O conceito hegeliano de "fantasia" refere-se à capacidade do artista de criar a partir da realidade, mas transcendendo-a, permitindo que a arte expresse uma verdade mais profunda. Para Hegel, a fantasia é uma mediação entre a sensibilidade e a razão, onde o artista não apenas reproduz a realidade, mas a transforma em algo que revela a essência do espírito. 1) Em comparação com a concepção platônica de "mímese", que vê a arte como uma imitação da realidade, Hegel propõe uma visão mais dinâmica. Enquanto Platão considera a arte uma cópia inferior do mundo das ideias, Hegel vê a fantasia como um processo criativo que pode elevar a realidade a um nível mais alto de compreensão. 2) Em relação ao romantismo alemão, a fantasia hegeliana se alinha com a valorização da subjetividade e da expressão individual. Os românticos também enfatizam a relação entre sensibilidade e razão, mas muitas vezes colocam a emoção e a intuição acima da razão, enquanto Hegel busca uma síntese entre os dois, onde a fantasia é um meio de alcançar a verdade através da arte. Assim, a fantasia hegeliana se destaca por sua capacidade de unir razão e sensibilidade, oferecendo uma visão mais complexa e integrada da criação artística em comparação com as abordagens platônica e romântica.