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Questão 1 Completo Atingiu 5,00 de 5,00 Leia o texto a seguir para responder à pergunta que segue. Projeto de Lei que tramita no Senado ameaça Educação Ambiental Um ensino crítico e emancipador precisa ser transversal a todas as áreas de conhecimento SHEILA CECCON 13 de junho de 2016 No mês de junho a Educação Ambiental e a preocupação com o meio ambiente ganham frequentemente algum destaque. São lembradas em discursos e realizam-se ações pontuais, simbólicas, em várias cidades do país. O dia 5 deste mês foi declarado o Dia Internacional do Meio Ambiente devido à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada de 5 a 16 de junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia. Foi a primeira Conferência Internacional que teve como tema central o meio ambiente, sendo considerada até hoje um marco histórico e político. Naquele momento a humanidade foi provocada a olhar com maior atenção para algo que até então seguia sem visibilidade. A Declaração de Estocolmo, como é conhecido o documento produzido na ocasião, proclama a finitude dos recursos naturais e a necessidade de uma gestão ambiental responsável em todo o mundo. O reconhecimento internacional da educação ambiental como uma estratégia para repensar a forma de viver em sociedade ganhou maior força alguns anos depois, em 1977, quando foi realizada a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, em Tbilisi, na União Soviética. No Brasil a Educação Ambiental foi marcada, na década de 1970, pela emergência de um ambientalismo que se unia à luta por democracia. Na década seguinte a Constituição Federal (1988) estabeleceu a necessidade de “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”. Buscando dar concretude a isso, foi instituída, no fim dos anos 90, a Política Nacional de Educação Ambiental. Esta lei (9.795/99), além de decretar que “a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional”, estabeleceu no seu Artigo 10 que a educação ambiental deve ser desenvolvida como prática educativa integrada e “não deve ser implantada como disciplina específica no currículo”. Avançamos em termos de políticas públicas nacionais de educação ambiental, em consonância com a evolução internacional do tema, mas neste momento corremos o risco de um sério retrocesso. Tramita no Senado Federal o PLS 221, de 15/04/2015, que altera a Política Nacional de Educação Ambiental. Dispõe sobre a inserção da educação ambiental como disciplina específica no Ensino Fundamental e Médio, contrariando o acúmulo internacional a respeito e recuperando uma concepção já ultrapassada onde os saberes são construídos de maneira fragmentada. Repensar as relações da humanidade com o planeta e buscar estabelecer novas formas de viver em sociedade que possibilitem maior respeito à vida, em todas as suas formas, impõe “ampliar o olhar”, ter uma compreensão sistêmica das questões socioambientais, políticas, econômicas e culturais. Não precisamos – e não devemos – criar mais uma “gaveta” com conteúdos isolados dos demais. Necessitamos romper as barreiras existentes entre os diferentes conteúdos curriculares, entre as diferentes disciplinas, e entretecendo- as, contribuir para uma compreensão mais ampla da sociedade em que vivemos e do nosso papel, enquanto humanidade, na construção de um destino comum. Uma educação ambiental crítica e emancipadora precisa ser transversal a todas as áreas de conhecimento. Como abordar a história sem fazer referência às questões ambientais ao longo nos séculos? E a geografia? E a biologia? Em qual das “gavetas disciplinas” colocaríamos o conteúdo abaixo? Já em 1823, José Bonifácio escreveu: “(…) nossas preciosas matas vão desaparecendo, vítimas do fogo e do machado, da ignorância e do egoísmo; nossos montes e encostas vão-se escavando diariamente, e com o andar do tempo faltarão as chuvas fecundantes, que favorecem a vegetação e alimentam nossas fontes e rios (…) Virá então esse dia, terrível e fatal, em que a ultrajada natureza se ache vingada de tantos erros e crimes cometidos”. (apud ROCHA; COSTA, 1998, p. 116). Este trecho