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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
MARIA ISABEL DE JESUS SILVA
METODOLOGIAS ATIVAS ALIADAS AO USO DA TECNOLOGIA NAS
AULAS DE LÍNGUA INGLESA
RIACHO DE SANTANA
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
MARIA ISABEL DE JESUS SILVA
METODOLOGIAS ATIVAS ALIADAS AO USO DA TECNOLOGIA NAS
AULAS DE LÍNGUA INGLESA
RIACHO DE SANTANA
2022
METODOLOGIAS ATIVAS ALIADAS AO USO DA TECNOLOGIA NAS
AULAS DE LÍNGUA INGLESA
Maria Isabel de Jesus Silva1
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- O uso da tecnologia no ensino de Língua Inglesa tem demonstrado melhorar as habilidades
de interação verbal, aumentando o vocabulário dos alunos e melhorando a compreensão da leitura. Além
disso, o acesso à Internet e às mídias sociais permite o desenvolvimento de habilidades interculturais dos
alunos, bem como a promoção da conscientização global. Em vista disso, o uso da tecnologia aliadas às
Metodologias Ativas (MA) são vistas como mecanismos capazes de desenvolver a aprendizagem usadas
pelos docentes em sala de aula com o objetivo de nortear a formação crítica de seus alunos. Esse artigo
tem como objetivo geral apresentar uma reflexão sobre o uso da tecnologia em sala de aula e das
metodologias ativas podem ser de grande valia nas aulas de Língua Inglesa. Por fim, percebe-se que a
tecnologia tem muito a oferecer nas aulas de Língua Inglesa, principalmente aliada ao trabalho do
professor por uma inserção de uma metodologia ativa de ensino, considerando que ambas propiciam
uma aprendizagem mais significativa para o aluno, bem como permitem desenvolver a sua autonomia
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia. Língua inglesa. Metodologias ativas.
1 maisasilva1981@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da história da humanidade, até a fase contemporânea, o
homem tem criado invenções a fim de facilitar vida, para tal utiliza-se técnicas cada vez
mais modernas e sofisticadas. Nesse sentido, a tecnologia assume um papel
importante, pois é através das descobertas tecnológicas que ainda há muito o que
aprimorar, que consegue favorecer em muitos aspectos relacionados ao cotidiano das
pessoas.
Hoje, com o avanço da tecnologia, o ser humano tem um contato mais direto com
os múltiplos tecnológicos disponíveis que fazem parte da vida moderna, como por
exemplo: smartphones, internet, tablet, jogos, redes sociais, etc. Dessa forma, o uso de
metodologias ativas aliadas a tecnologia podem ser excelentes aliadas no processo de
ensino/aprendizagem, nas aulas de Língua Inglesa, permitindo que os professores
utilizem esses recursos como ferramentas de grande valia em sala de aula.
Dessa forma, surge a seguinte pergunta: Qual o papel das metodologias ativas
aliadas a tecnologia no ensino de Língua Inglesa? Motivado pelo questionamento
acima, este artigo acadêmico se debruça sobre os estudos das concepções e práticas
dos docentes de Língua Inglesa, com o objetivo de identificar de que forma as
metodologias ativas podem ser usadas nas aulas de Língua Inglesa.
Nesse contexto e juntamente com o avanço da tecnologia, muitos professores
têm (re) pensado novas formas de aprendizagem no ensino de línguas, de modo que as
tecnologias digitais façam parte do contexto escolar, servindo, assim, como instrumento
cultural e educativo capaz de mediar a relação ensino-aprendizagem e/ou
professor-aluno.
Além da consideração anterior, é importante também ponderar que não somente
o uso, mas o acesso às tecnologias digitais tem proporcionado uma mudança na
interação social, portanto, tem proporcionado também novas maneiras de pensar e agir
sobre o ensino e aprendizagem em contextos variados. Assim, refletir o que o uso
dessas tecnologias pode trazer para o ensino de língua inglesa é também (re) pensar
os métodos de ensino que consideram o aluno como um sujeito ativo do próprio
processo de ensino-aprendizagem.
O presente estudo não tem pretensão de sanar todas as dúvidas e lacunas
existentes decorrentes e às vezes, recorrentes, no processo de metodológico e
especificamente das Metodologias Ativas e, nem sequer, apresentar fórmulas definidas.
