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DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 1 – NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 5º Inciso XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Lei 8.906/1994 Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV - aprovação em Exame de Ordem. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br EXAME DE ORDEM FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 1ª Fase Direito Administrativo (6 questões), Direito Civil (7), Direito Processual Civil (7), Direito Constitucional (7), Direito Empresarial (5), Código de Ética e Estatuto da OAB (8), Direito Penal (6), Direito Processual Penal (6), Direito do Trabalho (6), Direito Processual do Trabalho (5), Direito Tributário (5), Direito Ambiental (2), Direito do Consumidor (2), Estatuto da Criança e do Adolescente (2), Direito Internacional (2), Direitos Humanos (2) e Filosofia do Direito (2) 2 ª Fase Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito Empresarial, Direito Penal, Direito do Trabalho ou Direito Tributário. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br XXXIII 2021.2 EXAME DE ORDEM FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Plano de ensino 1. NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA • Origem do Direito Administrativo. • Estado: estrutura e poderes. • Fontes do Direito Administrativo 2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: REGIME JURÍDICO E INTERESSE PÚBLICO • Regime jurídico • Princípio do interesse público 3. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS • Princípios explícitos do Direito Administrativo • Princípios implícitos do Direito Administrativo 4. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: REGULAMENTAR, HIERÁRQUICO E DISCIPLINAR • Uso e abuso do poder • Poder regulamentar • Poderes hierárquico e disciplina FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Plano de ensino 5. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: POLÍCIA ADMINISTRATIVA • Conceito de polícia administrativa • Características da polícia administrativa 6. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: PESSOAS JURÍDICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ÓRGÃO PÚBLICO • Pessoas jurídicas na Administração Pública • Órgão público 7. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS • Organização administrativa • Autarquias • Fundações públicas 8. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: EMPRESAS PÚBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E OUTROS • Empresas públicas • Sociedades de economia mista • Outras pessoas vinculadas à Administração Pública FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Plano de ensino 9. AGENTES PÚBLICOS: CLASSIFICAÇÃO E ACESSO A CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES • Classificação dos agentes públicos • Acesso a cargos, empregos e funções 10. AGENTES PÚBLICOS: DISCIPLINA CONSTITUCIONAL • Ingresso no quadro de servidores • Sistema constitucional de remuneração • Regras constitucionais sobre agentes públicos 11. AGENTES PÚBLICOS: DISCIPLINA LEGAL E RESPONSABILIDADE • Lei n. 8.112/1990 • Responsabilidade dos agentes públicos 12. ATO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, REQUISITOS E ATRIBUTOS • Conceito • Fato e atos administrativos • Requisitos e atributos FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Plano de ensino 13. ATO ADMINISTRATIVO: CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES • Classificação dos atos administrativos • Espécies de atos administrativos 14. ATO ADMINISTRATIVO: EXTINÇÃ O (INVALIDAÇÃO E REVOGAÇÃO) • Extinção do ato administrativo • Invalidação e revogação 15. PROCESSO E PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO • Conceitos de processo e procedimento administrativo. • Meios investigatórios preliminares ao processo administrativo disciplinar 16. PROCESSO E PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO • Princípios que regem o processo administrativo; • Fases do processo administrativo. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS • FILHO, CARVALHO, José Santos. Manual de Direito Administrativo, 32ª edição. Atlas, 02/2018. [Minha Biblioteca]. • GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo 17ª edição. Saraiva, 11/2011. [Minha Biblioteca]. • PIETRO, DI, Maria Zanella. Direito Administrativo 31ª edição. Forense, 02/2018. [Minha Biblioteca]. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Oficial da PMESP (1998-2022) Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública/CAES - 2019Mestre em Direito pelas FMU - 2015 Pós-graduado em Direito Constitucional pela UNISUL - 2007 Graduado em Direito pela Universidade São Francisco - 2003 Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública – 2001 Professor de Inteligência Policial – Pós-graduação stricto sensu CAES/PMESP – 2020/2022 Professor de Direito Constitucional / Direitos Humanos na APMBB / Polícia Comparada(2016-2022) Professor de Direito Constitucional, Ciência Política e Direito Administrativo no curso de Graduação em Direito da FMU (2015-2022) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula: • Compreender a origem do Direito Administrativo. • Entender o Estado e suas estruturas de competência. • Entender os poderes e suas funções. • Definir o Direito Administrativo. • Identificar as fontes do Direito Administrativo. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula: • Compreender a origem do Direito Administrativo. • Entender o Estado e suas estruturas de competência. • Entender os poderes e suas funções. • Definir o Direito Administrativo. • Identificar as fontes do Direito Administrativo. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Maquiavel • Cria a teoria de como se constitui o Estado Moderno (principados e Republicas) • Política separada da religião • O Estado segue suas próprias leis. • As coisas como elas são, a realidade política e social como ela é, são a verdade efetiva FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Le roi ne peaut mal faire (O rei não pode errar) Quod regi placuit lex est (O que agradou ao rei é a lei) DIREITO ILIMITADO PARA ADMINSTRAR FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Celso Antônio Bandeira de Mello “o Direito Administrativo nasce com o Estado de Direito. Nada semelhante àquilo que chamamos de Direito Administrativo existia no período histórico que precede a submissão do Estado à ordem jurídica. Antes disso, nas relações entre o Poder, encarnado na pessoa do soberano, e os membros da sociedade, então súditos – e não cidadãos –, vigoravam ideias que bem se sintetizam em certas máximas clássicas, de todos conhecidas, quais as de que quod principi placuit leges habet vigorem: ‘o que agrada ao príncipe tem vigor de lei’. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO O Direito Administrativo, como ramo autônomo, nasceu em fins do século XVIII e início do século XIX, o que não significa que inexistissem anteriormente normas administrativas. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Declaração de Direitos do Homem e do cidadão Art. 16.º “Toute Société dans laquelle la garantie des Droits n’est pasassurée, ni la séparation des Pouvoirs déterminée, n’a point de Constitution” FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Contribuição do Direito Francês O apego ao princípio da separação de poderes e a desconfiança em relação aos juízes do velho regime serviram de fundamento para a criação, na França, da jurisdição administrativa (o contencioso administrativo), ao lado da jurisdição comum, instituindo- se, dessa forma, o sistema da dualidade de jurisdição. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Direito Administrativo - como sistema jurídico de normas e princípios, somente veio a lume com a instituição do Estado de Direito, ou seja, quando o Poder criador do direito passou também a respeitá-lo. Nasce juntamente com os movimentos constitucionalistas. Através do novo sistema, o Estado passava a ter órgãos específicos para o exercício da administração pública e, por via de consequência, foi necessário o desenvolvimento do quadro normativo disciplinador das relações internas da Administração e das relações entre esta e os administrados. “L’État c’est moi” FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA O conteúdo do Direito Administrativo varia no tempo e no espaço, conforme o tipo de Estado adotado. No chamado Estado de Polícia, em que a finalidade é apenas a de assegurar a ordem pública, o objeto do Direito Administrativo é bem menos amplo, porque menor é a interferência estatal no domínio da atividade privada. O Estado do Bem-estar é um Estado mais atuante; ele não se limita a manter a ordem pública, mas desenvolve inúmeras atividades na área da saúde, educação, assistência e previdência social, cultura, sempre com o objetivo de promover o bem-estar coletivo. Nesse caso, o Direito Administrativo amplia o seu conteúdo, porque cresce a máquina estatal e o campo de incidência da burocracia administrativa. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br • Aproveite os próximos 30 minutos e invista um pouco do seu tempo para conhecer o plano de governo de cada um dos três principais candidatos ao Estado de SP para as eleições de 2022. • São propostas do governo para o cidadão. Nestes documento podemos encontrar muito daquilo que é a essência do Direito Administrativo. Atividade de Reconhecimento do Direito Administrativo em Sala de Aula • Observe a preocupação de sujeição plena do Estado em servir o cidadão. • Perceba, pelas propostas as atribuições pretendidas pela máquina administrativa. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br No direito brasileiro, constituem objeto do Direito Administrativo: • Administração Pública, pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, que exercem a função administrativa do Estado; • as entidades do chamado “terceiro setor”, como as organizações sociais, as organizações dasociedade civil de interesse público – OSCIPS; • o regime jurídico administrativo, abrangendo as prerrogativas, privilégios e poderes da Administração; • os vários desdobramentos do poder de polícia e do princípio da função social da propriedade; • os meios de atuação da Administração Pública, abrangendo os atos e contratos administrativos, inclusive o processo da licitação e também os convênios, os termos de parceria, os contratos de gestão e outros instrumentos congêneres; • os bens públicos das várias modalidades e respectivo regime jurídico, inclusive quanto às formas de sua utilização por particulares; • a responsabilidade civil do Estado; • a improbidade administrativa. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Estado - pessoa jurídica de direito público (capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem jurídica). Código Civil Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; III - os Municípios; Constituição Federal Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. RULE OF LAW • Estado de direito com sujeição do próprio Estado as leis por ele criadas (*CD); • Observância de processos justos e legalmente regulados; FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Ano: 2018 Banca: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP Prova: VUNESP - FAPESP - Procurador – 2018 Sobre a origem do Direito Administrativo, é correto afirmar que A) se deu no período que antecedeu a Revolução Francesa, século XVI, época em que a gestão pública era legalmente incondicionada. B) é atribuída à corrente do jusnaturalismo segundo a qual os súditos submetiam-se à lei como resultado da vontade suprema do rei ou monarca. C) adveio da consagração do sistema de dualidade de jurisdição, adotado desde o século XVIII nos países anglo-saxões. D) foi estimulada por autores contratualistas que defenderam a diminuição do arbítrio estatal por meio da submissão do Poder Público à lei como resultado da vontade geral ou da divisão das funções estatais entre diferentes órgãos. E) resultou da adoção de Constituições escritas prevendo o exercício moderado do poder e jurisdição una, conforme o modelo francês produto da revolução. FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Ano: 2018 Banca: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP Prova: VUNESP - FAPESP - Procurador – 2018 Sobre a origem do Direito Administrativo, é correto afirmar que A) se deu no período que antecedeu a Revolução Francesa, século XVI, época em que a gestão pública era legalmente incondicionada. B) é atribuída à corrente do jusnaturalismo segundo a qual os súditos submetiam-se à lei como resultado da vontade suprema do rei ou monarca. C) adveio da consagração do sistema de dualidade de jurisdição, adotado desde o século XVIII nos países anglo-saxões. D) foi estimulada por autores contratualistas que defenderam a diminuição do arbítrio estatal por meio da submissão do Poder Público à lei como resultado da vontade geral ou da divisão das funções estatais entre diferentes órgãos. E) resultou da adoção de Constituições escritas prevendo o exercício moderado do poder e jurisdição una, conforme o modelo francês produto da revolução. FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula: • Compreender a origem do Direito Administrativo. • Entender o Estado e suas estruturas de competência. • Entender os poderes e suas funções. • Definir o Direito Administrativo. • Identificar as fontes do Direito Administrativo. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FEDERALISMO FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Hereditariedade Vitaliciedade Não Representatividade popular Irresponsabilidade dEletividade Temporalidade Representatividade popular Responsabilidade FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br PRESIDENCIALISMO Independência entre os Poderes Chefia Monocrática Mandato por prazo certo Responsabilidade perante o povo PARLAMENTARISMO Interdependência entre os Poderes Chefia dual Mandatos por prazo indeterminado Responsabilidade perante o parlamento FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof.Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula: • Compreender a origem do Direito Administrativo. • Entender o Estado e suas estruturas de competência. • Entender os poderes e suas funções. • Definir o Direito Administrativo. • Identificar as fontes do Direito Administrativo. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula: • Compreender a origem do Direito Administrativo. • Entender o Estado e suas estruturas de competência. • Entender os poderes e suas funções. • Definir o Direito Administrativo. • Identificar as fontes do Direito Administrativo. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO ESTADO – Poderes (decorrente da sua soberania) Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. As funções exercidas pelos poderes (que não são exclusivas) tem caráter político. • Típicas • Atípicas – exemplos: PJ art. 96; PL art. 52; PE art. 62. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Separação dos Poderes O Poder é único e indivisível e para seu exercício era conveniente estabelecer uma divisão de competências entre os três órgãos diferentes do Estado. Acentuou mais o equilíbrio do que a separação dos poderes Constituição do Estado de Sergipe Art. 61. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre: III - organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária; Art. 115. O Conselho Estadual de Justiça é o órgão de controle externo da atividade administrativa e do desempenho dos deveres funcionais do Poder Judiciário e do Ministério Público. Parágrafo único. Lei complementar definirá a organização e funcionamento do Conselho Estadual de Justiça, em cuja composição haverá membros indicados pela Assembleia Legislativa, Poder Judiciário, Ministério Público e Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil” ADI 197/14 FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Separação dos Poderes O Poder é único e indivisível e para seu exercício era conveniente estabelecer uma divisão de competências entre os três órgãos diferentes do Estado. Acentuou mais o equilíbrio do que a separação dos poderes Súmula 649 É inconstitucional a criação, por Constituição Estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros poderes ou entidades. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Separação dos Poderes O Poder é único e indivisível e para seu exercício era conveniente estabelecer uma divisão de competências entre os três órgãos diferentes do Estado. Acentuou mais o equilíbrio do que a separação dos poderes FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Separação dos Poderes O Poder é único e indivisível e para seu exercício era conveniente estabelecer uma divisão de competências entre os três órgãos diferentes do Estado. Acentuou mais o equilíbrio do que a separação dos poderes Executivo - Art. 84 II Legislativo – Art. 51 IV e 52 XIII Judiciário – Art. 99 FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula: • Compreender a origem do Direito Administrativo. • Entender o Estado e suas estruturas de competência. • Entender os poderes e suas funções. • Definir o Direito Administrativo. • Identificar as fontes do Direito Administrativo. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Direito Administrativo - o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devem servir. (José do Santos Carvalho Filho) Direito Administrativo - o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens e meios de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. (Maria Sylvia Zanella Di Pietro) FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Direito Administrativo Emergencial????? FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Direito Administrativo Emergencial????? FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula: • Compreender a origem do Direito Administrativo. • Entender o Estado e suas estruturas de competência. • Entender os poderes e suas funções. • Definir o Direito Administrativo. • Identificar as fontes do Direito Administrativo. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Fontes do Direito Administrativo • Constituição Federal (Art. 37) (Bloco de Constitucionalidade); • Leis (art. 59); • Atos Normativos (resoluções, portarias, instruções, circulares, regimentos, ordens de serviço Art. 84, 87...); • Jurisprudência (súmulas vinculantes) (Art. 102, 103 + 1035; • Doutrina; • Princípios Gerais do Direito. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Fontes do Direito Administrativo Constituição Federal (Bloco de Constitucionalidade); FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATOluis.margato@fmu.br Fontes do Direito Administrativo • Constituição Federal (Art. 37) (Bloco de Constitucionalidade); • Leis (art. 59); • Atos Normativos (resoluções, portarias, instruções, circulares, regimentos, ordens de serviço Art. 84, 87...); • Jurisprudência (súmulas vinculantes) (Art. 102, 103 + 1035); Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo. § 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo. § 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. § 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; (§8º) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Fontes do Direito Administrativo • Constituição Federal (Art. 37) (Bloco de Constitucionalidade); • Leis (art. 59); • Atos Normativos (resoluções, portarias, instruções, circulares, regimentos, ordens de serviço Art. 84, 87...); • Jurisprudência (súmulas vinculantes) (Art. 102, 103 + 1035); • Doutrina; • *Costume não é fonte relevante do Dir. Adm (Maria Sylvia) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Fontes do Direito Administrativo • Princípios Gerais do Direito. Os princípios desempenham papel relevante na interpretação das leis e na busca do equilíbrio entre as prerrogativas do poder público e os direitos do cidadão. Princípios como os da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da vedação de enriquecimento ilícito, da igualdade dos administrados diante dos serviços públicos e dos encargos sociais, da proporcionalidade dos meios aos fins, da segurança jurídica, constituem garantias fundamentais, inerentes à liberdade e segurança da pessoa humana. Princípios como o da continuidade do serviço público, da mutabilidade dos contratos, da executoriedade das decisões administrativas, da autotutela, são essenciais para assegurar a posição de supremacia da Administração Pública em benefício do interesse público. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Fontes do Direito Administrativo • Princípios Gerais do Direito. HC – 124.306 - a interrupção da gravidez até o terceiro mês de gestação não pode ser equiparada ao aborto Justificativas. Barroso destacou que em países desenvolvidos e democráticos, como Estados Unidos, Portugal, França, Itália, Canadá e Alemanha, a interrupção da gravidez no primeiro trimestre não é considerada crime. “É dominante no mundo democrático e desenvolvido a percepção de que a criminalização da interrupção voluntária da gestação atinge gravemente diversos direitos fundamentais da mulher, com reflexos visíveis sobre a dignidade humana”, ressaltou. “Durante esse período (da gravidez), o córtex cerebral – que permite que o feto desenvolva sentimentos e racionalidade – ainda não foi formado nem há qualquer potencialidade de vida fora do útero materno.” O ministro do Supremo ainda elencou uma série de direitos fundamentais que seriam incompatíveis com a criminalização do aborto até o terceiro mês de gestação: os direitos sexuais e reprodutivos da mulher; a integridade física e psíquica da gestante; e a igualdade da mulher, “já que homens não engravidam e, portanto, a equiparação plena de gênero depende de se respeitar a vontade da mulher nessa matéria”. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Contraditório - prática FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 1: • Compreender a origem do Direito Administrativo. • Entender o Estado e suas estruturas de competência. • Entender os poderes e suas funções. • Definir o Direito Administrativo. • Identificar as fontes do Direito Administrativo. FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 2 FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 2: • Analisar a diferença entre o regime jurídico de Direito Privado e o regime jurídico administrativo • Compreender a doutrina tradicional da supremacia do interesse público • Compreender a doutrina contemporânea de crítica à supremacia do interesse público FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br REGIME JURÍDICO Regime Jurídico – Determinado conjunto de normas e princípios jurídicos* (tem peso de norma – Abstrato e Genérico e as leis devem se adequar aos princípios) que irão reger com exclusividade uma determinada relação jurídica. Princípios são regras gerais que a doutrina identifica como condensadoras dos valores fundamentais de um sistema. Para Celso Antônio Bandeira de Mello, princípio é mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo de critério para exata compreensão e inteligência delas, exatamente porque define a lógica e a racionalidade do sistema normativo, conferindo-lhes a tônica que lhe dá sentido harmônico”. E completa: “violar um princípio é muito mais grave do que violar uma norma. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio violado, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais *Princípios de Direitos Fundamentais são suprapositivos FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Regime Administrativo – é o conjunto de normas e princípios especiais e próprios da administração de direito público que só pode ser empregado para o atendimento de interesses públicos e coletivos. Desse regime, decorrem dois grandes princípios que implicam em prerrogativas e sujeições FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATOluis.margato@fmu.br A supremacia do interesse público sobre o privado, também chamada simplesmente de princípio do interesse público ou da finalidade pública implica em afirmar que os interesses da coletividade são mais importantes que os interesses individuais, razão pela qual a Administração, como defensora dos interesses públicos, recebe da lei poderes especiais não extensivos aos particulares. A outorga dos citados poderes projeta a Administração Pública a uma posição de superioridade diante do particular. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Regime Jurídico Administrativo • Direito Público. Implica em prerrogativas e sujeições da Administração Pública Exemplo – Autoexecutoriedade / desapropriação / impossibilidade de perda de bens por usucapião (imprescritibilidade dos bens públicos) / presunção de legitimidade dos atos administrativos / Poder de Polícia Princípio da supremacia do interesse público FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br O princípio da indisponibilidade do interesse público enuncia que os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido. Assim, no exercício da função administrativa os agentes públicos estão obrigados a atuar, não segundo sua própria vontade, mas do modo determinado pela legislação. Como decorrência dessa indisponibilidade, não se admite tampouco que os agentes renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que transacionem em juízo. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Regime Jurídico Administrativo • Direito Público. Implica em prerrogativas e sujeições da Administração Pública Exemplo – Concursos públicos / licitações Princípio da indisponibilidade do interesse público O Cebraspe confirmou o número de candidatos inscritos no concurso PF 2021 (Polícia Federal). Para delegado são 27.751 candidatos para 123 vagas (225,6 candidatos/vaga) salário: R$ 23.692,74 FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2006 Banca: ESAF Órgão: CGU Prova: ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que: A) a Administração prescinde de justificar seus atos. B) ao administrador é lícito fazer o que a lei não proíbe. C) os interesses públicos e privados são eqüitativos entre si. D) são inalienáveis os direitos concernentes ao interesse público. E) são insusceptíveis de controle jurisdicional, os atos administrativos. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2006 Banca: ESAF Órgão: CGU Prova: ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que A) a Administração prescinde de justificar seus atos. B) ao administrador é lícito fazer o que a lei não proíbe. C) os interesses públicos e privados são eqüitativos entre si. D) são inalienáveis os direitos concernentes ao interesse público. E) são insusceptíveis de controle jurisdicional, os atos administrativos. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Crítica ao Princípio da Supremacia do Interesse Público Nos últimos anos a supremacia do interesse público sobre o privado deixou de ser uma unanimidade entre os estudiosos pelos seguintes argumentos: a) a fluidez conceitual da noção de “interesse público” favorece arbitrariedades ofensivas à democracia e aos valores fundamentais; (ou interesses privados daqueles que controlam o Estado? - Eros Grau) b) a ideia de supremacia do interesse público desconsidera a relevância atribuída pela Constituição a todo o conjunto de direitos fundamentais; c) interesse público e interesse privado não são antagônicos, mas pressupõem-se mutuamente; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Crítica ao Princípio da Supremacia do Interesse Público “Como se pode falar de bem comum quando frequentemente poderosos interesses particulares se fazem presentes no Estado? Por que o governo do interesse público não age no interesse da maioria?” A premissa de uma perspectiva materialista precisa admitir que o Estado não é propriamente uma estrutura ou organização levantada conscientemente pelas pessoas a partir de objetivos claramente delimitados, e, muito menos, trata da “corporificação do bem-estar comum”; é, na verdade, resultado da própria luta de classes incidente sobre os agentes, na “luta pelo subproduto” 1. HIRSCH, Joachim. Teoria materialista do Estado: processos de transformação do sistema capitalista de Estado. Rio de Janeiro: Revan, 2010, p. 9. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Crítica ao Princípio da Supremacia do Interesse Público Descortina-se o argumento liberal, encampado por juristas e pensadores liberais, que separa ficticiamente Estado e sociedade civil, denunciando que essa suposta autonomia estatal tem o objetivo de “encobrir e passar a ideia da incrível falácia de que o estado não participa da vida econômica, dos interesses sociais e dos conflitos de classes”. Não se trata, contudo, de uma visão de imediata supressão do Estado, tão mítica quanto a ideia de atuação estatal para o “bem comum” neutro, mas de edificar um Estado democrático controlado e subordinando à sociedade civil, sobretudo que leve em conta a perspectiva periférica da América Latina, resgatando-se, na posição e Wolkmer, as peculiaridades e a experiência histórica de “povos subdesenvolvidos, dependentes e espoliados que buscam a emancipação, a libertação, a modernização e o amadurecimento democrático”. Esse avanço só poderá ocorrer sob a lógica crítica, na qual se refutam construções abstratas de neutralidade, bem como de “desaparecimento” do caráter repressivo do Estado, pugnando-se por um Estado assentado em bases populares e comprometido com o projeto histórico das maiorias. WOLKMER, Antonio Carlos. Elementos para uma crítica do Estado. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1990, p. 58- 59. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br (2018 – FCC – PGE-TO) Acercadas modernas correntes doutrinárias que buscam repensar o Direito Administrativo no Brasil, Carlos Ari Sundfeld observa: “Embora o livro de referência de Bandeira de Mello continue saindo em edições atualizadas, por volta da metade da década de 1990 começou a perder aos poucos a capacidade de representar as visões do meio – e de influir [...] Ao lado disso, teóricos mais jovens lançaram, com ampla aceitação, uma forte contestação a um dos princípios científicos que, há muitos anos, o autor defendia como fundamental ao Direito Administrativo [...]” (Adaptado de: Direito administrativo para céticos, 2ª ed., p. 53) O princípio mencionado pelo autor e que esteve sob forte debate acadêmico nos últimos anos é o princípio da: A) presunção de legitimidade dos atos administrativos; B) processualidade do Direito Administrativo; C) supremacia do interesse público; D) moralidade administrativa; E) eficiência. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br (2018 – FCC – PGE-TO) Acerca das modernas correntes doutrinárias que buscam repensar o Direito Administrativo no Brasil, Carlos Ari Sundfeld observa: “Embora o livro de referência de Bandeira de Mello continue saindo em edições atualizadas, por volta da metade da década de 1990 começou a perder aos poucos a capacidade de representar as visões do meio – e de influir [...] Ao lado disso, teóricos mais jovens lançaram, com ampla aceitação, uma forte contestação a um dos princípios científicos que, há muitos anos, o autor defendia como fundamental ao Direito Administrativo [...]” (Adaptado de: Direito administrativo para céticos, 2ª ed., p. 53) O princípio mencionado pelo autor e que esteve sob forte debate acadêmico nos últimos anos é o princípio da: A) presunção de legitimidade dos atos administrativos; B) processualidade do Direito Administrativo; C) supremacia do interesse público; D) moralidade administrativa; E) eficiência. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Regime Jurídico de Direito Privado – conjunto de normas e princípios comuns que vão reger relações jurídicas que envolvem apenas interesses privados, que são em regra disponíveis não dependem e nem decorrem de lei. Prepondera a Autonomia da vontade. Administração Pública de Regime Privado – Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista exploradoras de atividades econômicas estão sujeitas ao mesmo regime privado das demais empresas concorrentes apesar de estarem sujeitos a licitação, concurso e prestação ao tribunal de contas, entre outras. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: DPE-MS Prova: VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público A expressão regime jurídico-administrativo é utilizada para designar A) os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a Administração Pública. B) o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública e que não se encontram nas relações entre particulares. C) as restrições a que está sujeita a Administração Pública, sob pena de nulidade do ato administrativo, excluindo-se de seu âmbito as prerrogativas da Administração. D) as prerrogativas que colocam a Administração Pública em posição de supremacia perante o particular, excluindo-se de seu âmbito as restrições impostas à Administração. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-ms https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-dpe-ms-defensor-publico FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: DPE-MS Prova: VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público A expressão regime jurídico-administrativo é utilizada para designar A) os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a Administração Pública. B) o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública e que não se encontram nas relações entre particulares. C) as restrições a que está sujeita a Administração Pública, sob pena de nulidade do ato administrativo, excluindo-se de seu âmbito as prerrogativas da Administração. D) as prerrogativas que colocam a Administração Pública em posição de supremacia perante o particular, excluindo-se de seu âmbito as restrições impostas à Administração. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-ms https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-dpe-ms-defensor-publico FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Regime Jurídico de Direito Público – conjunto de normas e princípios jurídicos constitucionais que irão reger relações jurídicas que envolvem interesses públicos (regido pelo princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público que tem o poder dever do Estado em atendê-lo). Neste Regime sempre haverá a dependência e decorrência de prévia lei autorizadora. Prepondera a obrigatoriedade do cumprimento da lei independente da vontade Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto No âmbito do direito administrativo, segundo a doutrina majoritária, a autoexecutoriedade dos atos administrativos é caracterizada pela possibilidade de a administração pública A) anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, sem necessidade de controle judicial. B) assegurar a veracidade dos fatos indicados em suas certidões, seus atestados e suas declarações, o que afasta o controle judicial. C) impor os atos administrativos a terceiros, independentemente de sua concordância, por meio de ato judicial. D) executar suas decisões por meios coercitivos próprios, sem a necessidade da interferência do Poder Judiciário. E) executar ato administrativo por meios coercitivos próprios, o que afasta o controle judicial posterior. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Regime Jurídico de Direito Público – conjunto de normas e princípios jurídicos constitucionais que irão reger relações jurídicas que envolvem interesses públicos (regido pelo princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público que tem o poder dever do Estado em atendê-lo). Neste Regime sempre haverá a dependência e decorrência de prévia lei autorizadora. Prepondera a obrigatoriedade do cumprimento da lei independente da vontade Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto No âmbito do direito administrativo, segundo a doutrina majoritária, a autoexecutoriedade dos atos administrativos é caracterizada pela possibilidade de a administração pública A) anular seus próprios atos, quando eivados de vícios queos tornem ilegais, sem necessidade de controle judicial. B) assegurar a veracidade dos fatos indicados em suas certidões, seus atestados e suas declarações, o que afasta o controle judicial. C) impor os atos administrativos a terceiros, independentemente de sua concordância, por meio de ato judicial. D) executar suas decisões por meios coercitivos próprios, sem a necessidade da interferência do Poder Judiciário. E) executar ato administrativo por meios coercitivos próprios, o que afasta o controle judicial posterior. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Regime Jurídico da Administração Direito Privado • Todas as Sociedades de Economia Mista • Todas as Empresas Públicas (se prestar serviço público passa a ter um regime misto) • Fundações Públicas (misto) Direito Público Todos os órgãos da Administração direta; Todas as autarquias; Regra: fundação Pública e Associação Pública FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br A Administração Pública se submete a regime jurídico de direito privado ou a regime jurídico de direito público? A Constituição ou a lei definirá! Sociedade de economia mista e empresas públicas • Explora atividade econômica • Produção de Bens (ex: Petróleo / Petrobras) e serviços (ex: banco / BB) • Busca lucro • Possibilidade – Art. 173 Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. • Direito Privado § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADI nº 2.135) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADI nº 2.135) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br REGIME JURÍDICO O Tribunal, por maioria, vencidos os Senhores Ministros Nelson Jobim, Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa, deferiu parcialmente a medida cautelar para suspender a eficácia do artigo 39, caput, da Constituição Federal, com a redação da Emenda Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998, tudo nos termos do voto do relator originário, Ministro Néri da Silveira, esclarecido, nesta assentada, que a decisão - como é próprio das medidas cautelares - terá efeitos ex nunc, subsistindo a legislação editada nos termos da emenda declarada suspensa. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br A Administração Pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime jurídico de direito público. Posicionamento dos Tribunais Súmula 556 É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista. Súmula 508 Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S.A. Súmula 517 As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou opoente. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br DIREITO ADMINISTRATIVO A ULA 3 PRINCÍP IOS DO DI R E I TO A DM I NI ST RAT IVO FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 3: • Identificar o papel dos princípios no direito contemporâneo • Analisar conteúdo e consequências jurídicas dos princípios elencados no art. 37, caput, da CF • Analisar conteúdo e consequências jurídicas de outros princípios aplicáveis à Administração Pública FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br “O agente público não só tem que ser honesto e probo, mas tem que mostrar que possui tal qualidade. Como a mulher de César” (RE 160.381/SP, SEGUNDA TURMA, DJ de 12/8/1994). FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Logicamente, não cabe ao Poder Judiciário moldar subjetivamente a Administração Pública, porém a constitucionalização das normas básicas do Direito Administrativo permite ao Judiciário impedir que o Executivo molde a Administração Pública em discordância a seus princípios e preceitos constitucionais básicos, pois a finalidade da revisão judicial é impedir atos incompatíveis com a ordem constitucional, inclusive no tocante as nomeações para cargos públicos, que devem observância não somente ao princípio da legalidade, mas também aos princípios da impessoalidade, da moralidade e do interesse público. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br “Pelo princípio da moralidade administrativa, não bastará ao administrador o cumprimento da estrita legalidade;deverá ele, no exercício de sua função pública, respeitar os princípios éticos de razoabilidade e Justiça, pois a moralidade constitui, a partir da Constituição de 1988, pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública” A Constituição Federal permite a apreciação dos atos administrativos discricionários pelo Poder Judiciário, quando o órgão administrativo utilizar-se de seu poder discricionário para atingir fim diverso daquele que a lei fixou, ou seja, quando ao utilizar-se indevidamente dos critérios da conveniência e oportunidade, o agente desvia-se da finalidade de persecução do interesse público. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br “O presidente me disse mais de uma vez, expressamente, que queria ter uma pessoa do contato pessoal dele que ele pudesse ligar, colher informações, colher relatórios de inteligência, seja diretor-geral, superintendente e realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. As investigações têm que ser preservadas. Então o grande problema não é quem entra mas porque alguém entra” Princípios expressos – Previsão Constitucional – Ver voto Alexandre de Moraes Objetivo do ato administrativo – interesse público (se afastar disso é desvio de finalidade) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 1) Legalidade – Art. 37 c/c Art. 5º II “Só faz o que a lei expressamente determina”. Logo a edição de qualquer ato administrativo pressupõe uma lei anterior que a sustente. O exercício da função administrativa não pode ser pautado pela vontade da Administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar a vontade da lei. Os atos administrativos: A) Não podem contrariar a lei B) Só pode ser praticados mediante autorização legal FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 1) Legalidade – Ato administrativo deve ser expedido secundum legem. Somente a lei pode inovar originariamente na ordem jurídica Lei 9.784/99 Art 2º, §ú, inc I (princípio da juridicidade) Se a administração exigir ato não previsto em lei, o judiciário pode ser questionado? FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br A jurisprudência do STF entende que a exigência de avaliação psicológica ou teste psicotécnico, como requisito ou condição necessária ao acesso a determinados cargos públicos de carreira, somente é possível, se houver lei em sentido material (ato emanado do Poder Legislativo) que expressamente a autorize, além de previsão no edital do certame. Ademais, o exame psicotécnico necessita de um grau mínimo de objetividade e de publicidade dos atos em que se procede. A inexistência desses requisitos torna o ato ilegítimo, por não possibilitar o acesso à tutela jurisdicional para a verificação de lesão de direito individual pelo uso desses critérios. Súmula vinculante 44 (08/04/2015) Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Súmula 686 (24/09/2003) Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Referências - Constituição Federal de 1988, art. 5º, II; e 37, I. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br LEI COMPLEMENTAR Nº 1.291, DE 22 DE JULHO DE 2016 DAS ETAPAS Artigo 4º - Os concursos públicos, independentemente do Quadro, obedecerão às seguintes etapas: I - exames de conhecimentos, constituídos de prova objetiva e dissertativa, com grau de dificuldade correspondente ao nível de ensino exigido para ingresso à respectiva carreira; II - exames de aptidão física, com o intuito de avaliar as condições físicas mínimas para o desempenho do cargo público referente ao Quadro; III - exames de saúde, que compreenderão exames médicos, odontológicos e toxicológicos; IV - exames psicológicos, destinados à avaliação das características cognitivas e de personalidade do candidato para o desempenho adequado das atividades inerentes à carreira pretendida, de acordo com os parâmetros do perfil psicológico estabelecido para o exercício; V - avaliação da conduta social, da reputação e da idoneidade, realizada de forma sigilosa por intermédio de investigação social de órgão técnico da Polícia Militar do Estado de São Paulo, objetivando averiguar os fatos atuais e pregressos relativos ao candidato em seus aspectos social, moral, profissional e escolar, quanto à compatibilidade para o exercício do cargo; VI - análise de documentos, visando à comprovação dos requisitos exigidos para o cargo público pretendido; VII - análise de títulos, visando à apuração da respectiva pontuação obtida pelo candidato. § 1º - As etapas previstas neste artigo terão o seguinte caráter: 1 - eliminatório e classificatório: inciso I; 2 - eliminatório: incisos II a VI; 3 - classificatório: inciso VII. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Leitura do Acórdão TJSP FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I — exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. RE n. 560.900, em que resultou a seguinte tese de repercussão geral: “sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima cláusula de edital de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de responder a inquérito ou a ação penal”. (5 de fevereiro de 2020) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 2) Impessoalidade – Duas perspectivas Exemplos: concurso público / licitação A Administração é obrigada a tratar os administrados de forma neutra/impessoal/imparcial. Desta maneira, a Administração está proibida de estabelecer discriminações gratuitas. Ela pode discriminar? Sim, mas não de forma gratuita. As discriminações legítimas são aquelas que visam manter o interesse público e a finalidade pública. O que significa discriminar? Significa tratar a pessoa de forma diferente das demais. Quando a Administração discrimina? - quando privilegia ! Só será possível discriminar para preservar o interesse público. FMU 2019-II TEORIA DACONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014. Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. Art. 1º Ficam reservadas aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito d a administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União , na forma desta Lei. Art. 2º Poderão concorrer às vagas reservadas a candidatos negros aqueles que se autodeclararem pretos ou pardos no ato da inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou raça utilizado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Art. 3º Os candidatos negros concorrerão concomitantemente às vagas reservadas e às vagas destinadas à ampla concorrência, de acordo com a sua classificação no concurso. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Impessoalidade na propaganda dos atos de governo – é a situação descrita no art. 37, parágrafo 1º da CF. Não podem constar: nomes, imagens e símbolos que representem promoção pessoal do Administrador (Especialmente em reeleições para o executivo). CF/88 – art. 37 § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Apelação Cível n. 1012844/73.2018.8.26.0053 A vinculação de campanhas publicitárias como uso de slogan pessoal e não dos símbolos da Prefeitura Municipal, em eventos oficiais, como forma de propaganda individual e consolidação de seu nome no cenário político, claramente sugere autopromoção, o que caracteriza ato de improbidade administrativa. Patenteada a violação aos princípios da Administração Pública elencados no artigo 37 da Constituição Federal de 1988 Deste modo, além do dever de respeito aos princípios básicos da Administração Pública há que se harmonizar o princípio da publicidade aos princípios da impessoalidade e da moralidade, estabelecendo-se que a publicidade dos atos de governo não pode configurar promoção pessoal de Agentes Públicos, porquanto os atos praticados pertencem ao Poder Público e não ao agente que o representa. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas governamentais que decorre do parágrafo 1º, artigo 37, CF/88, há de ser impregnada de caráter exclusivamente educativo, informativo ou de orientação social, sendo absolutamente vedada a publicação de informativos que visem ao proveito individual do administrador e não ao coletivo. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br CF - Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se- ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 3) Moralidade - Direito X Moral Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva: ... VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 3) Moralidade - Administração está proibida de praticar atos imorais. A CF refere-se à moralidade administrativa como aquela intimamente ligada à preservação do interesse público. Art 5º LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 3) Moralidade - Administração está proibida de praticar atos imorais. A CF refere-se à moralidade administrativa como aquela intimamente ligada à preservação do interesse público. CF/88 – art. 37 II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Súmula vinculante 13 (21/08/08) A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Exceções ao nepotismo • Não alcança servidores de provimento efetivo (quando relacionado a cargo público permanente, que garanta, após o cumprimento do estágio probatório, estabilidade ou vitaliciedade ao seu titular) • Cargo públicos de natureza política (ministros e secretários de estadoe municipais) – desde que baseado em critério técnico (haverá nepotismo se existir falta de razoabilidade por manifesta ausência de qualificação técnica ou inidoneidade moral) • Se a pessoa nomeada possuir parente no órgão, mas sem influência hierárquica FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 4) Publicidade Art. 37. (...) § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (...) II — o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII. X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 4) Publicidade O administrador não pode armazenar informações para fins pessoais mas, tão somente, para preservação do interesse público. Decisão proferida pelo STF, em 20.08.2020, quando da apreciação da ADPF 722, proibiu a elaboração de dossiês sobre antifascistas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Prevaleceu o entendimento da relatora, Ministra Cármen Lúcia, de que a coleta de informações para mapear as posições políticas de determinado grupo, ou identificar opositores ao governo, configura desvio de finalidade das atividades de inteligência. Decisão proferida pelo STF em 13.03.2021 quando do julgamento da ADPF 692/DF em que a Corte concluiu que a interrupção abrupta da coleta e divulgação de importantes dados epidemiológicos, imprescindíveis para a análise da série histórica de evolução da pandemia (Covid-19), caracteriza ofensa a preceitos fundamentais da Constituição Federal (CF), nomeadamente o acesso à informação, os princípios da Publicidade e da Transparência da Administração Pública e o Direito à Saúde. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 4) Publicidade A Administração está obrigada a manter a transparência em relação a todos os seus atos e a todas as informações armazenadas em seus bancos de dados. CF – Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ... XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Princípio da Publicidade Exemplo Art. 37, XI, CF – teto de remuneração - STF entende que é legitima a pergunta de quanto ganham os servidores de determinados órgãos. E se houver um pedido de informações indevidamente negado? Qual o instrumento hábil a ser utilizado? Depende: - se a informação solicitada for de natureza individual (do próprio solicitante) – habeas data – art. 5o, LXXII - se a informação não for a respeito próprio, mas sim de interesse – caberá mandado de segurança. CF/88 - Art. 5o LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Lei de Acesso à Informação – Lei 12.527/11 Abrangência da LAI (Arts. 1º e 2º) • União, Estados, DF e Municípios • Executivo, Legislativo, Judiciário + Corte de contas e MP • Administração Indireta • Entidades privadas que recebam recurso público (publicidade relativa aos recursos públicos) Diretrizes da LAI (Art. 3o) • Publicidade como preceito geral • Sigilo como exceção • Divulgação de informações de interesse público independentemente de solicitações (transparência ativa) • Utilização de meios de comunicação de TI • Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na Administração • Desenvolvimento do controle social da Administração FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Princípios decorrentes da Publicidade na LAI • Acesso é a regra, o sigilo, a exceção (divulgação máxima) • Requerente não precisa dizer por que e para que deseja a informação (não exigência de motivação) • Hipóteses de sigilo são limitadas e legalmente estabelecidas (limitação de exceções) • Fornecimento gratuito de informação, salvo custo de reprodução (gratuidade da informação) • Divulgação proativa de informações de interesse coletivo e geral (transparência ativa) • Criação de procedimentos e prazos que facilitam o acesso à informação (transparência passiva) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Pedido de Acesso (Art. 10) • Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos públicos da Administração Direta e Indireta (U,E,DF,M). • Por qualquer meio legítimo • Deve poder ser pela internet • Deve conter: a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Classificação (Art. 23) São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: • I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridadedo território nacional; • II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; • III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; • IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; ... Prazos máximos de restrição, a partir da data de sua produção: • I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; • II - secreta: 15 (quinze) anos; e • III - reservada: 5 (cinco) anos. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Quem classifica? ULTRASSECRETO (Art. 27, inc. I) • Presidente da República; • Vice-Presidente da República; • Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; • Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e • Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior. SECRETO (Art. 27, inc. II) • As autoridades do Ultrassecreto • Titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista = Administração Pública Indireta RESERVADO (At. 27, inc. III) • As autoridades do Ultrassecreto e do Secreto • Ocupantes de cargo de direção, comando ou chefia. Termo de Classificação da Informação. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Informações Pessoais (Art. 31) O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. Acesso restrito a: • a agentes públicos legalmente autorizados • própria pessoa a que elas se referirem Independe de classificação Prazo máximo de restrição: 100 anos FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 5) Eficiência A Administração está obrigada a manter ou ampliar a qualidade dos serviços que presta e das obras que executa sob pena de responsabilidade. Economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência. Eficiência = presteza, perfeição e rendimento funcional – não se pode violar a lei em nome da eficiência! Busca de resultados práticos de produtividade, de economicidade, reduzindo o desperdício do dinheiro público; Quanto aos servidores, a eficiência aparece como requisito indispensável para a aquisição e perda da garantia de estabilidade, art. 41 da CF. Duração razoável dos processos administrativos (art. 5º, LXXVIII, da CF). FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br (OAB 2ª Fase) Ricardo, prefeito do município Delta, decide reformar a sede da prefeitura. Para tanto, pretende, dentre outras coisas, pintar a fachada do prédio com as cores do partido ao qual é filiado. Questionado, Ricardo confirma que a intenção é homenagear seu partido, que neste ano completa 40 anos de existência. Sobre a hipótese apresentada, responda o item a seguir. A) É lícita a decisão de pintar a fachada do prédio da prefeitura com as cores do partido do prefeito? A resposta é negativa. Não é lícita a decisão de pintar a fachada do prédio da prefeitura com as cores do partido do prefeito. A utilização das cores de partido político nos prédios públicos faz com que a reforma esteja associada à gestão do prefeito, ferindo assim o princípio da impessoalidade previsto no Art. 37 da CRFB/88. Obs.: também será aceita a fundamentação no princípio da moralidade FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 4) Publicidade Art. 37. (...) § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (...) II — o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII. X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 4) Publicidade A Administração está obrigada a manter a transparência em relação a todos os seus atos e a todas as informações armazenadas em seus bancos de dados. CF – Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ... XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 4) Publicidade O administrador não pode armazenar informações para fins pessoais mas, tão somente, para preservação do interesse público. Decisão proferida pelo STF, em 20.08.2020, quando da apreciação da ADPF 722, proibiu a elaboração de dossiês sobre antifascistas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Prevaleceu o entendimento da relatora, Ministra Cármen Lúcia, de que a coleta de informações para mapear as posições políticas de determinado grupo, ou identificar opositores ao governo, configura desvio de finalidade das atividades de inteligência. Decisão proferida pelo STF em 13.03.2021 quando do julgamento da ADPF 692/DF em que a Corte concluiu que a interrupção abrupta da coleta e divulgação de importantes dados epidemiológicos, imprescindíveis para a análise da série histórica de evolução da pandemia (Covid-19), caracteriza ofensa a preceitos fundamentais da Constituição Federal (CF), nomeadamente o acesso à informação, os princípiosda Publicidade e da Transparência da Administração Pública e o Direito à Saúde. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Princípio da Publicidade Exemplo Art. 37, XI, CF – teto de remuneração - STF entende que é legitima a pergunta de quanto ganham os servidores de determinados órgãos. E se houver um pedido de informações indevidamente negado? Qual o instrumento hábil a ser utilizado? Depende: - se a informação solicitada for de natureza individual (do próprio solicitante) – habeas data – art. 5o, LXXII - se a informação não for a respeito próprio, mas sim de interesse – caberá mandado de segurança. CF/88 - Art. 5o LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Lei de Acesso à Informação – Lei 12.527/11 Abrangência da LAI (Arts. 1º e 2º) • União, Estados, DF e Municípios • Executivo, Legislativo, Judiciário + Corte de contas e MP • Administração Indireta • Entidades privadas que recebam recurso público (publicidade relativa aos recursos públicos) Diretrizes da LAI (Art. 3o) • Publicidade como preceito geral • Sigilo como exceção • Divulgação de informações de interesse público independentemente de solicitações (transparência ativa) • Utilização de meios de comunicação de TI • Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na Administração • Desenvolvimento do controle social da Administração FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Princípios decorrentes da Publicidade na LAI • Acesso é a regra, o sigilo, a exceção (divulgação máxima) • Requerente não precisa dizer por que e para que deseja a informação (não exigência de motivação) • Hipóteses de sigilo são limitadas e legalmente estabelecidas (limitação de exceções) • Fornecimento gratuito de informação, salvo custo de reprodução (gratuidade da informação) • Divulgação proativa de informações de interesse coletivo e geral (transparência ativa) • Criação de procedimentos e prazos que facilitam o acesso à informação (transparência passiva) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Pedido de Acesso (Art. 10) • Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos públicos da Administração Direta e Indireta (U,E,DF,M). • Por qualquer meio legítimo • Deve poder ser pela internet • Deve conter: a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Classificação (Art. 23) São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: • I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional; • II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; • III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; • IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; ... Prazos máximos de restrição, a partir da data de sua produção: • I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; • II - secreta: 15 (quinze) anos; e • III - reservada: 5 (cinco) anos. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Quem classifica? ULTRASSECRETO (Art. 27, inc. I) • Presidente da República; • Vice-Presidente da República; • Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; • Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e • Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior. SECRETO (Art. 27, inc. II) • As autoridades do Ultrassecreto • Titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista = Administração Pública Indireta RESERVADO (At. 27, inc. III) • As autoridades do Ultrassecreto e do Secreto • Ocupantes de cargo de direção, comando ou chefia. Termo de Classificação da Informação. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Informações Pessoais (Art. 31) O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. Acesso restrito a: • a agentes públicos legalmente autorizados • própria pessoa a que elas se referirem Independe de classificação Prazo máximo de restrição: 100 anos FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 5) Eficiência A Administração está obrigada a manter ou ampliar a qualidade dos serviços que presta e das obras que executa sob pena de responsabilidade. Economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência. Eficiência = presteza, perfeição e rendimento funcional – não se pode violar a lei em nome da eficiência! Busca de resultados práticos de produtividade, de economicidade, reduzindo o desperdício do dinheiro público; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 5) Eficiência Servidores Públicos Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: ... III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. ... § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br 5) Eficiência Art. 5º LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo 1) Princípio da autotutela (Art 53 – Lei 9.784/99) A administração está autorizada a rever seus próprios atos, anulando (quando ilegais) ou revogando (por razões de conveniência ou oportunidade). SÚMULA 473 - STF A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial Quando anular os efeitos do ato devem ser eliminados (efeitos ex tunc). Quando revogar os efeitos ex nunc – efeitos são válidos até o momento da revogação. Pode-se alegar direitos adquiridos. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo 2) participação (art. 37, § 3º, da CF); 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo 3) devido processo legal formal e material (art. 5º, LIV, da CF); 4) contraditório (art. 5º, LV, da CF); 5) ampla defesa (art. 5º, LV, da CF) (Princípio do duplo grau) Lei 9.784/99 - Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo 6) Princípio da razoabilidade - A Administração está proibida de fazer qualquer exigência ou aplicar qualquer sanção em medida superior àquela necessária para preservação do interesse público. Ex.: Edital de concurso – preenchimento de vaga para guarda civil metropolitana: edital exigia que o candidato tivesse no mínimo 20 dentes na boca. 7) Princípio da proporcionalidade - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. Coibir excessos no campo do Direito Administrativo sancionador, seara onde mais comumente são identificadas punições exageradas e desproporcionais. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo 8) Princípio da obrigatória motivação (Art 50 Lei 9.784) 9) Princípio da responsabilidade (Conduta + dano + nexo causal) Estabelece o art. 37, § 6º, da Constituição Federal: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa” Quanto à responsabilidade do agente público, por ser apurada somente na ação regressiva, dependerá da comprovação de culpa ou dolo (art. 37, § 6º, da CF), pelo que está sujeita à aplicação da teoria subjetiva. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo 10) Princípio da presunção de legitimidade Como são praticados exclusivamente com a finalidade de aplicação da lei, os atos administrativos beneficiam- se da legitimação democrática conferida pelo processo legislativo. Assim, os atos administrativos são protegidos por uma presunção relativa (juris tantum) de que foram praticados em conformidade com o ordenamento jurídico. Por isso, até prova em contrário, os atos administrativos são considerados válidos para o Direito, cabendo ao particular o ônus de provar eventual ilegalidade na sua prática. Em razão dessa presunção, mesmo que o ato administrativo tenha vício de ilegalidade (ato nulo), fica garantida sua produção de efeitos, até o momento de sua retirada por meio da invalidação. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 3: • Identificar o papel dos princípios no direito contemporâneo • Analisar conteúdo e consequências jurídicas dos princípios elencados no art. 37, caput, da CF • Analisar conteúdo e consequências jurídicas de outros princípios aplicáveis à Administração Pública FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 4 PODERES DA A DM I N ISTR AÇÃO FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVOProf. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 4: • Analisar o uso dos poderes administrativos e as situações relacionadas a sua legitimidade e ilegitimidade (abuso e omissão) • Compreender o poder regulamentar e o analisar no contexto do princípio da legalidade • Compreender os poderes hierárquico e disciplinar FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br O poder administrativo representa uma prerrogativa especial de direito público outorgada aos agentes do Estado. Cada um desses terá a seu cargo a execução de certas funções. É voltado para beneficiar a coletividade. Ao fazê-lo, dentro dos limites que a lei traçou, pode dizer-se que usaram normalmente os seus poderes. Uso do poder, portanto, é a utilização normal, pelos agentes públicos, das prerrogativas que a lei lhes confere. 1)são eles irrenunciáveis; e 2)devem ser obrigatoriamente exercidos pelos titulares. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br ABUSO DO PODER O abuso de poder é a conduta ilegítima do administrador, quando atua fora dos objetivos expressa ou implicitamente traçados na lei. Formas de Abuso: Excesso e Desvio de Poder 1)o agente atua fora dos limites de sua competência (excesso); e 2)o agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho administrativo (desvio de poder/finalidade). FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Efeito do Abuso de Poder Agindo com abuso de poder, por qualquer de suas formas, o agente submete sua conduta à revisão, judicial ou administrativa. O abuso de poder não pode compatibilizar-se com as regras da legalidade, de modo que, constatado o abuso, cabe repará-lo. A invalidação da conduta abusiva pode dar-se na própria esfera administrativa (autotutela) ou através de ação judicial, inclusive por mandado de segurança (art. 5º, LXIX, CF). Lei 13.869/19 DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis. Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal. Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Maria Sylvia*i FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br poder vinculado, dá ideia de restrição, pois, quando se diz que determinada atribuição da Administração é vinculada, quer-se significar que está sujeita à lei em praticamente todos os aspectos. O legislador, nessa hipótese, preestabelece todos os requisitos do ato, de tal forma que, estando eles presentes, não cabe à autoridade administrativa senão editá-lo, sem apreciação de aspectos concernentes à oportunidade, conveniência, interesse público, equidade. Esses aspectos foram previamente valorados pelo legislador. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Poder Discricionário tem inserido em seu bojo a ideia de prerrogativa, uma vez que a lei, ao atribuir determinada competência, deixa alguns aspectos do ato para serem apreciados pela Administração diante do caso concreto; ela implica liberdade a ser exercida nos limites fixados na lei. Poder discricionário, portanto, é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público. (não confundir com arbitrariedade) A fisionomia jurídica da discricionariedade comporta três elementos: (1) norma de previsão aberta que exija complemento de aplicação; (2) margem de livre decisão, quanto à conveniência e à oportunidade da conduta administrativa; (3) ponderação valorativa de interesses concorrentes, com prevalência do que melhor atender ao fim da norma Lei 9.605/98 – crimes ambientais Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará: ... III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais). FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br TRANSPORTE INTERMUNICIPAL. ALTERAÇÃO DE PARADAS. ATO DISCRICIONÁRIO. O usuário se insurgia quanto à alteração dos itinerários dos ônibus vindos da Baixada Fluminense que, por determinação do Município do Rio de Janeiro, não mais trafegam pelo centro da cidade. A Turma, em julgamento anterior, entendeu que o usuário tem legitimidade para atacar o ato, por ser o destinatário do serviço público e, agora, firmou tratar-se de ato discricionário, que sob o aspecto formal não apresenta nenhum defeito, não podendo o Judiciário adentrar em suas razões de conveniência. Destacou, também, que o Município tinha competência para o ato, apesar deste afetar a região metropolitana. RMS 11.050-RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 22/2/2000. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br CONTROLE JUDICIAL NO PODER VINCULADO – Todos os atos administrativos podem submeter-se à apreciação judicial de sua legalidade, e esse é o natural corolário do princípio da legalidade. Em relação aos atos vinculados, não há dúvida de que o controle de legalidade a cargo do Judiciário terá muito mais efetividade. Com efeito, se todos os elementos do ato têm previsão na lei, bastará, para o controle da legalidade, o confronto entre o ato e a lei. Havendo adequação entre ambos, o ato será válido; se não houver, haverá vício de legalidade CONTROLE JUDICIAL NO PODER DISCRICIONÁRIO - Podem eles sofrer controle judicial em relação a todos os elementos vinculados, ou seja, aquelessobre os quais não tem o agente liberdade quanto à decisão a tomar. Assim, se o ato é praticado por agente incompetente; ou com forma diversa da que a lei exige; ou com desvio de finalidade; ou com o objeto dissonante do motivo etc. Não pode o juiz entrar no terreno que a lei reservou aos agentes da Administração, perquirindo os critérios de conveniência e oportunidade que lhe inspiraram a conduta. A razão é simples: se o juiz se atém ao exame da legalidade dos atos, não poderá questionar critérios que a própria lei defere ao administrador. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br CONCEITOS JURÍDICO INDETERMINADOS X DISCRICIONARIEDADE • Ordem Pública – Polícia Ostensiva (Art 144 - § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.) • Interesse Público • Segurança Nacional FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Poder hierárquico, é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. É um poder interno e permanente exercido pelos chefes de repartição sobre seus agentes subordinados e pela administração central em relação aos órgãos públicos consistente nas atribuições de comando, chefia e direção dentro da estrutura administrativa. Assim como o disciplinar, o poder hierárquico é interno à medida que não se aplica a particulares. Mas, ao contrário daquele, o poder hierárquico é exercido permanentemente, e não em caráter episódico, como ocorre com o poder disciplinar. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br A delegação é a transferência temporária de parte da competência administrativa de seu titular a outro órgão ou agente público subordinado à autoridade delegante (delegação vertical) ou fora da linha hierárquica (delegação horizontal), revogável a qualquer tempo. Avocação de competência Diante de motivos relevantes devidamente justificados, o art. 15 da Lei n. 9.784/99 permite que a autoridade hierarquicamente superior chame para si a competência de um órgão ou agente subordinado. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Três competências administrativas são indelegáveis: a) a edição de ato de caráter normativo: isso porque os atos normativos inerentes às funções de comando dos órgãos públicos baixam regras gerais válidas para todo o quadro de agentes. Sua natureza é incompatível com a possibilidade de delegação; b) a decisão em recursos administrativos: a impossibilidade de delegação, nessa hipótese, é justificada para preservar a garantia do duplo grau, impedindo que a mesma autoridade que praticou a decisão recorrida receba, por delegação, a competência para analisar o recurso; c) as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade: são casos em que a própria natureza da matéria recomenda o exercício da competência somente pelo órgão habilitado diretamente pela legislação. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Súmula 510 - STF Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Itaquaquecetuba - SP Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de Itaquaquecetuba - SP - Procurador Jurídico É correto afirmar a respeito da delegação e avocação da competência administrativa: A) as decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente essa qualidade. B) a legislação pátria permite, em certos casos, a transferência de todas as funções do delegante para o órgão delegado. C) a legislação brasileira não permite a delegação revogável ou por tempo indeterminado. D) o princípio da hierarquia, que rege a avocação, permite que a atividade avocada abranja a integralidade das competências do órgão inferior. E) praticado o ato por autoridade, que age por delegação, eventual medida judicial contra o ato deve ser ajuizada contra a autoridade delegante. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto À luz da Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta com relação à competência administrativa e à relação hierárquica existente no âmbito da administração pública. Alternativas A) A relação de subordinação hierárquica entre os órgãos públicos envolvidos é condição imprescindível para a delegação da competência administrativa. B) A delegação de competência de órgãos colegiados é possível, desde que não se trate de matéria de competência exclusiva, de decisão de recursos administrativos ou de edição de atos de caráter normativo. C) O ato de delegação retira a competência da autoridade delegante e confere competência exclusiva ao órgão delegado. D) A avocação temporária de competência é permitida, em caráter excepcional e por motivos justificados, entre órgãos da administração pública, independentemente da relação hierárquica estabelecida entre eles. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br OAB XXIV - João foi aprovado em concurso público promovido pelo Estado Alfa para o cargo de analista de políticas públicas, tendo tomado posse no cargo, na classe inicial da respectiva carreira. Ocorre que João é uma pessoa proativa e teve, como gestor, excelentes experiências na iniciativa privada. Em razão disso, ele decidiu que não deveria cumprir os comandos determinados por agentes superiores na estrutura administrativa, porque ele as considerava contrárias ao princípio da eficiência, apesar de serem ordens legais. A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. (A)João possui total liberdade de atuação, não se submetendo a comandos superiores, em decorrência do princípio da eficiência. (B)A liberdade de atuação de João é pautada somente pelo princípio da legalidade, considerando que não existe escalonamento de competência no âmbito da Administração Pública. (C)João tem dever de obediência às ordens legais de seus superiores, em razão da relação de subordinação decorrente do poder hierárquico. (D)As autoridades superiores somente podem realizar o controle finalístico das atividades de João, em razão da relação de vinculação estabelecidacom os superiores hierárquicos. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br (OAB XIII) José da Silva é o chefe do Departamento de Pessoal de uma Secretaria de Estado. Recentemente, José da Silva avocou a análise de determinada matéria, constante de processo administrativo inicialmente distribuído a João de Souza, seu subordinado, ao perceber que a questão era por demais complexa e não vinha sendo tratada com prioridade por aquele servidor. Ao assim agir, José da Silva fez uso (A)do poder hierárquico. (B)do poder disciplinar. (C)do poder discricionário. (D)da teoria dos motivos determinantes. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br O poder disciplinar consiste na possibilidade de a Administração aplicar punições aos agentes públicos que cometam infrações funcionais. Assim, trata-se de poder interno, não permanente e discricionário. Interno porque somente pode ser exercido sobre agentes públicos, nunca em relação a particulares, exceto quando estes forem contratados da Administração. É não permanente na medida em que é aplicável apenas se e quando o servidor cometer falta funcional. É discricionário porque a Administração pode escolher, com alguma margem de liberdade, qual a punição mais apropriada a ser aplicada ao agente público. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Lei 8.112 - Das Penalidades Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função comissionada. Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. *Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.* FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Estatuto do servidor público – SP (Lei 10.261) Artigo 271 — No caso dos artigos 253 e 254, poder-se-á aplicar a pena pela verdade sabida, salvo se, pelas circunstâncias da falta, fôr conveniente instaurar-se sindicância ou processo. Parágrafo único — Entende-se por verdade sabida o conhecimento pessoal e direto de falta por parte da autoridade competente para aplicar a pena. Artigo 253 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres. Artigo 254 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave ou de reincidência. *Redação modificada em 2003* Art. 5º LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br O poder regulamentar consiste na possibilidade de os chefes do Poder Executivo editarem atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais e concretos, expedidos para dar fiel execução à lei. O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais ampla denominada poder normativo, que inclui todas as diversas categorias de atos abstratos, tais como: regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Poder Regulamentar – Ao editar as leis, o Poder Legislativo nem sempre possibilita que sejam elas executadas. Cumpre, então, à Administração criar os mecanismos de complementação das leis indispensáveis a sua efetiva aplicabilidade. Essa é a base do poder regulamentar. Art. 84. (...) IV— sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execução. A diretriz constitucional apresentada acaba por delinear o exato papel atribuído aos decretos e regulamentos expedidos pelo Poder Executivo, vale dizer: oferecer fiel execução à lei. Resta clara, portanto, a impossibilidade de utilização dessas espécies normativas, em um primeiro momento para inovar a ordem jurídica. Com efeito, sua edição só se justifica em vista do perfil a ela emprestado pelo dispositivo constitucional para oferecer fiel execução a uma lei existente. Em outras palavras, se determinada matéria ainda não tiver sido objeto de regulamentação, por via de lei, não se justificará a edição de decretos e regulamentos, pois não terão a que oferecer fiel regulamentação. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br A própria Constituição Federal se incumbiu de prever a sanção a ser aplicada naquelas situações em que a edição de um decreto ou regulamento extrapole os limites por ela estabelecidos. Art. 49. É da Competência exclusiva do Congresso Nacional: (...) V — sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Decreto independente ou autônomo (art. 84 inc VI): é o que dispõe sobre matéria ainda não regulada especificamente em lei. A doutrina aceita esses provimentos administrativos praeter legem para suprir a omissão do legislador, desde que não invadam as reservas da lei, isto é, as matérias que só por lei podem ser reguladas. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Poder Regulamentar (Estudo de Caso) CF - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: ... IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedadasua vinculação para qualquer fim; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Poder Regulamentar (Estudo de Caso) Lei 12.382/11 Art. 1º O salário mínimo passa a corresponder ao valor de R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais). Art. 2º Ficam estabelecidas as diretrizes para a política de valorização do salário mínimo a vigorar entre 2012 e 2015, inclusive, a serem aplicadas em 1º de janeiro do respectivo ano. § 1º Os reajustes para a preservação do poder aquisitivo do salário mínimo corresponderão à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, calculado e divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, acumulada nos doze meses anteriores ao mês do reajuste. § 4º A título de aumento real, serão aplicados os seguintes percentuais: I - em 2012, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto - PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 2010; II - em 2013, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 2011; III - em 2014, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 2012; e IV - em 2015, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 2013. Art. 3º Os reajustes e aumentos fixados na forma do art. 2º serão estabelecidos pelo Poder Executivo, por meio de decreto, nos termos desta Lei. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br ADI 4.568 - Ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, ajuizada pelo Partido Popular Socialista – PPS, Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB e Democratas – DEM, objetivando declaração de inconstitucionalidade do art. 3o. (caput e parágrafo único) da Lei n. 12.382, de 25.2.2011 Segundo os autores, ter-se-ia ali “indisfarçada delegação de poderes ….para que possa o Poder Executivo deter a prerrogativa de fixar, com exclusividade, o valor do salário mínimo....o Congresso Nacional não poderá se manifestar sobre o valor do salário mínimo entre os anos de 2012 e 2015” Para os Autores, a divulgação do novo quantum, a cada ano, por decreto desobedeceria o comando constitucional relativo ao tipo legislativo a se adotar para tal procedimento Poder Regulamentar (Estudo de Caso) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br ADI 4.568 – O que se conterá no decreto presidencial é apenas a aplicação do índice e divulgação do que valorado pelo Congresso Nacional segundo fórmula, índice e periodicidade fixados na lei. Vale dizer, a Presidente da República não pode, no decreto, senão aplicar o que nos termos da lei foi posto a ser apurado e divulgado. O decreto conterá norma de mera aplicação objetiva, vinculada e formal da lei, sem qualquer inovação possível, sob pena de abuso do poder regulamentar, passível de fiscalização e controle pela via legislativa ou judicial. O que a lei impôs à Presidenta da República foi tão somente divulgar o quantum do salário mínimo, obtido pelo valor reajustado e aumentado segundo os índices fixados pelo Congresso Nacional na própria lei agora questionada. O que a lei impôs à Presidenta da República foi tão somente divulgar o quantum do salário mínimo, obtido pelo valor reajustado e aumentado segundo os índices fixados pelo Congresso Nacional na própria lei agora questionada. Carmem Lúcia Penso que os §§ 2º e 3º do artigo 2º não colocam nas mãos do Presidente da República um poder aberto, discricionário. Na verdade, uma alternativa ao INPC é um índice que haverá de ser apurado de forma científica, é um índice oficial. Luiz Fux Poder Regulamentar (Estudo de Caso) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Maria Sylvia*i FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 4: • Analisar o uso dos poderes administrativos e as situações relacionadas a sua legitimidade e ilegitimidade (abuso e omissão) • Compreender o poder regulamentar e o analisar no contexto do princípio da legalidade • Compreender os poderes hierárquico e disciplinar FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 5 PODER DE POL Í C IA FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 5: • Refletir sobre o fundamento da polícia administrativa a partir das noções de ordem e liberdade • Compreender o conceito de polícia administrativa • Analisar as características principais da polícia administrativa • Demonstrar a aplicabilidade da polícia administrativa nas situações do cotidiano FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Poder de polícia é definido como aquele de que dispõe a Administração para condicionar, restringir, limitar e frenar atividades e direitos de particulares para a preservação dos interesses da coletividade. O exercício desse poder encontra fundamento na supremacia do interesse público sobre o particular, que norteia todas as atividades administrativas. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Lei 16.402/16 – Município de São Paulo Art. 146. Fica proibida a emissão de ruídos, produzidos por quaisquer meios ou de quaisquer espécies, com níveis superiores aos determinados pela legislação federal, estadual ou municipal, prevalecendo a mais restritiva. (Regulamentado pelo Decreto nº 57.443/2016) § 1º As medições deverão ser efetuadas pelos agentes competentes na forma da legislação aplicável, por meio de sonômetros devidamente aferidos, de acordo com as normas técnicas em vigor. § 2º Não estarão sujeitos às proibições desta lei os sons produzidos pelas seguintes fontes: a) aparelhos sonoros usados durante a propaganda eleitoral, conforme o disposto na legislação própria; b) sereias ou aparelhos sonoros de viaturas quando em serviços de socorro ou de policiamento; c) detonações de explosivos empregados no arrebentamento de pedreiras e rochas ou nas demolições, desde que em horário e com carga previamente autorizados por órgão competente; d) manifestações em festividades religiosas, comemorações oficiais, reuniões desportivas, festejos ou ensaios carnavalescos e juninos, passeatas, desfiles, fanfarras, bandasde música, desde que se realizem em horário e local previamente autorizados pelo órgão competente ou nas circunstâncias consagradas pela tradição; e) sinos de templos, desde que os sons tenham duração não superior a 60 segundos, e apenas para a assinalação das horas e dos ofícios religiosos; e carrilhões, desde que os sons tenham duração não superior a 15 (quinze) minutos, a cada 4 (quatro) horas e somente no período diurno das 7h às 19h. § 3º A fiscalização de ruído proveniente de veículos automotores seguirá o disposto em legislação própria. http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-57443-de-10-de-novembro-de-2016/ FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Art. 147. Os estabelecimentos que comercializem bebida alcoólica e que funcionem com portas, janelas ou quaisquer vãos abertos, ou ainda, que utilizem terraços, varandas ou espaços assemelhados, bem como aqueles cujo funcionamento cause prejuízo ao sossego público, não poderão funcionar entre 1h e 5h. (Regulamentado pelo Decreto nº 57.443/2016) § 1º A fiscalização da infração ao disposto no “caput” deste artigo independe de medição por sonômetro. § 2º Não se considera infração a abertura de estabelecimento para lavagem ou limpeza, desde que tais atos não gerem incomodidade. § 3º O estabelecimento poderá funcionar no horário referido no “caput” deste artigo, desde que providencie adequação acústica e não gere nenhuma incomodidade. http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-57443-de-10-de-novembro-de-2016/ FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br CTN - Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA A principal diferença entre as duas está no caráter preventivo da polícia administrativa e no repressivo da polícia judiciária. A primeira terá por objetivo impedir as ações antissociais, e a segunda, punir os infratores da lei penal. Outra diferença: a polícia judiciária é privativa de corporações especializadas (polícia civil e militar), enquanto a polícia administrativa se reparte entre diversos órgãos da Administração, incluindo, além da própria polícia militar, os vários órgãos de fiscalização aos quais a lei atribua esse mister, como os que atuam nas áreas da saúde, educação, trabalho, previdência e assistência social. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: ... § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br atributos do poder de polícia discricionariedade - pode ser vinculado também, como nos casos de licenças o que difere das autorizações; autoexecutoriedade - possibilidade que tem a Administração de, com os próprios meios, pôr em execução as suas decisões, sem precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário coercibilidade - execução forçada para cumprir a decisão FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Indelegabilidade: como atividade típica do Estado, o poder de polícia não pode ser delegado a particulares; é privativo de servidores investidos em cargos públicos, com garantias que protegem o exercício das funções públicas dessa natureza (conforme entendimento da jurisprudência do STF e do STJ); aceitação da possibilidade de delegação de atividades puramente materiais, que não envolvam exercício de autoridade sobre o cidadão. Limites: previstos em lei, quanto à competência, à forma, aos fins, aos motivos e ao objeto; observância das regras da proporcionalidade entre meios e fins, da necessidade e da eficácia. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br LEI Nº 10.348, DE 4 DE SETEMBRO DE 1987. DISPÕE SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ELEVADORES E OUTROS APARELHOS DE TRANSPORTE, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Art. 1º A instalação e funcionamento de elevadores e outros aparelhos de transporte no Município de São Paulo serão regidos pelas disposições da presente lei. Art. 3º O licenciamento perante a Prefeitura do Município de São Paulo dos aparelhos de transporte abrangidos por esta lei é de caráter obrigatório, ficando eles sujeitos à fiscalização municipal. § 1º Dependem de Alvará de Instalação as instalações, reinstalações e substituições de aparelhos de transporte. § 2º Nenhum aparelho de transporte poderá funcionar sem que o proprietário tenha obtido o correspondente Alvará de Funcionamento. Art. 4º O pedido de Alvará de Instalação deverá ser instruído com projeto, memorial descritivo, cálculo detráfego, diagrama unifilar das instalações elétricas e cópias oficiais das plantas da edificação. