, deferiu parcialmente a 
medida cautelar para suspender a eficácia do artigo 39, caput, da 
Constituição Federal, com a redação da Emenda Constitucional nº 
19, de 04 de junho de 1998, tudo nos termos do voto do relator 
originário, Ministro Néri da Silveira, esclarecido, nesta assentada, que 
a decisão - como é próprio das medidas cautelares - terá efeitos ex
nunc, subsistindo a legislação editada nos termos da emenda 
declarada suspensa.
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A Administração Pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a 
regime jurídico de direito público.
Posicionamento dos Tribunais
Súmula 556
É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de
economia mista.
Súmula 508
Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que
for parte o Banco do Brasil S.A.
Súmula 517
As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém
como assistente ou opoente.
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
A ULA 3 
PRINCÍP IOS DO DI R E I TO A DM I NI ST RAT IVO
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Objetivos da aula 3:
• Identificar o papel dos princípios no direito 
contemporâneo 
• Analisar conteúdo e consequências jurídicas dos 
princípios elencados no art. 37, caput, da CF
• Analisar conteúdo e consequências jurídicas de 
outros princípios aplicáveis à Administração 
Pública
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“O agente público não só tem que 
ser honesto e probo, mas tem que 
mostrar que possui tal qualidade. 
Como a mulher de César” 
(RE 160.381/SP, SEGUNDA TURMA, 
DJ de 12/8/1994).
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Logicamente, não cabe ao Poder 
Judiciário moldar subjetivamente a 
Administração Pública, porém a 
constitucionalização das normas básicas 
do Direito Administrativo permite ao 
Judiciário impedir que o Executivo 
molde a Administração Pública em 
discordância a seus princípios e 
preceitos constitucionais básicos, pois a 
finalidade da revisão judicial é impedir 
atos incompatíveis com a ordem 
constitucional, inclusive no tocante as 
nomeações para cargos públicos, que 
devem observância não somente ao 
princípio da legalidade, mas também 
aos princípios da impessoalidade, da 
moralidade e do interesse público.
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“Pelo princípio da moralidade administrativa, não bastará ao 
administrador o cumprimento da estrita legalidade;deverá 
ele, no exercício de sua função pública, respeitar os princípios 
éticos de razoabilidade e Justiça, pois a moralidade constitui, a 
partir da Constituição de 1988, pressuposto de validade de todo 
ato da Administração Pública”
A Constituição Federal permite a apreciação dos atos 
administrativos discricionários pelo Poder Judiciário, quando o 
órgão administrativo utilizar-se de seu poder discricionário para 
atingir fim diverso daquele que a lei fixou, ou seja, quando ao 
utilizar-se indevidamente dos critérios da conveniência e 
oportunidade, o agente desvia-se da finalidade de persecução 
do interesse público. 
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“O presidente me disse mais de uma vez, expressamente, que 
queria ter uma pessoa do contato pessoal dele que ele pudesse 
ligar, colher informações, colher relatórios de inteligência, seja 
diretor-geral, superintendente e realmente não é o papel da 
Polícia Federal prestar esse tipo de informação. As 
investigações têm que ser preservadas. Então o grande 
problema não é quem entra mas porque alguém entra”
Princípios expressos – Previsão Constitucional – Ver voto Alexandre de Moraes
Objetivo do ato administrativo – interesse público (se afastar disso é desvio de finalidade)
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1) Legalidade – Art. 37 c/c Art. 5º II
“Só faz o que a lei expressamente determina”. Logo a edição de qualquer ato
administrativo pressupõe uma lei anterior que a sustente.
O exercício da função administrativa não pode ser pautado pela vontade da
Administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar
a vontade da lei.
Os atos administrativos:
A) Não podem contrariar a lei
B) Só pode ser praticados mediante autorização legal
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1) Legalidade – Ato administrativo deve ser expedido secundum legem.
Somente a lei pode inovar originariamente na ordem jurídica
Lei 9.784/99 Art 2º, §ú, inc I (princípio da juridicidade)
Se a administração exigir ato não previsto em lei, o judiciário pode ser
questionado?
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A jurisprudência do STF entende que a exigência de avaliação psicológica ou teste psicotécnico, como requisito 
ou condição necessária ao acesso a determinados cargos públicos de carreira, somente é possível, se houver lei 
em sentido material (ato emanado do Poder Legislativo) que expressamente a autorize, além de previsão no 
edital do certame.
Ademais, o exame psicotécnico necessita de um grau mínimo de objetividade e de publicidade dos atos 
em que se procede. A inexistência desses requisitos torna o ato ilegítimo, por não possibilitar o acesso à 
tutela jurisdicional para a verificação de lesão de direito individual pelo uso desses critérios.
Súmula vinculante 44 (08/04/2015)
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
Súmula 686 (24/09/2003)
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
Referências - Constituição Federal de 1988, art. 5º, II; e 37, I.
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LEI COMPLEMENTAR Nº 1.291, DE 22 DE JULHO DE 2016
DAS ETAPAS
Artigo 4º - Os concursos públicos, independentemente do Quadro, obedecerão às seguintes etapas:
I - exames de conhecimentos, constituídos de prova objetiva e dissertativa, com grau de dificuldade correspondente ao nível de
ensino exigido para ingresso à respectiva carreira;
II - exames de aptidão física, com o intuito de avaliar as condições físicas mínimas para o desempenho do cargo público referente
ao Quadro;
III - exames de saúde, que compreenderão exames médicos, odontológicos e toxicológicos;
IV - exames psicológicos, destinados à avaliação das características cognitivas e de personalidade do candidato para o
desempenho adequado das atividades inerentes à carreira pretendida, de acordo com os parâmetros do perfil psicológico
estabelecido para o exercício;
V - avaliação da conduta social, da reputação e da idoneidade, realizada de forma sigilosa por intermédio de investigação social
de órgão técnico da Polícia Militar do Estado de São Paulo, objetivando averiguar os fatos atuais e pregressos relativos ao
candidato em seus aspectos social, moral, profissional e escolar, quanto à compatibilidade para o exercício do cargo;
VI - análise de documentos, visando à comprovação dos requisitos exigidos para o cargo público pretendido;
VII - análise de títulos, visando à apuração da respectiva pontuação obtida pelo candidato.
§ 1º - As etapas previstas neste artigo terão o seguinte caráter:
1 - eliminatório e classificatório: inciso I;
2 - eliminatório: incisos II a VI;
3 - classificatório: inciso VII.
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Leitura do Acórdão TJSP
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CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I — exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
RE n. 560.900, em que resultou a seguinte tese de repercussão geral: “sem previsão 
constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima cláusula de edital de 
concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de 
responder a inquérito ou a ação penal”. (5 de fevereiro de 2020)
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2) Impessoalidade – Duas perspectivas 
Exemplos: concurso público / licitação
A Administração é obrigada a tratar os administrados de forma neutra/impessoal/imparcial.
Desta maneira, a Administração está proibida de estabelecer discriminações gratuitas. 
Ela pode discriminar? Sim, mas não de forma gratuita. As discriminações legítimas são aquelas que 
visam manter o interesse público e a finalidade pública.
O que significa discriminar? 
Significa tratar a pessoa de forma diferente das demais. 
Quando a Administração discrimina? 
- quando privilegia !
Só será possível discriminar para preservar o interesse público.
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LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014.
Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de 
cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações 
públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.
Art. 1º Ficam reservadas aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para 
provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito d a administração pública federal, das 
autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas 
pela União , na forma desta Lei.
Art. 2º Poderão concorrer às vagas reservadas a candidatos negros aqueles que se autodeclararem pretos ou 
pardos no ato da inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou raça utilizado pela Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Art. 3º Os candidatos negros concorrerão concomitantemente às vagas reservadas e às vagas destinadas à 
ampla concorrência, de acordo com a sua classificação no concurso.
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Impessoalidade na propaganda dos atos de 
governo – é a situação descrita no art. 37, 
parágrafo 1º da CF. Não podem constar: nomes, 
imagens e símbolos que representem promoção 
pessoal do Administrador (Especialmente em 
reeleições para o executivo). 
CF/88 – art. 37 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá 
ter caráter educativo, informativo ou de 
orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem 
promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos. 
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Apelação Cível n. 1012844/73.2018.8.26.0053
A vinculação de campanhas publicitárias como uso de slogan pessoal e não dos símbolos da Prefeitura 
Municipal, em eventos oficiais, como forma de propaganda individual e consolidação de seu nome no 
cenário político, claramente sugere autopromoção, o que caracteriza ato de improbidade administrativa. 
Patenteada a violação aos princípios da Administração Pública elencados no artigo 37 da Constituição 
Federal de 1988
Deste modo, além do dever de respeito aos princípios básicos da Administração Pública há que se 
harmonizar o princípio da publicidade aos princípios da impessoalidade e da moralidade, estabelecendo-se 
que a publicidade dos atos de governo não pode configurar promoção pessoal de Agentes Públicos, 
porquanto os atos praticados pertencem ao Poder Público e não ao agente que o representa.
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas governamentais que decorre do parágrafo 
1º, artigo 37, CF/88, há de ser impregnada de caráter exclusivamente educativo, informativo ou de 
orientação social, sendo absolutamente vedada a publicação de informativos que visem ao proveito 
individual do administrador e não ao coletivo.
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CF - Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, 
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-
ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios 
e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de 
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para 
este fim. 
