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Rany da Silva Araujo - RESUMO de Anestesiologia – 2019.1 
Avaliação pré-anestésica 
Considerações sobre o procedimento anestésico: Deve-se utilizar o método anestésico mais 
seguro possível. Algumas vezes é melhor esperar o animal melhorar de algum 
comprometimento que o animal tenha antes de realizar o procedimento cirúrgico. 
Exame clínico 
Todo anestesista deve saber fazer um bom exame clínico, porque ele deve saber avaliar todos 
os fatores relacionados ao animal para realizar o procedimento mais apropriado. 
Qualidade e segurança 
 Fatores inerentes à idade, sexo, raça. 
 Condição clínica 
 Medicações concomitantes 
 Preparo técnico 
 Equipamentos disponíveis 
Definir o protocolo anestésico 
A anamnese e o exame físico definem a escolha e a dosagem do anestésico a ser empregado. 
Fatores de risco na anestesia 
 Idade – principalmente os extremos de idade 
 Tipo de cirúrgica - existem cirurgias mais ou menos cruentas (“ensanguentada”). 
 Decúbito – o decúbito pode dificultar a expansão para o animal respirar 
 Fármacos de escolha 
 Duração da anestesia: quanto maior o tempo de anestesia, maior o tempo de 
influencia sobre a homeostase do animal. 
Identificação do paciente: Nome, espécie, raça, sexo, idade e peso. 
Anamnese 
 Tipo de procedimento cirúrgico: eletivo ou emergencial. 
 Duração e gravidade da doença 
 Sinais de doenças concomitantes: diarreia, vômito, convulsão, prostração, 
hemorragia, tosse, cansaço, entre outros. 
 Nível de atividade 
 Alimentação e alimentos recentes: O animal deve estar de jejum, porque o alimento 
pode fermentar devido a baixa motilidade ou pelo relaxamento do cárdia, o alimento 
pode voltar. Por isso pede-se jejum sólido de 6 a 8 horas. Não se pede mais jejum de 
água, porque o estomago demora meia hora para esvaziar da água, sendo assim não 
há necessidade de solicitá-lo, pois diminuiria a hidratação do animal. 
 Administração de medicamentos 
 Anestesias anteriores e reações 
 Histórico de doenças prévias 
Exame clínico 
 Condição geral: observar presença de caquexia, obesidade, ascite, gestação, 
hidratação, temperamento e aferir a temperatura. 
 Cardiovascular: observar frequência cardíaca, ritmo, qualidade pulso, tempo de 
preenchimento capilar e realizar a auscultação cardíaca. 
 Pulmonar: observar frequência de 15 a 25 pequenos animais e de 8 a 20 em grandes 
animais, coloração mucosas, realizar a auscultação e presença de obstrução das vias. 
 Hepática: observar presença de icterícia, coagulação, coma e convulsões. 
 Renal: observar presença de vômitos, oligúria, anúria, poliúria e polidipsia. 
 Gastrointestinal: observar presença de diarreia, distensão, vômito e auscultação. 
 Sistema nervoso: presença de agressividade, depressão, convulsão e inconsciência. 
 Metabólico ou endócrino: observar a temperatura, perda de pelos, diabetes, hipo ou 
hiperadrenocorticismo e problemas relacionados a tireoide. 
 Tegumento: observar hidratação, presença de neoplasias, parasitas, queimaduras, 
traumatismos, enfisema subcutâneo. 
 Musculoesquelético: observar a massa muscular, fraqueza e tremores (eletrólitos). 
Exames laboratoriais 
O padrão de exames laboratoriais varia conforme a idade e a patologia. No geral, inclui: 
 Hematócrito (Ht), Hemoglobina (Hb), Proteínas totais (Ptn T). 
 Hemograma, uréia, creatinina, ALT, AST, bilirrubina. 
 Na, K, Cl, Ca 
 Albumina 
 Radiografia tórax, ultrassom, ECG. 
A partir da anamnese e do exame clínico, pode-se pedir exames adicionais complementares. 
Por exemplo, para todo cachorro a partir de sete anos, devem ser feitos o raio x do tórax e o 
eletrocardiograma. 
Questão de prova: Qual a relevância para o anestesista de um resultado de hematócrito e 
proteínas totais abaixo dos limites esperados para a espécie? 
R.: O menor número de hemácias circulantes determina menor circulação de O2 carreando 
menos quantidade que pode ser necessária para o metabolismo tecidual. Hipoxemia -> hipóxia 
tecidual. A menor quantidade de proteínas pode determinar maior quantidade de fármacos 
livres, devendo sua dose ser diminuída para evitar overdose. 
Classificação ASA 
A classificação em ASA padroniza esse risco anestésico. 
ASA I – normal, sem doença sistêmica. 
Exemplo: castrações eletivas 
ASA II – doença sistêmica leve, sem limitação funcional. 
Exemplo: tumor de pele, fratura sem complicação, hérnias sem complicação, 
criptorquiectomia, infecção localizada, neonato, geriátrico, gestante ou obeso. 
ASA III – doença sistêmica grave que limita a atividade, mas não é incapacitante. 
Exemplo: febre, desidratação, anemia, caquexia ou hipovolemia moderada. 
ASA IV – doença incapacitante de ameaça constante a vida 
Exemplo: uremia, toxemia, desidratação grave com hipovolemia, anemia ou cardiopata 
descompensado. 
ASA V – moribundo, pouca expectativa de vida, com ou sem cirurgia. 
Exemplo: choque, infecção ou câncer terminal, politraumatizado. 
E – identifica a cirurgia como emergência 
Preparo pré anestésico 
Jejum alimentar: diminui a incidência de regurgitação, melhorar a ventilação facilitar a 
manipulação visceral. 
Cães, gatos e equinos: 12 horas. 
Ruminantes: 24 a 72 horas 
Em caso de emergência, não é possível realizar jejum alimentar. Em caso de animais 
diabéticos, o ideal é diminuir o tempo de jejum e/ou a quantidade de comida. 
Em neonatos, aves e pequenos mamíferos não se faz jejum, porque esses animais, porque 
esses animais mobilizam rapidamente seus estoques de glicogênio. 
Via de acesso patente 
Pode-se usar a veia cefálica ou a jugular quando não for possível a utilizar a veia cefálica. 
Estabilização do paciente 
 Hidratação 
 Anemia, hipoprotinemia 
 Eletrólitos 
 Disfunções cardíacas 
 Distúrbios respiratórios: Obstruções de vias aéreas superiores, pneumotórax, 
hemotórax, hérnia diafragmática, distensão abdominal – pré-oxigenação na máscara 
ou traqueostomia. 
 Disfunção renal 
 Temperatura: Alguns fármacos não fazem efeito em um animal hipotérmico. 
 