Desta forma, justifica-se por buscar despertar a atenção para a discussão sobre o tema
e oferecer alguns subsídios teóricos para o leitor / professor, enfrentar com mais
segurança o ensino da língua inglesa utilizando métodos de ensino que possa
potencializar as aprendizagens.
A metodologia deste estudo constitui-se por um trabalho de investigação
qualitativa, por meio de pesquisa bibliográfica, considerando a aproximação que se
estabelece com o objeto de pesquisa de modo descritivo e com abordagem
interpretativa.
A presente pesquisa se configura em três capítulos sendo o primeiro denominado
- Considerações sobre as Metodologias Ativas - no qual faz-se uma apresentação
conceitual do termo Metodologias Ativas.
No segundo capítulo, Benefícios das Metodologias Ativas no Ensino, conforme
indicativo do próprio título, as discussões são fundamentadas em teorias de estudiosos
da área que discutem as possíveis vantagens de explorar essas possibilidades
metodológicas no desenvolvimento da docência.
No terceiro e último capítulo identificado pelo título - Contribuições das
Tecnologias no Ensino da Língua Inglesa – apresenta-se nele o propósito de mostrar
que metodologias ativas personificam a educação de acordo com o contexto em que a
escola se insere, de forma, a dar mais significado para o aprendizado.
2 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS METODOLOGIAS ATIVAS
Segundo Araújo (2015) a etimologia da palavra metodologia, vem do grego e
compõe-se em três termos: “metá” (Através), hodós (caminho) e logos (ciência).
compreende-se, assim, que metodologia pode ser entendida como como um tratado ou
disposição sobre o caminho através do qual se busca, por exemplo, um dado objetivo
de ensino ou mesmo uma finalidade educativa. Não haveria, por conseguinte, uma
metodologia de ensino sem intencionalidade imediata, a curto prazo e de caráter
programático (constituída pelos objetivos), e mediata, de caráter teleológico (pelas
finalidades).
Metodologia é o caminho percorrido para alcançar determinado objetivo, ou seja,
é a forma que se escolhe para ampliar o conhecimento sobre determinado assunto, fato
ou fenômeno, “sendo uma série de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para
atingir determinado conhecimento” (ZANELLA, 2013. p. 19).
O modelo diretivo faz parte da teoria empirista, a qual acredita que o aluno é um
papel em branco e o professor é o único detentor do conhecimento, sendo assim, é
papel do professor imprimir no aluno o conhecimento (GASMAN, 1958).
Nesse método, a aprendizagem tem como foco o professor, “ele fala, o aluno
escuta”. A pedagogia-diretiva vê a educação como instrumento de adaptação do
indivíduo à sociedade, vê a sociedade como harmônica, equilibrada, integrada e não
precisa ser mudada, prezando pela preservação de seu status quo, esse é um modelo
educacional não-crítico.
A didática empirista acreditava que todo conhecimento provém da experiência e
que o ser humano nasce como uma tábula-rasa onde o professor precisa imprimir os
conhecimentos, pois é somente através da experiência e da razão que a criança
conseguira obter conhecimento. Esse modelo tradicional de ensino passou a ser
questionado, em sua eficácia, a partir da exigência de novas demandas educacionais,
como a proatividade,o autodidatismo e a capacidade de decisão e empreendedorismo.
Em meados de 1900, o pensador John Dewey, propôs o método Project Based
Learning (aprender fazendo), Masson et al (2012) explica que a proposta de Dewey era
estimular a autonomia e criticidade dos alunos, que aprenderiam na prática,
solucionando problemas:
[..] as diretrizes para o desenvolvimento dessa metodologia são: escolha prévia dos
números de participantes da equipe e determinação do período de realização do projeto;
escolha do tema, com objetivo didático-pedagógico, entre alunos e professores
abrangendo questões de múltiplos interesses; uso de recursos, sendo eles de propriedade
do aluno ou das instituições de ensino; e por último a socialização dos resultados dos
projetos (MENDES et al, 2018, p. 3-4).
Dewey valoriza a experiência e o caminho percorrido na obtenção do
conhecimento e, ainda, a necessidade de oferecer problemas aos alunos para
despertar-lhes a curiosidade, logo aumentando seu interesse, sua aplicação e difusão,
principalmente nas universidades. A concepção da aprendizagem focada no aluno,
além de um grande passo para a educação, sua aplicação tem potencial revolucionário
para o ensino, pois permite que o aluno se torne protagonista no processo de
ensino-aprendizagem, desenvolvendo e aprimorando novas habilidades, contribuindo
para a formação reflexiva e autônoma dos alunos (MELLO; ALMEIDA NETO;
PETRILHO, 2019).