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3) Moralidade - Direito X Moral
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a 
prisão especial, à disposição da autoridade 
competente, quando sujeitos a prisão antes de 
condenação definitiva:
...
VII - os diplomados por qualquer das faculdades 
superiores da República;
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3) Moralidade - Administração está proibida de 
praticar atos imorais. 
A CF refere-se à moralidade administrativa como 
aquela intimamente ligada à preservação do interesse 
público.
Art 5º
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando 
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência;
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3) Moralidade - Administração está proibida de praticar atos imorais. 
A CF refere-se à moralidade administrativa como aquela intimamente ligada à preservação do interesse público.
CF/88 – art. 37 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou 
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
Súmula vinculante 13 (21/08/08)
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia 
ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal
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Exceções ao nepotismo
• Não alcança servidores de provimento efetivo (quando relacionado a cargo
público permanente, que garanta, após o cumprimento do estágio
probatório, estabilidade ou vitaliciedade ao seu titular)
• Cargo públicos de natureza política (ministros e secretários de estadoe
municipais) – desde que baseado em critério técnico (haverá nepotismo se
existir falta de razoabilidade por manifesta ausência de qualificação técnica
ou inidoneidade moral)
• Se a pessoa nomeada possuir parente no órgão, mas sem influência
hierárquica
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4) Publicidade
Art. 37. (...)
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: (...)
II — o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o 
disposto no art. 5º, X e XXXIII.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
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4) Publicidade
O administrador não pode armazenar informações para fins pessoais mas, tão somente, para preservação 
do interesse público.
Decisão proferida pelo STF, em 20.08.2020, quando da apreciação da ADPF 722, proibiu a elaboração de 
dossiês sobre antifascistas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Prevaleceu o entendimento da 
relatora, Ministra Cármen Lúcia, de que a coleta de informações para mapear as posições políticas de 
determinado grupo, ou identificar opositores ao governo, configura desvio de finalidade das atividades de 
inteligência.
Decisão proferida pelo STF em 13.03.2021 quando do julgamento da ADPF 692/DF em que a Corte 
concluiu que a interrupção abrupta da coleta e divulgação de importantes dados epidemiológicos, 
imprescindíveis para a análise da série histórica de evolução da pandemia (Covid-19), caracteriza ofensa a 
preceitos fundamentais da Constituição Federal (CF), nomeadamente o acesso à informação, os princípios 
da Publicidade e da Transparência da Administração Pública e o Direito à Saúde.
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4) Publicidade
A Administração está obrigada a manter a transparência em relação a todos os seus atos e a todas as 
informações
armazenadas em seus bancos de dados.
CF – Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que
serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado;
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Princípio da Publicidade
Exemplo
Art. 37, XI, CF – teto de remuneração - STF entende que é legitima a pergunta de quanto ganham os 
servidores
de determinados órgãos.
E se houver um pedido de informações indevidamente negado? Qual o instrumento hábil a ser utilizado? 
Depende:
- se a informação solicitada for de natureza individual (do próprio solicitante) – habeas data – art. 5o, LXXII
- se a informação não for a respeito próprio, mas sim de interesse – caberá mandado de segurança.
CF/88 - Art. 5o LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo;
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Lei de Acesso à Informação – Lei 
12.527/11
Abrangência da LAI (Arts. 1º e 2º)
• União, Estados, DF e Municípios
• Executivo, Legislativo, Judiciário + Corte de contas 
e MP
• Administração Indireta
• Entidades privadas que recebam recurso público 
(publicidade relativa aos recursos públicos)
Diretrizes da LAI (Art. 3o)
• Publicidade como preceito geral
• Sigilo como exceção
• Divulgação de informações de interesse público 
independentemente de solicitações (transparência 
ativa)
• Utilização de meios de comunicação de TI
• Fomento ao desenvolvimento da cultura de 
transparência na Administração
• Desenvolvimento do controle social da 
Administração
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Princípios decorrentes da Publicidade na LAI
• Acesso é a regra, o sigilo, a exceção (divulgação máxima)
• Requerente não precisa dizer por que e para que deseja a informação (não
exigência de motivação)
• Hipóteses de sigilo são limitadas e legalmente estabelecidas (limitação de
exceções)
• Fornecimento gratuito de informação, salvo custo de reprodução (gratuidade da
informação)
• Divulgação proativa de informações de interesse coletivo e geral (transparência
ativa)
• Criação de procedimentos e prazos que facilitam o acesso à informação
(transparência passiva)
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Pedido de Acesso (Art. 10)
• Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos públicos da 
Administração Direta e Indireta (U,E,DF,M).
• Por qualquer meio legítimo
• Deve poder ser pela internet
• Deve conter:
a identificação do requerente e
a especificação da informação requerida.
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Classificação (Art. 23)
São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as 
informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
• I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridadedo território nacional;
• II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que 
tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;
• III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
• IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;
...
Prazos máximos de restrição, a partir da data de sua produção:
• I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
• II - secreta: 15 (quinze) anos; e
• III - reservada: 5 (cinco) anos.
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Quem classifica?
ULTRASSECRETO (Art. 27, inc. I)
• Presidente da República;
• Vice-Presidente da República;
• Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;
• Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e
• Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior.
SECRETO (Art. 27, inc. II)
• As autoridades do Ultrassecreto
• Titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de 
economia mista = Administração Pública Indireta
RESERVADO (At. 27, inc. III)
• As autoridades do Ultrassecreto e do Secreto
• Ocupantes de cargo de direção, comando ou chefia.
Termo de Classificação da Informação.
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Informações Pessoais (Art. 31)
O tratamento das informações pessoais 
deve ser feito de forma transparente e 
com respeito à intimidade,
vida privada, honra e imagem das 
pessoas, bem como às liberdades e 
garantias individuais.
Acesso restrito a:
• a agentes públicos legalmente 
autorizados
• própria pessoa a que elas se referirem 
Independe de classificação 
Prazo máximo de restrição: 100 anos
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5) Eficiência
A Administração está obrigada a manter ou ampliar a qualidade dos serviços que presta e das 
obras que executa sob pena de responsabilidade.
Economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento 
funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência.
Eficiência = presteza, perfeição e rendimento funcional – não se pode violar a lei em nome da 
eficiência!
Busca de resultados práticos de produtividade, de economicidade, reduzindo o desperdício do 
dinheiro público; 
Quanto aos servidores, a eficiência aparece como requisito indispensável para a aquisição e 
perda da garantia de estabilidade, art. 41 da CF. 
Duração razoável dos processos administrativos (art. 5º, LXXVIII, da CF).
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(OAB 2ª Fase) Ricardo, prefeito do município Delta, decide reformar a sede da prefeitura. Para tanto, 
pretende, dentre outras coisas, pintar a fachada do prédio com as cores do partido ao qual é filiado. 
Questionado, Ricardo confirma que a intenção é homenagear seu partido, que neste ano completa 40 anos de 
existência.
Sobre a hipótese apresentada, responda o item a seguir. 
A) É lícita a decisão de pintar a fachada do prédio da prefeitura com as cores do partido do prefeito? 
A resposta é negativa. Não é lícita a decisão de pintar a fachada do prédio da prefeitura com as cores do 
partido do prefeito. A utilização das cores de partido político nos prédios públicos faz com que a reforma 
esteja associada à gestão do prefeito, ferindo assim o princípio da impessoalidade previsto no Art. 37 da 
CRFB/88. Obs.: também será aceita a fundamentação no princípio da moralidade
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4) Publicidade
Art. 37. (...)
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: (...)
II — o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o 
disposto no art. 5º, X e XXXIII.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
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4) Publicidade
A Administração está obrigada a manter a transparência em relação a todos os seus atos e a todas as 
informações armazenadas em seus bancos de dados.
CF – Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado;
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4) Publicidade
O administrador não pode armazenar informações para fins pessoais mas, tão somente, para preservação 
do interesse público.
Decisão proferida pelo STF, em 20.08.2020, quando da apreciação da ADPF 722, proibiu a elaboração de 
dossiês sobre antifascistas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Prevaleceu o entendimento da 
relatora, Ministra Cármen Lúcia, de que a coleta de informações para mapear as posições políticas de 
determinado grupo, ou identificar opositores ao governo, configura desvio de finalidade das atividades 
de inteligência.
Decisão proferida pelo STF em 13.03.2021 quando do julgamento da ADPF 692/DF em que a Corte 
concluiu que a interrupção abrupta da coleta e divulgação de importantes dados epidemiológicos, 
imprescindíveis para a análise da série histórica de evolução da pandemia (Covid-19), caracteriza ofensa a 
preceitos fundamentais da Constituição Federal (CF), nomeadamente o acesso à informação, os princípiosda Publicidade e da Transparência da Administração Pública e o Direito à Saúde.
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Princípio da Publicidade
Exemplo
Art. 37, XI, CF – teto de remuneração - STF entende que é legitima a pergunta de quanto ganham os 
servidores de determinados órgãos.
E se houver um pedido de informações indevidamente negado? Qual o instrumento hábil a ser utilizado? 
Depende:
- se a informação solicitada for de natureza individual (do próprio solicitante) – habeas data – art. 5o, LXXII
- se a informação não for a respeito próprio, mas sim de interesse – caberá mandado de segurança.