Preparo para o procedimento cirúrgico 
Pode ser feito antes ou depois da MPA 
 Tricotomia 
 Lavar a boca e as patas 
 Tirar ferraduras 
 Descomprimir (Ex: retirada de gás) 
 Vias de acesso 
Fluidoterapia 
Também deve ser considerada como uma forma de medicação, pois altera os parâmetros do 
animal e pode levar patógenos para seu organismo. Deve ser feita de forma consciente para 
não comprometer o animal, ou seja, não deve ser feita abaixo do necessário ou 
exageradamente. 
Para anestesia: 
 Cão: 5 a 10 ml/kg/h (total: 80 a 90 ml/h) 
 Gato: 2 a 5 ml/kg/h (total: 50 a 60 ml/h) 
 
 
 
Exemplo 1: Para anestesiar um cão de 10 kg, deve-se avaliar o turgor cutâneo e o tempo de 
preenchimento capilar (TPC) e avaliar a provável perda sanguínea durante a cirurgia. Nesse 
caso, o animal veio fazer uma OSH (cirurgia menos cruenta), pode-se fazer a fluidoterapia de 
5 ml/kg/hora: 
Para calcular o volume em ml a serem administrados em uma hora (ml/H), devemos calcular 
fluidoterapia proporcional ao peso do animal. 
5 ml/kg/h 
5 ml/h - 1 kg 
X ml/h - 10 kg 
50 ml/h 
Transformando de hora para minutos, tem-se: 
Se 50 ml em 1h é o mesmo que 50 ml em 60 minutos, podemos dividir 50 ml por 60 minutos 
para obter o volume administrado em um minuto. 
50 / 60 = 0,83 em 1 minuto (0,83 ml/min) 
Macrogotas: Aproximadamente 20 gotas equivalem a 1 ml – para animais com mais de 5 kg. 
Microgotas: Aproximadamente 60 gotas equivalem a 1 ml – para animais com menos de 5 kg. 
Sendo assim, nesse caso utiliza-se macrogotas. Para obtermos quantas gotas devem ser 
administradas por minuto: 
20 gotas/min – 1 ml/min 
X gotas/min – 0,83 ml/min 
16,6 gotas/min 
Pode-se ainda, simplificar a contagem de gotas, calculando o número de gotas em apenas 15 
segundos ao invés de um minuto completo. 
16,6 gotas – 60 segundos 
X gotas – 15 segundos 
4,15 gotas 
Aproximadamente 4 gotas em quinze segundos 
 
Exemplo 2: Cãode 10 kg para cirurgia de baço (cirurgia mais cruenta), utilizando a dose de 8 
ml /kg/ h. 
Se o cão apresenta 10 kg, será administrado 80 ml/h. Para converter para minutos: 
80 ml – 60 min 
X ml – 1 min 
1,33 ml/min 
Para saber quantas gotas (macrogotas) precisarão ser administradas por minuto: 
20 gotas/min – 1 ml/min 
X gotas/min – 1,33 ml/min 
26,6 gotas/min 
Pode-se simplificar a contagem de gotas, calculando o número de gotas em 15 segundos: 
26,6 gotas – 60 segundos 
X – 15 segundos 
6,65 gotas 
Aproximadamente 7 gotas em quinze segundos 
Exemplo 3: gato com 3 kg para OSH (menos cruenta), utilizando 2,5 ml/kg/h de dose de 
fluidoterapia. 
Se o animal apresenta 3 kg de peso corporal, o volume da fluidoterapia será de 7,5 ml/h. Para 
converter em minutos, tem-se: 
7,5 ml – 60 minutos 
X ml – 1 minuto 
0,125 ml/min 
Utilizando microgotas, calcula-se o número de gotas: 
60 gotas/min – 1 ml/min 
X gotas/min – 0,125 ml/min 
7,5 gotas/min 
Pode-se simplificar a contagem de gotas, calculando o número de gotas em 15 segundos: 
7,5 gotas – 60 segundos 
X gotas – 15 segundos 
1,875 gotas 
Aproximadamente 2 gotas em quinze segundos 
Cálculo de dose de medicação 
A concentração [ ] pode ser descrita em mg/ml, g/ml ou % (g/100ml). 
Exemplo: Maxicam pode estar na concentração de 0,2% ou de 2%. 
Na concentração de 0,2%, ou seja, de 0,2 g/ 100 ml. 
Passando de gramas para miligramas, tem-se 200mg em 100 ml. 
Passando de 100 ml para ml, tem-se: 
200 mg – 100 ml 
x mg – 1 ml 
2 mg/ml 
Na concentração de 2%, ou seja, de 2g/100 ml. 
Passando de gramas para miligramas, tem-se 2000mg em 100 ml. 
Passando de 100 ml para ml, tem-se: 
2000 mg – 100 ml 
x mg – 1 ml 
20 mg/ml 
Fórmula de volume de medicação 
 
 
 
 
Exemplo 1: Administração de morfina para cão de 10 kg. 
Dose de morfina: 0,1 - 0,5 mg/kg (varia conforme o procedimento que for realizado). 
Concentração do fármaco [ ] = 10mg/ml. 
Em caso do procedimento ser realizado em um cão hígido, pode-se optar pela dose de morfina 
de 0,25 mg/kg. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 2: Gato de 3 kg 
Concentração do fármaco [ ] = 10mg/ml 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diluição 
Muitas vezes, o volume de fármaco apresenta um valor muito baixo, para facilitar a 
administração, pode-se diluir a medicação. 
Exemplo 1: Diluição na proporção de 1:9 com solução fisiológica. 
Concentração do fármaco: 10 mg/ml 
Dilui-se com 0,1 ml de fármaco e adicionando 0,9 ml de solução fisiológica. Assim a 
concentração do fármaco fica dez vezes menor, passando da concentração de 10 mg/ml para a 
concentração de 1 mg/ml. 
Deve-se então calcular o volume de fármaco a ser administrado novamente, alterando a 
concentração: 
 
 
 
 
 
 
 ml 
Exemplo 2: Cão de 10 kg e Gato de 3 kg. 
Dose de Fenantil: 5mcg/kg 
Concentração do fármaco [ ] = 50 mcg/ml 
Volume a ser administrado no cão: 
 
 
 
 
 
 
 
Volume a ser administrado no gato: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão de prova: Calcular a dose e a diluição dos seguintes fármacos: Dobutamina, 
Noreprinefrina e Dopamina para um animal com 10 kg de peso corporal. 
 Dobutamina: Concentração do fármaco [ ] = 250mg/20 ml e sua dose é 5mcg/kg/min. 
Diluição 
É necessário realizar a diluição para ter o volume suficiente para realizar a infusão contínua. 
Um frasco de solução fisiológica, no geral, apresenta 500 ml. Tiramos 20 ml de solução 
fisiológica do frasco e colocamos 20 ml de Dobutamina. No volume de 500 ml, teremos 250 
mg, então a concentração da diluição vai ser: 
[ ] = 
 
 
 = 0,5 mg/ml 
 
Convertendo: calculamos quantos mcg estão presentes em um ml da diluição do fármaco. 
Sabendo-se que 1 mg equivale a 1000 mcg, temos: 
1mg – 1000 mcg 
0,5 mg – x mcg 
500 mcg/ml 
 
 
Volume 
A ser administrado para utilizar a dose de 5 mcg/kg/min. 
 
