Para analisar a situação apresentada, precisamos considerar os conceitos de nulidade e anulabilidade dos negócios jurídicos, além da questão da simulação e da fraude contra credores. 1. Negócio jurídico anulável: É aquele que pode ser anulado por vontade de uma das partes, geralmente por vícios como erro, dolo ou coação. 2. Negócio jurídico nulo: É aquele que não produz efeitos desde o início, podendo ser declarado nulo por qualquer interessado ou pelo juiz, geralmente em casos de fraude ou simulação. No caso apresentado, temos uma doação de bem imóvel por valor inferior ao teto da isenção fiscal, mas com uma contraprestação que pode indicar uma simulação. A simulação ocorre quando as partes criam uma aparência de negócio jurídico que não corresponde à realidade, com o intuito de enganar terceiros ou evitar obrigações. Analisando as alternativas: A) Negócio jurídico anulável pelo interessado, em virtude do erro dos contraentes. - Não se aplica, pois não se trata de erro, mas de simulação. B) Negócio jurídico nulo, em virtude da fraude contra credores. - Não se aplica diretamente, pois a questão principal é a simulação. C) Negócio jurídico anulável pelo interessado, em virtude do dolo dos contraentes. - Não se aplica, pois o foco é a simulação. D) Negócio jurídico nulo, mas subsistirá o que se dissimulou, em virtude da simulação. - Esta alternativa faz sentido, pois a simulação torna o negócio nulo, mas o que foi dissimulado pode ser considerado válido. E) Negócio jurídico anulável pelo interessado, em virtude da fraude contra credores. - Não se aplica, pois a questão principal é a simulação. Diante da análise, a alternativa correta é: D) negócio jurídico nulo, mas subsistirá o que se dissimulou, em virtude da simulação.