CF/88 - Art. 5o LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo;
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Lei de Acesso à Informação – Lei 
12.527/11
Abrangência da LAI (Arts. 1º e 2º)
• União, Estados, DF e Municípios
• Executivo, Legislativo, Judiciário + Corte de contas e 
MP
• Administração Indireta
• Entidades privadas que recebam recurso público 
(publicidade relativa aos recursos públicos)
Diretrizes da LAI (Art. 3o)
• Publicidade como preceito geral
• Sigilo como exceção
• Divulgação de informações de interesse público 
independentemente de solicitações (transparência 
ativa)
• Utilização de meios de comunicação de TI
• Fomento ao desenvolvimento da cultura de 
transparência na Administração
• Desenvolvimento do controle social da 
Administração
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Princípios decorrentes da Publicidade na LAI
• Acesso é a regra, o sigilo, a exceção (divulgação máxima)
• Requerente não precisa dizer por que e para que deseja a informação (não
exigência de motivação)
• Hipóteses de sigilo são limitadas e legalmente estabelecidas (limitação de
exceções)
• Fornecimento gratuito de informação, salvo custo de reprodução (gratuidade da
informação)
• Divulgação proativa de informações de interesse coletivo e geral (transparência
ativa)
• Criação de procedimentos e prazos que facilitam o acesso à informação
(transparência passiva)
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Pedido de Acesso (Art. 10)
• Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos públicos da 
Administração Direta e Indireta (U,E,DF,M).
• Por qualquer meio legítimo
• Deve poder ser pela internet
• Deve conter:
a identificação do requerente e
a especificação da informação requerida.
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Classificação (Art. 23)
São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as 
informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
• I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;
• II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que 
tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;
• III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
• IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;
...
Prazos máximos de restrição, a partir da data de sua produção:
• I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
• II - secreta: 15 (quinze) anos; e
• III - reservada: 5 (cinco) anos.
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Quem classifica?
ULTRASSECRETO (Art. 27, inc. I)
• Presidente da República;
• Vice-Presidente da República;
• Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;
• Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e
• Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior.
SECRETO (Art. 27, inc. II)
• As autoridades do Ultrassecreto
• Titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de 
economia mista = Administração Pública Indireta
RESERVADO (At. 27, inc. III)
• As autoridades do Ultrassecreto e do Secreto
• Ocupantes de cargo de direção, comando ou chefia.
Termo de Classificação da Informação.
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Informações Pessoais (Art. 31)
O tratamento das informações pessoais 
deve ser feito de forma transparente e 
com respeito à intimidade,
vida privada, honra e imagem das 
pessoas, bem como às liberdades e 
garantias individuais.
Acesso restrito a:
• a agentes públicos legalmente 
autorizados
• própria pessoa a que elas se referirem 
Independe de classificação 
Prazo máximo de restrição: 100 anos
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5) Eficiência
A Administração está obrigada a manter ou ampliar a qualidade dos serviços que presta e das 
obras que executa sob pena de responsabilidade.
Economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento 
funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência.
Eficiência = presteza, perfeição e rendimento funcional – não se pode violar a lei em nome da 
eficiência!
Busca de resultados práticos de produtividade, de economicidade, reduzindo o desperdício do 
dinheiro público; 
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5) Eficiência
Servidores Públicos
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
...
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de
lei complementar, assegurada ampla defesa.
...
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
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5) Eficiência
Art. 5º
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação.
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Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
1) Princípio da autotutela (Art 53 – Lei 9.784/99)
A administração está autorizada a rever seus próprios atos, anulando (quando
ilegais) ou revogando (por razões de conveniência ou oportunidade).
SÚMULA 473 - STF A administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos;
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial
Quando anular os efeitos do ato devem ser eliminados (efeitos ex tunc).
Quando revogar os efeitos ex nunc – efeitos são válidos até o momento da
revogação. Pode-se alegar direitos adquiridos.
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Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
2) participação (art. 37, § 3º, da CF);
3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de 
serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos 
serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o 
disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
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Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
3) devido processo legal formal e material (art. 5º, LIV, da CF);
4) contraditório (art. 5º, LV, da CF);
5) ampla defesa (art. 5º, LV, da CF) (Princípio do duplo grau)
Lei 9.784/99 - Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará
à autoridade superior.
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Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
6) Princípio da razoabilidade - A Administração está proibida de fazer qualquer exigência ou aplicar qualquer sanção em
medida superior àquela necessária para preservação do interesse público. Ex.: Edital de concurso – preenchimento de
vaga para guarda civil metropolitana: edital exigia que o candidato tivesse no mínimo 20 dentes na boca.
7) Princípio da proporcionalidade - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições
e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. Coibir
excessos no campo do Direito Administrativo sancionador, seara onde mais comumente são identificadas
punições exageradas e desproporcionais.
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Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
8) Princípio da obrigatória motivação (Art 50 Lei 9.784)
9) Princípio da responsabilidade (Conduta + dano + nexo causal)
Estabelece o art. 37, § 6º, da Constituição Federal: “As pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”
Quanto à responsabilidade 
do agente público, por ser 
apurada somente na ação 
regressiva, dependerá da 
comprovação de culpa ou 
dolo (art. 37, § 6º, da CF), 
pelo que está sujeita à 
aplicação 
da teoria subjetiva.
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Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo 
10) Princípio da presunção de legitimidade
Como são praticados exclusivamente com a finalidade de aplicação da lei, os atos administrativos beneficiam-
se da legitimação democrática conferida pelo processo legislativo. Assim, os atos administrativos são
protegidos por uma presunção relativa (juris tantum) de que foram praticados em conformidade com o
ordenamento jurídico. Por isso, até prova em contrário, os atos administrativos são considerados válidos para o
Direito, cabendo ao particular o ônus de provar eventual ilegalidade na sua prática. Em razão dessa
presunção, mesmo que o ato administrativo tenha vício de ilegalidade (ato nulo), fica garantida sua produção
de efeitos, até o momento de sua retirada por meio da invalidação.
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Objetivos da aula 3:
• Identificar o papel dos princípios no direito 
contemporâneo 
• Analisar conteúdo e consequências jurídicas dos 
princípios elencados no art. 37, caput, da CF
• Analisar conteúdo e consequências jurídicas de 
outros princípios aplicáveis à Administração 
Pública
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 4 
PODERES DA A DM I N ISTR AÇÃO
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Objetivos da aula 4:
• Analisar o uso dos poderes administrativos e as 
situações relacionadas a sua legitimidade e 
ilegitimidade (abuso e omissão) 
• Compreender o poder regulamentar e o analisar 
no contexto do princípio da legalidade 
• Compreender os poderes hierárquico e disciplinar
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O poder administrativo representa uma prerrogativa especial de direito público outorgada aos agentes do Estado. 
Cada um desses terá a seu cargo a execução de certas funções. É voltado para beneficiar a coletividade. Ao fazê-lo, 
dentro dos limites que a lei traçou, pode dizer-se que usaram normalmente os seus poderes.
Uso do poder, portanto, é a utilização normal, pelos agentes públicos, das prerrogativas que a lei lhes confere.
1)são eles irrenunciáveis; e
2)devem ser obrigatoriamente exercidos pelos titulares.
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ABUSO DO PODER
O abuso de poder é a conduta ilegítima do administrador, quando atua fora dos objetivos expressa ou implicitamente 
traçados na lei.
Formas de Abuso: Excesso e Desvio de Poder
1)o agente atua fora dos limites de sua competência (excesso); e
2)o agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho 
administrativo (desvio de poder/finalidade).
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Efeito do Abuso de Poder
Agindo com abuso de poder, por qualquer de suas formas, o agente submete sua conduta à revisão, judicial ou 
administrativa. O abuso de poder não pode compatibilizar-se com as regras da legalidade, de modo que, constatado o 
abuso, cabe repará-lo.
A invalidação da conduta abusiva pode dar-se na própria esfera administrativa (autotutela) ou através de ação judicial, 
inclusive por mandado de segurança (art. 5º, LXIX, CF). 
Lei 13.869/19
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis.
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo mais questionar sobre a 
existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato 
praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
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Maria Sylvia*i
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poder vinculado, dá ideia de restrição, pois, quando se diz que determinada atribuição da Administração é 
vinculada, quer-se significar que está sujeita à lei em praticamente todos os aspectos. O legislador, nessa hipótese, 
preestabelece todos os requisitos do ato, de tal forma que, estando eles presentes, não cabe à autoridade 
administrativa senão editá-lo, sem apreciação de aspectos concernentes à oportunidade, conveniência, interesse 
público, equidade. Esses aspectos foram previamente valorados pelo legislador. 
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Poder Discricionário tem inserido em seu bojo a ideia de prerrogativa, uma vez que a lei, ao atribuir determinada 
competência, deixa alguns aspectos do ato para serem apreciados pela Administração diante do caso concreto; ela 
implica liberdade a ser exercida nos limites fixados na lei.
Poder discricionário, portanto, é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre várias 
condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público.
(não confundir com arbitrariedade)
A fisionomia jurídica da discricionariedade comporta três elementos: (1) norma de previsão aberta que exija 
complemento de aplicação; (2) margem de livre decisão, quanto à conveniência e à oportunidade da conduta 
administrativa; (3) ponderação valorativa de interesses concorrentes, com prevalência do que melhor atender ao fim 
da norma
Lei 9.605/98 – crimes ambientais
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:
...
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índices 
estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais).