 
 
 
 
 
 = 0,1 ml/min 
Existem dois tipos de equipo: 
Macrogotas: Aproximadamente 20 gotas equivalem a 1 ml – para animais com mais de 5kg. 
Microgotas: Aproximadamente 60 gotas equivalem a 1 ml – para animais com menos de 5 kg. 
Como o animal tem 10kgs, utiliza-se macrogotas. 
20 gotas – 1 ml 
X – 0,1 ml 
X = 2 gotas 
Resposta: Então, deverão cair no equipo 2 gotas por minuto ou 120 gotas por hora. 
 Noreprinefina: Concentração do fármaco [ ] 2mg/ml. Volume da ampola: 4 ml. Dose 
de 0,3 mcg/kg/min. 
2 mg – 1ml 
X mg – 4 ml 
8 mg 
Sendo assim, uma ampola apresenta 8 mg de Noreprinefina. 
Diluição 
Tira-se 4 ml de um frasco de solução fisiológica de 500 ml, coloca-se 4 ml de Noreprinefrina no 
frasco, no volume de 500 ml, teremos 8 mg, então a concentração da diluição vai ser: 
8 mg – 500 ml 
X mg – 1 ml 
0,016 mg/ml 
Convertendo: calculamos quantos mcg estão presentes em um ml da diluição do fármaco. 
Sabendo-se que 1 mg equivale a 1000 mcg, temos: 
1 mg – 1000 mcg 
0,016 mg – x mcg 
16 mcg/ml 
Volume 
A ser administrado para utilizar a dose de 0,3 mcg/kg/min. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem dois tipos de equipo: 
Macrogotas: Aproximadamente 20 gotas equivalem a 1 ml – para animais com mais de 5kg. 
Microgotas: Aproximadamente 60 gotas equivalem a 1 ml – para animais com menos de 5 kg. 
Como o animal tem 10kgs, utiliza-se macrogotas. 
20 gotas – 1 ml 
X – 0,1875 ml 
X = 3,75 gotas 
Resposta: Então, deverão cair no equipo 3,75 (aproximadamente 4) gotas por minuto ou 225 
gotas por hora. 
 Dopamina: Concentração do fármaco [ ] = 5mg/ml. Ampola de 10 ml. Dose = 10 
mcg/kg/min. Peso do cão = 10 kg. Peso do gato = 3 kg. 
5 mg – 1 ml 
X mg – 10 ml 
50 mg em 10 ml (uma ampola) 
Diluição: 
É necessário realizar a diluição para ter o volume suficiente para realizar a infusão contínua. 
Um frasco de solução fisiológica, no geral, apresenta 500 ml. Tiramos 10 ml de solução 
fisiológica do frasco e colocamos 10 ml de Dopamina. No volume de 500 ml, teremos 50 mg, 
então a concentração da diluição vai ser: 
50 mg – 500 ml 
X mg – 1 ml 
0,1 mg/ml 
Convertendo: calculamos quantos mcg estão presentes em um ml da diluição do fármaco. 
Sabendo-se que 1 mg equivale a 1000 mcg, temos: 
1 mg – 1000 mcg 
0,1 mg – X mcg 
100 mcg/ml 
Volume 
A ser administrado para utilizar a dose de 10 mcg/kg/min. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volume = 1 ml/min ou 20 gotas/min (equipo macro) 
 
Medicamento pré – anestésica (MPA) 
É uma etapa essencial para o manejo anestésico seguro. Antecede e prepara para a anestesia, 
seja ela geral, local, dissociativa ou injetável. 
Objetivos: 
 Auxiliar na contenção do animal, reduzindo o estresse. 
 Facilitar a derrubada do animal 
 Pode ser feita analgesia preventiva, para um procedimento onde já é previsto haver 
estimulo doloroso. 
 Causar relaxamento muscular 
 Gerar menor requerimento anestésico: A dose necessária do fármaco para gerar 
anestesia do paciente é menor após a utilização da medicação pré-anestésica que sem 
o uso da mesma. Sendo assim, tem-se uma minimização do potencial de toxicidade. 
 Facilitar a indução e a recuperação 
 Diminuir a atividade reflexa autonômica 
ANTICOLINÉRGICOS 
Parassimpatolítico - inibe o sistema nervoso parassimpático. Por exemplo, a atropina que era 
utilizada antigamente como medicação pré anestésica, atuando contra os efeitos do tiopental, 
(diminuição do débito cardíaco). Atualmente é utilizada em situações de emergência 
envolvendo bradicardia para aumentar a frequência cardíaca. 
TRANQUILIZANTES - NEUROLÉPTICOS 
Fenotiazínicos 
 Acepromazina, clorpromazina, levopromazina: promove depressão do sistema 
reticularativador e bloqueio de receptores dopaminérgicos, adrenérgicos e 
muscarínicos. 
o Causa hipotensão por vasodilatação com taquicardia reflexa. 
o Cães puros, braquicefálicos e boxers são mais sensíveis, deve-se então 
diminuir a dose a ser utilizada nesses animais. 
o Causa prolapso peniano nos cavalos 
o Doses excessivas podem causar efeitos extrapiramidais, principalmente em 
equinos. 
o Não apresenta efeito em suínos 
o Quanto mais agressivo o animal for, maior a concentração de adrenalina 
circulante e maior o seu efeito hipotensor. 
o Diminui o hematócrito em até 30% e inibe agregação plaquetária. 
Questão de prova: Em relação à acepromazina, 
( ) cães das raças colies apresentam maior sensibilidade que os cães braquicefálicos, por 
isso deve ser administrado nos colies metade da dose realizada nas demais espécies (como 
SRD). 
( x ) não deve ser administrada em animais hipotensos e anêmicos. 
( ) é um agonista alfa-dois adrenérgico muito utilizado como tranquilizantes em equinos. 
( ) Todas as respostas anteriores estão corretas. 
Butirofenonas 
 Droperidol, azaperone: efeito similar aos fenotiazínicos. 
o Apresenta efeito em suínos 
SEDATIVOS 
Agonista alfa 2 
 Xilazina, detomidina, medetomidina: promovem redução da liberação de 
noradrenalina central e periférica - efeito simpatolítico. 
o Pode levar a sedação (dose-depedente) 
o Leva a breve hipertensão com bradicardia reflexa, não devendo ser utilizado 
em pacientes cardiopatas ou críticos. 
o Deve ser utilizados em pacientes hígidos. 
o Utilizado em cavalos para gerar analgesias somática e visceral. 
ANTAGONISTAS – revertem sua ação: Exemplo: Ioimbina para Xilazina. Sua dose é 
calculada proporcionalmente a dose administrada do agonista. 
ANALGÉSICOS – OPIÓIDES 
Protocolos de analgesia: 
Preemptiva - antes do estímulo doloroso. 
 Inibir a sensibilização central 
 Diminuir o requerimento anestésico: tanto na indução (efeito sedativo) quanto na 
manutenção (diminuindo a CAM – com exceção da morfina em equinos). 
 Melhorar a manutenção do plano anestésico: ao modular o sistema nervoso simpático. 
Na MPA com paciente com dor 
 Auxiliar na manipulação 
 Neuroleptoanalgesia: associação com tranquilizante (neuroléptico) 
 Diminuir o requerimento anestésico. 
Outros tipos de analgésicos: 
 AINES 
 Dipirona 
 Escopolamina 
 Adjuvantes 
Opióides 
Os efeitos desejáveis e indesejáveis são dependentes da espécie, intensidade da dor, via de 
administração, temperamento, condição clínica e princípio ativo. Cada espécie tem uma 
concentração e tipo de receptores opióides diferentes no SNC, em primatas e humanos terá 
um efeito sedativo, enquanto em equinos e felinos terá um efeito de disforia/excitação. 
Portanto, não se obtém tanta expectativa de uso dos opióides, de maneira geral, existindo 
exceções, na MPA de equinos e felinos. 
Quando há uma injúria tecidual, aumenta expressão de receptores opióides na periferia. Em 
caso de injúria, ao administrar o opióide, parte da concentração do fármaco se ligará no local 
da injúria e diminuirá a disponibilidade no SNC e consequentemente o efeito, sendo assim 
quanto maior a intensidade de dor do animal, menor o efeito de sedação/depressão 
respiratória por conta do desvio da ligação central para a periferia. 
Causa vômito principalmente em cães, pois há receptores opióides na zona de gatilho do 
vomito. Esse efeito se apresenta de acordo com a intensidade da dor, sendo esperado em 
animais hígidos e apresentam menores chances de ocorrer em um cão com uma fratura 
exposta, por exemplo, pela expressão de receptores opióides nesse local. 
 Morfina 
o Ação de 3 a 4 horas por via intravenosa e de 12 a 24 horas por via neuroaxial. 
o Não deve ser administrada por via intravenosa, porque leva a liberação de 
histamina gerando vasodilatação. 
 Meperidina 
o Causa sedação em gatos e equinos. 
o Não deve ser administrada por via intravenosa, porque leva a liberação de 
histamina gerando vasodilatação. 
Questão de prova: Por que se deve evitar administrar a morfina e a meperidina por via 
intravenosa em qualquer espécie animal? 
R.: Pode resultar na degranulação de mastócitos desencadeando uma reação histaminérgica. 
 Fentanil 
o Ação ultracurta, por via intravenosa, apresenta pico em 5 minutos e dura 30 
minutos. 
o Causa bradicardia e bloqueio átrio ventricular (BAV) significativos. 
 Metadona: 
o Antagonista dos receptores NMDA 
o Apresenta efeito sedativo baixo. 
 
