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Literatura. Rômulo Aranthes. ROMANTISMO. BURGUÊS – POPULAR – REVOLUCIONÁRIO – MEDIEVAL. G01 - TROVADORISMO – BARROCO – ROMANTISMO - SIMBOLISMO G02 - CLASSICISMO - ARCADISMO - TRIGÊMEAS G03 HUMANISMO – MODERNISMO – PORTUGAL. QUINHENTISMO – PRÉ – MODERNISMO – MODERNISMO – BRASIL. CONTEXTO HISTÓRICO: FINAL DO SÉCULO XVIII: - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL. - REVOLUÇÃO FRANCESA – REVOLUÇÃO BURGUESA. IMPORTANTE: CENÁRIO DE ASCENSÃO DA CLASSE BURGUESA. PROPOSTAS: 1º - NEGAÇÃO AOS VALORES CLÁSSICOS. 2º - RESGATE DE VALORES MEDIEVAIS - TROVADORISMO – BARROCO. 3º - REPRESENTAÇÃO DE VALORES BURGUESES. 4º - POPULARIZAÇÃO OU DEMOCRATIZAÇÃO DA ARTE. Dicas do mestre: Romântico é ... 1ª DICA: Depende: I- Artista do final do século XVIII ou início do século XIX. II- Indivíduo de qualquer tempo que apresenta postura característica do estilo de época , o ROMANTISMO. QUALIFICADOR TÉCNICO : RELATIVO AO ROMANTISMO – AUTOR OU OBRA. CARACTERÍSTICAS: SENTIMENTAL / SUBJETIVO / IDEALISTA / EVASIVO / EGOCÊNTRICO / PESSIMISTA/ SAUDOSISTA / MÓRBIDO / LIBERALISTA / ESPONTÂNEO. Sonhando Hier, la nuit d'été que nous prêtait ses voiles, Était digne de toi, tant elle avait d'étoiles! V. HUGO. Na praia deserta que a lua branqueia, Que mimo! que rosa, que filha de Deus! Tão pálida — ao vê-la meu ser devaneia, Sufoco nos lábios os hálitos meus! Não corras na areia, Não corras assim! Donzela, onde vais? Tem pena de mim! A praia é tão longa! e a onda bravia As roupas de gaza te molha de escuma; De noite — aos serenos — a areia é tão fria, Tão úmido o vento que os ares perfuma! És tão doentia! Não corras assim! Donzela, onde vais? Tem pena de mim! A brisa teus negros cabelos soltou, O orvalho da face te esfria o suor; Teus seios palpitam — a brisa os roçou, Beijou-os, suspira, desmaia de amor! Teu pé tropeçou... Não corras assim! Donzela, onde vais? Tem pena de mim! E o pálido mimo da minha paixão Num longo soluço tremeu e parou; Sentou-se na praia; sozinha no chão A mão regelada no colo pousou! Que tens, coração, Que tremes assim? Cansaste, donzela? Tem pena de mim! Deitou-se na areia que a vaga molhou. Imóvel e branca na praia dormia; Mas nem os seus olhos o sono fechou E nem o seu colo de neve tremia. O seio gelou?... Não durmas assim! Ó pálida fria, tem pena de mim! E a vaga crescia seu corpo banhando, As cândidas formas movendo de leve! E eu vi-a suave nas águas boiando Com soltos cabelos nas roupas de neve! Nas vagas sonhando Não durmas assim; Donzela, onde vais? Tem pena de mim! E a imagem da virgem nas águas do mar Brilhava tão branca no límpido véu! Nem mais transparente luzia o luar No ambiente sem nuvens da noite do céu! Nas águas do mar Não durmas assim! Não morras, donzela, Espera por mim! ÁLVARES DE AZEVEDO I- QUALIFICADOR POSITIVO – ELOGIOSO = SENSÍVEL/ GENTIL / CORTÊS / CAVALHEIRO. II- QUALIFICADOR NEGATIVO – PARVO / TOLO/ IDEALISTA/ SONHADOR/ ALIENADO. III- REALISTA – NOS DIAS ATUAIS ASSUME UMA DIMENSÃO POSITIVA. OPOSTO DE ROMÂNTICO, OU SEJA, RACIONAL, EQUILIBRADO, COMEDIDO. TODO MUNDO VAI SOFRER A garrafa precisa do copo O copo precisa da mesa A mesa precisa de mim E eu preciso da cerveja Igual eu preciso dele Na minha vida Mas quanto mais eu vou atrás Mais ele pisa Então já que é assim Se por ele eu sofro sem pausa Quem quiser me amar Também vai sofrer nessa bagaça Quem eu