A construção da identidade nacional brasileira foi marcada por processos de exclusão e silenciamento de grupos étnicos, especialmente os povos indígenas e afrodescendentes. A ideia de “democracia racial” difundida no século XX mascarou as desigualdades estruturais e naturalizou o racismo como parte do cotidiano. A tentativa de branqueamento da população, por meio de políticas eugenistas e da valorização de símbolos culturais eurocentrados, reforçou a marginalização das culturas não hegemônicas. A análise crítica desse processo histórico exige a articulação entre conhecimentos das ciências sociais, da história e da educação para compreender como essas práticas influenciam a realidade atual e para propor ações que promovam a equidade e o reconhecimento da diversidade cultural brasileira.

Fonte: OLSZEWSKI, Katia Marise Pereira. Estudo das relações étnico-raciais para o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena. Curitiba: InterSaberes, 2022.

Uma ação pedagógica crítica frente à construção histórica da identidade nacional, e para contribuir com a superação das desigualdades étnico-raciais, o trabalho docente deve:

A

A) Promover atividades que celebrem a cultura afro-brasileira e indígena como manifestações folclóricas, ignorando a discussão sobre suas origens e significados históricos.

B

B) Estimular a leitura de autores clássicos da literatura brasileira, priorizando obras que reforcem a ideia de uma identidade nacional homogênea.

C

C) Desenvolver projetos interdisciplinares que analisem criticamente os processos históricos de exclusão e valorizem as contribuições dos povos indígenas e afrodescendentes na formação do Brasil.

D

D) Utilizar recursos audiovisuais para apresentar a história do Brasil a partir da perspectiva dos colonizadores, destacando os avanços civilizatórios trazidos pela Europa.