 Butorfanol 
o Esse fármaco é agonista KOP e antagonista MOP, ou seja, ele se liga nos dois 
receptores, mas no KOP promove efeito e no MOP não, sendo assim gera 
bloqueio desses receptores e caso seja administrado outro opióide, este não 
apresentará efeito. Só será possível ativar o efeito do receptor MOP, quando o 
efeito do Butorfanol encerrar. 
o Em equinos, é utilizado associado com fármacos sedativos – 
neuroleptoanalgesia – dor visceral e prolonga a sedação. 
 Buprenorfina 
o Apresenta efeito teto, não ocorre intoxicação no animal, sendo mais seguro. 
 Tramadol 
o Efeito extenso – utilizado em pós operatório. 
Reversor opióide: Naloxona (antagonista) em caso de intoxicação. É necessário o 
devido cuidado ao reverter opióides de meia-vida longa, porque a Naloxona apresenta 
efeito máximo de uma hora. 
Indução Anestésica 
Objetivo: produzir narcose – sono induzido quimicamente. O animal deve apresentar ausência 
de reflexo palpebral, perda do tônus de mandíbula (permitindo a intubação), analgesia, 
amnésia e relaxamento muscular. 
Indução intravenosa: A via de preferência é a intravenosa pela sua indução rápida, mas, por 
outro lado, uma vez administrado, o fim dos efeitos depende da metabolização e excreção do 
fármaco. 
Características de um fármaco indutor: induzir narcose, ação ultracurta e não acumulativo. 
Barbitúricos 
 Tiopental 
o Apresenta pH 13, se sofrer extravasamento, pode levar a necrose 
extravascular. Pode ser utilizado em caso de emergência onde o animal esteja 
com acidose. 
o Causa depressão do SNC, cardíaca e respiratória. 
o Sensibiliza o miocárdio as catecolamias, predispondo a arritmias, não devendo 
ser utilizado em cardiopatas. 
o Apresenta metabolização hepática, não devendo ser administrado em 
neonatos (metabolismo hepático imaturo) ou geriatras (metabolismo hepático 
deficiente) ou hepatopatas. 
Não barbitúricos 
 Propofol 
o Causa depressão do SNC, cardíaca e respiratória. 
o Causa apneia transitória. 
o Causa hipotensão, não deve ser utilizado em cardiopata que não estão bem 
compensados ou em pacientes com instabilidade hemodinâmica (choque). 
o Metabolização hepática e extrahepática, ou seja, é metabolizado pelo fígado, 
mas não somente por ele, podendo ser utilizado em animais com o 
metabolismo hepático imaturo ou deficiente. 
 