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TRANSPORTE INTERMUNICIPAL. ALTERAÇÃO DE PARADAS. ATO 
DISCRICIONÁRIO. O usuário se insurgia quanto à alteração dos itinerários dos 
ônibus vindos da Baixada Fluminense que, por determinação do Município do 
Rio de Janeiro, não mais trafegam pelo centro da cidade. 
A Turma, em julgamento anterior, entendeu que o usuário tem legitimidade 
para atacar o ato, por ser o destinatário do serviço público e, agora, firmou 
tratar-se de ato discricionário, que sob o aspecto formal não apresenta 
nenhum defeito, não podendo o Judiciário adentrar em suas razões de 
conveniência. Destacou, também, que o Município tinha competência para o 
ato, apesar deste afetar a região metropolitana. RMS 11.050-RJ, Rel. Min. Eliana 
Calmon, julgado em 22/2/2000. 
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CONTROLE JUDICIAL NO PODER VINCULADO – Todos os atos administrativos podem submeter-se à
apreciação judicial de sua legalidade, e esse é o natural corolário do princípio da legalidade. Em relação aos
atos vinculados, não há dúvida de que o controle de legalidade a cargo do Judiciário terá muito mais
efetividade. Com efeito, se todos os elementos do ato têm previsão na lei, bastará, para o controle da legalidade,
o confronto entre o ato e a lei. Havendo adequação entre ambos, o ato será válido; se não houver, haverá vício
de legalidade
CONTROLE JUDICIAL NO PODER DISCRICIONÁRIO - Podem eles sofrer controle judicial em
relação a todos os elementos vinculados, ou seja, aquelessobre os quais não tem o agente liberdade quanto à
decisão a tomar. Assim, se o ato é praticado por agente incompetente; ou com forma diversa da que a lei
exige; ou com desvio de finalidade; ou com o objeto dissonante do motivo etc.
Não pode o juiz entrar no terreno que a lei reservou aos agentes da Administração, perquirindo os critérios de
conveniência e oportunidade que lhe inspiraram a conduta. A razão é simples: se o juiz se atém ao exame da
legalidade dos atos, não poderá questionar critérios que a própria lei defere ao administrador.
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CONCEITOS JURÍDICO INDETERMINADOS
X
DISCRICIONARIEDADE
• Ordem Pública – Polícia Ostensiva (Art 144 - § 5º Às polícias militares cabem a 
polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros 
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de 
atividades de defesa civil.)
• Interesse Público
• Segurança Nacional
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Poder hierárquico, é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar 
as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, 
estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro 
de pessoal.
É um poder interno e permanente exercido pelos chefes de repartição sobre 
seus agentes subordinados e pela administração central em relação aos 
órgãos públicos consistente nas atribuições de comando, chefia e direção 
dentro da estrutura administrativa.
Assim como o disciplinar, o poder hierárquico é interno à medida que não 
se aplica a particulares. Mas, ao contrário daquele, o poder hierárquico é 
exercido permanentemente, e não em caráter episódico, como ocorre com o 
poder disciplinar.
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A delegação é a transferência temporária de parte da competência administrativa 
de seu titular a outro órgão ou agente público subordinado à autoridade 
delegante (delegação vertical) ou fora da linha hierárquica (delegação horizontal), 
revogável a qualquer tempo.
Avocação de competência
Diante de motivos relevantes
devidamente justificados, o
art. 15 da Lei n. 9.784/99
permite que a autoridade
hierarquicamente
superior chame para si a
competência de um órgão ou
agente subordinado.
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Três competências administrativas são indelegáveis:
a) a edição de ato de caráter normativo: isso porque os atos normativos inerentes às 
funções de comando dos órgãos públicos baixam regras gerais válidas para todo o quadro 
de agentes. Sua natureza é incompatível com a possibilidade de delegação;
b) a decisão em recursos administrativos: a impossibilidade de delegação, nessa hipótese, 
é justificada para preservar a garantia do duplo grau, impedindo que a mesma autoridade 
que praticou a decisão recorrida receba, por delegação, a competência para analisar o 
recurso;
c) as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade: são casos em que a 
própria natureza da matéria recomenda o exercício da competência somente pelo órgão 
habilitado diretamente pela legislação.
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Súmula 510 - STF
Praticado o ato por autoridade, no 
exercício de competência delegada, 
contra ela cabe o mandado de 
segurança ou a medida judicial.
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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Itaquaquecetuba - SP Prova: VUNESP - 2018 
- Câmara de Itaquaquecetuba - SP - Procurador Jurídico
É correto afirmar a respeito da delegação e avocação da competência administrativa:
A) as decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente essa qualidade.
B) a legislação pátria permite, em certos casos, a transferência de todas as funções do 
delegante para o órgão delegado.
C) a legislação brasileira não permite a delegação revogável ou por tempo 
indeterminado.
D) o princípio da hierarquia, que rege a avocação, permite que a atividade avocada 
abranja a integralidade das competências do órgão inferior.
E) praticado o ato por autoridade, que age por delegação, eventual medida judicial 
contra o ato deve ser ajuizada contra a autoridade delegante.
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Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto
À luz da Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta com relação à competência administrativa e à 
relação hierárquica existente no âmbito da administração pública.
Alternativas
A) A relação de subordinação hierárquica entre os órgãos públicos envolvidos é condição imprescindível 
para a delegação da competência administrativa.
B) A delegação de competência de órgãos colegiados é possível, desde que não se trate de matéria de 
competência exclusiva, de decisão de recursos administrativos ou de edição de atos de caráter 
normativo.
C) O ato de delegação retira a competência da autoridade delegante e confere competência exclusiva 
ao órgão delegado.
D) A avocação temporária de competência é permitida, em caráter excepcional e por motivos 
justificados, entre órgãos da administração pública, independentemente da relação hierárquica 
estabelecida entre eles.
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OAB XXIV - João foi aprovado em concurso público promovido pelo Estado Alfa para o cargo de analista 
de políticas públicas, tendo tomado posse no cargo, na classe inicial da respectiva carreira. Ocorre que 
João é uma pessoa proativa e teve, como gestor, excelentes experiências na iniciativa privada.
Em razão disso, ele decidiu que não deveria cumprir os comandos determinados por agentes superiores 
na estrutura administrativa, porque ele as considerava contrárias ao princípio da eficiência, apesar de 
serem ordens legais.
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
(A)João possui total liberdade de atuação, não se submetendo a comandos superiores, em decorrência do 
princípio da eficiência.
(B)A liberdade de atuação de João é pautada somente pelo princípio da legalidade, considerando que não 
existe escalonamento de competência no âmbito da Administração Pública.
(C)João tem dever de obediência às ordens legais de seus superiores, em razão da relação de 
subordinação decorrente do poder hierárquico.
(D)As autoridades superiores somente podem realizar o controle finalístico das atividades de João, em 
razão da relação de vinculação estabelecidacom os superiores hierárquicos.
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(OAB XIII) José da Silva é o chefe do Departamento de Pessoal de uma Secretaria de 
Estado. Recentemente, José da Silva avocou a análise de determinada matéria, 
constante de processo administrativo inicialmente distribuído a João de Souza, seu 
subordinado, ao perceber que a questão era por demais complexa e não vinha 
sendo tratada com prioridade por aquele servidor.
Ao assim agir, José da Silva fez uso
(A)do poder hierárquico.
(B)do poder disciplinar.
(C)do poder discricionário.
(D)da teoria dos motivos determinantes.
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O poder disciplinar consiste na possibilidade de a Administração aplicar 
punições aos agentes públicos que cometam infrações funcionais.
Assim, trata-se de poder interno, não permanente e discricionário. Interno 
porque somente pode ser exercido sobre agentes públicos, nunca em 
relação a particulares, exceto quando estes forem contratados da 
Administração. É não permanente na medida em que é aplicável apenas se e 
quando o servidor cometer falta funcional. É discricionário porque a 
Administração pode escolher, com alguma margem de liberdade, qual a 
punição mais apropriada a ser aplicada ao agente público.
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Lei 8.112 - Das Penalidades
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os 
danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os 
antecedentes funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da 
sanção disciplinar. 
*Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria.*
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Estatuto do servidor público – SP (Lei 10.261)
Artigo 271 — No caso dos artigos 253 e 254, poder-se-á aplicar a pena pela verdade sabida, salvo se, pelas
circunstâncias da falta, fôr conveniente instaurar-se sindicância ou processo.
Parágrafo único — Entende-se por verdade sabida o conhecimento pessoal e direto de falta por parte da
autoridade competente para aplicar a pena.
Artigo 253 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de
cumprimento dos deveres.
Artigo 254 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta
grave ou de reincidência.
*Redação modificada em 2003*
Art. 5º LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
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O poder regulamentar consiste na possibilidade de os chefes do 
Poder Executivo editarem atos administrativos gerais e 
abstratos, ou gerais e concretos, expedidos para dar fiel 
execução à lei.
O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais 
ampla denominada poder normativo, que inclui todas as 
diversas categorias de atos abstratos, tais como: regimentos, 
instruções, deliberações, resoluções e portarias.
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Poder Regulamentar – Ao editar as leis, o Poder Legislativo nem sempre possibilita que sejam elas executadas.
Cumpre, então, à Administração criar os mecanismos de complementação das leis indispensáveis a sua efetiva
aplicabilidade. Essa é a base do poder regulamentar.
Art. 84. (...)
IV— sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua fiel
execução.
A diretriz constitucional apresentada acaba por delinear o exato papel atribuído aos decretos
e regulamentos expedidos pelo Poder Executivo, vale dizer: oferecer fiel execução à lei.