A metodologia ativa é uma estratégia educativa que pretende focar no aluno o
processo de ensino-aprendizagem, de modo que o aluno participando como
protagonista construa o conhecimento com a mediação do professor. Dessa forma, o
processo de aprendizagem torna-se mais significativo e o aluno é capaz de aprender de
maneira mais efetiva, pois atua como protagonista de seu ensino (MELLO; ALMEIDA
NETO; PETRILHO, 2019).
As metodologias ativas valorizam o pensamento crítico e reflexivo, que resultam
em maior interesse dos alunos, e por conseguinte, otimiza a aprendizagem. Existem
variados tipos de metodologias ativas, sendo algumas mais eficazes em algumas
disciplinas do que outras.
3. BENEFÍCIOS DA METODOLOGIA ATIVA NO ENSINO
Valente, Almeida e Geraldini (2017) realizaram sua pesquisa a partir de um
trabalho prático do Programa de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade de São
Paulo, o qual, os autores afirmaram que os alunos do Programa de Pós-Graduação não
demonstraram muito conhecimento sobre as metodologias ativas e nem como
colocá-las em prática, por outro lado, os alunos que vivenciaram as experiências
práticas das metodologias ativas mostraram-se motivados, curiosos e entusiasmados
com a prática. Após as propostas e aplicação das metodologias ativas em diferentes
níveis de ensino da Educação Básica, os autores notaram duas situações: a recepção
positiva e interesse dos alunos e a falta de preparo dos professores. Os mestrandos
alegam que o curso não os capacita para o uso de metodologias ativas e tecnologias na
aprendizagem, porém, na prática profissional a maior demanda que lhes é cobrado,
justamente é sobre a aplicação de metodologias ativas e tecnologias.
Valente, Almeida e Geraldini (2017) explicam que as metodologias ativas
auxiliam a prática do docente e torna a aprendizagem significativa em todos os níveis
de ensino. Richartz (2015) concorda com os autores anteriores, e complementa que as
metodologias ativas personificam a educação de acordo com o contexto em que a
escola se insere, de forma, a dar mais significado para o aprendizado.
Souza, Vilaça e Teixeira (2021) buscaram a compreensão dos benefícios das
metodologias ativas para o ensino-aprendizagem por meio de uma revisão na literatura.
Os autores afirmam que as metodologias ocorrem como marco de quebra das práticas
pedagógicas tradicionais por uma prática em que o aluno se transforma em
protagonista de seu aprendizado, dessa forma, entre os benefícios estão: o maior
envolvimento dos alunos, o trabalho colaborativo, o desenvolvimento da autonomia
para a aprendizagem e a reflexão crítica e maior aproveitamento do curso pelo acesso
de informações e aprendizado em diferentes contextos e meios de comunicação dentro
e fora da escola.
Bartolomeu, Silva e Lozza (2017) afirmam que com o maior protagonismo do
aluno, pelas metodologias ativas, há o aperfeiçoamento do trabalho docente que inova
sua prática a partir da aplicação de diversas estratégias que potencializam o
aprendizado e desafia os alunos, envolvendo-os no aprendizado de forma ativa. Maciel
et al (2018) concordam que as metodologias ativas beneficiam professores e alunos,
ressignificando o processo educativo, seus objetivos e práticas, a partir do
protagonismo do aluno e mediação do professor. Porém, os autores ressaltam que,
ainda, há resistência por parte do sistema educacional brasileiro, por questões de
investimento em tecnologia e a defesa de um pensamento de retrocesso que afirma
que as metodologias ativas representam uma ameaça aos já consolidados tradicionais
métodos de ensino.
Silva, Toassi e Harvey (2020) afirmam que para o ensino da língua estrangeira é
necessário que haja a contextualização da língua aprendida à realidade do aluno para
que haja a facilitação da compreensão e assimilação. Nesse sentido, os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) atentam que para o aprendizado da língua estrangeira é
necessário compreender o que é a linguagem e sua aplicação e significado para a
sociedade, enfatizando a perspectiva de contextualização e progressão do
conhecimento no planejamento docente (BRASIL, 1998).