 Etomidato: 
o Causa depressão do SNC, estabilidade cardíaca (podendo ser utilizado em 
cardiopatas) e estabilidade respiratória. 
o Causa hemólise ao ser administrado em bolus (repique). 
o Leva a supressão da adrenal. 
o Apresenta metabolização e excreção renal, não devendo ser utilizado para 
nefropatas e indicado para hepatopatas. 
o Pode causar vômito na indução. 
Dissociativos: 
Dissocia o tálamo do córtex e sistema límbico, levando a catalepsia. Estado cataleptóide: 
olhos abertos, hipertonia muscular, manutenção dos reflexos protetores, nistagmo, salivação e 
lacrimejamento. Não causa narcose. Aumenta a atividade do sistema límbico e do sistema 
nervoso simpático e causa amnésia. 
 Cetamina: 
o Permite uso das vias oral, nasal, retal, SC, IM e IV. 
o Utilizado em pacientes hígidos. 
ADJUVANTES 
Os fármacos indutores podem levar a efeitos adversos. Para gerar relaxamento muscular e 
potencializar os fármacos indutores, utilizamos relaxantes musculares de ação central como 
adjuvantes na indução anestésica. 
Benzodiazepínico 
 Midazolam e diazepam 
o Associado ao propofol: prevenção da rigidezparadoxal 
o Associado ao etomidato: prevenção das mioclonias (espasmos) 
o Associado a cetamina: prevenção de excitação 
Questão de prova: Qual fármaco NÃO deve ser utilizado como indutor em cães adultos 
saudáveis? 
( ) Tiopental isoladamente 
( ) propofol associado a cetamina 
( ) etomidato associado ao diazepam 
(X) midazolam isoladamente 
 Associação Tiletamina-Zolazepam: Zoletil 
 Éter gliceril guaiacol (ECG) 
Indução inalatória: A indução pode ser feita pela via inalatória através de máscara ou câmara, 
apresenta indução lenta, mas permite rápido ajuste do plano anestésico. 
 Indução na máscara: utilizado em aves, animais moribundos, na impossibilidade de 
acesso venoso, para evitar a contaminação ambiental. 
 Alto consumo de anestésico 
 O material deve ser transparente para permitir a observação da indução, não 
deve ser muito grande para não criar muito espaço morto e devem ser selados 
com luvas. 
 Deve-se pré-oxigenar o paciente e tomar os devidos cuidados com a 
contenção. 
 Caixas anestésicas: são pouco utilizadas devido a grande contaminação ambiental e 
alto consumo de anestésicos, mas apresenta redução significativa do estresse de 
contenção de gatos agressivos, animais de laboratório e animais silvestres. 
 O material deve ser transparente para permitir a observação da indução, o 
tamanho deve ser o suficiente para que o animal consiga deitar sem flexionar 
o pescoço. 
 Deve-se pré-oxigenar o paciente. 
O que deve ser feito se o animal parar de respirar? 
 Aguardar 30 segundos; 
 Produzir tração da língua; 
 Produzir estímulo doloroso; 
 Intubar imediatamente; 
 Iniciar a ventilação assistida até a volta da respiração espontânea. 
Anestesia Geral Inalatória 
Apresenta eliminação pela via respiratória, não dependendo da atividade hepática ou renal. A 
indução e a recuperação são mais rápidas. É econômica, porém, são necessários equipamentos 
para administração, treinamento e monitoração constante. 
Objetivos: narcose, relaxamento muscular e anestesia. 
Propriedades desejáveis de um anestésico geral: não irritante, livre de odores desagradáveis, 
facilmente controlável, que promova relaxamento muscular e analgesia adequados, não 
promova sangramento, apresente efeitos colaterais mínimos ou ausente, atóxico, não 
inflamável ou explosivo, compatível com outros fármacos e de fácil administração. 
CAM: concentração alveolar mínima ↑CAM ↓Potência 
CAM sevofluorano > CAM isofluorano > CAM halotano 
 Halotano 
o Utilizado em grandes animais, principalmente equinos. 
o Sensibiliza o miocárdio às catecolaminas, levando a contração ventricular 
prematura: extra-sistole ventricular, gerando assim uma arritmia– incomum 
ocorrer em equinos. Sendo assim não deve ser utilizado em caso de doença 
cardiovascular ou junto com fármacos simpatomiméticos. 
Questão de prova: Porque deve-se evitar o uso do halotano em cães e gatos? 
R.: Predispões a arritmias nestas espécies 
 Isofluorano 
o Utilizado principalmente para a manutenção anestésica de pequenos animais 
e como indutor para animais silvestres. 
o Hipotensor dose-dependente. 
 Sevofluorano 
o Utilizado na indução na máscara e manutenção de neonatos, pacientes críticos 
e animais silvestres. 
o Apresente menor depressão cardiovascular dose-dependente. 
 
Manutenção anestésica 
Objetivo: Manutenção do plano anestésico para realização do procedimento com o mínimo de 
estresse, desconforto, dor e efeitos adversos para o paciente e anestesista. O animal deve 
apresentar narcose, analgesia, amnésia e relaxamento muscular. 
Agentes voláteis = anestesia inalatória 
Agentes intravenosos = bolus e infusão contínua (tiva) 
Agentes inalatórios + intravenosos (piva ou balanceada) 
 
INTRAVENOSA 
 Tiopental: contraindicado para gestantes, neonatos, geriatras, cardiopatas, animais 
obesos ou muito musculosos, porque podem ficar deprimidos por horas. 
 Etomidato: não é utilizado, pois causa supressão da adrenal, hemólise e recuperações 
ruins. 
 Propofol: contraindicado para gestantes e pacientes como instabilidade 
hemodinâmica – choque. Pode ser utilizado em cardiopatas, desde que bem 
compensados. 
DISSOCIATIVA 
 Cetamina: É necessária associação com sedativo e/ou relaxante muscular. 
Manutenção dos reflexos protetores Causa estimulação cardiovascular. 
 Zoletil - associação Tiletamina-Zolazepam: Não indicado para gestantes (causa 
depressão fetal), neonatos, geriatras (metabolismo hepático imaturo ou deficiente), 
cardiopatas (sem reserva cardíaca) e pacientes críticos como em casos de trauma 
crânio-encefálico ou torácico. 
 
 
 
 
 
Circuitos anestésicos 
Objetivo: fornecer o vapor do anestésico com oxigênio de forma segura e controlada, remover 
o CO2 e o excesso de anestésico (diluição – sistema em T, válvula unidirecional sem re-
inspiração e absorventes de CO2 – cal sodada) 
1- Cilindros de oxigênio 
2- Válvula redutora de pressão: reduz a pressão do gás do interior do cilindro para uma 
pressão constante. *Manômetro: medidor de pressão. 
3- Fluxômetro ou rotâmero: controla a velocidade de gás fornecido. 
4- Vaporizador: volatiza os líquidos fornecendo concentrações clínicas e controláveis. 
Sem reinalação (Mapleson) 
 Necessita de alto fluxo de gases para remover o CO2 
 Poluição ambiental 
 Classificado de acordo com a entrada de gás fresco e saída de gás expirado. 
 (Animais menores que 7 kg) T de Ayres: gás fresco entra próximo ao paciente e saída 
pelo balão. 
Vantagens: É compacto, barato, não apresenta válvulas, apresenta pequeno espaço 
morto e baixa resistência na respiração 
Desvantagens: requer alto fluxo de gás e anestésico. 
 
 (Animais menores que 10 kg) Circuito de Bain: gás fresco entra pelo tubo interno e 
saída pelo tubo externo no balão. 
Vantagens: É compacto, barato, apresenta pequeno espaço morto e baixa resistência na 
respiração. 
Desvantagens: requer alto fluxo de gás e anestésico e o flush de O2 pode causa 
barotrauma. 
 
