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Durante o acolhimento em uma farmácia comunitária, um paciente idoso solicita “algo forte para dormir” e pede que a dispensação não seja registrada “para não aparecer no sistema”. O farmacêutico, recém-chegado, percebe histórico de polifarmácia (anti-hipertensivo, hipoglicemiante, antidepressivo) e sinais de sonolência diurna. Ao consultar o perfil, nota uso recente de benzodiazepínico prescrito por curto período após luto, já finalizado. Na conversa, o paciente demonstra fragilidade emocional, mas insiste na “venda por fora”. A preceptora lembra que o Código de Ética e a legislação sanitária vinculam a atuação do farmacêutico a deveres de proteção, registro e orientação responsável, conciliando autonomia do usuário, beneficência e não maleficência com os limites legais da profissão e a promoção do uso racional de medicamentos. À luz da deontologia farmacêutica e das normas sanitárias, qual conduta é mais adequada? a) Atender ao pedido, desde que o paciente assine declaração assumindo total responsabilidade pelo uso. b) Recusar a dispensação, orientar riscos de sedação/quedas e encaminhar para avaliação médica, registrando a intervenção no sistema. c) Sugerir fracionamento de comprimidos de antidepressivo para “efeito sedativo” e evitar novas consultas. d) Indicar produto “natural” de venda livre, sem registro em prontuário, para contornar a negativa do psicotrópico.
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Analisando a situação apresentada, é importante considerar os princípios éticos e legais que regem a atuação do farmacêutico, especialmente em casos que envolvem a saúde de pacientes, como no caso de um idoso com histórico de polifarmácia e sinais de fragilidade emocional. Vamos analisar as alternativas: a) Atender ao pedido, desde que o paciente assine declaração assumindo total responsabilidade pelo uso. - Essa opção não é adequada, pois o farmacêutico não pode se eximir de responsabilidade ao permitir o uso de medicamentos potencialmente perigosos. b) Recusar a dispensação, orientar riscos de sedação/quedas e encaminhar para avaliação médica, registrando a intervenção no sistema. - Esta opção é a mais adequada, pois respeita a ética profissional, prioriza a segurança do paciente e garante que ele receba a orientação necessária. c) Sugerir fracionamento de comprimidos de antidepressivo para “efeito sedativo” e evitar novas consultas. - Essa opção não é ética, pois envolve manipulação de medicamentos sem supervisão médica e pode ser prejudicial ao paciente. d) Indicar produto “natural” de venda livre, sem registro em prontuário, para contornar a negativa do psicotrópico. - Essa opção também não é adequada, pois o farmacêutico deve agir de forma responsável e não contornar a negativa de forma inadequada. Portanto, a conduta mais adequada, à luz da deontologia farmacêutica e das normas sanitárias, é: b) Recusar a dispensação, orientar riscos de sedação/quedas e encaminhar para avaliação médica, registrando a intervenção no sistema.

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