Silva, Toassi e Harvey (2020) explicam que para que o ensino da língua
estrangeiro seja significativo pode-se usar as metodologias ativas de aprendizagem e
as tecnologias da informação e comunicação, de forma que o bom planejamento para o
uso destas técnicas e recursos resultam em benefícios para o aprendizado e
desenvolvimento do aluno, como a autonomia, maior autoconfiança e aperfeiçoamento
da aprendizagem.
De todo o modo, Moura (2018) afirma que tendo a compreensão das
especificidades dos objetivos de aprendizado da língua estrangeiro, a carga horária e o
público-alvo, os docentes devem elaborar metodologias que considerem a
individualidade dos alunos durante o processo educativo e o método.
Dessa forma, as metodologias ativas que são capazes de desafiar os alunos, dão
significado ao aprendizado tornando mais fácil a assimilação pelo aluno e a apreensão
da língua estrangeira. Cabe ressaltar que a educação bilingue, desde a educação
infantil, vem acompanhada da alfabetização, porém, não devem ser impostas ao aluno
e sim estimuladas, de forma, a respeitar as fases de desenvolvimento dos alunos e
aprendizagem.
4 CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA
O uso das tecnologias digitais no ensino tem sido, mesmo que timidamente,
incorporado e também benéfico para os professores alcançarem objetivos específicos,
especialmente no que tange à aquisição de uma segunda língua, como a inglesa.
Segundo Araújo (2007), em termos de aprendizagem da língua inglesa, os recursos
digitais têm demonstrado apoiar os alunos no desenvolvimento de habilidades de
interação verbal, aumentando seu vocabulário e melhorando a compreensão da leitura.
Além disso, o acesso à Internet e às mídias sociais permite o desenvolvimento de
habilidades interculturais dos alunos, bem como a promoção da conscientização global.
Dessa forma, o ensino da Língua Inglesa, tanto nos finais do Ensino
Fundamental quanto no Ensino Médio é importante que o professor faça uso das
metodologias ativas de ensino que muito tem a contribuir com o ensino de inglês,
principalmente aliadas a tecnologia. Segundo Borges e Alencar (2014), as chamadas
Metodologias Ativas (MA) são vistas como maneiras de desenvolver a aprendizagem
usadas pelos docentes em sala de aula com o objetivo de nortear a formação crítica de
seus alunos. Assim, o usar essas metodologias mostram-se como um excelente aliado
para possibilitar a autonomiado aluno, despertando a sua curiosidade, incentivando
tomar decisões individuais e coletivas, oriundas das atividades essenciais da prática
social e em contextos do aluno.
Nesse aspecto, as metodologias ativas aliadas ao uso das tecnologias digitais
para além do entretenimento, ou seja, para o uso educativo como parte de uma cultura
escolar, tem ganhado espaço por meio de uma tomada de consciência, principalmente
das escolas e professores, de que essas tecnologias podem se tornar instrumentos
mediadores de conhecimento. Para Costa, Duqueviz e Pedroza (2015), as tecnologias,
enquanto instrumentos mediadores de conhecimento, por serem instrumentos
materiais, simbólicos e também culturais, permitem a interação com o outro de maneira
a orientar o desenvolvimento humano em suas práticas sociais.
Tendo em vista que tudo o que se faz e aprende é por meio de uma interação
com o outro, mediado por diversos instrumentos, as tecnologias digitais se tornam cada
vez mais importantes em participar do processo de ensino e aprendizagem nas escolas
e isso vai de encontro com as metodologias ativas, pois, independentemente do método
que o professor utiliza para promover uma aprendizagem ativa, é primordial que o aluno
que o aluno use sua mente e a capacidade de pensar, raciocinar, observar, refletir,
compreender, refletir que, juntas formam a inteligência. (PECOTCHE, 2011).
Diante disso, Paiva (2010) argumenta que a aquisição e a aprendizagem da língua
inglesa como segunda língua acontece quando o aluno, ao interagir com a língua,
observa o ambiente à sua volta e vê a necessidade de utilizar os propiciamentos
(affordances) que estão disponíveis ao seu alcance para ter experiências de acordo
com o seu próprio interesse. O que Paiva (2010) reflete nos possibilita termos um
aprofundamento acerca do ensino-aprendizagem pelo uso e funcionamento da
língua(gem) enquanto professores.