Com reinalação 
 Permite a reinação dos gases sem o CO2 
 A quantidade de reinalação depende da velocidade de fluxo de gás novo 
 Circuito fechado: válvula fechada 
 Circuito semi-fechado: válvula aberta. 
 Vantagens: representa economia do consumo de anestésicos, mantém o calor e 
umidade dos gases inspirados e apresenta menor poluição atmosférica. 
 Desvantagens: menor controle da concentração anestésica inspirada. 
 
Monitoração anestésica 
Objetivo: Maximizar a segurança anestésica monitorando parâmetros fisiológicos do paciente 
a fim de se estabelecer o plano anestésico Ideal. 
Plano anestésico: balanço entre a quantidade de anestésico administrada, intensidade do 
estímulo cirúrgico e gravidade da doença preexistente. Permite o reconhecimento precoce e 
correção de intercorrências que possam culminar em óbito e auxilia no estabelecimento de 
uma profundidade anestésica com mínimos efeitos a homeostase do paciente. 
Bases para o plano de monitoração: condição clínica do paciente, tipo e duração do 
procedimento, equipamentos disponíveis, tipo e duração da anestesia. 
Técnicas: 
 Não invasivas: simples, facilmente executáveis e informativas. Não invade qualquer 
superfície corporal. Não apresenta risco de complicação secundária, no entanto, 
apresenta menor acurácia. Ex: oximetria de pulso 
 Invasivas: colocação de dispositivos no interior do corpo. Maior acurácia, menor 
interferência e requer maior conhecimento e habilidade. Pode lesar o tecido, 
predispor a inflamação ou infecção. Ex: cateter em artéria 
Princípio: monitoração de respostas compensatórias a estimulação anestésica e cirúrgica. 
Avalia-se de maneira isolada e integral. 
PLANOS DE GUEDEL 
Perfil padronizado de acordo com a profundidade. 
Estágio I – início da indução até perda da consciência (analgesia) 
Consciente, mas com características de analgesia. Respiração regular, pupila normal, 
movimento ocular voluntário,reflexos presentes, tônus muscular normal, desorientação com 
reflexos normais ou hiper-reflexia. Começa a ativar o simpático, com descarga de adrenalina 
levando ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial com salivação excessiva. 
Estágio II – delírio ou excitação 
Não tem mais consciência, mas organismo começa a “lutar” para o paciente acordar. Começa a 
ter respiração irregular e superficial, pupila dilatada, midríase, nistagmo, reflexos presentes, 
aumento do tônus simpático com aumento da frequência e da pressão arterial, podendo 
apresentar vômito, micção e defecação. Ideal é pular o estágio II, usando MPA efetiva. 
Estágio III – cirúrgico 
Inconsciente, com relaxamento muscular, diminui reflexos simpáticos. 
 Plano 1: superficial. - aumento da FR e amplitude (pela retenção de CO2 anterior) 
pupila contraída, miose, presença de reflexo palpebral, laríngeo e cutâneo, resposta a 
dor presente, relaxamento muscular leve, FC e PA normal. 
 Plano 2 – plano desejado para manutenção do animal: início da depressão 
respiratória e cardiovascular, pupila normal, reflexo laríngeo, corneal e peritoneal 
começam a desaparecer e relaxamento muscular moderado. 
 Plano 3: depressão respiratória e cardiovascular, início da midríase e relaxamento 
muscular profundo. 
 Plano 4 - não deve ser alcançado: respiração abdominal, midríase, depressão 
cardiovascular acentuada – hipotensão. 
Parâmetros 
 
 Posicionamento do globo ocular permite saber se o animal está em plano cirúrgico 
adequado. A anestesia dissociativa não entra no plano de Guedel e não sinaliza o plano 
cirúrgico pelo posicionamento do globo ocular. 
 Ventilação Avaliar a frequência e padrão respiratório. Visualmente, pelo monitor ou 
pelo capnógrafo. 
 Coloração das mucosas: pode indicar se a ventilação pulmonar e perfusão periférica 
esta eficiente ou não. 
 Oxímetro de pulso (SpO2): saturação de oxigênio na hemoglobina. Ideal para paciente 
que está respirando o O2 100% fique acima de 98%. 
 Capnógrafo (EtCO2): concentração de CO2 ao final da expiração. Reflete a pressão de 
CO2 que o paciente está expirando. O acúmulo de CO2 pode gerar acidemia no 
sangue que pode inibir várias reações metabólicas. No animal anestesiado pode ficar 
em até 60mmhg. 
 Et gases - analisador de gases: Calcula a concentração de gases anestésicos ao final da 
expiração via analisador de gases e junto com a CAM da espécie pode determinar a 
profundidade anestésica. 
 Pulso - palpação das artérias periféricas: reflete a perfusão periférica. 
 Palpação do coração 
 Esteto esofágico 
 Monitor multiparamétrico: oxímetro de pulso e contagem da onda R no ECG. 
 Tempo de preenchimento capilar: indica a perfusão periférica. 
 ECG - atividade elétrica do coração: indica frequência e ritmo para identificar arritmia. 
 Pressão arterial (não invasiva) oscilométrico e Doppler: a acuidade depende do 
tamanho do manguito. 
 Temperatura: pode aumentar ou diminuir a profundidade anestésica e o tempo de 
recuperação. 
 Débito urinário: mensuração indireta do fluxo sg renal. 
Complicações anestésicas 
 Hipotensão intraoperatória 
o Diminuir a profundidade anestésica (pacientes saudáveis) 
o Se for decorrente de vasodilatação, corrigir déficit de volume na fluidoterapia. 
o Para corrigir bradicardia: atropina 
o Para corrigir pressão coloidosmótica em pacientes hipoproteicos: plasma ou 
coloides. 
o Inotrópicos: dobutamina 
o Vasopressores: dopamina, efedrina, noradrenalina 
 Hipertensão intraoperatória 
 Arritmia: de acordo com o efeito fisiológico e potencial para evoluir para um ritmo 
letal. 
 Bradicardia Cão: Tratamento com atropina, glicopirrolato, epinefrina. 
 Taquicardia sinusal - sinal clínico, mas pode se tornar um problema quando 
compromete o tempo de preenchimento ventricular (diástole), diminuindo o débito 
cardíaco: tratamento com lidocaína, propranolol, esmolol. 
 Hipoventilação: ventilação assistida ou controlada (mecânica). 
 Hipoventilação 
 Hipotermia: 
Questão de prova: A hipotermia é a principal complicação do pós anestésico imediado, 
podendo ocorrer também no transoperatório. Neste paciente, cite duas possíveis causas: 
Fluido frio, sala gelada, ausência de aquecimento (com colchão térmico), anestesia muito 
profunda, fármacos que induzem hipotermia (se foi usado). 
 
