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Leia o excerto a seguir.


 


“Aplicada de maneira específica à experiência histórica latino-americana, a perspectiva eurocêntrica de conhecimento opera como um espelho que distorce o que reflete. Quer dizer, a imagem que encontramos nesse espelho não é de todo quimérica, já que possuímos tantos e tão importantes traços históricos europeus em tantos aspectos, materiais e intersubjetivos. Mas, ao mesmo tempo, somos tão profundamente distintos. Daí que quando olhamos nosso espelho eurocêntrico, a imagem que vemos seja necessariamente parcial e distorcida. Aqui a tragédia é que todos fomos conduzidos, sabendo ou não, querendo ou não, a ver e aceitar aquela imagem como nossa e como pertencente unicamente a nós. Dessa maneira seguimos sendo o que não somos. E como resultado não podemos nunca identificar nossos verdadeiros problemas, muito menos resolvê-los, a não ser de uma maneira parcial e distorcida”.


A partir do excerto acima, é possível inferir que:


O movimento predominante do latino-americano é refletir e contestar a imagem que ele vê refletida pelo modelo eurocêntrico, já que se tem uma consciência das questões de colonialidade em seu histórico.


O apontamento principal do excerto refere-se ao lamento quanto à identificação do colonizado com a figura eurocêntrica, impossibilitando que se enxergue como ele se constitui de fato.


O reflexo que vemos a partir do espelho eurocêntrico expressa uma imagem fictícia e ilusória, visto que os atributos que nos constroem enquanto sujeitos da América Latina não podem estar compreendidos nessa imagem.


O reflexo do latino-americano pelo espelho eurocêntrico, apesar de não ser totalmente fiel e distorcer alguns aspectos, oferece um parâmetro para que possamos identificar e tentar solucionar nossos problemas.


A imagem refletida pelo espelho eurocêntrico apresenta duas faces: em uma, o reflexo do latino-americano tal como se é em sua verdadeira constituição, sem o atravessamento europeu; em outra, a imagem colonizada e influenciada eurocentricamente, de forma que não é possível identificar qualquer aspecto da subjetividade latina.


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Bianca Cerino

há 2 meses

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há 2 meses

A partir do excerto apresentado, é possível inferir que o texto critica a perspectiva eurocêntrica que distorce a identidade latino-americana. A ideia central é que essa visão eurocêntrica não reflete a verdadeira constituição dos latino-americanos, levando a uma aceitação de uma imagem parcial e distorcida de si mesmos. Portanto, a opção que melhor resume essa inferência é: O apontamento principal do excerto refere-se ao lamento quanto à identificação do colonizado com a figura eurocêntrica, impossibilitando que se enxergue como ele se constitui de fato. Essa interpretação destaca a crítica à forma como a identidade latino-americana é moldada e percebida sob a influência europeia, resultando em uma compreensão limitada e distorcida de seus próprios problemas e realidades.

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