Um professor apresentou aos alunos o poema abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, publicado no livro “Sentimento do mundo” em 1940. Congresso Internacional do Medo Provisoriamente não cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços, não cantaremos o ódio porque esse não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte, depois morreremos de medo e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. Disponível em . Acesso em 23 jul. 2025. Com base na leitura, considere os comentários a seguir. I. O contexto da Segunda Guerra Mundial, em que o poema foi produzido, está subjacente nos versos, nos diversos medos que o eu-lírico expressa. II. As funções sintáticas dos termos grifados (“dos soldados” e “da morte”) não são as mesmas; o primeiro é adjunto adnominal e o segundo é complemento nominal. III. A repetição do substantivo “medo” constitui um pleonasmo e é desnecessária para exprimir o estado do eu-lírico. São comentários corretos que o professor pode fazer em aula os apresentados em a. I, II e III. b. I e III, apenas. c. I e II, apenas. d. III, apenas. e. I, apenas.