quero, não me quer Quem me quer, não vou querer Ninguém vai sofrer sozinho Todo mundo vai sofrer. MARÍLIA MENDONÇA. UM DIA FRIO Um dia frio Um bom lugar pra ler um livro E o pensamento lá em você Eu sem você não vivo Um dia triste Toda fragilidade incide E o pensamento lá em você E tudo me divide Um dia frio Um bom lugar pra ler um livro E o pensamento lá em você Eu sem você não vivo Um dia triste Toda fragilidade incide E o pensamento lá em você E tudo me divide Longe da felicidade e todas as suas luzes Te desejo como ao ar Mais que tudo És manhã na natureza das flores Mesmo por toda riqueza dos sheiks árabes Não te esquecerei um dia Nem um dia Espero com a força do pensamento Recriar a luz que me trará você E tudo nascerá mais belo O verde faz do azul com o amarelo O elo com todas as cores Pra enfeitar amores gris DJAVAN DICAS DO MESTRE: 1º - MOVIMENTO BURGUÊS. 2º - MOVIMENTO POPULAR. 3º - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO. 4º - MOVIMENTO PLURAL: NACIONALISTA/ INTIMISTA/ CONDOREIRO. 5º - LIBERDADE DE EXPRESSÃO. 6º - LINGUAGEM SIMPLES. ORIGEM 1774 - PUBLICAÇÃO DO ROMANCE TRÁGICO - “OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER” – GOETHE. Trata-se de um romance epistolar, uma coletânea de cartas que o protagonista por nome Werther envia para seu amigo e confidente Guilherme. Essas cartas irão retratar toda a frustração amorosa de Werther para com sua amada Carlota, culminando em um fim trágico. Sua narrativa é unilateral, um monólogo, visto que o leitor não tem acesso às respostas de Guilherme, embora esteja implícito que o mesmo se correspondia com Werther com frequência. Apenas no final que há uma interrupção do narrador para situar-nos do trágico destino de nosso protagonista. SAIBA MAIS! Quando de sua publicação, o romance tornou-se viral entre os jovens da época. Não era difícil encontrar pelas ruas homens vestidos tal qual Werther, mas, o que aparentemente era considerado apenas uma inocente admiração tornou-se caso de polícia quando foi constatado um crescente e considerável aumento das taxas de suicídios por toda Europa. Esses casos foram atribuídos à possível influência negativa do romance de Goethe nos jovens amantes do século XVIII (visto que os corpos eram encontrados com um exemplar do livro em seus bolsos), o que contribuiu para que sua obra prima fosse proibida em diversos países. Essa onda de suicídios recebeu o nome de “Efeito-Werther.” ORIGEM E DESENVOLVIMENTO: ALEMANHA NACIONALIDADE/ HISTORICISMO-MEDIEVO/ TEOCENTRISMO MEDIEVAL/ NOVELAS DE CAVALARIA/ IDEAL BURGUÊS/ CRISTÃO/ CATÓLICO/ MANIQUEÍSMO/ CASAMENTO. INGLATERRA ULTRARROMANTISMO/ BYRONISMO/ INTIMISMO/ EGOCENTRISMO/ PESSIMISMO/ REBELDIA/EVASÃO/BOEMIA/ SATANISMO/ MORBIDEZ. FRANÇA CONDOREIRISMO/ LIBERDADE/HUGOANA. CANÇÃO DO EXÍLIO FACILITADA lá? ah! sabiá... papá... maná... sofá... sinhá... cá? bah! José Paulo Paes 01. (C5H15) Considerando o texto de Paes, escrito em 1973, e relacionando-o ao poema romântico de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, escrito em 1843, é possível entender que A) o poema minimalista de José Paulo Paes reafirma, brincando, as saudades provocadas pelo exílio, e isso se nota pelas duas interjeições monossilábicas, relacionadas aos advérbios que as circundam. b) José Paulo Paes subverte o tom lamentoso de dor e perda construído pelo nacionalismo romântico, demonstrando total aversão ao sentimento