Ed
anteontem
O arrependimento posterior, previsto no artigo 16 do Código Penal, permite que o agente que cometeu um crime, como o furto (art. 155) ou estelionato (art. 171), possa evitar a punição se devolver a coisa subtraída ou reparar o dano antes do recebimento da denúncia. No caso do furto, se alguém furtar uma bicicleta e a devolver antes da denúncia, pode se beneficiar do arrependimento posterior. Já no estelionato, se a pessoa devolver o valor ou o bem obtido de forma fraudulenta, também pode se valer dessa possibilidade. Entretanto, crimes como roubo e extorsão não admitem o arrependimento posterior, pois envolvem violência ou grave ameaça, o que torna a devolução do bem insuficiente para afastar a ilicitude. Quanto à apropriação em débito, a devolução de um bem diferente para substituir o dano pode ser considerada, mas deve ser analisada caso a caso, levando em conta a aceitação da vítima e a natureza do dano causado.