Resta clara, portanto, a impossibilidade de utilização dessas espécies normativas, em um primeiro momento
para inovar a ordem jurídica. Com efeito, sua edição só se justifica em vista do perfil a ela emprestado pelo
dispositivo constitucional para oferecer fiel execução a uma lei existente.
Em outras palavras, se determinada matéria ainda não tiver sido objeto de regulamentação, por via de lei, não se
justificará a edição de decretos e regulamentos, pois não terão a que oferecer fiel regulamentação.
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A própria Constituição Federal se incumbiu de prever a sanção a ser
aplicada naquelas situações em que a edição de um decreto ou
regulamento extrapole os limites por ela estabelecidos.
Art. 49. É da Competência exclusiva do Congresso Nacional: (...)
V — sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
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Decreto independente ou autônomo (art. 84 inc VI):
é o que dispõe sobre matéria ainda não regulada 
especificamente em lei. A doutrina aceita esses 
provimentos administrativos praeter legem para suprir a 
omissão do legislador, desde que não invadam as 
reservas da lei, isto é, as matérias que só por lei podem 
ser reguladas.
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Poder Regulamentar (Estudo de Caso)
CF - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social:
...
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas 
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, 
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedadasua vinculação para qualquer fim;
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Poder Regulamentar (Estudo de Caso)
Lei 12.382/11
Art. 1º O salário mínimo passa a corresponder ao valor de R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais).
Art. 2º Ficam estabelecidas as diretrizes para a política de valorização do salário mínimo a vigorar entre 2012 e 2015, 
inclusive, a serem aplicadas em 1º de janeiro do respectivo ano.
§ 1º Os reajustes para a preservação do poder aquisitivo do salário mínimo corresponderão à variação do Índice Nacional 
de Preços ao Consumidor - INPC, calculado e divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE, acumulada nos doze meses anteriores ao mês do reajuste.
§ 4º A título de aumento real, serão aplicados os seguintes percentuais:
I - em 2012, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto - PIB, apurada 
pelo IBGE, para o ano de 2010;
II - em 2013, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 
2011;
III - em 2014, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 
2012; e
IV - em 2015, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 
2013.
Art. 3º Os reajustes e aumentos fixados na forma do art. 2º serão estabelecidos pelo Poder Executivo, por meio de 
decreto, nos termos desta Lei.
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ADI 4.568 - Ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, 
ajuizada pelo Partido Popular Socialista – PPS, Partido da Social Democracia Brasileira –
PSDB e Democratas – DEM, objetivando declaração de inconstitucionalidade do art. 3o. 
(caput e parágrafo único) da Lei n. 12.382, de 25.2.2011
Segundo os autores, ter-se-ia ali “indisfarçada delegação de poderes ….para que possa o 
Poder Executivo deter a prerrogativa de fixar, com exclusividade, o valor do salário 
mínimo....o Congresso Nacional não poderá se manifestar sobre o valor do salário 
mínimo entre os anos de 2012 e 2015”
Para os Autores, a divulgação do novo quantum, a cada ano, por decreto desobedeceria 
o comando constitucional relativo ao tipo legislativo a se adotar para tal procedimento
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ADI 4.568 –
O que se conterá no decreto presidencial é apenas a aplicação do índice e divulgação do que valorado pelo Congresso
Nacional segundo fórmula, índice e periodicidade fixados na lei.
Vale dizer, a Presidente da República não pode, no decreto, senão aplicar o que nos termos da lei foi posto a ser
apurado e divulgado. O decreto conterá norma de mera aplicação objetiva, vinculada e formal da lei, sem qualquer
inovação possível, sob pena de abuso do poder regulamentar, passível de fiscalização e controle pela via legislativa
ou judicial. O que a lei impôs à Presidenta da República foi tão somente divulgar o quantum do salário mínimo,
obtido pelo valor reajustado e aumentado segundo os índices fixados pelo Congresso Nacional na própria lei agora
questionada.
O que a lei impôs à Presidenta da República foi tão somente divulgar o quantum do salário mínimo, obtido pelo valor
reajustado e aumentado segundo os índices fixados pelo Congresso Nacional na própria lei agora questionada.
Carmem Lúcia
Penso que os §§ 2º e 3º do artigo 2º não colocam nas mãos do Presidente da República um poder aberto,
discricionário. Na verdade, uma alternativa ao INPC é um índice que haverá de ser apurado de forma científica, é um
índice oficial.
Luiz Fux
Poder Regulamentar (Estudo de Caso)
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Maria Sylvia*i
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Objetivos da aula 4:
• Analisar o uso dos poderes administrativos e as 
situações relacionadas a sua legitimidade e 
ilegitimidade (abuso e omissão) 
• Compreender o poder regulamentar e o analisar 
no contexto do princípio da legalidade 
• Compreender os poderes hierárquico e disciplinar
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 5
PODER DE POL Í C IA
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Objetivos da aula 5:
• Refletir sobre o fundamento da polícia administrativa a 
partir das noções de ordem e liberdade 
• Compreender o conceito de polícia administrativa
• Analisar as características principais da polícia 
administrativa 
• Demonstrar a aplicabilidade da polícia administrativa 
nas situações do cotidiano
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Poder de polícia é definido como aquele de que dispõe a 
Administração para condicionar, restringir, limitar e frenar 
atividades e direitos de particulares para a preservação 
dos interesses da coletividade. 
O exercício desse poder encontra fundamento na 
supremacia do interesse público sobre o particular, que 
norteia todas as atividades administrativas.
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Lei 16.402/16 – Município de São Paulo
Art. 146. Fica proibida a emissão de ruídos, produzidos por quaisquer meios ou de quaisquer espécies, com 
níveis superiores aos determinados pela legislação federal, estadual ou municipal, prevalecendo a mais restritiva. 
(Regulamentado pelo Decreto nº 57.443/2016)
§ 1º As medições deverão ser efetuadas pelos agentes competentes na forma da legislação aplicável, por meio 
de sonômetros devidamente aferidos, de acordo com as normas técnicas em vigor.
§ 2º Não estarão sujeitos às proibições desta lei os sons produzidos pelas seguintes fontes:
a) aparelhos sonoros usados durante a propaganda eleitoral, conforme o disposto na legislação própria;
b) sereias ou aparelhos sonoros de viaturas quando em serviços de socorro ou de policiamento;
c) detonações de explosivos empregados no arrebentamento de pedreiras e rochas ou nas demolições, desde 
que em horário e com carga previamente autorizados por órgão competente;
d) manifestações em festividades religiosas, comemorações oficiais, reuniões desportivas, festejos ou ensaios 
carnavalescos e juninos, passeatas, desfiles, fanfarras, bandasde música, desde que se realizem em horário e 
local previamente autorizados pelo órgão competente ou nas circunstâncias consagradas pela tradição;
e) sinos de templos, desde que os sons tenham duração não superior a 60 segundos, e apenas para a 
assinalação das horas e dos ofícios religiosos; e carrilhões, desde que os sons tenham duração não superior a 
15 (quinze) minutos, a cada 4 (quatro) horas e somente no período diurno das 7h às 19h.
§ 3º A fiscalização de ruído proveniente de veículos automotores seguirá o disposto em legislação própria.
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-57443-de-10-de-novembro-de-2016/
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Art. 147. Os estabelecimentos que comercializem bebida alcoólica e que 
funcionem com portas, janelas ou quaisquer vãos abertos, ou ainda, que utilizem 
terraços, varandas ou espaços assemelhados, bem como aqueles cujo 
funcionamento cause prejuízo ao sossego público, não poderão funcionar entre 
1h e 5h. (Regulamentado pelo Decreto nº 57.443/2016)
§ 1º A fiscalização da infração ao disposto no “caput” deste artigo independe de 
medição por sonômetro.
§ 2º Não se considera infração a abertura de estabelecimento para lavagem ou 
limpeza, desde que tais atos não gerem incomodidade.
§ 3º O estabelecimento poderá funcionar no horário referido no “caput” deste 
artigo, desde que providencie adequação acústica e não gere nenhuma 
incomodidade.
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-57443-de-10-de-novembro-de-2016/
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CTN - Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando 
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do 
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso 
ou desvio de poder.
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POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA
A principal diferença entre as duas está no caráter preventivo da polícia 
administrativa e no repressivo da polícia judiciária. A primeira terá por 
objetivo impedir as ações antissociais, e a segunda, punir os infratores da lei 
penal.
Outra diferença: a polícia judiciária é privativa de corporações especializadas 
(polícia civil e militar), enquanto a polícia administrativa se reparte entre 
diversos órgãos da Administração, incluindo, além da própria polícia militar, 
os vários órgãos de fiscalização aos quais a lei atribua esse mister, como os 
que atuam nas áreas da saúde, educação, trabalho, previdência e assistência 
social.
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POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
...
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a
apuração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividades de defesa civil.
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atributos do poder de polícia
discricionariedade - pode ser vinculado também, como nos casos 
de licenças o que difere das autorizações; 
autoexecutoriedade - possibilidade que tem a Administração de, 
com os próprios meios, pôr em execução as suas decisões, sem 
precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário 
coercibilidade - execução forçada para cumprir a decisão 
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Indelegabilidade: como atividade típica do Estado, o poder de polícia não 
pode ser delegado a particulares; é privativo de servidores investidos em 
cargos públicos, com garantias que protegem o exercício das funções 
públicas dessa natureza (conforme entendimento da jurisprudência do STF e 
do STJ); aceitação da possibilidade de delegação de atividades puramente 
materiais, que não envolvam exercício de autoridade sobre o cidadão.
