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<p>Revisão: Da Invalidade do Negócio Jurídico – Prof. Vinicius Salomão</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURICIO DE NASSAU</p><p>CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO</p><p>TÓPICOS INTEGRADORES - DIREITO CIVIL</p><p>Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:</p><p>I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;</p><p>II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;</p><p>III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;</p><p>IV - não revestir a forma prescrita em lei;</p><p>V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;</p><p>VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;</p><p>VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.</p><p>· Pode-se observar que o ato nulo (nulidade absoluta), viola norma de ordem pública, de natureza cogente, e carrega em si vício considerado grave. O ato anulável (nulidade relativa), por sua vez, contaminado por vício menos grave, decorre da infringência de norma jurídica protetora de interesses eminentemente privados.</p><p>Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.</p><p>§ 1 o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:</p><p>I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;</p><p>II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;</p><p>III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.</p><p>§ 2 o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.</p><p>· Na simulação, as duas partes contratantes estão combinadas e objetivam iludir terceiros. Como se percebe, sem dúvida, há um vício de repercussão social, equiparável à fraude contra credores, mas que gera a nulidade e não anulabilidade do negócio celebrado, conforme a inovação constante do art. 167 do CC.</p><p>Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.</p><p>Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.</p><p>Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.</p><p>· a ação declaratória de nulidade é realmente imprescritível, como, aliás, toda ação declaratória deve ser, mas os efeitos do ato jurídico — existente, porém nulo — sujeitam-se a prazo. Isso porque se a ação ajuizada for, do ponto de vista técnico, simplesmente declaratória, sua finalidade será apenas a de certificar uma situação jurídica da qual pende dúvida, o que jamais poderia ser objeto de prescrição.</p><p>Todavia, se a ação declaratória de nulidade for cumulada com pretensões condenatórias, como acontece na maioria dos casos de restituição dos efeitos pecuniários ou indenização correspondente, admitir-se a imprescritibilidade seria atentar contra a segurança das relações sociais. Nesse caso, deve-se entender que prescreve, sim, a pretensão condenatória, uma vez que não é mais possível retornar ao estado de coisas anterior.</p><p>Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.</p><p>Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:</p><p>I - por incapacidade relativa do agente;</p><p>II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.</p><p>Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.</p><p>· Trata-se da chamada convalidação livre da anulabilidade. Mas esse ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo, elementos objetivo e subjetivo da convalidação, respectivamente – denominada confirmação expressa (art. 173 do CC).</p><p>a) objetivo — aproveitam-se os elementos fáticos do negócio inválido, convertendo-o para a categoria jurídica do ato válido 188;</p><p>b) subjetivo — a intenção dos declarantes direcionada à obtenção da conversão negocial e consequente recategorização jurídica do negócio</p><p>inválido.</p><p>Podem-se apontar alguns exemplos de conversão substancial: a nota promissória nula por inobservância dos requisitos legais de validade é aproveitada como confissão de dívida; a doação mortis causa, inválida segundo boa parte da doutrina brasileira, converte-se em legado, desde que respeitadas as normas de sucessão testamentária, e segundo a vontade do falecido; o contrato de compra e venda de imóvel valioso, firmado em instrumento particular, nulo de pleno direito por vício de forma, converte-se em promessa irretratável de compra e venda, para a qual não se exige a forma pública.</p><p>Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo.</p><p>Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.</p><p>Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse o devedor.</p><p>Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado se este a der posteriormente.</p><p>Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.</p><p>Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:</p><p>I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;</p><p>II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;</p><p>III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.</p><p>Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.</p><p>Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.</p><p>Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.</p><p>Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.