 
Anestesia locorregional 
Técnicas de anestesia auxiliares a anestesia geral para promover bloqueio ou modulação dos 
processos fisiológicos que levam a percepção da dor e das respostas fisiológicas e 
comportamentais a este processo 
A analgesia adequada acelera a recuperação, diminui o tempo e custo hospitalar, diminui as 
reincidências, proporciona qualidade de vida e aumenta a produtividade. 
o Pacientes de alto risco 
o Diminuição do requerimento de anestésicos injetáveis e inalatórios 
o Econômica 
o Não requer equipamentos 
o Mínima depressão do organismo 
o Analgesia residual no pós-operatório 
o Requer sedação ou anestesia geral para ser realizada 
Questão de prova: Cite duas vantagens dos bloqueios locorregionais em relação à analgesia 
sistêmica para cirurgia de membros locomotores. 
 Bloqueio total do estímulo doloroso. 
 Seguro em pacientes de alto risco pela mínima depressão cardiorrespiratória 
 Diminui o requerimento de anestésicos gerais 
 Mais econômica 
 Analgesia residual pós-operatório. 
Anestésicos locais: lidocaína, bupivacaína, levobupivacaína e ropivacaína. 
Outros fármacos com efeito anestésico local: morfina, metadona, meperidina, cetamina, 
xilazina. 
Equipamentos: estimulador de nervos periféricos, ultrassom. 
Preparo: acordado, sedado, anestesia superficial, tricotomia, antissepsia. 
Contraindicações: dermatite, distúrbios da coagulação, neuropatias periféricas e fraturas 
próximas. 
Técnicas: Tópica, infiltrativa, linha de incisão, L invertido, tumescência, paravertebral, 
intercostal, pudendo interno, ocular (peribulbar, retrobulbar, nervo oftálmico, nervo lacrimal, 
nervo zigomático, auriculopalpebral e supraorbitário), cavidade oral (nervo infraorbitário, 
mandibular e mentoniano). 
Para descorna: nervo cornual e infiltrativa circular 
Membro torácico: plexo braquial (paravertebral e subescapular), bier, nervos periféricos e 
intra-articular. 
Neuroeixo: epidural e intratecal/subaracnóide/raquianestesia 
Analgesia e/ou anestesia segmentar 
É necessário o conhecimento da anatomia, tricotomia e antissepsia, contenção física/química e 
material apropriado. 
 Propósito: anestesia e/ou analgesia (temporária ou contínua) 
 Indicações: anestesia para procedimentos em pé e terapia analgésica pós operatória. 
 Contraindicações: infecções de pele próximas ao local, doenças nervosas medulares, 
pacientes debilitados com risco de ataxia e decúbito. 
*Cateter epidural: indicado para laparotomias 
Questão de prova: Em relação à taxa metabólica basal das espécies: 
( ) Animais de pequeno porte como pôneis apresentam maior taxa metabólica que equinos 
de raças bretão e percheron, por isso devem receber menor dose (em mg/kg) 
( ) Animais de grande porte como as raças bretão e percheron apresentam menor taxa 
metabólica que as raças de pôneis, por isso devem receber maior dose (em mg/kg) 
( ) Toda as alternativas anteriores estão corretas 
(x) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
Questão de prova: Você é convidado para organizar uma campanha de castração de 15 gatos 
fêmeas que acontecerá em um dia, nos quais será realizado somente exame clínico e 
mensuração do hematócrito e proteína plasmática total. 
a) Monte um protocolo, citando os fármacos e via de administração, de acordo com a 
sua função: 
Para medicação pré-anestésica: 
 Acepromazina ou Clorpromazina 
 Xilazina 
 Opióides isolados ou associados a um sedativo 
Para a indução anestésica: 
 Propofol (pode associar benzodiazepínico) 
 Tiopental (pode associar benzodiazepínico) 
 Cetamina + Benzodiazepínico 
Paramanutenção anestésica: 
 Infusão ou bolus propofol 
ou 
 Infusão ou bolus tiopental 
ou 
 Infusão ou bolus cetamina 
Para analgesia trans-operatória: Opióides, dipirona, escopolamina, AINES, lidocaína. 
Para possíveis emergências: Atropina, adrenalina, ioimbina (se usou xilazina) 
b) Sabendo que só estará disponível um estetoscópio e um termômetro, qual a 
monitoração possível a ser realizada? 
Frequência cardíaca e respiratória, qualidade de pulso, TPC, coloração da mucosa, 
temperatura retal. Reflexos protetores e posicionamento do globo ocular, conforme planos de 
guedel. 
Questão de prova: Durante a anestesia inalatória de um pastor alemão, 5 anos, para retirada 
de um nódulo na parede torácica, o globo ocular que estava rotacionando, centralizou. 
Como saber se o plano anestésico está superficial ou profundo? 
Observando outros reflexos protetores, midríase ou miose, além dos parâmetros 
cardiorespiratórios. 
Questão de prova: Caso clínico: Jorginho, pincher, 9 anos, 2,8kg de peso. Admitido para a 
retirada de cálculo dentário (tártaro) na arcada dentária superior e inferior. A proprietária 
relata que o animal já foi submetido a duas cirurgias (com 3 e 5 anos), com a mesma 
finalidade, sem incidentes. Relata também que o animal não apresenta sinais de doença 
cardíaca como cansaço fácil, edema de extremidades ou tosse. Se alimenta normalmente. 
Animal ativo, porém não aceita a manipulação e morde se contido com veemência. 
a) Quais os exames pré-operatórios que devem ser solicitados? 
Hemograma + bioquímica sérica (no mínimo creatinina e alt) + proteína total e albumina + 
avaliação cardiológica (ECO + ECG + RX TÓRAX) 
b) No caso dos exames solicitados serem considerados todos normais, descreva um 
protocolo anestésico para o animal, citando a finalidade do fármaco, dose utilizada, 
volume administrado e via de administração: 
Fármaco Finalidade Dose Volume Via 
 
 
 