Limites: previstos em lei, quanto à competência, à forma, aos fins, aos 
motivos e ao objeto; observância das regras da proporcionalidade entre 
meios e fins, da necessidade e da eficácia.
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LEI Nº 10.348, DE 4 DE SETEMBRO DE 1987.
DISPÕE SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ELEVADORES E OUTROS APARELHOS DE
TRANSPORTE, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 1º A instalação e funcionamento de elevadores e outros aparelhos de transporte no Município de São Paulo 
serão regidos pelas disposições da presente lei.
Art. 3º O licenciamento perante a Prefeitura do Município de São Paulo dos aparelhos de transporte abrangidos por 
esta lei é de caráter obrigatório, ficando eles sujeitos à fiscalização municipal.
§ 1º Dependem de Alvará de Instalação as instalações, reinstalações e substituições de aparelhos de transporte.
§ 2º Nenhum aparelho de transporte poderá funcionar sem que o proprietário tenha obtido o correspondente 
Alvará de Funcionamento.
Art. 4º O pedido de Alvará de Instalação deverá ser instruído com projeto, memorial descritivo, cálculo detráfego, 
diagrama unifilar das instalações elétricas e cópias oficiais das plantas da edificação.
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Art. 9º Será obrigatória a inspeção anual 
rigorosa dos aparelhos de transporte, a cargo 
do responsável pela conservação, que deverá 
expedir Relatório de Inspeção Anual, assinado 
pelo Engenheiro.
Parágrafo Único. O Relatório de Inspeção Anual 
deverá permanecer em poder do proprietário 
do aparelho de transporte, para pronta 
exibição à fiscalização municipal, sempre que 
solicitado.
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O Supremo Tribunal Federal, no dia 23 de outubro de 2020, por maioria dos
ministros, examinando o tema 532 em sede de repercussão geral, concedeu a BHTrans
a prerrogativa de aplicar mutas aos motoristas na capital mineira, na qual havia
perdido há 11 anos no através do REsp 817.534.
Decisão foi emanada no julgamento do RE 633782, sob a relatoria do Ministro
Luiz Fux, com voto favorável ao recurso da entidade. A tese definida foi:
“É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, às pessoas
jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública indireta de
capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público
de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.”
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Poder de Polícia como intervenção do Estado na 
propriedade privada;
Poder de Polícia como intervenção no domínio 
econômico. Ex: Banco Central (fiscaliza outras 
instituições financeiras) e o CADE – Conselho 
Administrativo de Defesa Econômica (polícia do 
mercado) – ex. autoriza incorporação de empresas
DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 6
PESSOAS JURÍDICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ÓRGÃO PÚBLICO
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Objetivos da aula 6:
• Adquirir uma visão estrutural das pessoas jurídicas no 
âmbito da Administração Pública 
• Compreender as teorias da relação entre Estado-
Administração, agentes públicos e sociedade 
• Entender o conceito de órgão público e sua relevância na 
atividade administrativa 
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Concepções para a Administração Pública
Sentido Formal/Subjetivo/Orgânico – Entes definidos em lei, independente da
função exercida, com os órgãos e agentes. (CF + Dec 200/67) – CRITÉRIO ADOTADO
NO BRASIL
Em sentido Material/Objetivo/Funcional – Atividade Administrativa (é valorado o 
critério, a função. Se um particular estiver fazendo alguma atividade 
administrativa, será considerado como parte da administração)
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Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Emprêsas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.
Criadas/autorizadas por LEI específica –
também conhecidas por administração 
descentralizada ou entidades 
administrativas 
Também chamado de 
empresas estatais
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A administração pública direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas
federativas (entes políticos ou administração centralizada – União, Estados, Distrito
Federal e Municípios), aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de
forma centralizada, das atividades administrativas do Estado.
• Pessoa Jurídico de Direito Público (atua com superioridade perante o particular)
Tem capacidade processual e patrimônio próprio
• Possuem autonomia Política (capacidade de criar normas), autonomia financeira e
autonomia administrativa.
• Tripartição do poderes (U, E e DF)
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Característica comum à Administração Direta
• Responsabilidade civil – Objetiva
• Regime de pessoal – Estatuto
• Imunidade Tributária Recíproca
• Bens Públicos – Proteção Especial (impenhorabilidade)
• Débitos Judiciais – Precatórios
• Prerrogativas Processuais em Juízo (prazo em dobro)
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A Administração Direta é composta de órgãos que estão diretamente ligados ao
chefe do Poder Executivo. Assim, temos como exemplos os ministérios, secretarias,
coordenadorias e departamentos. Esses órgãos não possuem personalidade jurídica
própria, o que significa que eles não têm um número de CNPJ.
Normalmente atuam em políticas públicas de caráter essencialmente de Estado,
como: Segurança, Saúde, Previdência, Educação e outras múltiplas funções
administrativas atribuídas ao Poder Público em geral.
Os servidores públicos lotados na Administração direta são selecionados por meio
de concurso público e possuem vínculo estatutário junto ao Estado, o que significa
que não são contratados sob as regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), e
sim de acordo com estatuto próprio. Eles ocupam cargos públicos criados por lei.
https://www.politize.com.br/politicas-publicas-o-que-sao/
https://www.politize.com.br/saude-municipio-qual-a-responsabilidade/
https://www.politize.com.br/reforma-da-previdencia-entenda-os-principais-pontos/
https://www.politize.com.br/educacao-no-municipio/
https://www.politize.com.br/clt-o-que-e/
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ÓRGÃOS DO GOVERNO FEDERAL
• Advocacia-Geral da União
• Banco Centraldo BrasilCasa Civil
• Controladoria-Geral da União
• Gabinete de Segurança Institucional
• Ministérios
• Planalto
• Secretaria de Governo
• Secretaria-Geral
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Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente 
ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e 
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar 
que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de 
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da 
União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre 
cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada.
§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que 
trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e 
títulos.
Requisitos: Diploma, 
devidamente registrado, 
de conclusão de curso de 
graduação de nível 
superior em Direito, 
fornecido por instituição 
de ensino superior 
reconhecida pelo 
Ministério da Educação, e 
registro de inscrição na 
Ordem dos Advogados do 
Brasil.
Salário R$21.000,00 a 
R$27.000,00 + Honorários 
R$11.000,00
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Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Provas: CESPE -
2015 - STJ
A respeito da administração pública direta e indireta e de 
atos administrativos, julgue o item a seguir.
É defesa aos Poderes Judiciário e Legislativo a criação 
de entidades da administração indireta, como autarquias 
e fundações públicas.
Certo
Errado 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/stj
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Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Provas: CESPE -
2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa
Com relação à administração direta e indireta, centralizada e descentralizada,
julgue o item a seguir.
Administração direta remete à ideia de administração centralizada, ao passo
que administração indireta se relaciona à noção de administração
descentralizada.
Certo
Errado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-1-regiao
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa
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Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TC-DF Prova: CESPE / 
CEBRASPE - 2014
A respeito da organização administrativa, julgue os próximos itens.
Os municípios, assim como os estados-membros, poderão ter sua 
administração indireta, em razão da autonomia a eles conferida 
pela CF.
Certo 
Errado
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Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SUFRAMA
A respeito do direito administrativo, julgue o item subsecutivo.
A inexistência de um Poder Judiciário próprio reflete a ausência de 
autonomia dos municípios, tendo em vista que o modelo de 
Estado Federal adotado pelo Brasil é embasado na autonomia da 
União e dos estados-membros.
Certo 
Errado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/suframa
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Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STF Prova: CESPE - 2013 - STF 
- Técnico Judiciário - Área Administrativa
Julgue os itens a seguir, relativos à administração direta e indireta.
A administração direta é constituída pelo conjunto de órgãos e entidades 
administrativas submetidos a regime de direito público para os quais foi 
atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das 
atividades administrativas do Estado.
Certo
Errado 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/stf
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-stf-tecnico-judiciario-area-administrativa
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Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RR Prova: CESPE -
2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário
Acerca da administração direta e indireta, julgue os itens 
subsequentes.
A administração direta compreende os órgãos e as pessoas 
jurídicas de direito público que prestam serviços típicos do Estado; 
no âmbito federal, integram a administração direta os ministérios 
e as autarquias.
Certo
Errado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-rr
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2012-tj-rr-tecnico-judiciario
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Órgãos Públicos - São distribuições internas das competências de uma pessoa jurídica da Administração 
Direta ou Indireta, despersonalizados juridicamente e compostos de agentes e competências
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Principais Características dos órgãos públicos
• Não tem capacidade processual* (órgãos independentes/ autonônomos)
• Não possui patrimônio próprio
• Produto da desconcentração adm
• Criação e extinção – lei
• São hierarquizados
• Podem celebrar contratos de gestão (convênios)
Teoria do órgão ou da imputação
A pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio de seus órgãos.]Os atos 
praticados pelo órgão são imputados à PJ que integram
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Independente – mais alta hierarquia, não estão subordinados a nenhum outro órgão. 