Observa-se, então, que o ensino e a aprendizagem na língua inglesa, enquanto
segunda língua, deve partir de um pressuposto de uma natureza dialógica, ao
considerar o aluno, por meio de sua interação verbal e práticas sociais de linguagem
um sujeito ativo, portanto, com autonomia no que diz respeito ao processo de
ensino-aprendizagem. Nesse sentido, como professores, ao compreendermos os
propiciamentos presentes nas várias situações de interação verbal que perpassam por
diversas instâncias enunciativas, levando em conta as formas de vidas específicas num
determinado tempo e espaço, devemos auxiliar o aluno a perceber tais affordances
para que ele possa se desenvolver, por meio de textos e situações autênticas, em
direção à produção de sentido da língua adquirida.
Segundo Sobral e Campos (2012), as metodologias ativas tratam-se de uma
compreensão mais abrangente sobre os processos educativos, que estimulam técnicas
de ensino-aprendizagem críticas e reflexivas, dentro de contextos específicos, que
abrange uma ampla participação do estudante, incentivando-o a responsabilizar-se pela
sua própria aprendizagem e, assim, desenvolve as funções psicossociais e
metacognitivas.
À vista disso, os diversos gêneros textuais, assim como os gêneros digitais
tornam-se objetos de ensino na sala de aula contemporânea, se valendo da interação
verbal, bem como das práticas sociais de linguagem, como o uso das variedades
linguísticas nas conversas informais, e-mails, telefonemas, mensagens de Whatsapp,
chats, entre outros. Além disso, a leitura e o contato com os gêneros textuais é um dos
eixos da BNCC:
LEITURA – compreender e interpretar textos escritos em língua inglesa
que circulam nos diversos campos e esferas da sociedade, de maneira
significativa e situada, vivenciando diferentes modos de leitura, bem como
diferentes objetivos de leitura, para, por exemplo, pesquisar e ampliar seus
conhecimentos de temáticas significativas para si. (BRASIL, 2018).
A aplicação sobre a percepção de affordances em sala de aula não considera
apenas o uso de material didático, pois envolve diversos dos recursos e materiais com
que os estudantes têm contato – mesmo que fora a sala de aula – inclusive aos
relacionados ao uso das tecnologias digitais. Essa é um dos meios de usar os gêneros
textuais aliados a tecnologia por meio de metodologias ativas e essa é uma das
propostas defendidas pela BNCC no ensino de Língua Inglesa:
O trabalho com gêneros verbais e híbridos, potencializados
principalmente pelos meios digitais, possibilita vivenciar, de maneira significativa
e situada, diferentes modos de leitura (ler para ter uma ideia geral do texto,
buscar informações específicas, compreender detalhes etc.), bem como
diferentes objetivos de leitura (ler para pesquisar, para revisar a própria escrita,
em voz alta para expor ideias e argumentos, para agir no mundo,
posicionando-se de forma crítica, entre outras). Além disso, as práticas leitoras
em língua inglesa compreendem possibilidades variadas de contextos de uso
das linguagens para pesquisa e ampliação de conhecimentos de temáticas
significativas para os estudantes, com trabalhos de natureza interdisciplinar ou
fruição estética de gêneros como poemas, peças de teatro etc. (BRASIL, 2018,
p. 244).
Considerando as inúmeras mudanças trazidas pela tecnologia, faz-se necessário
que os métodos e abordagens de ensino acompanhem essas mudanças. Aqui,
portanto, o papel do professor seria apresentar os cyber genres para os seus alunos,
incentivando-os a estudarem para além do ambiente da sala de aula para o efetivo
desenvolvimento das habilidades linguísticas. Dessa forma, o uso dos cyber genres no
ensino para o propiciamento de affordances é relevante no âmbito do ensino e
aprendizagem da língua inglesa, pois elas oferecem aos estudantes uma facilidade no
processo de evolução do seu aprendizado.
Nesse sentido, o uso das novas tecnologias possibilita uma maneira diferenciada
de aprender um idioma, bem como cria novos ambientes de aprendizagem,
possibilitando a inserção de componentes de mídia em sala de aula e até mesmo fora
dela pela iniciativa do próprio estudante, permitindo aumentar a atratividade do ensino
tradicional em sala de aula. Além disso, Berbel (2011), afirma que existem diversas
possibilidades de aplicação de metodologias ativas e elas possibilitam a autonomia da
aprendizagem do aluno.