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Art. 9º Será obrigatória a inspeção anual rigorosa dos aparelhos de transporte, a cargo do responsável pela conservação, que deverá expedir Relatório de Inspeção Anual, assinado pelo Engenheiro. Parágrafo Único. O Relatório de Inspeção Anual deverá permanecer em poder do proprietário do aparelho de transporte, para pronta exibição à fiscalização municipal, sempre que solicitado. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br O Supremo Tribunal Federal, no dia 23 de outubro de 2020, por maioria dos ministros, examinando o tema 532 em sede de repercussão geral, concedeu a BHTrans a prerrogativa de aplicar mutas aos motoristas na capital mineira, na qual havia perdido há 11 anos no através do REsp 817.534. Decisão foi emanada no julgamento do RE 633782, sob a relatoria do Ministro Luiz Fux, com voto favorável ao recurso da entidade. A tese definida foi: “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, às pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.” FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Poder de Polícia como intervenção do Estado na propriedade privada; Poder de Polícia como intervenção no domínio econômico. Ex: Banco Central (fiscaliza outras instituições financeiras) e o CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica (polícia do mercado) – ex. autoriza incorporação de empresas DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 6 PESSOAS JURÍDICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ÓRGÃO PÚBLICO FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 6: • Adquirir uma visão estrutural das pessoas jurídicas no âmbito da Administração Pública • Compreender as teorias da relação entre Estado- Administração, agentes públicos e sociedade • Entender o conceito de órgão público e sua relevância na atividade administrativa FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Concepções para a Administração Pública Sentido Formal/Subjetivo/Orgânico – Entes definidos em lei, independente da função exercida, com os órgãos e agentes. (CF + Dec 200/67) – CRITÉRIO ADOTADO NO BRASIL Em sentido Material/Objetivo/Funcional – Atividade Administrativa (é valorado o critério, a função. Se um particular estiver fazendo alguma atividade administrativa, será considerado como parte da administração) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Art. 4° A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Emprêsas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. d) fundações públicas. Criadas/autorizadas por LEI específica – também conhecidas por administração descentralizada ou entidades administrativas Também chamado de empresas estatais FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br A administração pública direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas (entes políticos ou administração centralizada – União, Estados, Distrito Federal e Municípios), aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado. • Pessoa Jurídico de Direito Público (atua com superioridade perante o particular) Tem capacidade processual e patrimônio próprio • Possuem autonomia Política (capacidade de criar normas), autonomia financeira e autonomia administrativa. • Tripartição do poderes (U, E e DF) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Característica comum à Administração Direta • Responsabilidade civil – Objetiva • Regime de pessoal – Estatuto • Imunidade Tributária Recíproca • Bens Públicos – Proteção Especial (impenhorabilidade) • Débitos Judiciais – Precatórios • Prerrogativas Processuais em Juízo (prazo em dobro) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br A Administração Direta é composta de órgãos que estão diretamente ligados ao chefe do Poder Executivo. Assim, temos como exemplos os ministérios, secretarias, coordenadorias e departamentos. Esses órgãos não possuem personalidade jurídica própria, o que significa que eles não têm um número de CNPJ. Normalmente atuam em políticas públicas de caráter essencialmente de Estado, como: Segurança, Saúde, Previdência, Educação e outras múltiplas funções administrativas atribuídas ao Poder Público em geral. Os servidores públicos lotados na Administração direta são selecionados por meio de concurso público e possuem vínculo estatutário junto ao Estado, o que significa que não são contratados sob as regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), e sim de acordo com estatuto próprio. Eles ocupam cargos públicos criados por lei. https://www.politize.com.br/politicas-publicas-o-que-sao/ https://www.politize.com.br/saude-municipio-qual-a-responsabilidade/ https://www.politize.com.br/reforma-da-previdencia-entenda-os-principais-pontos/ https://www.politize.com.br/educacao-no-municipio/ https://www.politize.com.br/clt-o-que-e/ FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br ÓRGÃOS DO GOVERNO FEDERAL • Advocacia-Geral da União • Banco Centraldo BrasilCasa Civil • Controladoria-Geral da União • Gabinete de Segurança Institucional • Ministérios • Planalto • Secretaria de Governo • Secretaria-Geral FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. § 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. § 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. Requisitos: Diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Direito, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação, e registro de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Salário R$21.000,00 a R$27.000,00 + Honorários R$11.000,00 FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Provas: CESPE - 2015 - STJ A respeito da administração pública direta e indireta e de atos administrativos, julgue o item a seguir. É defesa aos Poderes Judiciário e Legislativo a criação de entidades da administração indireta, como autarquias e fundações públicas. Certo Errado https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/stj FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Provas: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa Com relação à administração direta e indireta, centralizada e descentralizada, julgue o item a seguir. Administração direta remete à ideia de administração centralizada, ao passo que administração indireta se relaciona à noção de administração descentralizada. Certo Errado https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-1-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TC-DF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2014 A respeito da organização administrativa, julgue os próximos itens. Os municípios, assim como os estados-membros, poderão ter sua administração indireta, em razão da autonomia a eles conferida pela CF. Certo Errado FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SUFRAMA A respeito do direito administrativo, julgue o item subsecutivo. A inexistência de um Poder Judiciário próprio reflete a ausência de autonomia dos municípios, tendo em vista que o modelo de Estado Federal adotado pelo Brasil é embasado na autonomia da União e dos estados-membros. Certo Errado https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/suframa FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STF Prova: CESPE - 2013 - STF - Técnico Judiciário - Área Administrativa Julgue os itens a seguir, relativos à administração direta e indireta. A administração direta é constituída pelo conjunto de órgãos e entidades administrativas submetidos a regime de direito público para os quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado. Certo Errado https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/stf https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-stf-tecnico-judiciario-area-administrativa FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RR Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Acerca da administração direta e indireta, julgue os itens subsequentes. A administração direta compreende os órgãos e as pessoas jurídicas de direito público que prestam serviços típicos do Estado; no âmbito federal, integram a administração direta os ministérios e as autarquias. Certo Errado https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-rr https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2012-tj-rr-tecnico-judiciario FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Órgãos Públicos - São distribuições internas das competências de uma pessoa jurídica da Administração Direta ou Indireta, despersonalizados juridicamente e compostos de agentes e competências FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Principais Características dos órgãos públicos • Não tem capacidade processual* (órgãos independentes/ autonônomos) • Não possui patrimônio próprio • Produto da desconcentração adm • Criação e extinção – lei • São hierarquizados • Podem celebrar contratos de gestão (convênios) Teoria do órgão ou da imputação A pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio de seus órgãos.]Os atos praticados pelo órgão são imputados à PJ que integram FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Independente – mais alta hierarquia, não estão subordinados a nenhum outro órgão. Ex: Presidência da República; CD/SF; Tribunais Autônomo – subordinados aos independentes, possuem ampla autonomia Adm, Financeira e Técnica. Exercem atribuições de Direção / Supervisão. Ex. Ministérios de Estado e Secretarias Estaduais Superior – autonomia reduzida, apenas técnico Subalterno – mera execução, baixo poder decisório Posição Estatal dosórgãos Art. 37 § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Quanto a Estrutura do órgão • Simples (unitário) Um único centro de competências; Não se subdivide em outros órgãos Ex: Presidência da República • Composto Divide-se em diversos outros órgãos Ex. Ministérios FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Quanto a atuação funcional • Singular (unipessoal) Decisões tamadas por um agente Ex: Presidência da República • Colegiado Decisões tomadas por um grupo de agentes Ex. CD/SF/Tribunais FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br CENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO Criação de entidades administrativas pela Adm Direta (não há subordinação mas sim vinculação entre elas com um controle finalístico e supervisão – Tutela Adm), para auxiliar na prestação do serviço. DESCONCENTRAÇÃO Administração Direta • Realizar serviço; • Exercer poder de polícia; • Intervir na propriedade, e; • Realizar atividade de fomento U, E, DF e M – todos com personalidade jurídica de direito público Administração Indireta • Autarquia (Agências Reguladora/ executivas e consórcios públicos*) • Fundações Públicas de Dir. Público tem natureza de autarquia Pessoa Jurídica de Direito Público Outorga de Serv. Pub ou Ativ. Adm: Transferência da titularidade e execução do serviço por meio de Lei Pessoa Jurídica de Direito Privado (explora atividade econômica) Delegação: apenas a execução do serviço público. Ocorre por meio de contrato administrativo • Fundação Públicas de Direito Privado • Sociedade de Economia Mista • Empresas Públicas Órgãos (Subordinados/ Hierarquia com relação ao ente que o criou. Não são dotados de personalidade Jurídica nem capacidade processual. Contudo, alguns podem ser autores (MP e DP). Súmula 525 – STJ A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais CONCENTRAÇÃO* - extinção ou fusão de órgãos públicos FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: Caixa Prova: CESGRANRIO - 2012 - Caixa - Advogado A técnica de organização e distribuição interna de competências entre vários órgãos despersonalizados dentro de uma mesma pessoa jurídica e que tem por base a hierarquia denomina-se A descentralização B desconcentração C outorga D delegação E coordenação FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 6: • Adquirir uma visão estrutural das pessoas jurídicas no âmbito da Administração Pública • Compreender as teorias da relação entre Estado- Administração, agentes públicos e sociedade • Entender o conceito de órgão público e sua relevância na atividade administrativa FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 7 AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 7: • Analisar a organização administrativa a partir dos fenômenos da centralização, desconcentração e descentralização • Entender o funcionamento das autarquias públicas a partir de seu conceito, natureza e peculiaridades • Entender o funcionamento das fundações públicas a partir de seu conceito, natureza e peculiaridades FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Autarquias Dec Lei 200/67 Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Autarquias Pessoa Jurídica de Direito Público (se vincula ao art. 37 e demais princípios que regem a adm. Pública – Prerrogativas e sujeições da Adm Direta – contudo não tem capacidade política*) Criada / Extinta por Lei ordinária – específica – de iniciativa do chefe do executivo Art. 37 XIX CF (Ex: Lei Complementar nº 1.187/2012 – JUCESP - Lei 16.877/18) Art. 37 inc XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Autarquias • Regime Jurídico de Pessoal - Concurso – Estatutário (os agentes públicos ocupam cargos públicos) • Regime de Bens – Públicos Art 98 - 103 CC (Impenhoráveis – não pode ser dado em garantia em processo de execução; Inalienável – enquanto prestar serviço público, podendo ser vendido por licitação após sua finalidade; Imprescritível – não pode ser sujeitos a usocapião (transformar a posse em domínio). • Se causar dano, ela mesmo responde pois possui personalidade jurídica (eventualmente o ente federado criador pode ser chamado de forma subsidiária – se a autarquia não possuir condições patrimoniais e orçamentárias de indenizar a integralidade do valor.) • Responsabilidade objetiva – art. 37 §6º - basta se provar o nexo causal, não há que se provar dolo ou culpa. • Prerrogativas – Prazo em dobro para recorrer e contestar; imunidade tributária (art. 150 §2º). FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATOluis.margato@fmu.br Autarquias São dotadas de autonomia gerencial, orçamentária e patrimonial (não estão subordinadas hierarquicamente à Administração Pública Direta, mas sofrem um controle finalístico chamado de supervisão ou tutela ministerial) Não exercem atividade econômica – prestam serviços públicos, exercem o poder de polícia e promovem o fomento. Seus atos são administrativos, dotados portanto de presunção de legitimidade, exigibilidade, imperatividade e autoexecutoriedade. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Autarquias FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br As Agências Reguladoras, criadas como autarquias especiais pelo Poder Legislativo (CF, art. 37, XIX), recebem da lei que as instituem uma delegação para exercer seu poder normativo de regulação, competindo ao Congresso Nacional a fixação das finalidades, dos objetivos básicos e da estrutura das Agências, bem como a fiscalização de suas atividades. As Agências Reguladoras não poderão, no exercício de seu poder normativo, inovar primariamente a ordem jurídica sem expressa delegação, tampouco regulamentar matéria para a qual inexista um prévio conceito genérico em sua lei instituidora (standards), ou criar ou aplicar sanções não previstas em lei, pois, assim como todos os Poderes, Instituições e órgãos do poder público, estão submetidas ao princípio da legalidade (CF, art. 37, caput). EX: ANP – ADI 7031 (16/08/22) FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Jurisprudência do STF O Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas] não corresponde à noção constitucional de autarquia, que, para começar, há de ser criada por lei específica (CF, art. 37, XIX) e não na forma de sociedade civil, com personalidade de direito privado, como é o caso do recorrido. Por isso, o disposto no art. 20, c, da Lei 4.717/1965, Lei de Ação Popular (LAP), para não se chocar com a Constituição, há de ter o seu alcance reduzido: não transforma em autarquia as entidades de direito privado que recebam e apliquem contribuições parafiscais, mas, simplesmente, as inclui no rol daquelas – como todas as enumeradas no art. 1º da LAP – à proteção de cujo patrimônio se predispõe a ação popular. [RE 366.168] Lei 4.717/65 Art. 20. Para os fins desta lei, consideram-se entidades autárquicas: ... c) as entidades de direito público ou privado a que a lei tiver atribuído competência para receber e aplicar contribuições parafiscais. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Lei 4.717/65 Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br A OAB, por ter sido considerada “única” e “especial” pelo Supremo, apesar de ser um conselho de fiscalização de profissão, não precisa ter suas contas controladas pelo Tribunal de Contas da União ou fazer concurso para contratação de pessoal. A OAB pode, por exemplo, contratar funcionários sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho. Além disso, a entidade tem prerrogativas somente aplicáveis a entes públicos, como imunidade tributária e sujeição a competência da Justiça Federal, embora não se enquadre, segundo o entendimento do STF, em nenhuma hipótese do artigo 109 da Constituição. De acordo com o entendimento do STF na ADI 3.026/DF, a atribuição de regime peculiar à OAB decorreria de as atividades da entidade não se restringirem à esfera corporativa, mas alcançarem feição institucional. Conforme a Constituição, o Conselho Federal da OAB tem, por exemplo, legitimidade para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade perante o STF. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Considere a Administração Indireta. A pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei, é: Alternativas A Sociedade de Economia Mista. B Empresa Pública. C Órgão Público. D Autarquia. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Fundações Públicas – Presta serviço público sem finalidade lucrativa (sociais/pesquisa/educação) Fundação pública X Privada – é a personificação jurídica de um patrimônio (destina bens (1º) para criar uma pessoa jurídica(2º)) Essencialmente, se diferem pela origem dos bens, se são privados, fundação Privada (dir. Civil) e, se públicos, fundação pública. A fundação pública pode seguir dois regimes jurídicos (pode ser regido pelo Direito Privado – fundação governamental ou Direito Público – fundação autárquica (IBGE), neste caso, possui as mesmas características de uma autarquia. Assim, fundação pública de direito público e autarquias se equivalem). XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia (leia-se também, Fundação Pública de direito público) e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,definir as áreas de sua atuação; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Fundações Públicas de direito privado Fundação governamental – Pessoa Jurídica de Direito Privado - Autorizada por lei XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação (leia-se fundação pública de direito privado), cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; Autorização + Registro dos Atos Constitutivos (Cartório de Pessoas Jurídicas – não tem fins lucrativos) Regime Pessoal – Concurso + Celetista (empregado público sem estabilidade) Regime de Bens – Privados (mas os bens usados na prestação do serviço, serão públicos – impenhoráveis, inalienável e imprescritível) Lei complementar define a área de atuação para a Fundação atuar. Portanto, três fases. 1º Lei ordinária, específica de iniciativa do executivo para autorizar; 2º Registro; 3º LC definindo atuação Responsabilidade civil objetiva – 37 § 6º Não possui as prerrogativas da administração porque são regidos pelo Direito Privado FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Florianópolis - SC Prova: FEPESE - 2022 - Prefeitura de Florianópolis - SC - Procurador Municipal - Edital nº 001 Analise as afirmativas abaixo a respeito das autarquias: 1. São pessoas jurídicas de direito público externo. 2. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil é entidade sui generis; um serviço público independente, destituído de natureza autárquica. 3. Pertencem à administração pública indireta, criadas mediante autorização de lei, para o exercício de atividades administrativas atípicas. 4. São imunes a impostos, quando instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. Alternativas A É correta apenas a afirmativa 4. B São corretas apenas as afirmativas 2 e 4. C São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3. D São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-GO Prova: FGV - 2022 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto O Estado Beta editou legislação que (i) define a saúde pública como área de atuação passível de exercício por fundação pública de direito privado; (ii) autoriza a instituição de fundações públicas de direito privado destinadas à prestação de serviços de saúde (hospitais e institutos de saúde); e (iii) atribui a essas entidades autonomia gerencial, orçamentária e financeira, além de estabelecer o regime celetista para contratação de seus funcionários. No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a mencionada legislação estadual é: Alternativas A inconstitucional, haja vista que essas fundações públicas de direito privado não podem prestar serviços de saúde, sendo certo que tais fundações são veladas pelo Ministério Público Estadual; B constitucional, e essas fundações públicas de direito privado fazem jus à isenção das custas processuais e integram a Administração Pública indireta, mas não estão sujeitas ao controle finalístico pela Secretaria Estadual de Saúde; C inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime jurídico estatutário para seus servidores por se tratar de fundações públicas, gozando essas entidades das prerrogativas processuais, como isenção de custas; D constitucional, e essas fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção das custas processuais, mas integram a Administração Pública indireta e estão sujeitas ao controle financeiro e orçamentário realizado pelo Tribunal de Contas; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br STF – ADI 191 “ A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e também da natureza dos serviço por elas prestados. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO O Poder é único e indivisível e para seu exercício era conveniente estabelecer uma divisão de competências entre os três órgãos diferentes do Estado. Acentuou mais o equilíbrio do que a separação dos poderes FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 7: • Analisar a organização administrativa a partir dos fenômenos da centralização, desconcentração e descentralização • Entender o funcionamento das autarquias públicas a partir de seu conceito, natureza e peculiaridades • Entender o funcionamento das fundações públicas a partir de seu conceito, natureza e peculiaridades FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 8 EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO Objetivos da aula 8: • Entender o funcionamento das empresas públicas a partir de seu conceito, natureza e peculiaridades • Entender o funcionamento das sociedades de economia mista a partir de seu conceito, natureza e peculiaridades • Conhecer outras entidades ligadas à Administração Pública FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Sociedade de Economia Mista (S/A – 51% do capital pertence ao Governo e 49 % ao privado) Empresa estatal – Pessoa Jurídica de Direito Privado explora atividade econômica sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Produção de Bens e Serviços – Ex: Petrobras e Banco do Brasil) O Estado Busca lucro mas é exceção. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurançanacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Sociedade de Economia Mista Lei 13.303/16 Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pública, de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. § 1º A constituição de empresa pública ou de sociedade de economia mista dependerá de prévia autorização legal que indique, de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional, nos termos do caput do art. 173 da Constituição Federal . Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. § 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as responsabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , e deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse público que justificou sua criação. § 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na Comissão de Valores Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976 . FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Sociedade de Economia Mista (S/A – 51% do capital pertence ao Governo e 49 % ao privado) Empresa estatal – Pessoa Jurídica de Direito Privado Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Sociedade de Economia Mista Art. 173 § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: Art. 37 XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br ADI 1649/04 – É dispensável a autorização legislativa para a criação de empresas subsidiárias desde que haja previsão para esse fim na própria lei que institui empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei criadora é a própria medida autorizadora FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Sociedade de Economia Mista Art. 173 I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Lembrar que se sujeitam ao Art. 37) III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Sociedade de Economia Mista Art. 173 § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. § 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. § 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. § 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Auditor do Estado - Bloco II Assinale a opção que apresenta característica comum às sociedades de economia mista e às empresas públicas. A Estão sujeitas ao regime de precatórios, como regra. B Não gozam de privilégios fiscais não extensíveis ao setor privado. C Não precisam realizar procedimento licitatório, a fim de viabilizar a atuação no mercado competitivo. D São criadas por lei. E Não estão sujeitas à fiscalização dos tribunais de contas. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Auditor do Estado - Bloco II Assinale a opção que apresenta característica comum às sociedades de economia mista e às empresas públicas. A Estão sujeitas ao regime de precatórios, como regra. B Não gozam de privilégios fiscais não extensíveis ao setor privado. C Não precisam realizar procedimento licitatório, a fim de viabilizar a atuação no mercado competitivo. D São criadas por lei. E Não estão sujeitas à fiscalização dos tribunais de contas. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração pública são: A investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse público, a partir da descentralização de poderes. B passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta. C criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa. D instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃOE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração pública são: A investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse público, a partir da descentralização de poderes. B passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta. C criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa. D instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Lei 13.303/16 – Empresa Pública (admite qualquer forma societária admitida em lei) Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. Ex. Caixa Econômica Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Nas empresas públicas e sociedades de economia mista • Contratação por concurso público SÚMULA 390 DO TST ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. • Impossibilidade de acumulação de cargos • Submissão ao teto remuneratório, exeto os empregados das empresas estatais não dependentes do orçamento FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br CF - Art. 37, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Exercício. Veja a Lei Orgânica do Distrito Federal. Art. 19. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos poderes do Distrito Federal obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, motivação, participação popular, transparência, eficiência e interesse público, e também ao seguinte: X – para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República Federativa do Brasil, fica estabelecido que a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos, dos membros de qualquer dos Poderes e dos demais agentes políticos do Distrito Federal, bem como os proventos de aposentadorias e pensões, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei, não se aplicando o disposto neste inciso aos subsídios dos Deputados Distritais; § 5º O disposto no inciso X aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos do Distrito Federal para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. § 5º Aplica-se o disposto no inciso X a todas as empresas públicas e às sociedades de economia mista distritais, e suas subsidiárias. (emenda nº 99/17) ADI nº6.584 – 24/05/21 FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGM de João Pessoa - PB Prova: CESPE - 2018 - CGM de João Pessoa - PB - Técnico Municipal de Controle Interno - Geral Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada e descentralizada, julgue o item a seguir. A empresa pública, entidade da administração indireta, possui personalidade jurídica de direito público. Certo Errado FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGM de João Pessoa - PB Prova: CESPE - 2018 - CGM de João Pessoa - PB - Técnico Municipal de Controle Interno - Geral Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada e descentralizada, julgue o item a seguir. A empresa pública, entidade da administração indireta, possui personalidade jurídica de direito público. Certo Errado