Ex: Presidência da República; CD/SF; Tribunais
Autônomo – subordinados aos independentes, possuem ampla autonomia Adm, 
Financeira e Técnica. Exercem atribuições de Direção / Supervisão. Ex. Ministérios de 
Estado e Secretarias Estaduais 
Superior – autonomia 
reduzida, apenas técnico
Subalterno – mera 
execução, baixo poder 
decisório
Posição 
Estatal 
dosórgãos
Art. 37 § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira
dos órgãos e entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto
a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
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Quanto a Estrutura do órgão
• Simples (unitário)
Um único centro de competências;
Não se subdivide em outros órgãos
Ex: Presidência da República
• Composto
Divide-se em diversos outros órgãos
Ex. Ministérios
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Quanto a atuação funcional
• Singular (unipessoal)
Decisões tamadas por um agente
Ex: Presidência da República
• Colegiado
Decisões tomadas por um grupo de agentes
Ex. CD/SF/Tribunais
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CENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Criação de entidades administrativas pela Adm Direta 
(não há subordinação mas sim vinculação entre elas com 
um controle finalístico e supervisão – Tutela Adm), para 
auxiliar na prestação do serviço.
DESCONCENTRAÇÃO
Administração Direta
• Realizar serviço;
• Exercer poder de 
polícia;
• Intervir na 
propriedade, e;
• Realizar atividade 
de fomento
U, E, DF e M – todos 
com personalidade 
jurídica de direito 
público
Administração Indireta
• Autarquia
(Agências Reguladora/ 
executivas e 
consórcios públicos*)
• Fundações Públicas de 
Dir. Público tem 
natureza de autarquia
Pessoa Jurídica de 
Direito Público
Outorga de Serv. Pub ou 
Ativ. Adm: Transferência 
da titularidade e 
execução do serviço por 
meio de Lei
Pessoa Jurídica de Direito 
Privado (explora atividade 
econômica)
Delegação: apenas a execução 
do serviço público. Ocorre por 
meio de contrato administrativo
• Fundação Públicas de 
Direito Privado
• Sociedade de Economia 
Mista
• Empresas Públicas
Órgãos (Subordinados/ 
Hierarquia com relação ao 
ente que o criou.
Não são dotados de 
personalidade Jurídica nem 
capacidade processual.
Contudo, alguns podem ser 
autores (MP e DP).
Súmula 525 – STJ
A Câmara de Vereadores não 
possui personalidade jurídica, 
apenas personalidade judiciária, 
somente podendo demandar em 
juízo para defender os seus 
direitos institucionais
CONCENTRAÇÃO* - extinção 
ou fusão de órgãos públicos
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Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: Caixa Prova: CESGRANRIO - 2012 -
Caixa - Advogado
A técnica de organização e distribuição interna de competências entre 
vários órgãos despersonalizados dentro de uma mesma pessoa jurídica e 
que tem por base a hierarquia denomina-se
A descentralização
B desconcentração
C outorga
D delegação
E coordenação
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Objetivos da aula 6:
• Adquirir uma visão estrutural das pessoas jurídicas no 
âmbito da Administração Pública 
• Compreender as teorias da relação entre Estado-
Administração, agentes públicos e sociedade 
• Entender o conceito de órgão público e sua relevância na 
atividade administrativa 
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 7
AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS
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Objetivos da aula 7:
• Analisar a organização administrativa a partir dos 
fenômenos da centralização, desconcentração e 
descentralização 
• Entender o funcionamento das autarquias públicas a 
partir de seu conceito, natureza e peculiaridades
• Entender o funcionamento das fundações públicas a 
partir de seu conceito, natureza e peculiaridades 
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Autarquias
Dec Lei 200/67
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da Administração Pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.
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Autarquias
Pessoa Jurídica de Direito Público (se vincula ao art. 37 e demais princípios que 
regem a adm. Pública – Prerrogativas e sujeições da Adm Direta – contudo não 
tem capacidade política*)
Criada / Extinta por Lei ordinária – específica – de iniciativa do chefe do 
executivo Art. 37 XIX CF (Ex: Lei Complementar nº 1.187/2012 – JUCESP - Lei 
16.877/18)
Art. 37 inc XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação;
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Autarquias
• Regime Jurídico de Pessoal - Concurso – Estatutário (os agentes públicos ocupam cargos 
públicos) 
• Regime de Bens – Públicos Art 98 - 103 CC (Impenhoráveis – não pode ser dado em 
garantia em processo de execução; Inalienável – enquanto prestar serviço público, 
podendo ser vendido por licitação após sua finalidade; Imprescritível – não pode ser 
sujeitos a usocapião (transformar a posse em domínio). 
• Se causar dano, ela mesmo responde pois possui personalidade jurídica (eventualmente 
o ente federado criador pode ser chamado de forma subsidiária – se a autarquia não 
possuir condições patrimoniais e orçamentárias de indenizar a integralidade do valor.)
• Responsabilidade objetiva – art. 37 §6º - basta se provar o nexo causal, não há que se 
provar dolo ou culpa.
• Prerrogativas – Prazo em dobro para recorrer e contestar; imunidade tributária (art. 150 
§2º).
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Autarquias
São dotadas de autonomia gerencial, orçamentária e patrimonial (não estão 
subordinadas hierarquicamente à Administração Pública Direta, mas sofrem 
um controle finalístico chamado de supervisão ou tutela ministerial)
Não exercem atividade econômica – prestam serviços públicos, exercem o 
poder de polícia e promovem o fomento.
Seus atos são administrativos, dotados portanto de presunção de 
legitimidade, exigibilidade, imperatividade e autoexecutoriedade.
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Autarquias
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As Agências Reguladoras, criadas como autarquias especiais pelo Poder 
Legislativo (CF, art. 37, XIX), recebem da lei que as instituem uma delegação 
para exercer seu poder normativo de regulação, competindo ao Congresso 
Nacional a fixação das finalidades, dos objetivos básicos e da estrutura das 
Agências, bem como a fiscalização de suas atividades. As Agências Reguladoras 
não poderão, no exercício de seu poder normativo, inovar primariamente a 
ordem jurídica sem expressa delegação, tampouco regulamentar matéria para a 
qual inexista um prévio conceito genérico em sua lei instituidora (standards), ou 
criar ou aplicar sanções não previstas em lei, pois, assim como todos os 
Poderes, Instituições e órgãos do poder público, estão submetidas ao princípio 
da legalidade (CF, art. 37, caput). EX: ANP – ADI 7031 (16/08/22)
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Jurisprudência do STF
O Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas] não corresponde à noção constitucional de 
autarquia, que, para começar, há de ser criada por lei específica (CF, art. 37, XIX) e não na forma de sociedade civil, 
com personalidade de direito privado, como é o caso do recorrido. Por isso, o disposto no art. 20, c, da Lei 4.717/1965, 
Lei de Ação Popular (LAP), para não se chocar com a Constituição, há de ter o seu alcance reduzido: não transforma em 
autarquia as entidades de direito privado que recebam e apliquem contribuições parafiscais, mas, simplesmente, as 
inclui no rol daquelas – como todas as enumeradas no art. 1º da LAP – à proteção de cujo patrimônio se predispõe a 
ação popular.
[RE 366.168] 
Lei 4.717/65
Art. 20. Para os fins desta lei, consideram-se entidades autárquicas:
...
c) as entidades de direito público ou privado a que a lei tiver atribuído competência para receber e aplicar
contribuições parafiscais.
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Lei 4.717/65
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração 
de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, 
dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista 
(Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União 
represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais 
autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro 
público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio 
ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito 
Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades 
subvencionadas pelos cofres públicos.
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A OAB, por ter sido considerada “única” e “especial” pelo Supremo, apesar de ser um 
conselho de fiscalização de profissão, não precisa ter suas contas controladas pelo 
Tribunal de Contas da União ou fazer concurso para contratação de pessoal. A OAB 
pode, por exemplo, contratar funcionários sob o regime da Consolidação das Leis do 
Trabalho. Além disso, a entidade tem prerrogativas somente aplicáveis a entes públicos, 
como imunidade tributária e sujeição a competência da Justiça Federal, embora não se 
enquadre, segundo o entendimento do STF, em nenhuma hipótese do artigo 109 da 
Constituição.
De acordo com o entendimento do STF na ADI 3.026/DF, a atribuição de regime peculiar 
à OAB decorreria de as atividades da entidade não se restringirem à esfera corporativa, 
mas alcançarem feição institucional. Conforme a Constituição, o Conselho Federal da 
OAB tem, por exemplo, legitimidade para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade 
perante o STF.
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Considere a Administração Indireta. A pessoa jurídica de direito 
público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, 
para o desempenho de serviço público descentralizado, 
mediante controle administrativo exercido nos limites da lei, é:
Alternativas
A Sociedade de Economia Mista. 
B Empresa Pública.
C Órgão Público.
D Autarquia.
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Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica 
de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de 
autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades 
que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito 
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido 
pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado 
por recursos da União e de outras fontes.
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Fundações Públicas – Presta serviço público sem finalidade lucrativa 
(sociais/pesquisa/educação)
Fundação pública X Privada – é a personificação jurídica de um patrimônio (destina bens 
(1º) para criar uma pessoa jurídica(2º))
Essencialmente, se diferem pela origem dos bens, se são privados, fundação Privada (dir. 
Civil) e, se públicos, fundação pública.
A fundação pública pode seguir dois regimes jurídicos (pode ser regido pelo Direito Privado 
– fundação governamental ou Direito Público – fundação autárquica (IBGE), neste caso, 
possui as mesmas características de uma autarquia. Assim, fundação pública de direito 
público e autarquias se equivalem).