nos faz acreditar que já no século XVIII havia conhecimento sobre o impacto e as possíveis consequências das ações humanas no ambiente. Mas faltou vontade ou força política para mudar o curso da história. Fragmentar os conteúdos é limitar o entendimento, é um desserviço à compreensão da complexidade tão necessária à sociedade contemporânea. A educação ambiental que se pretende efetivamente transformadora deve estar viva nas escolas em quatro dimensões de atuação: nos conteúdos curriculares abordados, no espaço físico, na gestão democrática e na relação da escola com a comunidade. Educação ambiental não se teoriza, se vive. O espaço educa, as relações interpessoais dentro da escola educam, as relações com a comunidade mais próxima e mais distante da escola também educam. Realizar educação ambiental implica exercitar o cuidado com a vida, a responsabilidade compartilhada em relação ao presente e o futuro, destas e das próximas gerações. Não se trata de uma série de conteúdos a serem abordados em uma disciplina específica, mas de formação humana, de ciência a serviço do bem comum, de compromisso político, de coerência entre conhecimento construído e atitudes cotidianas. Freire, em seu livro Política e educação, afirma que muito da tarefa educativa das cidades depende da nossa posição política, da maneira como exercemos o poder no lugar onde vivemos e do sonho ou da utopia com que embebemos a política: “a serviço de que e de quem a fazemos.” (FREIRE, 1993, p. 13). Nessa perspectiva, a aprovação do PLS 221, que a qualquer momento pode ser colocado em votação no Senado, será um enorme retrocesso. Esse Projeto de Lei contraria várias outras disposições legais, onde a Educação Ambiental é entendida como responsabilidade do poder público e da coletividade, devendo ser desenvolvida de forma integrada e articulada em todos os níveis e modalidades de ensino, seja formal ou informal, sendo reconhecido seu caráter transversal. Essa é a visão da Constituição Federal (1988), Artigo 225 (parágrafo I, inciso VI), da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (1996) em seu Artigo 26, dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) e da Lei 9.795 (1999), que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental. Na década de 1990, no livro Pedagogia da autonomia, Paulo Freire escreveu que não é possível existir sem assumir o direito e o dever de optar, de decidir, de lutar, de fazer política. Segundo ele, isso nos remete à imperiosidade da prática formadora, de natureza eminentemente ética. Nos leva à radicalidade da esperança. Afirma que a realidade não é inexoravelmente essa. Está sendo essa, mas poderia ser outra e é para que seja outra que precisamos, os progressistas, lutar. (FREIRE, 1996, p. 83) A Educação ambiental não pode ser responsabilidade de um professor ou professora em específico. É responsabilidade de todos/as. Precisamos estar atentos, discutir o assunto e assumir posições. Sheila Ceccon é engenheira agrônoma, especialista em Horticultura pela Universidade de Pisa-Itália, mestre em Ensino e História de Ciências da Terra, pelo Instituto de Geociências da Unicamp -SP. No Instituto Paulo Freire, coordena duas instituições mantidas: a Casa da Cidadania Planetária, responsável por projetos de educação socioambiental, e a UniFreire, espaço de produção e publicização de conhecimentos fundamentados pelos princípios freirianos Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/projeto-de-lei-que-tramita-no-senado-ameaca-educacao- ambiental/. Acesso em 29/09/2017. Pergunta: Ao realizar uma análise temática do texto lido, pode-se afirmar que o texto trata: Escolha uma opção: a. do projeto delei que tramita no congresso para tornar a educação ambiental uma disciplina e, assim, torná-la apenas mais um conhecimento fragmentado. Correto! b. prioritariamente dos problemas oriundos da origem do dia do meio ambiente, criado em função das queimadas que prejudicam o meio ambiente no Brasil. c. prioritariamente, da necessidade da criação de políticas privadas que prezem por uma educação ambiental transversal a todas as áreas do conhecimento. d. prioritariamente, da