O uso da informática em sala de aula não deve ser o principal meio de
apresentação do conteúdo em sala de aula, mas apenas um meio auxiliar na
implementação do processo educativo, principalmente se combinado junto as
metodologias ativas de ensino. É difícil argumentar sobre os méritos deste método, mas
é ainda mais conveniente usar a chamada abordagem de aprendizagem combinada, ou
seja, misturando diferentes técnicas, tradicionais e inovadoras. Nesse caso, o efeito
será mais eficaz. Em outras palavras, a Internet e as metodologias ativas não
substituem as formas e métodos tradicionais de ensino, mas permite que se atinja de
forma mais rápida e eficaz as metas e objetivos do processo educacional.
Apesar de previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o uso de
Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs) em classe amarga com a resistência
das escolas com padrão linear de transmissão de conhecimento.
Ao se referir às competências gerais que servem como diretrizes para a educação
brasileira, é elencada a Comunicação e a Cultura Digital, ou seja, a BNCC engloba o
uso de recursos audiovisuais como prática educativa. Além disso, faz-se necessário
para esse fim de adequação das competências gerais a formação continuada de
docentes.
Para trabalhar com as competências gerais, o professor também terá
que desenvolvê-las em si mesmo, além de rever posturas, atitudes e
comportamentos. Também necessita refletir sobre quais aspectos de sua
disciplina contribuem para o desenvolvimento dessas dez competências e
incluí-los, com intencionalidade, no planejamento das aulas. Isso não deve ser
feito de maneira isolada. A parceria com a coordenação pedagógica e com os
demaisdocentes é fundamental para que possa trabalhar de forma
complementar e reavaliar conjuntamente suas práticas pedagógicas.
(FERNANDES, 2017, p.7).
Ainda que seja aparente os alunos como personagens das narrativas
comunicacionais em seu cotidiano, onde recebem e transmitem conteúdos pelo aparato
das mídias digitais, os docentes seguem em descompasso com essa realidade, porém
a formação continuada em recursos audiovisuais, além de prevista por legislação, é
imprescindível para manter essa ligação docente e discente. Moran (2013, p. 56)
defende que “a linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes perceptivas”.
Assim, há um envolvimento dos alunos que possibilita a compreensão de um material
de variadas formas.
5 CONCLUSÃO
Esse trabalho de pesquisa permitiu um estudo mais aprofundando acerca da
influência e das possibilidades do uso da metodologia ativa aliada a tecnologia pode ser
altamente útil nas aulas de língua inglesa para a aprendizagem de uma língua
estrangeira.
Percebe-se que desde os primórdios, o homem tem criado invenções a fim de
facilitar a vida, nas quais utilizam-se de técnicas cada vez mais modernas e
sofisticadas. Nesse sentido, a tecnologia assume um papel importante, pois é através
dessas descobertas que significativamente tem a melhorar e facilitar muitos dos
aspectos relacionados ao cotidiano das pessoas.
A inserção da tecnologia usada no ambiente escolar é algo positivo para o
trabalho pedagógico, tanto em atividades do dia a dia quanto na organização e acesso
a informações através de aplicativos. Entretanto, é importante enfatizar que somente é
possível a concretização desse trabalho se o professor souber dominar esses recursos
tecnológicos. Uma dessas tecnologias é a utilização de recursos audiovisuais que muito
contribuem para a aprendizagem de Língua Inglesa.
Por tanto, o ensino de inglês deve estar atrelado ao conhecimento e
reconhecimento da importância de seu uso para a inserção no mercado de trabalho e
vida acadêmica, além de ser contextualizado a realidade cotidiana do aluno para que
faça sentido. Nesse sentido, as metodologias desenvolvem a autonomia do aluno e a
motivação, tornando o processo de aprendizado otimizado.
As metodologias ativas, dessa forma, se mostram como uma forma de superar o
modelo tradicional de educação na busca de uma educação efetiva que supere as
barreiras das dificuldades de aprendizagem e da exclusão, para propor uma
aprendizagem significativa que desperte a autonomia do aluno e respeite seu
desenvolvimento.
Contudo, percebe-se que a tecnologia tem muito a oferecer nas aulas de Língua
Inglesa, principalmente aliada ao trabalho do professor por uma inserção de uma
metodologia ativa de ensino, considerando que ambas propiciam uma aprendizagem
mais significativa para o aluno, bem como permitem desenvolver a sua autonomia
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ZANELLA, L.C.H. Metodologia de Pesquisa. 2ªed. Florianópolis: UFSC, 2013.

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