Os heterosídeos cardíacos são um grupo de metabólitos secundários do tipo esteroides, ligados a moléculas de açúcar, com ação potente sobre o músculo cardíaco. Como exemplo podemos citar a digoxina e a digitoxina, usadas para o tratamento da insuficiência cardíaca e algumas arritmias. Elas são extraídas das espécies vegetais chamadas dedaleira (Digitalis purpurea) e digital-de-flor-amarela (Digitalis lanata) (Figura). Essas espécies fornecem cerca de 90% da produção total dos heterosídeos cardioativos, que são obtidos exclusivamente de fontes naturais. A história dos medicamentos mostra que o estudo das características físico-químicas das diferentes substâncias é fundamental na formulação de medicamentos cada vez mais adequados ao tratamento das afecções humanas. Fonte: SIMÕES, C. M. O. et al. Farmacognosia: do Produto Natural ao Medicamento. Porto Alegre: Artmed, 2017.Com base no texto e na figura, analise as afirmativas a seguir: I. O baixo índice terapêutico de todos os fármacos cardiotônicos é muito semelhante, e a margem de segurança é pequena, pois a dose terapêutica é apenas 50 a 60% inferior à dose tóxica. II. A digitoxina difere da digoxina apenas pela ausência de um grupo hidroxila na posição C12, mas esta diferença não implica em alterações farmacocinéticas ou clínicas para os pacientes. III. A digitoxina por apresentar um maior tempo de meia-vida, principalmente se comparada ao tempo de meia-vida da digoxina, é eliminada mais lentamente do organismo, resultando em maior duração de sua toxicidade. IV. A intoxicação aguda por doses elevadas dessas substâncias causa diarreia, visão borrada, suor frio, taquicardia e fibrilação ventricular, podendo levar à morte. Por isso é muito importante a escolha da dose correta e o acompanhamento dos pacientes em uso destes fármacos. V. Substâncias de baixo índice terapêutico como a digoxina e a digitoxina embora não sejam contraindicadas de serem manipuladas para uso oral e sistêmico em farmácias magistrais, de acordo com a Resolução RDC nº 67/2007 da Anvisa, é ne