necessidade da criação de políticas públicas que prezem por uma educação ambiental não transversal e à parte das as áreas do conhecimento. Sua resposta está correta. Questão 2 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Questão 3 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Curiozzo, um site de curiosidades de Natal, divulgou uma nova roupagem para marcas brasileiras famosas. Veja as imagens: Nessa criação, qual foi a variante escolhida? a. A variante escolhida foi a histórica, com expressões típicas das primeiras décadas do século XX. b. A variante escolhida foi a regional, com expressões típicas potiguares c. A variante escolhida foi a geracional, com expressões típicas de idosos com mais de 70 anos. d. A variante escolhida foi a profissional, com expressões típicas dos profissionais de saúde. Sua resposta está correta. Considere o trecho a seguir para responder à questão: “Posso não concordar com o que diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo." Seguindo a norma padrão, o elemento linguístico "LO" poderia ser substituído por: a. Esse b. Aquele. c. ele d. Isso Correto. Sua resposta está correta. Questão 4 Completo Atingiu 5,00 de 5,00 Questão 5 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Conforme a aula “Linguagem, texto e hipertexto”, podemos dizer que estas três palavras estão inseridas nas seguintes ideias: Escolha uma opção: a. Utilizamos, no nosso dia-a-dia, somente da linguagem escrita, pois esta é a melhor; o texto, por sua vez, não representa nenhum tipo de atividade interacionista do homem; e o hipertexto veicula somente o que o autor quis dizer, sem se remeter a outro texto. b. Utilizamos, no nosso dia-a-dia, somente da linguagem falada; texto é apenas um conjunto de palavras sem um propósito; e hipertexto significa um texto obscurecido, intrincado, de difícil resolução. c. Utilizamos, no nosso dia-a-dia, da linguagem escrita e falada,mas com matizes voltados mais para a primeira; texto não é fruto da realidade social entre os falantes; hipertexto é somente uma modalidade moderna, nada mais. d. Utilizamos da linguagem falada e escrita para nos expressarmos; o texto, por sua vez, é o resultado de comunicação entre as pessoas, que se realiza por meio de operações e estratégias mentais, colocadas em ação, promovendo, assim, situações de interação social; e hipertexto significa um texto que remete a outro texto, por meio de links ou hiperlinks. Correto! Sua resposta está correta. Assinale a afirmação que indica uma compreensão da língua a par�r do respeito à diversidade e à diferença: Escolha uma opção: a. A língua é e sempre será uniforme e homogênea. b. A língua escrita é mais elaborada e mais culta do que a falada. c. A língua é transformada pelo uso e se adapta a cada situação de comunicação, assim como a cada tempo e sociedade. Correto. d. O esforço do falante da língua deve se constituir sempre em se aproximar da língua culta em sua fala. Sua resposta está correta. Questão 6 Completo Atingiu 0,00 de 2,00 Questão 7 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 No enunciado: "Posso não concordar com o que diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" O elemento linguístico MAS introduz uma relação de: a. Adição b. Concessão Incorreto, não há ideia de concessão. c. Oposição d. Conculsão Sua resposta está incorreta. Leia o texto a seguir e escolha a opção que melhor responde a questão ao final do texto. Propaganda é um conjunto de ações específicas e sistemáticas realizadas para dar conhecimento a algo ou alguém. O termo deriva do latim propagare. Ela é um dos meios de anunciar determinado assunto, com o objetivo de convencer ou influenciar a opinião do seu receptor, embora também possa estar ligada à junção de pessoas em prol de uma causa ou campanha. Disponível em: https://www.significados.com.br/propaganda/. Texto adaptado para esta atividade Esse texto pode ser configurado como: a. Narrativa b. Injuntivo c. Sequência explicativa Correto! Explica o significado de propaganda. d. Descritiva Sua resposta está correta. ◄ Aula 6 Seguir para... Fórum de dúvidas ►