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Colégio Objetivo
A trajetória histórica da inclusão escolar revela a coexistência de paradigmas antagônicos: de um lado, avanços normativos e discursivos que sustentam a valorização da diversidade e a garantia de direitos; de outro, práticas culturais enraizadas em visões capacitistas que ainda segregam sujeitos considerados “fora da norma”. A partir da perspectiva dos direitos humanos e da cidadania plural, autores como Rozek e Viegas (2012), Santos e Falcão (2020) e Orrú (2016) evidenciam que os processos de exclusão educacional são estruturalmente sustentados por mecanismos simbólicos e institucionais que naturalizam a inferiorização de sujeitos com deficiência. Essas exclusões não se restringem ao espaço escolar: elas se configuram também nos laços familiares e nas relações sociais, produzindo sentimentos de inadequação, silenciamento e atraso no desenvolvimento integral de crianças com deficiência, como alertam Carneiro, Dall’acqua e Caramori (2014) e Fávero, Moura e Marques (2013). A emergência da inclusão, especialmente após a Declaração de Salamanca (1994), impõe à escola não apenas uma reorganização pedagógica, mas uma reinvenção ética, política e social de sua função civilizatória. Com base nesse cenário, avalie as afirmativas a seguir: I. A Declaração de Salamanca impulsionou uma concepção de escola centrada na equidade, na pluralidade e na valorização das diferenças, constituindo um marco que redefine a educação especial como parte integrante da proposta pedagógica das instituições regulares. II.A permanência de práticas segregacionistas é atribuída apenas à resistência das escolas, não havendo evidências de que a exclusão também seja fruto de fatores familiares, culturais e históricos que impactam a compreensão e o tratamento da deficiência. III. A lógica meritocrática e produtivista ainda vigente nas sociedades contemporâneas, conforme Orrú (2016), contribui para a marginalização das pessoas com deficiência, pois as define com base em sua capacidade de produzir, não em sua condição de sujeitos de direitos. IV.
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Graziella Cunha Ferreira

mês passado

Respostas

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mês passado

Vamos analisar cada afirmativa: I. A Declaração de Salamanca impulsionou uma concepção de escola centrada na equidade, na pluralidade e na valorização das diferenças, constituindo um marco que redefine a educação especial como parte integrante da proposta pedagógica das instituições regulares. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois a Declaração de Salamanca realmente promove a inclusão e a valorização da diversidade nas escolas. II. A permanência de práticas segregacionistas é atribuída apenas à resistência das escolas, não havendo evidências de que a exclusão também seja fruto de fatores familiares, culturais e históricos que impactam a compreensão e o tratamento da deficiência. Falso, essa afirmativa é incorreta, pois a exclusão educacional é influenciada por diversos fatores, incluindo contextos familiares, culturais e históricos, e não apenas pela resistência das escolas. III. A lógica meritocrática e produtivista ainda vigente nas sociedades contemporâneas, conforme Orrú (2016), contribui para a marginalização das pessoas com deficiência, pois as define com base em sua capacidade de produzir, não em sua condição de sujeitos de direitos. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois a lógica meritocrática realmente marginaliza as pessoas com deficiência ao focar na produção em vez de reconhecer seus direitos. Com base nas análises, as afirmativas verdadeiras são I e III. Portanto, a alternativa que contém todos os itens verdadeiros é: a) I e III.

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