</p><p>Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio.</p><p>Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.</p><p>QUESTÕES</p><p>1) VUNESP - 2019 - TJ-RS - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento Gustavo e Henrique celebraram compromisso particular de venda e compra de um imóvel, em fevereiro de 2019. Ajustaram, no entanto, que no instrumento contratual referente ao compromisso constaria outra data: maio de 2018. Isso porque Gustavo pretendia apresentar o documento para um credor seu, justificando que já havia se comprometido a alienar o imóvel. De acordo com o Código Civil de 2002, é correto afirmar que o negócio jurídico</p><p>A é anulável, em razão do dolo existente.</p><p>B é anulável, em razão da simulação existente.</p><p>C é nulo, em razão do dolo existente.</p><p>D é nulo, em razão da simulação existente.</p><p>2) VUNESP - 2019 - Câmara de Piracicaba - SP - Advogado</p><p>No âmbito das relações entre particulares, é de extrema importância o exato conhecimento acerca da invalidade dos negócios jurídicos. Quanto ao tema, é correto afirmar que:</p><p>A é anulável o negócio</p><p>jurídico simulado, e não subsistirá o que se dissimulou, mesmo se válido for na substância e na forma.</p><p>B as nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, mas poderá supri-las a requerimento das partes.</p><p>C a anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.</p><p>D quando a nulidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado se este a der posteriormente.</p><p>3) FCC - 2018 - SEFAZ-GO - Auditor-Fiscal da Receita</p><p>Em relação à invalidade do negócio jurídico,</p><p>A é anulável o negócio jurídico quando o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito.</p><p>B a anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.</p><p>C o negócio jurídico nulo pode ser confirmado e ratificado, embora não convalesça pelo decurso do tempo.</p><p>D é de dois anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado da prática do ato pelo causador da anulabilidade.</p><p>4) 2018 - EMATER-MG - Assessor Jurídico</p><p>Informe se é verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir.</p><p>(	 ) É nulo o negócio jurídico por incapacidade relativa do agente, por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.</p><p>( 	) Será de três anos o prazo, a contar da data do conhecimento da causa da anulação, quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação.</p><p>( 	) Haverá simulação nos negócios jurídicos quando aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; os instrumentos particulares forem antedatados ou pós-datados.</p><p>(	 ) É nulo o negócio jurídico quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz; for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; não revestir a forma prescrita em lei; for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; tiver por objetivo fraudar lei imperativa; a lei taxativamente o declarar nulo ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.</p><p>5) FCC - 2018 - Prefeitura de São Luís - MA - Auditor Fiscal de Tributos I - Geral</p><p>No tocante à invalidade do negócio jurídico, a legislação vigente estabelece que</p><p>A é nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.</p><p>B as nulidades dos negócios jurídicos só podem ser alegadas pelas partes que deles participem, ou pelo Ministério Público quando se tratar de matéria de sua atribuição.</p><p>C são anuláveis os negócios jurídicos quando não revestirem a forma prescrita em lei.</p><p>D o negócio jurídico nulo não é passível de retificação, mas convalesce pelo decurso do tempo.</p><p>6) FCC - 2018 - TRT - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário</p><p>No que concerne à invalidade do negócio jurídico, nos termos preconizados pelo Código Civil, é correto afirmar:</p><p>A Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.</p><p>B É exigida a confirmação expressa de negócio anulável, mesmo quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.</p><p>C Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de até um ano, a contar da data da conclusão do ato.</p><p>D É nulo o negócio jurídico simulado, e também não subsistirá o que se dissimulou, ainda se válido for na substância e na forma.</p><p>E É de três anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio por vício resultante de coação, contado, neste caso, do dia em que ela cessar.</p><p>7) FUNCAB - 2016 - PC-PA - Delegado de Policia Civil</p><p>Sobre o negócio jurídico, é correto afirmar que o(a):</p><p>A negócio jurídico anulável pode ser confirmado pelas partes, mesmo que envolva direito de terceiro.</p><p>B prazo de decadência para se pleitear a anulação do negócio jurídico é de três anos.</p><p>C anulabilidade negócio jurídico pode ser pronunciada de ofício pelo juiz.</p><p>D negócio jurídico simulado é nulo subsistindo o que se simulou desde que válido na forma e na substância.</p><p>E negócio jurídico nulo pode ser confirmado pelo decurso do tempo.</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p>

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