patriótico. c) a “Canção do Exílio Facilitada”, tal como aquela de Gonçalves Dias, derrama-se em lirismo nacionalista e, por meio de minuciosa descrição, mostra as maravilhas da pátria distante. d) para entender a inteira significação da “Canção do Exílio Facilitada”, o leitor não precisa conhecer a “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, o que prova a soberania de um texto em relação a outro. e) os adjetivos do poema de José Paulo Paes, oxítonos em a, reiteram a rima dos advérbios, o que remete ao poema deGonçalves Dias. Sobre o túmulo de um menino O invólucro de um anjo aqui descansa, Alma do céu nascida entre amargores, Como flor entre espinhos! — tu, que passas, Não perguntes quem foi. — Nuvem risonha Que um instante correu no mar da vida; Romper da aurora que não teve ocaso, Realidade no céu, na terra um sonho! Fresca rosa nas ondas da existência, Levada à plaga eterna do infinito, Como oferenda de amor ao Deus que o rege; Não perguntes quem foi, não chores: passa. Gonçalves Dias. 02. (R e R - C5H15) A produção de Gonçalves Dias integra o primeiro momento da poesia romântica brasileira que destaca-se pela preocupação prioritária com a construção de uma nacionalidade. A expressividade do poeta revela-se no(a) A) tom fúnebre e macabro em antecipação ultrarromântica. B) tom triste de quem entende que todos merecem ir da aurora ao ocaso. C) representação de preceito horaciano, como resquício neoclássico. D) inovação temática que o distancia totalmente da primeira geração romântica. E) tematização da morte, através do místico como reflexo da origem do estilo romântico. Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!… já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece… Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive! Álvares de Azevedo, Lira dos 20 anos. 03.(R e R – C5H15) O que causa espécie ao leitor habituado com a poética ultrarromântica é : A) O exacerbamento emocional. B) O tom intimista e confessional. C) Que o lamento deriva do fim de uma situação real. D) Verificar expressões carregadas de atmosfera mórbida. E) O saudosismo de um passado amoroso de sonhos e idealizações. É meia-noite. . . e rugindo Passa triste a ventania, Como um verbo de desgraça, Como um grito de agonia. E eu digo ao vento, que passa Por meus cabelos fugaz: "Vento frio do deserto, Onde ela está? Longe ou perto? " Mas, como um hálito incerto, Responde-me o eco ao longe: "Oh! minh'amante, onde estás?... https://www.culturagenial.com/poemas-castro-alves/ 04. (R e R - C6H18) Na construção de sentido o poeta se apoia em um recurso estilístico típico do lirismo em língua portuguesa, que se revela pela A. escolha do tema. B. interpelação ao vento. C. descrição da natureza. D. sucessão de comparações. E. exploração da força dos opostos. O livro e a América. Talhado para as grandezas, P'ra crescer, criar, subir, O Novo Mundo nos músculos Sente a seiva do porvir. —Estatuário de colossos — Cansado doutros esboços Disse um dia Jeová: "Vai, Colombo, abre a cortina "Da minha eterna oficina... "Tira a América de lá". https://www.culturagenial.com/poemas-castro-alves/ 05. (R e R - C5H15) Abrindo mão das suas vertentes poéticas habituais, o vate baiano, recorre ao uso literário típico da(o) A. lírica medieval. B. dramaturgia humanista. C. narratividade moderna. D. épica da Antiguidade clássica. E. sátira tão comum aos realistas.