 
(CÁLCULOS NA PROVA! NÃO ESQUECER DO ANALGÉSICO!) 
c) Se os exames indicassem que o animal apresenta uma cardiomiopatia compensada 
(isto é, sem alterações clínicas), você mudaria algum fármaco do seu protocolo? Se 
sim, porquê? 
Halotano, xilazina, acepromazina, cetamina, tiopental e loletil. 
d) Qual a fluidoterapia indicada para este paciente, considerando uma taxa de 2 
ml/kg/15 min? 
Indicar equipo e tipo de fluido, em gotas por segundo – deixar os cálculos indicados! 
2ml/kg/15 minutos é o mesmo que 8ml/kg/h 
8 x 2,8 = 22,4 ml em 60 minutos 
Em um minuto, são 0,37 ml (22,4 dividido por 60 minutos). 
1 ml --------- 20 gotas 
0,37 ml ----- x X = 7,4 gotas em 60 segundos 
1 ml --------- 60 gotas 
0,37 ml ----- x X = 22,3 gotas em 60 segundos. 
e) Durante o transoperatório, o animal apresentou apneia. O que deve ser feito? 
Neste caso, o animal já deve estar intubado e com suplementação de oxigênio, portanto: 
diminuir o anestésico, esperar de 30 a 60 segundos; Realizar ventilação manual assistida ou 
mecânica; Realizar estímulo álgico. 
Questão de prova: Calcule o bolus e infusão contínua de lidocaína (volume total e taxa de 
administração em gotas por segundo) para o animal no caso clínico com previsão de duas 
horas de duração. 
Bolus: 1,4 mg/kg 
IC: 0,050 mg/kg/min 
Taxa: 2ml/kg/15 minutos 
Usar fluidoterapia para administrar a IC 
Bolus: 1,4 mg x 2,8 kg = 3,92mg dividido por 20 = 0,196 ml 
IC: 0,05 mg x 2,8 kg x 2h = 0,28 mg dividido por 20 = 0,014ml* 
*Adicionar este volume de lidocaína no volume de fluido que ele vai receber em duas horas. 
1h -> 22,4ml (questão 10) 
2h -> 44,8 ml de fluido + 0,014ml de lidocaína 
No equipo micro: 1 gota/3 segundos. No equipo macro: 1 gota/8seg. 
Fármaco Dose Volume 
Acepromazina (0,2%) 0,05 mg/kg 0,07ml 
Tiopental (2,5%) 8 mg/kg 0,89 ml 
Azaperona (4%) 2 mg/kg 0,14ml 
Zoletil (5%) 6 mg/kg 0,33 ml 
Propranolol (2%) 0,1 mg/kg 0,01 ml 
Clorpromazina (0,5%) 2 mg/kg 1,12 ml 
Morfina (1%) 0,5 mg/kg) 0,14 ml 
Diazepam (0,5%) 0,05 mg/kg 0,02 ml 
Xilazina (10%) 0,04 mg/kg 0,001 ml 
ECG 50 mg/kg 140 mg 
Cetamina (10%) 12 mg/kg 0,33 ml 
Midazolam (0,5%) 0,1 mg/kg 0,056 ml 
Meperidina (1%) 3 mg/kg 0,84 ml 
Prometazina (2,5%) 1 mg/kg 0,11 ml 
Etomidato (0,5%) 1 mg/kg 0,56 ml 
Atropina (0,5%) 0,02 mg/kg 0,01 ml 
Fentanil (0,01%) 0,005 mg/kg 0,14 ml 
Ioimbina 1% 0,1 mg/kg 0,02 ml 
Meloxicam (1,5%) 0,2 mg/kg 0,03 ml 
Furosemida (0,2%) 2 mg/kg 2,8 ml 
Adrenalina (0,05%) 0,2 mg/kg 1,12 ml 
Propofol (1%) 6 mg/kg 1,68 ml 
Isoflurano 1-3V% 
Sevofluorano 2-7V% 
Halotano 1-5V% 
 
Questão de prova prática: Cadela boxer 25kg, ASA I, OSH 
MPA: Acepromazina (1%) 0,02 mg/kg 
 Morfina (10 mg/ml) 0,3mg/kg 
Indução: Propofol (6mg/kg) 10 mg/ml 
Manutenção: 0,4 mg/kg/min – Propofol 
 0,1 mg/kg/min – Lidocaíma 
 0,05 mg/kg/min – Cetamina 
 
Preencha a tabela a seguir com o fármaco e a via de administração: 
 MPA INDUÇÃO MANUTENÇÃO ANALGESIA 
Canina fêmea 
com parto 
distocico 
 
Leão para 
exames de 
rotina 
 
Papagaio de 
35 anos 
retirada de 
pena 
 
Cão neonato 
Anestesia em aves 
 Alta variação entre as espécies 
 Taxa metabólica basal: As aves apresentam alta taxa metabólica. Pode ser calculada 
baseada na temperatura corporal média. 
 Dose: é calculada a partir da taxa metabólica e da temperatura corpórea 
 As aves apresentam o pulmão dorsal ao coração e não apresentam diafragma, tanto a 
inspiração quanto a expiração são ações ativas da musculatura intercostal, devemos 
ter os devidos cuidados para não levar a uma parada respiratória. 
 As aves e os répteis apresentam sistema porta renal que define o sentido do retorno 
venoso dos membros pélvicos, trato gastrointestinal e pelve: se o sistema nervoso 
simpático tiver ativado, desvia do rim e vai direto pro sistema porta hepático, se o 
sistema nervoso parassimpático estiver ativado, passa pelo rim. Por isso devemos 
evitar administrar fármacos nos membros pélvicos desses animais. 
 Muitas alterações nesses animais são causadas por má nutrição, como a 
imunossupressão, doença hepática e cardiovascular e sedentarismo que pode levar a 
obesidade mórbida. 
 Exame clínico: observa-se a postura e o empenamento, assim como o eriçamento das 
penas. 
 
 Contenção física: pode ser fatal devido ao estresse de captura (miopatia de captura) 
quando o sistema nervoso simpático é tão ativado que a atividade muscular intensa 
leva ao acúmulo de ácido láctico que pode causar necrose da musculatura. É 
necessário saber fazer a contenção ideal conforme a espécie e as suas defesas para 
evitar ferimentos ao profissional e ao paciente. A equipe deve ser organizada para 
realizar a contenção no menor tempo possível, diminuindo o estresse. O material deve 
estar à disposição para evitar imprevistos. 
 Palpação: avalia-se o estado nutricional do animal. Exemplo: peito seco. 
 As hemácias são nucleadas. 
 Jejum: deve ser de 24 horas em aves de rapina e de 0 a 4 horas nas demais. 
 Acesso pela jugular direita 
 Circuito anestésico – menos de 7 kg: circuito sem reinalação. Baixa resistência, baixo 
espaço morto - o volume corrente das aves é insuficiente para mover o gás no sistema. 
Alto fluxo para eliminar o CO2. 
 MPA 
o Sem vantagens comprovadas 
o Opióides podem diminuir a CAM 
o Midazolam intranasal 
 Indução 
o Feita na máscara 
o Cetamina + midazolam ou zoletil 
 Manutenção 
o Isoflurano 
o Sevoflurano 
 
 Anestesia inalatória 
o A máscara muitas vezes precisa ser adaptada. 
o Aves e répteis, não tem glote, sendo mais fáceis de intubar. 
o O traqueotubo deve ser preso ao bico do animal para evitar que se solte. 
o Válvula de reinalação: muito interessante para aves. Diferencia expiração e 
inspiração, jogando o ar expirado para fora. 
 Canulação do saco aéreo caudal 
 Fluidoterapia: intravenosa, subcutânea e intraóssea – a medula óssea é alcançável 
atravésde agulha. 
 Monitoração: reflexo de retirada, oximetria, movimentos respiratórios, temperatura 
(de 40 a 42ºC), capnografia e ECG. 
 Recuperação: deve se conter o animal até que ele comece a se locomover, porque 
quando começa a se recuperar, retorna os movimentos bruscamente.