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia (leia-se também, Fundação Pública de direito 
público) e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, 
cabendo à lei complementar, neste último caso,definir as áreas de sua atuação;
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Fundações Públicas de direito privado
Fundação governamental – Pessoa Jurídica de Direito Privado - Autorizada por lei
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação (leia-se fundação pública de direito privado), cabendo à lei complementar, neste último 
caso, definir as áreas de sua atuação;
Autorização + Registro dos Atos Constitutivos (Cartório de Pessoas Jurídicas – não tem fins lucrativos)
Regime Pessoal – Concurso + Celetista (empregado público sem estabilidade)
Regime de Bens – Privados (mas os bens usados na prestação do serviço, serão públicos – impenhoráveis, inalienável e 
imprescritível)
Lei complementar define a área de atuação para a Fundação atuar.
Portanto, três fases. 1º Lei ordinária, específica de iniciativa do executivo para autorizar; 2º Registro; 3º LC definindo 
atuação
Responsabilidade civil objetiva – 37 § 6º
Não possui as prerrogativas da administração porque são regidos pelo Direito Privado
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Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Florianópolis - SC Prova: FEPESE - 2022 - Prefeitura de Florianópolis - SC -
Procurador Municipal - Edital nº 001
Analise as afirmativas abaixo a respeito das autarquias:
1. São pessoas jurídicas de direito público externo.
2. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil é entidade sui generis; um 
serviço público independente, destituído de natureza autárquica.
3. Pertencem à administração pública indireta, criadas mediante autorização de lei, para o exercício de atividades 
administrativas atípicas.
4. São imunes a impostos, quando instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos 
serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
Alternativas
A É correta apenas a afirmativa 4.
B São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
C São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
D São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
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MARGATO
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Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-GO Prova: FGV - 2022 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto
O Estado Beta editou legislação que (i) define a saúde pública como área de atuação passível de exercício por fundação 
pública de direito privado; (ii) autoriza a instituição de fundações públicas de direito privado destinadas à prestação de 
serviços de saúde (hospitais e institutos de saúde); e (iii) atribui a essas entidades autonomia gerencial, orçamentária e 
financeira, além de estabelecer o regime celetista para contratação de seus funcionários.
No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a mencionada legislação estadual é:
Alternativas
A inconstitucional, haja vista que essas fundações públicas de direito privado não podem prestar serviços de saúde, 
sendo certo que tais fundações são veladas pelo Ministério Público Estadual;
B constitucional, e essas fundações públicas de direito privado fazem jus à isenção das custas processuais e integram a 
Administração Pública indireta, mas não estão sujeitas ao controle finalístico pela Secretaria Estadual de Saúde;
C inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime jurídico estatutário para seus servidores por se tratar de 
fundações públicas, gozando essas entidades das prerrogativas processuais, como isenção de custas;
D constitucional, e essas fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção das custas processuais, mas 
integram a Administração Pública indireta e estão sujeitas ao controle financeiro e orçamentário realizado pelo Tribunal 
de Contas;
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STF – ADI 191 “ A distinção entre fundações 
públicas e privadas decorre da forma como 
foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico 
a que se submetem, da titularidade de poderes e 
também da natureza dos serviço por elas 
prestados.
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O Poder é único e 
indivisível e para seu 
exercício era conveniente 
estabelecer uma divisão de 
competências entre os três 
órgãos diferentes do 
Estado.
Acentuou mais o 
equilíbrio do que a 
separação dos 
poderes
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Objetivos da aula 7:
• Analisar a organização administrativa a partir dos 
fenômenos da centralização, desconcentração e 
descentralização 
• Entender o funcionamento das autarquias públicas a 
partir de seu conceito, natureza e peculiaridades
• Entender o funcionamento das fundações públicas a 
partir de seu conceito, natureza e peculiaridades 
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 8
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
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Objetivos da aula 8:
• Entender o funcionamento das empresas públicas a 
partir de seu conceito, natureza e peculiaridades 
• Entender o funcionamento das sociedades de economia 
mista a partir de seu conceito, natureza e peculiaridades
• Conhecer outras entidades ligadas à Administração 
Pública
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Sociedade de Economia Mista 
(S/A – 51% do capital pertence ao Governo e 49 % ao privado)
Empresa estatal – Pessoa Jurídica de Direito Privado
explora atividade econômica sob a forma de sociedade anônima, cujas 
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade 
da Administração Indireta. 
(Produção de Bens e Serviços – Ex: Petrobras e Banco do Brasil)
O Estado Busca lucro mas é exceção.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração 
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurançanacional ou a relevante interesse 
coletivo, conforme definidos em lei.
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Sociedade de Economia Mista 
Lei 13.303/16
Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias.
§ 1º A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista dependerá de prévia
autorização legal que indique, de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança
nacional, nos termos do caput do art. 173 da Constituição Federal .
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto 
pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da 
administração indireta.
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as responsabilidades 
do acionista controlador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , e deverá exercer o 
poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse público que justificou sua criação.
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na Comissão de 
Valores Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976 .
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Sociedade de Economia Mista 
(S/A – 51% do capital pertence ao Governo e 49 % ao privado)
Empresa estatal – Pessoa Jurídica de Direito Privado
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração 
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo, conforme definidos em lei.
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Sociedade de Economia Mista
Art. 173 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção 
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
Art. 37
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas
em empresa privada;
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ADI 1649/04 – É dispensável a autorização 
legislativa para a criação de empresas 
subsidiárias desde que haja previsão para esse 
fim na própria lei que institui empresa de 
economia mista matriz, tendo em vista que a lei 
criadora é a própria medida autorizadora
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Sociedade de Economia Mista
Art. 173
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos 
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Lembrar que se 
sujeitam ao Art. 37)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os 
princípios da administração pública; 
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a 
participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. 
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Sociedade de Economia Mista
Art. 173
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, 
estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua 
natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a 
economia popular.
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Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS -
Auditor do Estado - Bloco II
Assinale a opção que apresenta característica comum às sociedades de economia mista 
e às empresas públicas.
A Estão sujeitas ao regime de precatórios, como regra.
B Não gozam de privilégios fiscais não extensíveis ao setor privado.
C Não precisam realizar procedimento licitatório, a fim de viabilizar a atuação no 
mercado competitivo.
D São criadas por lei.
E Não estão sujeitas à fiscalização dos tribunais de contas.
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Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS -
Auditor do Estado - Bloco II
Assinale a opção que apresenta característica comum às sociedades de economia mista 
e às empresas públicas.
A Estão sujeitas ao regime de precatórios, como regra.
B Não gozam de privilégios fiscais não extensíveis ao setor privado.
C Não precisam realizar procedimento licitatório, a fim de viabilizar a atuação no 
mercado competitivo.
D São criadas por lei.
E Não estão sujeitas à fiscalização dos tribunais de contas.
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Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR -
Juiz Substituto
As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração pública 
são:
A investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de 
interesse público, a partir da descentralização de poderes.
B passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta.
C criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de 
autorização legislativa.
D instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências 
administrativas.
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Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR -
Juiz Substituto
As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração pública 
são:
A investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de 
interesse público, a partir da descentralização de poderes.
B passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta.
C criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de 
autorização legislativa.
D instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências 
administrativas.
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Lei 13.303/16 – Empresa Pública (admite qualquer forma societária admitida em lei)
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é
integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios. Ex. Caixa Econômica
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade
da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da
empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno,
bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
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Nas empresas públicas e sociedades de economia mista
• Contratação por concurso público
SÚMULA 390 DO TST
ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. 
APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no 
art. 41 da CF/1988. 
II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em 
concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
• Impossibilidade de acumulação de cargos
• Submissão ao teto remuneratório, exeto os empregados das 
empresas estatais não dependentes do orçamento 
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CF - Art. 37, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes 
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do 
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder 
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, 
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas 
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para 
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
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Exercício.
Veja a Lei Orgânica do Distrito Federal.
Art. 19. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos poderes do Distrito Federal obedece aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, motivação, participação popular, transparência, eficiência e
interesse público, e também ao seguinte:
X – para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República Federativa do Brasil, fica estabelecido que a remuneração e 
o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos, dos membros de qualquer dos Poderes e dos demais 
agentes políticos do Distrito Federal, bem como os proventos de aposentadorias e pensões, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei, não se 
aplicando o disposto neste inciso aos subsídios dos Deputados Distritais;
§ 5º O disposto no inciso X aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que 
receberem recursos do Distrito Federal para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
§ 5º Aplica-se o disposto no inciso X a todas as empresas públicas e às sociedades de economia mista distritais, e suas 
subsidiárias. (emenda nº 99/17)
ADI nº6.584 – 24/05/21
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Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGM de João Pessoa - PB 
Prova: CESPE - 2018 - CGM de João Pessoa - PB - Técnico Municipal de 
Controle Interno - Geral
Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada e 
descentralizada, julgue o item a seguir.
A empresa pública, entidade da administração indireta, possui 
personalidade jurídica de direito público.
Certo
Errado
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Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGM de João Pessoa - PB 
Prova: CESPE - 2018 - CGM de João Pessoa - PB - Técnico Municipal de 
Controle Interno - Geral
Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada e 
descentralizada, julgue o item a seguir.
A empresa pública, entidade da administração indireta, possui 
personalidade jurídica de direito público.
Certo
Errado

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